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Ad r i a n a d e L i m a C a r d o z o – O AB / S P 3 0 5 . 7 6 0

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1004935-86.2019.8.26.0071 e código 52F38D4.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA DE LIMA CARDOZO, protocolado em 18/03/2019 às 13:46 , sob o número 10049358620198260071.
EXCELEN TÍSSIMO SEN H OR D OU TOR JU IZ D E D IREITO D A VARA D A FAZEN D A
PÚ BLICA D A COMARCA D E BAU RU / SP

AÇÃO D E ORD IN ÁRIA D E RECON H ECIMEN TO D E IN SALU BRID AD E

MARIA D E FÁTIMA GON ÇALVES D E CARVALH O, brasileira, viúva, aposentada, portadora


da cédula de identidade 13.498.566-7 e inscrita no CPF 0 37.70 8.678-90 , residente e dom iciliada na Rua
J ose Miguel, 7-60 , Vila Nipônica, CEP: 170 52-170 , nesta cidade de Bauru/ SP, vem m ui respeitosam ente à
presença de Vossa Excelência, por sua advogada devidam ente constituída que esta subscreve, vêm
respeitosam ente a presença de Vossa Excelência AÇÃO ORD IN ÁRIA D E RECON H ECIMEN TO
D E IN SALU BRID AD E, em face de PREFEITU RA MU N ICIPAL D E BAU RU , pessoa jurídica de
direito público, inscrita no CPNJ 46.137.410 / 0 0 0 1-80 , situada na Praça das Cerejeiras, 1-59 - Vila
Noem i, Bauru - SP, 170 14-90 0 , pelos fatos e fundam entos a seguir expostos:

1. D OS FATOS

A autora, pessoa idônea de conduta im aculada, laborou em favor da requerida, por


m ais de 22 anos, no cargo de SERVENTE DE LIMPEZA DA ENFERMAGEM, exercendo suas atividades
no PRONTO SOCORRO MUNICIPAL CENTRAL, localizado na quadra 7 da Rua Rubens Arruda,
voltado para o atendim ento de alta com plexidade.

R UA: Maria J osé 5-60 • Vila Altinópolis • Bauru/ SP • CEP: 170 12-160
F ONE / F AX: (14) 99127-8151 (c l a r o ) • (14) 310 0 -0 0 65 ( FIXO)
E - MAIL: adriana@cardozoadvogados.com
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1004935-86.2019.8.26.0071 e código 52F38D4.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA DE LIMA CARDOZO, protocolado em 18/03/2019 às 13:46 , sob o número 10049358620198260071.
As atividades da Requerente sem pre consistiram na lim peza direta dos postos de
atendim ento, recolhendo lixos contam inados, roupa sujas, lim peza de ala de isolam ento, retirada de
lençóis e roupa de cam a contendo excrem entos, sangue e dem ais m ateriais contam inados.

A referida unidade de saúde é voltada para o atendim ento em ergencial da população,


os casos m ais graves ocorridos na cidade de Bauru e toda a região são levados até esta unidade onde a
requerente com toda a sua experiência profissional e zelo desenvolve suas atividades de lim peza, sendo
exposta à todo tipo de contam inação.

Rotineiram ente passam pela unidade hospitalar em questão pacientes portadores de


doenças infectocontagiosas, bem com o pacientes provenientes de presídios.

Tem os que ainda que seja de alta insalubridade o trabalho exercido, a obreira desde
os prim órdios de suas atividades recebe tão som ente o im porte de 20 % (vinte por cento) de
insalubridade, o que com absoluta certeza não corresponde à realidade vivida pela trabalhadora.

A autora veio a se aposentar em 0 1/ 20 17 conform e consta em anexo.

Desta feita, tem os que além do adicional de insalubridade da obreira estar


inadequado, tem os que a m esm a faz jus ao recebim ento de indenização pelos danos m orais sofridos que
abalou sua im agem de m ulher trabalhadora e o m enosprezo de suas funções com o pagam ento
inadequado.

2 . D A ASSISTEN CIA JU D ICIÁRIA GRATU ITA

A autora, com o inform ado em sua qualificação, é pessoa sim ples, de parcos
rendim entos.

Mensalm ente a autora aufere, em m édia, R$ 1.20 0 ,0 0 (m il e duzentos reais),


conform e consta de seu extrato de provim entos em anexo.

Desta feita, a autora é pessoa pobre na acepção jurídica do term o, não dispondo de
condições para arcar para com custas do processo sem que isto afete seu sustento e de sua fam ília.

