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Medições elétricas
PORTUGUÊS
Este livro didático visa apresentar diferentes instrumentos de medição de tensão, corrente e
resistência, os princípios físicos sob os quais eles funcionam e os procedimentos para
realizar medições.
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Como usar este livro didático
Este livro didático mostra os diferentes instrumentos usados para medir tensão, corrente e
resistência.
Neste livro didático, o aluno poderá encontrar uma explicação detalhada dos instrumentos e
procedimentos de medição, bem como as atividades planejadas para reforçar a compreensão dos
diferentes tópicos.
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Como usar este livro didático 4 / 189
Este livro didático possui pequenos símbolos que são repetidos em cada capítulo e
constituem uma forma de organizar as informações para tornar a leitura mais fácil e mais
dinâmica. Estes símbolos são chamados ícones.
Abaixo são apresentadas descrições de como se usa cada ícone (isto é, quando e onde eles podem
aparecer):
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Medições elétricas
1
Introdução às
medições elétricas
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1. Introdução às medições elétricas 6 / 189
O termo instrumento de medição refere-se também às partes de um dispositivo que forem decisivas para
as propriedades de medição (amplificador de medição, transformador de corrente, padrões, etc).
Os componentes restantes de um dispositivo de medição que não forem decisivos para as propriedades
de medição, tais como fonte de alimentação, elementos de ajuste, amplificadores de valor zero,
condutores de ligação, etc. são denominados conjuntos auxiliares (acessórios).
Os componentes de um dispositivo de medição que podem ser diferenciados por sua função (detectores,
elementos de transformação, elementos de fabricação, emissores) nem sempre são partes separadas do
aparelho.
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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 7 / 189
Nestas medições, o valor de qualquer medição Nestas medições, poderão ser apresentados
pode ser continuamente representado e valores de medição discretos de forma
registrado dentro da margem esperada. separada e descontínua com uma sutil
Portanto, o sinal da medição pode assumir graduação. O valor da medição é encontrado
qualquer valor dentro da margem de sinais, pela soma da valores parciais e é exibido por
correspondendo à margem de medição. displays ou por impressoras. Como a maioria
das medições pode variar continuamente,
primeiro elas devem ser quantificadas, isto é,
divididas em etapas às quais tiver sido atribuído
um sinal de medição discreto.
A exatidão dos métodos de medição digital A principal vantagem dos métodos de medição
depende totalmente do grau de digital é a possibilidade do armazenamento de
aprimoramento das escalas de quantificação, sinais de medição quantificados e de seu
sendo que medições mais precisas podem ser processamento sem causar erros adicionais.
obtidas com aparelhos mais dispendiosos.
Um valor de medição determinado por um instrumento de medição não está livre de erros.
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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 8 / 189
De acordo com as normas VDE 0410 (cuja Para estas normas VDE 0414, foram
validade não se aplica a dispositivos estabelecidos os sinais de classe K1 0,1, K1
eletrônicos), poderá ser fornecido um sinal de 0,2, K1 0,5, K1 1 e K1 3 para transformadores
classe para indicação e registro de sistemas de instrumento; para transformadores de
de medição elétrica emissores de contato ou corrente de grande escala, é incluída a
uma parte deles, desde que os erros relativos designação adicional G.
e as influências em condições de teste
predeterminadas permaneçam dentro de
certos limites.
•Instrumentos de painel: 1, 1,5, 2,5, e 5.
•Instrumentos de medição de precisão: 0,1,
0,2 e 0,5.
•Resistências substituíveis em série e em
paralelo: 0,05, 0,1, 0,2 e 0,5 (sua classe deve
ser melhor que a do instrumento
correspondente).
Estes números fixam os limites que o erro de
leitura relativo não deve ultrapassar dentro da
margem de medição.
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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 9 / 189
A escala de um instrumento pode ser projetada para a margem de medição, ao Passo que o sistema é
dimensionado e ajustado de acordo com a margem de sinalização predeterminada pelo circuito
externo.
Limiar de medição ou valor de resposta Variação da medição que causa – por reprodução –
mínima alteração significativa na leitura. Os dados
sobre estes valores geralmente são demasiado
ambíguos na maioria dos casos.
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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 10 / 189
GLOSSÁRIO
Registro: sinônimo de exame, identificação, inserção, etc. Tecnicamente falando, diferentes quantidades
são medidas e, em seguida, anotadas. A ação de anotar medições cronologicamente e em seqüência é
denominada registro. A obtenção destes valores na unidade de tempo resulta em gráficos do
componente medido. Estes gráficos são armazenados para estudos subseqüentes, como análise,
estatística, etc., os quais, por sua vez, serão utilizados mais tarde para tirar as conclusões necessárias.
Representação gráfica: esboço, desenho, traçado. Tecnicamente falando, trata-se da ação de representar
em um gráfico os valores medidos. Por exemplo, os valores da tensão de linha são obtidos em
diferentes horas do dia durante um mês e, em seguida, - representados em papel – é possível ver o
gráfico que ilustra o comportamento do sinal com todas as suas variantes. Isto faz com estes gráficos
sejam salvos ou armazenados para a tomada de conclusões no futuro, de forma comparativa.
Capacidade: espaço disponível, suficiência, ter o espaço e a maneira adequados para receber as
informações enviadas sem nenhuma dificuldade. Ou seja, ser capaz de armazenar os valores e depois
localizá-los facilmente para trabalho no futuro.
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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 11 / 189
ATIVIDADE
Foram apresentados os conceitos gerais a respeito dos instrumentos
de medição.
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1. Introdução às medições elétricas 12 / 189
NOTA
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1. Introdução às medições elétricas Sistemas de unidades 13 / 189
Sendo:
F: Força
Q: Carga elétrica
m: Intensidade do campo magnético
r: Distância que separa as cargas ou dipolos magnéticos
Coloque as seguintes
unidades nos quadros
correspondentes. m, kgf, s, cm, kg, A, cd, K, g, kp
1 Sistema Internacional
3 Sistema Físico
ATIVIDADE
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1. Introdução às medições elétricas Sistemas de unidades 14 / 189
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1. Introdução às medições elétricas 15 / 189
Quando houver uma descarga elétrica em um gás, em princípio, as moléculas ionizadas existentes
são aceleradas pelo efeito do campo elétrico.
À medida que aumenta a pressão do gás, são O cátodo é coberto por uma fina película luminosa.
produzidas descargas em arco (descargas de No próximo espaço escuro, é produzida uma
ponta e descargas disruptivas); quando a luminescência negativa com um contorno bem
pressão é reduzida (em alguns Torrs), é definido; em seguida, segue-se outro espaço
originada uma descarga cintilante, exibindo, escuro com uma área de transição difusa.
assim, um fenômeno de luminescência em A coluna positiva, que ocupa o espaço restante até
camadas. o ânodo, pode ser contínua ou ser formada por
Dependendo da disposição destas camadas e camadas, dependendo da pressão do gás, da
mantendo-se constante a pressão do gás, será tensão e do comprimento do percurso da descarga.
possível inferir a polaridade e a magnitude As cores exibidas pela luz são determinadas pelo
aproximada da intensidade da tensão e da tipo de gás em questão.
corrente existentes.
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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 16 / 189
NOTA
O trabalho dos contadores tubulares baseia-se no efeito ionizante das radiações, com energia
considerável sobre as moléculas de gás.
A tensão da descarga elétrica entre dois eletrodos depende da forma destes eletrodos e da distância
entre eles, bem como do tipo dielétrico e estado de ionização.
EXEMPLO
Esta relação de tensões é usada, por exemplo, em distâncias entre esferas para medir altas tensões.
Tensão da descarga elétrica em distâncias entre esferas no ar, de acordo com a norma VDE parte 2/8.
Fenômenos eletrolíticos
Quando uma corrente elétrica atravessa líquidos condutivos, há uma troca de íons. Os fenômenos
eletrolíticos podem ser usados para determinar a polaridade de correntes contínuas.
Efeito Joule
A calor produzido pela corrente elétrica em um No caso de amperímetros térmicos e
condutor depende de sua resistência, intensidade bimetálicos, a expansão do material condutivo é
da corrente e das condições de resfriamento. Em usada para medir a intensidade da corrente. Os
conversores termoelétricos de alta freqüência, a elementos bimetálicos são compostos de duas
tensão de um termopar aquecido pelo condutor tiras metálicas firmemente unidas, com
principal é diretamente proporcional à intensidade diferentes coeficientes de expansão térmica.
da corrente que atravessa o condutor. Quando aquecido, o elemento curva-se na
direção do lado metálico com menor coeficiente
de expansão.
Relação resistência-temperatura
Há termistores com coeficientes de temperatura negativos; ou seja, sua resistência diminui à medida que
aumenta a temperatura e termistores com coeficientes de temperatura positivos, cuja resistência
aumenta à medida que a temperatura também sobe.
Termoeletricidade
No ponto de contato de dois metais diferentes, há um fluxo de elétrons que cria um campo
elétrico entre os dois metais, pois o trabalho de emissão de elétrons é diferente em cada metal.
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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 18 / 189
Efeito fotoelétrico
Alguns metais e semicondutores emitem elétrons quando absorvem a luz. Os quanta de luz incidentes
devem ter uma quantidade mínima de energia equivalente ao trabalho de emissão de elétrons; a
freqüência de radiação não deve ser inferior a um determinado valor.
Os elementos fotoelétricos possuem uma composição similar aos retificadores metálicos. Na área de
ligação limítrofe entre o metal de transporte (ferro, por exemplo) e a camada aplicada por vaporização
(por exemplo, feita de selênio), os elétrons são enriquecidos pela incidência de luz, gerando uma tensão
de centenas de milivolts.
Em células fotoelétricas, seja a vácuo ou preenchidas com gases nobres e geralmente equipadas com
um Cátodo Cs ou Cd, é exigida tensão suplementar para deslocar os elétrons emitidos do cátodo até o
ânodo.
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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 19 / 189
Em células de germânio e silício, o efeito fotoelétrico depende da direção; é por isso que estas células
também são chamadas fotodiodos aperfeiçoados, nas quais, ao mesmo tempo, a fotocorrente elétrica
pode ser amplificada.
Piezoeletricidade
Quando uma força F (tensão mecânica ou força de tração) é aplicada à superfície A de um prisma de
quartzo quadrangular, na direção do eixo elétrico (linha de interseção de um plano perpendicular ao eixo
elétrico e outro plano perpendicular ao eixo óptico), é gerada uma carga elétrica, Q, em dois eletrodos da
superfície, S, dispostos perpendicularmente ao eixo elétrico.
NOTA
Q=k. F.S
A
O efeito piezoelétrico pode ser invertido pela
aplicação de tensão aos eletrodos: o quartzo é
contraído ou expandido, dependendo do sinal da
carga elétrica.
Efeitos galvanométricos
Efeito Hall
Quando uma corrente elétrica atravessa na direção do comprimento uma chapa metálica condutora ou
semicondutora, disposta perpendicularmente às linhas de força de um campo magnético, é gerada uma
diferença de potencial entre os lados da chapa, denominada tensão Hall.
d I= Corrente
B= Indução magnética
d= Espessura da chapa
I UH= Tensão Hall
B
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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 20 / 189
Esta variação de densidade dura até que a força exercida pelo campo magnético criado nos elétrons
fique igual à força desenvolvida pelo campo magnético na direção oposta.
A constante Hall RH depende do material. Por exemplo, no caso de antimonieto de índio (Em Sb) a 20°C,
ela é equivalente a 240 cm3/As e no caso de arsenieto de índio (Em As), é equivalente a 120 cm3/As.
EXEMPLO
RB/R0 D
15
As chapas de campo de antimonieto de índio
podem ser fabricadas com incrustações de
P
antimonieto de níquel, com determinada
orientação e considerável condutividade elétrica,
10 que, após serem introduzidas em um campo
L
T magnético de 10 kG, sua resistência é
M aumentada até um valor dez vezes maior que a
resistência básica R0.
5
Relação das resistências, RB/R0, dependendo da
indução magnética, B, para chapas de campo de
diferentes tipos
-10 -5 0 5 10 kG
Indução magnética B
A condição para as variações da resistência acima mencionada é que o campo magnético aja
perpendicularmente à direção do fluxo da corrente. Quando a indução magnética é desviada daquela
direção, a inclinação da curva característica é reduzida.
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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 21 / 189
Efeito Gauss
Magnetostrição
A estrutura de grade do material é deformada, resultando em uma tensão mecânica interna. Esta tensão
mecânica gera mudanças no comprimento e volume; por exemplo, o ferro se expande e o níquel se
contrai. O ponto de transição dos valores negativo para positivo, isto é, o ponto de magnetostrição nula,
corresponde à liberação completa de tensão mecânica e, por conseqüência, os valores máximos de
permeabilidade.
Efeito magnetoelástico
A tensão mecânica produz variações de magnetização (direções preferenciais).
Este defeito foi descoberto há cerca de 100 anos, quando observou-se que a agulha de uma bússola
acima de uma sonda metálica muda sua posição quando é aplicada uma carga mecânica à sonda.
Cientistas estudaram a relação entre a tensão mecânica e as mudanças na derivação magnética
metálica e criaram os métodos para localizar as linhas de concentração da tensão mecânica.
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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 22 / 189
Forças eletromagnéticas
De acordo com a lei fundamental da eletrodinâmica, quando há movimento relativo entre cargas elétricas
ou polos magnéticos, há forças que dependem da intensidade e da direção do campo magnético e da
quantidade de carga, além da velocidade e direção do movimento.
Um condutor através do qual flua uma corrente elétrica está sujeito – em um campo magnético – a
uma força proporcional à intensidade da corrente e ao campo magnético. A operação de instrumentos
de medição eletrodinâmicos e de bobina móvel baseia-se neste fenômeno.
Da mesma forma, quando um condutor é movido em um campo magnético, uma corrente é induzida,
que pode ser usada na técnica de medição, por exemplo, com a ajuda de emissores de velocidade de
rotação.
Uma corrente elétrica gera um campo magnético circundante. Em uma bobina enrolada na mesma
direção, as intensidades de campo são adicionadas para cima das diferentes voltas. Quando são
introduzidas peças de ferro doce em um campo da bobina, elas sofrem um processo de magnetização
proporcional à intensidade da corrente. Uma peça de ferro móvel é atraída para dentro da bobina na
direção da maior intensidade de campo, ao Passo que diversas peças de ferro magnetizadas na mesma
direção repelem umas às outras.
Quando um ímã permanente móvel é introduzido em um campo magnético externo, ele sempre será
orientado na direção das linhas de força. No galvanômetro de tangente, usado para medições do
magnetismo terrestre, uma agulha magnética aponta para a direção do campo, resultado no campo
magnético terrestre sobrepondo o campo da bobina.
NOTA
Conhecendo-se a intensidade da corrente que atravessa a bobina e o número de voltas, será possível
calcular a intensidade do campo magnético da Terra. Voltímetros e amperímetros com ímã móvel
funcionam sob o mesmo princípio, porém são providos de uma blindagem contra campos magnéticos
estranhos, além de um dispositivo mecânico de substituição para o sistema móvel.
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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 23 / 189
ATIVIDADE
Este capítulo apresentou os diferentes efeitos físicos sobre os quais
baseiam-se os aparelhos elétricos para a realização de um
procedimento de medição.
VERDADEIRO FALSO
3 Todo condutor pelo qual passa uma corrente elétrica fica sujeito a
um campo magnético.
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1. Introdução às medições elétricas 24 / 189
Antes de escolher o aparelho de medição e determinar os circuitos, deverá ser feito um cálculo
aproximado da exatidão de medição exigida ou possível.
