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Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício


ISSN 1981-9900 versão eletrônica
P e r i ó d i c o do I n s t i t u t o B r a s i l e i r o d e P e sq u i s a e E n si n o e m F i s i o l o gi a do E x e r c í c i o
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EFEITOS DE UMA DIETA RICA EM CARBOIDRATOS NA HIPERTROFIA MUSCULAR


EM PRATICANTES DE TREINAMENTO DE FORÇA
1
Romário Araujo Oliveira

RESUMO ABSTRACT

Introdução: Muitos praticantes de exercícios Effects of a diet rich in carbohydrates in


físicos consomem muito carboidrato, muscle hypertrophy by practitioners of strength
principalmente como suplementos, por ser a training
principal fonte de energia para a realização de
exercícios físicos. Há ainda uma tendência de Introduction: Many practitioners exercise
que o efeito benéfico de uma dieta rica em consume too many carbohydrates, mainly as
carboidratos só ocorra em exercícios de longa supplements to be the main source of energy
duração, mas o uso de carboidratos em for physical exercises. There is still a trend that
exercícios como o treinamento de força, tem the beneficial effect of a diet rich in
sido essencial tanto para melhorar o carbohydrates occurs only in prolonged
rendimento esportivo nos treinos como para exercise, but the use of carbohydrates in
ajudar na hipertrofia muscular. Objetivo: Esta exercises such as strength training, has been
revisão tem como objetivo analisar os efeitos essential both to improve sports performance
de uma dieta rica em carboidratos na training in how to help in muscle hypertrophy.
hipertrofia muscular em praticantes de Objective: This review aims to examine the
treinamento de força. Revisão de literatura: Os effects of a high carbohydrate diet on muscle
carboidratos podem ser ingeridos antes, hypertrophy in practicing strength training.
durante e após a prática de exercícios físicos. Literature review: The carbohydrates can be
Dos cincos estudos analisados primeiramente, consumed before, during and after physical
todos validaram que os carboidratos exercem exercise. Of the five studies analyzed first, all
grande influência na hipertrofia muscular, validated that carbohydrates exert great
depois foram observados as conclusões de influence on muscle hypertrophy, were
nove estudos referentes ao tema, e todos observed after the findings of nine studies on
concluíram que os carboidratos exercem the subject, and all concluded that
grandes efeitos na hipertrofia muscular, e a carbohydrates exert major effects on muscle
maioria dos estudos analisados mostram que hypertrophy, and most of the analyzed studies
um dos principais fatores que medeiam a show that one of the main factors that mediate
hipertrofia muscular é a liberação de insulina e muscle hypertrophy is insulin release and
o aumento da sensibilidade das células increased sensitivity of muscle cells to insulin.
musculares à insulina. Conclusão: Logo, Conclusion: Therefore, it is concluded that the
conclui-se que a ingestão de carboidratos carbohydrate intake, alone or combined with
exerce grandes efeitos na hipertrofia muscular protein products, exerts major effects on
aos praticantes de treinamento de força. muscle hypertrophy practitioners to strength
training.
Palavras-chave: Dieta. Carboidratos.
Treinamento de força. Hipertrofia Muscular. Key words: Diet. Carbohydrates. Strength
training. Muscle hypertrophy.

1-Universidade de Pernambuco e E-mail:


Universidade Gama Filho. romario-brasil@hotmail.com

Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, Edição Suplementar 2, São Paulo, v.8, n.47, p.435-444. 2014.
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INTRODUÇÃO MATERIAIS E MÉTODOS

