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Novospercursosprofissionais Portugues 10 Guia Prof
Novospercursosprofissionais Portugues 10 Guia Prof
Novos PORTUGUÊS 1
3URȃVVLRQDLV
Ana Catarino
Isabel Castiajo
Maria José Peixoto
Planificação Anual
Fichas de Leitura e Gramática
Questões de Aula
Testes de Avaliação
Guiões de Visionamento de Filmes
Índice 1. Planificação Anual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.
Fichas de Leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1. Relato de viagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2. Artigo de divulgação científica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Exposição sobre um tema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4. Apreciação crítica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.
Fichas de Gramática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1. O português: génese, variação e mudança . . . . . . . . . . . . . . . 22
2. Fonética e fonologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3. Funções sintáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4. Frase complexa – coordenação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5. Frase complexa – subordinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6. Arcaísmos, neologismos e processos irregulares
de formação de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
7. Campo lexical e campo semântico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.
Questões de Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1. Poesia trovadoresca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2. Crónica de D. João I, de Fernão Lopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3. Gil Vicente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4. Luís de Camões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
5. Os Lusíadas, de Luís de Camões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
6. História trágico-marítima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.
Testes de Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
1. Poesia trovadoresca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
2. Crónica de D. João I, de Fernão Lopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
3. Poesia trovadoresca / Crónica de D. João I . . . . . . . . . . . . . . . 61
4. Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
5. Rimas, de Luís de Camões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
6. Farsa de Inês Pereira / Rimas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
7. Os Lusíadas, de Luís de Camões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
8. História trágico-marítima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
9. Os Lusíadas / História trágico-marítima . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
7. Cenários de Resposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
1.
PLANIFICAÇÃO
ANUAL
4
MÓDULO 1
Poesia trovadoresca; Fernão Lopes, Crónica de D. João I
FOTOCOPIÁVEL
EDITÁVEL
Educação Literária
Poesia trovadoresca 14. Ler e interpretar textos literários.
• Cantigas de amigo: “Ai flores, ai flores do verde pino”, Dom Dinis; “Nom chegou, madr’, 15. Apreciar textos literários.
o meu amigo”, Dom Dinis; “Bailemos nós já todas tres, ai amigas”, Airas Nunes; “Ondas 16. Situar obras literárias em função de grandes marcos
do mar de Vigo”, Martim Codax; “Poys nossas madres van a San Simon”, Pero Viviaez; históricos e culturais.
“Sedia-m’eu na ermida de San Simión”, Mendinho (escolher 4);
• Cantigas de amor: “Quer’eu em maneira de proençal”, Dom Dinis; “Se eu pudesse
desamar”, Pero da Ponte; “Que soidade de mha senhor ei”, Dom Dinis (escolher 2);
• Cantigas de escárnio e maldizer: “Roi Queimado morreu com amor”, Pero Garcia
Burgalês; “Ai, dona fea, fostes-vos queixar”, Joam Garcia de Guilhade; “Foi um dia
Lopo jograr”, Martim Soares (escolher 2).
– Contextualização histórico-literária.
– Representações de afetos e emoções:
> variedade do sentimento amoroso (cantiga de amigo);
> confidência amorosa (cantiga de amigo);
> relação com a Natureza (cantiga de amigo);
> a coita de amor e o elogio cortês (cantiga de amor);
> a dimensão satírica: a paródia do amor cortês e a crítica de costumes
(cantigas de escárnio e maldizer). 33 horas
– Espaços medievais, protagonistas e circunstâncias.
– Linguagem, estilo e estrutura: 44 tempos
> caracterização temática e formal – paralelismo e refrão (cantiga de amigo); letivos de
> caracterização temática (cantiga de amor); 45 minutos
> caracterização temática (cantiga de escárnio e maldizer);
> recursos expressivos: a comparação, a ironia, a personificação,
a apóstrofe e a hipérbole.
Leitura
– Exposição sobre um tema. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informação.
– Reportagem. 3. Planificar intervenções orais.
– Documentário. 4. Participar oportuna e construtivamente em situações
de interação oral.
Expressão Oral
5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
– Síntese. 6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com
diferentes finalidades.
Gramática
FOTOCOPIÁVEL
EDITÁVEL
5
1. PLANIFICAÇÃO ANUAL
6
MÓDULO 2
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira; Luís de Camões, Rimas
FOTOCOPIÁVEL
EDITÁVEL
Educação Literária
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira 14. Ler e interpretar textos literários.
• Leitura integral. 15. Apreciar textos literários.
– Caracterização de personagens. 16. Situar obras literárias em função de grandes marcos
– Relações entre as personagens. históricos e culturais.
– A representação do quotidiano.
– A dimensão satírica.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> características do texto dramático;
> a farsa: natureza e estrutura da obra;
> recursos expressivos: a comparação, a interrogação retórica, a ironia e a metáfora.
Leitura
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informação.
– Documentário. 3. Planificar intervenções orais.
– Apreciação crítica. 4. Participar oportuna e construtivamente em situações
– Anúncio publicitário. de interação oral.
5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
Expressão Oral
6. Produzir textos orais de diferentes géneros
– Documentário. e com diferentes finalidades.
– Síntese.
Gramática
FOTOCOPIÁVEL
EDITÁVEL
– Auto e heteroavaliação.
7
1. PLANIFICAÇÃO ANUAL
8
MÓDULO 3
Luís de Camões, Os Lusíadas; História trágico-marítima
FOTOCOPIÁVEL
EDITÁVEL
Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas 14. Ler e interpretar textos literários.
• Imaginário épico (canto I, ests. 1 a 18; canto IX, ests. 52 a 53, 66 a 70, 15. Apreciar textos literários.
88 a 95; canto X, ests. 75 a 91); 16. Situar obras literárias em função de grandes marcos
• Reflexões do poeta (canto I, ests. 105 a 106; canto V, ests. 92 a 100; históricos e culturais.
canto VII, ests. 78 a 87; canto VIII, ests. 96 a 99; canto IX, ests. 88 a 95;
canto X, ests. 145 a 156).
– Imaginário épico:
> matéria épica: feitos históricos e viagem;
> sublimidade do canto;
> mitificação do herói.
– Reflexões do poeta.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> a epopeia: natureza e estrutura da obra;
33 horas
> conteúdo de cada canto;
> os quatro planos e sua interdependência; 44 tempos
> estrofe e métrica; letivos de
> recursos expressivos: a anáfora, a anástrofe, a apóstrofe, 45 minutos
a comparação, a enumeração, a hipérbole, a interrogação retórica,
a metonímia e a personificação.
História trágico-marítima
• Capítulo V: “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho”
(excertos).
Leitura
– Artigo de divulgação científica. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros e graus de complexidade.
– Exposição sobre um tema. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo e ao tratamento
– Apreciação crítica. da informação.
– Relato de viagem. 9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informação.
– Documentário. 3. Planificar intervenções orais.
– Apreciação crítica. 4. Participar oportuna e construtivamente em situações de interação oral.
– Reportagem. 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com diferentes finalidades.
Expressão Oral
– Apreciação crítica.
Gramática
FOTOCOPIÁVEL
EDITÁVEL
9
1. PLANIFICAÇÃO ANUAL
2.
FICHAS DE
LEITURA
1. RELATO DE VIAGEM
Nome: _______________________________________________________________ N.O: _____________ Turma: _____________ Data: ___________________
EDITÁVEL
12 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
2. FICHAS DE LEITURA
7. Indique o único motivo de orgulho de ser português registado por este viajante.
8. Explique, por palavras suas, a designação atribuída ao segundo cabo descrito pelo autor.
9. Identifique e exemplifique duas marcas típicas do relato de viagem presentes neste texto.
EDITÁVEL
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA FOTOCOPIÁVEL 13
2. FICHAS DE LEITURA
EDITÁVEL
14 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
2. FICHAS DE LEITURA
7. Refira por que razão o carpinteiro, José Joaquim dos Santos, assume um papel de relevo face
aos factos retratados.
EDITÁVEL
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA FOTOCOPIÁVEL 15
2. FICHAS DE LEITURA
Leia o texto e responda, de seguida, às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla,
selecione a opção correta.
EDITÁVEL
16 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
2. FICHAS DE LEITURA
3. O progresso que se verificou nos finais da Idade Média refletiu-se também na arte da pintura,
(A) que passou a representar temas sagrados.
(B) cujo teor se tornou progressivamente mais realista.
(C) que passou a ser associada a comerciantes e artesãos ricos.
(D) o que não foi bem aceite pelo clero.
4. No contexto em que surge, o termo “Audazes” (l. 29) pode ser substituído por
(A) “receosos”.
(B) “perigosos”.
(C) “nervosos”.
(D) “corajosos”.
8. Comente a seguinte afirmação: “[…] os artistas começaram […] [a poder] exprimir as suas
ideias como artistas livres.” (ll. 16-18).
EDITÁVEL
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2. FICHAS DE LEITURA
4. APRECIAÇÃO CRÍTICA
Nome: _______________________________________________________________ N.O: _____________ Turma: _____________ Data: ___________________
Leia o texto e responda, de seguida, às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla,
selecione a opção correta.
EDITÁVEL
18 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
2. FICHAS DE LEITURA
Quando chove água misturada com neve, sob um céu “indeciso entre o inverno e a primavera”, eis o que
assinala o narrador: “As nuvens ocultavam as montanhas e roubavam volume às coisas, mas mesmo numa
manhã deste género conseguia perceber a beleza daquele lugar. Uma beleza sombria, ácida, que não
40 infundia paz mas essencialmente força e alguma angústia.”
É esta beleza difícil e agreste que as páginas de As oito montanhas exaltam, sem falsas nostalgias.
Pietro, o nosso guia melancólico, conduz-nos pelas veredas de um mundo que sentimos ser verdadeiro
e, por isso mesmo, fatalmente inapreensível.
José Mário Silva, in E, A Revista do Expresso, n.o 2325, 20 de maio de 2017, p. 74.
2. O narrador do romance é
(A) Pietro, que é também protagonista.
(B) o pai de Pietro.
(C) Bruno, o amigo de Pietro.
(D) um “montanhês” de quem se desconhece o nome.
EDITÁVEL
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3.
FICHAS DE
GRAMÁTICA
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações que se seguem sobre
as principais etapas da formação e da evolução do português.
a. O latim clássico possui características marcadamente populares.
b. A imposição do latim como língua oficial foi uma das marcas da romanização da Península
Ibérica.
c. O latim foi a primeira língua falada pelos povos da Península Ibérica.
d. Entende-se por substrato uma língua indígena anterior à implantação de uma nova língua,
transportada por povos vencedores, mas que, de alguma forma, deixa marcas nesse novo
idioma.
e. Superstrato é a língua de um povo invasor que se sobrepõe à autóctone.
f. A diferente natureza das línguas românicas deve-se, entre outros fatores, à atuação de
diferentes idiomas de substrato e de superstrato em cada uma delas.
g. Com o aparecimento das línguas românicas, o latim desapareceu completamente.
h. Os primeiros documentos redigidos em português datam do século XIII.
i. A fase mais remota do português corresponde à fase do galego-português.
j. Os únicos registos existentes em português antigo são os que dizem respeito à poesia trova-
doresca.
k. No século XIII, o português separa-se definitivamente do galego.
l. Os Descobrimentos tiveram um grande impacto no desenvolvimento da língua portuguesa,
na medida em que foi necessário criar palavras para designar novas realidades.
m. Os meios de comunicação tiveram e têm um papel de relevo na uniformização e divulgação
da língua.
a. HYDRA (água)
b. LITTERA- (letra)
c. DOMU- (casa)
d. RHINÓS (nariz)
EDITÁVEL
22 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
3. FICHAS DE GRAMÁTICA
2. FONÉTICA E FONOLOGIA
Nome: _______________________________________________________________ N.O: _____________ Turma: _____________ Data: ___________________
3.1. Classifique cada par de palavras, tendo em conta o étimo de que derivam.
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3. FICHAS DE GRAMÁTICA
3. FUNÇÕES SINTÁTICAS
Nome: _______________________________________________________________ N.O: _____________ Turma: _____________ Data: ___________________
1.2. Explique a diferença existente entre os sujeitos das frases (A) e (B).
EDITÁVEL
24 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
3. FICHAS DE GRAMÁTICA
a. Os rapazes atiraram
pedras à janela.
b. As portas continuam
fechadas.
e. Os arqueólogos fizeram
novas escavações.
g. Tudo permanece
em silêncio.
5.1. Preencha o quadro, transcrevendo todos os constituintes presentes nas frases que desempenham
as funções abaixo elencadas.
5.2. Substitua, nos casos possíveis, os complementos por um pronome, reescrevendo as frases.
EDITÁVEL
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3. FICHAS DE GRAMÁTICA
6.1.1. Transcreva, de cada uma delas, o constituinte correspondente a cada uma das funções
sintáticas apresentadas em 6.1.
6.3. Identifique os exemplos que contêm um complemento do nome requerido por um nome:
a. deverbal.
b. epistémico.
c. de grau de parentesco.
d. icónico.
e. relacionado com um atributo.
6.4. Indique a frase que integra um complemento do adjetivo sob a forma oracional.
EDITÁVEL
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3. FICHAS DE GRAMÁTICA
Evite os produtos industriais e faça lanches originais com receitas saudáveis para os seus filhos.
Proteste, n.o 141, novembro de 2014, p. 6.
2.1. Assinale, agora, como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
a. A frase apresenta três orações.
b. A frase é simples, pois integra apenas uma oração.
c. A frase é complexa e foi obtida pelo recurso à coordenação.
d. A frase é constituída por duas orações coordenadas copulativas assindéticas.
e. A frase integra duas orações coordenadas copulativas sindéticas.
f. A frase apresenta duas orações coordenadas e uma oração subordinada.
3. Una os pares de frases de modo a obter frases complexas, recorrendo à coordenação indicada.
a. (explicativa)
(1) No século XIV, todos os grupos sociais procuravam expandir-se em busca de uma nova vida.
(2) Quer a Europa quer Portugal atravessavam uma grave crise.
b. (adversativa)
(1) A Europa interessou-se pela descoberta do mar.
(2) Portugal foi pioneiro na política expansionista.
EDITÁVEL
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3. FICHAS DE GRAMÁTICA
Coluna A Coluna B
[1] Oração subordinada adverbial concessiva +
[A] Se ler atentamente, vai perceber.
+ oração subordinante
[B] Ainda que seja difícil, acabarei o trabalho [2] Oração subordinante + oração subordinada
no prazo estipulado. adjetiva relativa restritiva
[3] Oração subordinante + oração subordinada
[C] Ele garantiu-me que falaria com
substantiva completiva
os colegas que desobedeceram.
