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Livro didático Nº IMTEL007-GBE

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Medições elétricas

PORTUGUÊS

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Propósito e objetivos deste livro didático

Este livro didático visa apresentar diferentes instrumentos de medição de tensão, corrente e
resistência, os princípios físicos sob os quais eles funcionam e os procedimentos para
realizar medições.

No final deste curso de treinamento, o aluno será capaz de:

Conhecer os conceitos básicos sobre medições elétricas.

Analisar os diferentes tipos de medidas elétricas.

Aprender os recursos dos instrumentos de medição elétrica.

É importante compreender as conseqüências que a não atenção aos conceitos e


princípios explicados neste livro didático podem implicar em termos de saúde,
segurança e meio ambiente e a qualidade final do produto.

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Como usar este livro didático

Este livro didático mostra os diferentes instrumentos usados para medir tensão, corrente e
resistência.

Neste livro didático, o aluno poderá encontrar uma explicação detalhada dos instrumentos e
procedimentos de medição, bem como as atividades planejadas para reforçar a compreensão dos
diferentes tópicos.

CAPÍTULO 1 5 CAPÍTULO 6 126


Introdução às medições elétricas Testes de isolamento

CAPÍTULO 2 26 CAPÍTULO 7 153


Medição da tensão e da Medição da capacitância e da
intensidade da corrente indutância

CAPÍTULO 3 38 CAPÍTULO 8 161


O multímetro Medição do campo magnético e da
freqüência

CAPÍTULO 4 85 CAPÍTULO 9 165


Medição da potência Operação do aparelho de medição
elétrica

CAPÍTULO 5 103 APÊNDICE 182


Medição da resistência e do
isolamento

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Como usar este livro didático 4 / 189

Este livro didático possui pequenos símbolos que são repetidos em cada capítulo e
constituem uma forma de organizar as informações para tornar a leitura mais fácil e mais
dinâmica. Estes símbolos são chamados ícones.

Abaixo são apresentadas descrições de como se usa cada ícone (isto é, quando e onde eles podem
aparecer):

GLOSSÁRIO LEMBRETE APÊNDICE


Explica os termos e acrônimos. Reforça um conceito visto Expande os conceitos
anteriormente no texto do
livro didático.

MANUTENÇÃO PERGUNTAS NOTA


Destaca os procedimentos de Apresenta perguntas Destaca conceitos
manutenção necessários. estimulantes. importantes.

EXEMPLO ATIVIDADE EXAME FINAL


Ilustra com situações reais os Assinala o início de um exercício Assinala o início da avaliação
tópicos que estão sendo para reforçar o aprendizado. final.
abordados.

FIM DO CAPÍTULO FIM DO Livro Didático


Assinala o fim do Assinala o fim do livro
capítulo. didático.

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Medições elétricas

1
Introdução às
medições elétricas

Este capítulo mostra os TÓPICOS DO CAPÍTULO 1


princípios básicos do
1.1 Conceitos gerais 6
aparelho de medição
elétrica e os diferentes
1.2 Sistemas de unidades 12
conceitos pertinentes.
1.3 Princípios aplicáveis às técnicas de medição 15

1.4 Métodos de medição 24

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1. Introdução às medições elétricas 6 / 189

1.1 Conceitos gerais


Medição é a ação de registrar numericamente quantidades cujo conhecimento seja importante,
por exemplo, para estudos científicos, em reparos para instalação, em produção e distribuição
de bens ou energia.

Medir significa comparar a quantidade correspondente com uma unidade adequada.

É o ato de medir uma quantidade física, química,


Medição
elétrica ou de qualquer outro componente que se
necessite ter uma referência para futuras
comparações.
Em métodos de medição, determinadas propriedades ou efeitos do objeto medido são utilizados para
relacionar a quantidade correspondente a uma unidade definida ou a um ou vários valores predefinidos,
no dispositivo de medição adequado configurado para este fim.

Valor da medição É a medição determinada com a ajuda de um


dispositivo adequado. Ele é expresso como um
valor numérico pela unidade correspondente.

O dispositivo de medição (conhecido também como aparato ou equipamento de medição) é o conjunto de


todos os componentes com os quais é aplicado um método de medição, com base em um determinado
princípio. Se o dispositivo possuir apenas um componente, é denominado instrumento de medição.

O termo instrumento de medição refere-se também às partes de um dispositivo que forem decisivas para
as propriedades de medição (amplificador de medição, transformador de corrente, padrões, etc).
Os componentes restantes de um dispositivo de medição que não forem decisivos para as propriedades
de medição, tais como fonte de alimentação, elementos de ajuste, amplificadores de valor zero,
condutores de ligação, etc. são denominados conjuntos auxiliares (acessórios).
Os componentes de um dispositivo de medição que podem ser diferenciados por sua função (detectores,
elementos de transformação, elementos de fabricação, emissores) nem sempre são partes separadas do
aparelho.

Entre os diferentes componentes de um dispositivo de medição, não necessariamente os sinais de


medição transmitidos precisam ser equivalentes a quantidade medida do ponto de vista físico.
Exemplo disto é a medição de um torque mecanico que pode ser medido por uma corrente que passa
por um transdutor. Ou uma corrente na saida de uma amplificador proporcional a uma tensão medida
na entrada. Etc.

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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 7 / 189

Medições analógicas Medições digitais

Nestas medições, o valor de qualquer medição Nestas medições, poderão ser apresentados
pode ser continuamente representado e valores de medição discretos de forma
registrado dentro da margem esperada. separada e descontínua com uma sutil
Portanto, o sinal da medição pode assumir graduação. O valor da medição é encontrado
qualquer valor dentro da margem de sinais, pela soma da valores parciais e é exibido por
correspondendo à margem de medição. displays ou por impressoras. Como a maioria
das medições pode variar continuamente,
primeiro elas devem ser quantificadas, isto é,
divididas em etapas às quais tiver sido atribuído
um sinal de medição discreto.

A exatidão dos métodos de medição digital A principal vantagem dos métodos de medição
depende totalmente do grau de digital é a possibilidade do armazenamento de
aprimoramento das escalas de quantificação, sinais de medição quantificados e de seu
sendo que medições mais precisas podem ser processamento sem causar erros adicionais.
obtidas com aparelhos mais dispendiosos.

Um valor de medição determinado por um instrumento de medição não está livre de erros.

A diferença entre o valor medido e o valor real é denominada


erro.

O erro é expresso nas unidades de quantidade NOTA


correspondentes (erro absoluto) ou como uma
porcentagem de um valor de referência (erro Nem sempre é aconselhável tentar alcançar a
relativo) da margem de medição ou do valor exatidão mais alta possível. Em geral, se o
teórico.
aparelho de medição for mais caro, será de
Os limites de erro na técnica de medição são
os desvios extremos, sejam eles combinados
melhor qualidade; no entanto, ele também é
ou garantidos, para mais ou para menos, da mais sensível a perturbações. Além disso, é
indicação correta ou valor predeterminado. necessário dar atenção especial ao manuseio de
A exatidão alcançável da medição depende, um dispositivo caro e à leitura dos valores
acima de tudo, do instrumento utilizado, mas indicados se a intenção for realmente beneficiar-
também da composição e operação de todo o se de seus recursos.
dispositivo de medição.

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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 8 / 189

Para exatidão da medição, as chamadas


quantidades de influência são muito LEMBRETE
importantes. Estas são quantidades físicas
variáveis que influenciam a relação entre Quando forem fornecidos dados quantitativos,
variáveis de entrada e de saída dentro de um
deverá ser evitado o termo exatidão de medição.
sistema de medição.
Nestes casos, é aconselhável usar somente os
conceitos de incerteza de medição, tolerância
ou limites de erro.

As quantidades de influência mais importantes são as


• Temperatura
seguintes:
• Umidade
• Pressão do ar
• Posição
• Vibrações
• Campos de ruído
• Tensão da rede elétrica
• Freqüência da rede
elétrica
• Corrente de dispersão
Influência é o resultado de alterações na variável da quantidade de saída, conseqüência de um desvio
em relação a seu valor nominal, quando os valores nominais de todas as outras quantidades
permanecerem inalteradas.

Os valores ou margens nominais freqüentemente são indicados para diferentes quantidades de


influência; isto significa que se estas condições nominais forem observadas, serão aplicados os limites
de erro garantidos pelo fabricante do aparelho.

Normas para aparelho de medição elétrica Normas para transformadores de instrumento

De acordo com as normas VDE 0410 (cuja Para estas normas VDE 0414, foram
validade não se aplica a dispositivos estabelecidos os sinais de classe K1 0,1, K1
eletrônicos), poderá ser fornecido um sinal de 0,2, K1 0,5, K1 1 e K1 3 para transformadores
classe para indicação e registro de sistemas de instrumento; para transformadores de
de medição elétrica emissores de contato ou corrente de grande escala, é incluída a
uma parte deles, desde que os erros relativos designação adicional G.
e as influências em condições de teste
predeterminadas permaneçam dentro de
certos limites.
•Instrumentos de painel: 1, 1,5, 2,5, e 5.
•Instrumentos de medição de precisão: 0,1,
0,2 e 0,5.
•Resistências substituíveis em série e em
paralelo: 0,05, 0,1, 0,2 e 0,5 (sua classe deve
ser melhor que a do instrumento
correspondente).
Estes números fixam os limites que o erro de
leitura relativo não deve ultrapassar dentro da
margem de medição.

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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 9 / 189

Margem de medição (De um indicador ou dispositivo de registro). Isto


resulta da faixa de medição de valores, dentro da
qual o dispositivo observa os limites de erro definidos
pela classe correspondente.

Margem de leitura Engloba toda a escala do instrumento; ela pode ser


mais ampla que a margem de medição, por exemplo,
no início da escala, quando o recurso for não-linear,
ou em seu final, no caso de margens de sobrecarga.

Margem de sinalização Corresponde à variável de entrada elétrica em um


instrumento de medição. Ela pode diferir da margem
de medição em dispositivos com resistências em
série e em paralelo, transformadores de instrumento,
ou amplificadores de medição.

A escala de um instrumento pode ser projetada para a margem de medição, ao Passo que o sistema é
dimensionado e ajustado de acordo com a margem de sinalização predeterminada pelo circuito
externo.

Sensibilidade Corresponde ao aparelho de medição; a


sensibilidade é originada na relação entre as
variações de leitura (porém não o ângulo de
deflexão) e a alteração da medição causada por
estas variações de leitura. Na maioria dos casos, a
maior sensibilidade deve-se ao menor consumo de
energia do aparelho.

Limiar de medição ou valor de resposta Variação da medição que causa – por reprodução –
mínima alteração significativa na leitura. Os dados
sobre estes valores geralmente são demasiado
ambíguos na maioria dos casos.

Ponto zero mecânico


É ponto indicado pelo ponteiro do instrumento de
medição em um estado ocioso. Ele não deve ser
necessariamente um ponto na escala. O zero na
escala não deve necessariamente coincidir com o
ponto zero mecânico.

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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 10 / 189

O consumo de energia de um instrumento de


resultado da medição da potência absorvida em NOTA
condições de teste, pela portadora de sinal do
sistema de medição e resistências em série e em Deve ser levado em consideração o consumo de
paralelo incorporadas. energia em todas as medições precisas.