Os nutrientes carboidratos, proteínas e Este estudo trata-se de uma pesquisa


lipídeos proporcionam a energia necessária analítica do tipo revisão narrativa. Para a
para preservar as funções corporais durante o realização deste estudo, foram consultadas as
repouso e a atividade física. Além de seu bases de dados SCIELO, LILACS e PUBMED.
papel como combustível biológico, esses Os estudos analisados se encontravam após o
nutrientes, denominados macronutrientes, ano de 1990.
mantêm a integridade funcional e estrutural do Foram considerados apenas estudos
organismo (McArdle, Katch e Katch, 2003). feitos com seres humanos, nos idiomas
Ultimamente, os alimentos ou produtos português e inglês e foram excluídos estudos
à base de carboidratos estão sendo muito feitos com animais.
utilizados por atletas ou praticantes de Para a realização da pesquisa foram
atividade física (Paschoal, 1998). utilizados os seguintes termos em português:
Pois, segundo McArdle, Katch e Katch “carboidratos”, “treinamento de força”,
(2003) e Powers e Howley (2005) os “treinamento resistido”, “musculação”,
carboidratos são nutrientes que desempenham “carboidratos e treinamento de força”,
importantes funções no organismo, como: “carboidratos e treinamento resistido”,
principal fonte de energia na realização dos “carboidratos e musculação”. E em inglês
exercícios físicos; preservação e conservação foram os seguintes termos: “carbohydrates”,
das proteínas, evitando o seu fracionamento; “strength training”, “carbohydrates and strength
funcionam como ativador metabólico para o training”.
catabolismo dos lipídeos; e funcionam como
combustível para o sistema nervoso central, TREINAMENTO DE FORÇA
sendo armazenados nos músculos e no
fígado, na forma de glicogênio. Segundo Santarém (2000) o
Muitos praticantes de exercícios treinamento de força é definido como um
físicos consomem muito carboidrato, conjunto de exercícios que apresentam
principalmente como suplementos, por ser a alguma forma de resistência graduável
principal fonte de energia para a realização de ocasionando a contração muscular, sendo que
exercícios físicos, poupando o glicogênio em sua maioria a resistência são pesos.
muscular, conforme McArdle, Katch e Katch O treinamento de força, também
(2003) e Bacurau (2005) e assim melhorando conhecido como treinamento contra
o rendimento esportivo nos treinos. resistência, treinamento com pesos ou,
No meio esportivo, há ainda uma popularmente, musculação, tornou-se uma das
tendência de que o efeito benéfico de uma formas mais populares de exercício para
dieta rica em carboidratos só ocorra em melhorar a aptidão física e para o
exercícios de longa duração, exercícios esses condicionamento de atletas e não-atletas. É
que são predominantemente aeróbios um tipo de exercício que exige que a
(Walberg-Rankin, 2001) como maratona, musculatura do corpo promova movimentos
ciclismo, triatlo etc. Mas o uso de carboidratos (ou tente mover) contra a oposição de uma
em exercícios predominantemente anaeróbios, força geralmente exercida por algum tipo de
como o treinamento de força, tem sido equipamento.
essencial tanto para melhorar do rendimento Os indivíduos que participam de um
esportivo nos treinos como para ajudar na programa de treinamento de força esperam
hipertrofia muscular (Lima e Barros, 2007). que ele produza determinados benefícios, tais
Desta forma, o presente estudo de como aumento de força, aumento de massa
revisão tem como objetivo analisar os efeitos magra (hipertrofia muscular), diminuição da
de uma dieta rica em carboidratos na gordura corporal, melhoria do desempenho
hipertrofia muscular em praticantes de físico em atividades esportivas e da vida diária
treinamento de força. e melhoria do desempenho motor (Fleck e
Kraemer, 2006).
Um programa de treinamento de força
bem elaborado e consistentemente
desenvolvido pode produzir todos esses