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Desta feita, requerer-se pela concessão dos benefícios da assistência judiciária
gratuita, nos term os dos artigos 92 a 10 2 do Novo Código de Processo Civil.

3 . D OS FU N D AMEN TOS JU RID ICOS

D O D IREITO AO RECEBIMEN TO D O AD ICION AL D E IN SALU BRID AD E

A vantagem ao recebim ento do Adicional de Insalubridade para os servidores da área


da saúde do m unicípio de Bauru/ SP encontra fundam ento no artigo 31, 32 e ss do estatuto da categoria,
baseando-se o percentual de acordo com o que é estabelecido pela NR-15 e NR-16 do Ministério do
Trabalho.

Com o com provado pelo anexo, a m unicipalidade rem unera a requerente no im porte
de 20 % (vinte por cento), ou seja, no grau m édio de insalubridade existente nas dependências do
hospital.
Referido adicional é fundam entado de fato na NR-15, no seguinte enquadram ento:

N R 15 – ATIVID AD ES E OPERAÇÕES IN SALU BRES


AN EXO N . 14
(Aprovado pela Portaria SSST n. 12, de 12 de novem bro de 1979)
AGEN TES BIOLÓGICOS
Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é
caracterizada pela avaliação qualitativa.
In s alu brid ad e d e grau m é d io
Trabalhos e operações em contato perm anente com pacientes, anim ais ou com
m aterial infecto-contagiante, em :
- hospitais, serviços de em ergência, enferm arias, am bulatórios, postos de vacinação e
outros estabelecim entos destinados aos cuidados da saúde hum ana (aplica-se
unicam ente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem com o aos que
m anuseiam objetos de uso desses pacientes, não previam ente esterilizados);

No entanto as condições de trabalho no local são extrem as.

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Com o sabido todas as m ais graves ocorrências tidas na cidade e em toda região
acabam sendo levadas para cuidados m édicos diretam ente ao Pronto Socorro Municipal Central de
Bauru/ SP.

Os portadores das m ais inúm eras doenças e patologias passam pelo PS.

Por incontáveis casos chegam pacientes vítim as de graves acidentes onde a carne,
ossos, sangue, fezes, urina e tantos outros dejeções e fluidos corporais estão a m ostra necessitando dos
funcionários da m unicipalidade, lidos aqui com o a requerente e outros, cuidado extrem o. Ou seja, o
trabalho cotidiano da requerente é de estar em perm anente contato com tais dejetos, fazendo jus ao
grau m áxim o de insalubridade com o constante na própria NR – 15, no entanto em item diverso, se não
vejam os:

N R 15 – ATIVID AD ES E OPERAÇÕES IN SALU BRES


AN EXO N . 14
(Aprovado pela Portaria SSST n. 12, de 12 de novem bro de 1979)
AGEN TES BIOLÓGICOS
Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é
caracterizada pela avaliação qualitativa.
In s alu brid ad e d e grau m áxim o
Trabalho ou operações, em contato perm anente com :
- pacientes em isolam ento por doenças infecto-contagiosas, bem com o objetos de seu
uso, não previam ente esterilizados:
- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de anim ais
portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
- esgotos (galerias e tanques); e
- lixo urbano (coleta e industrialização)

Ora Excelência, sequer faz necessário a avaliação de laudo pericial para o caso, resta
evidente que os funcionários que laboram no PS de Bauru, exercendo a função que a requerente exerce,
ou outra qualquer que se tenha contato perm anente com pacientes e seus dejetos, m erece ter seu
adicional de insalubridade rubricado em percentual m áxim o.

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Na realidade, todo o am biente da localidade é eivado. Ora, ao receber inúm eros
pacientes portadores de doenças infectocontagiosas resta categoricam ente im possível a esterilização do
am biente de form a com pleta a aniquilar todos os agentes biológicos capazes de transm itir doenças. Ou
seja, para àqueles que laboram nas dependências do Pronto Socorro Municipal Central, há que ser
deferido o pagam ento de adicional de insalubridade em grau m áxim o.

É de form a acertada que o controle e aniquilação de agentes biológicos insalubres é


im possível, sendo que desta form a caracterizado um fator de risco sem qualquer lim ite, o que é
propriam ente assinado pelo departam ento de Segurança e Medicina do Trabalho de Bauru/ SP com o
dem onstra-se abaixo e no anexo:

Tem os que o próprio chefe da seção em elaboração do laudo assum e a existência de


agentes insalubres im possíveis de serem neutralizado ou m ensurados, restando term inantem ente
caracterizado a insalubridade em grau m áxim o.