Não é aconselhável exigir desnecessariamente excesso de exatidão de medição, pois quanto maior
for a exatidão exigida, maiores serão os gastos decorrentes do aparelho e sua manutenção.
Em muitas medições de serviço, é suficiente usar aparelhos de medição com limites de erro entre 1
e 5%. Estes aparelhos geralmente são tão sensíveis a condições adversas de tratamento e
ambientais quanto os dispositivos de precisão. No entanto, para alguns testes de campo e medições
em laboratório, além de alguns casos de manutenção, são necessários procedimentos e aparelhos
mais precisos, principalmente quando os valores medidos precisarem ser explicados posteriormente
e tiverem uma influência significativa sobre os resultados.
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1. Introdução às medições elétricas Métodos de medição 25 / 189
A lista de verificação abaixo deve ser observada ao serem realizadas medições precisas com
instrumentos de precisão:
O aparelho deve ser colocado em uma posição quase horizontal, de forma a não ficar
1 exposto a movimentos.
O ponteiro deve indicar zero na escala quando não passar uma corrente pelo aparelho
3 de medição. Se isto não acontecer, a indicação deverá ser corrigida pelo ajuste do
dispositivo em uso.
Durante o procedimento de medição, o vidro da escala não deve ser limpo, pois poderá
4 ser carregado com energia estática e influenciar a leitura. As cargas eletrostáticas
podem ser eliminadas pela aplicação de vapor ao vidro.
Assinale a opção correta. Quando a exatidão exigida em uma medição deve ser
1 definida?
Antes da medição
Após a medição
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medições elétricas
2
Medição da
Intensidade da
Tensão e da
Corrente
Este capítulo descreve os
diferentes instrumentos 27
2.1 Amperímetros e Voltímetros
usados para medir a
tensão e a corrente. 2.2 Galvanômetros 33
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente 27 / 189
V A
Símbolo geral de Símbolo geral de amperímetro
voltímetro
Para medir simultaneamente a intensidade da tensão e da corrente, poderão ser usados os circuitos A e
B, que estão representados nas figuras abaixo. Estes circuitos podem ser utilizados também para
conectar os circuitos do amperímetro e do voltímetro de um wattímetro.
I=I1+I2 v
V U R V UU=U1+U2 U1 R
U2
II I2 I1 I
A A
Circuito A Circuito B
Nas medições da tensão, nas quais devem ser levados em conta os erros atribuíveis ao circuito, é
preferível usar o circuito A, pois a resistência interna dos voltímetro geralmente é conhecida e está sujeita
a muito menos variações que a resistência do amperímetro.
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 28 / 189
São usados amperímetros para corrente alternada e voltímetros para conexão direta – dependendo do
tamanho do invólucro - somente para correntes de intensidade e tensão limitadas.
•Quando aplicados a correntes de intensidade excessiva, eles ficariam sujeitos a demasiado calor, a
conexão demonstraria ser muito difícil e a posição das linhas de conexão afetaria a leitura.
•Quando aplicados a uma tensão excessiva, seria gerada uma corrente de fuga inadmissível.
Por esta razão, nestes casos, é habitual usar instrumentos especialmente fornecidos para sua conexão
através de transformadores.
A V
A figura abaixo mostra as conexões e circuitos internos. Em ambos os circuitos, a resistência Rv (feita
de Manganin, que não depende de temperatura) é conectada à fronte da bobina móvel (cuja
resistência Rs depende da temperatura, pois é feita de fio de cobre). A resistência Rv pré-conectada é
muito mais alta que a resistência de Rs.
U
RV = Resistência em série
I Rn RS = Resistência de bobina
móvel
R R Rn = Resistência em paralelo
R S V
S
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 29 / 189
Desta forma, é possível manter o erro atribuível às variações de temperatura dentro dos limites
admissíveis.
•Em amperímetros com a resistência RS~1.8 Ω, há outra resistência RV; portanto, RS + RV é - por
exemplo - equivalente a 6 Ω.
•Em voltímetros, a resistência pré-conectada, RV, geralmente é dimensionada de forma que a resistência
interna total seja equivalente a 1/I, um valor típico de um instrumento de 1000 Ω/V, aproximadamente.
•No caso de aparelho projetado para fins especiais - por exemplo, para medir circuitos de válvula ou
tensões de fase - a resistência acima mencionada apode ser consideravelmente mais alta.
Na figura abaixo, há uma representação dos circuitos internos dos voltímetros e amperímetros de bobina
móvel, providos de retificadores de medição adequados à sua montagem em painéis de comando.
Rn
Conexões de amperímetros e
R R voltímetros de sistema de
V V
medição com bobina móvel e
retificadores
RV = Resistência em série
Rn = Resistência em paralelo
No caso do amperímetro, é necessária uma resistência em série RV para manter o erro em níveis
baixos, devido às mudanças de temperatura e para neutralizar a falta de linearidade da escala,
originada das características quadráticas dos retificadores. Para corrigir isto, é admissível uma perda
de tensão maior.
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 30 / 189
Os instrumentos de mesa providos de bobina móvel e retificadores são, em geral, instrumentos múltiplos.
A figura abaixo mostra o circuito básico em um aparelho deste tipo.
I~ U~
U~
U~
I~
U.I~
Neste tipo de instrumento, é possível também ampliar as margens de medição da corrente elétrica,
por meio de transformadores de corrente externos ou resistências em paralelo e ampliar as margens
de medição da tensão por meio de transformadores de tensão externos ou resistências em série.
Para medir uma corrente contínua de alta intensidade, é usado um método especialmente vantajoso,
com base no efeito Hall.
A figura abaixo representa a disposição de um gerador Hall na ranhura de um núcleo de ferro que
envolve o condutor.
ICONS
T
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 31 / 189
0 80 90 100%
A V
Instrumento de medição de ferro móvel para Instrumento de medição de ferro móvel para corrente
corrente contínua e alternada, usado como contínua e alternada, usado como voltímetro
amperímetro
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 32 / 189
NOTA
Há também uma série de aparelho de precisão equipados com dispositivos de ferro móvel; alguns deles
que têm sido especialmente projetados para medir a intensidade da tensão e da corrente alternada são
consideravelmente sensíveis. Com esta finalidade, sua reduzida dependência da forma da curva
comprova-se muito importante.
Responda às seguintes
Como devem ser as resistências internas de amperímetros
perguntas. 1 e voltímetros? Por quê?
ATIVIDADE
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente 33 / 189
2.2 Galvanômetros
Em casos em que instrumentos de bobina móvel calibrados provem ser insuficientes para medir
intensidade da corrente e tensão muito baixas em corrente contínua e quando não puderem ser
aplicados amplificadores de medição, são usados galvanômetros, pois sua escala não é calibrada,
de acordo com os valores da tensão ou da intensidade da corrente.
Em galvanômetros, são usados sistemas de bobina móvel com uma pequena força restauradora. As
bobinas não são enroladas em carcaças metálicas; na bobina, como conseqüência, somente uma
corrente de indução que amortece as oscilações pode atravessar o circuito externo. Este amortecimento
depende da resistência total do circuito de medição. Com uma determinada resistência externa –
denominada resistência crítica de amortecimento – o ponteiro do galvanômetro atinge a deflexão máxima
sem qualquer sobremodulação (um ajuste periódico). Este tempo é mais ou menos equivalente a 60% do
período de oscilação do sistema não amortecido T0, e em galvanômetros altamente sensíveis, ele pode
ser de 20 segundos ou mais.
Para medir impulsos de corrente e tensão, são usados galvanômetros balísticos, equipados com um
sistema portátil com inércia considerável. Se a duração do impulso de corrente for muito curta, em
comparação com o período de oscilação do sistema, o desvio do ponteiro é proporcional à energia
cinética e, conseqüentemente, à energia do impulso de corrente I.t. O valor da medição é lido no ponto
de retorno do ponteiro.
MANUTENÇÃO
No trabalho com circuitos de medição providos de galvanômetros de alta sensibilidade, é preciso tomar
um cuidado especial para que nenhuma tensão termoelétrica seja gerada na junção de condutores de
material diferente. Esta tensão em diferentes temperaturas pode alterar a medição.
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Galvanômetros 34 / 189
Além dos sistemas de bobina móvel, são usados dispositivos de ímã móvel (galvanômetros de agulha);
eles devem ser cuidadosamente isolados de campos externos (galvanômetros blindados).
Entre os galvanômetros de agulha, destacam-se os galvanômetros de facho de luz ou de espelho, que
são adequados para diferentes aplicações e exibem alta sensibilidade (aumento na ordem fixada).
O princípio físico sobre o qual baseia-se a operação do galvanômetro é que quando uma corrente
elétrica atravessa um condutor situado em a campo magnético, é produzida uma força no condutor.
Esta força é diretamente proporcional à magnitude da corrente elétrica e do campo magnético.
Portanto, se o campo magnético for fixo, a força será proporcional à magnitude da corrente contínua. É
isto que acontece em um galvanômetro.
Ponteiro
Peças polares
Bobina
Galvanômetros têm um ímã permanente que provê fluxo magnético. É provocado um fluxo de corrente
elétrica através de uma bobina instalada em um núcleo metálico, apoiado por um eixo; desta forma, a
bobina e seu núcleo têm a capacidade de girar.
O núcleo é mantido na posição (totalmente à esquerda) por meio de uma mola. Na extremidade do
eixo giratório do núcleo da bobina há um ponteiro, cujo movimento ao longo de uma escala mostrará a
magnitude da variável medida.
• Quando a corrente atravessa a bobina, por estar dentro de um campo magnético, é produzida uma
força que age sobre a mola e muda a posição do ponteiro. Se a corrente for alta, a força será
igualmente considerável, o que mostra um valor significativo da variável em medição.
• Quando nenhuma corrente atravessa o galvanômetro, a mola retém o núcleo, a bobina e o ponteiro à
esquerda (onde a escala normalmente indica o valor 0). Aqui, será considerado que uma corrente de 1
mA gerará uma força que curvará o ponteiro totalmente para a direita; isto é conhecido como escala
plena.
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Galvanômetros 35 / 189
Concluindo...
Galvanômetro é um dispositivo que faz com que um ponteiro se desloque ao longo de uma
escala, onde a amplitude de deslocamento é proporcional à corrente que atravessa o dispositivo.
O deslocamento total do ponteiro será sempre feito na mesma corrente (1 mA), razão pela qual
qualquer variável elétrica a ser medida deve ser convertida e escalonada em uma corrente
contínua naquela faixa.
O galvanômetro é usado…
5
para medir baixas tensões e correntes.
ATIVIDADE para medir altas tensões e correntes.
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente 36 / 189
As três fases devem ser medidas separadamente (intensidade da corrente IR, IS, e IT). Se o sistema for
balanceado, as três fases terão a mesma medição.
M V
3 ~ W
M V
3 ~ W
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Amperímetros de alicate e Medidores de
2. Medição da tensão e da intensidade da corrente painel 37 / 189
Diga se as seguintes
afirmações são verdadeiras VERDADEIRO FALSO
ou falsas.
1 É correto medir a intensidade da
corrente passando os três
condutores pela braçadeira
elétrica.
ATIVIDADE
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Medições elétricas
3
O multímetro
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3. O multímetro 39 / 189
Corrente CA ou CC
Seletor/chave Galvanômetro Escala
à
de função
corrente CC
Tensão CA ou CC
à
corrente CC
Todos os instrumentos de medição elétrica com ponteiros funcionam sob este princípio: eles consistem
em um galvanômetro que permite – pelo movimento do ponteiro – saber a amplitude do sinal ou variável
que estiverem sendo medidos.
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3. O multímetro Multímetro analógico 40 / 189
4 6
2 8
0 10
v
Circuito desmultiplicador
Outra parte principal dos medidores analógicos é o circuito desmultiplicador, que permite obter medições
em diferentes faixas como, por exemplo: 1 volt, 50 volts, 100 volts e 500 volts com o mesmo instrumento.
O circuito desmultiplicador consiste em seletores da resistência que podem medir tensões e correntes de
diferentes faixas de magnitude, em cada caso, mantendo a corrente passando pelo galvanômetro dentro
da mesma faixa.
A principal razão para a existência destes circuitos é que o movimento do ponteiro do galvanômetro na
escala é feito em uma única faixa de correntes, geralmente de 0 a 1mA em escala plena. Portanto, o
circuito desmultiplicador permite a redução de magnitudes, em medições de corrente ou de tensão, até a
faixa de operação do galvanômetro, de 0 a 1mA.
Circuito de retificação
Como o galvanômetro é um dispositivo que funciona em corrente contínua, o circuito de retificação fica
encarregado de converter sinais de corrente e tensão CA em um valor CC equivalente.
O circuito de retificação é composto de diodos – dispositivos semicondutores que possibilitam que uma
corrente elétrica flua somente em uma direção.
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3. O multímetro Multímetro analógico 41 / 189
ATIVIDADE
Com base na explanação acima sobre o multímetro analógico,
realize a seguinte atividade.
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3. O multímetro 42 / 189
Com um multímetro analógico, a corrente deve ser medida em série e, dependendo de seu valor, como
as resistências são conectadas em paralelo com o galvanômetro para que a corrente a ser medida seja
dividida, mantendo o fluxo de corrente de 0 a 1 mA através do galvanômetro.
EXEMPLO
ESCALA
0,5 mA
I= 0,5 mA de CC
ESCALA 100 mA
I= 100 mA de CC
GALVANÔMETRO
O circuito de medição precisará
de uma resistência em paralelo
com o galvanômetro através da
I = 100 mA qual 99 mA possam passar,
pois 1 mA atravessará o
galvanômetro.
V R
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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 43 / 189
ESCALA
1000 mA
I= 1000 mA de CA
GALVANÔMETRO
Será necessária uma ponte de
retificação adequada no circuito
1000
I = CA mAmA
1000 de CA
de medição, pois o multímetro
analógico padrão usa um
medidor CC, bem como uma
R
resistência em paralelo através
da qual 999 mA poderão passar,
pois 1 mA atravessará o
R galvanômetro.
V
Medição da tensão
Quando tensão é medida com um multímetro analógico, a tensão produz uma corrente capaz de desviar
o ponteiro quando atravessa o galvanômetro.
NOTA
É preciso ter cuidado para que a corrente produzida pela tensão não exceda a tensão em escala plena
do galvanômetro.
EXEMPLO
ESCALA
1 VOLT
0 <V< 1 volt
GALVANÔMETRO
A resistência de 1 kΩ é
disposta em série com o
galvanômetro (considerando-
R1 R=1 kΩ
se que a resistência do
galvanômetro seja igual a
zero), limitando a corrente
que atravessa o galvanômetro
V R2 VX
em uma faixa de 0 a 1 mA.
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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 44 / 189
LEMBRETE
Sempre que for necessário medir uma tensão de corrente alternada, será necessária uma ponte de
retificação, além de uma resistência em série com o galvanômetro, como é o caso da medição de
corrente alternada.
Medição da resistência
Para medições de tensão e de corrente, o galvanômetro do multímetro toma uma corrente que faz com
que o ponteiro se mexa a partir dos mesmos pontos de medição. Como a resistência não pode fornecer
corrente ao galvanômetro, é necessária uma fonte de alimentação elétrica.
Em um multímetro analógico, normalmente há uma bateria interna, que é conectada à resistência a ser
medida, a uma resistência interna (calibração ou faixa) e ao galvanômetro.
A bateria fornece tensão a um circuito em série de componentes, entre eles o galvanômetro e a resistência
a ser medida. Neste circuito, todos os elementos possuem um valor conhecido; somente o valor da
resistência a ser medida é ignorado.