[4] Oração subordinante + oração subordinada
[D] Ele fez o trabalho, que todos elogiaram, adverbial consecutiva
para que fosse exposto no átrio.
[5] Oração subordinante + oração subordinada adjetiva
[E] Como esperei tempo demais, decidi relativa explicativa + oração subordinada adverbial final
que já não sairia com eles. [6] Oração subordinante + oração subordinada
[F] Mal terminou a sessão de cinema, substantiva relativa
fomos imediatamente para casa. [7] Oração subordinada adverbial condicional +
[G] Ele esforçou-se tanto que acabou + oração subordinante
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.
EDITÁVEL
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3. FICHAS DE GRAMÁTICA
6.
ARCAÍSMOS, NEOLOGISMOS E PROCESSOS IRREGULARES DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Nome: _______________________________________________________________ N.O: _____________ Turma: _____________ Data: ___________________
Coluna A Coluna B
[5] cuja utilização era usual noutros estádios da língua, mas que caíram
em desuso.
[C] Arcaísmos são termos
[6] que designam novas realidades ou novos usos reclamados pela
evolução científica, tecnológica ou outra.
2. Classifique cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F).
a. Uma sigla é uma palavra formada pelas iniciais de um grupo de palavras, pronunciada
de acordo com a designação de cada letra.
b. Um acrónimo é uma palavra formada através da junção de duas ou mais palavras.
c. Truncação é um processo que consiste na criação de uma palavra a partir da eliminação
de parte da palavra de que deriva.
d. Empréstimo é um processo através do qual uma palavra já existente adquire um novo signi-
ficado sem, contudo, perder o(s) significado(s) anterior(es).
e. Extensão semântica é o processo de transferência de uma palavra de uma língua para outra.
f. Amálgama refere-se à criação de um vocábulo através da junção de letras ou sílabas de um
grupo de palavras, que se pronunciam como uma só palavra.
2.1. Indique a que processo se refere cada uma das definições que assinalou como falsas.
EDITÁVEL
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3. FICHAS DE GRAMÁTICA
3.1. Transcreva os termos que configuram processos irregulares de formação de palavras, indicando
como se designam.
3.2. Refira que nome se dá, em termos de renovação do léxico, ao termo “globonautas”.
3.2.2. Avance um significado para o novo vocábulo, atendendo aos termos que o compõem.
Chuvisco
Chuvisco é isco da chuva? Enquanto se espera resposta, vale a pena resguardar a pergunta.
O chuvisco, adolescente atrevido, molha tudo sem respeito. Ao tempo que vai lençolando as poei-
ras, o chuvisco abraça a terra mais terna […].
Às vezes é um rio de pé, verticaindo. Gotas gordas aprisionam os homens e os bichos nos seus
abrigos. Até os pássaros vão peixando, humiudinhos.
Mia Couto, “Pingo e vírgula”, in Cronicando, 10.a ed., Lisboa, Editorial Caminho, 2002, p. 98.
4.1. Transcreva os vocábulos que configuram novos termos, indicando como se designam.
4.1.1. Decomponha-os nos seus constituintes, indicando as classes de palavras a que pertencem.
4.1.2. Integre cada nova palavra numa classe gramatical, referindo o seu significado.
EDITÁVEL
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3. FICHAS DE GRAMÁTICA
5.2. Explique por que não configuram os termos “MEC” e “IRS” o mesmo processo de formação.
5.3. Construa uma frase em que o termo “plataforma” surja com outro significado.
A B
Amigo, pois me leixades A dona que eu am’e tenho por senhor
E vos ides alhur morar, amostrade-me-a, Deus, se vos en prazer for,
[…] senon, dade-mi a morte.
[…]
João Peres de Aboim, B 673/V 275, Bernal de Bonaval, B 1066/V 657,
in Cantigas medievais galego-portuguesas in Cantigas medievais galego-portuguesas
(www.cantigas.fcsh.unl.pt). (www.cantigas.fcsh.unl.pt).
6.3. Proponha uma reescrita dos dois excertos textuais, substituindo as formas arcaicas sublinhadas
por termos atuais.
EDITÁVEL
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3. FICHAS DE GRAMÁTICA
2.1. Selecione as frases em que ocorrem palavras pertencentes ao mesmo campo lexical.
2.2. Identifique dois campos semânticos diferentes, registando as frases em que ocorrem.
2.3. Registe as alíneas em que os vocábulos “mar” e “ilha” surgem em sentido metafórico.
2.4. Reescreva as frases indicadas em 2.3., substituindo os vocábulos “mar” e “ilha” por outras pala-
vras ou expressões com significado equivalente.
EDITÁVEL
32 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
4.
QUESTÕES
DE AULA
EDITÁVEL
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4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO I
1. Classifique cada uma das afirmações acerca da poesia trovadoresca como verdadeira (V) ou
falsa (F). [15 itens x 2 pontos = 30 pontos]
a. Durante a Idade Média, a cultura estava espalhada por todos os grupos sociais.
b. A poesia trovadoresca designa a produção poética entre os séculos XII e XIV.
c. O galaico-português diz respeito à língua utilizada na Península Ibérica até ao século XVI.
d. A produção poética da era medieval encontra-se compilada em três grandes cancioneiros:
o da Biblioteca Nacional, o da Vaticana e o da Ajuda.
e. Os jograis eram populares que atuavam em espaços públicos, nas cortes ou em casas
senhoriais.
f. Os trovadores pertenciam à nobreza, compunham e tocavam os seus poemas, fazendo-se
acompanhar exclusivamente por jogralesas.
g. As cantigas de amor estão associadas a um ambiente cortês e à temática do amor não cor-
respondido.
h. O ambiente rural, de romaria ou doméstico surge nas cantigas de amigo.
i. Na cantiga de amigo, o poeta assume uma atitude de vassalagem perante a sua “senhor”.
j. As cantigas de amigo têm origem provençal.
k. Tematicamente, as cantigas de amigo enunciam o amor, a saudade e a dor provocadas pela
ausência do amado.
l. O paralelismo e o refrão são marcas formais associadas às cantigas de amigo.
m. A Natureza serve única e exclusivamente de cenário à manifestação da dor da donzela.
n. As cantigas de amor exprimem, pela voz de uma donzela, o amor não correspondido.
o. Há afinidades entre as cantigas de amigo e as cantigas de amor, uma vez que em ambas
se assiste à temática do sofrimento amoroso.
EDITÁVEL
34 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
4. QUESTÕES DE AULA
2. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relacionados com a poesia
trovadoresca. [10 itens x 5 pontos = 50 pontos]
EDITÁVEL
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4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO II
1. Identifique a função sintática dos elementos sublinhados em cada uma das frases.
[10 itens x 5 pontos = 50 pontos]
EDITÁVEL
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4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO I
1. Recorde o estudo da Crónica de D. João I e identifique cada uma das personagens descritas.
[7 itens x 8 pontos = 56 pontos]
b. Personagem que representa a ameaça castelhana sobre a integridade nacional, acabando por
funcionar como “bode expiatório” no desencadear da revolução.
e. Personagem que aparenta ser uma pessoa vulgar, com as suas dúvidas e hesitações, chegando
a cometer erros. No entanto, revela-se líder das multidões, assumindo a responsabilidade da sua
missão e revelando toda a sua ambição, demonstrando, por isso, um cariz realista.
f. Personagem que se destaca enquanto herói com forte pendor místico. A par da sua faceta espiri-
tual e do virtuosismo, distingue-se também pela determinação, coragem, perspicácia e lealdade.
g. Personagem que se apresenta como a força gregária, animada de uma vontade definida e coletiva.
Expressões como “todos postos sob um mesmo cuidado”, “todos animados de uma só vontade”,
“enquanto a cidade soube” tornam-se emblemáticas. Apesar de ignorante, supersticiosa e, por
vezes, até cruel, revela-se como a força motora da revolução e, por isso, trata-se da personagem
que mais padece, resiste e se afirma.
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4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO II
1. Indique o tempo, o modo e a pessoa gramatical das formas verbais sublinhadas em cada frase.
[18 itens x 4 pontos = 72 pontos]
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38 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO I
1. Complete o texto expositivo sobre a obra vicentina com os segmentos linguísticos fornecidos
abaixo. [15 itens x 8 pontos = 120 pontos]
GRUPO II
1. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classifica-
ção, na coluna B. [8 itens x 10 pontos = 80 pontos]
Coluna A Coluna B
[B] O pretendente que foi escolhido era pouco [2] Oração subordinada substantiva relativa
cordial.
[3] Oração subordinada substantiva completiva
[C] Como era pouco culto, o camponês foi
preterido.
[4] Oração subordinada adverbial comparativa
[D] Quem encontrou Brás da Mata foram
os judeus. [5] Oração subordinada adverbial causal
[E] Inês perguntou a Pero Marques se podia [6] Oração subordinada adjetiva relativa restritiva
visitar o Ermitão.
[F] Se Brás da Mata não morresse, Inês nunca [7] Oração subordinada adverbial consecutiva
seria livre.
[8] Oração subordinada adverbial condicional
[G] Lianor Vaz, que fingiu ser assediada,
visitou Inês.
[9] Oração subordinada adverbial final
[H] Pero Marques era tão ingénuo
que não percebeu a traição de Inês. [10] Oração subordinada adverbial concessiva
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___.
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40 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO I
1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relacionados com a temática
do Renascimento. [5 itens x 5 pontos = 25 pontos]
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4. QUESTÕES DE AULA
2. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens acerca de Luís de Camões
e a sua produção lírica. [6 itens x 5 pontos = 30 pontos]
EDITÁVEL
42 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO II
1. Indique a designação atribuída às palavras sublinhadas nas frases abaixo apresentadas, tendo
em consideração que vêm ambas de SOLITARIU-. [5 pontos]
3. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classifica-
ção, na coluna B. [10 itens x 6 pontos = 60 pontos]
Coluna A Coluna B
[A] O poeta quinhentista escreveu em redondilha [1] Oração subordinada substantiva
mas privilegiou o decassílabo. completiva
[B] Assim que leram as primeiras estâncias de Os Lusíadas, [2] Oração subordinada adverbial
acharam-nas difíceis. condicional
[C] Ainda que preferissem a poesia amorosa, a temática [3] Oração coordenada copulativa
da Natureza também os entusiasmou.
[4] Oração subordinada adjetiva
[D] Camões foi tão arruaceiro que acabou embarcado relativa explicativa
para a Índia.
[5] Oração coordenada adversativa
[E] Quem gosta de poesia tem de ler Camões.
[6] Oração subordinada adverbial
[F] Como Camões viveu no século XVI, sofreu a influência concessiva
dos humanistas.
[7] Oração subordinada substantiva
[G] Não só estudamos os sonetos como também lemos relativa
várias redondilhas.
[8] Oração subordinada adverbial
[H] Perceberão melhor desde que leiam expressivamente consecutiva
os textos.
[9] Oração subordinada adverbial
[I] A mulher petrarquista, que é normalmente inacessível, temporal
tem traços físicos específicos.
[10] Oração subordinada adverbial
[J] É inevitável que os poetas exponham a sua visão. causal
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___;
[F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.
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4. QUESTÕES DE AULA
4. Identifique a função sintática dos elementos sublinhados em cada uma das frases.
[11 itens x 5 pontos = 55 pontos]
b. Muitos leitores acham a poesia lírica de Camões superior à de outros poetas da sua época.
e. Os alunos ficaram perplexos perante a ausência de dados sobre o nosso poeta maior.
f. Muitos jovens foram interrogados pelo professor acerca das temáticas camonianas.
k. O talento de Camões, como o de muitos outros poetas, não foi reconhecido na sua época.
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44 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO I
1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens sobre Os Lusíadas.
[7 itens x 6 pontos = 42 pontos]
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4. QUESTÕES DE AULA
2. Complete as seguintes frases em que se revela o assunto/tema das diferentes reflexões produ-
zidas por Camões ao longo da epopeia. [10 itens x 6 pontos = 60 pontos]
GRUPO II
1.1. Classifique as orações sublinhadas nas frases das alíneas (A) a (F), inclusive.
[6 itens x 8 pontos = 48 pontos]
1.2. Identifique as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes que se encontram subli-
nhados nas alíneas (A), (B), (D), (F) e (G). [5 itens x 7 pontos = 35 pontos]
1.3. Indique a classe e a subclasse dos conectores presentes nas frases (A), (C) e (E).
[3 itens x 5 pontos = 15 pontos]
EDITÁVEL
46 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO I
1. Complete o seguinte texto, fazendo apelo aos seus conhecimentos acerca do capítulo V da
História trágico-marítima, “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)”,
e evitando repetições de termos. [20 itens x 4 pontos = 80 pontos]
EDITÁVEL
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4. QUESTÕES DE AULA
Coluna A Coluna B
[A] Podemos constatar a dimensão [1] em cinco anos, com determinação, coragem e espírito
heroica do relato de solidariedade.
[J] A viagem culmina na chegada [13] nos momentos passados em Pernambuco, aquando
à metrópole, da morte do pai de Jorge de Albuquerque Coelho.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___;
[H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___; [L] − ___; [M] − ___.
EDITÁVEL
48 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
4. QUESTÕES DE AULA
GRUPO II
2.4. Identifique o processo de formação das seguintes palavras: [3 itens x 6 pontos = 18 pontos]
a. climatéricas
b. embarcar
c. tripulação
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5.
TESTES DE
AVALIAÇÃO
Domínios e GRUPOS
Conteúdos I II III
EDUCAÇÃO LEITURA EXPRESSÃO Cotação /
LITERÁRIA E GRAMÁTICA ESCRITA Pontos
Tipologia Excerto da obra Conteúdos gramaticais Géneros textuais
de itens lecionada lecionados do Programa
Escolha múltipla 1. a 7. 35
(7 itens x 5 pontos)
Domínios e GRUPOS
Conteúdos I II III
EDUCAÇÃO LEITURA EXPRESSÃO
LITERÁRIA E GRAMÁTICA ESCRITA Cotação /
Pontos
Itens A e B Conteúdos gramaticais Géneros textuais
Excertos das obras lecionados do Programa
Tipologia de cada uma das
de itens unidades do módulo
Associação 1. 20
(10 itens x 2 pontos)
2.
Completamento (20 itens x 1 ponto) 20
ou
(10 itens x 2 pontos)
Resposta restrita 3. a 7. 60
(5 itens x 12 pontos)
1.
Resposta curta (5 itens x 4 pontos) 50
2. a 4.