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benefícios. Com isso, pode produzir alterações carboidratos; as pessoas fisicamente ativas
na composição corporal, na força, na devem consumir 55-60% de carboidratos nas
hipertrofia muscular e no desempenho motor suas calorias diárias; e as que treinam
que muitos indivíduos desejam (Fleck e intensamente, como os atletas, devem
Kraemer, 2006; Bompa e Cornachia, 2000). consumir nas suas calorias diárias 60-70% de
carboidratos. Em todos esses casos, devem-
HIPERTROFIA MUSCULAR se consumir carboidratos preferencialmente na
forma complexa, como os alimentos ricos em
A hipertrofia muscular é definida como fibras, os açucares não-refinados, os grãos e
um aumento/crescimento da massa muscular os vegetais (McArdle, Katch e Katch, 2003).
(McArdle, Katch e Katch, 2003; Fleck e O consumo apropriado de carboidrato
Kraemer, 2006). é de fundamental importância para a
O termo Hipertrofia é conceituado de otimização dos estoques iniciais de glicogênio
uma forma bem resumida, de acordo com muscular, a manutenção dos níveis de glicose
Bompa e Cornachia (2000) como o aumento sanguínea durante o exercício e a adequada
da área da secção transversa do músculo. Os reposição das reservas de glicogênio na fase
tradicionais exercícios com pesos são de recuperação (American Dietetic
reconhecidos pela sua eficiência em aumentar Association, Dietitians of Canada e American
a massa muscular (Santarém, 2000). College of Sports Medicine, 2001).
Ainda abordando os conceitos do Além disso, a ingestão de carboidratos
termo hipertrofia, Wilmore e Costill (2001) pode minimizar as alterações negativas no
afirmam que a hipertrofia é o aumento do sistema imunológico devido ao exercício físico
tamanho muscular, decorrente do treinamento (Nieman e colaboradores, 2001).
de força, onde ocorrem alterações estruturais As recomendações de carboidrato
reais do músculo. para atletas são de 6-10g/kg de peso corporal
O treinamento de força realizado por dia ou 60-70% da ingestão energética
dentro dos seus princípios (volume, diária (American Dietetic Association,
intensidade, intervalo de recuperação entre as Dietitians of Canada e American College of
séries, ordem dos exercícios, entre outros) Sports Medicine, 2001; Applegate, 1991;
pode ocasionar ganhos substanciais na força e Walberg-Rankin, 1995); entretanto, a
na hipertrofia muscular (Fleck e Kraemer, necessidade individual dependerá do gasto
2006; Bompa e Cornachia, 2000). energético diário, da modalidade esportiva, do
O exercício de força representa um sexo e das condições ambientais (American
estímulo específico que normalmente resulta Dietetic Association, Dietitians of Canada e
em aumento de massa muscular, indicando American College of Sports Medicine, 2001).
aumento de proteínas intracelulares como
actina e miosina e, também de outras DINÂMICA DOS CARBOIDRATOS COM OS
moléculas como creatina, glicogênio e água EXERCÍCIOS FÍSICOS
(Henriksson, 1995; Deschenes e Kraemer,
2002). Durante o repouso, a gordura é a
Os aumentos observados no volume principal fonte de energia e ela contribui com
muscular são derivados dos aumentos agudos cerca de 50-70% da necessidade energética
e crônicos no turnover (catabolismo e durante o exercício leve a moderado, os outros
anabolismo) proteico muscular, de forma que a 30-50% chegam a ser supridos
síntese exceda a degradação proteica, como preferencialmente pelos carboidratos
explica Novaes e Vianna (2003). (McArdle, Katch e Katch, 2003).
Nos exercícios de alta intensidade e
INGESTÃO RECOMENDADA DE de curta duração (treino de força, corrida de
CARBOIDRATOS 100 m) e de longa duração (maratona, triatlo,
ciclismo), o glicogênio muscular é a fonte
A ingestão de carboidratos varia de primária de energia, seguida do glicogênio
pessoa para pessoa, dependendo do nível de hepático, porém em exercícios prolongados,
atividade física dela, para pessoas sedentárias quando o estoque de carboidratos (glicogênio)
recomenda-se que as calorias diárias sejam depleta, o organismo se utiliza de outras
consumidas entre 50-55% na forma de fontes, como as gorduras, na forma de ácidos