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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 45 / 189
LEMBRETE NOTA
Antes de medir a resistência em um circuito, os pontos de teste ou sondas do multímetro são unidos
para calibrar o medidor para zero porque há variações, devido ao uso da bateria interna e ao
comprimento dos pontos de teste, entre outros fatores.
Como os pontos estão em curto-circuito, a corrente do medidor fica em seu valor máximo e o ponteiro
terá de ser calibrado para indicar um valor zero (0). A indicação do valor infinito (∞) será lida quando
os pontos do medidor estiverem separados e abertos, pois há precisamente uma resistência infinita
entre eles, sem nenhum fluxo de corrente.
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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 46 / 189
Para medir uma resistência desconhecida (RX), é necessária uma resistência interna (calibração e faixa)
no multímetro, além da bateria.
Neste caso, os seguintes valores são conhecidos:
•Corrente (I)
•Tensão (V)
•Resistência da faixa (R)
Rx + R = V
I
Sendo o valor de Rx :
Rx = V
-R
I ESCALA
GALVANÔMETRO
Rx BATERIA
V
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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 47 / 189
ESCALA
Esta figura mostra a forma
pela qual as conexões devem
ser feitas para o procedimento
de medição. Neste circuito, a
GALVANÔMETRO corrente I da bateria atravessa
R1 a resistência do circuito, a
CHAVE resistência da faixa
ABERTA selecionada, e o
R2 galvanômetro, controlando,
assim o movimento do
R3 ponteiro.
I O fluxo de corrente dependerá
BATERIA
V R do circuito RC, da resistência
C V da faixa e da resistência do
galvanômetro.
CIRCUITO
Antes de medir a resistência em um circuito, o multímetro deve ser calibrado para zero, a fim de
eliminar quaisquer variações que possam ter sido causadas.
NOTA
A chave do circuito deve estar sempre em uma posição off ou aberta. Isto evita que a tensão gerada pelo
fornecimento do circuito atravesse o medidor, o que causaria dano ao galvanômetro ou uma divergência
de medição.
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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 48 / 189
Os pontos do multímetro devem ser conectados entre os terminais do circuito a ser medido, para que a
corrente gerada pela bateria do multímetro possa atravessar o medidor.
O fluxo de corrente através do galvanômetro dependerá do valor da resistência do circuito a ser medido.
Como o multímetro foi ajustado para zero, a leitura do galvanômetro dependerá unicamente da
resistência do circuito.
A resistência do circuito permite a passagem de algum fluxo de corrente através do galvanômetro,
fazendo com que o ponteiro se movimente, indicando o valor da resistência do circuito na escala.
Se a resistência do circuito for substituída por uma resistência com maior valor de ohms, a corrente que
atravessa o galvanômetro será reduzida ainda mais e a leitura na escala corresponderá à resistência
mais alta.
Estes três multiplicadores são conectados a três diferentes resistências, situadas no interior do
multímetro. A faixa de multiplicação ou escala desejada é selecionada por meio da chave.
A faixa a ser usada na medição de qualquer resistência desconhecida depende do valor de ohms
aproximado da resistência desconhecida.
EXEMPLO
ESCALA
1000 mA
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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 49 / 189
•Se RX possuir um valor de, por exemplo, 3750 Ω, ele será usado na faixa R x 1, o multímetro não será
capaz de medi-la. Isto deve-se ao fato de que a distância entre 1000 e infinito na escala é muito
pequena e não há valores intermediários.
•Se for selecionada a seguinte faixa, R x 10, o ponteiro se movimentaria, indicando 375 Ω (3750/10). A
alteração da faixa faz com que o ponteiro se movimente, pois a resistência de R x 10 possui somente
1/10 da resistência R x 1.
•Se for usada a faixa R x 100 para medir a resistência de 3750 Ω acima mencionada, o ponteiro se
movimentará ainda mais, até a posição de 37,5 Ω (3750/100). Este movimento deve-se ao fato de que
a resistência R x 100 possui somente 1/10 da resistência R x 10. Portanto, na seleção da menor
resistência em série, o ponteiro se movimentará ainda mais.
•O layout do circuito mostrado na figura para medição da resistência de um circuito faz com que a
mesma quantidade de corrente atravesse o galvanômetro do multímetro, sem levar em consideração se
a resistência é de 10,000 Ω na escala R x 1, de 100.000 Ω na escala R x 10 escala ou de 1.000.000 Ω
na escala R x 100 Ω.
NOTA
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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 50 / 189
ATIVIDADE
Para reforçar o conteúdo tratado na seção Medição com o
multímetro analógico, tente fazer a seguinte atividade.
Abaixo são apresentadas três condições de medição de corrente. Assinale a(s) opção(ões)
que considerar correta(s) em cada caso, de acordo com o layout do circuito correspondente a
cada medição.
ESCALA
1
I = 150 mA GALVANÔMETRO
I
I = 0,5 mA
I = 0,7 mA
V
ESCALA
2
GALVANÔMETRO
I = 1000 mA de CC
I
I = 10 mA de CA
I = 1000 mA de CA
R
V
ESCALA
3
GALVANÔMETRO
I = 100 mA
I
I = 1000 mA
R
I = 100 mA de CA
V R
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3. O multímetro 51 / 189
1 Visor
2 Botões de função
3 Chave rotativa
5 Sondas de teste
Visor
Botões de
função
Chave
rotativa
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3. O multímetro Multímetro digital 52 / 189
1 Visor
parte digital
parte analógica
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3. O multímetro Multímetro digital 53 / 189
2 Botões de função
Os botões de função são usados junto com a chave rotativa para escolher os modos de operação.
NOTA
Seleção CC /
CA da
resistência e
capacitância Memorizar ou reter
Botões
MIN MAX de Função
RANGE HOLD H
este valor
Teste de continuidade /
alarme do valor de pico Leituras relativas
GLOSSÁRIO
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3. O multímetro Multímetro digital 54 / 189
3 Chave rotativa
A chave rotativa é um botão que pode ser girado para a escolha de qualquer uma das funções
executadas pelo multímetro.
Funções a serem selecionadas
A mA µA COM VΩ
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3. O multímetro Multímetro digital 55 / 189
5 Sondas de teste
Uma extremidade da sonda de teste é Para efetuar medições, são sempre feitas as
vermelha e a outra é preta; às vezes, uma seguintes conexões:
ou ambas as extremidades são Sonda de teste Para a entrada requerida: A,
condicionadas com garras jacaré para vermelha mA, mA ou V Ω
facilitar a fixação.
Antes de usar um multímetro digital, você deve ser informado sobre as medidas de segurança,
tanto para o usuário quanto para o dispositivo.
Precaução : para referir-se a algo que possa representar perigo para o usuário
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 57 / 189
Abaixo é apresentada uma descrição de como operar um multímetro digital. Estas instruções têm por
base a série comercial 80 V, marca registrada da FLUKE.
A forma do multímetro a ser usado ao serem efetuadas de medições pode variar, bem como suas
funções especiais e limitações. Por esta razão, é aconselhável examinar o manual específico do
multímetro caso sejam necessárias informações adicionais.
A mA µA COM VΩ→+
EXTREMIDADE
EXTREMIDADE VERMELHA
PRETA
NOTA
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 58 / 189
Ω
mV
mA
V A
V µA
OFF
FLUKE 87 V
LEMBRETE
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 59 / 189
Para medir a tensão de corrente contínua, as extremidades do multímetro devem ser desconectadas de
um ponto de medição e o Passo 1 acima mencionado para medição das tensões da corrente alternada
também deve ser seguido.
Dependendo da magnitude da tensão que se espera ser lida, o botão deve ser girado para
2 uma das duas posições mostradas na figura.
FLUKE 87 V
Posições
MIN MÁX RANGE HOLD H
mV
Posiciones mA
A
V
µA
V
OFF
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 60 / 189
FLUKE 87 V
Leitura da tensão de CC
Medição da resistência
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 61 / 189
Gire o botão do multímetro, conforme mostrado na figura. Este modelo de multímetro possui um
2 componente de medição da resistência incorporado, bem como leitura da capacitância e da
continuidade no circuito.
REL HZ
mV
mA
V A
V µA
OFF
Alimentação do circuito
desligada
1 2
3
Sondas de teste
desconectadas
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 62 / 189
Medição da capacitância
A maioria dos multímetros digitais possui recursos de medição da capacitância incorporados, como é o
caso da resistência.
Para medir um valor de capacitância, primeiro tenha certeza de que as extremidades de qualquer
circuito estejam desconectadas.
Leitura de um capacitor
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 63 / 189
Teste da continuidade
Conforme mencionado nas instruções para medição da resistência em um circuito colocando-se o botão
na posição para ler a resistência, o multímetro é organizado também para testar a continuidade de um
circuito.
Pressione o botão de som mostrado na figura. Desta forma, quando houver continuidade em um
3 circuito, o multímetro gerará um som que permitirá ficar ciente da continuidade sem ter que virar
para ver o visor. Para desativar o som, basta pressionar novamente o botão.
FLUKE 87 V
Ativa o som
de
continuidade
REL HZ
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 64 / 189
Faça o contato das extremidades do multímetro no circuito ou elemento cuja continuidade estiver
4 sendo verificada.
FLUKE 87 V
FLUKE 87 V
ON OFF
(fechado) (aberto)
Teste do diodo
REL HZ
mV
mA
A
V
µA
V
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 65 / 189
Medição de CA e CC
NOTA
Para medir a corrente que atravessa um circuito (seja CA ou CC), siga estes passos:
A mA µA COM A mA µA COM
V V
100 mA
10 A MÁX COM COM FUSÍVEL
CAT III 1000 10 A MÁX COM 100 mA CAT III 1000
FUSÍVEL CAT IV 600 V FUSÍVEL COM FUSÍVEL CAT IV 600 V
NOTA
Se não tiver certeza da magnitude que a corrente pode atingir, não conecte o multímetro, conforme
mostrado na figura correspondente à leitura em mA, pois uma exposição prolongada a uma corrente
superior à que ele é capaz de suportar fará com que o fusível se queime.
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 66 / 189
REL HZ
mV
mA
V A
V µA
Botão na posição de
leitura CC e/ou CA
OFF
OFF
3 Desligue a fonte de alimentação do circuito a ser examinado e, em seguida, abra o ramal onde
pretende medir a corrente.
Conecte o multímetro em série, de forma que o circuito fique fechado. A figura mostra como um
4 multímetro deve e como não deve ser conectado para medir a corrente que atravessa a
resistência.
Após a medição, desligue a fonte de alimentação, desconecte o multímetro e feche o ramal que
5 estava anteriormente aberto.
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 67 / 189
Ponteiras de teste e cabos tendem a ser fontes de problema, pois estão sujeitas a manuseio contínuo.
Além disso, ponteiras de teste removíveis podem soltar-se e fazer um contato incorreto ou as conexões
internas podem partir-se e girar de forma intermitente.
Estas inconveniências podem ser verificadas colocando-se a tecla de função em Ω e provocando curto-
circuito nas ponteiras, curvando os condutores e puxando-os. Enquanto isso, verificar se não ocorrem
nenhuma alteração irregular na leitura (se ocorrerem, isto indica conexões soltas).
As funções de intensidade e tensão devem ser verificadas de maneira similar enquanto estiverem
conectados a uma fonte de tensão de teste.
NOTA
É muito importante para a segurança pessoal verificar a condição dos instrumentos quando forem
executadas tarefas em circuitos energizados.
Para efetuar uma medição correta da resistência, deve ser verificada a condição da bateria.
Etapas de verificação:
D
Verificação da bateria (Digital)
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 68 / 189
• O multímetro é um elemento muito frágil; por esta razão, ele não deverá ser golpeado nem
colocado em um ambiente úmido ou exposto à luz solar ou altas temperaturas.
• O seletor de função deve ser girado lentamente para que seja mantido em boas condições.
Quando não for usado, coloque-o na posição OFF.
• Quando o instrumento for desconectado, deve ser verificado se a posição do ponteiro está em
zero; se não estiver, o aperto do parafuso de ajuste deve ser corrigido.
• Quando o valor da magnitude elétrica a ser medida for desconhecida (tensão de corrente CA
ou CC), antes da introdução das extremidades, a tecla de seleção deve ser colocada na faixa
correspondente na magnitude mais alta para certificar-se de que o instrumento não seja
danificado; ao ser feita a primeira leitura, a faixa será reduzida para a mais adequada.
• Quando a polaridade do circuito for desconhecida, um dos pontos será ligado a um dos pontos
a serem medidos e um ponto deverá ser rapidamente encostado ao outro ponto, sempre em
faixa alta, para verificar a direção à qual o ponteiro se desvia.
São usadas as normas IEC 61010 – 1 como base para as seguintes normas nacionais:
NOTA
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 69 / 189
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3. O multímetro 70 / 189
Se, ao ser efetuada qualquer medição, aparecerem no visor as letras OL, isto significa que foi
excedido o valor máximo da faixa (acima do limite).
Medição da tensão
A sonda de teste é colocada em cada extremidade do dispositivo para o qual a tensão será
4 medida, de forma que ela fique em paralelo com o multímetro, conforme mostrado na
figura.
R1
Fonte de
tensão R2 V
Medição da tensão
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 71 / 189
EXEMPLO
990 MΩ
Devido à presença de alta tensão, as resistências em série devem ser seladas e instaladas na parte
isolada do ponto de teste de alta tensão. Considerando uma relação do divisor de 1000 para 1, até mesmo
as resistências de pequena variação na saída do divisor afetam a exatidão da medição.
A alta tensão da medição de CC terá uma exatidão de 1%, observando as especificações de temperatura e
umidade. Se a umidade relativa estiver acima de 90% ou se a temperatura estiver abaixo de -16°C (3,2°F)
ou acima de 40°C (104 °F), a medição não será muito precisa.
Em medições de CC de alta tensão, o terminal de terra normalmente será um cabo preto separado
proveniente da conexão do ponto de alta tensão.
A medição de alta tensão com um multímetro digital é como qualquer outra medição de alta tensão, com a
exceção de que, além da exatidão do ponto de teste de alta tensão a ser usado, deve ser levado em
consideração o perigo representado pela alta tensão.
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 72 / 189
Categoria da
Em resumo Exemplos
sobretensão
CAT III Distribuição trifásica, •Equipamentos em instalações fixas, tais como conjunto
incluindo iluminação de manobra de alta tensão e motores polifásicos
comercial monofásica •Alimentadores e coletores de instalações fabris
•Fiação de alimentadores e curtas, dispositivos do painel
de distribuição
•Sistemas de iluminação em prédios de grande porte
•Tomadas de força de dispositivo elétrico com conexões
curtas até as entradas de serviço
Nota: As normas IEC 61010 – 1 aplicam-se a equipamentos de medição de baixa tensão (< 1000 V).
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 73 / 189
CAT IV
CAT I CAT II
CAT III
Categorias de sobretensão
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 74 / 189
Medição da resistência
NOTA
É importante desenergizar o equipamento que estiver sendo testado e descarregar todos os capacitores.
Para descarregar todos os capacitores, basta pôr em curto-circuito seus terminais.
Certifique-se de que o contato entre as sondas de teste e o circuito a ser medido estejam
1 livres de poeira, graxa, solda ou outras impurezas. Isto resultaria em uma leitura incorreta.
R1
Rede R2
elétrica
de tensão
R3
Medição da resistência
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 75 / 189
Teste de continuidade
Com o teste de continuidade, é feita uma verificação para ver se as conexões do circuito e as linhas do
circuito (condutores) estão em boas condições.
