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4 ENSINO

O SAGRADO MAGISTÉRIO DA IGREJA

I - INTRODUÇÃO

- Pedir Oração

1 - Apresentação do Formador

2 - Motivação

- Ler os documentos, aprofundar-se e orar com os documentos do Sagrada


Magistério da Igreja é importante para todo cristão católico.
- A Revelação Pública trazida por Jesus não se encontra somente nas
Sagradas Escrituras e tampouco na Sagrada Tradição, mas também pelo
Sagrado Magistério da Igreja.
- A Igreja é a fiel depositária dos tesouros de Deus da Sã Doutrina de Cristo. 2
Tm 1,13-14.

3 - Apresentação do Ensino
a) Tema: O SAGRADO MAGISTÉRIO DE IGREJA
b) Itens:
b.1) O Sagrado Magistério da Igreja
b.2) Os Documentos do Sagrado Magistério
b.3) As funções do Sagrado Magistério
b.4) Os tipos de Magistério da Igreja

II - DESENVOLVIMENTO

1 - O SAGRADO MAGISTÉRIO DA IGREJA

- A Tradição e o Magistério da Igreja são inseparáveis – Porque o Magistério


não é coisa do que a Tradição posta em prática.
- Jesus encarregou a seus discípulos de ensinar as verdades reveladas
ate o fim do mundo.
- O Magistério atual da Igreja é o último porta-voz a quem chegou a
Tradição da verdade revelada.

2 - OS DOCUMENTOS DO SAGRADO MAGISTÉRIO

- Os documentos da Tradição são obras das gerações passadas nas quais se


expressa a Fé da Igreja.

- Esses documentos podem ser: Coisas e escritos e instituições.


- Coisas (Pinturas, esculturas, vasos sagrados, ornamentos);
- Escritos (atas de concílios, livros litúrgicos, obras de Padres e
Teólogos);
- Instituição (leis, ritos, festas religiosas)
- Estes documentos podem ser distinguidos em primários e secundários.
a) Documentos primários:

- 1 - As definições solenes dos Concílios ecumênicos e dos sumos


pontífices.
- Onde a Fé da Igreja em determinada verdade se afirma de maneira clara e
definitiva.
- Divindade de Cristo, Concilio de Nicea (325).
- Maternidade divina de Maria, Concílio de Éfeso (431);
- Infalibilidade do Papa, Concílio Vaticano I (1870);
- Assunção da Virgem Maria ao Céu (1 de novembro de 1950).

- 2- Os ‘Símbolos da Fé’
- Breves sínteses das principais verdades reveladas, aprovadas pela
Igreja e recitados pelos fiéis em público ou privadamente.
- O Símbolos dos Apostólos e o Símbolo Atanasiano que se reza no
breviario;
- O Símbolo Niceno-Constantinopolitano que se reza na Missa são as
três mais importantes.
- 3 – As profissões de Fé
- Imposta pela Igreja aos fiéis como reação a determinados erros.
- A profissão de Fé Tridentina de Pio IV em 1584.
- 4 – Atas do Magistério ordinário
- Encíclicas, alocuções, cartas, bulas pontifícias, decretos, escritos dos
bispos etc.

b) Documentos Secundários:

- a) Os Escritos dos Pais da Igreja:

- Foram eles que desenvolveram a vida da Igreja em seus primeiros


anos.
- Para serem considerados Pais da Igreja devem ter estas
características: antiguidade, santidade de vida, doutrina ortodoxa e
aprovação eclesiástica.
- Para que um argumento patrístico se considere de Tradição-Apostólica deve
possuir as seguintes particularidades:

- b) Unanimidade de pensamento em matéria de Fé e moral:


- Objeto da Tradição da Igreja Católica
- Apresentação dos ensinamentos como revelados e não como
opiniões particulares.
- Aprovação da Igreja.
- b) As proposições em consenso dos Teólogos.
- São os que sob a direção do Magistério estudam as verdades
reveladas e difundem seu conhecimento.
- Esta conjunção do pensamento dos Teológos e o Magistério da
Igreja foi ratificada por Pio XII na “Humani Generis”.
- Passada a época patrística os teólogos ocuparam o posto dos
“pais” onde uma autoridade muito particular entre eles é santo
Tomás de Aquino.
 Os Apóstolos de Jesus Cristo ordenaram Bispos, seus legítimos sucessores
para que a Igreja cumprisse a missão que o Mestre lhes confiou: guardar o
precioso depósito da fé e ensinar a Sã Doutrina da salvação a todos os
povos.
 Eles compõem o Colégio dos Apóstolos que tem por cabeça o Papa
(Sucessor de Pedro), que tem a missão de ensinar em continuidade a
doutrina dos apóstolos na qual a Igreja persevera. At 2,42
- “Para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na
Igreja, os apóstolos deixaram como sucessores os bispos, a eles
'transmitindo seu próprio encargo de Magistério." Com efeito, "a
pregação apostólica, que é expressa de modo especial nos livros
inspirados, devia conservar-se por uma sucessão contínua até a
consumação dos tempos”. CIC 77
- “O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que
recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando
uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé,
propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com
estas têm uma conexão necessária”. CIC 88
- “O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou
transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja
autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo", isto é, foi confiado
aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma”.
CIC 85
- “Todavia, tal Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas a
serviço dela, não ensinando senão o que foi transmitido, no sentido de
que, por mandato divino, com a assistência do Espírito Santo,
piamente ausculta aquela palavra, santamente a guarda e fielmente a
expõe, e deste único depósito de fé tira o que nos propõe para ser
crido como divinamente revelado”. CIC 86.