A capacidade de sobrecarga instantânea pode ser A capacidade de sobrecarga permanente de um


verificada por meio de um breve impulso de corrente instrumento de medição geralmente equivale –
(que tem aproximadamente a mesma duração do dentro de uma faixa de temperatura de operação e
tempo de ajuste), com o dobro do valor final da sob condições nominais – ao valor final da margem
margem de medição no caso de instrumentos de de medição e à temperatura nominal daquele valor
precisão. Ela tem o dobro desse valor final no caso multiplicado por 1,2.
de instrumentos de painel e o circuito voltimétrico.
Não circuito amperimétrico, ela possui dez vezes o
valor extremo da margem de medição. Após esta
NOTA
carga, a deflexão zero do ponto deve ser de 0,5%,
como um valor máximo da extensão da escala e as
condições da classe correspondente devem As partes de um instrumento de medição sujeitas
permanecer inalteradas. a tensão devem ser isoladas umas das outras e do
exterior, em relação à tensão de operação
(tensão nominal) do circuito de medição. Para as
tensões nominais costumeiras, foram fixados
valores de teste, com os quais o isolamento
poderá ser verificado.

GLOSSÁRIO

Registro: sinônimo de exame, identificação, inserção, etc. Tecnicamente falando, diferentes quantidades
são medidas e, em seguida, anotadas. A ação de anotar medições cronologicamente e em seqüência é
denominada registro. A obtenção destes valores na unidade de tempo resulta em gráficos do
componente medido. Estes gráficos são armazenados para estudos subseqüentes, como análise,
estatística, etc., os quais, por sua vez, serão utilizados mais tarde para tirar as conclusões necessárias.

Representação gráfica: esboço, desenho, traçado. Tecnicamente falando, trata-se da ação de representar
em um gráfico os valores medidos. Por exemplo, os valores da tensão de linha são obtidos em
diferentes horas do dia durante um mês e, em seguida, - representados em papel – é possível ver o
gráfico que ilustra o comportamento do sinal com todas as suas variantes. Isto faz com estes gráficos
sejam salvos ou armazenados para a tomada de conclusões no futuro, de forma comparativa.

Salvamento: armazenagem, preservação, guarda. Para estudos subseqüentes, é necessário salvar os


gráficos de uma forma prática e simples para seu fácil reconhecimento e comparação. É aconselhável
também haver a capacidade de se reunir o maior número possível de valores no menor espaço possível
disponível, para que eles possam ser comparados com o menor esforço.

Capacidade: espaço disponível, suficiência, ter o espaço e a maneira adequados para receber as
informações enviadas sem nenhuma dificuldade. Ou seja, ser capaz de armazenar os valores e depois
localizá-los facilmente para trabalho no futuro.
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1. Introdução às medições elétricas Conceitos gerais 11 / 189

ATIVIDADE
Foram apresentados os conceitos gerais a respeito dos instrumentos
de medição.

Ligar o conceito à definição correspondente usando setas.

Instrumento de medição Valor registrado pelo aparelho de medição


em seu estado ocioso.

Componente com o qual é aplicado um


Valor de resposta método de medição com base em um
determinado princípio.

Conjunto de componentes cujo método de


Margem de medição medição tem por base um determinado
princípio.

Valor de medição Pode ser obtido com ajuda do dispositivo


adequado.

Faixa de valores dentro das quais o


Ponto zero mecânico aparelho opera de acordo com os limites de
erro atribuídos a cada classe.

Variação de medição que causa uma


Erro
alteração notável, embora mínima, na
leitura.

Dispositivo de medição Diferença entre o valor medido e o valor


real.

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1. Introdução às medições elétricas 12 / 189

1.2 Sistemas de unidades


Os sistemas de unidades consistem em um determinado número de unidades de base definidas de
forma independente, das quais podem ser originadas outras.

Sistema Internacional de Unidades (SI)

As seguintes quantidades e unidades foram obtidas com base no Sistema Internacional:

Comprimento Metro (m)

Massa Quilograma (kg)

Tempo Segundo (s)

Intensidade da corrente elétrica Ampère (A)

Temperatura Kelvin (K)

Intensidade luminosa Candela (Cd)

NOTA

O sistema parcial baseado nas quatro unidades


fundamentais - m, kg, s e A – é denominado
MKSA ou sistema Georgi.

Sistema Técnico de Medição

As seguintes quantidades e unidades fundamentais são definidas no Sistema Técnico:

Comprimento Metro (m)

Força Quilograma-força (kgf) ou Kilopond (kp)

Tempo Segundo (s)

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1. Introdução às medições elétricas Sistemas de unidades 13 / 189

Sistema Físico (CGS)


O Sistema Físico (CGS) baseia-se em três As unidades eletrostáticas e eletromagnéticas
unidades fundamentais: centímetro, grama e do sistema CGS são derivadas separadamente
segundo. das unidades de base com ajuda das leis de
Coulomb.

O sistema eletrostático é derivado da seguinte F= α Q1 . Q2


equação: . r2

O sistema eletromagnético é derivado da seguinte F= β . m1 . m2


equação: r2

Sendo:
F: Força
Q: Carga elétrica
m: Intensidade do campo magnético
r: Distância que separa as cargas ou dipolos magnéticos

Coloque as seguintes
unidades nos quadros
correspondentes. m, kgf, s, cm, kg, A, cd, K, g, kp

1 Sistema Internacional

2 Sistema Técnico de Medição

3 Sistema Físico

ATIVIDADE

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1. Introdução às medições elétricas Sistemas de unidades 14 / 189

Unidades elétricas e magnéticas

Tabela 4: Unidades elétricas e magnéticas

Uma unidade prática é Nome da


Unidade prática unidade
Quantidade e equivalente a:
eletromagnética
símbolo Unidades Unidades
Nome Abreviatura eletrostáticas eletromagné-
ticas
Intensidade da corrente ampère A 3 . 109 10-1
elétrica
Tensão volt V 1/3 . 10-2 108
Resistência elétrica ohm Ω 1/9 . 10-11 109
Condutância elétrica siemens S 9 . 1011 10-9
Carga elétrica coulomb C ; As 3 . 109 10-1
ampère
segundo
Capacitância elétrica farad F 9 . 1011 10-8
Fluxo magnético weber Wb ; Vs 1/3 . 10-2 108 maxwell
Indutância henry H 1/9 . 10-11 109
Potência watt W ; Va 107 107 erg/s
Energia / Trabalho joule J ; Ws 107 107 erg
Força Joule/m J;m 105 105 dina
Intensidade do campo volt/m V/m 1/3 .10-4 106
elétrico
Deslocamento elétrico coulomb/m2 C / m2 12 π . 105 4π .10-5
Densidade da corrente ampère/m2 A / m2 12 π . 105 4π .10-5
elétrica
Resistência específica ohm/m Ω / m2 1/9 . 109 1011
Condutividade elétrica siemens/m S / m2 9 . 109 1011
Corrente magnética ampère A 3 . 109 10-1
Intensidade do campo ampère/m A/m 12π . 107 4π .10-3 oersted
magnético
Indução magnética weber/m2 Wb / m2 1/3 . 10-4 10-14 gauβ
Força magnetomotiva ampère A 12π . 109 0,4π gilbert
Condutividade magnética henry H 109 1/9 . 10-11 109
1) Velocidade da luz no vácuo c ~ 3,1010 cm/s. ~

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1.3 Princípios aplicáveis às técnicas de


medição
Forças eletrostáticas entre cargas elétricas

De acordo com a lei de Coulomb, uma força NOTA


que depende do tamanho das cargas e da
disposição geométrica de suas portadoras, Cargas com o mesmo sinal se repelem, ao passo
age em cada uma das cargas elétricas situadas que cargas opostas se atraem.
em outro campo elétrico.

Os trabalhos de um eletroscópio e de um eletrômetro têm por base a existência destas forças.


Um eletroscópio é usado para o registro de cargas elétricas e um eletrômetro para a medição de cargas
elétricas ou de diferenças de potencial (tensão) com potência praticamente nula.
Como é o caso de elétrons, as radiações
corpusculares podem também ser influenciadas EXEMPLO
por campos elétricos.
O fluxo de elétrons proveniente de uma válvula
amplificadora pode ser regulado por meio da
interação existente entre os campos elétricos e
as portadoras de carga, neste caso os elétrons
livres.
Descarga elétrica em gases

Quando houver uma descarga elétrica em um gás, em princípio, as moléculas ionizadas existentes
são aceleradas pelo efeito do campo elétrico.

Dependendo da intensidade do campo elétrico, da pressão e do tipo de gás, as moléculas ionizadas


acima mencionadas (íons) podem ionizar outras moléculas sucessivamente (ionização por colisão),
fazendo com que o número de portadoras de carga aumente com rapidez.

À medida que aumenta a pressão do gás, são O cátodo é coberto por uma fina película luminosa.
produzidas descargas em arco (descargas de No próximo espaço escuro, é produzida uma
ponta e descargas disruptivas); quando a luminescência negativa com um contorno bem
pressão é reduzida (em alguns Torrs), é definido; em seguida, segue-se outro espaço
originada uma descarga cintilante, exibindo, escuro com uma área de transição difusa.
assim, um fenômeno de luminescência em A coluna positiva, que ocupa o espaço restante até
camadas. o ânodo, pode ser contínua ou ser formada por
Dependendo da disposição destas camadas e camadas, dependendo da pressão do gás, da
mantendo-se constante a pressão do gás, será tensão e do comprimento do percurso da descarga.
possível inferir a polaridade e a magnitude As cores exibidas pela luz são determinadas pelo
aproximada da intensidade da tensão e da tipo de gás em questão.
corrente existentes.

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NOTA

O trabalho dos contadores tubulares baseia-se no efeito ionizante das radiações, com energia
considerável sobre as moléculas de gás.

Tensão da descarga elétrica

A tensão da descarga elétrica entre dois eletrodos depende da forma destes eletrodos e da distância
entre eles, bem como do tipo dielétrico e estado de ionização.

EXEMPLO

Esta relação de tensões é usada, por exemplo, em distâncias entre esferas para medir altas tensões.

Tensão da descarga elétrica em distâncias entre esferas no ar, de acordo com a norma VDE parte 2/8.

D (cm) 2 10 25 50 150 200

S (cm) 0,005 1 5 30 60 150


S

UD (kV) 2,8 31,7 137 585 1280 2250

Nota: UD são valores de limiar a 20°C e 760 Torr.

Fenômenos eletrolíticos

Quando uma corrente elétrica atravessa líquidos condutivos, há uma troca de íons. Os fenômenos
eletrolíticos podem ser usados para determinar a polaridade de correntes contínuas.

Alguns fenômenos eletrolíticos são: Com a ajuda dos chamados voltímetros, é


Em uma solução ácida aquosa, é produzido possível determinar com exatidão a intensidade
hidrogênio no polo negativo. da corrente com base no tempo que ela
demora para ir do ânodo ao cátodo e na
Papel tornassol assume a cor vermelha quando é quantidade de metal depositado.
umedecido no polo positivo.

Em uma solução salina, íons metálicos mudam de


direção, indo na direção do eletrodo, onde acabam
sendo depositados.
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Efeito Joule
A calor produzido pela corrente elétrica em um No caso de amperímetros térmicos e
condutor depende de sua resistência, intensidade bimetálicos, a expansão do material condutivo é
da corrente e das condições de resfriamento. Em usada para medir a intensidade da corrente. Os
conversores termoelétricos de alta freqüência, a elementos bimetálicos são compostos de duas
tensão de um termopar aquecido pelo condutor tiras metálicas firmemente unidas, com
principal é diretamente proporcional à intensidade diferentes coeficientes de expansão térmica.
da corrente que atravessa o condutor. Quando aquecido, o elemento curva-se na
direção do lado metálico com menor coeficiente
de expansão.