O teste de continuidade é tão rápido que é usado para detectar aberturas do circuito ou curtos-circuitos
de apenas 1 milissegundo. Este recurso também permite a busca de falhas intermitentes em cabos,
conexões, chaves, relés, etc.
LEMBRETE
É importante desenergizar o equipamento que estiver sendo testado e descarregar todos os capacitores.
A sonda de teste de cada multímetro é colocada em uma das partes do circuito entre as
4 quais a continuidade pode ser verificada.
Se for produzido um som, isto significa que há continuidade (ligação elétrica) entre as
5 duas partes. Caso contrário, não há continuidade.
Medição da corrente
Em mA, µA For CC ou CA, cujos valores estejam entre 0,1 µA e 400 mA.
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 76 / 189
I
R
NOTA
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 77 / 189
Medição de sinais CA
É importante ter uma clara noção do que significa uma medição. Portanto, para o mesmo sinal, poderá
haver um valor máximo ou de pico, um valor médio ou de corrente contínua e um valor RMS ou efetivo.
A compreensão destes termos permitirá que o aluno entenda a diferença entre estas medições.
A tensão da corrente alternada usada em aplicações tanto domésticas quanto industriais exibe a forma de
um sinal senoidal; sua freqüência é de 50 Hz ou 50 cps.
Nesta tensão da corrente alternada, a freqüência de 50 Hz indica que este sinal aparece 50 vezes em 1
segundo. O período do sinal é o tempo decorrido entre 2 valores máximos e 2 valores de pico; no caso de
50 Hz, ele é de 0,02 segundo ou 20 milissegundos, que pode também ser representado como 2π ou 360°.
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 78 / 189
Conforme mostrado na figura anterior, o valor da tensão instantânea muda continuamente, adquirindo
valores positivos e negativos, ultrapassando o valor zero 120 vezes em 1 segundo.
O valor instantâneo máximo é conhecido como a tensão máxima ou tensão de pico.
A equação que define o valor instantâneo máximo é a seguinte:
V MAX = V pico =√ 2 · CA
V
EXEMPLO
Se houver uma tensão de corrente alternada de 120 VAC, a tensão máxima ou de pico pode ser
determinada multiplicando-se esse valor pela raiz quadrada de 2, resultando, assim, em uma tensão
de pico de 170 V. Isto pode ser testado por meio de experimento, com o uso de um osciloscópio. O
valor acima mencionado de 170 volts é um valor instantâneo, que é freqüentemente usado, por
exemplo, para a seleção do isolamento do condutor.
Portanto:
√ 2 · 120V= 1,414 · 120 V = 170 V
Neste caso, o valor instantâneo de tensão é sempre o mesmo. Portanto, seu valor médio ou de corrente
contínua é equivalente àquele valor instantâneo. Nos casos em que isto não ocorrer, haverá a
necessidade de se calcular o valor médio da tensão.
60 V
35 V
0V
3 mseg
2 mseg
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 79 / 189
A figura anterior apresenta um sinal de tensão que mantém uma amplitude de 60 volts constante por 2
milissegundos e, em seguida, apresenta uma amplitude de 35 volts por 3 milissegundos, repetindo este
padrão periodicamente a uma freqüência de:
f = 1
= 200 Hz = 200 cps
0,005 seg
Para calcular a tensão média neste exemplo, primeiro é feito um cálculo da área de retângulos que
aparecem em um período.
Primeiro retângulo 60 V
2 mseg
Segundo retângulo 35 V
3 mseg
O segundo passo é dividir a área total entre o tempo decorrido no período, então:
Esta é a tensão média ou de corrente contínua deste sinal e é a que um multímetro digital mostraria em
relação à função da tensão da corrente contínua.
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 80 / 189
A tensão efetiva ou RMS é um dos conceitos usados com maior freqüência em sistemas elétricos e
eletrônicos. É importante saber com clareza o significado.
Ao operar com:
•Corrente contínua, os valores de corrente e de tensão permanecem constantes e são relacionados a
qualquer circuito pela aplicação da lei de Ohm.
•Corrente alternada, os valores instantâneos tanto de tensão quanto de corrente estão mudando
constantemente; até mesmo quando eles puderem ser descritos através de seus valores máximo ou de
pico, será necessário encontrar uma equivalência em relação a seus valores similares de corrente
contínua.
O método seguido para determinar esta equivalência usa o efeito de aquecimento que ocorre tanto com
tensões quanto com correntes contínuas e alternadas em cargas resistivas. Isto deve-se ao fato de que o
aquecimento é independente da direção do fluxo da corrente.
O aquecimento produzido pela resistência é relacionado à potência consumida por esta resistência, que é
definido por:
Sendo:
P = potência em watts
P= I2 · R I = corrente em ampères
R = resistência em ohms
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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 81 / 189
GLOSSÁRIO
O termo RMS vem das palavras Root-Mean-Square (média quadrática), que descreve o procedimento já
apresentado, isto é, a raiz quadrada dos valores elevados ao quadrado.
Para medir o RMS ou valor eficaz, é usado um multímetro digital, com a seleção da tensão ou corrente
CA. Todos os multímetros digitais possuem a capacidade de mostrar o valor RMS dos sinais senoidais,
mas nem todos eles podem mostrar o valor RMS dos sinais não senoidais.
Para medir um sinal sem uma forma senoidal, podem ser usados multímetros digitais com a
especificação TRUE RMS (RMS verdadeiro); do contrário, seria obtida uma medição errônea. Portanto, é
importante conhecer o tipo de sinal a ser medido.
A figura abaixo mostra o valor RMS de uma onda senoidal, uma quadrada e uma triangular,
respectivamente.
A
ARMS= 0,707
A
A
ARMS= 1 A
A
ARMS= 0,577
A
NOTA
Se nos casos acima, os valores máximos fossem multiplicados por 0,707, o resultado só estaria correto
para o sinal senoidal. É preciso tomar cuidado especial na medição de valores RMS em inversores e
conversores, pois em algumas ocasiões as variáveis sob medição não possuem uma forma senoidal.
Neste caso, deverá ser usado um multímetro capaz de medir valores RMS VERDADEIROS.
IMTEL007-GBE
Rev.00
3. O multímetro Medição com o multímetro digital 82 / 189
Medição da capacitância
Se o capacitor não for eletrolítico, as sondas de teste serão ligadas aos terminais do
8 capacitor em qualquer ordem.
9 É efetuada a medição.
IMTEL007-GBE
Rev.00
3. O multímetro Medição com o multímetro digital 83 / 189
Medição da freqüência
A freqüência é o número de
ciclos de um sinal por unidade
de tempo.
Magnitude (Volts)
Sinal com freqüência
de 1 Hz
5V
1s
Tempo (segundos)
Freqüência de um sinal
5 As sondas de teste do multímetro são conectadas à partes do circuito onde ocorre o sinal.
IMTEL007-GBE
Rev.00
3. O multímetro Medição com o multímetro digital 84 / 189
ATIVIDADE
Este capítulo descreveu os procedimentos para diferentes medições
com um multímetro digital.
Agora resolva a atividade sugerida abaixo.
IMTEL007-GBE
Rev.00
Medições elétricas 85 / 189
4
Medição da
potência
TÓPICOS DO CAPÍTULO 4
Este capítulo mostra os
diferentes circuitos que
4.1 Medição da potência real 86
nos possibilitam medir a
potência.
4.2 Medição da potência reativa 91
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência 86 / 189
P=U· I
No entanto, na maioria dos casos, são usados wattímetros com dispositivos eletrodinâmicos, que indicam
diretamente a potência real, se os circuitos amperimétricos e voltimétricos estiverem corretamente
conectados.
Na medição de correntes contínuas de maior intensidade, aproximadamente acima de 20 A, a bobina de
campo é colocada sob tensão através de uma resistência em série. Conseqüentemente, a bobina móvel
forma o circuito amperimétrico com essa resistência, conectado a uma resistência em paralelo.
Como trata-se de uma corrente alternada monofásica, um medidor de potência ou contador, conectado
conforme mostrado na figura abaixo, indica a potência real, cuja equação é:
P = U · I · cos ϕ
ϕ
1 2 3 5
1 2 3 5
Φ
I0 u v
k l
U V
R IR
S K L
(neutro) B URS
A
C
A. Conexão direta
B. Deslocamento de fase da corrente que atravessa a bobina móvel e tensão URS em
relação ao fluxo fi existente na bobina móvel com corrente IR (refere-se ao gráfico A)
C. Conexão através de um transformador de corrente e tensão
MANUTENÇÃO
A potência real da corrente trifásica é equivalente à soma das potências das três fases.
A maneira mais correta e precisa para medir a potência acima mencionada é usar três sistemas de
medição, cujos respectivos componentes de torque são mecanicamente somados através de um
acoplamento de banda, para indicar ou registrar os valores totais. Para reduzir os custos, e, como nas
caixas nem sempre há espaço suficiente para um conjunto de três sistemas, são escolhidas soluções
mais simples, se for permitido pela exatidão exigida.
1 2 3 5 8
1 2 3 5 8
u v u v
k l
R U V U V k l
K L
S R
K L
T S
T
A
B
Medidor da potência real para corrente trifásica em três condutores de carga equivalente,
com um sistema de medição simples e resistências ajustadas a zero
Pela incorporação de uma reatância (circuito artificial), o caminho da tensão pode ser disposto em um
triângulo (ver a figura abaixo). A reatância suprime o deslocamento de fase em 30° em relação à
tensão até o neutro.
IMTEL007-GBE
Rev.00
P=UR*IR-US-*IR - US*IT + UT*IT=URS*IR+UTS*IT
30°
1 2 3 5
I0
u v
UR
U V k l S
R T S
K L
S IR
T
A B
IT
1 2 3 5 7 8 9
U
u v u v UT US
k l
U V U V URS
R
K L UTS
S k l
T T S
K L IR
A B
A. Conexão através de um transformador de corrente e tensão
B . Diagrama vetorial de cosϕ = 1. Os dois sistemas de medição resultam nos produtos
URS.IRS e UTS.IT.
IR vem após URS em um deslocamento de fase de 30°; I T antecede UTS em 30°.
Em um circuito Aron, o produto de uma tensão diferencial (entre cada tensão até o neutro) por uma
intensidade da corrente é formado em cada sistema de medição. Com o uso deste circuito, a medição é
independente das assimetrias de tensão, obtendo com isso os resultados corretos se a soma geométrica
das principais correntes de três fios for igual a zero. Esta condição é satisfeita em cada caso (porque não
há neutro), desde que não haja ocorrência de falhas de terra ou correntes capacitivas aparentes em
relação à terra.
Em cada sistema de medição, é formado o produto da corrente diferencial por uma tensão (até o neutro).
Os sistemas de medição consistem em uma segunda bobina de campo através da qual a corrente do
terceiro condutor passa a fluir na direção oposta. O ponto neutro no circuito voltimétrico é estabelecido
artificialmente. Ao contrário de um circuito Aron, este sistema não depende de assimetrias de corrente e
não causa erros de medição, se a soma geométrica das tensões dos condutores principais não for igual a
zero. Conseqüentemente, este sistema beneficia-se do fato de que a simetria de tensão em redes de
quatro fios proporciona mais garantia que a intensidade da simetria de corrente.
Com o uso dos circuitos conforme a figura abaixo, serão obtidos os resultados corretos se as tensões
forem assimétricas ou simétricas, isto é, se a corrente atravessar o condutor neutro.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 11
1 2 3 4 5 6 7 8 9 11
V V V
x x x
x x x
R
K L
S
K L V V V
T R
(neutro) K L K L
S
T K L
A
K L
B
Medidor da potência real de corrente trifásica com uma carga arbitrária e triplo sistema de medição
IMTEL007-GBE
Rev.00
Obtém-se:
Resulta o seguinte:
P = UR · IRS + UT · ITS
1 2 3 4 5 6 7 8 9
UR IR
UT IS
IT IR
ITS S
k l B
R
K L k l
S
K L k l
T
K L
(neutro)
A
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência 91 / 189
Uma vez medida a potência real, a potência reativa PQ é medida deslocando-se a tensão em um ângulo
de 90°.
1 2 3 5 3 5 8
1
u v u v
k l k l
U V U V
R R K L
K L
S S
(neutro) T
Medidor da potência reativa para corrente alternada
Medidor da potência reativa para corrente trifásica
monofásica em um circuito de 90°.
em três condutores com uma carga arbitrária com
um duplo sistema de medição.
NOTA
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência Medição da potência reativa 92 / 189
Outro método que oferece a vantagem da medição que não dependa da freqüência, ao contrário da
“conexão a 90°”, é mostrado abaixo.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 5 7 8 9
u v u v
U V U V k l
R
K L k l
S
T K L k l
R k l
K L k l
S K L
Medidor da potência reativa para corrente T K L
trifásica em três condutores com uma carga neutro
arbitrária, com duplo sistema de medição
Medidor da potência reativa para corrente
trifásica em quatro condutores com uma carga
arbitrária, com duplo sistema de medição em
“circuito 2½”
LEMBRETE
1 Os dispositivos de medição da
potência com dois ou três sistemas
são independentes das assimetrias
de tensão.
V cosϕ
P
U Z
M PX
A V
W 3 ~
ϕ
P
R S T
NOTA
Cos ϕ = P
U·I
∆ COS ϕ = P Y cos ϕ = P
√3 · UL · I 3 · UF · I
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência Medição do fator de potência 94 / 189
Para monitorar constantemente o deslocamento Estes aparelhos são equipados com medidores de
de fase (por exemplo, em casas de força e relação eletrodinâmica, providos de circuitos
coletores de grande porte), são usados magnéticos de ferro, cujas peças polares são
medidores de fase e registradores de fase. feitas de uma maneira que a folga existente entre
cada uma delas e o núcleo seja mínima no centro
e máxima nas extremidades.
Portanto, é possível que o campo gerado pelo circuito amperimétrico seja aproximadamente senoidal. As
duas bobinas móveis são cruzadas e sujeitas a tensões fora de fase no circuito de relações. As correntes
que atravessam as bobinas móveis geram componentes de torque opostos no campo magnético não
homogêneo, o que depende da disposição das bobinas.
Enquanto, no caso de corrente alternada monofásica, é necessário determinar uma tensão fora de fase
(em relação à tensão da rede) por meio de um circuito artificial; no caso de uma corrente trifásica, a
tensão fora de fase é obtida diretamente da rede elétrica (ver a figura abaixo).
ID2
ID1
IR
1 2 3 5 11
IR
cos ϕ= 0,5 indutivo cos ϕ= 0,5 reativo
u v
URS
k l
U V
R
K L
S B
(Neutro) A
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência Medição do fator de potência 95 / 189
Medidores de fase são desprovidos de molas direcionais; por isso, quando a corrente atravessa
o instrumento, o ponteiro não indica nenhuma posição livre conhecida.
NOTA
R
I
cosϕ=R 0 indutivo
ID2 ID1
1 2 3 5 8
UR
U V U V
k l
U V U V
R K L T S
S I
T
BR
A
Medição do fator de potência para corrente trifásica em três condutores de carga equivalente,
com uma margem de medição de 0-1
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência 96 / 189
Medidor de energia
R R
S S
T T
Neutro Neutro
5
4
6 2
3
1
1
2
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência Instrumentos de medição da potência 97 / 189
I
II
III
II
I III
Trata-se de um medidor que consiste em três bobinas que agem
em um pequeno tambor ou disco, cuja direção de rotação é o
resultado da ordem da seqüência de fases.