Outrossim , caso seja o entendim ento de Vossa Excelência para m elhor com provação
do direito da obreira, se faz necessário a nom eação de perito nom eado por Vossa Excelência para
constatar as condições de trabalho da requerente e assim verificar o grau de insalubridade.
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O que fica desde já requerido.

D O EFEITO D ECLARATORIO D O LAU D O

Cum pre destacar que, referido laudo pericial tem efeito declaratório e não
constitutivo do direito, ou seja, a partir do m om ento em que o laudo pericial declarar a existência de
insalubridade em nível m áxim o, patente que referido direito é extensível no período im prescrito onde a
requerente não percebeu a vantagem patrim onial.

Este é o claro entendim ento consolidado pelo Tribunal de J ustiça do Estado de São
Paulo que dia pós dia reafirm a a decisão:

10 0 8871‐18.20 14.8.26.0 0 32 Apelação / Reexam e Necessário / Adicional de


Insalubridade Relator(a): Marcelo Berthe.
Com arca: Araçatuba
Órgão julgador: 5ª Câm ara de Direito Público
Data do julgam ento: 27/ 0 7/ 20 15
Data de registro: 0 5/ 0 8/ 20 15
Em enta: RECURSOS DE APELAÇÃO E EX OFFICIO EM AÇÃO ORDINÁRIA.
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO. POLICIAL CIVIL. INSALUBRIDADE. ADICIONAL DEVIDO A PARTIR
DO EFETIVO EXERCÍCIO DO
CARGO. 1. Servidor público estadual, escrivão de polícia, que som ente passou a
receber o adicional de insalubridade após a hom ologação do laudo pericial, nos
term os da Lei Com plem entar Estadual n°432/ 85. Incontroversa a insalubridade do
cargo, sendo o adicional de insalubridade devido desde o exercício efetivo do cargo.
Hom ologação de laudo pericial que possui natureza declaratória, o que não afasta o
direito ao recebim ento do adicional desde o início da atividade insalubre.
0 0 45721‐64.20 10 .8.26.0 0 53 Apelação / Reajustes de Rem uneração, Proventos ou
Pensão
Relator(a): Ana Liarte
Com arca: São Paulo
Órgão julgador: 4ª Câm ara de Direito Público
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Data do julgam ento: 27/ 0 7/ 20 15
Data de registro: 0 4/ 0 8/ 20 15
Em enta: SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL ‐ Adicional de Insalubridade ‐ Pretensão
ao recebim ento desde a adm issão ‐ Adm issibilidade ‐ Laudo que tem efeito
m eram ente declaratório e seus efeitos retroagem à data em que a atividade insalubre
com eçou a ser exercida – Precedentes desta C. 4ª C. de Direito Público
– Não incidência da Lei n. 11.960 / 0 9 – Ação, na origem , julgada procedente –
Sentença m antida ‐ Recurso oficial que se considera interposto – Recursos
desprovidos.

10 0 0 0 40 ‐12.20 15.8.26.0 269 Apelação / Reexam e Necessário / Gratificações e Inteiro


Relator(a): Manoel Ribeiro
Com arca: Itapetininga
Órgão julgador: 8ª Câm ara de Direito Público
Data do julgam ento: 22/ 0 7/ 20 15
Data de registro: 23/ 0 7/ 20 15
Em enta: POLICIAL MILITAR – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – Pretensão de
recebim ento a partir do ingresso na carreira – Sentença de procedência da dem anda
– Vantagem devida desde o advento do trabalho insalubre – Laudo de constatação da
insalubridade que possui natureza declaratória e não constitutiva – Precedentes –
Sentença m antida – Apelação não provida.

Ou seja, com laudo pericial declarando a existência de insalubridade em grau


m áxim o, faz jus a requerente ao pagam ento dos valores em atraso do período im prescrito, qual seja, os
cinco anos anteriores a propositura da presente dem anda.

