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Este crime se encontra no art.283 do código penal brasileiro, onde começa seu
texto com a palavra inculcar utilizado no sentido de indicar, apregoar, recomendar meio
secreto ou infalível para cura de determinada doença e, anunciar é fazer propaganda da
cura, esta que pode não ter tratamento próprio, e se tiver o agente propõe por meio
alternativo. O meio poder ser por remédio secreto ou qualquer outro método infalível
mesmo não sendo consistente em drogas. O crime pode ser cometido por profissionais
ligados a área da saúde, ou pessoas que são estranhas, como por exemplo, os camelos.
Tal delito se consuma com a inculpação ou anuncio da cura por meio secreto ou
infalível, agente cria, efetiva e concretamente, uma situação de risco a saúde publica.
Admitindo-se na modalidade tentada e dolosa, mas não permite a forma culposa.
A pena para quem comete este tipo de infração e de detenção, de três meses a
um ano, e multa, aplicam-se ainda as majorantes do art.258 do código penal, nos termos
do art.285 do mesmo diploma. Sendo possível a proposta de sursis.
Nas disposições de Greco “a pratica grosseira de cura por quem não possui
nenhum conhecimento de medicina. Não se confunde com religião porque quem, sob
color de ato litúrgico se propõe a tratar misticamente da saúde alheia usando gestos,
palavras ou outros meios” não podendo se confundir isso com fé religiosa.
Tal crime tem como sujeito ativo qualquer pessoa, e sujeito passivo a
coletividade. Seu bem juridicamente tutelado e a incolumidade pública, com objeto
material toda substancia prescrita, gestos, palavras ou qualquer meio empregado, como
também o diagnostico.
Além disso, não admite a modalidade culposa, porém pode haver tentativa,
apesar de que seu principal elemento subjetivo é o dolo, com sua consumação ocorre de
forma habitual pelos comportamentos citados no artigo. Tendo como ação penal a
publica incondicionada e a pena de detenção, de seis meses a dois anos..
SETEMBRO/2010.
BIBLIOGRAFIA