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência Instrumentos de medição da potência 98 / 189
L1
L2
L3
N
HARMÔNICOS HARMÔNICOS
Acq
Acq ODD
Vp-n
Vp-n INST HARMÔNICOS
L1
L1 Vp-n 220
L2
L2 L1
L3
L3
220 Vp-n 221
220
A L2
A
L1 Vp-n 224
L1 %H3 %THD RMS
L2 L3
L2
L3 1,8 2,6 228 4/1/09 17:31:29
L3
A
A
IN 4/1/09 17:08.11 IN 4/1/09 17:08.11
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência 99 / 189
B C
A I AMPS D
E
M 1 235 10
A
50 100
F
A. Tipo de medição 2 245 10 50 100
A
B. Título do visor 3 236
10 50 100
L N A%
C. Indicador de alarme 2,4 A
D. Ícone de manutenção
fase I DEM
E. Gráfico de barras (%)
F. Unidades.
G. Exibir mais itens de menu
K J I H G
H. Itens de menu
I. Indicador do menu
selecionado
J. Botão
K. Voltar ao menu anterior
L. Valores
M. Fase
IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência Medidor da variável elétrica multifunção 100 / 189
O medidor de potência fornece vários valores de análise da potência que podem ser usados para
detectar problemas de qualidade da potência, diagnosticar problemas de fiação, etc. A tabela acima
apresenta um resumo dos valores da análise da potência.
THD: Distorção Harmônica Total (THD, Total Harmonic Distortion) é uma medição rápida da distorção
total presente em uma forma de onda e é a relação do conteúdo de harmônicos com o valor fundamental.
Ela fornece uma indicação geral da “qualidade” de uma forma de onda. A THD é calculada tanto para a
tensão quanto para a corrente. O medidor de potência usa a seguinte equação para calcular a THD em
que H é a distorção harmônica.
√H2 + H23 + H 24 + …
THD = 2 . 100%
H1
thd: É o método alternativo para o cálculo da Distorção Harmônica Total, amplamente usado na Europa.
Ele leva em consideração a corrente harmônica total e o conteúdo rms total em vez do conteúdo
fundamental no cálculo. O medidor de potência calcula a thd tanto da tensão quanto da corrente. Ela usa
a seguinte equação para calcular a thd em que H é a distorção harmônica:
√H22 + H23 + H 24 + …
tdh = . 100%
Derms total
Fator de potência de deslocamento: O fator de potência (PF) representa o grau até o qual a tensão e a
corrente que entram em uma carga estão fora de fase. O fator de potência de deslocamento tem como
base o ângulo entre os componentes fundamentais de corrente e tensão.
ATIVIDADE
IMTEL007-GBE
Rev.00
103 / 189
Medições elétricas
5
Medição da
resistência e do
isolamento
diferentes métodos de
5.1 Medição da resistência 104
medição das resistências
em circuitos. 107
5.2 Pontes de medição
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento 104 / 189
NOTA EXEMPLO
A escolha do aparelho correto é essencial para Somente métodos indiretos de medição são
que se obtenha medições rápidas e precisas. apropriados para medir resistências inferiores a
10-2 Ω.
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento Medição da resistência 105 / 189
IX
U = Medição da tensão
RV RV = Resistência em série
RK1
RX U RK1 = Resistência do instrumento
RX = Resistência a ser medida
IX =Corrente que atravessa RX
A UX = Queda de tensão em RX
RK1 IX RV
RX U
UX
B
A. O instrumento e RX são conectados em série (a medição da resistência é reduzida para a
medição da corrente, ponto zero para a direita).
B. O instrumento e RX são conectados em paralelo (a medição da resistência é reduzida
para a medição da tensão, ponto zero à esquerda).
Circuitos básicos para a medição de resistências.
Figura A: Como a intensidade da corrente e, conseqüentemente, a deflexão do ponteiro são
inversamente proporcionais à resistência a ser medida, a escala é hiperbólica. As resistências Rk1 +
Rv que determinam o valor em meia escala são decisivas para a escala, pois com a resistência
Rx=Rk1 +Rv ela é a corrente que flui com Rx=0. Para beneficiar-se da exatidão garantida durante a
medição, é melhor escolher uma margem de medição em que o valor a ser medido seja da mesma
magnitude do valor em meia escala.
Em muitos casos, especialmente quando se medem pequenas resistências, é usada uma baixa
tensão, levando-se em consideração a capacidade de carga da resistência e para evitar que a
bateria fique excessivamente fatigada. A resistência é determinada pela medição da tensão,
conforme mostrado na figura acima.
Figura B: Conectando-se Rx e Rk1 em paralelo, a corrente que atravessa Rk1 será nula se Rx=0 e
terá seu valor mais alto quando Rx=∞. Portanto, o ponto zero na escala está localizado do lado
esquerdo, o mesmo que com um voltímetro padrão. Este circuito facilita uma execução linear da
escala e permite estabelecer um limite superior, de acordo com a resistência Rv selecionada.
Aparelhos com várias margens de medição às vezes combinam ambos os circuitos. Portanto, eles
podem incluir uma escala que vá da esquerda para a direita e outra da direita para a esquerda.
4
2
20
Ω
kΩ 20
Se for usada uma bateria como fonte de medição da tensão, a influência da redução experimentada
pela tensão da bateria ao longo do tempo poderá ser eliminada até um certo ponto. Antes de ser
efetuada a medição e enquanto os terminais do equipamento estiverem em curto (método de corrente)
ou ligados em ponte pelo acréscimo de uma resistência extra (método de tensão), uma derivação
magnética ou uma resistência é regulada de forma que a agulha do instrumento aponte para zero ou a
marca final na escala.
1
Se o valor da tensão a ser aplicada for desconhecido, a resistência R
A V será medida com um amperímetro e um voltímetro (R=U/I). O voltímetro
será conectado ao ponto 1 se o valor da resistência a ser medida for alto
2 e ao ponto 2 se for baixo.
R
EXEMPLO
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento 107 / 189
NOTA
Mediante o ajuste do zero com aparelhos altamente sensíveis, é possível obter resultados bastante
precisos (erro aproximado ± 0,02%).
O ajuste para zero é muito mais sensível quando a tensão da fonte de alimentação é progressivamente
mais alta; no entanto, isto é limitado pela capacidade de carga da resistência. Portanto, por exemplo, um
termômetro de resistência não deverá ser aquecido pela corrente de medição.
Um fator decisivo na precisão de medição é a exatidão de como as resistências que formam a ponte,
mas também o tipo de conexão desta última. Em relação a isto, pontes de medição cujas resistências
sejam aproximadamente da mesma magnitude da resistência a ser medida são bastante favoráveis.
Nota: No segundo caso, é importante levar em conta os valores do fio de entrada e dos cabos de
ligação.
RX R2
G RX G R2
R1 R2
G R3 R4
R3 R4 L1 L2
RN
RX
Nota: Quando a exatidão exigida não for tão significativa (tolerância aproximada ± 1%) e os valores
da resistência estiverem entre 0,2 Ω e 50 kΩ, pontes de fio e cursor serão suficientes.
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento Pontes de medição 108 / 189
As resistências de isolamento podem ser determinadas, bem como com os aparelhos de medição de
leitura direta, pela comparação da deflexão (dispositivo de medição MΩ µF).
De acordo com sua constituição mecânica, eles podem ser classificados em pontes providas de um
cursor, chaves rotativas e contatos de encaixe.
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento Pontes de medição 109 / 189
O método Varley
A resistência de seção LX até o local com falha suplementa a resistência de comparação Rvg1 até o valor
pertinente da seção restante do loop (l-LX+LH), portanto, o ponto com falha forma o vértice da ponte.
Antes disto, a resistência do loop RL+RLH loop deve ser medida com um circuito de ponte padrão.
Se a resistência do cabo L cabo for igual à do condutor auxiliar LH (geralmente, um segundo condutor de
cabo), será aplicada a seguinte equação:
2 ⋅ RL − Rvg 1 ⋅ a
Lx = 2 ⋅ L b
(
2 ⋅ RL 1 + a
b
)
Se a/b = 1 será ajustado, portanto:
2 ⋅ RL − Rvg 1
Lx = L
2 ⋅ RL
a R LH H
=
b Rvg1 + R L
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento Pontes de medição 110 / 189
Ponte Wheatstone
Para localizar falhas de acordo com a ponte Murray, a ponte Wheatstone é suplementada com as
resistências Z adicionais e um terminal M em boas condições que una a ponte de medição ao cabo. A
ponte deve ser ajustada através de Rvg1 . Nesse caso, aplicam-se as seguintes equações:
Rvg 1 Rvg 1
Lx = (L + LH ) ó Lx = 2 ⋅ L
Z + Rvg 1 Z + Rvg 1
M LH
ATIVIDADE
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento 111 / 189
NOTA
Em instalações onde todos os polos são isolados, as partes metálicas são aterradas. Estas não estão
sujeitas a tensão durante o serviço, para desviar correntes que possam surgir de uma deterioração do
isolamento. Em todos estes casos, a resistência da terra - formada pela linha de entrada, a linha de
transição entre o elemento de aterramento e a terra e a linha de propagação desta última - será tão
pequena que não é possível estabelecer uma queda de tensão inadmissível.
I G
E: Elemento de aterramento
HE: Elemento de aterramento auxiliar
S: Sonda
U G: Gerador de tensão CA
E S HE
Circuito básico para medir a conexão à terra.
Se neste circuito a corrente que atravessa o voltímetro e a sonda for muito mais baixa que a que
atravessa o elemento de aterramento, a resistência da sonda poderá ser ignorada e a resistência da
terra RE será determinada pela intensidade da tensão e da corrente, de acordo com a fórmula RE=
U/I.
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento Medição da ligação à terra 112 / 189
MANUTENÇÃO
• A sonda deve ser colocada a uma distância equivalente a aproximadamente cinco vezes o
comprimento do elemento de aterramento e a pelo menos 20 m afastada dele. Portanto, antes de
medir, é conveniente conhecer a posição, a forma e as dimensões do elemento de aterramento.
P
N E: Elemento de aterramento
G HE: Elemento de aterramento auxiliar
S: Sonda
UK
G: Gerador de tensão alternada
P: Potenciômetro
U N: Indicador de zero
UK: Tensão de compensação
E S HE
Circuito básico
Assinale a resposta certa. Quando se mede resistências da terra, é usada uma corrente
1 alternada:
para evitar os efeitos de polarização.
para aumentar os efeitos de polarização.
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento 113 / 189
Isolamento elétrico é um processo pelo qual os condutores do equipamento são isolados para a
obtenção de alta resistência e evitar correntes elétricas indesejáveis.
NOTA
Cada cabo elétrico usado para um motor, gerador, cabo, transformador, etc., é cuidadosamente
protegido com muitas formas de isolamento elétrico. O cabo que alimenta o equipamento -
normalmente de cobre ou alumínio - é considerado um bom condutor de eletricidade.
Bomba Vazamento de
Fluxo de água eletricidade
Tubo
Cabo de cobre
Isolamento
Tensão V
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento Medição do isolamento 114 / 189
O bom senso indica que se a tensão for mais alta, haverá mais corrente e, como a resistência no cabo é
mais baixa, haverá mais corrente para a mesma tensão. A lei de Ohm é expressa na seguinte equação:
V = I ⋅R
Sendo:
V = Tensão em Volts
I = Corrente em Ampères
R = Resistência em Ohms
NOTA
Portanto, o isolamento com uma resistência muito alta proporciona uma forte oposição ao fluxo de
corrente, de forma que somente nestes casos ela permite que uma quantidade muito pequena de
corrente a atravesse. A corrente pode ser de um milionésimo de um ampère (microampère) e estas são
as bases dos equipamentos de teste de isolamento. É necessário também compreender que a alta
tensão tende a aumentar a corrente ao longo do isolamento. Esta corrente poderá ou não causar
problema ao isolamento.
Muitas vezes, a queda na resistência do isolamento é repentina como, por exemplo quando o
equipamento é alagado. No entanto, estas quedas são geralmente graduais e são detectadas se
forem feitas verificações periódicas. Estas verificações permitem que as condições sejam
planejadas antes da falha do serviço.
Se nenhuma verificação for feita, um motor com isolamento deficiente, por exemplo, pode ser não
apenas perigoso de ser tocado quando for aplicada tensão, como também poderia queimar: o que já
foi um bom isolador pode vir a ser um condutor parcial.
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento Medição do isolamento 115 / 189
Efeitos da temperatura
Em geral, as medições da resistência do
Temperatura Resistência do
isolamento podem variar entre um teste e outro
isolamento
devido a variações de temperatura do material de
isolamento.
MANUTENÇÃO
A melhor forma para obter resultados consistentes nas medições é pela realização do teste de
isolamento sob condições padrão, geralmente a uma temperatura básica de 20°C (68°F).
Se a temperatura do material que está sendo testado for mais alta ou mais baixa que a temperatura
básica, a temperatura precisará ser corrigida. Via de regra, o valor de resistência do isolamento pode ser
corrigido de duas formas:
•Dividindo-se o valor da resistência medida por cada 10°C (50°F) acima da temperatura básica de
20°C (68°F).
•Duplicando-se o valor da resistência medida por cada 10°C (50°F) abaixo da temperatura básica.
Efeitos da umidade
Como já mencionamos, a presença de umidade no isolamento possui efeitos significativos sobre o valor
da resistência, portanto, um aumento na umidade ambiental afeta a resistência do isolamento.
Isto ocorrerá se as leituras do isolamento estiverem livres de qualquer poluente, tais como partículas,
ácidos ou sais, que possuem a propriedade de absorver umidade e que podem afetar as leituras de
maneira inesperada; portanto, eles devem ser removidos antes do teste.
MANUTENÇÃO NOTA
Como parte dos registros de Há estudos mostrando que gotas de condensação serão formadas
manutenção, é aconselhável pelo nas cavidades e rachaduras do isolamento muito tempo antes de
menos anotar se o ar estava seco ou elas ficarem visíveis na superfície.
úmido quando o teste foi A medição do ponto de orvalho dá uma dica da existência ou
executado. não desta condição invisível e isto é feito executando-se
medições alternadas.
IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento Medição do isolamento 116 / 189
NOTA
A redução da resistência do isolamento é muito perigosa, pois é um dos principais fatores de uma
possível falha (curto-circuito). Além disso, podem aparecer correntes derivadas entre dois condutores
submetidos a diferentes potenciais, o que leva a aquecimento no ponto de falha, com o subseqüente
aquecimento e secagem do isolamento.
Em motores sob operação normal, os enrolamentos de campo e do induzido são totalmente isolados da
carcaça da máquina. Na obtenção da resistência entre a carcaça e os enrolamentos, a leitura deve
produzir um número infinito ou vários milhões de Ohms. Às vezes, devido ao aquecimento causado por
uma sobrecarga ou outros fatores acima mencionados, a resistência do isolamento pode ser reduzida e
parte da corrente passará do isolamento até a carcaça. Esta filtragem ou dispersão da corrente acelera a
deterioração do isolamento e, se não for detectada a tempo, causará até mesmo maior dano, levando a
um curto-circuito entre os enrolamentos e a carcaça (o enrolamento nestas condições é conhecido como
falta à terra no enrolamento). O curto-circuito fará com que todo o enrolamento se aqueça e se queime.
MANUTENÇÃO
Os enrolamentos do motor devem ser inspecionados em intervalos regulares para que se verifique o
estado do isolamento ou qualquer possível falta à terra no enrolamento antes de ser causado qualquer
dano grave. O ohmímetro padrão não poderá ser usado para testar o isolamento, pois quase sempre as
derivações (corrente de fuga) só aparecem ao ser aplicada alta tensão. O ohmímetro é incapaz de medir
as derivações (valores de tensão) de acordo com a tensão do circuito a ser verificado. Este tipo de tarefa
requer um instrumento denominado Megger, que fornece a alta tensão necessária e é calibrado para ler
resistências muito altas.