(6 itens x 5 pontos)
Tema e tipologia – 15
Estrutura e coesão – 10
Resposta extensa Léxico e adequação do 50
discurso – 5
Correção linguística – 20
(30 + 20 pontos)
COTAÇÃO 100 50 50 200
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52 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
1
coisa, algo; 2 se nom / atanto que: a não ser que; 3 tenho; 4 juízo; 5 sol nom sab’ende rem: nem sequer sabe nada.
1. Identifique o género e o tema desta composição lírica, justificando com expressões do texto.
2. Demonstre que o sujeito poético tem dificuldades em clarificar o seu estado de espírito.
4. Identifique o recurso expressivo, e o seu valor semântico, em “Ora nom moiro, nem vivo” (v. 1).
EDITÁVEL
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Após ter conquistado milhares de espetadores em França, A gaiola dourada prepara-se agora
para ser um grande sucesso comercial em Portugal, onde já foi visto por mais de catorze mil espe-
tadores durante as suas primeiras vinte e quatro horas em cartaz. Esta imediata atração do público
português por esta obra luso-francesa compreende-se perfeitamente, não só por causa da impres-
5 sionante onda de publicidade positiva que o filme tem recebido por parte da imprensa, mas também
por causa do contagiante estilo corriqueiro desta agradável comédia familiar de Ruben Alves, onde
somos apresentados à simpática família Ribeiro, que vive, há cerca de trinta anos, na portaria de
um prédio de luxo que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital fran-
cesa. Os pilares desta afável família são Maria e José Ribeiro (Rita Blanco e Joaquim de Almeida),
10 um simpático casal de emigrantes portugueses que se tornou, com o passar dos anos, numa parte
indispensável do quotidiano da pequena comunidade que os acolheu e que agora os poderá perder,
já que Maria e José poderão em breve concretizar o seu grande sonho de regressarem permanente-
mente a Portugal, onde poderão levar uma vida mais simples, pacífica e próxima das suas tradições.
O problema é que nenhum dos seus amigos, vizinhos e patrões quer deixar partir esta simpática
15 família, que também está fortemente dividida, já que Maria e José parecem ser os únicos que estão
dispostos a regressar às suas origens e abandonar definitivamente a sua preciosa comunidade que,
durante três décadas, lhes deu tudo aquilo que eles precisavam para levar uma vida esforçada mas
feliz. Será que Maria e José estão mesmo dispostos a regressar ao nosso país e a virar para sempre
as costas à sua inestimável gaiola dourada?
20 Esta simples pergunta não tem de todo uma resposta óbvia, já que é a sua procura por parte dos
dois protagonistas que alimenta o caricato desenrolar do prático guião desta simples mas agradá-
vel comédia luso-francesa, que denota todos os seus traços e influências francesas graças à for-
ma requintada e pragmática como os seus criadores construíram e decidiram contar esta simples
história familiar, cujo principal apelo humano deriva da contagiante áurea popular bem portuguesa
25 que marca presença um pouco por todo o filme, e que acaba por acrescentar um reconfortante e
atrativo elemento de tradição, descontração, diferenciação e diversão a esta honrosa comédia que,
embora não seja abismalmente criativa ou irreverente, aposta numa história com pés e cabeça
que enfatiza os dilemas e os dramas da comunidade emigrante nacional sem nunca esquecer os
estereótipos culturais portugueses, que foram aqui aproveitados da melhor maneira possível para
30 desenvolver um estupendo ambiente tradicional e familiar, que tanto promove a diversão como a
emoção. Para este atrativo resultado final muito contribuiu a capacidade criativa de Ruben Alves
(realizador/guionista), que soube aproveitar o melhor de dois mundos para criar e evidenciar esta
ligeira mas francamente apelativa comédia familiar, que beneficia ainda de uma ótima prestação do
seu elenco nacional e internacional.
http://www.portal-cinema.com/2013/08/critica-gaiola-dourada-2013.html
(consultado em junho de 2017).
EDITÁVEL
54 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
4. Ao longo do filme,
(A) o ambiente em que se movem as personagens é tipicamente francês.
(B) existe uma tensão entre o casal português e a comunidade que os acolheu.
(C) vários elementos culturais portugueses recriam um ambiente tradicional.
5. O segmento sublinhado em “já foi visto por mais de catorze mil espetadores” (ll. 2-3) desempe-
nha a função sintática de
(A) predicativo do sujeito.
(B) complemento agente da passiva.
(C) complemento oblíquo.
9. Explique o significado literal do vocábulo “capital” (l. 8), sabendo que a palavra latina CAPITIA
significa “cabeça”.
EDITÁVEL
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
10. Classifique a oração sublinhada em “há cerca de trinta anos, na portaria de um prédio de luxo
que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital francesa” (ll. 7-9).
11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “Esta simples pergunta não
tem de todo uma resposta óbvia” (l. 20).
12. Refira o tempo e o modo da forma verbal sublinhada em “que beneficia ainda de uma ótima
prestação do seu elenco nacional e internacional” (ll. 33-34).
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual apresente as principais diferenças entre
as cantigas de amigo e as cantigas de amor.
Obedeça às seguintes orientações:
• Introdução – apresentação da temática do texto.
• Desenvolvimento – caracterização de cada um dos géneros, referindo:
− origem;
− sujeito de enunciação e destinatário;
− características essenciais das figuras feminina e masculina;
− ambiente.
• Conclusão – síntese geral das ideias e fecho do texto.
EDITÁVEL
56 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
Leia o seguinte excerto do capítulo 115 da Crónica de D. João I. Se necessário, consulte as notas
apresentadas.
Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de Castela pôs cerco
sobr’ela.
Nem u~ u falamento1 deve mais vizinho seer deste capitulo que havees ouvido2, que poermos logo
aqui brevemente de que guisa estava a cidade, jazendo el-Rei de Castela sobr’ela; e per que modo
poinha em si guarda o Meestre, e as gentes que dentro eram, por nom receber dano de seus ~ emi-
gos3; e o esforço e fouteza4 que contra eles mostravom, em quanto assi esteve cercada.
5 Onde sabee que como5 o Meestre e os da cidade souberom a viinda del-Rei de Castela, e esperarom
seu grande e poderoso cerco, logo foi ordenado de recolherem pera a cidade os mais mantiimentos
que haver podessem, assi de pam e carnes, come quaes quer outras cousas. E iam-se muitos aas
liziras6 em barcas e batees, depois que Santarem esteve por Castela, e dali tragiam muitos gaados
mortos que salgavom em tinas, e outras cousas de que fezerom grande açalmamento7; e colherom-
10 -se8 dentro aa cidade muitos lavradores com as molheres e filhos, e cousas que tiinham; e doutras
pessoas da comarca d’arredor, aqueles a que prougue9 de o fazer; e deles10 passarom o Tejo com
seus gaados e bestas e o que levar poderom, e se forom contra11 Setuval, e pera Palmela; outros
ficarom na cidade e nom quiserom dali partir; e taes i12 houve, que poserom todo o seu13, e ficarom
nas vilas que por Castela tomarom voz.
15 Os muros todos da cidade nom haviam mingua14 de boom repairamento15; e em seteenta e sete
torres que ela teem a redor de si, forom feitos fortes caramanchões de madeira, os quaes eram
bem fornecidos d’escudos e lanças e dardos e beestas de torno16, e doutras maneiras com grande
avondança17 de muitos viratões18. […]
E ordenou o Meestre com as gentes da cidade que fosse repartida a guarda dos muros pelos fidal-
20 gos e cidadãos honrados19, aos quaes derom certas quadrilhas20 e beesteiros e hom~ ees d’armas pera
~ ~
ajuda de cada uu guardar bem a sua. Em cada quadrilha havia uu sino pera repicar quando tal cousa
vissem, e como21 cada u~ u ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente22 corriam pera ela […]
1
palavras, ditos; 2 alusão ao capítulo anterior, onde se descreve o soberbo acampamento do rei de Castela, que se estendia de
Santos até Campolide e outros lugares em volta; 3 inimigos; 4 coragem; 5 logo que; 6 lezírias (terras que ficam na margem do rio);
7
abastecimento; 8 refugiaram-se; 9 aprouve, agradou; 10 alguns; 11 em direção a; 12 aí; 13 que poserom todo o seu: que puseram
em segurança os seus haveres; 14 necessidade; 15 reparação, fortificação; 16 armas que disparavam setas a grandes distâncias;
17
abundância; 18 setas grandes; 19 de boa categoria social, burgueses; 20 quadrelas, lanços de muralha onde se colocavam os vigias;
21
quando; 22 apressadamente.
EDITÁVEL
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
E nom soomente os que eram assiinados23 em cada logar pera defensom, mas ainda as outras
gentes da cidade, ouvindo repicar na See, e nas outras torres, avivavom-se os corações deles24;
25 e os mesteiraes25 dando folgança26 a seus oficios, logo todos com armas corriam rijamente pera
u27 diziam que os Castelãos mostravom de viinr. Ali viriees os muros cheos de gentes, com muitas
trombetas e braados e apupos esgremindo espadas e lanças e semelhantes armas, mostrando
fouteza contra seus ~
emigos.
Fernão Lopes, in Teresa Amado (apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária),
Crónica de D. João I de Fernão Lopes (textos escolhidos), ed. revista, Lisboa, Editorial Comunicação, 1992, pp. 170-172.
23
designados; 24 avivavom-se os corações deles: sentiam-se mais corajosos; 25 operários; 26 folga; 27 onde.
1. No primeiro parágrafo, o narrador apresenta de forma sintetizada as ideias que serão desen-
volvidas ao longo do capítulo 115. Refira-as.
2. Demonstre que a população se dividiu no que respeita a tomar o partido do Mestre de Avis.
3. Enumere, baseando-se no segundo parágrafo, algumas das medidas tomadas pelo povo e pelo
Mestre, assim que souberam que o cerco à cidade estava iminente.
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
O autocarro desde Joanesburgo sai às 8 da manhã para Maputo − entre tempos de paragem
noutras cidades ao longo do percurso e a travessia da fronteira de Ressano Garcia, chego a Maputo
já de noite. Fico plantado numa esquina à espera de um amigo de amigo de outros amigos. Não sei
sequer se existe mas, se existir, chama-se Henrique.
5 O que ficou combinado foi uma boleia com o Henrique até um promontório mítico para praticantes
de surf, onde quebra uma onda secreta, de qualidade mundial e de difícil acesso para viajantes soli-
tários, daí melhor apoiar-me na experiência e na viatura de quem sabe. O Henrique, se existe, sabe.
Por ironia do destino ou, quem sabe, por malícia das sinergias que a História tece, tanto Portugal
como as suas ex-colónias são excelentes destinos para o surf. A diferença é que na (ex) metrópole
10 as ondas estão à distância de um parque de estacionamento.
Já em Angola e Moçambique, a logística de chegar à praia envolve guias locais, veículos todo-
-terreno, provisões, equipamentos de outdoor e um espírito desinibido e aventureiro. Tal como fiz
há uns anos em Angola, socorro-me agora da ajuda de um português expatriado para chegar até às
ondas. Henrique, se existe, imigrou para Moçambique não apenas pelo trabalho mas também pelo
15 surf. Provavelmente até na ordem contrária de prioridades.
EDITÁVEL
58 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
A noite cai suavemente sobre esta cidade que me faz pensar no Portugal que eu nunca tive,
no português que nunca fui.
É uma cidade bonita, apesar do degrado e da incúria e da miséria. Uma cidade que desce para
o mar, que permite sempre um tom de azul no fundo do olhar, um pouco como Lisboa com o Tejo.
20 No entanto, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei, é aquela que menos me re-
corda Portugal.
Maputo é demasiado recente e demasiado airosa, demasiado planificada e escorreita para
recordar uma cidade portuguesa.
O que o caráter e a fisionomia urbana de Maputo me recorda, na brisa suave do fim da tarde, é
25 um Portugal que ficou por acontecer, uma possibilidade de evolução paralela que se perdeu nas
ramificações do destino. Tento imaginar uma outra História pátria que teria resultado de uma apro-
ximação mais humilde, menos aguerrida, às culturas do Índico, uma outra miscigenação, uma outra
abertura de espírito aos povos e às religiões que íamos encontrando.
Só Moçambique poderia evocar esta dimensão paralela e perdida da História de Portugal, só aqui
30 tivemos a porta aberta para esse oceano Índico que durante séculos promoveu comércio, provocou
diásporas, acomodou a diferença, ensinou a Humanidade a lidar com o Outro. Só aqui poderíamos
ter sido Outros, diferentes.
Gonçalo Cadilhe, in Visão, edição online, 30 de março de 2014
(consultado em junho de 2017, adaptado).
5. Na frase “onde quebra uma onda secreta” (l. 6), a palavra sublinhada introduz uma oração
(A) subordinada substantiva completiva.
(B) subordinada adjetiva relativa restritiva.
(C) subordinada adjetiva relativa explicativa.
EDITÁVEL
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
6. Na frase “A noite cai suavemente sobre esta cidade” (l. 16), o termo sublinhado desempenha
a função de
(A) modificador.
(B) complemento oblíquo.
(C) modificador apositivo do nome.
8. Classifique a oração sublinhada em “Não sei sequer se existe mas, se existir, chama-se
Henrique” (ll. 3-4).
9. Refira a função sintática do segmento sublinhado em “na (ex) metrópole as ondas estão
à distância de um parque de estacionamento” (ll. 9-10).
10. Indique a função sintática do elemento sublinhado em “que me faz pensar” (l. 16).
11. Transcreva o referente do elemento sublinhado em “que permite sempre um tom de azul
no fundo do olhar” (l. 19).
12. Reescreva o segmento “No entanto, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei,
é aquela que menos me recorda Portugal.” (ll. 20-21), substituindo o conector por outro com
o mesmo valor lógico.
GRUPO III
EDITÁVEL
60 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
Responda às questões.
Coluna A Coluna B
[A] O facto de o amado ter partido para a guerra ou de este não dar
notícias provoca o sofrimento no sujeito da enunciação.
[B] Enquadra-se num ambiente rural (a fonte, o rio), ou em locais [1] Cantiga de amigo
mais discretos e propícios aos encontros amorosos.
[G] Explora o amor cortês ou a expressão de sentimentos por parte [3] Cantiga de escárnio
do amador, que adota uma atitude servil ou de vassalagem
em relação à amada.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
2. Complete o excerto, servindo-se dos termos apresentados abaixo, de modo a obter um texto
expositivo sobre Fernão Lopes e a sua obra.
