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O Teatro Expressionista
O Teatro Expressionista
Eugene O’Neill
As novas características geopolíticas e as mudanças que ocorriam no
mundo, como o fracasso alemão e a fase de questionamentos sociais que
tomavam conta de sua juventude; o crescimento da proposta comunista na
então União Soviética e a própria condução dos ideais de uma revolução social
que tomavam conta da Europa emanaram uma atmosfera política que,
rapidamente, alcançou e contaminou profundamente a América e sua classe
trabalhadora. Esse panorama político foi propício para o desembarcar da
proposta teatral que o Expressionismo alemão trazia na bagagem de seus
imigrantes recém-chegados à América, abrindo caminho, mais facilmente para
a chegada de peças dos autores expressionistas alemães com suas
companhias que já excursionavam o mundo. O clima opressor consumado às
classes trabalhadoras, na América, ocasionado pelo crescimento desordenado
da mecanização e industrialização dos setores trabalhistas, levou ao
surgimento dos sindicatos como uma ferramenta para se colocarem dentro dos
embates contra o capitalismo, o que foi terreno fértil para o teatro social
expressionista.
O’Neill (1888-1953), que também permeou os campos do teatro realista,
acaba por desenvolver uma dramaturgia que o coloca como maior
representante desse teatro expressionista dentro dos Estados Unidos da
América, onde irá refletir e expor todo o descontentamento da juventude norte
americana com os rumos materialistas da América. Suas obras são o retrato de
suas próprias opiniões e valores que, diante de tal quadro foi absorvendo e as
materializando em textos por meio da criação de personagens em uma genial
capacidade de adequação aos palcos e obviamente as gosto do público norte
americano.