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CADERNOS EBAP
MARÇO DE 1993
SOBRE A INTUIÇÃO NA
.-
TOMADA DE DECISÃO
...
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CADERNOS E B A P
Administração Pública.
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
DIRETOR DA EBAP
Valéria de Souza
EDITOR RESPONSAVEL
COMITÊ EDITORIAL
EDITORAÇÃO:
1
Grupo Editorial da EBAP
Correspondência:
CADERNOS EBAP
Praia de Botafogo, 190, sala 508
Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
CEP 22.253-900
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Prezado Leitor,
A Editora
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Pág.
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
7 - A INTUIÇÃO . . . .. . . . . . .. .. . . . . .. ... .. . . .. . . . . . .. .. .. . . 27
NOTAS DE RODAPE 44
SOBRE A INTUIÇAo NA TOMADA DE DECISAo·
IN'l'RODUçAo
Em artigo anterior! foi dito que intuição --é aquilo que produz o
conhecimento intuitivo, que tem sua origem na consciincia vital,
segundo o sentido filosófico e o da psicologia transpessoal, ou
no inconsciente individual e coletivo, segundo o sentido
, jungiano. Ela independe de tempo-espaço, é sintética, nao
necessita de explicações ou de provas, nem apresenta relações de
causa e efeito. Permite o acesso ao conhecimento de forma
imediata, sem análises ou mediações e transcende a razao, aqui
entendida como aquilo que produz o conhecimento racional, que se
origina dos sentidos e do intelecto. Razão e intuição estão
presentes na tomada de decisÃo. ~ambém foi dito que há graus de
intuição, como o palpite, a inspiração, o pressentimento, o
insight, a premonição, a profecia, a revelação. Qualquer um deles
pode ter o tomador de decisão.
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2.
6.
2. A TOMADA DE DECISAo
J
Segundo Bohn, o que nós, no~almente, vemos, é a ordem explicada
da realidade. Como vemos as cenas desenroladas no palco de um
teatro. No entanto, essa ordem explicada emerge de uma ordem
implicada. Como tudo o que acontece nos bastidores. Assim como o
que aí ocorre precisa do palco para apresentar-se, a ordem
implicada nao funciona sem a explicada. Elas estio, portanto,
conectadas. Mas não é uma conexão estática ou parcial; ao invés,
é dinâmica e global, daí Bohn designá-la como holomovimento,
movimento total. Segundo Renée Weber, professora de filosofia em
Rutgers e editora-consultora nno ReVision Journal, comumente
pensa-se que a ordem explicada é que é real e que a implicada,
sutil, não tem importância. Diz Weber: é exatamente o inverso. 17
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implicada já fragmentada em unidades separadas, embora
interagentes. Como a sombra de Platão ou o conceito .aya da
filosofia oriental, a ordem explicada aparece aos seres humanos
como se fosse a realidade, quando é, apenas, sua manifestação.
Ela engana, como as lâmpadas de um anúncio que apagam e acendem,
dando a impressão de movimento e fluxo. "Aparências, nada mais",
como diria o poetai dai, a interpretação de Weber, mencionada.
.-
16.
4. HOLOGRAMA
- -
"( ... ) você nao apenas pode ter essa pecepçao global dele
desassociada de qualquer imagem, memória, emoção ou
pensamento particulares a respeito dele, como também que seu
'sentido percebido' inclui efetivamente todas as maneiras
pelas quais você o vivenciou ou interagiu com ele. Esse
sentido percebido assemelha-se a um registro holográfico de
todos os aspectos do seu relacionamento com ele. Todas as
suas alegrias, dores, desapontamentos, estimas, raivas
tudo sobre a sua total experiência com ele se acha
holograficamente comprimido nesse único sentido percebido.
Este é indistinto devido ao fato de incluir tudo isso
implicitamente. Esse caráter implícito nao é focal ou
nitidamente definido, mas sempre funciona corno um pano de
fundo global. Quando ( ... ) prestamos atenção a um sentido
percebido, implícito, estamos usando um tipo de atenção que
opera por varredura e que nao escolhe objetos focais
específicos um de cada vez. Esse tipo global de atenção
difusa permite-nos perceber de repente urna mancha
holográfica indistinta, sem impor sobre ela urna grade,
18.