Um dos mais importantes cronistas de Portugal foi Fernão Lopes, nomeado por a. ,
em 1434, para “poer em crónica as histórias dos reis que antigamente em Portugal foram”, ou seja,
para escrever a história dos reis da primeira dinastia, e para registar “os grandes feitos e altos
do mui virtuoso e de grandes virtudes El-Rei meu senhor e padre”, isto é, para relatar os acon-
tecimentos ocorridos durante o reinado de seu pai, b. . O cronista trabalhou durante
vários anos, recolhendo c. , notícias escritas por portugueses e por estrangeiros, e ou-
vindo pessoas que tivessem presenciado acontecimentos d. , sempre procurando infor-
mações e. , pois, como ele escreveu, “mentira em este volume é muito afastada da
nossa vontade”.
Foi nomeado guarda-mor da f. , em 1418. A palavra “Tombo” é derivada do verbo
tombar, que, além de significar cair, derrubar, significa também inventariar, registar, e é esse o sen-
tido que a palavra aqui adquire. Neste arquivo, inicialmente instalado numa das torres do Castelo de
São Jorge, em g. , eram registados e inventariados os documentos históricos.
Fernão Lopes h. várias alterações políticas e sociais durante o seu longo período
de atividade, o que, certamente, foi muito útil para a elaboração das suas i. .
O facto de se servir das mais diversas j. (documentais – livros de k. ,
cartas, epitáfios, sermões –, monumentais e testemunhais), interpretando-as e relatando-as
corretamente, permitiu-lhe garantir maior exatidão ao que narrava, conferindo l. às suas
crónicas. Desse aperfeiçoamento e dessa busca da fidelidade histórica decorre a m.
psicológica de personagens n. e individuais. Mas o cronista também se preocupa com
a beleza da forma, conferindo assim efeitos o. às suas crónicas. Recorre, assim, a di-
versos recursos linguísticos, alguns herdados da p. precedente, outros inovação sua.
É frequente o recurso a interrogações q. e a exclamações para sublinhar os momentos
mais emotivos/dramáticos da narrativa. Verifica-se também a recriação de r. históricas
através da caracterização psicológica, apresentando-as ao leitor em ação, descrevendo os seus tra-
jes, as suas atitudes, os seus gostos, contando os seus ditos (discurso s. ).
O realismo descritivo, através da descrição de vários planos, da exploração da sensação
t. (principalmente a cinética) e da sensação auditiva, também está bem patente nas
suas crónicas.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
1
no; 2 adro da igreja; 3 belo, formoso, elegante; 4 Amor ei: Tenho amores; 5 esbelto, formoso; 6 tivera; 7 exceto, senão.
3. Classifique a cantiga, quanto ao género. Justifique com uma característica formal e uma carac-
terística temática.
“E sem duvida se eles entrarom dentro1, nom se escusara a Rainha de morte, […]. O Meestre
estava aa janela, e todos oolhavom contra ele dizendo:
– Ó Senhor! como vos quiserom matar per treiçom, beento seja Deos que vos guardou desse
treedor! Viinde-vos, dae ao demo esses Paaços, nom sejaes lá mais.
5 E em dizendo esto, muitos choravom com prazer de o veer vivo. Veendo el estonce2 que neũa
duvida tiinha em sua seguranca, deceo afundo3 e cavalgou com os seus acompanhado de todolos
outros que era maravilha de veer. Os quaes mui ledos arredor dele, braadavom dizendo:
– Que nos mandaes fazer, Senhor? Que querees que façamos?
E el lhe respondia, aadur4 podendo seer ouvido, que lho gradecia muito, mas que por estonce
10 nom havia deles mais mester5. E assi encaminhou pera os Paaços do Almirante u pousava o Conde
dom Joam Afonso irmão da Rainha com que havia de comer. As donas da cidade, pela rua per u6
el ia, saiam todas aas janelas com prazer dizendo altas vozes:
− Mantenha-vos Deos, Senhor. […]
E indo assim ataa entrada do Ressio, e o Conde viinha com todolos seus, e outros boos da cidade
15 que o aguardavom, […]; e quando vio o Meestre ir daquela guisa7, foi-o abraçar com prazer e disse:
− Mantenha-vos Deos, Senhor. Sei que nos tirastes de grande cuidado, mas vos mereciees esta
honra melhor que nós. Andae, vamos logo comer.
E assi forom pera os Paaços u pousava o Conde.”
Fernão Lopes, in Teresa Amado (apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária),
Crónica de D. João I de Fernão Lopes (textos escolhidos), ed. revista,
Lisboa, Editorial Comunicação, 1992, pp. 99-100.
1
se eles entrarom dentro: se eles tivessem entrado; 2 então; 3 abaixo; 4 dificilmente; 5 nom havia deles mais mester: não tinha mais
necessidade deles; 6 onde; 7 maneira.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
5. Explique o que significa a expressão “dae ao demo esses Paaços” (l. 4).
GRUPO II
Responda às questões.
GRUPO III
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
1
adiante!; 2 para proceder com todo o juízo; 3 fogoso; 4 imperador romano que supostamente incendiou Roma; 5
sente-se
um homem atrapalhado, que diabo!; 6 (o mesmo que pardeos) interjeição “por Deus!”.
2. Indique dois aspetos que levam Inês Pereira a aceitar casar com Pero Marques, fundamen-
tando a sua resposta com citações textuais pertinentes.
4. Baseando-se nas falas de Pero Marques, apresente três características da personagem que
permitam associá-la ao “asno” referido no verso 6.
5. Explicite a reação de Inês presente nos versos parentéticos (vv. 17-18), tendo em consideração
a fala de Pero Marques (vv. 13-16).
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
1. De acordo com a obra Humilhação e glória, as mulheres lusas têm a grande vantagem de
(A) terem conquistado a emancipação antes das mulheres do resto da Europa.
(B) se terem emancipado em menos tempo do que as da restante Europa.
(C) terem tido o apoio dos homens ao longo do processo de emancipação.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
4. O segmento sublinhado em “quando surge a conversa das conquistas de Abril, a primeira coisa
que me vem à cabeça é a emancipação feminina” (ll. 5-6) desempenha a função sintática de
(A) complemento direto.
(B) sujeito simples.
(C) complemento indireto.
5. No contexto em que surge, o termo “precursora” (l. 7) pode ser substituído por
(A) opositora.
(B) adjuvante.
(C) pioneira.
6. Em “saiu de casa cedo para trabalhar numa fábrica” (l. 14), a oração sublinhada é subordinada
(A) adverbial final.
(B) substantiva completiva.
(C) adverbial consecutiva.
7. A oração sublinhada em “acabamos por trair a geração que começou a fazer a mudança” (l. 25)
classifica-se como subordinada
(A) substantiva completiva.
(B) adjetiva relativa restritiva.
(C) adjetiva relativa explicativa.
9. Refira a classe de palavras do termo sublinhado em “as grandes revolucionárias” (l. 19).
10. Transcreva o referente do pronome pessoal sublinhado em “O pós-74 continuou-o” (l. 22).
11. Reescreva no futuro simples do indicativo a forma verbal sublinhada em “O pós-74 […] deu-lhe
forma jurídica.” (ll. 22-23).
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 130 a 180 palavras, sobre o papel da mulher na sociedade atual, tendo
em consideração os vários domínios em que esta se emancipou.
Dê uma estrutura tripartida ao seu texto (introdução, desenvolvimento e conclusão), apresentando uma
linguagem clara e o recurso a vocabulário adequado e diversificado.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
1
se por acaso; 2 magoar, compadecer; 3 alegres; 4 desejo, anseio; 5 crescente.
1. Classifique a composição poética, fundamentando a sua resposta com dois aspetos formais.
2. Com base na primeira glosa, mostre em que medida o estado de espírito do sujeito poético
se opõe à descrição da Natureza.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
3. Na segunda glosa, o “eu” lírico faz um pedido aos arvoredos. Indique-o, explicitando o seu
sentido.
4. Refira a razão que o “eu” poético apresenta para o seu estado de espírito presente, justificando
a sua resposta com expressões das duas últimas glosas.
5. Explique, considerando o tema da mudança, os efeitos da passagem do tempo tanto nos cam-
pos como no sujeito poético.
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
A química da paixão
Quem não conhece aquele símbolo da paixão que traz a flecha do Cupido atravessando o cora-
ção? […] Na imagem, o alvo do deus alado é o coração […]; a seta, no entanto, atinge é a cabeça. […]
Havendo interesse por outra pessoa, a química provoca sintomas intensos e avassaladores em
todo o corpo. Os mais evidentes são o aumento da pressão arterial, da frequência respiratória e
5 dos batimentos cardíacos, a dilatação das pupilas, os tremores e o rubor, além da falta de apetite,
concentração, memória e sono. Tudo é provocado por alterações em regiões específicas, já identifi-
cadas pela ciência com a ajuda da ressonância magnética funcional e de outras tecnologias.
Uma das responsáveis pelas descargas de emoções para o coração e as artérias é a dopamina,
um neurotransmissor da alegria e da felicidade libertado pelo organismo para potenciar a sensa-
10 ção de que o amor é lindo. […] “O mecanismo cerebral é idêntico ao de se viciar em cocaína”, diz
o neurocientista Renato Sabbatini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
de Campinas. […]
Em pesquisas recentes, estruturas do cérebro chamadas núcleo caudado, área tegmentar ven-
tral e córtex pré-frontal mostraram-se mais ativadas em pessoas apaixonadas. São zonas ricas
15 justamente em dopamina e endorfina, um neurotransmissor com efeito semelhante ao da morfina.
Juntos, esses agentes estimulam os circuitos de recompensa, os mesmos que nos proporcionam
prazer em comer, quando sentimos fome, e em beber, quando temos sede. […]
A feniletilamina, parecida com a anfetamina, é outra molécula natural associada a essa ava-
lanche de transformações, assim como a noradrenalina, que contribui com a memória para novos
20 estímulos. Por isso, os apaixonados costumam lembrar-se da roupa, da voz e de atos triviais dos
seus amados. […]
Enquanto a maioria das substâncias químicas apresenta níveis mais elevados no auge da paixão,
a serotonina, que tem efeito calmante e nos ajuda a lutar contra o stress, diminui em cerca de 40%.
O índice foi observado no estudo da italiana Donatella Marazziti, da Universidade de Pisa. […]
25 O prazo de validade do efeito paixão varia de pesquisa para pesquisa. Sabbatini observa que o
fundamental é a paixão passar naturalmente, o que acontece em alguns meses, com o cérebro
descarregando menos dopamina e reduzindo as endorfinas. “No auge, as alterações químicas são
tão intensas e tão stressantes que, se durarem tempo demais, o organismo entra em colapso”, diz.
http://super.abril.com.br/comportamento/a-quimica-da-paixao
(consultado em junho de 2017, adaptado).
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
1. Com o recurso à figura mítica de Cupido (com a sua seta), a autora pretende introduzir o tema
a desenvolver nos parágrafos seguintes,
(A) realçando a importância desse deus da mitologia greco-romana na forma como os humanos
se apaixonam.
(B) demonstrando o papel do coração no amor, quando é metaforicamente atingido pela seta do
pequeno deus.
(C) evidenciando a função do cérebro quando se está apaixonado por oposição ao tradicional papel
do coração.
2. Com base nos segundo e terceiro parágrafos, podemos concluir que as reações do nosso corpo
no processo de enamoramento
(A) são doentias e facilmente diagnosticadas com a medição da tensão arterial e a realização
de uma ressonância magnética.
(B) são causadas exclusivamente pela dopamina, uma substância química que atua no nosso orga-
nismo do mesmo modo que a cocaína.
(C) são semelhantes às reações provocadas por várias substâncias aditivas, entre as quais a cocaína.
5. Em “a seta, no entanto, atinge é a cabeça” (l. 2), o conector empregue tem valor de
(A) adição.
(B) oposição.
(C) causa.
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70 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
10. Indique o antecedente do termo sublinhado em “que contribui com a memória para novos
estímulos” (ll. 19-20).
11. Classifique a oração introduzida por “que” na frase “Sabbatini observa que o fundamental
é a paixão passar naturalmente” (ll. 25-26).
12. Transcreva a oração subordinada adverbial condicional presente no último período do texto.
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 150 a 200 palavras, em que se refira à experiência pessoal e amorosa
na lírica camoniana, relacionando-a com a representação da amada e da Natureza.
Dê uma estrutura tripartida ao seu texto (introdução, desenvolvimento e conclusão), apresentando uma
linguagem clara e o recurso a vocabulário adequado e diversificado.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
Responda às questões.
1. Tendo em consideração o estudo feito da Farsa de Inês Pereira, associe cada elemento da
coluna A a um segmento da coluna B, de modo a obter afirmações verdadeiras.
Coluna A Coluna B
2. Complete o excerto, servindo-se dos termos apresentados abaixo, de modo a obter um texto
expositivo sobre Gil Vicente, a sua obra e o contexto em que viveu.
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72 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
1
por minha fé, na verdade
2
mesmo que
3
prudência
4
juízo, sensatez
4. Esclareça o sentido das primeiras três interrogações que se encontram presentes a partir
do verso 30.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
1
audácia
2
prudência, juízo
3
discreto, controlado
4
não se importar com, rejeitar
6. Descreva, por palavras suas, a mulher presente no poema, comprovando as suas afirmações
com expressões textuais.
7. Identifique o recurso expressivo presente em “entre rubis e perlas” (v. 3), explicitando o seu
sentido.
GRUPO II
Responda às questões.
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74 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
3. Obtenha frases complexas, unindo os pares de frases simples, de acordo com o valor lógico
indicado.
a. Camões foi obrigado a partir para a Índia. Envolveu-se em situações complicadas. (causal)
b. Camões chegou à Índia. Nesse país, Camões descobriu que as fraquezas humanas eram iguais
às dos europeus. (temporal)
GRUPO III
O texto em verso faz parte do nosso quotidiano e entra na nossas casas, no carro, no local de trabalho ou
em qualquer outro espaço através de canções que nos tocam de muitas maneiras e que ficam gravadas
na memória do nosso coração.
Num texto de apreciação crítica, de 120 a 180 palavras, apresente um tema musical que o tenha mar-
cado, apreciando-o positivamente e referindo os seguintes aspetos:
− título da música e do álbum a que pertence;
− cantor(a)/grupo musical que a interpreta;
− tema explorado;
− estilo musical;
− versos do tema musical com que mais se identifica;
− justificação pela sua preferência.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
88 90
Assi a fermosa e a forte companhia Que as imortalidades4 que fingia5
O dia quási todo estão passando A antiguidade, que os Ilustres ama,
Nũa alma1, doce, incógnita alegria, Lá no estelante6 Olimpo, a quem subia
Os trabalhos tão longos compensando. Sobre as asas ínclitas da Fama,
Porque dos feitos grandes, da ousadia Por obras valerosas que fazia,
Forte e famosa, o mundo está guardando Pelo trabalho imenso que se chama
O prémio lá no fim, bem merecido, Caminho da virtude, alto e fragoso7,
Com fama grande e nome alto e subido. Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso,
89 91
Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas, Não eram senão prémios que reparte,
Tétis2 e a Ilha angélica pintada, Por feitos imortais e soberanos,
Outra cousa não é que as deleitosas O mundo cos varões que esforço e arte
Honras que a vida fazem sublimada. Divinos os fizeram, sendo humanos.