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graxos livres, pois estes acabam suprindo a exercícios de alta intensidade e curta duração
maior demanda de energia, e em uma (Cyrino e Zucas, 1999).
pequena proporção, a demanda energética é
suprida pelas proteínas, ocasionando assim INGESTÃO DE CARBOIDRATOS ANTES DO
uma proteólise (catabolismo das proteínas) TREINO DE FORÇA
(McArdle, Katch e Katch, 2003).
Logo, uma dieta deficiente em Antes do treino de força, uma refeição
carboidratos depleta rapidamente o glicogênio ou lanche deve providenciar quantidades
muscular e hepático, afetando profundamente suficientes de líquidos para manter a
o desempenho físico em exercícios intensos hidratação, ser relativamente baixo em
e/ou prolongados (McArdle, Katch e Katch, gorduras e fibras para facilitar o esvaziamento
2003). gástrico e minimizar o estresse
Depletados os níveis de carboidratos, gastrointestinal, ser relativamente alto em
aumenta-se a mobilização e oxidação de carboidratos para maximizar a manutenção da
gorduras (ácidos graxos livres) e de um pouco glicose sanguínea e moderado em proteínas e
de proteína (aminoácidos) durante a composto por alimentos que o atleta esteja
realização de um exercício intenso e familiarizado, para reduzir os riscos de
prolongado, e chegando assim à fadiga e ao intolerância (American College of Sports
catabolismo muscular (McArdle, Katch e Medicine, American Dietetic Association e
Katch, 2003). Dietitians of Canada, 2000).
Os carboidratos estocados na forma A utilização de estratégias nutricionais
de glicogênio muscular e hepático e a glicose envolvendo a ingestão de uma alimentação
sanguínea são utilizados pelos músculos como rica em carboidratos antes da prática de
fonte primária de combustível durante exercícios de força aumenta as reservas de
exercícios aeróbios e anaeróbios (Kater e glicogênio, tanto muscular quanto hepático
colaboradores, 2011). (Coggan, 1997; Costill e Hargreaves, 1992)
Como a produção de energia a partir pois se acredita que a alta concentração de
do glicogênio pode ocorrer na ausência de glicogênio muscular pré-exercício é essencial
oxigênio, o glicogênio muscular constitui o para o ótimo desempenho (Jentjens e
principal fornecedor de energia nos primeiros colaboradores, 2001) garantindo assim
minutos do exercício, quando a utilização de energia suficiente para a realização do treino.
oxigênio não satisfaz as demandas
metabólicas (McArdle, Katch e Katch, 2003). INGESTÃO DE CARBOIDRATOS DURANTE
A ingestão de carboidratos antes, O TREINO DE FORÇA
durante e após o exercício pode contribuir
para o desempenho no sentido de aperfeiçoar A ingestão de carboidratos durante o
os depósitos de glicogênio muscular e esforço ajuda na manutenção da glicemia
hepático e manter a normalidade da glicemia sanguínea e na oxidação destes substratos
(Kater e colaboradores, 2011). (Coggan, 1997; Costill e Hargreaves, 1992).
Os carboidratos, principalmente na Durante o exercício físico, é
forma líquida, podem ser ingeridos antes, importante que a ingestão de carboidratos,
durante e depois da prática de atividade física, preferencialmente como suplementos, seja
para garantir energia, retardar a fadiga rapidamente absorvida para que se
periférica e repor o estoque de glicogênio mantenham as concentrações da glicose
respectivamente (Paschoal, 1998). sanguínea, quando os depósitos endógenos
Os efeitos metabólicos e ergogênicos de carboidratos tendem a se reduzir
obtidos pela ingestão de carboidratos antes, significativamente. Desse modo, a
durante e após o exercício físico, têm administração de carboidratos pode resultar
merecido especial atenção no que diz respeito em aumento na disponibilidade da glicose
à melhoria do desempenho físico (Cyrino e sanguínea, reduzindo a depleção de
Zucas, 1999). glicogênio muscular observada nas fases
Os carboidratos são importantes iniciais do desempenho físico (Cyrino e Zucas,
substratos energéticos para a contração 1999).
muscular durante o exercício prolongado
realizado sob intensidade moderada e em

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INGESTÃO DE CARBOIDRATOS APÓS O levantadores de peso do sexo masculino