3 - AS FUNÇÕES DO SAGRADO MAIGISTÉRIO

- A Função do Sagrado Magistério:


- Discernir e ensinar o caminho do Senhor para a Igreja;
- Interpretar autenticamente a palavra de Deus e evitar desvios e
subjetividades
- Definir doutrina à luz da autoridade dada por Cristo aos Sagrados
Pastores
- Dirimir dúvidas pastorais e de fé
- Exortar acerca da ação pastoral.

- “A missão do Magistério está  ligada ao caráter definitivo da Aliança


instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve protegê-lo dos
desvios e dos afrouxamentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de
professar sem erro a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está,
assim, ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na
verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores
do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício
deste carisma pode assumir várias modalidades” CIC 890.
4 - OS DOIS TIPOS DE MAGISTÉRIO DA IGREJA

a) Ordinário:
- Exercido continuamente pelos bispos em colegiado ou pelo Papa
através de Documentos de diversos tipos. Deve ser reverenciado e
posto em prática pelos fieis.
- O Magistério torna-se infalível quando o Colégio Episcopal e o Papa
concordarem e emitirem sentença definitiva sobre fé e moral aplicável
a toda a Igreja.
b) Extraordinário:
- Exercido somente em situações pontuais e necessárias pelo Papa ou
por todo o episcopado reunido em torno do Papa, num Concílio
Ecumênico. Tem o caráter de infalibilidade. (cf. LG. 25).

c) Tipos de Documentos do Magistério Ordinário.


- Encíclica – Ensino por carta circular dirigida a toda a Igreja, acerca de
um assunto social relevante para os católicos.
- Ex: Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, acerca da postura
social da Igreja; Fides et Ratio, do Papa João Paulo II; Deus
Caritas Est, do Papa Bento XVI.

- Exortação Apostólica – Geralmente emitida após um Sínodo dos


Bispos (reunião de reflexão), com o intuito de exortar a ação pastoral
de toda a Igreja ou de uma parcela dela.
- Ex.: Evangelli Nuntiandi, do Papa Paulo VI, Verbum Domini, do
Papa Bento XVI.
- Bula Papal ou Constituição Apostólica – Nome dado a uma
constituição apostólica relativa a assuntos novos e solenemente
importantes: criação de uma diocese, definição de um Dogma.
- Ex.: Bula Munificentissimus Deus, 1950, por meio do qual Pio
XII definiu o Dogma da Assunção de Maria.
- Breve Papal – documento curto e não solene, trata de questões
privadas como a autorização para uso de oratório doméstico com a
Eucaristia, autorização para vender bens da Igreja, dispensa de
irregularidades de direito canônico.
- Documentos Sinodais – Sejam de Conselhos Episcopais
Continentais.
- Ex.: CELAM – Conselho Episcopal Latino-americano) ou de
Conferências Episcopais Nacionais (CNBB).

d) Tipos de Documentos do Magistério Extraordinário:


- Decreto – propõe caminhos, modos, emite princípios, mostra pontos
principais.
- Ex: Decreto Ad Gentes (Sobre a atividade missionária da Igreja);
Decreto Apostolicam Actuositatem (sobre o apostolado dos
leigos).
- Constituição – Forma jurídica com o fim de propor verdades,
disciplinas, doutrinas novas. Exprime relacionamentos da Igreja com o
mundo e as pessoas.
- Pode ser Dogmática quando propõe verdades de fé e doutrinas
novas:
 Ex: Lumen Gentium, Dei Verbum ou
- Pode ser Pastoral quando propõe disciplinas pastorais:
 Ex: Gaudium et Spes sobre a Igreja no mundo de hoje.
- Declaração – emite um juízo certo sobre determinado problema.
- Ex: Declaração Dignitatis Humanae que emite juízo sobre a
Liberdade Religiosa; Declaração Nostra Aetate, sobre as
relações da Igreja com as Religiões não-cristãs.

III - CONCLUSÃO
1 - RESUMO
a) Recapitulação
a.1) O Sagrado Magistério da Igreja
a.2) Os Documentos do Sagrado Magistério
a.3) As funções do Sagrado Magistério
a.4) Os tipos de Magistério

b) Avaliação (Sanar Dúvidas):

c) Fecho (Fixar - Síntese):

- Todo esse depósito de fé está à nossa disposição para:


- Nos edificar interiormente e nos dar a razão da nossa fé e esperança;
- Nos capacitar para o mais arrojado apostolado com audácia apostólica
e combatividade profética.
- Fundamentar aquilo que ensinamos às nossas ovelhas.
- Para ser o nosso balizador, ou seja, para ser o nosso “norte”, o nosso
padrão de ensino.

2 - CHAMAR À AÇÃO

- O Sagrado Magistério da Igreja constitui uma inesgotável fonte de graça e


de Revelação juntamente com a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição
em pé de igualdade.
- “A lei de Deus confiada à Igreja é ensinada aos fiéis como caminho de vida e
verdade. Os fiéis têm, portanto, o direito de ser instruídos nos preceitos
divinos salvíficos que purificam o juízo e, com a graça, curam a razão humana
ferida. Têm o dever de observar as constituições e os decretos promulgados
pela legitima autoridade da Igreja. Mesmo que sejam disciplinares, tais
determinações exigem a docilidade na caridade. CIC 2037.

3 - ORAÇÃO FINAL

 Amém. Muito obrigado. Deus abençoe!

Tarcísio Augusto, RCC/BRASIL


Núcleo Nacional do Ministério de Pregação

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