D A OBRIGAÇÃO D E FAZER

No caso em tela, um a vez que para que a requerente seja rem unerada da form a
correta é necessário procedim ento adm inistrativo dentro das dependências do departam ento pessoal da
requerida Municipalidade, faz-se necessário pontuar algum as questões relevantes a obrigação de fazer.
O cunho obrigacional está voltado ao apostilam ento do percentual correto do
adicional de insalubridade, qual seja a alteração dos atuais 20 % (vinte por cento) para 40 % (quarenta
por cento). O pleito é plenam ente viável na m edida do que determ ina o artigo 461 do CPC.
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Art. 461 ‐ Na ação que tenha por objeto o cum prim ento de obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido,
determ inará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adim plem ento.

§ 1o A obrigação som ente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se


im possível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.
(Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 2o A indenização por perdas e danos dar‐se‐á sem prejuízo da m ulta (art. 287).
(Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 3o Sendo relevante o fundam ento da dem anda e havendo justificado receio de
ineficácia do provim ento final, é lícito ao juiz conceder a tutela lim inarm ente ou
m ediante justificação prévia, citado o réu. A m edida lim inar poderá ser revogada ou
m odificada, a qualquer tem po, em decisão fundam entada. (Incluído pela Lei nº
8.952, de 13.12.1994)
§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, im por m ulta
diária ao réu, independentem ente de pedido do autor, se for suficiente ou com patível
com a obrigação, fixando‐lhe prazo razoável para o cum prim ento do preceito.
(Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático
equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerim ento, determ inar as m edidas
necessárias, tais com o a im posição de m ulta por tem po de atraso, busca e apreensão,
rem oção de pessoas e coisas, desfazim ento de obras e im pedim ento de atividade
nociva, se necessário com requisição de força policial. (Redação dada pela Lei nº
10 .444, de 7.5.20 0 2)
§ 6o O juiz poderá, de ofício, m odificar o valor ou a periodicidade da m ulta, caso
verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.

Assim , em sede de provim ento final, há que se constar na decisão term inativa a
determ inação para que a Requerida realize a alteração do percentual pago a título de insalubridade.

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A estipulação de astreintes tem com o condão coercitivo de obrigar a Requerida a
efetuar àquilo que é determ inado sob pena de incorrer em m ulta.

Art. 287 ‐ Se o autor pedir que seja im posta ao réu a abstenção da prática de algum
ato, tolerar algum a atividade, prestar ato ou entregar coisa, poderá requerer
com inação de pena pecuniária para o caso de descum prim ento da sentença ou da
decisão antecipatória de tutela (arts. 461, §4º , e 461‐A).

Assim , ao final da dem anda, além da restituição dos valores em atraso do período
im prescrito, dever‐se‐á a Requerida ser condenada na obrigação de fazer de realizar os futuros
pagam entos no im porte de 40 % a título de insalubridade

IN D EN IZAÇÃO PELOS D AN OS MORAIS

No caso em tela, tem os que a requerida é a único responsável pelos danos causados a
autora e deverá arcar com tais responsabilidades.

Ainda, conform e consta dos docum entos em anexo, tem os que a obreira se feriu com
m aterial perfuro cortando no últim o dia 0 5, sendo obrigada a ser vacinada para prevenção de HIV e
abrindo CAT pela requerida.

Assim , não resta dúvida quanto à responsabilidade da requerida, bem com o sua
inteira m á-fé, m otivo pelo pela indenização pelos danos m orais sofridos pela autora em im porte não
inferior à R$ 10 .0 0 0 ,0 0 (dez m il reais).

Os parâm etros de “m ero equívoco” ou ainda de “m eros aborrecim entos do cotidiano”


extrapolaram -se de tam anha m onta os autores, que não há que se falar em indenização pelos danos
m orais suportados, que atingiram a honra da obreira em questão.

Encontram os no Código Civil em seus artigos 927 e 186 respaldo legal ao direito de
indenizar, in verbis:

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Artigo 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem , fica
obrigado a repará-lo.

Artigo 186. Aquele que, por ação ou om issão voluntária, negligencia ou im prudência,
violar direito e causar dano a outrem , ainda que exclusivam ente m oral, com ete ato
ilícito.

Não restam dúvidas quanto à ilicitude do ato da requerida e m ais que isso agiu de
form a dolosa, visando única e exclusivam ente seu enriquecim ento.

E ainda, dentro do diplom a m áxim o legal, encontram os respaldo para aquele que
sofre abuso dentro de sua integridade m oral, se não vejam os o inciso V do m esm o artigo supracitado:

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização


por dano m aterial, m oral ou à im agem .

Adem ais, a Doutrina e a J urisprudência têm ensinado que o dano sim plesm ente
m oral, sem repercussão no patrim ônio, prova-se tão som ente pela ofensa ou constrangim ento, e dela é
presum ido, sendo o bastante para justificar a indenização.