Indique se as seguintes
afirmações são verdadeiras VERDADEIRO FALSO
ou falsas.
1 O isolamento deve permitir que a
quantidade mais alta possível de
corrente flua.
5.5 O megômetro
O Megger (ou megômetro) é um instrumento de teste usado para medir a resistência do
isolamento de condutores.
O Megger permite que uma quantidade especificada de tensão atravesse o dispositivo que está sendo
testado e mede a resistência que esta tensão encontra. Este instrumento recebeu este nome depois que
o primeiro de seu tipo foi fabricado na Inglaterra.
Com um gerador de corrente alternada (de operação manual) com um sistema de retificação;
Ele é bem fácil de usar e permite a leitura direta do valor da resistência em ohms ou megaohms sem que
se tenha de fazer nenhum cálculo.
Exemplos de Megger
O valor da resistência é mostrado na escala do Megger. A leitura da escala deve ser multiplicada pelo
fator de ajuste correto, seja em gigas (1 x 109), megas (1 x 106), etc.
Se a resistência for muito alta, nem todos os Meggers produzirão medições precisas. Em alguns dos
Meggers menores, a medição de uma resistência alta pode fazer com que a escala mostre uma
resistência infinita. Um Megger de alto potencial mostra os valores da resistência em quantidades exatas
antes de atingir a marca de infinito na escala.
Alguns Meggers possuem uma manivela que pode ser girada para
produzir a tensão de teste, outros são operados com energia
elétrica. Em ambos os casos, quando são atingidos os níveis de
alta tensão, deve ser usado o equipamento de segurança elétrico
durante o teste. A quantidade de tensão pode ser variada e,
portanto, a quantidade de corrente que atravessa a resistência. É
por isso que há uma grande variedade destes dispositivos de
medição.
IMTEL007-GBE
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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 118 / 189
NOTA
• A maior parte dos Meggers possui uma chave de três posições, que é usada para selecionar a função
exigida para o teste: carga, medida ou descarga.
• A posição de descarga é um recurso de segurança.
• Enquanto o teste é executado, pode haver acúmulo de tensão no transformador. Se, quando da
desconexão do Megger, ainda houver carga no transformador, poderá ser formado um arco perigoso.
• Quando a chave está na posição de descarga, esta tensão é automaticamente descarregada.
Seletor
Chave liga/desliga
Megger digital
•Dois terminais (LO e HI) que servem de conexão entre o Megger e o equipamento no qual a resistência
do isolamento tem de ser medida.
•Uma escala de medição analógica, da qual será obtido o valor da resistência do isolamento.
Normalmente são incluídas várias escalas.
•Uma chave seletora que permite escolher a escala de medição de acordo com a tensão que será
aplicada durante o teste de isolamento.
Terminais
O Terminal HI é conectado ao equipamento a ser testado. Este terminal, normalmente vermelho, contém
a tensão escolhida com o seletor do Megger, ao passo que o terminal LO, normalmente preto, é
conectado ao condutor localizado no outro lado do isolamento.
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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 119 / 189
NOTA
1 O revestimento externo dos terminais deve ser liso, sem nenhum trançado.
Recomendamos o uso de pinças com mola tipo “gaffer grip” fortes para a
3
conexão ao aparelho que está sendo testado.
IMTEL007-GBE
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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 120 / 189
A curva A mostra os valores de vários testes executados e a curva B mostra os mesmos valores
corrigidos a 20°C (68°F) indicando uma tendência de redução e cond ição insegura. O outro lado da
página (à direita da figura) é usado para registrar os dados do teste.
MANUTENÇÃO
Podem ser executados testes mensais, semestrais ou anuais, dependendo do tipo, local e importância do
equipamento que estiver sendo testado. Por exemplo, um pequeno motor de bomba ou cabo de controle
podem ser cruciais no processo de uma fábrica. Um controle de umidade relativa perto do equipamento
que estiver sendo testado será favorável para a avaliação das leituras e tendências. A experiência é o
melhor guia para a definição dos períodos de teste do equipamento.
A tabela abaixo mostra as ações que devem ser executadas com base na interpretação dos testes
periódicos na resistência do isolamento.
LEMBRE-SE
A medição da resistência do isolamento pode ser determinada pela tensão aplicada e a corrente
resultante (R = V/I). Há vários fatores que afetam a corrente, incluindo a temperatura e umidade do
isolamento, como já foi mencionado acima.
Agora vamos analisar a natureza da corrente na direção do isolamento e o efeito de como é aplicada a
tensão. A eletricidade também flui na direção do volume do isolador.
IMTEL007-GBE
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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 121 / 189
Corrente da carga
capacitiva
20
15
CORRENT
Corrente total
10
9
E
Corrente de absorção
Corrente de fuga
3
2.5
1.5
1
.1 .15.2.25 .3.4 .5 .6 .7.8.9 1
SEGUNDOS
Curvas mostrando componentes da corrente medidos durante os testes de isolamento.
•Corrente da carga capacitiva: Esta é uma corrente com um valor inicial alto, mas que diminui quando o
isolamento é carregado até a tensão total.
•A corrente da carga capacitiva desaparece de maneira relativamente rápida quando o equipamento que
estiver sendo testado é carregado. Esta corrente também é a potência armazenada que é descarregada
imediatamente após o teste ser finalizado, provocando curto-circuito no isolamento e aterrando-o.
•Corrente de absorção: Esta é inicialmente uma corrente alta que diminui gradualmente.
•A corrente de absorção diminui lentamente de maneira relativa, dependendo da natureza exata do
isolamento. Esta potência armazenada também deverá ser liberada no final do teste, embora requeira
mais tempo que a corrente da carga capacitiva, cerca de quatro vezes o período durante o qual a tensão
foi aplicada.
•Corrente condutora ou de fuga: Uma corrente baixa - basicamente estável – até o isolamento e acima
dele.
•Com um bom isolamento, a corrente de fuga deve atingir um valor estável, que é constante em relação
ao valor da tensão aplicado. Qualquer aumento na corrente de fuga com relação ao tempo é uma
advertência de problema.
• A corrente total é a soma dos três componentes e esta é a corrente que pode ser medida com um
microamperímetro ou com um Megger (ohmímetro) em termos de MΩ em uma determinada tensão.
Como a corrente depende do tempo no qual é aplicada a tensão, a lei de Ohm é garantida apenas em
teoria para períodos de tempo infinitos.
NOTA
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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 122 / 189
•Bloqueie os disjuntores.
•Verifique a existência de tensões induzidas ou externas.
•Use aterramento de segurança pessoal.
LEMBRE-SE
Não há perigo de incêndio quando o Megger é usado de forma usual. No entanto, haverá um risco
latente se o equipamento de teste estiver localizado na área de ambiente inflamável ou explosivo.
Portanto, não é aconselhável usar o aparelho em áreas com um ambiente explosivo, pois poderá ser
gerada uma pequena centelha sob as seguintes condições:
•Quando os pontos de teste estiverem conectados a um aparelho que não tenha sido descarregado
anteriormente. Neste caso, os pontos de teste devem estar em uma área onde o instrumento possa
ser conectado e desconectado sem qualquer perigo de explosão.
•Com a formação de arco, durante os testes de isolamento danificado.
•Durante a descarga da capacitância após a execução do teste. Neste caso, deverão ser usados
instrumentos de teste de baixa tensão ou uma resistência em série.
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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 123 / 189
NOTA
Responda às seguintes
perguntas. Mencione três características dos cabos e terminais de um
1 Megger.
ATIVIDADE
IMTEL007-GBE
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5. Medição da resistência e do isolamento 124 / 189
TDR
O TDR é outro dos instrumentos de teste Megger e é usado para
medir falhas nas linhas da fonte de alimentação. Sua principal função
é, quando o dispositivo estiver conectado a condutores ou linhas de
alimentação, detectar possíveis falhas nas linhas de alimentação, tais
como um curto-circuito entre as linhas, um curto-circuito de
aterramento, isolamento deteriorado, etc. Para operar este
dispositivo, basta conectá-lo aos condutores que estiverem sendo
testados, ajustá-lo em uma escala de medição adequada e, em
seguida, observar a tela quanto a quaisquer variações nos gráficos
de teste.
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5. Medição da resistência e do isolamento Outros dispositivos de medição 125 / 189
ATIVIDADE
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Medições elétricas
6
Medição da
resistência e do
isolamento
TÓPICOS DO CAPÍTULO 6
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6. Testes de isolamento 127 / 189
Verifique as fugas de corrente nos Quando um aparelho é posto fora de serviço para um
interruptores: teste de resistência do isolamento, é preciso
certificar-se de que as leituras não sejam afetadas
por fugas através das caixas de interruptores ou de
fusíveis. Vazamentos podem gerar valores incorretos
de resistência do isolamento no equipamento que
estiver sendo testado.
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6. Testes de isolamento Preparação do aparelho de medição 128 / 189
Os instrumentos Megger normalmente possuem um interruptor especial para esta operação. Se não
houver posição para descarregar, poderá ser usada uma haste de chumbo. Os equipamentos
altamente capacitivos, devem ser postos em curto-circuito até que seja possível energizá-los
novamente.
Outra situação mais grave poderia ser o fornecimento de energia gerar uma fuga na direção do
equipamento de teste, provocando leituras inconsistentes, acima de tudo se o fornecimento de
energia for uma corrente contínua. No entanto, estas fugas podem ser vistas e mostradas pela agulha
indicadora do Megger quando os terminais estiverem conectados ao aparelho e antes de o
instrumento ser operado.
Um ponto importante antes da realização do teste é que você deve certificar-se de que toda a
capacitância tenha sido descarregada, mediante a conexão do contato à terra ao aparelho. O testador
de isolamento do Megger nunca deve ser conectado a uma fonte de energia ou aparelho.
Em seguida, o Megger é conectado ao circuito para execução de testes e a alavanca da manivela é
movida, o que gera uma alta tensão nos terminais. A partir disto, uma corrente atravessa o circuito
ou isolamento que estiverem sendo testados.
Este fluxo é medido com um dispositivo móvel, como um ohmímetro. No entanto, o Megger é
calibrado para medir mega ohms (1MΩ = 1.000.000 Ω).
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6. Testes de isolamento Preparação do aparelho de medição 129 / 189
Gerador Motorizado
Independente dos dois métodos usados para encontrar a Relação de absorção dielétrica (Dar, dielectric
absorption ratio) , é necessário efetuar duas leituras para saber se o isolamento está em boas
condições.
Quando:
Todas as regras de segurança devem ser obedecidas quando o equipamento é posto fora de
serviço.
Algumas destas regras são:
Bloquear os interruptores
Verificar a existência de tensões induzidas ou externas ou usar o aterramento de segurança
pessoal.
É importante lembrar-se de que, ao trabalhar com equipamentos de alta tensão, há a possibilidade
de encontrar tensões induzidas presentes no aparelho que estiver sendo testado ou em linhas de
contato, dada a proximidade do equipamento à alta tensão energizada.
Portanto, em vez de eliminar o aterramento de segurança pessoal, é aconselhável desconectar o
aparelho.
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6. Testes de isolamento Preparação do aparelho de medição 130 / 189
É recomendável também usar luvas de borracha ou dielétricas para conectar os pontos do Megger e
tomar as seguintes precauções ao usar o equipamento :
Não é aconselhável usar o aparelho em áreas com uma atmosfera explosiva. Poderá ser gerada uma
pequena centelha nas seguintes condições:
Quando os pontos de teste estiverem conectados a um aparelho que não tenha sido anteriormente
descarregado.
Neste caso, é melhor ter pontos de teste em uma área onde o instrumento possa ser conectado e
desconectado sem perigo de explosão.
Com a formação de arco, durante os testes de isolamento danificado.
Descarga de capacitância após o teste. Neste caso, deverão ser usados instrumentos de teste de baixa
tensão ou instrumentos com resistência em série.
NOTA!
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6. Testes de isolamento Preparação do aparelho de medição 131 / 189
ATIVIDADE
Com o que você já viu sobre a Preparação do aparelho de medição,
tente resolver a seguinte atividade.
VERDADEIRO FALSO
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6. Testes de isolamento 132 / 189
MΩ
Este valor é lido e
armazenado
0 60 segundos Tempo
Conforme mostrado na figura anterior, foi obtido um único ponto na curva de valores da resistência
crescentes. Em geral, os valores devem ser menores que 30 segundos e maiores que 60 segundos.
LEMBRETE
A temperatura e a umidade,
bem como as condições de
isolamento, devem ser
levadas em consideração
como condições que possam
afetar a leitura.
IMTEL007-GBE
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6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 133 / 189
uma única tensão
Se o aparelho possuir baixa capacitância, como é o caso da fiação de uma pequena casa, será
necessário apenas um teste de curta duração.
No entanto, a maior parte dos equipamentos é capacitivo, o que significa que um primeiro teste de curta
duração será apenas um guia aproximado do estado de isolamento se nenhum teste anterior tiver sido
executado.
Na prática, as leituras de MΩ são substancialmente maiores que este valor mínimo quando o
equipamento for novo ou estiver em boas condições.
A realização de leituras periódicas e a sua representação gráfica cria uma base melhor para avaliar as
condições de isolamento. Qualquer tendência de redução é uma boa advertência de possíveis problemas
posteriores até mesmo se os valores forem maiores que o mínimo recomendado.
Da mesma forma que outra advertência é se o equipamento estiver em boas condições, mas as leituras
estiverem abaixo do valor mínimo recomendado, somente se estas leituras periódicas forem
consistentes.
EXEMPLO
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 134 / 189
uma única tensão
Este método tem como base a comparação do efeito de absorção em um isolamento em bom estado a
um isolamento úmido ou contaminado. Em poucas palavras, São feitas leituras sucessivas em
determinados tempos e as diferenças nas leituras são anotadas.
Testes feitos com este método normalmente são conhecidos como testes de absorção dielétrica.
MΩ Isolamento
provavelmente
satisfatório
A
B
Pode haver umidade
ou contaminação
0 10 min Tempo
Se o isolamento tiver muita umidade ou contaminação, o efeito de absorção é sobrepujado por uma alta
corrente de fuga que permanece em um valor mais ou menos estável, mantendo baixa a resistência.
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 135 / 189
uma única tensão
Na figura abaixo, podemos ver que um teste de 60 segundos é aceitável até mesmo se o isolamento
estiver em más condições.
Quando o isolamento está em boas condições, a leitura de 60 segundos é maior que a leitura de 30
segundos.
Isolamento aceitável
Tempo Ínicio 30 segundos 1 min
Resistência 200
do 60
isolamento 20
18
10
MΩ 8
6
4
2
Tempo
600.000
400.000
Ω
Outra vantagem dos testes de dupla leitura, como ocasionalmente são chamados, é que eles oferecem
um panorama mais claro, até mesmo se o teste de curta duração indicar que o isolamento está em bom
estado.
Por outro lado, se a agulha mostrar um aumento gradual na verificação de 30 a 60 segundos, você
poderá ter certeza de que as bobinas estão em boas condições.
O teste de resistência de tempo realizado em máquinas rotativas de grande porte, especialmente aquelas
com uma alta tensão de operação, requer faixas de resistência muito altas e uma tensão de teste tão
constante quanto possível.
Um instrumento Megger usado de forma rudimentar, com uma linha de alimentação, satisfaz estes
requisitos da mesma forma. Este aparelho é facilmente adaptado a cabos, transformadores e
interruptores de maior porte.