Aquelas preminências gloriosas, Que Júpiter, Mercúrio, Febo8 e Marte,
Os triunfos, a fronte coroada Eneas e Quirino9 e os dous Tebanos10,
De palma e louro, a glória e maravilha3, Ceres, Palas e Juno com Diana,
Estes são os deleites desta Ilha. Todos foram de fraca carne humana.
1
reconfortante, santa; 2 deusa do mar, esposa do Oceano; 3 admiração; 4 condição de imortal; 5 inventava; 6 constelado; 7 pedregoso;
8
Apolo; 9 Rómulo; 10 Hércules e Baco.
1. Estas estâncias inserem-se no episódio da “Ilha dos Amores”. Demonstre que os navegadores
portugueses são merecedores desta ilha, tendo em conta a estância 88.
3. Explicite o teor da reflexão do poeta, existente nas estâncias 89 a 91, fundamentando a res-
posta com elementos textuais pertinentes.
4. Indique um recurso expressivo presente nos dois últimos versos da estância 90, explicitando
o seu valor.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
O autor desta quase literal adaptação de Os Lusíadas reconhece – apesar do respeito, do cuidado
e do carinho que pôs na delicadíssima tarefa – que ela é de qualquer modo sacrílega.
Não se toca numa obra de génio, para a apresentar simplificada aos olhos do público, sem a tris-
te e aliás inevitável sensação de amarfanhar a sua beleza, de corromper e desfolhar o seu encanto
5 radioso.
Não me pejo de confessar que estive constantemente angustiado, que sofri contínuos e sérios
remorsos, enquanto procurava interpretar, em prosa corrente e fácil, a grandeza, a majestade épica
de Os Lusíadas.
Insisti e teimei em fazê-lo, não por gosto e deleite no trabalho, mas porque este me pareceu
10 necessário, urgente e – perdoe-se-me o orgulho – sinceramente patriótico.
É costume dizer-se que Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria, ou, menos retoricamente, o livro
nacional por excelência. De facto. Mas essa Bíblia, esse livro intrinsecamente nacional, só tomam
contacto com ele – quando o tomam… – os alunos dos liceus, a partir do meio do seu curso, e os
adultos.
15 As crianças não o leem, não o podem ler – as crianças que, por muito pouco que entendam
o francês, encontram nessa língua edições, à sua escala e medida, da própria Odisseia.
Não será tempo de oferecer-lhes uma singela, embora imperfeita adaptação da nossa Odisseia
– Odisseia real, e não apenas imaginária, e, mesmo por isso, mais do que a outra maravilhosa – para
que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heróis, os acontecimentos notáveis e celebrados
20 por Luís de Camões e que são glória imorredoira da nossa terra?
João de Barros (adaptação em prosa),
Os Lusíadas de Luís de Camões contado às crianças
e lembrado ao povo (prefácio), Lisboa, Sá da Costa Editora, 2009, pp. 7-8.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
4. Os travessões na linha 10
(A) introduzem o discurso direto.
(B) acrescentam informação adicional.
(C) introduzem uma citação.
6. Na expressão “Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria” (l. 11) está presente uma
(A) metáfora.
(B) comparação.
(C) enumeração.
7. A oração sublinhada em “É costume dizer-se que Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria, ou, menos
retoricamente, o livro nacional por excelência” (ll. 11-12) classifica-se como subordinada
(A) adverbial consecutiva.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.
11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “mas porque este me pare-
ceu necessário, urgente” (ll. 9-10).
12. Classifique a oração “para que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heróis, os acon-
tecimentos notáveis e celebrados por Luís de Camões” (ll. 18-20).
GRUPO III
Escreva um texto de apreciação crítica, de 120 a 150 palavras, no qual apresente o seu ponto de vista
sobre a leitura de Os Lusíadas.
Obedeça às seguintes orientações:
• Introdução – apresentação e caracterização sumária do objeto (Os Lusíadas: planos narrativos,
matéria épica).
• Desenvolvimento – comentário crítico da obra, com apresentação de argumentos (importância
para a nação portuguesa).
• Conclusão – síntese geral das ideias e apelo à leitura ou ao estudo da obra.
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78 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
Passados três dias, em que continuamente se deu à bomba, começou enfim a abonançar a procela.
Dos pedaços da ponte que o mar abatera, e de três remos do batel que escaparam do estrago,
trataram logo de improvisar um mastro e armaram nele uma velazinha.
Os nossos, então, pensaram em dar cabo dos estrangeiros. Jorge de Albuquerque dissuadiu-os
5 disso. No estado em que estavam, o único remédio era a nau dos corsários. Se ela escapara, trataria
decerto de demandar a nossa, por causa dos Franceses que nela iam; e vindo-os buscar, e não os
achando, decerto matariam os Portugueses todos. Lembrou-lhes também que já não tinham água,
nem vinho, nem mantimento algum, e só podiam esperar o que os Franceses lhes dessem.
Assim discutiam, travando razões, quando deram vista da nau francesa. Fizeram-lhes fogos.
10 Ela acudiu, desbaratada também, mas não destroçada como estava a nossa.
Tendo sabido que a nossa gente se quisera levantar contra os Franceses, e que Jorge de Albu-
querque se opusera a tal, mostraram-se gratos os compatriotas daqueles. Ofereceram-se para o le-
var consigo, e mais três portugueses que ele indicasse; deixá-los-iam desembarcar na primeira ter-
ra que tomassem, se assim desejava. Jorge de Albuquerque agradeceu-lhes muito: mas que muito
15 mais lhes agradeceria se quisessem levá-los a todos eles, pois jamais desampararia a sua gente,
e em tal transe. O destino dos outros seria o seu. Responderam os Franceses que não podiam.
Dois dias depois, aquietava o tempo. Os corsários, aproveitando a bonança, trataram de des-
carregar a “Santo António” das muitas mercadorias que nela vinham, e que haviam escapado do
furacão ou do alijar de carga que se havia feito. Até despojaram alguns portugueses dos próprios
20 fatos que traziam vestidos. […]
Negaram-se a prover os desgraçados de algumas coisas que precisavam, como enxárcias, ante-
nas, velas; a muito rogo, deram-lhes dois sacos de biscoito podre; e na segunda-feira, 17 de setem-
bro, afastou-se a nau deles a todo o pano, e foi-se esbatendo na atmosfera turva.
História trágico-marítima – narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos (adaptação de António Sérgio
e ilustrações de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, edição Expresso, 2008, pp. 137-139.
1. Identifique duas consequências da tempestade que assolou a nau Santo António, fundamen-
tando a resposta com expressões do texto.
2. Refira um dos argumentos apresentados por Jorge de Albuquerque Coelho para não atacarem
os franceses que estavam na nau.
3. Explicite o motivo que levou o capitão a não aceitar a proposta dos franceses.
4. Indique duas características de Jorge de Albuquerque Coelho, tendo em conta a sua atitude
neste excerto. Fundamente a sua resposta com expressões textuais.
GRUPO II
Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Inventar-se no Equador
Viajar serve também para perceber quem somos, o que nos diferencia, o que nos pertence e,
pelo contrário, o que é apenas tomado de empréstimo de outros. Pergunto-me que revelação será
para um francês comer os queijos italianos e beber os vinhos sul-africanos: “Afinal, não somos os
melhores do mundo”, terá ele de concluir. Se tiver capacidade para isso.
5 Um dos lugares-comuns que nós, os portugueses, temos sobre nós próprios é que somos uma
nação de poetas. Talvez sim, mas não mais do que os chilenos, com dois poetas distinguidos com
o prémio Nobel; ou do que os italianos, com outros dois Nobel e provavelmente o maior poeta de
todos os tempos, Dante; não para os ingleses, que dizem isso de Shakespeare. Os húngaros con-
sideram os seus poetas heróis nacionais e os chineses cultivam a poesia há milénios, e os persas,
10 já que lhes é proibido o vinho, escrevem poesia que o exalta.
Mas não quero falar desse lugar-comum. Interessa-me hoje outro: o de que nós, os portugueses,
somos extremamente criativos e desenrascados, que sabemos sempre dar a volta ao bico do prego,
que temos uma capacidade acima da média internacional para inventar soluções para os problemas
que nos afligem. Uma voltinha pelo Equador, esse país com um pé em cada hemisfério e a cabeça
15 acima das nuvens, faz-me pensar que não há nada como viajar para questionar certos lugares-
-comuns nacionais.
Passear a pé pelas ruas de Quito, a capital da nação sul-americana, ou de Guayaquil, o seu mo-
tor económico, é revelador. Nunca vi em Portugal nada que se assemelhe à enorme inventividade,
imaginação e esperteza desta gente desesperada por chegar ao fim do dia com algo na barriga. Bem
20 se diz que a necessidade aguça o engenho, e o engenho dos equadorenhos é notável.
Cada esquina, cada semáforo, cada arcada apresenta uma nova solução para o velho problema
de ganhar a vida. Inventa-se em todo o lado uma ocupação, uma fonte de rendimentos, um modo
de arranjar uns trocos. O nível de receitas é quase sempre mínimo, e pergunto-me como é possível
viver com tão pouco. Mas é uma pergunta banal, típica de um europeu que observa a vida dos sul-
25 -americanos. Eles perguntariam como podemos viver nós com tanto, e perguntariam, sobretudo:
Para quê?
Gonçalo Cadilhe, Encontros marcados, Lisboa,
Clube do Autor, SA, 2011, pp. 39-40.
2. Segundo o conteúdo do terceiro parágrafo, há uma outra característica dos portugueses que
(A) deve ser questionada.
(B) salienta a sua supremacia.
(C) os diferencia dos outros povos.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
6. A oração “que revelação será para um francês” (ll. 2-3) classifica-se como subordinada
(A) adverbial consecutiva.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.
7. O grupo nominal sublinhado em “somos uma nação de poetas” (ll. 5-6) desempenha a função
sintática de
(A) complemento direto. (B) complemento oblíquo. (C) predicativo do sujeito.
10. Identifique o referente do pronome “nos” em “que nos afligem” (l. 14).
11. Indique a relação semântica que se estabelece entre “Equador” (l. 14) e “país” (l. 14).
12. Indique a subclasse do verbo sublinhado em “pergunto-me como é possível viver com tão
pouco” (ll. 23-24).
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual exponha as vantagens e desvantagens
dos Descobrimentos portugueses.
Tenha em atenção os seguintes tópicos:
• Introdução – caracterização dos Descobrimentos portugueses.
• Desenvolvimento – vantagens e desvantagens dos Descobrimentos: exemplificação com obras
literárias ilustrativas.
• Conclusão – síntese geral das ideias e fecho do texto.
EDITÁVEL
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA FOTOCOPIÁVEL 81
5. TESTES DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
Responda às questões.
1. Tendo em conta o estudo de Camões e da época em que viveu, associe cada elemento da coluna A
a um segmento da coluna B, de modo a obter informações verdadeiras.
Coluna A Coluna B
[B] O rei D. Sebastião concedeu-lhe [2] que o poeta tinha uma formação cultural profunda.
[C] Em 1572, Camões publica [3] uma pensão de 15 000 reais por ano.
[F] A presença de Camões em África [7] o género privilegiado para a glorificação de um herói.
e no Oriente é
[8] mais os mitos do que as certezas.
[G] Na época em que Camões viveu,
a epopeia era [9] oficialmente o dia de Camões e de Portugal.
[H] Sobre a vida de Camões são [10] pelos avanços científicos e tecnológicos.
[J] O dia 10 de junho é considerado [12] nos reinados de D. João III e D. Sebastião.
2. Complete com os termos apresentados, de modo a obter um texto expositivo sobre Os Lusíadas.
144 145
Assi foram cortando o mar sereno, Nô1 mais, Musa, nô mais, que a Lira2 tenho
Com vento sempre manso e nunca irado, Destemperada3 e a voz enrouquecida,
Até que houveram vista do terreno E não do canto, mas de ver que venho
Em que naceram, sempre desejado. Cantar a gente surda e endurecida.
Entraram pela foz do Tejo ameno, O favor4 com que mais se acende o engenho5
E à sua pátria e Rei temido e amado Não no dá a pátria, não, que está metida
O prémio e glória dão por que mandou, No gosto da cobiça e na rudeza
E com títulos novos se ilustrou. Dũa austera6, apagada e vil7 tristeza
1
não; 2 instrumento musical associado à poesia; 3 desafinada; 4 aplauso; 5 talento; 6 sombria; 7 repugnante, infame.
4. Atente na estância 145. Explicite os lamentos do Poeta presentes nos quatro primeiros versos.
Jorge de Albuquerque, antes de tudo, satisfez largamente o senhorio da barca e os que o haviam
ajudado no salvamento. Desembarcou em Belém com alguns companheiros, e dirigiu-se em roma-
ria a Nossa Senhora da Luz, pelo caminho de Nossa Senhora da Ajuda. Já os seus amigos e parentes
tinham tido notícia de que chegara; e D. Jerónimo de Moura, seu primo, e muitas outras pessoas
5 amigas suas, trataram logo de o ir buscar. Sabendo que desembarcara e que caminho levara, segui-
ram para ali imediatamente, encontrando-se com o grupo dos que o acompanhavam. Saudou-os en-
tão D. Jerónimo de Moura, inquirindo se eram eles, os do grupo, os que com Jorge de Albuquerque
se tinham salvo. E confirmando eles que de facto o eram, perguntou D. Jerónimo:
– E Jorge de Albuquerque? Vai adiante? Fica atrás? Ou tomou por outro caminho?
10 Jorge de Albuquerque, que se achava ali mesmo diante dele, lhe respondeu:
– Senhor, Jorge de Albuquerque não vai adiante, nem fica atrás, nem tomou por outro caminho.
Cuidando D. Jerónimo que zombava, quase se houve por desconfiado, e lhe disse que não grace-
jasse, e respondesse à pergunta.
E Jorge de Albuquerque:
15 – Senhor D. Jerónimo: se vísseis Jorge de Albuquerque, conhecê-lo-íeis?
– Decerto.