Relação resistência-temperatura

A dependência térmica da resistência, NOTA


especialmente notável em determinados
semicondutores, desempenha um importante papel
na técnica de medição. A dependência térmica da resistência em
circuitos pode ser neutralizada, quando for
apropriado, pelo uso de componentes com
temperatura contrastante.

Há termistores com coeficientes de temperatura negativos; ou seja, sua resistência diminui à medida que
aumenta a temperatura e termistores com coeficientes de temperatura positivos, cuja resistência
aumenta à medida que a temperatura também sobe.

Termoeletricidade

No ponto de contato de dois metais diferentes, há um fluxo de elétrons que cria um campo
elétrico entre os dois metais, pois o trabalho de emissão de elétrons é diferente em cada metal.

Se o ponto de junção (soldagem) for aquecido, a tensão de contato aumentará em relação às


extremidades do condutor frio, de forma que esta tensão termoelétrica possa ser usada para medir a
temperatura.
A tensão termoelétrica entre metais, indicada por uma diferença de temperatura de 100°C do ponto de
medição e do ponto de comparação, é originada da diferença nos valores indicados na série de tensão
termoelétrica.

A série de tensão termoelétrica em metais é dada abaixo.

Metal fem Metal fem Metal fem


Bismuto -7,70 Chumbo 0,41/0,46 Manganês 0,57/0,82
Constantan -3,47/-3,40 Magnésio 0,4/0,43 Irídio 0,65/0,68
Cobalto - 1,99/-1,52 Alumínio 0,37/0,41 Ouro 0,56/0,80

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Metal fem Metal fem Metal fem


Níquel -1,94/-1,20 Volfrâmio 0,65/0,90 Cádmio 0,85/0,92
Mercúrio -0,07/0,04 Ródio 0,65 Molibdênio 1,16/1,31
Platina 0,00 Prata 0,67/0,79 Ferro 1,87/1,89
Grafita 0,22 Cobre 0,72/0,77 Cromo 2,20

Tântalo 0,34/0,51 Aço V2A 0,77 Antimônio 4,70/4,86


Estanho 0,40/0,44 Zinco 0,60/0,79 Silício 44,8
Telúrio 50,0

Efeito fotoelétrico
Alguns metais e semicondutores emitem elétrons quando absorvem a luz. Os quanta de luz incidentes
devem ter uma quantidade mínima de energia equivalente ao trabalho de emissão de elétrons; a
freqüência de radiação não deve ser inferior a um determinado valor.

Efeito fotoelétrico normal O número de elétrons emitidos aumenta à medida


que a freqüência de radiação aumenta.

Efeito fotoelétrico seletivo O número de elétrons atinge um valor máximo em


uma determinada freqüência. Este efeito é
produzido para alguns metais e combinações
como, por exemplo, compostos alcalinos e
alcalinos ferrosos.

Multiplicadores fotoelétricos são válvulas NOTA


eletrônicas, nas quais os elétrons emitidos
pelo cátodo são multiplicados; eles são
disparados sob o efeito de um campo elétrico Com o uso de oito a doze dinodos (tensão total
em um ou vários eletrodos intermediários de 2 a 3 kV), o fluxo de elétrons é aumentado
(dinodos) e cada elétron libera diversos em um fator de aproximadamente 106.
elétrons secundários.

Os elementos fotoelétricos possuem uma composição similar aos retificadores metálicos. Na área de
ligação limítrofe entre o metal de transporte (ferro, por exemplo) e a camada aplicada por vaporização
(por exemplo, feita de selênio), os elétrons são enriquecidos pela incidência de luz, gerando uma tensão
de centenas de milivolts.
Em células fotoelétricas, seja a vácuo ou preenchidas com gases nobres e geralmente equipadas com
um Cátodo Cs ou Cd, é exigida tensão suplementar para deslocar os elétrons emitidos do cátodo até o
ânodo.
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Efeito fotoelétrico externo


Cristais e semicondutores contaminados com átomos estranhos transformam-se em condutores ao
absorver a luz ou aumentar sua condutibilidade, de forma que eles possam ser usados como condutores
fotoelétricos (Compostos Se, Se-Te ou Tl, além de compostos CdS, CdSe ou PbS; Ge e Si em vácuo).

Em células de germânio e silício, o efeito fotoelétrico depende da direção; é por isso que estas células
também são chamadas fotodiodos aperfeiçoados, nas quais, ao mesmo tempo, a fotocorrente elétrica
pode ser amplificada.

Piezoeletricidade

Quando uma força F (tensão mecânica ou força de tração) é aplicada à superfície A de um prisma de
quartzo quadrangular, na direção do eixo elétrico (linha de interseção de um plano perpendicular ao eixo
elétrico e outro plano perpendicular ao eixo óptico), é gerada uma carga elétrica, Q, em dois eletrodos da
superfície, S, dispostos perpendicularmente ao eixo elétrico.

NOTA
Q=k. F.S
A
O efeito piezoelétrico pode ser invertido pela
aplicação de tensão aos eletrodos: o quartzo é
contraído ou expandido, dependendo do sinal da
carga elétrica.

Efeitos galvanométricos

Efeito Hall

Quando uma corrente elétrica atravessa na direção do comprimento uma chapa metálica condutora ou
semicondutora, disposta perpendicularmente às linhas de força de um campo magnético, é gerada uma
diferença de potencial entre os lados da chapa, denominada tensão Hall.

UH Este fenômeno deve-se ao campo magnético que deflete os elétrons


perpendicularmente a seu movimento (sentido oposto à corrente) e o
campo magnético, de forma que a densidade desse elétron aumente
em um lado da chapa e diminua no outro lado.

d I= Corrente
B= Indução magnética
d= Espessura da chapa
I UH= Tensão Hall
B

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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 20 / 189

Esta variação de densidade dura até que a força exercida pelo campo magnético criado nos elétrons
fique igual à força desenvolvida pelo campo magnético na direção oposta.

A tensão Hall, UH, é diretamente proporcional ao


produto da intensidade da corrente, I, pela indução UH = RH . I . B
magnética, B, e inversamente proporcional à d
espessura da chapa, d.

A constante Hall RH depende do material. Por exemplo, no caso de antimonieto de índio (Em Sb) a 20°C,
ela é equivalente a 240 cm3/As e no caso de arsenieto de índio (Em As), é equivalente a 120 cm3/As.

EXEMPLO

RB/R0 D

15
As chapas de campo de antimonieto de índio
podem ser fabricadas com incrustações de
P
antimonieto de níquel, com determinada
orientação e considerável condutividade elétrica,
10 que, após serem introduzidas em um campo
L
T magnético de 10 kG, sua resistência é
M aumentada até um valor dez vezes maior que a
resistência básica R0.
5
Relação das resistências, RB/R0, dependendo da
indução magnética, B, para chapas de campo de
diferentes tipos

-10 -5 0 5 10 kG
Indução magnética B

A figura representa as curvas características de diferentes tipos de chapas de campo a 22°C.


A resistência aumenta em relação à função quadrática, até atingir 4kG e a partir deste valor, ela
aumenta de modo praticamente linear, até atingir 100 kG.

A condição para as variações da resistência acima mencionada é que o campo magnético aja
perpendicularmente à direção do fluxo da corrente. Quando a indução magnética é desviada daquela
direção, a inclinação da curva característica é reduzida.

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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 21 / 189

Efeito Gauss

A resistência elétrica na direção do comprimento


UH
da chapa representada na figura depende da
intensidade do campo magnético. Por esta razão,
ela é conhecida como o efeito do campo
magnético, que é usado em resistências que
possam ser produzidas magneticamente.
d
Como era o caso dos geradores Hall, não foi
possível desenvolver conjuntos da resistência
magneticamente controlados (chapas de campo) II
para usos técnicos, até os novos materiais B
semicondutores para tais fins se tornem
disponíveis.

Magnetostrição

São causadas vibrações sonoras pela freqüência


das flutuações de campo, o que constitui o GLOSSÁRIO
principal motivo pelo qual podem ser encontradas
vibrações de 100 Hz ou de 120 Hz em máquinas Magnetostrição é a propriedade de materiais
elétricas, como motores e transformadores. magnéticos que faz com que eles mudem sua
forma na presença de um campo magnético.

Quando um corpo ferromagnético é introduzido em um campo magnético uniforme, os chamados


invólucros de Weib são orientados. Invólucro de Weib é uma área com ímãs elementares feitos de
átomos de 1011 a 1015 em um volume máximo de 10-8 cm3 aproximadamente.

A estrutura de grade do material é deformada, resultando em uma tensão mecânica interna. Esta tensão
mecânica gera mudanças no comprimento e volume; por exemplo, o ferro se expande e o níquel se
contrai. O ponto de transição dos valores negativo para positivo, isto é, o ponto de magnetostrição nula,
corresponde à liberação completa de tensão mecânica e, por conseqüência, os valores máximos de
permeabilidade.

Efeito magnetoelástico
A tensão mecânica produz variações de magnetização (direções preferenciais).

Este defeito foi descoberto há cerca de 100 anos, quando observou-se que a agulha de uma bússola
acima de uma sonda metálica muda sua posição quando é aplicada uma carga mecânica à sonda.
Cientistas estudaram a relação entre a tensão mecânica e as mudanças na derivação magnética
metálica e criaram os métodos para localizar as linhas de concentração da tensão mecânica.

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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 22 / 189

Forças eletromagnéticas

De acordo com a lei fundamental da eletrodinâmica, quando há movimento relativo entre cargas elétricas
ou polos magnéticos, há forças que dependem da intensidade e da direção do campo magnético e da
quantidade de carga, além da velocidade e direção do movimento.

Um condutor através do qual flua uma corrente elétrica está sujeito – em um campo magnético – a
uma força proporcional à intensidade da corrente e ao campo magnético. A operação de instrumentos
de medição eletrodinâmicos e de bobina móvel baseia-se neste fenômeno.
Da mesma forma, quando um condutor é movido em um campo magnético, uma corrente é induzida,
que pode ser usada na técnica de medição, por exemplo, com a ajuda de emissores de velocidade de
rotação.

Uma corrente elétrica gera um campo magnético circundante. Em uma bobina enrolada na mesma
direção, as intensidades de campo são adicionadas para cima das diferentes voltas. Quando são
introduzidas peças de ferro doce em um campo da bobina, elas sofrem um processo de magnetização
proporcional à intensidade da corrente. Uma peça de ferro móvel é atraída para dentro da bobina na
direção da maior intensidade de campo, ao Passo que diversas peças de ferro magnetizadas na mesma
direção repelem umas às outras.

Quando um ímã permanente móvel é introduzido em um campo magnético externo, ele sempre será
orientado na direção das linhas de força. No galvanômetro de tangente, usado para medições do
magnetismo terrestre, uma agulha magnética aponta para a direção do campo, resultado no campo
magnético terrestre sobrepondo o campo da bobina.

NOTA

Conhecendo-se a intensidade da corrente que atravessa a bobina e o número de voltas, será possível
calcular a intensidade do campo magnético da Terra. Voltímetros e amperímetros com ímã móvel
funcionam sob o mesmo princípio, porém são providos de uma blindagem contra campos magnéticos
estranhos, além de um dispositivo mecânico de substituição para o sistema móvel.

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1. Introdução às medições elétricas Princípios aplicáveis à técnica de medição 23 / 189

ATIVIDADE
Este capítulo apresentou os diferentes efeitos físicos sobre os quais
baseiam-se os aparelhos elétricos para a realização de um
procedimento de medição.

Diga se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas.