EXEMPLO
Se durante o teste de leitura de curta duração, houver um valor de 10 MΩ e a verificação for uma dupla
leitura, a resistência do isolamento permanece estável, ao passo que a tensão fica estável por 60
segundos. Isto significa que há umidade ou poeira nas bobinas que estiverem sendo medidas.
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6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 136 / 189
uma única tensão
Há várias maneiras de secar uma máquina, que dependem principalmente do tamanho e da capacidade
de manobra. Para isto, podemos usar:
• Sopro de Ar quente.
• Um forno.
• Circulação de corrente através dos condutores.
• Uma combinação de algumas destas técnicas.
Em alguns casos ou com determinados equipamentos, pode não ser necessário secá-la. Isto pode ser
verificado com o teste de isolamento, mas somente se houver leituras anteriores para o aparelho.
Quando for necessária secagem, estas leituras deverão ser usadas para determinar o momento em que
o isolamento estiver suficientemente livre de umidade.
EXEMPLO
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 137 / 189
uma única tensão
Na figura, podemos ver uma curva de secagem típica para a carcaça de um motor com corrente
contínua.
Podemos observar as mudanças na resistência do isolamento nas leituras, que podem ser feitas a
cada minuto por quatro horas.
1000
Aumento de
temperatura de
20° a 90°C.
(68°F a 194°F).
Temperatura constante
100 a 90° C.
MΩ
Redução de
temperatura de
90° a 20°C.
(194°F a 68°F).
10
1
0 1 2 3 4 5 6
DIAS
Durante a primeira parte do teste, a resistência diminui com o aumento da temperatura; depois, quando a
temperatura é constante, a resistência começa a aumentar à medida que ocorre a secagem.
Por fim, ela atinge um valor alto até chegar na temperatura ambiente de 20°C (68°F).
Se a resistência do isolamento for executada durante a secagem do equipamento e além disso houver
leituras anteriores de uma máquina seca, fica simples saber quando é atingido um valor seguro para o
equipamento que estiver sendo testado.
Pode ser preferível usar o teste de resistência de tempo, efetuando-se leituras periódicas, com o uso do
índice de absorção ou do índice de polarização para acompanhar o progresso na secagem.
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6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 138 / 189
uma única tensão
Dadas as seguintes
Um motor com 5000 Volts nominais deve ter
afirmações, assinale a(s) 1 isolamento de.....
opção(ões) correta(s).
5 MΩ
0,5 MΩ
alta tensão.
baixa tensão.
ATIVIDADE
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento 139 / 189
Qualquer redução considerável ou incomum na resistência do isolamento para um aumento prescrito na tensão
aplicada é uma indicação de uma deficiência incipiente na resistência do isolamento.
O valor máximo de tensão a ser usado depende em grande parte da limpeza e umidade encontradas no
isolamento que estiver sendo testado.
Pela execução dos testes de isolamento nestes níveis de tensão de corrente contínua, o método do
ohmímetro possui pelo menos uma vantagem: ele é um instrumento com tensões prescritas fixas
disponíveis com o uso de uma chave e com leituras diretamente em Ω. Este é um dos métodos mais
simples e pode ser reproduzido quando estiverem disponíveis altos níveis de tensão.
LEMBRETE
MΩ
0 5 10 15 20 25
Tensão de teste em KV
Na figura anterior, a possível alteração na corrente em fuga, após a corrente de absorção ter
desaparecido, é mostrada graficamente em termos de resistência do isolamento como resultado da
aplicação destas duas tensões.
Isto é uma suposição, mas é uma condição raramente vista na prática. Se o isolamento permanecer
estável em 2500 V, não haverá alteração no valor de resistência do isolamento, como está mostrado na
linha pontilhada estendida acima da curva.
Quando aparecerem condições não-lineares em tensões mais altas, estas serão indicadas na curva de
tensão-resistência pelo desvio da curva para baixo.
É importante salientar que esta curva indica apenas a alteração da resistência devido à dispersão de
corrente e não à absorção de corrente, que pode aparecer por um período de tempo em cada alteração de
tensão. Poderia ser necessário esperar um tempo considerável para que a corrente de absorção
desapareça antes de ser efetuada a leitura.
Para melhor compreender a técnica dos testes da resistência do isolamento com duas ou mais tensões,
sugerimos seguir os passos abaixo com o uso de um motor industrial ou de tração com tensão nominal
entre 300 e 10000 V:
1 Deve ser feita uma medição de um minuto com o Megger em 500 V, a ser usada como
uma referência para uma medição subseqüente.
2 Depois, o motor deve ser limpo e, em seguida, deve ser realizada uma segunda medição
em 500 V para verificar a eficácia da limpeza.
4 Executar o teste com o Megger em 2500 V. Se não houver diferença considerável entre
os valores de Teste de 500 V e 2500 V, há uma boa evidência de que o motor que
estiver sendo testado está em boas condições, pelo menos em termos de isolamento.
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição de resistência do isolamento com 141 / 189
mutitensão
Por outro lado, se houver uma diferença visível, há uma boa evidência de que a máquina requer um
melhor recondicionamento.
Se o isolamento apresentar falha no teste de 2500 V, após terem sido seguidos os passos 1, 2 e 3,
poderemos concluir que o motor em questão teria provavelmente falhado em serviço, até mesmo
sabendo-se que seu recondicionamento com base nos testes em baixa tensão foi apenas tentado.
O método de multitensão pode também ser útil para determinar o grau de umidade no isolamento de
motores ou equipamentos com uma tensão nominal equivalente ou maior que a disponível no testador
Megger que estiver sendo usado.
EXEMPLO
As tensões aplicadas devem obedecer a uma relação de 1 para 5. A experiência tem mostrado que uma
diferença de 25% nos valores da resistência de isolamento com uma relação de tensão de teste de 1 para
5, normalmente se deve à presença de umidade excessiva.
Este método não é baseado no método de absorção dielétrica. Da mesma forma que o método de
resistência de tempo, o método de multiteste de tensão de resistência do isolamento possui valor maior
quando é realizado periodicamente ou com base em um programa de manutenção.
Este método requer um Megger mutitensão para aplicar duas tensões em degraus, por exemplo 500 V de
corrente contínua e, em seguida, 1000 V de corrente contínua.
É importante prestar atenção a qualquer redução na resistência do isolamento à tensão mais alta. Se a
resistência estiver mais baixa, é um sintoma de deficiência de isolamento que só é mostrado na tensão
mais alta.
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição de resistência do isolamento com 142 / 189
mutitensão
Em vez de uma tensão em aumento progressivo, a figura abaixo mostra primeiro a baixa tensão do teste
de 500 V e, em seguida, após a amostra ter sido descarregada, um teste de 2500V.
MΩ
Teste de 500 V
Teste de 2.500 V
0 60 segundos Tempo
Qualquer diferença nos dois testes em termos de MΩ é um sinal de deficiência de isolamento na tensão
mais alta, que é uma condição que precisa ser investigada mais tarde. Como a condição da amostra
deteriora o gráfico da tensão mais alta, esta tensão terá a redução em MΩ com relação à tensão mais
baixa e da mesma forma seu aumento correspondente será menor.
Umidade e sujeira no isolamento normalmente são reveladas durante os testes de tensões mais baixas
muito menos que o funcionamento normal do equipamento que estiver sendo testado. No entanto, é
impossível revelar os efeitos de dano mecânico em isolações adequadamente limpas nestes testes de
baixa tensão.
Agora, quando a tensão é aumentada em degraus para produzir forças elétricas que se aproximem as
que a máquina possui em serviço ou as excedam, os pontos com deficiência localizada têm cada vez
mais influência na resistência do isolamento total.
A resistência destas falhas locais geralmente diminui rapidamente, de acordo com a força elétrica a elas
aplicadas, elas aumentam ainda mais que determinados limites.
Na figura abaixo, são apresentadas curvas de duas leituras Megger consecutivas, onde é mostrada a
queda acentuada da resistência.
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição de resistência do isolamento com 143 / 189
mutitensão
MΩ
1000 • A Curva 1 mostra uma clara queda na
900
800 resistência à medida que a tensão de teste é
CURVA 2 aumentada, o que indica um problema.
700
600 •A Curva 2 mostra as condições dentro da
bobina do motor, após ser limpa, aquecida e
500
impregnada com verniz.
400
300
250
200
150
100
90 CURVA 1
80
70
60
50
40
30
25
20
15
10
1 1,5 2 2,5 3 4 5 6 7 8 9 10
Tensão aplicada (KV)
Curvas de teste de um método de tensão de passo.
Cada degrau de tensão deve ser mantido constante por apenas 60 segundos. Este curto período não
afeta a tendência de modificação da resistência, no entanto, cada período de teste deve ser o mesmo
para cada equipamento determinado.
Pode ser que a resistência de absorção total não tenha desaparecido totalmente, mas as medições
terão a mesma base, sendo, portanto, comparável.
Os resultados serão independentes dos materiais de isolamento e de temperatura, pois o que pode ser
observado são modificações na resistência do isolamento e não valores absolutos.
LEMBRETE
Da mesma forma que os métodos
de leitura de curta duração e O método de tensão de passo é especialmente adequado para a
instantânea, o método de tensão detecção de contaminação pela umidade ou outro elemento em
de passo será mais eficaz se for máquinas cuja tensão nominal seja a mesma ou maior que a
usado quando baseado em um tensão máxima do Megger.
programa para assegurar testes Em outras palavras, mesmo que o Megger não aplique forças
periódicos.
elétricas à máquina superiores a sua tensão nominal, um teste de
duas tensões pode, na maioria dos casos, revelar a presença destes
contaminadores.
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição de resistência do isolamento com 144 / 189
mutitensão
ATIVIDADE
Com base nos conceitos desenvolvidos sobre os testes mutitensão,
tente concluir a seguinte atividade.
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento 145 / 189
Todos os testadores Megger com a faixa de 1000 MΩ ou mais estão equipados com um terminal Guard.
A finalidade principal deste terminal é permitir a possibilidade de realizar o chamado teste de malha de três
terminais, para que a resistência em um dos dois possíveis caminhos possa ser determinada diretamente.
O terminal Guard é usado para a medição de grandes valores da resistência e para a estabilização das
leituras.
Além disso, o terminal Guard possui a finalidade secundária de fornecer uma fonte de tensão de corrente
contínua bem regulada e de uma capacidade limitada.
Condutor até o
terminal de Superfície exposta
Linha (-) [C]
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Casos práticos 146 / 189
Ry
Rz
Na direção do
Na direção do
terminal de terra Rx
Terminal de linha
A C
I
Na direção do
terminal de terra Na direção do
Rx
Terminal de linha
A C
I
O isolamento de todo aparelho elétrico possui dois caminhos de fuga para corrente, um através do
material isolante e o outro através da superfície.
Inserindo-se um terceiro terminal de teste no caminho de fuga superficial, ele pode ser separado em
duas partes formando uma malha de três terminais.
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Casos práticos 147 / 189
EXEMPLO
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Casos práticos 148 / 189
T7 T8 T9
T4 T5 T6
T1 T2 T3
Até a
terra
Medidor de isolamento
1000
O isolamento
500 satisfatório aumenta a
resistência ao longo do
tempo.
Resistência (em MΩ)
100
50
10
O isolamento incorreto
5
reduz a resistência ao
longo do tempo.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo em minutos
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Casos práticos 149 / 189
IP é definido como a relação entre a resistência do isolamento (Ra) medida a cada 10 minutos e a
medição por minuto da corrente contínua aplicada à amostra.
Ra10
IP =
Ra1
Outra forma de medir o IP é através de uma fonte de corrente contínua estabilizada; um amperímetro
faz leituras a cada minuto e a cada 10 minutos, neste caso:
I1
IP =
I10
No eixo X Valores de Ra
No eixo Y Tempo
O isolamento está em boas condições quando o diagrama for uma linha reta que aumente visivelmente
sobre o tempo do teste. Umidade, contaminação ou deterioração levarão a uma linha reta ascendente
ao longo do tempo, que gradualmente tende a nivelar-se.
Um IP < 1 pode indicar umidade excessiva ou carbonização sobre o isolamento ou dentro dele.
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6. Testes de isolamento Casos práticos 150 / 189
Cabos e multicondutores
Deve-se verificar se não há nenhum equipamento conectado, que poderia ser afetado devido à tensão
aplicada pelo Megger.
Teste de condutores
Seccionador
O medidor de tensão é desconectado e a resistência do isolamento à terra é determinada conectando-se
o ponto positivo do Megger ao terminal de medição e o ponto negativo à estrutura ou qualquer eletroduto
aterrado.
Teste do seccionador
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6. Testes de isolamento Casos práticos 151 / 189
Bobinas do transformador
Pode ser usado um Megger para testar a resistência de uma bobina do transformador à terra. Este teste
pode ser usado para ajudar a diagnosticar possíveis curtos-circuitos no transformador.
Ele pode ser utilizado também para testar a resistência do isolamento do óleo do transformador.
NOTA!
O teste da resistência com o megômetro é muito mais valioso quando é feito rotineiramente. As
medições da resistência do transformador podem cair continuamente durante o uso do transformador. A
redução da resistência pode ser causada pela deterioração do óleo do transformador ou pelo
isolamento das bobinas.
Se a tendência for observada com várias medições em um período de tempo, é possível descobrir
problemas que não aparecem em um único teste. Neste sentido, a tendência significa a direção de
variações graduais em uma série de medições.
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6. Testes de isolamento Casos práticos 152 / 189
O procedimento para testar a resistência da bobina de um transformador à terra pode incluir os seguintes
passos:
7 Ligue o Megger
10
Descarregue qualquer tensão que poderia ter sido acumulada durante o teste.
11 Desligue o Megger
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153 / 189
Medições elétricas
7
Medição da
capacitância e da
indutância
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7. Medição da capacitância e da indutância 154 / 189
nx . αx
CX = CN .
nN . αN
NOTA
Neste tipo de medições, o pulso balístico sempre deve ser breve, isto é, ele deve ter terminado antes de
o ponteiro do galvanômetro desviar-se consideravelmente. Se esta condição não for observada na
medição de grandes capacitâncias, como o tempo de carga e descarga do condensador é muito maior
que o período de oscilação do galvanômetro, deve ser levado em consideração um fator de correção,
que pode ser obtido da folha de especificações do aparelho. Da mesma forma, se for usado um
condensador padrão externo (cuja capacitância seja aproximadamente equivalente à capacitância a ser
medida), os erros que surgirem no momento do ajuste da capacidade padrão CN e se na medição eles
forem equivalentes, eles não terão nenhum efeito sobre o resultado.
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7. Medição da capacitância e da indutância Instrumentos de medição 155 / 189
As medições de isolamento e capacitância em cabos, por exemplo, são obtidas de maneira adequada
com um megômetro medidor de microfarads. Tanto o isolamento quanto a capacitância do isolamento de
um cabo podem ser determinados por sua comparação com padrões incorporados (0,1 MΩ e 0,1 µF).
A comparação de capacitâncias como medição de carga e descarga, pode ser feita também com um
padrão externo. Com o seletor apropriado, é possível mudar de um tipo de medição para outro sem
modificar o circuito externo; o mesmo se aplica aos procedimentos de comparação (ou calibração) e
medição.
O circuito abaixo é usado para galvanômetros de facho de luz com faixas de medição de 10 kΩ a 0,3 TΩ
e aproximadamente de 750 pF a 11 mF, bem como galvanômetros de espelho com faixas de medição de
25 kΩ a 4 TΩ e de 1000 pF a 12 µF.