TREINO DE FORÇA foram divididos em três grupos, grupo dos
carboidratos (CHO; 1,5 g/kg de peso corporal),
O processo de recuperação envolve a grupo das proteínas (PRO; 1,38 g/kg de peso
restauração dos estoques de glicogênio corporal) e grupo das proteínas com
hepático e muscular. Após o término do carboidratos (CHO/PRO; 1,06 g de carboidrato
exercício é necessário que a ingestão do por kg de peso corporal e 0,41 g de proteína
glicogênio muscular seja completa, não por kg de peso corporal), as substâncias foram
comprometendo assim a recuperação do ingeridas imediatamente e duas horas depois
praticante (Guerra, 2002). de um treino de musculação padronizado.
Segundo Coyle (2005) citado por Amostras de sangue venoso foram colhidas
Silva, Miranda e Liberali (2008) alimentos ricos antes e imediatamente após o exercício e
em carboidratos com índice glicêmico durante oito horas de recuperação. Os grupos
moderado e alto são boas fontes de CHO e CHO/PRO estimularam e elevaram
carboidratos para a síntese de glicogênio mais as concentrações de insulina do que o
muscular e devem ser a primeira escolha de grupo PRO. O grupo CHO/PRO elevou os
carboidratos nas refeições de recuperação. níveis de hormônio do crescimento (GH) seis
Após a sessão de treinamento de horas após os exercícios, sendo superior ao
força, a ingestão de carboidratos se faz grupo PRO e grupo CHO. O grupo CHO/PRO
extremamente necessária para a reposição aumentou mais os níveis de insulina do que os
das reservas de glicogênio muscular outros grupos. Este aumento de insulina cria
depletadas durante a prática do treino. Esse um ambiente hormonal favorável ao
procedimento tem sido também recomendado anabolismo, o que compreende a ressíntese
para facilitar a ressíntese do glicogênio de glicogênio, síntese proteica e hipertrofia
muscular entre as sessões de treinamento muscular.
(Liebman e Wilkinson, 1996) e colaborar no No estudo de Thyfault e colaboradores
ganho de massa muscular (Bacurau, 2005). (2004a) foram examinados os efeitos da
suplementação de carboidrato líquido sobre
PESQUISAS ENVOLVENDO A UTILIZAÇÃO anabolismo após exercícios de intensidade
DE UMA DIETA RICA EM CARBOIDRATOS alta. Nove homens treinados consumiram
NA HIPERTROFIA MUSCULAR carboidrato ou placebo, dez minutos antes e
imediatamente após duas sessões de
Há estudos que demonstram que o exercício de resistência. Observou-se
consumo de carboidratos pós-exercício é ideal diferença significativa na concentração de
para estimular o anabolismo muscular. insulina imediatamente após o exercício e uma
No estudo Borsheim e colaboradores hora e meia após o exercício nos que
(2004) dois grupos de oito indivíduos consumiram carboidrato. As concentrações de
realizaram uma sessão de exercícios cortisol, amônia e glicose não foram
resistidos (10 séries de 8 repetições de leg significativamente diferentes entre os
press a 80 % de 1 repetição máxima). Os tratamentos. Os autores concluíram que,
indivíduos de um grupo (CHO) receberam uma apesar dos indicadores indiretos de
bebida consistindo em 100 g de carboidratos, degradação proteica não sofrerem alterações
ingeridos uma hora após o exercício. Os com a ingestão do carboidrato, a maior
indivíduos do outro grupo (PLA) receberam concentração de insulina é um forte indicativo
uma solução placebo. Borsheim e do favorecimento do anabolismo após o
colaboradores (2004) demonstraram que a exercício.
ingestão de 100 g de carboidratos após a No estudo de Miller e colaboradores
sessão de exercício de força tem efeito (2003) a amostra do estudo foi composta por
positivo no balanço proteico, ocasionando o seis homens e quatro mulheres, no protocolo
anabolismo muscular. do estudo eles deveriam realizar 10 séries de
Chandler e colaboradores (1994) em 10 repetições no leg press e 8 séries de 8
seu estudo examinaram o efeito dos repetições no extensor de joelhos, voluntários
carboidratos e/ou suplementos de proteína realizaram os exercícios resistidos de
sobre o estado hormonal do corpo após os membros inferiores e depois ingeriram uma
exercícios de musculação, nove experientes das três bebidas: bebida com aminoácidos