VERDADEIRO FALSO

1 Quando é aplicada tensão a eletrodos, é possível reduzir o efeito


piezoelétrico.

2 A constante de Hall depende do tipo de material condutor e da


corrente que atravessa o condutor.

3 Todo condutor pelo qual passa uma corrente elétrica fica sujeito a
um campo magnético.

4 A condição necessária para a produção de um fenômeno


eletrolítico é a existência de um meio condutivo líquido.

5 A dependência da resistência de um material sobre a temperatura


é insignificante.

6 Quando houver uma descarga elétrica em um gás pressurizado,


poderão ser geradas centelhas.

7 Quanto maior for a distância entre dois, menor será a descarga de


tensão entre eles.

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1. Introdução às medições elétricas 24 / 189

1.4 Métodos de medição


Como em todas as medições deverá ser observada a condição essencial, haverá mínimas influências
perturbantes sobre o objeto medido.

O aparelho de medição elétrica é aplicado sobre


o objeto como um elemento suplementar, com LEMBRETE
uma influência maior ou menor sobre seus
valores da resistência, intensidade e tensão e, Dependendo do objetivo, a influência do
portanto, sobre a medição. aparelho de medição deve ser mantida em um
nível mínimo, adaptando-a adequadamente ao
circuito de medição. Use conexões especiais ou
calcule os erros atribuíveis ao circuito e corrija
os valores indicados pelos circuitos de medição
correspondentes.

Antes de escolher o aparelho de medição e determinar os circuitos, deverá ser feito um cálculo
aproximado da exatidão de medição exigida ou possível.

Não é aconselhável exigir desnecessariamente excesso de exatidão de medição, pois quanto maior
for a exatidão exigida, maiores serão os gastos decorrentes do aparelho e sua manutenção.

Em muitas medições de serviço, é suficiente usar aparelhos de medição com limites de erro entre 1
e 5%. Estes aparelhos geralmente são tão sensíveis a condições adversas de tratamento e
ambientais quanto os dispositivos de precisão. No entanto, para alguns testes de campo e medições
em laboratório, além de alguns casos de manutenção, são necessários procedimentos e aparelhos
mais precisos, principalmente quando os valores medidos precisarem ser explicados posteriormente
e tiverem uma influência significativa sobre os resultados.

Junto com os aparelhos de precisão reconhecidos,


Para a escolha de um aparelho de medição, instrumentos de medição digitais estão sendo cada
além da exatidão, a margem de medição é vez mais usados; eles exibem considerável exatidão
decisiva, pois as tolerâncias indicadas e e são providos de conexões adequadas.
garantidas geralmente se referem ao valor Como a exatidão dos dispositivos adicionais para
máximo da margem de medição, o que aparelhos de medição (resistências em série e em
implica na existência de uma dupla tolerância paralelo, linhas de conexão com resistências em
no centro da escala em relação ao valor paralelo, etc.) deve ser apenas um pouco maior que
teórico. Por esta razão, a área de maior a exatidão dos instrumentos utilizados, o resultado
interesse é a compreendida pela última terça da medição não é influenciado de forma
parte da escala. inadmissível.
Em todos os instrumentos de medição de manobra,
é aconselhável permitir uma margem maior que a
exigida para proteger o sistema de medição ao ser
feita a conexão.

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1. Introdução às medições elétricas Métodos de medição 25 / 189

A lista de verificação abaixo deve ser observada ao serem realizadas medições precisas com
instrumentos de precisão:

O aparelho deve ser colocado em uma posição quase horizontal, de forma a não ficar
1 exposto a movimentos.

O aparelho deve ser colocado a uma distância suficiente de massas de ferro


(aproximadamente 10 cm) e dos cabos de força. Se isto não for possível e houver
2 influência de campos estranhos de intensidade considerável, será necessário verificar
se algum campo perturbador influencia a posição de medição.

O ponteiro deve indicar zero na escala quando não passar uma corrente pelo aparelho
3 de medição. Se isto não acontecer, a indicação deverá ser corrigida pelo ajuste do
dispositivo em uso.

Durante o procedimento de medição, o vidro da escala não deve ser limpo, pois poderá
4 ser carregado com energia estática e influenciar a leitura. As cargas eletrostáticas
podem ser eliminadas pela aplicação de vapor ao vidro.

Assinale a opção correta. Quando a exatidão exigida em uma medição deve ser
1 definida?
Antes da medição
Após a medição

2 Se escolheu não ter exatidão excessiva do aparelho de


medição, você faria isto por causa…
da capacidade para fazer uma medição correta?
dos custos excessivos decorrentes?

Determinadas medições requerem o uso de


3 equipamentos principais e equipamentos auxiliares.
Qual deles requer a maior exatidão?
ATIVIDADE Os equipamentos auxiliares
Os equipamentos principais

Parabéns! Você concluiu o Capítulo 1.


A seguir é apresentado o capítulo “Medição da tensão e da
intensidade da corrente”.

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26 / 189
medições elétricas

2
Medição da
Intensidade da
Tensão e da
Corrente
Este capítulo descreve os
diferentes instrumentos 27
2.1 Amperímetros e Voltímetros
usados para medir a
tensão e a corrente. 2.2 Galvanômetros 33

2.3 Amperímetros de alicate e Medidores de painel 36

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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente 27 / 189

2.1 Amperímetros e Voltímetros


Os amperímetros são conectados à linha cuja intensidade da corrente gostaríamos de medir e os
voltímetros são aplicados aos pontos cuja diferença de potencial será determinada.

V A
Símbolo geral de Símbolo geral de amperímetro
voltímetro

Um amperímetro deve causar apenas uma ligeira queda de


APÊNDICE
tensão, isto é, sua resistência interna deve ser pequena. Por outro
lado, um voltímetro deve absorver somente uma corrente de baixa
intensidade, isto é, sua resistência interna deve ser a mais alta As referências dos símbolos
possível. utilizados estão informadas no
apêndice.

Para medir simultaneamente a intensidade da tensão e da corrente, poderão ser usados os circuitos A e
B, que estão representados nas figuras abaixo. Estes circuitos podem ser utilizados também para
conectar os circuitos do amperímetro e do voltímetro de um wattímetro.

Medição da intensidade da corrente e da tensão na carga R

I=I1+I2 v
V U R V UU=U1+U2 U1 R
U2
II I2 I1 I
A A

Circuito A Circuito B

• No circuito A, são medidas a tensão correta, U, e a intensidade da corrente, I=I1+I2. No entanto,


este circuito será apropriado, se I1/I2 for muito alto.
• No circuito B, são medidas a intensidade da corrente correta, I, e a tensão, U= U1 + U2. No
entanto, este circuito será apropriado, se U1/U2 for muito alto.

Nas medições da tensão, nas quais devem ser levados em conta os erros atribuíveis ao circuito, é
preferível usar o circuito A, pois a resistência interna dos voltímetro geralmente é conhecida e está sujeita
a muito menos variações que a resistência do amperímetro.

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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 28 / 189

São usados amperímetros para corrente alternada e voltímetros para conexão direta – dependendo do
tamanho do invólucro - somente para correntes de intensidade e tensão limitadas.

•Quando aplicados a correntes de intensidade excessiva, eles ficariam sujeitos a demasiado calor, a
conexão demonstraria ser muito difícil e a posição das linhas de conexão afetaria a leitura.
•Quando aplicados a uma tensão excessiva, seria gerada uma corrente de fuga inadmissível.

Por esta razão, nestes casos, é habitual usar instrumentos especialmente fornecidos para sua conexão
através de transformadores.

Conexão de um amperímetro para corrente


A V alternada e voltímetro através de transformadores.

Amperímetros e voltímetros de bobina móvel

A V

Instrumento magnetoelétrico para medição de Instrumento magnetoelétrico para medição de


corrente contínua, usado como amperímetro corrente contínua, usado como voltímetro

A figura abaixo mostra as conexões e circuitos internos. Em ambos os circuitos, a resistência Rv (feita
de Manganin, que não depende de temperatura) é conectada à fronte da bobina móvel (cuja
resistência Rs depende da temperatura, pois é feita de fio de cobre). A resistência Rv pré-conectada é
muito mais alta que a resistência de Rs.

U
RV = Resistência em série
I Rn RS = Resistência de bobina
móvel
R R Rn = Resistência em paralelo
R S V
S

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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 29 / 189

Desta forma, é possível manter o erro atribuível às variações de temperatura dentro dos limites
admissíveis.

•Em amperímetros com a resistência RS~1.8 Ω, há outra resistência RV; portanto, RS + RV é - por
exemplo - equivalente a 6 Ω.
•Em voltímetros, a resistência pré-conectada, RV, geralmente é dimensionada de forma que a resistência
interna total seja equivalente a 1/I, um valor típico de um instrumento de 1000 Ω/V, aproximadamente.
•No caso de aparelho projetado para fins especiais - por exemplo, para medir circuitos de válvula ou
tensões de fase - a resistência acima mencionada apode ser consideravelmente mais alta.

São usados retificadores para tirar proveito


da ótima estabilidade dos sistemas de NOTA
medição de bobina móvel para a medição da
intensidade da tensão e de corrente Os instrumentos fornecidos com retificadores
alternada e, conseqüentemente, para cobrir reagem aos valores aritméticos do meio de
margens de medição inferiores às obtidas por medição. No entanto, a leitura depende
sistemas de ferro móvel. basicamente dos harmônicos, pois a escala é
graduada para os valores da tensão senoidal
Os retificadores são montados no aparelho efetiva e da corrente.
porque suas curvas características devem
ser levadas em conta quando da graduação
da escala.

Na figura abaixo, há uma representação dos circuitos internos dos voltímetros e amperímetros de bobina
móvel, providos de retificadores de medição adequados à sua montagem em painéis de comando.

Rn

Conexões de amperímetros e
R R voltímetros de sistema de
V V
medição com bobina móvel e
retificadores

RV = Resistência em série
Rn = Resistência em paralelo

No caso do amperímetro, é necessária uma resistência em série RV para manter o erro em níveis
baixos, devido às mudanças de temperatura e para neutralizar a falta de linearidade da escala,
originada das características quadráticas dos retificadores. Para corrigir isto, é admissível uma perda
de tensão maior.

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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 30 / 189

Os instrumentos de mesa providos de bobina móvel e retificadores são, em geral, instrumentos múltiplos.
A figura abaixo mostra o circuito básico em um aparelho deste tipo.

I~ U~

U~

U~
I~
U.I~

Instrumento múltiplo com sistema de medição


com bobina móvel e retificadores (circuito
básico).

Neste tipo de instrumento, é possível também ampliar as margens de medição da corrente elétrica,
por meio de transformadores de corrente externos ou resistências em paralelo e ampliar as margens
de medição da tensão por meio de transformadores de tensão externos ou resistências em série.

Para medir uma corrente contínua de alta intensidade, é usado um método especialmente vantajoso,
com base no efeito Hall.
A figura abaixo representa a disposição de um gerador Hall na ranhura de um núcleo de ferro que
envolve o condutor.

A tensão de Hall é medida com um instrumento de bobina móvel


IX devidamente calibrado; esta tensão é proporcional à intensidade do
campo magnético existente na ranhura e, portanto, à corrente que
atravessa o condutor principal. O circuito de medição é
galvanicamente isolado do circuito principal.
UM

ICONS
T

Medição da Corrente contínua


com um Gerador Hall

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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 31 / 189

A escala de um voltímetro pode ser influenciada com diodos Zener.