S RxCx
M
3 1 RxCx carga
30 10
100 Cx descarga
G 300
RN
1000
GT
∞
3000 CN carga
10000
30000 100000 CN descarga
∞ RN CN
B MT 10 KΩ
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7. Medição da capacitância e da indutância Instrumentos de medição 156 / 189
Capacitâncias de 10 pF a 11 mF.
Além dos recursos acima, a ponte RLC pode ser também conectada a padrões externos para medições
comparativas das magnitudes acima expressas e medições de porcentagens entre o “valor normal -20%”
e o “valor normal +20%” (2 faixas de medição).
O dispositivo de medição é composto basicamente de uma ponte, onde dois braços são suplementados
pelas resistências reativas para medir a indutância, a capacitância e a resistência aparente [impedância].
O mensurando conhecido é um destes dois braços. Na diagonal (derivação neutra) há um amplificador
de medição e um indicador de sintonia.
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7. Medição da capacitância e da indutância Instrumentos de medição 157 / 189
ATIVIDADE
Com base na revisão dos conceitos de instrumentos de medição,
Execute a seguinte atividade.
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7. Medição da capacitância e da indutância 158 / 189
Se o ajuste da ponte for totalmente automático, será possível registrar os valores de tan δx e ∆Cx/Cx0 com
impressoras de linha. O início da descarga de escova no objeto a ser testado também pode ser
monitorado em um oscilógrafo de raios catódicos. Além disso, pode ser registrado também o valor de
limiar da tensão de teste indicada no aparelho.
Em princípio, a ponte de medição universal C tanδ é equivalente à Ponte Schering para medições Cx e
tan δx, onde o ajuste da capacitância é feito por meio das resistências de precisão RN e Rx (com
graduação decimal), ao passo que o ajuste do ângulo de perda é realizado com o condensador de
capacitância Cδ.
CN CX ,δX
G
~
RN RX
Cδ
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7. Medição da capacitância e da indutância Medição do fator de perda 159 / 189
RN
Cx = CN .
RX
Tan δx = RN . ω . Cδ
CN CX δX
U LS
DW
OSZ
~
LS EN
P1 P2
RN RX
LS
K
LS LS
ZG
ATIVIDADE
Com base na explanação da medição do fator de perda, resolva o
seguinte exercício.
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161 / 189
Medições elétricas
8
Medição do campo
magnético e da
freqüência
TÓPICOS DO CAPÍTULO 8
Os diferentes métodos de
medição dos campos
magnéticos e das 8.1 Medição do campo magnético 162
freqüências estão
descritos abaixo neste 8.2 Medição da freqüência 163
capítulo.
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8. Medição do campo magnético e da freqüência 162 / 189
As medições do campo magnético com bobinas móveis e geradores de medição têm por base a lei de
Faraday.
Elas podem ser:
Para fazer uso do efeito Hall, podem ser construídas sondas de tamanho bastante reduzido. Elas são
bem adequadas para medir a intensidade de diversos pontos de um campo magnético, enquanto ao
mesmo tempo se registra sua direção.
B = UH . d
I RH
Sendo:
d= Espessura do gerador Hall. Princípio de medição do campo
RH = Constante de Hall. magnético com uma sonda Hall.
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8. Medição do campo magnético e da freqüência 163 / 189
Para uma margem de freqüências estreita, são usados diferentes dispositivos de medição com
circuitos ressonantes nos dois lados de um valor teórico.
Os períodos de corrente alternada durante um determinado tempo podem ser contados com
contadores eletrônicos.
O valor da freqüência pode ser transmitido a indicadores por dígitos ou a outras unidades para seu
processamento subseqüente.
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8. Medição do campo magnético e da freqüência medição da freqüência 164 / 189
ATIVIDADE
VERDADEIRO FALSO
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165 / 189
Medidas elétricas
9
Operação de
aparelhos elétricos
de medição
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição 166 / 189
O dispositivo de medição de um instrumento elétrico faz bom uso de uma propriedade física de uma
quantidade correspondente para compará-la com valores pré-dispostos por meio do projeto e
configuração do instrumento.
a
b
c i
d e
h
j
f k
g
Apoio sobre Suspensão em correia
articulação tensionadora
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Regras gerais 167 / 189
Para que um dispositivo de medição possa voltar à sua posição desligada com a devida velocidade, após
a variação de um valor da medição, será necessário um elemento oscilante de amortecimento adicional.
Via de regra, a primeira sobremodulação produzida ao conectar-se um valor de medição equivalente a
dois terços do comprimento desta escala é limitada a 20 % da escala.
NOTA
O tempo exigido pelo ponteiro para indicar um valor que não seja
diferente da posição final em mais de 1,5% do comprimento da
escala geralmente é inferior a 4s.
Hz
II
Conexão direta de um medidor de freqüência com placa
III oscilante.
Hz
I
Conexão através de um transformador de tensão monofásico
II com circuito secundário derivado à terra de um medidor de
freqüência com placa oscilante a uma linha de energia elétrica.
III
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição 168 / 189
• A bobina (condutor) é posta sobre uma armação giratória no campo magnético de um ímã
permanente de forma a ser produzido um torque proporcional à intensidade da corrente.
• A armação pode ser disposta sobre articulações; neste caso, são usadas molas espirais para
produzir o torque oposto necessário e, portanto, conduzir a corrente.
• Se a armação estiver pendurada por correias tensionadoras, estas correias proporcionarão o torque
oposto e conduzirão a corrente até a bobina.
• No eixo de um ímã externo, a bobina fica entre os pontos polares e gira ao redor de um núcleo de
ferro doce em forma de cilindro.
• O sistema de medição com ímã de núcleo possui um corpo em forma de cilindro com magnetização
transversal em sua bobina e em sua parte externa um tubo de ferro doce para fechar o circuito
magnético.
4
Para amortecer oscilações, as correntes induzidas
no enrolamento e na sede da bobina – que é uma
armação de curto-circuito - são suficientes graças à 1. Ímã permanente.
grande intensidade do campo magnético. 2. Molas condutivas opostas.
3. Correção de zero.
Perturbações devido a campos magnéticos 4. Bobina móvel.
externos quase não têm influência por causa da
grande intensidade do próprio campo.
Aparelho magnetoelétrico para medição da
intensidade e tensão em corrente contínua.
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 169 / 189
Os sistemas de medição com bobina móvel são adequados para medir a intensidade e tensão em
corrente contínua. O consumo será reduzido e a escala será linear se o campo magnético for
homogêneo. Como a direção de deflexão do ponteiro depende da direção da corrente, o sistema de
medição pode ser ajustado de forma que o ponto zero fique no centro da margem de medição.
Símbolo
Correia
A bobina móvel - de enrolamento tensionadora
extraordinariamente fino e massa de apenas
alguns mg - é disposta no campo magnético entre Espelh
peças polares, sem que o campo esteja sendo o
homogeneizado por meio de um núcleo de ferro. Peça polar de ímã (fora da caixa do
oscilador)
Em princípio, o funcionamento é o mesmo que em Bobina móvel
um sistema de medição com bobina móvel.
Correia
tensionadora
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 170 / 189
Freqüentemente é usado o tipo construtivo com um ímã central. O campo magnético existente entre o
núcleo e o tubo de ferro que serve para fechar o circuito magnético mostra a forma senoidal desejada.
P=U.I
Símbolos
O torque é compensado pelo torque das correias tensionadoras e das molas de força de guia, que
também conduzem corrente até as conexões de bobina móvel. A direção da deflexão do ponteiro
permanecerá constante se a corrente polaridade for modificada ao mesmo tempo em ambos os circuitos.
Portanto, este sistema de medição também é apropriado para corrente alternada e reage à potência ativa
(U. I. cos ϕ).
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 171 / 189
1. Bobina fixa.
2. Bobina móvel.
1. Bobina de tensão.
2. Bobinas de intensidade.
3. Tambor de alumínio com núcleos de
chapas de ferro.
4. Amortecedor eletromagnético.
Aparelho de indução ou Ferraris para medição da intensidade
3 2 da tensão e potência em corrente alternada.
NOTA
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 172 / 189
1. Escala
2. Ponteiro
3. Ferro fixo
4. Mola
5. Bobina
6. Regulação
7. Ferro móvel
8. Amortecimento
Ferros ou bobinas possuem um formato tal que é obtida uma configuração quase linear com a escala; no
entanto, a repulsão mútua dos ferros magnetizados depende do esquadro da intensidade de corrente.
NOTA
• O sistema de medição com ferro móvel reage aos valores eficazes, e portanto pode ser usado em
corrente tanto contínua quanto alternada.
• Nenhuma corrente passa pelo elemento móvel; este sistema é mecânica e eletricamente robusto, mas
seu consumo de energia é consideravelmente maior que o da bobina móvel. Portanto, não é
conveniente usar resistências em paralelo para ampliar a margem de medição, pois usá-las
aumentaria ainda mais o consumo de energia do dispositivo.
• Os sistemas de medição usados para instrumentos de precisão protegem contra campos externos.
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 173 / 189
Símbolo
O ímã rotativo diametralmente magnetizado em forma de disco ajusta-se ao valor resultante do campo
magnético da bobina fixa através do qual a corrente se propaga.
NOTA
NOTA
Quando se mede tensões em corrente contínua, apenas a potência necessária para a carga é absorvida da
fonte de tensão e, quando se mede tensão em corrente alternada, somente a potência reativa é absorvida.
É preciso um bom isolamento de eletrodos .
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 174 / 189
1. Conexão da corrente
2. Saída de corrente
3. Mola bimetálica através da qual a corrente flui
4. Eixo
5. Ponteiro
6. Escala
7. Mola oposta (bimetálica)
8. Bucha de apoio
NOTA
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 175 / 189
1. Bobina excitadora.
2. Palheta de aço.
49 50 51 49 50 51
50 Hz 49,75 Hz
1. Placas oscilantes.
2. Bobina.
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 176 / 189
Um cátodo (No.2) emite eletrodos livres em um tubo de vidro com vácuo. O cilindro Wehnelt (Nº 3),
disposto atrás do cátodo, regula o fluxo de elétrons agrupados em um sistema óptico (campo Nº 4)
formando um feixe, sendo acelerado pelo ânodo 5.
Depois do sistema óptico, são dispostos dois pares de placas perpendiculares entre si; sua função é
defletir o feixe de elétrons da posição central.
O par de placas (Nº 6 - deflexão x) geralmente é aplicado a um “circuito de varredura” e o par de placas
(Nº 7 - deflexão y) é sujeito à tensão a ser medida.
O feixe de elétrons, focalizado através da opção apropriada de potenciais de Nº 4 para que o foco fique
sobre a tela, aquece a camada luminescente no ponto de incidência (fluorescência ou fosforescência).
Desta forma, a deflexão do feixe eletrônico é visualizada sob a influência dos campos defletores, ou
seja, a variação do mensurando é representada em coordenadas cartesianas.
2 3 4 6
5
7
8
1. Elemento de aquecimento.
2. Cátodo.
3. Cilindro Wehn.
4. Lente elétrica.
5. Ânodo.
6, 7 Placas de deflexão.
8. Tela. Elementos de um tubo (tubo Braun).
Tubos de raios catódicos são dispositivos de medição que têm praticamente nenhuma inércia. Eles são
usados para registrar valores de tensão dependendo do tempo. No entanto, também pode ser
representado um diagrama de determinada tensão em conexão a outra.
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 177 / 189
Um importante recurso destes tubos é dado pela persistência do padrão luminoso na tela. Para
processos que variam muito lentamente, é necessária uma grande persistência; no entanto, para
processos com uma variação rápida, a persistência deve ser muito breve.
Cátodo de V vertical
aceleração
Resistência do
emissor Feixe de
elétrons Ponto
brilhante
- + +
V horizontal
Contraplaca do condutor
Tela fluorescente
Osciloscópios
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 178 / 189
ATIVIDADE
Com base nas explanações dos diferentes dispositivos de medição
dadas acima, resolva a seguinte atividade .
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição 179 / 189
Além disso, o aparelho pode ser contrastado com um padrão e seus desvios podem ser mostrados em
um gráfico indicando o desvio aproximado correspondente a cada medição, para que a medição feita
com o aparelho contratado seja perfeita.
Comparação de ohmímetros
Para contrastar um ohmímetro Ωx com outro padrão Ωρ eles devem ser conectados conforme mostrado
no diagrama:
Ωx
Ωρ
Comparação de ohmímetros
Comparação de Amperímetros
A intensidade será determinada para valores pequenos e ela aumenta à medida que são feitas as
medições.
Isto é conseguido com o uso de um reostato quando se elimina a resistência, aumentando-se a
intensidade em uma proporção inversa. Os dois amperímetros devem ser conectados em série no
mesmo circuito, conforme indicado no seguinte diagrama:
+
Ax Aρ
-
R
Comparação de Amperímetros
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Comparação de dispositivos de medição 180 / 189
Comparação de Voltímetros
Para obter variações de tensão, é usado um variador de tensão; ele provê diferentes pontos de tensão
aos dois voltímetros a partir do zero, fazendo com a parte móvel do variador gire.
Os dois voltímetros devem ser conectados em paralelo, conforme mostrado no diagrama abaixo:
R
S
-
Vρ Vx
Comparação de Voltímetros
Comparação de Wattímetros
Os dois wattímetros, o W x contrastado e o padrão Wρ, devem ser conectados em série, isto é, para que a
mesma corrente a ser medida atravesse os dois.
Uma carga variável deve ser intercalada, para que a resistência diminua progressivamente e, portanto,
quando a corrente absorvida estiver mais alta, a potência também será mais alta.
R
S
Wρ +
Wx
-
Comparação de Wattímetros
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Comparação de dispositivos de medição 181 / 189
série.
paralelo.
série.
paralelo.
mais baixa.
ATIVIDADE mais alta.
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182 / 189
APÊNDICE
A Amperímetro
V Voltímetro
W Wattímetro
ϕ Medidor de fase
Hz Medidor de freqüência
Ω Ohmímetro
f Medidor de capacitância
s Sincronoscópio
Medidor de energia
Corrente contínua
Corrente alternada
Conexão à terra
Indutância
Resistor indutivo
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APÊNDICE 183 / 189
Símbolo Designação
Capacitor
Conexão variável
Chave unipolar
Chave tripolar
Curto-circuito do fusível
Lâmpada incandescente
Lâmpada fluorescente
Reostato
Posto de ligação
Motor monofásico
Motor trifásico
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APÊNDICE 184 / 189
Símbolo Designação
Transformador de tensão
Transformador de corrente
Transformador variável
Regulador de tensão
Corrente contínua
Corrente alternada
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Rev.00
APÊNDICE 185 / 189
Símbolo Designação
Posição horizontal
Instrumento de indução
IMTEL007-GBE
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APÊNDICE 186 / 189
Símbolo Designação
Instrumento eletrostático
Termopar isolado
IMTEL007-GBE
Rev.00
APÊNDICE 187 / 189
Símbolo Designação
Corrente contínua
Corrente alternada
Tela eletrostática
est
Sistema estático
Sistema estático
IMTEL007-GBE
Rev.00
APÊNDICE 188 / 189
Símbolo Designação
Apoio da faixa de tensionamento (linha abaixo
do símbolo. Siem. International Standards)
Retificador
Suplemento
a
Transp. Termoel.
Sistema de indução
Sistema térmico
Sistema bimetálico
Sistema vibratório
Nota (observar as instruções de operação)
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Rev.00
APÊNDICE 189 / 189
Instrumento de medição,
Sistema de medição, símbolo
símbolos de registro: registro
de indicação geral
de pontos
Integração de aparelhos,
Voltímetro para corrente
especialmente medidores
contínua e alternada,
elétricos
marcação V