– Pois sou eu, Jorge de Albuquerque! E vós sois meu primo, D. Jerónimo, filho de D. Isabel,
minha tia. Julgai dos trabalhos por que passei!
Só havia um ano que não se viam.
História trágico-marítima – narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos (adaptação de António Sérgio
e ilustrações de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, edição Expresso, 2008, pp. 145-146.
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5. TESTES DE AVALIAÇÃO
5. Identifique o momento da viagem a que corresponde este excerto, exemplificando com expres-
sões textuais.
7. Explique o motivo pelo qual D. Jerónimo de Moura não reconheceu Jorge de Albuquerque.
GRUPO II
Responda às questões.
3. Transforme cada par de frases simples numa frase complexa, de acordo com o valor lógico
indicado entre parênteses. Proceda às modificações necessárias.
a. Muitos portugueses partiram para a Índia em busca de riqueza. Os portugueses sabiam os perigos
que enfrentavam. (concessão)
b. Camões escreveu Os Lusíadas. Os feitos dos portugueses foram imortalizados. (fim)
GRUPO III
Escreva um texto expositivo, de 150 a 180 palavras, comparando a viagem à India descrita
n’Os Lusíadas e a viagem de Jorge Albuquerque na nau Santo António, atendendo a:
− objetivo(s) da viagem;
− percurso efetuado;
− perigos e obstáculos enfrentados;
− condições de regresso à Pátria.
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6.
GUIÕES DE
VISIONAMENTO
DE FILMES
1.
1. ROBIN HOOD
Associe cada elemento da coluna A ao segmento que lhe corresponde, na coluna B, de modo
a obter informações acerca do conteúdo do filme visionado.
Coluna A Coluna B
[A] A ação passa-se no século XIII, [1] de devolver a espada a seu pai, Sir Walter Loxley.
[B] O rei Ricardo Coração de Leão [2] morre nessa funesta batalha.
[C] Robin Hood e os seus companheiros [3] num símbolo de liberdade para o seu povo.
[D] Um nobre cavaleiro, moribundo, [4] em França, na última batalha travada pelo rei Ricardo
incumbe Robin Coração de Leão.
[E] Quando chega a Inglaterra, Robin [5] prepara uma conspiração na corte, juntamente com
depara-se o rei de França.
[G] Sir Walter Loxley está velho e cego, [7] ao tentar unir os barões do Norte.
[H] Para proteger a nora, agora viúva, [8] de modo a não serem capturados pelo xerife
e o seu património, o ancião de Nottingham.
[J] É nesta conspiração que Robin tem [10] com uma nação devastada, sem homens válidos
um papel preponderante, para os trabalhos agrícolas.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___;
[G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___.
3. Refira três acontecimentos/factos presentes no filme que remetam para o contexto religioso
e sociopolítico da Idade Média.
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86 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
6. GUIÕES DE VISIONAMENTO DE FILMES
1.
2. REINO DOS CEÚS (e/ou) O FÍSICO
Visualize o filme, preenchendo a tabela que se segue.
1. Ficha técnica
a. Título
b. Realizador
c. Atores principais
d. Género
e. Data de estreia
f. Prémios
5. Comentário crítico
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CENÁRIOS DE RESPOSTA
9. Duas das marcas específicas do relato de viagem são o discurso 1. (C); 2. (A).
pessoal, evidenciado no emprego da primeira pessoa do singu- 3. a. apreciação; b. sucinta; c. argumentos; d. valorativa.
lar (“A pergunta era se eu não sentia orgulho quando chegava 4. Um dos eixos temáticos é o relacionamento de Pietro com o seu
ao cabo da Boa Esperança.” – ll. 1-2) e a dimensão narrativa e pai; o outro eixo temático é a história da amizade de Pietro com o
descritiva, visível, por exemplo, em “Uma placa rasa informa que, seu amigo de infância Bruno, um jovem “montanhês”.
neste ponto, se encontram os dois oceanos: Atlântico e Índico.
5. Pietro e o pai movem-se entre dois espaços. O pai move-se entre
As rochas são recortadas e pontiagudas, vagamente como agu-
a cidade de Milão, da qual se sente cansado (“sentia mortificado” –
lhas, e pareceu-me estar explicada a razão do nome do cabo.
l. 20) e as montanhas, onde rejuvenescia; por sua vez, Pietro, que
Mas não era nada disso.” (ll. 53-57).
acaba por andar sempre de um lado para o outro, nas montanhas,
FICHA 2 – ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (pp. 14-15) vive uma grande amizade, desde a infância, com Bruno, que nunca
abandona as montanhas.
1. a. uma descoberta científica; b. dinossauros; c. mundial;
d. uma novidade; e. paleontologia. 6. As citações são excertos da obra, e servem como exemplificação
das afirmações e dos argumentos do crítico sobre as características
2. O texto dá-nos a conhecer que paleontólogos espanhóis e por-
e o estilo do autor da obra, Paolo Cognetti.
tugueses descobriram uma nova espécie e um novo género de
dinossauro, que se constitui como o dinossauro herbívoro mais
pequeno de Portugal. FICHAS DE GRAMÁTICA
3. Os testemunhos de Fernando Escaso dão credibilidade ao ar- FICHA 1 – O PORTUGUÊS: GÉNESE, VARIAÇÃO E MUDANÇA (p. 22)
tigo, uma vez que ele é um dos investigadores que subscreveu
1./1.1. a. F – O latim vulgar é que era de cariz mais popular; b. V;
o texto publicado no Journal of Vertebrate Paleontology, que dá
c. F – Existiam na Península Ibérica outros idiomas, como o celta;
conta desta nova descoberta.
d. V; e. F – Superstrato é a língua de um povo invasor que não se
4. Os investigadores obtiveram provas de que o dedo dos fósseis sobrepõe à autóctone, mas que acaba por deixar vestígios; f. V;
da pata que descobriram era efetivamente mais pequeno do que g. F – O latim foi preservado nos mosteiros, era ensinado nas esco-
noutras espécies, ou até em todo o grupo. Descobriram também las e constituía-se como a língua oficial da igreja, da administração
que existem características particulares nas vértebras caudais e ou da ciência; h. V; i. V; j. F – O português antigo encontra-se re-
nos ossos da perna destes fósseis que não existem em outras espé- gistado na prosa literária, de que é exemplo o Livro de linhagens,
cies deste grupo já identificadas, quer na Europa quer na América. de D. Pedro, ou em documentos oficiais, como o testamento do rei
5. Os investigadores debruçaram-se sobre os achados feitos em D. Afonso II ou a Notícia de Torto; k. F – É no século XIV que o portu-
1999, que pertencem à Sociedade de História Natural de Torres guês se separa em definitivo do galego; l. V; m. V.
Vedras, e viajaram para o continente norte-americano para os 2. a. hidráulica; hidratar; hidroginástica; hidromassagem; b. lite-
compararem com fósseis de dinossauros semelhantes. racia; iliteracia; literariedade; literalmente; literário; literatura;
6. Trata-se de um animal herbívoro, ainda jovem, ágil e veloz, apesar c. doméstico; domiciliário; domicílio; domesticar; d. rinite; otorrino-
de possuir apenas duas patas. Teria cerca de metro e meio de al- laringologia; rinoceronte.
tura, um metro e sessenta de comprimento, braços mais curtos do
que as pernas e uma cauda comprida. Pertenceu ao final do período FICHA 2 – FONÉTICA E FONOLOGIA (p. 23)
Jurássico Superior, tendo vivido há cerca de 152 milhões de anos. 1. a. Aférese do “g” e apócope do “e”; b. Síncope do “l”, dissimila-
7. Foi o achado que José Joaquim dos Santos fez, em 1999, na ção do “t” e epêntese do “a”; c. Síncope do “u” e palatalização do
praia de Porto das Barcas, que permitiu que os investigadores “cl”; d. Sonorização do “t”, assimilação do “u” e dissimilação do “o”;
descobrissem esta nova espécie e um novo género de dinossauro. e. Epêntese do “o”; f. Síncope do “b” e crase do “ii”; g. Prótese do “e”,
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CENÁRIOS DE RESPOSTA
dissimilação do “l” e metátese do “r”; h. Apócope do “e” e síncope FICHA 5 – FRASE COMPLEXA – SUBORDINAÇÃO (p. 28)
do “d”; i. Palatalização do “cl”; j. Síncope do “e” e sonorização do “p”; 1. [A] – [7]; [B] – [1]; [C] – [10]; [D] – [5]; [E] – [8]; [F] – [9];
k. Vocalização do “b”; l. Síncope do “l”, apócope do “e” e crase do “o”; [G] – [4]; [H] – [6]; [I] – [3]; [J] – [2].
m. Síncope do “g” e sinérese do “ee”; n. Síncope do “r” e assimilação
2.
do “t”; o. Metátese do “i”; p. Apócope do “e” e palatalização do “cl”;
a. subordinada adverbial causal – "Atendendo a que nem todos
q. Sonorização do “t”; r. Vocalização do “g”; s. Palatalização do “pl”
perceberam"; subordinante – "a diretora decidiu"; subordinada
e apócope do “e”; t. Prótese do “e” e apócope do “e”.
substantiva completiva – "que repetiria o assunto";
2. Redução vocálica. b. subordinada adverbial temporal – “Assim que cheguei a casa";
3. a. íntegro; inteiro; b. cátedra; cadeira; c. obra; ópera; d. pleno; subordinante – "fui para o computador"; subordinada adverbial
cheio. final – "a fim de que o trabalho ficasse pronto";
3.1. Palavras divergentes. c. subordinante – "Os estudantes […] reuniram-se na cantina"; su-
bordinada adjetiva relativa restritiva – "que faziam parte da lista A";
FICHA 3 – FUNÇÕES SINTÁTICAS (pp. 24-26) d. subordinada adverbial temporal – "Enquanto preparavam
as estratégias de campanha"; subordinante – "faltaram às aulas
1.1. (A) "a cabeça" – sujeito simples; (B) "um e outro" – sujeito
diversas vezes";
composto; (C) "O lançamento do livro e o local do evento" – su-
e. subordinante – "Os jovens […] juntaram-se"; subordinada adje-
jeito composto; (D) [0] – sujeito indeterminado; (E) "Eles" – sujeito
tiva relativa explicativa – "que já estavam cansados"; subordinada
simples; (F) "César Augusto, imperador de Roma" – sujeito sim-
adverbial final – "para reclamarem contra a situação";
ples; (G) "Tanto os adultos como as crianças" – sujeito composto;
f. subordinante – "Dedicaram mais tempo à propaganda eleitoral";
(H) [Tu] – sujeito subentendido; (I) "a força da Natureza" – sujeito
subordinada adverbial comparativa – "do que dedicaram ao estudo";
simples; (J) "Quem não arrisca" – sujeito simples.
g. subordinante – "A diretora deu instruções precisas"; subordi-
1.2. O sujeito da frase (A) é simples porque é constituído por ape- nada adverbial final – "para que não perturbassem as aulas";
nas um grupo nominal, enquanto o sujeito da frase (B) é composto h. subordinante – "A lista B […] sagrou-se vencedora"; subordinada
porque contempla dois grupos nominais. adjetiva relativa explicativa – "cujo presidente é de uma turma
2. (B); (C); (G); (H); (I). de 11.° ano";
2.1. Verbos copulativos. i. subordinante – "Ontem choveu tanto"; subordinada adverbial
consecutiva – "que o recinto da campanha ficou inundado".
3. a. (B) "Infelizmente"; (D) "hoje"; b. (F) "imperador de Roma";
c. (C) "do evento"; "enorme"; (F) "de paz". FICHA 6 – ARCAÍSMOS, NEOLOGISMOS E PROCESSOS IRREGULARES
4. a. Complemento indireto; b. Predicativo do sujeito; c. Modifica- DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS (pp. 29-31)
dor; d. Complemento indireto; e. Complemento direto, f. Comple- 1. [A] – [6]; [B] – [4]; [C] – [5].
mento oblíquo; g. Predicativo do sujeito.
2./2.1. a. V; b. F – Esta definição refere-se ao processo por amál-
5.1. a. (A) "uma serenata"; (C) "maçãs"; (E) "o prémio"; (G) "os livros"; gama; c. V; d. F – Esta definição refere-se à extensão semântica;
(H) "que eras meu amigo"; b. (A) "à namorada"; (C) "à minha tia"; e. F – Esta definição refere-se ao empréstimo; f. F – Esta definição
(E) "a quem provar que merece"; c. (D) "de ti"; (G) "na estante"; refere-se ao processo por acronímia.
d. (B) "por mim"; (F) "pela polícia".
3.1. “biclas” (l. 3) – truncação; “site” (l. 5) – empréstimo.
5.2. (A) O estudante cantou-lha entusiasticamente. (C) O meu pai
e a minha mãe compraram-lhas aqui. (E) Dar-lho-ei. (G) Ele colo- 3.2. Neologismo.
cou-os na estante cuidadosamente. (H) Afirmei-o. / Afirmei isso. 3.2.1. “Globo” e “nautas”.
6.1. a. (B); (H); (J); b. (A); (C); (D); (E); (F); c. (D); (G); (I); (K). 3.2.2. Metaforicamente, significará “os navegadores do globo”.
6.1.1. a. (B) “mais competente para o cargo”; (H) “fantástico”; 4.1. “lençolando” (l. 2); “verticaindo” (l. 4); “peixando” (l. 5); “humiu-
(J) “inocente”; b. (A) “da sala”; (C) “de organizar um evento para dinhos” (l. 5) – neologismos.
angariar fundos”; (D) “da Inês”; (E) “de nada”; (F) “do Pedro”; 4.1.1. “lençolando” – “lençol” (nome) + -ando (desinência verbal);
“de José Malhoa”; c. (D) “com a simplicidade da Inês”; (G) “com o “verticaindo” – “vertical” (adjetivo) + “caindo” (forma verbal);
resultado”; (I) “com o que aconteceu ao meu irmão”; (K) “por não “peixando” – “peixe” (nome) + -ando (desinência verbal); “humiu-
termos conseguido terminar o jogo no tempo estipulado”. dinhos” – “húmidos” (adjetivo) + “miudinhos” (diminutivo de “miú-
6.2. (D). dos” – adjetivo/nome).
6.2.1. (D) complemento do adjetivo − “com a simplicidade da Inês”; 4.1.2. “lençolando” – verbo = transformando em lençol; “verti-
complemento do nome – “da Inês”. caindo” – verbo = caindo na vertical; “peixando” – verbo = asse-
6.3. a. (A); b. (C); c. (F); d. (F); e. (D). melhando(-se) a peixes; “humiudinhos” – adjetivo = molhadinhos.