Um diodo Zener conectado em série (conforme mostrado na figura)


não permite que a corrente atravesse o circuito de medição, até ter
sido atingida uma determinada tensão, denominada tensão de
Zener. A partir desse momento, a intensidade da corrente aumenta
aproximadamente da mesma forma que a tensão.

0 80 90 100%

Conexão de diodo Zener em


série

Um diodo Zener conectado em paralelo (conforme mostrado na


figura) dificilmente influencia a leitura abaixo da tensão de Zener.
Ao exceder esta tensão, o diodo produz curtos-circuitos cada vez
maiores no dispositivo de medição. Este tipo de circuito pode ser
usado para proteger o dispositivo de medição contra excesso de
tensão.
0 10 20 100%

Conexão de diodo Zener em


paralelo

Amperímetros e voltímetros de ferro móvel

A V

Instrumento de medição de ferro móvel para Instrumento de medição de ferro móvel para corrente
corrente contínua e alternada, usado como contínua e alternada, usado como voltímetro
amperímetro

Amperímetros e voltímetros de ferro móvel indicam valores eficazes, sem levar em


consideração o tipo de corrente e a forma da curva.

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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Amperímetros e Voltímetros 32 / 189

NOTA

O consumo de energia de instrumentos de ferro móvel geralmente é maior que em instrumentos de


bobina móvel com as mesmas dimensões e a graduação da escala é menos linear. Todavia, muitas vezes
os primeiros são preferidos para painéis de comando e aparelhos, pois são mais robustos e menos
dispendiosos.

Há também uma série de aparelho de precisão equipados com dispositivos de ferro móvel; alguns deles
que têm sido especialmente projetados para medir a intensidade da tensão e da corrente alternada são
consideravelmente sensíveis. Com esta finalidade, sua reduzida dependência da forma da curva
comprova-se muito importante.

A margem de medição de amperímetros de ferro A margem de freqüência de amperímetros e


móvel é determinada pela bobina de campo e voltímetros de ferro móvel que forem adequados
não pode ser ampliada por meio da resistências para painéis de comando vai de 15 a 60 Hz. Há
externas em paralelo, devido ao alto consumo de também desempenhos especiais, ajustados
energia. Conseqüentemente, margens de para uma freqüência predeterminada de 1000
medição só podem ser variadas pela troca de Hz. Em instrumentos de mesa e de precisão,
partes da bobina (sem trocar o número de poderão ser alcançadas também margens de 10
ampère-espiras). a 1000 Hz, com o uso dos recursos de
Pela conexão da resistências em série, é construção adequados.
possível ampliar a margem de medição da tensão
da mesma forma que os instrumentos de bobina
móvel.

Responda às seguintes
Como devem ser as resistências internas de amperímetros
perguntas. 1 e voltímetros? Por quê?

Qual é a vantagem de se usar um retificador para medir


2 tensão e corrente?

Por que você preferiria um instrumento de ferro móvel a um


3 de bobina móvel?

ATIVIDADE
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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente 33 / 189

2.2 Galvanômetros
Em casos em que instrumentos de bobina móvel calibrados provem ser insuficientes para medir
intensidade da corrente e tensão muito baixas em corrente contínua e quando não puderem ser
aplicados amplificadores de medição, são usados galvanômetros, pois sua escala não é calibrada,
de acordo com os valores da tensão ou da intensidade da corrente.

Galvanômetros são freqüentemente usados


como medidores com zero ao centro em NOTA
circuitos de compensação e de ponte; com este
tipo de aparelho, é possível registrar correntes Galvanômetros não estão sujeitos a uma
de até 10-12 A. determinada margem de medição ou tempo de
ajuste; eles podem ser adaptados à finalidade de
cada caso específico.

Em galvanômetros, são usados sistemas de bobina móvel com uma pequena força restauradora. As
bobinas não são enroladas em carcaças metálicas; na bobina, como conseqüência, somente uma
corrente de indução que amortece as oscilações pode atravessar o circuito externo. Este amortecimento
depende da resistência total do circuito de medição. Com uma determinada resistência externa –
denominada resistência crítica de amortecimento – o ponteiro do galvanômetro atinge a deflexão máxima
sem qualquer sobremodulação (um ajuste periódico). Este tempo é mais ou menos equivalente a 60% do
período de oscilação do sistema não amortecido T0, e em galvanômetros altamente sensíveis, ele pode
ser de 20 segundos ou mais.

Ao ser aumentada a resistência total e, portanto, o amortecimento, o ponteiro do galvanômetro se move


bem devagar, até atingir a deflexão teórica. Com resistências mais altas, ocorrem sobremodulação e
flutuação.

Para medir impulsos de corrente e tensão, são usados galvanômetros balísticos, equipados com um
sistema portátil com inércia considerável. Se a duração do impulso de corrente for muito curta, em
comparação com o período de oscilação do sistema, o desvio do ponteiro é proporcional à energia
cinética e, conseqüentemente, à energia do impulso de corrente I.t. O valor da medição é lido no ponto
de retorno do ponteiro.

MANUTENÇÃO

No trabalho com circuitos de medição providos de galvanômetros de alta sensibilidade, é preciso tomar
um cuidado especial para que nenhuma tensão termoelétrica seja gerada na junção de condutores de
material diferente. Esta tensão em diferentes temperaturas pode alterar a medição.

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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Galvanômetros 34 / 189

Além dos sistemas de bobina móvel, são usados dispositivos de ímã móvel (galvanômetros de agulha);
eles devem ser cuidadosamente isolados de campos externos (galvanômetros blindados).
Entre os galvanômetros de agulha, destacam-se os galvanômetros de facho de luz ou de espelho, que
são adequados para diferentes aplicações e exibem alta sensibilidade (aumento na ordem fixada).

Princípio físico da operação do galvanômetro

O princípio físico sobre o qual baseia-se a operação do galvanômetro é que quando uma corrente
elétrica atravessa um condutor situado em a campo magnético, é produzida uma força no condutor.
Esta força é diretamente proporcional à magnitude da corrente elétrica e do campo magnético.
Portanto, se o campo magnético for fixo, a força será proporcional à magnitude da corrente contínua. É
isto que acontece em um galvanômetro.

Partes principais de um Galvanômetro


controle da posição feita de ferro
Ímã ferradura
Mola de controle

Ponteiro

Peças polares

Bobina

Galvanômetros têm um ímã permanente que provê fluxo magnético. É provocado um fluxo de corrente
elétrica através de uma bobina instalada em um núcleo metálico, apoiado por um eixo; desta forma, a
bobina e seu núcleo têm a capacidade de girar.

O núcleo é mantido na posição (totalmente à esquerda) por meio de uma mola. Na extremidade do
eixo giratório do núcleo da bobina há um ponteiro, cujo movimento ao longo de uma escala mostrará a
magnitude da variável medida.

• Quando a corrente atravessa a bobina, por estar dentro de um campo magnético, é produzida uma
força que age sobre a mola e muda a posição do ponteiro. Se a corrente for alta, a força será
igualmente considerável, o que mostra um valor significativo da variável em medição.

• Quando nenhuma corrente atravessa o galvanômetro, a mola retém o núcleo, a bobina e o ponteiro à
esquerda (onde a escala normalmente indica o valor 0). Aqui, será considerado que uma corrente de 1
mA gerará uma força que curvará o ponteiro totalmente para a direita; isto é conhecido como escala
plena.

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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente Galvanômetros 35 / 189

Como conseqüência, quando nenhuma corrente


circular, qualquer variável elétrica a ser medida NOTA
deverá ter um escalonamento e conversão em
corrente contínua em uma faixa de 0 a 1 mA. Se Ao mudar a posição do seletor da variável a ser
for aplicada uma corrente mais alta ao medida (tensão, corrente ou resistência), é
galvanômetro, talvez seu mecanismo seja preciso tomar cuidado para continuar a medição
danificado. na escala correspondente.

Concluindo...

Galvanômetro é um dispositivo que faz com que um ponteiro se desloque ao longo de uma
escala, onde a amplitude de deslocamento é proporcional à corrente que atravessa o dispositivo.
O deslocamento total do ponteiro será sempre feito na mesma corrente (1 mA), razão pela qual
qualquer variável elétrica a ser medida deve ser convertida e escalonada em uma corrente
contínua naquela faixa.

Assinale a opção correta.


Uma corrente acima de 1mA…
1
danificará o galvanômetro.
não danificará o galvanômetro.

Quando o parâmetro a ser medido for modificado, ..


2
não é necessário verificar a escala.
é necessário verificar a escala.

O fluxo magnético é proporcionado…


3
pela bobina.
pelo ímã.

Determina-se que nenhuma corrente flui porque…


4
o ponteiro está na extremidade esquerda.
o ponteiro está na extremidade direita.

O galvanômetro é usado…
5
para medir baixas tensões e correntes.
ATIVIDADE para medir altas tensões e correntes.

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2. Medição da tensão e da intensidade da corrente 36 / 189

2.3 Amperímetros de alicate e medidores


de painel
Amperímetros de alicate

Medição da intensidade da corrente em um sistema trifásico com braçadeira elétrica

As três fases devem ser medidas separadamente (intensidade da corrente IR, IS, e IT). Se o sistema for
balanceado, as três fases terão a mesma medição.

M V
3 ~ W

Método de medição correto

M V
3 ~ W

Método de medição incorreto

A soma das três intensidades da corrente, quando medidas juntas


com a braçadeira elétrica, é igual a zero. Isto acontecerá se for
usado o método de medição incorreto.

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Amperímetros de alicate e Medidores de
2. Medição da tensão e da intensidade da corrente painel 37 / 189

Medidores portáteis de tensão e corrente

• Para medições elétricas básicas


• Eles podem medir tensão, continuidade e corrente com um único
instrumento compacto.
• Selecione volts, ohms ou ampères e o instrumento faz o restante.
• A tecnologia "open-jaw" permite a medição de correntes de até 100 A.

Medidores de painel de tensão, corrente e freqüência


• Diferentes formatos: 48 x 48, 22 x 22, 96 x 96, 96 x 48
• Programável
• Medição do valor eficaz
• Classe 0,1; 0,2; 0,5
• Resolução: até 13 bits
• Capacidade do visor: 3½ dígitos
• Saída de relé disponível
• Saída analógica
• Comunicação com PC RS 232, RS 485, Mod bus RTU

Diga se as seguintes
afirmações são verdadeiras VERDADEIRO FALSO
ou falsas.
1 É correto medir a intensidade da
corrente passando os três
condutores pela braçadeira
elétrica.

2 Para um sistema balanceado, as


intensidades da corrente de cada
fase serão equivalentes.

ATIVIDADE

Parabéns! Você concluiu o Capítulo 2.


A seguir é apresentado o capítulo “O multímetro”.

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38 / 189
Medições elétricas

3
O multímetro

Este capítulo apresentará TÓPICOS DO CAPÍTULO 3


o conhecimento 39
3.1 Multímetro analógico
necessário para a
operação do multímetro
3.2 Medição com o multímetro analógico 42
analógico e digital.
Também será possível ver
3.3 Multímetro digital 51
seus recursos
característicos. 3.4 Operação do multímetro digital 56

3.5 Medição com o multímetro digital 70

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3. O multímetro 39 / 189

3.1 Multímetro analógico


Multímetro analógico: Partes principais

A parte principal, ou núcleo, de um multímetro analógico é o galvanômetro.

Um galvanômetro converte um sinal de corrente elétrica em movimento do ponteiro ao longo de uma


escala. Trata-se de um dispositivo que pode funcionar com CC (corrente contínua). Portanto, se for
necessário saber o valor de uma determinada resistência, de uma CA (corrente alternada) ou corrente
CC ou de uma tensão CA ou CC, o valor da variável a ser medida deve ser convertido em um valor CC
equivalente. É por esta razão que o multímetro requer diferentes circuitos para converter tensão, corrente
e resistência em uma corrente CC dentro da faixa definida para o galvanômetro.