Por seu turno, Ken Wilber 23 afirma que o universo nao é bem um
holograma, mas uma hierarquia, onde cada nível de consciência é
um tipo de holoarquia. Para Wilber, bioquímico, editor-chefe do
Revision Journal e autor de vários livros, tudo no universo
interage por meio de associações kármicas e de herança kármica. O
mundo é uma série de eventos inter-relacionados e
interpenetrantes, como o holograma, mas essa interconexidade não
significa que tudo se articula igualmente com tudo, como pessoas
apressadas podem supor. A interação nao o é de maneira
equivalente, porque não há equivalências entre níveis. E
exemplifica: "meu cao e eu podemos interagir no nível da
percepção sensório-motora,mas não no nível da mente simbólica,
quer dizer, não discutimos Shakespeare".
6. A MENTE
o precedente.
Mas a mente pode olhar nao só para si própria, como também para o
espírito e para a matéria. Quando a mente olha para a matéria, o
seu modo de conhecer é empírico-analítico; é técnico. Quando ela
olha para outra mente, seu modo de conhecer é hermenêutico,
fenomenológico, histórico; ela trabalha com interpretações e
significados simbólicos. Quando a mente olha para o espírito,
quando ela tenta raciocinar sobre o absoluto, seu modo de
conhecer é paradoxal, dialético, mandálico. Como afirma Wilber 3l ,
"a razao gera afirmações paradoxais, quando tenta apreender o
absoluto". A não-dualidade, a unicidade, se lhe apresenta como
dois opostos, mas ela perceberá que cada um deles é o princípio
do movimento do outro. Por isso são idênticos.
7. A INTUIÇÃO
"Na noite que antecedeu o dia em que meu sogro morreu, eu sonhei
que ele tinha morrido. Se é intuição ou percepção eu não sei o
que é. Só que eu sonhei que ele tinha morrido e acordei
espantado" .
Disse, atipicamente
em relação ao grupo de gestores
entrevistados, um deles: "a intuição não precisa da experiência.
A intuição percebe, contrariando, inclusive, a lógica da pessoa.
Eu acho que a coisa é mais profunda."
-
gente determina que é um processo de expansao da aura. ( ... )
assim como nós temos contato com qualquer parte do universo, a
nossa energia também tem. Então, por um processo mental você
amplia a sua energia, a sua aura e você entra em contato com
outras partes do universo, outras partes de um momento que você
quiser ( ... ) você recebe osef~~~~ó~)mentais que vão determinar,
então, em nivel concreto no teu hemisfério esquerdo um
pensamento". A esses eflúvios mentais, um outro entrevistado,
gestor, chamou de "processo de influenciação de ser para ser, que
depende de faixas de vibração."
resultados
esperados? Perguntados sobre isso, 2% dos gestores confessaram
nao saber dizer, 23% afirmaram que sim, pelo menos com eles foi
assim, 26% disseram que nem sempre e os outros nao se
36.
Exercicios
.
respiratórios também sao úteis, como o é a opçao
. por
alimentos leves.
PARA ~JIR
x
43.
NOTAS DE RODAP!
45.
CURRICULUM VITAE
FORMAÇÃO
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
TRABALHOS PUBLICADOS
j
25. ANALISE DA ESTRUTURA FORMAL DAS ORGANIZAÇÕES:
CONSIDERAÇÕES PRATICAS - 1983
Armando Bergamini de Abreu
•
. 32. FAMERJ VERSUS BNH: UM ESTUDO DE CASO SOBRE MOVIMENTOS
SOCIAIS URBANOS - 1985
Araci Machado
Silvia Porto
Sylvia Constant Vergara
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N.Cham. PIEBAP CE 62
Autor: Vergara, Sylvia Constant.
Título: Sobre a intuição na tomada de decisão.