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2.2. Campo semântico de “mar” – (D); (F); (G); campo semântico QUESTÃO DE AULA 4 – LUÍS DE CAMÕES (pp. 41-44)
de “ilha” – (B); (E); (I).
GRUPO I
2.3. “mar”− (D); (F); “ilha” – (B); (I).
1.1. (D); 1.2. (A); 1.3. (B); 1.4. (C); 1.5. (D).
2.4.
(B) O Pedro não convive com ninguém; aquele miúdo isola-se muito! 2.1. (B); 2.2. (A); 2.3. (D); 2.4. (A); 2.5. (C); 2.6. (B).
(D) Por alturas do Natal, há uma multidão a fazer compras nos GRUPO II
centros comerciais.
(F) Em criança tudo é simples; quando crescemos, percebemos 1. Palavras divergentes.
que a vida não é fácil. 2. a. Apócope; b. Assimilação; c. Sonorização + palatalização;
(I) O Parque da Cidade é um espaço verde importante para os ha- d. Aférese + sonorização; e. Redução vocálica.
bitantes do Porto. 3. [A] – [5]; [B] – [9]; [C] – [6]; [D] – [8]; [E] – [7]; [F] – [10];
[G] – [3]; [H] – [2]; [I] – [4]; [J] – [1].
QUESTÕES DE AULA 4. a. Complemento do nome; b. Predicativo do complemento
QUESTÃO DE AULA 1 – POESIA TROVADORESCA (pp. 34-36) direto; c. Complemento oblíquo; d. Complemento do nome;
GRUPO I e. Complemento do adjetivo; f. Complemento agente da pas-
1./1.1. a. F – Durante a Idade Média, a cultura cingia-se ao clero e a siva; g. Complemento direto; h. Modificador do nome restritivo;
poucos nobres; b. V; c. F – O galaico-português diz respeito à língua i. Predicativo do sujeito; j. Complemento do adjetivo; k. Modificador
utilizada na Península Ibérica entre os séculos XII e XIV; d. V; e. V; do nome apositivo.
f. F – Os trovadores pertenciam à nobreza, compunham e tocavam
os seus poemas, fazendo-se acompanhar por jograis e jogralesas; QUESTÃO DE AULA 5 – OS LUSÍADAS, DE LUÍS DE CAMÕES (pp. 45-46)
g. V; h. V; i. F – Na cantiga de amor, o poeta assume uma atitude GRUPO I
de vassalagem perante a sua “senhor”; j. F – As cantigas de amigo 1.1. (A); 1.2. (B); 1.3. (B); 1.4. (B); 1.5. (C); 1.6. (C); 1.7. (B).
têm origem autóctone; k. V; l. V; m. F – A Natureza serve de cenário
à manifestação da dor da donzela, mas é também muitas vezes 2. a. desprezo; b. fragilidade; c. perigos; d. Lamentações; e. glória;
interlocutora e confidente; n. F – As cantigas de amor exprimem, f. gente; g. D. Sebastião; h. nação; i. imortalidade; j. ação.
pela voz de um trovador masculino, o amor não correspondido; o. V. GRUPO II
2.1. (C); 2.2. (C); 2.3. (B); 2.4. (A); 2.5. (A); 2.6. (C); 2.7. (C); 2.8. (A); 1.1. (A) Oração subordinada substantiva completiva; (B) Oração
2.9. (B); 2.10. (A). subordinada substantiva relativa; (C) Oração subordinada ad-
GRUPO II verbial final; (D) Oração subordinada substantiva completiva;
(E) Oração subordinada substantiva consecutiva; (F) Oração su-
1. a. Predicativo do sujeito; b. Complemento oblíquo; c. Predicativo
do complemento direto; d. Sujeito (composto); e. Complemento bordinada substantiva completiva.
direto; f. Predicativo do sujeito; g. Modificador (do grupo verbal); 1.2. (A) Complemento direto; (B) Sujeito (simples); (D) Comple-
h. Modificador (de frase); i. Complemento agente da passiva; mento direto; (F) Complemento direto; (G) Predicativo do comple-
j. Complemento indireto. mento direto.
1.3. (A) Conjunção subordinativa completiva; (C) Locução subordi-
QUESTÃO DE AULA 2 – CRÓNICA DE D. JOÃO I, DE FERNÃO LOPES
nativa final; (E) Conjunção subordinativa consecutiva.
(pp. 37-38)
GRUPO I QUESTÃO DE AULA 6 – HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA (pp. 47-49)
1. a. D. Leonor Teles; b. Conde Andeiro; c. Rei de Castela; d. Álvaro GRUPO I
Pais; e. D. João, Mestre de Avis; f. D. Nuno Álvares Pereira; g. Povo.
1. a. naufrágios; b. Descobrimentos; c. Índia; d. crónica; e. reporta-
2. a. rei; b. D. Fernando; c. cerco; d. castelhanos; e. Aljubarrota; gem; f. V/quinto; g. antecedentes; h. partida; i. Santo António; j. em-
f. vitória; g. D. João I; h. morte; i. Álvaro Pais; j. castelhano; k. na- barcação; k. lutas; l. corsários; m. tormenta/tempestade; n. leme;
cional; l. herói/protagonista. o. destruídos; p. mar; q. desumanidade; r. caravela; s. romaria;
GRUPO II t. salvação.
1. a. presente / indicativo / 3.a pessoa do singular; b. pretérito per- 2. [A] – [3]; [B] – [9]; [C] – [4]; [D] – [1]; [E] – [11]; [F] – [16]; [G] – [6];
feito simples / indicativo / 3.a pessoa do plural; c. presente/ impe- [H] – [14]; [I] – [10]; [J] – [17]; [K] – [12]; [L] – [7]; [M] – [2].
rativo / 2.a pessoa do singular; d. pretérito imperfeito / conjuntivo / GRUPO II
3.a pessoa do singular; e. futuro simples / conjuntivo / 1.a pessoa
do singular + futuro simples / indicativo / 1.a pessoa do singular. 1. a. lexical; b. sinonímia; c. semântico; d. hipónimos; e. hiperónimo;
f. antonímia; g. merónimos; h. holónimo.
QUESTÃO DE AULA 3 – GIL VICENTE (pp. 39-40) 2.1. a. “[d]a viagem”; b. “enormes dificuldades climatéricas”.
GRUPO I 2.2. a. “que ainda possuía” (C); b. “Quando a fome e a sede aperta-
1. a. popularmente conhecido como o “pai” do teatro português (4); vam” (C); c. “que assolaram a nau à partida” (B).
b. um período de quase trinta e cinco anos (8); c. autos de morali- 2.3. Valor causal.
dade e farsas (10); d. No entanto (3); e. Ao contrário do que muitos
pensam (9); f. De facto (7); g. e o facto de conhecer bem o seu público 2.4. a. Derivação por sufixação; b. Derivação por parassíntese;
(2); h. a essa última atividade (6); i. às suas personagens-tipo (11); c. Derivação por sufixação.
j. para a sátira social (12); k. o primeiro (13); l. a segunda (1); 2.5. a. Sujeito (simples); b. Complemento agente da passiva;
m. Em suma (14); n. quinhentista (5); o. Idade Média (15). c. Complemento oblíquo.
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CENÁRIOS DE RESPOSTA
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92 FOTOCOPIÁVEL NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
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6. Depois de sair do palácio, o Mestre dirigiu-se aos paços do 5. Nos versos parentéticos, em aparte, Inês desvaloriza o com-
Almirante para cear com o Conde D. João Afonso, irmão da rainha, portamento de Pero Marques, que se mostra emocionado com
sendo aclamado em todas as ruas por onde passava. o casamento e relutante em abraçar a mulher.
7. O Conde recebeu o Mestre de forma efusiva, abraçando-o. Como GRUPO II
forma de agradecer o ato de coragem que este tinha revelado,
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (B).
o Conde convidou-o para comer.
8. Derivação por prefixação.
GRUPO II
9. Nome.
1. a. Complemento agente da passiva; modificador (grupo verbal);
10. “o processo de emancipação das mulheres portuguesas”.
b. Complemento do nome; sujeito (simples); complemento direto.
11. dar-lhe-á.
2. a. Crase; b. Sinérese.
12. Campo lexical.
3. a. A donzela está saudosa do seu amigo, que partira entretanto
para o fossado. b. Se a dama corresponder/correspondesse ao GRUPO III
amor do sujeito lírico, este ficará/ficaria muito feliz. Resposta de caráter pessoal. No entanto, o aluno deve/pode
4. a. as quais; b. por que. referir:
• Introdução – a evolução das mentalidades e das liberdades.
GRUPO III
• Desenvolvimento:
Fernão Lopes nasceu em finais do século XIV. Cronista ao ser- − a Declaração dos Direitos Universais do Homem;
viço da corte portuguesa a partir do reinado de D. Duarte, foi incum- − o papel da educação na construção de oportunidades iguais
bido de redigir a Crónica de D. João I para legitimar a ascensão da para os dois géneros;
dinastia de Avis ao trono português. − as atividades profissionais, tipicamente consideradas “mas-
E assim o fez. culinas” no passado (século XIX, por exemplo), que agora são
Morrendo D. Fernando, dá-se uma crise dinástica, o que impli- desempenhadas por mulheres (medicina, direito, chefes de
cava que Dona Leonor Teles, sua mulher e avó de um futuro rei empresas, líderes políticos...);
ainda por nascer, assumisse a regência do reino. − outros aspetos.
Isto não agradava a alguns burgueses e nobres, nem ao povo • Conclusão – fecho do texto, evidenciando a importância da mulher
português, por isso trataram de encontrar uma alternativa − o Mes- na construção de uma sociedade justa.
tre de Avis (filho bastardo de D. Pedro), que será o primeiro rei da
Segunda Dinastia. Foi ele quem, apoiado por Álvaro Pais (peça fun- TESTE DE AVALIAÇÃO 5 – RIMAS, DE LUÍS DE CAMÕES (pp. 68-71)
damental nesta revolução), assassinou o conde Andeiro (amante GRUPO I
da rainha Dona Leonor) e deu início à crise de 1383-85. Sempre 1. Trata-se de uma redondilha. Nesta composição, todos os versos
caracterizado como um líder escolhido pelo povo, o Mestre organi- são em redondilha maior – “Cam/pos / bem-/-a/ven/tu/ra/(dos)” –,
zou a defesa da cidade de Lisboa, aquando do cerco castelhano, e estando distribuídos por cinco estrofes – um mote de quatro ver-
lutou contra as tropas invasoras na famosa batalha de Aljubarrota. sos (quadra) e quatro glosas (voltas) de dez versos (décimas).
De facto, Fernão Lopes soube contar estes feitos, com vivacidade
2. O sujeito poético encontra-se em grande sofrimento, como
e verdade, de modo a legitimar a pretensão do Mestre ao trono
se comprova nas seguintes expressões textuais: “agora venho
português. [195 palavras]
a temer / que entristeçais em me vendo” (vv. 4-5); “dos olhos
TESTE DE AVALIAÇÃO 4 – FARSA DE INÊS PEREIRA, DE GIL VICENTE desesperados, / não quero que me vejais” (vv. 7-8). Pelo contrário,
(pp. 65-67) a Natureza personificada é alegre (“Campos cheios de prazer” –
v. 1), viva, fresca (“vós que estais reverdecendo” – v. 2) e, por isso,
GRUPO I
repleta de felicidade (“sempre sejais / campos bem-aventurados” –
1. Este excerto pertence à segunda parte da farsa vicentina: Inês já
vv. 9-10).
enviuvou de Brás da Mata e está prestes a casar com Pero Marques,
concretizando-se assim o provérbio que é argumento da obra: “mais 3. O “eu” lírico pede aos arvoredos alegres, que foram testemu-
vale asno que me carregue que cavalo que me derrube”. nhas da sua felicidade passada, que se tornem tristes, se o que-
rem ver alegre. Com isto, o sujeito lírico quer dizer que a felicidade
2. Inês aceita o lavrador, uma vez que este gosta dela (“quem
presente nessa Natureza, sua confidente, ainda o magoa mais,
se tenha por ditoso / de cada vez que me veja” – vv. 3-4). Além
pois lembra-lhe permanentemente o seu passado feliz.
disso, procedendo de forma ajuizada, prefere um “asno”, isto é,
uma pessoa de condição social inferior, com pouca cultura e de 4. O motivo do sofrimento do sujeito poético é o amor que o atingiu,
maneiras rudes, a alguém com modos corteses (“cavalo”), mas e que é caracterizado como sendo falso – “Já me vistes ledo ser, /
que a maltrata. mas despois que o falso Amor / tão triste me fez viver, / ledos
folgo de vos ver” (vv. 21-24); “Se perguntais, verdes prados, / pelos
3. A metáfora “Antes lebre que leão” (v. 8) significa, neste contexto,
tempos diferentes / que de Amor me foram dados, / tristes, aqui
que Inês, em vez de querer alguém vistoso, galante, mas dominador
são presentes, / alegres, já são passados” (vv. 36-40).
(o leão é um predador), prefere a “presa”, alguém menos tirano.
Com a expressão “antes lavrador que Nero” (v. 9), Inês reforça a 5. O tema da mudança está, de facto, presente ao longo do poema,
metáfora anterior e refere o estatuto de Pero Marques (lavrador), e é particularmente evidente na última estrofe (glosa). Aqui, o “eu”
opondo-o a Nero, imperador romano, famoso pelas suas atrocida- refere que a mutação na Natureza é positiva, pois “se muda o mal
des (assemelhando-se, por isso, ao Escudeiro). para o bem” (v. 34), o que contrasta com a vida do sujeito lírico,
cujo mal muda “para mor mal” (v. 35), ou seja, para ainda pior.
4. Pero Marques revela, à semelhança do “asno”, o seu caráter
dócil. Ele é ingénuo e respeitador da sua noiva (não a quer abraçar GRUPO II
em público). Revela ter pouca memória, o que sugere uma inteli- 1. (C); 2. (C); 3. (A); 4. (A); 5. (B); 6. (C); 7. (B).
gência inferior à do “cavalo” e, por isso, mais próxima da do “asno”.
8. Complemento agente da passiva.
É dedicado à sua Inês, prometendo-lhe fidelidade, o que se pode
confirmar nos versos 27 e 28. Enfim, ele submete-se, como o asno, 9. Derivação por prefixação.
à sua mulher, à sua dona. 10. “a noradrenalina”.
EDITÁVEL
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA FOTOCOPIÁVEL 93
CENÁRIOS DE RESPOSTA
11. Oração subordinada substantiva completiva. e graciosa, / onde ensinando estão despejo e siso / […] ser fer-
12. “se durarem tempo demais”. mosa” – vv. 5-8). Enfim, “representa em terra um paraíso” (v. 2).