O multímetro analógico possui um seletor de função (chave


rotativa) que define: GLOSSÁRIO
• O tipo de variável a ser medida: tensão, corrente ou
resistência. CC: Corrente contínua.
• A faixa a ser medida. CA : Corrente alternada.

Independentemente do tipo de variável elétrica a ser medida e


sua faixa, a chave e o circuito de conversão executam um
escalonamento e conversão da variável a ser medida em um
sinal CC equivalente, que faz com que o ponteiro do
galvanômetro se mova.
Em cada caso, a medição será lida em uma escala diferente.

Diagrama de blocos com as partes principais de um multímetro analógico

Entrada Resistência à corrente CC

Corrente CA ou CC
Seletor/chave Galvanômetro Escala
à
de função
corrente CC

Tensão CA ou CC
à
corrente CC

Todos os instrumentos de medição elétrica com ponteiros funcionam sob este princípio: eles consistem
em um galvanômetro que permite – pelo movimento do ponteiro – saber a amplitude do sinal ou variável
que estiverem sendo medidos.

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3. O multímetro Multímetro analógico 40 / 189

4 6
2 8

0 10
v

Ponteiro medidor simples Ponteiro medidor com múltiplas escalas

Circuito desmultiplicador e circuito de retificação

Circuito desmultiplicador

Outra parte principal dos medidores analógicos é o circuito desmultiplicador, que permite obter medições
em diferentes faixas como, por exemplo: 1 volt, 50 volts, 100 volts e 500 volts com o mesmo instrumento.

O circuito desmultiplicador consiste em seletores da resistência que podem medir tensões e correntes de
diferentes faixas de magnitude, em cada caso, mantendo a corrente passando pelo galvanômetro dentro
da mesma faixa.

A principal razão para a existência destes circuitos é que o movimento do ponteiro do galvanômetro na
escala é feito em uma única faixa de correntes, geralmente de 0 a 1mA em escala plena. Portanto, o
circuito desmultiplicador permite a redução de magnitudes, em medições de corrente ou de tensão, até a
faixa de operação do galvanômetro, de 0 a 1mA.

Circuito de retificação

Como o galvanômetro é um dispositivo que funciona em corrente contínua, o circuito de retificação fica
encarregado de converter sinais de corrente e tensão CA em um valor CC equivalente.

O circuito de retificação é composto de diodos – dispositivos semicondutores que possibilitam que uma
corrente elétrica flua somente em uma direção.

O circuito de retificação, junto com o circuito desmultiplicador e o galvanômetro, permite a leitura da


amplitude do sinal, pela observação da posição do ponteiro em uma escala graduada.

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3. O multímetro Multímetro analógico 41 / 189

ATIVIDADE
Com base na explanação acima sobre o multímetro analógico,
realize a seguinte atividade.

Responda às seguintes perguntas.

Com que tipo de corrente o galvanômetro funciona?


1

Qual é o papel do seletor de função e do circuito de conversão em um galvanômetro?


2

Por que o multímetro precisa de um circuito desmultiplicador?


3

Qual dispositivo é encarregado de converter sinais de corrente e de tensão CA em um


4 valor CC equivalente?

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3. O multímetro 42 / 189

3.2 Medição com o multímetro analógico


Medição da corrente

Com um multímetro analógico, a corrente deve ser medida em série e, dependendo de seu valor, como
as resistências são conectadas em paralelo com o galvanômetro para que a corrente a ser medida seja
dividida, mantendo o fluxo de corrente de 0 a 1 mA através do galvanômetro.

Vamos analisar os seguintes exemplos de medições para diferentes valores I (corrente).

EXEMPLO

ESCALA

0,5 mA
I= 0,5 mA de CC

GALVANÔMETRO Se a corrente a ser medida tiver


um valor dentro da faixa de 0 a
I = 0,5 mA 1 mA, nenhuma resistência será
necessária. Isto deve-se ao fato
de que não há necessidade de
que o valor CC da corrente seja
R
dividido para que uma parte
possa atravessar o galvanômetro
V
sem danificá-lo.

ESCALA 100 mA
I= 100 mA de CC

GALVANÔMETRO
O circuito de medição precisará
de uma resistência em paralelo
com o galvanômetro através da
I = 100 mA qual 99 mA possam passar,
pois 1 mA atravessará o
galvanômetro.

V R

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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 43 / 189

ESCALA
1000 mA

I= 1000 mA de CA

GALVANÔMETRO
Será necessária uma ponte de
retificação adequada no circuito
1000
I = CA mAmA
1000 de CA
de medição, pois o multímetro
analógico padrão usa um
medidor CC, bem como uma
R
resistência em paralelo através
da qual 999 mA poderão passar,
pois 1 mA atravessará o
R galvanômetro.
V

Medição da tensão
Quando tensão é medida com um multímetro analógico, a tensão produz uma corrente capaz de desviar
o ponteiro quando atravessa o galvanômetro.

NOTA

É preciso ter cuidado para que a corrente produzida pela tensão não exceda a tensão em escala plena
do galvanômetro.

Abaixo são dados dois exemplos de medição da tensão em diferentes faixas.

EXEMPLO

ESCALA
1 VOLT
0 <V< 1 volt

GALVANÔMETRO
A resistência de 1 kΩ é
disposta em série com o
galvanômetro (considerando-
R1 R=1 kΩ
se que a resistência do
galvanômetro seja igual a
zero), limitando a corrente
que atravessa o galvanômetro
V R2 VX
em uma faixa de 0 a 1 mA.

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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 44 / 189

ESCALA 0 <V< 100 volts


100 VOLTS

O seletor deve permanecer


GALVANÔMETRO
dentro desta faixa, que conecta
a resistência de 100 kΩ em
R1
série ao galvanômetro,
R=100 kΩ
mantendo a faixa de correntes
de 0 a 1 mA. Evidentemente,
neste caso, a medição da
R2
tensão será feita com base na
V VX
escala de 0 a 100 volts.

LEMBRETE

Sempre que for necessário medir uma tensão de corrente alternada, será necessária uma ponte de
retificação, além de uma resistência em série com o galvanômetro, como é o caso da medição de
corrente alternada.

Medição da resistência
Para medições de tensão e de corrente, o galvanômetro do multímetro toma uma corrente que faz com
que o ponteiro se mexa a partir dos mesmos pontos de medição. Como a resistência não pode fornecer
corrente ao galvanômetro, é necessária uma fonte de alimentação elétrica.

Em um multímetro analógico, normalmente há uma bateria interna, que é conectada à resistência a ser
medida, a uma resistência interna (calibração ou faixa) e ao galvanômetro.

A bateria fornece tensão a um circuito em série de componentes, entre eles o galvanômetro e a resistência
a ser medida. Neste circuito, todos os elementos possuem um valor conhecido; somente o valor da
resistência a ser medida é ignorado.

Valor da resistência a ser medida


Baixo Alto

• Valor alto da corrente • Valor baixo da corrente


• O ponteiro se deslocará para a direita, • O galvanômetro mostrará uma alta
indicando um baixo valor da resistência. resistência na escala. Como o ponteiro não
se deslocará significativamente, ele ficará
perto da esquerda.

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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 45 / 189

LEMBRETE NOTA

É importante observar que na escala da resistência, Em relação às escalas de tensão e corrente, a


a indicação de valor infinito (∞) ou de uma escala da resistência é invertida, mostrando seus
resistência muito alta fica situada na extremidade valores mínimos à direita e os valores máximos
esquerda (o ponteiro ficará perto de sua posição à esquerda.
direita total) e a indicação da resistência 0 zero
ficará totalmente à direita (neste caso, a corrente é
máxima e o ponteiro move-se para a direita).

Escala do multímetro analógico

Antes de medir a resistência em um circuito, os pontos de teste ou sondas do multímetro são unidos
para calibrar o medidor para zero porque há variações, devido ao uso da bateria interna e ao
comprimento dos pontos de teste, entre outros fatores.

Como os pontos estão em curto-circuito, a corrente do medidor fica em seu valor máximo e o ponteiro
terá de ser calibrado para indicar um valor zero (0). A indicação do valor infinito (∞) será lida quando
os pontos do medidor estiverem separados e abertos, pois há precisamente uma resistência infinita
entre eles, sem nenhum fluxo de corrente.

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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 46 / 189

Medição de uma resistência desconhecida

Para medir uma resistência desconhecida (RX), é necessária uma resistência interna (calibração e faixa)
no multímetro, além da bateria.
Neste caso, os seguintes valores são conhecidos:
•Corrente (I)
•Tensão (V)
•Resistência da faixa (R)

Como RX e R são em série, temos:

Rx + R = V
I

Sendo o valor de Rx :

Rx = V
-R
I ESCALA

GALVANÔMETRO

Rx BATERIA
V

Medição de uma resistência desconhecida

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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 47 / 189

Medição da resistência em um circuito

Às vezes, é necessário medir a resistência de um circuito.

ESCALA
Esta figura mostra a forma
pela qual as conexões devem
ser feitas para o procedimento
de medição. Neste circuito, a
GALVANÔMETRO corrente I da bateria atravessa
R1 a resistência do circuito, a
CHAVE resistência da faixa
ABERTA selecionada, e o
R2 galvanômetro, controlando,
assim o movimento do
R3 ponteiro.
I O fluxo de corrente dependerá
BATERIA
V R do circuito RC, da resistência
C V da faixa e da resistência do
galvanômetro.
CIRCUITO

Antes de medir a resistência em um circuito, o multímetro deve ser calibrado para zero, a fim de
eliminar quaisquer variações que possam ter sido causadas.

NOTA

A chave do circuito deve estar sempre em uma posição off ou aberta. Isto evita que a tensão gerada pelo
fornecimento do circuito atravesse o medidor, o que causaria dano ao galvanômetro ou uma divergência
de medição.

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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 48 / 189

Os pontos do multímetro devem ser conectados entre os terminais do circuito a ser medido, para que a
corrente gerada pela bateria do multímetro possa atravessar o medidor.
O fluxo de corrente através do galvanômetro dependerá do valor da resistência do circuito a ser medido.
Como o multímetro foi ajustado para zero, a leitura do galvanômetro dependerá unicamente da
resistência do circuito.
A resistência do circuito permite a passagem de algum fluxo de corrente através do galvanômetro,
fazendo com que o ponteiro se movimente, indicando o valor da resistência do circuito na escala.
Se a resistência do circuito for substituída por uma resistência com maior valor de ohms, a corrente que
atravessa o galvanômetro será reduzida ainda mais e a leitura na escala corresponderá à resistência
mais alta.

Isto confirma que:

A escala do multímetro em Ω é inversamente proporcional ao fluxo de corrente através do


galvanômetro.

Como a faixa de valores da resistência pode variar de alguns Ω a MΩ (1.000.000Ω), um multímetro


analógico possui escalas de multiplicação ou multiplicadores, para que ele possa indicar qualquer valor
da resistência com o mínimo erro.

Um multímetro analógico típico possui • Rx1


três multiplicadores: • R x 10
• R x 100

Estes três multiplicadores são conectados a três diferentes resistências, situadas no interior do
multímetro. A faixa de multiplicação ou escala desejada é selecionada por meio da chave.

A faixa a ser usada na medição de qualquer resistência desconhecida depende do valor de ohms
aproximado da resistência desconhecida.