Veja-se o ensinam ento de Yussef Said Cahali:

"(...) Parece m ais razoável , assim , caracterizar o dano m oral pelos seus próprios
elem entos; portanto, com o a privação ou dim inuição daqueles bens que têm um valor
precípuo na vida do hom em que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade
individual, a integridade individual, a integridade física, a honra e os dem ais
sagrados afetos"...(CAHALI, Yussef Said, Dano Moral, 2ª Ed., ver., atual. E apl., 3ª
tiragem , Revistas dos Tribunais, 1999, PP.20 -21.)"

Assim , com o é cediço, a configuração dos danos m orais independem da prova de


prejuízos e de reflexos ou repercussão patrim onial.

A esse respeito, e a guisa de m era ilustração, já tem proclam ado o STF que "a
indenização, a título de dano m oral, não exige com provação de prejuízo" (RT 614/ 236), por ser este
um a consequência irrecusável do fato e um "direito subjetivo da pessoa ofendida" (RT 124/ 299). Com
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F ONE / F AX: (14) 99127-8151 (c l a r o ) • (14) 310 0 -0 0 65 ( FIXO)
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fls. 11

Ad r i a n a d e L i m a C a r d o z o – O AB / S P 3 0 5 . 7 6 0

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1004935-86.2019.8.26.0071 e código 52F38D4.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ADRIANA DE LIMA CARDOZO, protocolado em 18/03/2019 às 13:46 , sob o número 10049358620198260071.
efeito, tal entendim ento se justifica porque essas decisões partem do princípio de que a prova do dano
m oral está no próprio fato em si, com o o afirm ou o juiz DEMÓCRTIO RAMOS REINALDO FILHO, em
r. voto proferido com o Relator no Recurso nº 0 228/ 1998 do I Colégio Recursal Cível de Pernam buco,
em Sessão de J ulgam ento da 3ª Turm a, em 20 / 0 9/ 1998, "verbis":

"- A indenização a título de dano m oral não exige com provação de prejuízo, por ser
esta um a consequência irrecusável do fato e um direito subjetivo da pessoa ofendida.
Fundam enta-se no princípio de que a prova do dano (m oral) está no próprio fato,
não sendo correto desacreditar na existência de prejuízo diante de situações
potencialm ente capazes de infligir dor m oral. Esta não é passível de prova, pois está
ligada aos sentim entos íntim os da pessoa. Assim , é natural adm itir-se a
responsabilidade civil, p. ex., na m aioria dos casos de ofensa à honra, à im agem ou ao
conceito da pessoa, pois subentende-se feridos seus íntim os sentim entos de
autoestim a."

Resta am plam ente com provado o dano m oral causado a autora.

4. D OS PED ID OS

Diante de todo o exposto, respeitosam ente requer:

a) A citação da requerida, para os term os da presente ação, para querendo,


apresentar resposta, dentro do prazo legal, sob pena de confissão e revelia;

b) A condenação da requerida à indenização por danos m orais suportados pelos


autores em R$ 10 .0 0 0 ,0 0 (dez m il reais);

c) A concessão, ao oficial de justiça, os benefícios da lei;

d) A concessão dos benefícios da justiça gratuita a autora;

e) A TOTAL PROCEDENCIA do pedido postulado, para que a requerida seja


condenada na obrigação de fazer consistente em apostilar o percentual de 40 % a
titulo de insalubridade, sob pena de aplicação de astreintes, bem com o em
realizar o pagam ento da diferença apura a título de insalubridade do período
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im prescrito. Consequentem ente, seja a requerida condenada ao recalculo de
todos os reflexos legais, quais sejam férias, levando-se com o base de cálculo os
vencim entos integrais do Requerente, tudo com a devida correção m onetária, e
ainda, juros de m ora;

f) A condenação do requerido à custas processuais e aos honorários advocatícios, a


ser fixado por Vossa Excelência na proporção;

Protesta provar o alegado por todos os m eios de prova em direito adm itidas,
especialm ente pelos docum entos e testem unhas que instruem a presente exordial.

Dá-se o valor da causa em R$ 10 .0 0 0 ,0 0 (dez m il reais) para efeitos fiscais.

Term os em que,
Pede deferim ento.
Bauru, 18 de m arço de 20 19.

Ad rian a d e Lim a Card o zo


OAB/ SP 3 0 5.76 0

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