7. Na expressão está presente uma metáfora, com a qual o sujeito
GRUPO III
poético pretende realçar, através do recurso a elementos naturais
Na lírica camoniana, o amor é sempre vivido pelo sujeito poé- preciosos, o caráter excecional da mulher descrita (fisicamente).
tico de forma dolorosa e relaciona-se frequentemente com a vida Os “rubis” permitem-nos imaginar os seus lábios vermelhos e as
pessoal de Camões. “perlas” a brancura e a perfeição dos seus dentes. Entre estes
O amor é caracterizado como um sentimento paradoxal, dois elementos físicos sobressai uma característica psicológica
que gera estados de espírito contraditórios (“dói e não se sente”; da dama: a sua doçura, a sua meiguice – “entre rubis e perlas
“é um contentamento descontente”), em grande parte provocados doce riso” (v. 3).
também pela divinização da amada, mulher descrita em muitos
poemas à maneira petrarquista. É difícil amar uma mulher perfeita GRUPO II
quer física quer psicologicamente, porque se torna inatingível. 1. a. Modificador do nome apositivo; b. Complemento agente da
Na descrição da mulher, Camões evoca elementos da Natu- passiva; c. Predicativo do sujeito; d. Predicativo do complemento
reza que lhe conferem beleza física e dons espirituais, divinizan- direto; e. Complemento oblíquo.
do-a: as faces são rosas; os cabelos, ouro; os dentes, pérolas; 2. a. Camões escreve sonetos que nos maravilham (que são mara-
as mãos, prata; os olhos (o olhar), luz. A Natureza também surge vilhosos). b. Nas rimas que lemos (que foram lidas) em aula pre-
na poesia camoniana como pano de fundo dos encontros e da domina um lirismo inigualável.
separação dos dois amantes, funcionando como testemunha do 3. a. Camões foi obrigado a partir para a Índia, porque se envolveu
sofrimento causado pela ausência da amada ou como confidente em situações complicadas. b. Quando Camões chegou à Índia, aí
do sujeito poético, que dialoga com ela, para esbater a dor e a descobriu que as fraquezas humanas eram iguais às dos europeus.
solidão.
Enfim, ler a poesia amorosa de Camões é revermos as nossas 4. a. há; b. vivência.
próprias experiências e a nossa dor. [175 palavras] GRUPO III
TESTE DE AVALIAÇÃO 6 – FARSA DE INÊS PEREIRA / RIMAS (pp. 72-75) Resposta de caráter pessoal.
GRUPO I TESTE DE AVALIAÇÃO 7 – OS LUSÍADAS, DE LUÍS DE CAMÕES
A (pp. 76-78)
1. [A] − [9]; [B] − [4]; [C] − [6]; [D] − [1]; [E] − [3]; [F] − [2]; [G] − [7]; GRUPO I
[H] − [5]; [I] − [11]; [J] − [8]. 1. Os navegadores são merecedores desta ilha, já que ela
2. a. Monólogo do vaqueiro; b. 1502; c. Leonor; d. D. Manuel; representa o prémio pelos feitos grandiosos e pela coragem que
e. reinado; f. rei; g. cinquenta; h. publicadas; i. sociedade; j. rir. os marinheiros demonstraram ao longo da viagem até à Índia
B (“Os trabalhos tão longos compensando” – est. 88, v. 4).
3. O escudeiro Brás da Mata é um ditador, que impõe o poder sobre 2. A ilha é ficcionada, porque se trata de um local habitado por
Inês. Tal pode ser comprovado em versos como “Vós não haveis deusas (“Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas” – est. 89, v. 1)
de mandar / em casa somente um pelo.” (vv. 37-38). É um marido e porque é descrita como “pintada” (est. 89, v. 2), o que lhe confere
controlador, que impede a sua mulher de sair à rua, de falar com um caráter imaginário.
as outras pessoas e até de se pôr à janela, não vá o seu “tisouro” 3. O poeta reflete sobre os caminhos que conduzem à imortali-
fugir (Inês era a sua fonte de rendimento). Estes aspetos podem dade (“Pelo trabalho imenso que se chama / Caminho da virtude,
comprovar-se nos seguintes versos: “Vós não haveis de falar / com alto e fragoso” – est. 90, vv. 6-7) e sobre a simbologia da ilha, atri-
homem, nem mulher que seja / nem somente ir à igreja / não vos buindo-lhe um significado alegórico, pois ela representa o prémio,
quero eu leixar. / Já vos preguei as janelas, / por que vos não po- o reconhecimento que merecem aqueles que, como os navegadores
nhais nelas. / Estareis aqui encerrada” (vv. 19-25); “Não sois vós, portugueses, lutaram para alcançar os seus objetivos (“Os triunfos,
mulher, meu ouro?” (v. 35). a fronte coroada / De palma e louro, a glória e maravilha, / Estes são
4. O Escudeiro utiliza essas três interrogações retóricas pois aper- os deleites desta Ilha.” – est. 89, vv. 6-8).
cebe-se do desagrado de Inês e, cinicamente, através da ironia, im- 4. Adjetivação: “alto e fragoso” – que evidencia as dificuldades do
puta-lhe a responsabilidade (culpa) da sua situação, porque, afinal, caminho que conduz à virtude; “doce, alegre e deleitoso” – que
ela colheu o que semeou, ou seja, ela é que procurou a “descrição” evidencia as recompensas que se obtêm após a conquista de um
(v. 30), e ele ofereceu-lha, isolando-a de todos. Justifica também a objetivo. Antítese: “alto e fragoso”, que se opõe a “doce, alegre
sua atitude dizendo que ela é o seu “ouro” (v. 35) e, por isso, deve e deleitoso” – o contraste entre as dificuldades encontradas no
estar bem guardada. Com isto, Brás da Mata acaba por admitir caminho e a recompensa final servem para evidenciar que só se
que ela é o seu sustento, uma vez que ele não tinha qualquer fonte obtém a imortalidade pelo esforço e por uma conduta correta.
de rendimento. 5. A enumeração apresenta as divindades e outros heróis, como
5. A composição poética é um soneto, visto que apresenta catorze Eneias ou Rómulo, que, pelos seus feitos, se distanciaram do
versos decassilábicos, distribuídos por duas quadras e dois terce- comum humano e atingiram o estatuto de deuses. O poeta pre-
tos. Este soneto apresenta o esquema rimático abba abba cde cde, tende mostrar que também os homens podem atingir este esta-
com rima interpolada e emparelhada. tuto, ou seja, tornarem-se imortais pela grandeza dos seus feitos.
6. A figura feminina descrita no soneto é a típica mulher petrar- GRUPO II
quista e, por isso, apresenta a cor de pele e os cabelos claros,
estando com as faces coradas (“debaixo d’ouro e neve, cor de 1. (B); 2. (C); 3. (C); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (B).
rosa” – v. 4). Tem os olhos claros e luminosos e um sorriso meigo 8. Complemento oblíquo.
(“entre rubis e perlas doce riso” – v. 3). Mostra-se serena, provo- 9. “[n]uma obra de génio”.
cando uma ligeira sensação de prazer/desejo no sujeito poético,
10. Pretérito perfeito do indicativo.
como se pode verificar logo no primeiro verso – “Leda serenidade
deleitosa”. Além destas características, ela também é descrita 11. Pronome demonstrativo.
como sendo ajuizada, formosa e superior (“presença moderada 12. Oração subordinada adverbial final.
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CENÁRIOS DE RESPOSTA
GRUPO III Em suma, tanto numa vertente gloriosa como numa vertente
Os Lusíadas, de Luís de Camões, é um texto épico, publicado mais trágica, os Descobrimentos representam, de facto, uma
em 1572, que tem como ação central a viagem de Vasco da Gama época grandiosa que merece ser recordada. [137 palavras]
à Índia. A par deste acontecimento, o poeta narra a História de Por- TESTE DE AVALIAÇÃO 9 – OS LUSÍADAS / HISTÓRIA
tugal, associando, de forma genial, feitos históricos e feitos imagi-
TRÁGICO-MARÍTIMA (pp. 82-84)
nários, estes últimos representados no plano mitológico do poema.
A obra é considerada a “Bíblia da Pátria”, pois nela se faz o GRUPO I
retrato de um povo que deu novos mundos ao mundo. É a nossa A
epopeia, o livro que nos identifica enquanto nação e que supera 1. [A] − [12]; [B] − [3]; [C] − [1]; [D] − [5]; [E] − [2]; [F] − [6]; [G] − [7];
textos como a Eneida ou a Odisseia porque parte de um facto [H] − [8]; [I] − [10]; [J] − [9].
real. O herói é o povo português, que ultrapassou as adversidades
2. a. épico; b. dez; c. Proposição; d. Dedicatória; e. Viagem; f. Mito-
e atingiu a imortalidade, representada no episódio da Ilha dos
lógico; g. narrativo; h. reflexões; i. autobiográfico; j. desprezo.
Amores, no encontro entre ninfas e marinheiros.
Uma obra belíssima que enaltece a pátria e, por isso, deve ser B
lida e estudada por todos os portugueses. [150 palavras] 3. Esta estância insere-se no plano da Viagem, uma vez que des-
creve a chegada dos marinheiros a Portugal, com tempo favorável
TESTE DE AVALIAÇÃO 8 – HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA (pp. 79-81) (“Entraram pela foz do Tejo ameno”), glorificando o Rei e a Pátria
GRUPO I (“E à sua pátria e Rei temido e amado / O prémio e glória dão por
1. As consequências da tempestade verificam-se na improvisação que mandou”).
de partes da embarcação, devido à sua destruição (“trataram logo 4. Nos quatro primeiros versos da estância 145, o Poeta lamenta
de improvisar um mastro e armaram nele uma velazinha” – l. 3) e que os portugueses não deem o devido valor ao seu canto, definin-
na falta de bens essenciais (“já não tinham água, nem vinho, nem do-os como gente “surda e endurecida”. Invoca a Musa, dando-lhe
mantimento algum” – ll. 7-8). conta do seu estado de cansaço e de desilusão face à atitude dos
2. Jorge de Albuquerque Coelho argumenta que os franceses pode- seus compatriotas.
riam matar todos os portugueses, se vissem os seus compatriotas 5. Este excerto insere-se no momento do retorno à Pátria, já que
mortos, e que eles lhes poderiam valer na miséria em que se encon- há referências ao desembarque em Belém, às ações de agradeci-
travam após a tempestade. mento divino pelo regresso (“Desembarcou em Belém com alguns
3. Jorge de Albuquerque Coelho não aceita partir com os france- companheiros, e dirigiu-se em romaria a Nossa Senhora da Luz,
ses pois não queria abandonar a tripulação, sobretudo conside- pelo caminho de Nossa Senhora da Ajuda” – ll. 2-3), bem como ao
rando o estado deplorável em que aquela se encontrava. diálogo com portugueses que recebem a tripulação (“Saudou-os
então D. Jerónimo de Moura” – ll. 6-7).
4. O capitão da Santo António revela-se um homem prudente,
refreando o ímpeto da tripulação, que queria matar os franceses 6. A tripulação dirige-se em romaria à Nossa Senhora da Luz com
que iam a bordo (“Jorge de Albuquerque dissuadiu-os disso” – o objetivo de orar e de agradecer a proteção divina que lhe permi-
ll. 4-5), e um líder altruísta, não abandonando a tripulação, ape- tiu o regresso à metrópole, apesar de todas as atribulações por
sar da proposta tentadora dos corsários (“Jorge de Albuquerque que passou durante a viagem.
agradeceu-lhes muito: mas que muito mais lhes agradeceria se 7. D. Jerónimo de Moura não reconheceu o seu primo Jorge de
quisessem levá-los a todos eles, pois jamais desampararia a sua Albuquerque devido aos trabalhos por que este passou ao longo
gente, e em tal transe.” – ll. 14-16). da viagem, que o tornaram irreconhecível (envelhecido), apesar de
5. Os franceses decidiram partir quando o tempo ficou mais calmo, ter passado apenas um ano desde que se viram pela última vez.
saqueando a nau, já que era esse o seu objetivo, e despojando-a
de tudo o que a tempestade não tinha destruído. Esta atitude era GRUPO II
comum em ataques de corsários. 1. a. Modificador (do grupo verbal); b. Complemento direto;
c. Predicativo do complemento direto; d. Complemento do nome;
GRUPO II
predicativo do sujeito.
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (B); 5. (A); 6. (B); 7. (C).
2. a. “embarcações” – hiperónimo; “caravela”, “barca” – hipónimos;
8. Complemento direto. b. “dia”, ”noite” – antónimos/relação de antonímia.
9. Oração subordinada adverbial causal. 3. a. Embora os portugueses soubessem dos perigos que enfrenta-
10. “nós, os portugueses”. vam, muitos partiram para a Índia em busca de riqueza. b. Camões
11. Hiponímia/hiperonímia. escreveu Os Lusíadas para que os feitos dos portugueses fossem
imortalizados.
12. Verbo transitivo direto e indireto.
4. a. chegaram; b. viajem.
GRUPO III
GRUPO III
Os Descobrimentos portugueses correspondem a uma época
gloriosa da história lusa, que levou este povo à beira-mar plantado Os Lusíadas e a História trágico-marítima são obras que têm
aos quatro cantos do mundo, espalhando a língua, a cultura e a em comum o relato de viagens no tempo em que os Portugueses
religião. se aventuravam por mar em busca de novas terras. Na primeira, é
Foram tempos áureos, que notabilizaram os Portugueses e os relatada a descoberta do caminho marítimo para a Índia, liderada
tornaram um grande povo, conhecido pelo seu espírito descobri- por Vasco da Gama, herói imortalizado na epopeia camoniana.
dor. E Camões imortalizou os navegadores na sua epopeia. Na segunda, no capítulo V, são narradas as aventuras e desventu-
No entanto, todas as grandes empresas têm os seus riscos ras da nau Santo António, comandada por Jorge de Albuquerque,
e os seus perigos. A expansão marítima portuguesa levou à morte que parte do Brasil rumo à metrópole.
de muitas pessoas que se aventuraram nas rotas da Índia e do Durante a viagem, os dois heróis enfrentam diversos perigos:
Brasil, e muitas riquezas se perderam devido aos naufrágios e ao reais, nas duas obras, como a tempestade, e mais fantasiados
ataque de corsários, factos registados, por exemplo, nos relatos n’Os Lusíadas, concretizados pelo Adamastor, símbolo de todos
da História trágico-marítima. os medos.
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