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(AA), bebida com carboidratos (CHO) ou uma aumento de força não foi significativamente
mistura de AA e CHO (MIX), uma e duas horas diferente entre os grupos (grupo 1 = mais 4,0
após os exercícios. A união de carboidrato kg, 6,4%; grupo 2 = mais 2,6 kg, 4,1%) (P =
com aminoácido mostrou melhores resultados 0,11 para interação). Uma explicação melhor
na síntese de proteína muscular, provocando sobre o grupo 1 do estudo de Tarnopolsky e
um anabolismo muscular. colaboradores, (2001) grupo este que
Na pesquisa de Tarnopolsky e combinou creatina monoidratada e glicose,
colaboradores (2001) foi comparado a pode ser compreendida nos estudos de Green
eficiência de um suplemento contendo creatina e colaboradores (1996a, 1996b) os quais
e carboidrato com um contendo proteína e mostraram que a combinação de creatina com
carboidrato no período pós-treino de força, carboidrato faz com que os estoques
durante um período de oito semanas. Foram musculares de creatina atinjam, mais
selecionados 19 homens jovens destreinados, facilmente, o seu limite máximo.
divididos em dois grupos. No grupo 1 (n=11), Provavelmente esse efeito é mediado pela
receberam creatina monoidratada (10g) mais insulina (Steenge e colaboradores, 1998).
glicose (75g), já no grupo 2 (n=8), receberam Esses dois estudos realizados por
proteína (10g de caseína) mais glicose (75g). Green e colaboradores (1996a, 1996b)
Foram realizadas avaliações de DEXA para demonstraram que, combinando creatina com
massa corporal total e realizado o teste de carboidrato simples, como a glicose, ocorre
1RM para força na máquina de extensão de aumento do transporte de creatina dentro do
perna. A massa corporal total aumentou mais músculo, com isso pode-se ocasionar maior
no grupo 1 (mais 4,3 kg, 5,4%) comparado aumento de massa muscular.
com o grupo 2 (mais 1,9 kg, 2,4%), e o

Quadro 1 - Resultados de estudos sobre a influência de uma dieta rica em carboidratos na hipertrofia
muscular em praticantes de treinamento de força.
Autores Amostra Dieta Resultados
O grupo CHO/PRO elevou os
níveis de hormônio do
crescimento seis horas após os
Grupo CHO: 1,5 g/kg de peso exercícios, sendo superior ao
corporal de carboidratos. grupo PRO e grupo CHO. O
Nove experientes Grupo PRO: 1,38 g/kg de peso grupo CHO/PRO aumentou
Chandler e
levantadores de corporal de proteínas. mais os níveis de insulina do
colaboradores
peso do sexo Grupo CHO/PRO: 1,06 g de que os outros grupos. Este
(1994)
masculino carboidrato por kg de peso aumento de insulina cria um
corporal e 0,41 g de proteína ambiente hormonal favorável ao
por kg de peso corporal. anabolismo, o que compreende
a ressíntese de glicogênio,
síntese proteica e hipertrofia
muscular.
No grupo 1: creatina A massa corporal total
Tarnopolsky e monoidratada (10g) mais aumentou mais no grupo 1
19 homens jovens
colaboradores glicose (75g). (mais 4,3 kg, 5,4%) comparado
destreinados
(2001) Grupo 2: proteína (10g de com o grupo 2 (mais 1,9 kg,
caseína) mais glicose (75g). 2,4%).
Ingerir uma das três bebidas:
A união de carboidrato com
Miller e aminoácidos (AA),
Seis homens e aminoácido mostrou melhores
colaboradores carboidratos (CHO), ou AA e
quatro Mulheres resultados na síntese de
(2003) CHO (MIX), uma e duas horas
proteína muscular.
após os exercícios.
Grupo CHO: bebida contendo A ingestão de 100 g de
Børsheim e 100 g de carboidratos, carboidratos após exercício
colaboradores Oito indivíduos. ingeridos uma hora após o resistido tem efeito positivo no
(2004) exercício. balanço proteico, ocasionando o
Grupo PLA: solução placebo. anabolismo muscular.

Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, Edição Suplementar 2, São Paulo, v.8, n.47, p.435-444. 2014.
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Observou-se diferença
significativa na concentração de
insulina imediatamente após o
Consumiram carboidrato ou
exercício e uma hora e meia
Thyfault e placebo, dez minutos antes e
Nove homens após o exercício nos que
colaboradores imediatamente após duas
treinados consumiram carboidrato. Os
(2004a) sessões de exercício de
autores concluíram que, a maior
resistência.
concentração de insulina é um
forte indicativo do favorecimento
do anabolismo após o exercício.

CONCLUSÕES DE ESTUDOS SOBRE OS após o exercício causa alterações hormonais


EFEITOS DE UMA DIETA RICA EM que são benéficas para a reposição do
CARBOIDRATOS NA HIPERTROFIA glicogênio muscular e promoção de outros
MUSCULAR processos anabólicos (Silva, Miranda e
Liberali, 2008).
Em alguns estudos, os autores Quando o carboidrato é consumido
concluíram que muitos praticantes de após o exercício, as concentrações de glicose
treinamento de força fazem uso de uma dieta e insulina no sangue aumentam. A insulina é
rica em carboidratos, porque além de melhorar um potente hormônio anabólico que estimula a
o rendimento durante os treinos, os mesmos síntese de glicogênio, gorduras e proteínas
ajudam na hipertrofia muscular; a secreção e (Kater e colaboradores, 2011).
concentração de insulina desempenham papel Após o treinamento de força de alta
chave no processo anabólico pós-exercício intensidade, a ingestão de carboidratos
(Lima e Barros, 2007). maximiza a resposta da síntese proteica e
O consumo de carboidratos faz com reposição dos estoques de glicogênio quando
que libere insulina, que é um hormônio que ingeridos imediatamente após o treino, ou por
desempenha um papel importante no aumento um período de até duas horas após o término
na captação de glicose pelos músculos, do treino (Aoki e Bacurau, 2003).
podendo dá um efeito anabólico aos mesmos O exercício de força é um potente
(Chromiak e colaboradores, 2004) estimulador para o anabolismo muscular,
ocasionando assim um aumento na massa proporcionando maior síntese em comparação
muscular. com a degradação proteica. Porém, o
Os exercícios resistidos, isto é, de anabolismo ocorre apenas no período de
força melhoram a sensibilidade à insulina por recuperação e o consumo de carboidratos
aumentar a massa magra, devido a um grande e/ou proteínas é determinante (Koopman e
abastecimento de glicose disponível em colaboradores, 2007).
resposta a uma alta ingestão de carboidratos Os carboidratos fornecem energia
(Thyfault e colaboradores, 2004b). para a realização imediata da atividade física,
Nos exercícios de força, o treinamento os estoques de energia nas células
físico associado ao uso de dietas ricas em musculares e no fígado são estocados através
carboidratos pode proporcionar um aumento do consumo de carboidratos, aumentando
nas reservas de glicogênio muscular, dessa forma o rendimento durante o
acentuando o processo de hipertrofia muscular treinamento de força, obtendo como produto, a
(Cyrino e Zucas, 1999). potencialização do processo de ganho de
Ao contrário do que ocorrem com massa magra.
atletas de endurance, dietas ricas em A insulina auxilia o movimento de
carboidratos são pouco comuns entre nutrientes, principalmente a glicose, e facilita a
fisiculturistas e atletas praticantes de incorporação de proteínas nas células
treinamento de força e potência, talvez isso otimizando o processo de síntese proteica. O
possa ser explicado por fatores como a treinamento de força aumenta a sensibilidade
escolha por dietas hiperproteicas ou a da musculatura à ação da insulina. A falta da
carência de estudos relacionando treinos de insulina pode resultar em deterioração proteica
alta intensidade com papel dos carboidratos, e estimular a produção do cortisol, dessa
mas o consumo de carboidratos durante e forma se torna importante o consumo de

