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Ana Laura Marçal Monsores

Organizações Internacionais
Exercício 1 da Aula 2 (24 de setembro)
1.
Visto o fracasso da Liga das Nações diante das atrocidades cometidas durante
a Segunda Guerra, se tornou necessária uma nova organização internacional que fosse
capaz de reconstruir a política entre os Estados. Cabe destacar que o pioneirismo da
Liga em procurar mediar conflitos internacionais por meio da promoção de regulações
de convivência foi precursor para a futura maior relevância dada a organismos
mediadores. Porém, sua efetividade no período abordado não se mostrou eficaz,
restando para os formuladores das novas diretrizes das relações internacionais pós
Segunda Guerra apenas um rascunho de como organizar uma nova instituição que
tenha aprendido com os erros de sua precursora.
Nesse sentido, também se destaca o caráter prejudicial da Segunda Guerra para
o direito internacional, que se mostrou impossibilitado de instituir ordem entre os
Estados nos desdobramentos existentes no conflito, tendo desta forma se mostrado
sem ferramentas suficientes para garantir os direitos jurídicos dos sujeitos envolvidos.
Ao analisarmos as barbaridades humanas praticadas em nome da guerra e a falta de
respeito às soberanias estatais em nome da vitória, é possível utilizar os ônus da guerra
como aprendizado para a maior valorização da cooperação internacional.
Assim, em 26 de julho de 1945, com o fim da Segunda Guerra após a rendição
alemã diante da desilusão de expandir seu império com os ataques russos à Berlim, foi
criada a Organização das Nações Unidas, com o objetivo de substituir a Liga das
Nações e restabelecer a ordem no sistema, visando não dar mais espaço para o
afloramento de diretrizes totalitárias e expansionistas como o nazismo. A
responsabilidade de mediar a conduta dos Estados e promover tratados, reuniões e
sanções objetivando a cooperação internacional se tornou função desta organização, e
o peso que esta carrega é o de não propiciar condições para a repetição das atrocidades
humanas das últimas duas guerras.

2.
Como é representado no filme, as atitudes tomadas em prol da vitória durante a
guerra muitas vezes não levavam em consideração fatores como vidas e sofrimento
humano. Em nome da guerra, todos os meios eram plausíveis e todos os recursos
poderiam ser esgotados. Em “A Queda. As Últimas Horas de Hitler.” há cenas de
tomadas de decisão por parte de Hitler que assustam o telespectador em virtude de
tanta frieza em relação ao seu próprio povo. Nos momentos finais da guerra, quando
há o aviso de um ataque russo em Berlim, Hitler decide por movimentar suas tropas,
deixando a população em mercê de sua própria sorte. Tais escolhas desumanas se
mostraram frequentes ao longo do filme, que retrata o modelo seguido pelo governo
alemão para enfrentar a guerra.
Nesse sentido, o conflito mostrou que a necessidade de diretrizes
internacionais que possam guiar e instituir pilares universais para o bem coletivo era
real, e a ONU estabeleceu pilares que conduzissem sua mediação. Visto as tragédias
humanas e o desacordo e desrespeito praticado entre os Estados, além da necessidade
de reestruturação tanto econômica quanto social dos países envolvidos na guerra, a
Organização das Nações Unidas estabeleceu como principais pilares: a promoção da
paz, do desenvolvimento socioeconômico e dos direitos humanos. Como é visto na
trama do filme, tanto a discórdia própria do conflito e da insegurança da perda de
soberania estatal, quanto o enfraquecimento das estruturas sociais e econômicas como
a violação massiva dos direitos humanos estavam presentes nesta tragédia histórica.

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