EXEMPLO

ESCALA
1000 mA

A maior escala de medição da resistência do multímetro GALVANÔMETRO


I = 1000 mA de CA
analógico mostrado na figura, onde é medida uma
corrente CA de 1000 mA, está dentro da faixa de zero a R

1000, isto é, na escala Rx1. V


R

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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 49 / 189

Como varia a medição com seleção de faixa?

•Se RX possuir um valor de, por exemplo, 3750 Ω, ele será usado na faixa R x 1, o multímetro não será
capaz de medi-la. Isto deve-se ao fato de que a distância entre 1000 e infinito na escala é muito
pequena e não há valores intermediários.

•Se for selecionada a seguinte faixa, R x 10, o ponteiro se movimentaria, indicando 375 Ω (3750/10). A
alteração da faixa faz com que o ponteiro se movimente, pois a resistência de R x 10 possui somente
1/10 da resistência R x 1.

•Se for usada a faixa R x 100 para medir a resistência de 3750 Ω acima mencionada, o ponteiro se
movimentará ainda mais, até a posição de 37,5 Ω (3750/100). Este movimento deve-se ao fato de que
a resistência R x 100 possui somente 1/10 da resistência R x 10. Portanto, na seleção da menor
resistência em série, o ponteiro se movimentará ainda mais.

•O layout do circuito mostrado na figura para medição da resistência de um circuito faz com que a
mesma quantidade de corrente atravesse o galvanômetro do multímetro, sem levar em consideração se
a resistência é de 10,000 Ω na escala R x 1, de 100.000 Ω na escala R x 10 escala ou de 1.000.000 Ω
na escala R x 100 Ω.

Ajuste para zero em um multímetro


analógico

NOTA

Como as resistências do multiplicador são de


valores diferentes, o multímetro deve sempre ser
ajustado para zero após fazer-se uma alteração
na chave do fator de multiplicação.

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3. O multímetro Medição com o multímetro analógico 50 / 189

ATIVIDADE
Para reforçar o conteúdo tratado na seção Medição com o
multímetro analógico, tente fazer a seguinte atividade.

Abaixo são apresentadas três condições de medição de corrente. Assinale a(s) opção(ões)
que considerar correta(s) em cada caso, de acordo com o layout do circuito correspondente a
cada medição.
ESCALA
1
I = 150 mA GALVANÔMETRO

I
I = 0,5 mA

I = 0,7 mA
V

ESCALA
2
GALVANÔMETRO
I = 1000 mA de CC

I
I = 10 mA de CA

I = 1000 mA de CA
R
V

ESCALA
3
GALVANÔMETRO
I = 100 mA

I
I = 1000 mA

R
I = 100 mA de CA
V R

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3. O multímetro 51 / 189

3.3 Multímetro digital


Os multímetros digitais são classificados de acordo com o conversor analógico para digital (A/D), incluído
em seu projeto. A função do conversor A/D é transformar ou converter uma tensão de entrada analógica
em uma representação numérica.

Multímetro digital: Partes principais

1 Visor

2 Botões de função

3 Chave rotativa

4 Entradas da sonda de teste

5 Sondas de teste

Visor

Botões de
função

Chave
rotativa

Entradas da sonda de teste Sondas de teste

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3. O multímetro Multímetro digital 52 / 189

1 Visor

O visor do multímetro é dividido em duas partes:


1.1 Parte digital
1.2 Parte analógica

1.1 Parte digital

A parte digital mostra as seguintes leituras:

•Em valores de 00000 a 99999.


•No caso de um valor negativo, é mostrado o sinal de menos (-).
•O ponto decimal é colocado automaticamente.

1.2 Parte analógica

A parte analógica mostra as leituras em um ponteiro de 32 segmentos. Outros modelos possuem 31


segmentos. O ponteiro analógico atualiza sua leitura 25 vezes por segundo, ao passo que o ponteiro
digital o faz somente duas vezes por segundo. É preciso observar que, como nem todos os multímetros
digitais possuem este componente, ele é mencionado somente como dispositivo suplementar.

parte digital

parte analógica

Multímetro analógico e parte digital

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3. O multímetro Multímetro digital 53 / 189

2 Botões de função

Os botões de função são usados junto com a chave rotativa para escolher os modos de operação.

Medições básicas de um • Medição da tensão


multímetro digital • Medição da resistência
• Teste de continuidade
• Medição da corrente
Medições avançadas de um • Medição da capacitância
multímetro digital • Medição da freqüência
• Temperatura
• Transistores

NOTA

Nem todos os multímetros são equipados com


estes botões, pois eles podem variar, dependendo
do modelo e marca.

Valores mínimo, Seleção manual da faixa


máximo e médio

Seleção CC /
CA da
resistência e
capacitância Memorizar ou reter
Botões
MIN MAX de Função
RANGE HOLD H
este valor

Iluminação do RE HZ Freqüência e ciclo útil


visor L
PICO MIN MAX

Teste de continuidade /
alarme do valor de pico Leituras relativas

GLOSSÁRIO

PICO MIN MAX: Valor de pico, máximo ou


mínimo.

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3. O multímetro Multímetro digital 54 / 189

3 Chave rotativa

A chave rotativa é um botão que pode ser girado para a escolha de qualquer uma das funções
executadas pelo multímetro.
Funções a serem selecionadas

• Tensão CA: seleção automática da faixa para 400mV, 4V,


40V, 400V ou 1000V CA
• CC tensão: seleção automática da faixa para 4V, 40V, 400V
ou 1000V CC
• Milivolts CC: Faixa de 400 mV CC
• Teste da resistência (Ω), condutância (1/Ω), capacitância ou
continuidade
• Teste do semicondutor: Mede a tensão necessária para
gerar uma corrente de 1 mA através da(s) junta(s) dos
materiais do semicondutor (PN), dentro da faixa de 3 volts.
Se com 3 volts, uma corrente de 1 mA não for suficiente, a
leitura do visor será OL.
• Miliampères ou ampères CC ou CA : Quando o multímetro é EXEMPLO
ligado, CC é automaticamente selecionado. Querendo
mudar para CA, basta pressionar o botão azul ou um botão
similar. A seleção automática de faixa é para 40 mA ou 400
Esta figura mostra a seleção da
mA quando for usado o ponto de entrada mA µA ou para função temperatura.
4000 mA ou 10 A quando for usado o ponto de entrada A.
• Microampères CC ou CA : Quando o multímetro é ligado, CC
é automaticamente selecionado. Querendo mudar para CA,
basta pressionar o botão azul ou um botão similar. A seleção
automática é 400 µA ou 4000 µA, quando se usa o ponto de
entrada mA µA.
• Temperatura

4 Entradas da sonda de teste

Na parte inferior do multímetro, há quatro entradas da sonda de teste.


As sondas de teste são introduzidas nestas entradas.

A mA µA COM VΩ

10 A MÁX 400 mA MÁX 1000 V MÁX


COM FUSÍVEL COM FUSÍVEL

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3. O multímetro Multímetro digital 55 / 189

Para que são usadas as entradas da sonda


de teste?
•A: Medição da corrente em ampères. Usado para medições da corrente (CA ou CC) até 10
ampères contínuos ou 20 ampères por apenas 30 segundos.
•mA, µA: Medição da corrente em miliampères e microampères. Usado para medições da
corrente até 400 mA (CA ou CC) ou menos.
•COM: Sonda comum. É a sonda comum ou de retorno usada em todas as medições.
•V Ω : Usado para medição da tensão, resistência ou teste do semicondutor.

5 Sondas de teste

Uma extremidade da sonda de teste é Para efetuar medições, são sempre feitas as
vermelha e a outra é preta; às vezes, uma seguintes conexões:
ou ambas as extremidades são Sonda de teste Para a entrada requerida: A,
condicionadas com garras jacaré para vermelha mA, mA ou V Ω
facilitar a fixação.

Sonda de teste Para COM comum


preta

Para reforçar os conceitos O multímetro digital mede apenas tensão e corrente.


do multímetro digital, 1
Sim
assinale a opção correta
Não
das seguintes afirmações.
A sonda de teste preta é conectada à seguinte entrada:
2
Entrada exigida: A, mA, mA ou V Ω
comum COM

A sonda COM comum é usada para…


3
Medição apenas da corrente.
Todas as medições.

Ao ser ligado o multímetro, a seleção automática é…


4
CC.
CA.
ATIVIDADE
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3. O multímetro 56 / 189

3.4 Operação do multímetro digital

Antes de usar um multímetro digital, você deve ser informado sobre as medidas de segurança,
tanto para o usuário quanto para o dispositivo.

Serão usadas as seguintes palavras:

Advertência : para referir-se a algo que possa danificar o multímetro

Precaução : para referir-se a algo que possa representar perigo para o usuário

Medidas de segurança • Evite efetuar medições se você estiver sozinho.


• Para evitar medições incorretas, não use o multímetro se
ele estiver danificado.
• Verifique se o isolamento da sonda de teste não está
danificado. Verifique a continuidade da sonda de teste e
substitua as sondas se estiverem danificadas.
• O multímetro deve estar em boas condições de
funcionamento. No teste de continuidade, uma leitura de
OL a 0 geralmente indica funcionamento apropriado do
multímetro.
• Selecione a função de medição e a faixa adequadas. Para
evitar choque elétrico, é preciso tomar cuidado especial ao
se trabalhar com tensões acima de 60 VCC ou 25 VCA
RMS.
• Em primeiro lugar, desconecte a sonda de teste conectada
à tensão (viva) antes de desconectar a sonda conectada a
um ponto comum (terra).
• Siga todos os procedimentos de segurança do
equipamento que estiver sendo testado. Desconecte a
tensão da rede elétrica e descarregue todos os
capacitores (especialmente os de alta tensão) antes de
testar as funções de continuidade Ω.
• Ao medir a corrente (o circuito é aberto e o multímetro é
conectado em série), desconecte a rede elétrica antes de
NOTA conectar o multímetro ao circuito.
• Verifique os fusíveis do multímetro antes de medir a
Precaução: Para evitar descarga corrente em transformadores de corrente. Um fusível
elétrica ou dano ao multímetro, queimado pode causar tensão perigosamente alta.
não devem ser aplicados mais
de 600 volts entre a sonda e a
terra.

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 57 / 189

Instruções de operação do multímetro digital

Abaixo é apresentada uma descrição de como operar um multímetro digital. Estas instruções têm por
base a série comercial 80 V, marca registrada da FLUKE.

A forma do multímetro a ser usado ao serem efetuadas de medições pode variar, bem como suas
funções especiais e limitações. Por esta razão, é aconselhável examinar o manual específico do
multímetro caso sejam necessárias informações adicionais.

Medição da tensão da corrente alternada

Para medir a corrente alternada, primeiro é necessário desconectar as extremidades do multímetro de


um ponto de medição.

Em seguida, siga estes passos:

1 Conecte as extremidades preta e vermelha conforme mostrado na


figura.

A mA µA COM VΩ→+

10A MÁX COM CAT III 1000


FUSÍVEL CAT IV 600 V

EXTREMIDADE
EXTREMIDADE VERMELHA
PRETA

NOTA

Antes de iniciar qualquer medição elétrica, é


necessário tomar precauções e verifique se a
posição do multímetro é a correta.

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 58 / 189

Gire o botão do multímetro e selecione o símbolo mostrado na figura. Agora o


2 multímetro está pronto para medir uma corrente alternada.


mV

mA
V A

V µA

OFF

Botão na posição para medir a tensão CA.

Pegue as extremidades preta e vermelha e conecte-as em paralelo ao ponto a ser medido,


3 conforme mostrado na figura.