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carboidratos para que ocorra uma resposta hormonais do hormônio do crescimento (GH) e
efetiva da insulina. da testosterona, potentes hormônios
O consumo de carboidratos atua de anabolizantes que aperfeiçoarão o processo
forma direta na liberação da insulina, sendo de ganho de massa magra (Souza Júnior e
que esta potencializará as respostas Lopes, 2008).

Quadro 2 - Conclusões de estudos sobre a influência de uma dieta rica em carboidratos na hipertrofia
muscular.
Autores Conclusões dos estudos
Nos exercícios de força, o treinamento físico associado ao uso de dietas
Cyrino e Zucas (1999) ricas em carboidratos pode proporcionar um aumento nas reservas de
glicogênio muscular, acentuando o processo de hipertrofia muscular.
Após o treinamento de força de alta intensidade, a ingestão de carboidratos
Aoki e Bacurau (2003) maximiza a resposta da síntese proteica e reposição dos estoques de
glicogênio.
O consumo de carboidratos faz com que libere insulina, que é um hormônio
Chromiak e colaboradores
que desempenha um papel importante no aumento na captação de glicose
(2004)
pelos músculos, podendo dá um efeito anabólico aos mesmos.
Os exercícios de força melhoram a sensibilidade à insulina por aumentar a
Thyfault e colaboradores
massa magra, devido a um grande abastecimento de glicose disponível em
(2004b)
resposta a uma alta ingestão de carboidratos.
O exercício de força é um potente estimulador para o anabolismo muscular,
Koopman e colaboradores
mas o anabolismo ocorre apenas no período de recuperação e o consumo
(2007)
de carboidratos e/ou proteínas é determinante.
Os carboidratos ajudam na hipertrofia muscular, sendo que a secreção e
Lima e Barros (2007) concentração de insulina desempenham papel chave no processo anabólico
pós-exercício.
O treinamento de força aumenta a sensibilidade da musculatura à ação da
insulina. O consumo de carboidratos atua de forma direta na liberação da
Souza Júnior e Lopes (2008) insulina, sendo que está potencializará as respostas hormonais do GH e da
testosterona, potentes hormônios anabolizantes que aperfeiçoarão o
processo de ganho de massa magra.
O consumo de carboidratos durante e após o exercício de força causa
Silva, Miranda e Liberali
alterações hormonais que são benéficas para a reposição do glicogênio
(2008)
muscular e promoção de outros processos anabólicos.
Quando o carboidrato é consumido após o exercício, as concentrações de
Kater e colaboradores (2011) glicose e insulina no sangue aumentam. A insulina é um potente hormônio
anabólico que estimula a síntese de glicogênio, gorduras e proteínas.

CONCLUSÃO Logo, conclui-se que a ingestão de


carboidratos exerce grandes efeitos na
Na maioria dos estudos analisados hipertrofia muscular aos praticantes de
podemos ver que os carboidratos auxiliam no treinamento de força, mas antes de qualquer
processo de hipertrofia muscular, pessoa se submeter a algum tipo de dieta, a
principalmente quando os carboidratos são mesma deve ser orientada e prescrita por
ingeridos após o treino de força, pois os nutricionistas, de preferência nutricionistas
mesmos fazem com que acarrete uma maior esportivos.
liberação de insulina (importante hormônio
anabólico) ou até mesmo de outros hormônios REFERÊNCIAS
anabolizantes, favorecendo, além da
ressíntese do glicogênio muscular e hepático, 1-American College of Sports Medicine;
um aumento na síntese proteica. Três estudos American Dietetic Association; Dietitians of
mostraram que união de carboidratos com Canada. Nutrition and Athletic Performance.
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