FLUKE 87 V

LEMBRETE

Lembre-se de que as tensões


CA não são constantes,
portanto o multímetro
indicará seu valor RMS.

Leitura da tensão CA.

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 59 / 189

Medição da tensão da corrente contínua

Para medir a tensão de corrente contínua, as extremidades do multímetro devem ser desconectadas de
um ponto de medição e o Passo 1 acima mencionado para medição das tensões da corrente alternada
também deve ser seguido.

Os próximos passos estão descritos abaixo:

1 O mesmo que o Passo Nº 1 de Medição de CA.

Dependendo da magnitude da tensão que se espera ser lida, o botão deve ser girado para
2 uma das duas posições mostradas na figura.

FLUKE 87 V

Posições
MIN MÁX RANGE HOLD H

pico MIN MÁX


REL HZ

mV
Posiciones mA
A
V
µA
V

OFF

Botão na posição para medir a tensão CC.

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 60 / 189

Pegue as extremidades preta e vermelha e conecte-as em paralelo ao ponto a ser medido,


3 conforme mostrado na figura. Lembre-se de que a extremidade vermelha é usada para o
terminal positivo e a extremidade preta para o terminal negativo. Se eles forem conectados de
outra forma, a leitura da tensão será invertida.
Por exemplo, supondo que a leitura da bateria na figura seja de 24 VCC. Se as conexões da
extremidade tiverem sido invertidas, a tensão medida seria de -24 VCC.

FLUKE 87 V

Leitura da tensão de CC

Medição da resistência

Para medir valores da resistência no circuito, é necessário desconectar as extremidades de qualquer


circuito onde elas podem estar colocadas.

Em seguida, são seguidos estes passos:

1 O mesmo que o Passo Nº 1 de Medição


de CA.

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 61 / 189

Gire o botão do multímetro, conforme mostrado na figura. Este modelo de multímetro possui um
2 componente de medição da resistência incorporado, bem como leitura da capacitância e da
continuidade no circuito.

MIN MÁX RANGE HOLD H

pico MIN MÁX

REL HZ

mV

mA
V A

V µA

OFF

Botão do multímetro na posição para leitura da resistência, da capacitância e do teste


de continuidade.

Conecte as extremidades ao circuito ou ao elemento resistivo a ser medido. Lembre-se que o


3 multímetro fará com que uma corrente bem pequena atravesse o circuito ao qual ele estava
conectado para medir a resistência. Portanto, caso se pretenda somente um valor da resistência
de um determinado elemento e não do circuito todo, certifique-se de desconectar o elemento
antes de medi-lo, conforme mostrado na figura.

Alimentação do circuito
desligada

1 2
3

Sondas de teste
desconectadas

Leitura de um valor da resistência em dois pontos Exemplo de medição de um valor da resistência


do circuito (resistência e potenciômetro). de dois elementos desconectados de um circuito.

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 62 / 189

Medição da capacitância

A maioria dos multímetros digitais possui recursos de medição da capacitância incorporados, como é o
caso da resistência.

Para medir um valor de capacitância, primeiro tenha certeza de que as extremidades de qualquer
circuito estejam desconectadas.

1 O mesmo que o Passo Nº 1 de Medição de CA

2 O mesmo que o Passo Nº 2 de Medição da resistência

3 Organize os pontos de teste, conforme mostrado na figura.

Leitura de um capacitor

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 63 / 189

Teste da continuidade

Conforme mencionado nas instruções para medição da resistência em um circuito colocando-se o botão
na posição para ler a resistência, o multímetro é organizado também para testar a continuidade de um
circuito.

Para testar a continuidade do circuito, devem ser seguidos os seguintes passos:

1 O mesmo que o Passo Nº 1 de Medição de CA

2 O mesmo que o Passo Nº 2 de medição da resistência

Pressione o botão de som mostrado na figura. Desta forma, quando houver continuidade em um
3 circuito, o multímetro gerará um som que permitirá ficar ciente da continuidade sem ter que virar
para ver o visor. Para desativar o som, basta pressionar novamente o botão.

FLUKE 87 V

Ativa o som
de
continuidade

MIN MÁX RANGE HOLD H

pico MIN MÁX

REL HZ

Botão para ativar o som de continuidade

O teste de continuidade é especialmente útil para identificação de falha em circuitos.

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 64 / 189

Faça o contato das extremidades do multímetro no circuito ou elemento cuja continuidade estiver
4 sendo verificada.

FLUKE 87 V
FLUKE 87 V

ON OFF
(fechado) (aberto)

Caso onde há continuidade Caso onde não há continuidade

Teste do diodo

Para testar se um diodo está em boas condições, certifique-se de desconectar as extremidades do


multímetro e, em seguida, siga este procedimento.

1 O mesmo que o Passo Nº 1 de Medição de


CA

2 Gire o botão até a posição mostrada na figura

MIN MÁX RANGE HOLD H

pico MIN MAX

REL HZ

mV
mA
A
V
µA
V

Botão do multímetro na posição para um teste


OFF do diodo

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 65 / 189

Estabeleça contato com as extremidades do multímetro nos terminais do diodo.


3 As leituras correspondentes às condições do diodo são interpretadas da seguinte forma:

Bom V< 0,85 VCC.

Insuficiente V≤ 0,1 VCC (Curto-circuito) ou “OL” (se o diodo estiver aberto).

Medição de CA e CC
NOTA

É importante lembrar-se de que sob nenhuma


circunstância as extremidades do multímetro
devem ser colocadas no circuito se ele não
estiver pronto para medição.

Para medir a corrente que atravessa um circuito (seja CA ou CC), siga estes passos:

1 Conecte as extremidades do multímetro, conforme mostrado na figura. Observe que há duas


entradas diferentes para medição da corrente. Uma delas é para mA/µA e a outra é para A;
conseqüentemente, você deve ter uma idéia da magnitude da corrente destinada a ser lida.

A mA µA COM A mA µA COM
V V

100 mA
10 A MÁX COM COM FUSÍVEL
CAT III 1000 10 A MÁX COM 100 mA CAT III 1000
FUSÍVEL CAT IV 600 V FUSÍVEL COM FUSÍVEL CAT IV 600 V

Conexão das extremidades do multímetro Conexão das extremidades do multímetro


para leitura da corrente em mA para leitura da corrente em A

NOTA

Se não tiver certeza da magnitude que a corrente pode atingir, não conecte o multímetro, conforme
mostrado na figura correspondente à leitura em mA, pois uma exposição prolongada a uma corrente
superior à que ele é capaz de suportar fará com que o fusível se queime.
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3. O multímetro Operação do multímetro digital 66 / 189

2 Gire o botão até a posição mostrada na figura.

MIN MAX RANGE HOLD H

pico MIN MÁX

REL HZ

mV

mA
V A

V µA
Botão na posição de
leitura CC e/ou CA
OFF

OFF

3 Desligue a fonte de alimentação do circuito a ser examinado e, em seguida, abra o ramal onde
pretende medir a corrente.

Conecte o multímetro em série, de forma que o circuito fique fechado. A figura mostra como um
4 multímetro deve e como não deve ser conectado para medir a corrente que atravessa a
resistência.

Conexão correta Conexão incorreta

Após a medição, desligue a fonte de alimentação, desconecte o multímetro e feche o ramal que
5 estava anteriormente aberto.

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 67 / 189

Manutenção preventiva e verificação

Ponteiras de teste e cabos tendem a ser fontes de problema, pois estão sujeitas a manuseio contínuo.
Além disso, ponteiras de teste removíveis podem soltar-se e fazer um contato incorreto ou as conexões
internas podem partir-se e girar de forma intermitente.

Verificação das ponteiras de teste

Estas inconveniências podem ser verificadas colocando-se a tecla de função em Ω e provocando curto-
circuito nas ponteiras, curvando os condutores e puxando-os. Enquanto isso, verificar se não ocorrem
nenhuma alteração irregular na leitura (se ocorrerem, isto indica conexões soltas).

As funções de intensidade e tensão devem ser verificadas de maneira similar enquanto estiverem
conectados a uma fonte de tensão de teste.

NOTA

É muito importante para a segurança pessoal verificar a condição dos instrumentos quando forem
executadas tarefas em circuitos energizados.

Verificação da bateria (Analógica)

Para efetuar uma medição correta da resistência, deve ser verificada a condição da bateria.

Etapas de verificação:

1. Coloque o seletor de função em Ω.


2. Coloque o controle de faixa em Rx1 e ponha em curto-circuito os pontos. Gire o
potenciômetro de ajuste em Ω para levar o ponteiro até uma deflexão de escala plena
(posição) ou ajuste a zero.
3. Se possível, ajuste o ponteiro até a escala plena; do contrário, a bateria deve ser substituída.
4. Se ele atingir a escala plena, os pontos devem ser mantidos em curto-circuito por 10
segundos. Se for notada qualquer deflexão significativa do ponteiro, afastando-o da posição
de escala plena, isto indica que a bateria está fraca.

D
Verificação da bateria (Digital)

1. A leitura Low Batt aparecerá no visor.

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 68 / 189

Questões gerais a considerar

• O multímetro é um elemento muito frágil; por esta razão, ele não deverá ser golpeado nem
colocado em um ambiente úmido ou exposto à luz solar ou altas temperaturas.

• O seletor de função deve ser girado lentamente para que seja mantido em boas condições.
Quando não for usado, coloque-o na posição OFF.

• Quando o instrumento for desconectado, deve ser verificado se a posição do ponteiro está em
zero; se não estiver, o aperto do parafuso de ajuste deve ser corrigido.

• Quando o valor da magnitude elétrica a ser medida for desconhecida (tensão de corrente CA
ou CC), antes da introdução das extremidades, a tecla de seleção deve ser colocada na faixa
correspondente na magnitude mais alta para certificar-se de que o instrumento não seja
danificado; ao ser feita a primeira leitura, a faixa será reduzida para a mais adequada.

• Quando a polaridade do circuito for desconhecida, um dos pontos será ligado a um dos pontos
a serem medidos e um ponto deverá ser rapidamente encostado ao outro ponto, sempre em
faixa alta, para verificar a direção à qual o ponteiro se desvia.

Desenvolvimento de medidas de segurança

A International Electrotechnical Commission (IEC) desenvolve normas gerais internacionais para a


segurança em medição, controle e uso de equipamentos elétricos.

São usadas as normas IEC 61010 – 1 como base para as seguintes normas nacionais:

•ANSI/ISA- S82.01-94 dos EUA


•CAN C22.2 N°1010.1-92 do Canadá
•EN61010 – 1:2001 da Europa

NOTA

Multímetros fabricados para ambientes sujeitos


a risco de explosão levam a palavra “Ex” no
nome do modelo e o seguinte símbolo é
impresso:

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3. O multímetro Operação do multímetro digital 69 / 189

Para ambientes normais Para ambientes com risco de explosão

Para melhor compreender VERDADEIRO FALSO


os conceitos de operação
do multímetro, indique se
as seguintes afirmações Em primeiro lugar, a sonda de teste
conectada à tensão (viva) deve ser
são verdadeiras ou falsas. 1 desconectada e, em seguida, a sonda de
teste conectada ao ponto comum (terra)
deve ser desconectada.

2 Para medir corrente alternada,


primeiro é necessário que as
extremidades do multímetro sejam
conectadas ao ponto de medição.

Quando a chave rotativa não for


3 usada, ela deverá ser colocada na
posição “Temperatura”.

4 Para efetuar uma medição correta da


resistência, a condição da bateria
ATIVIDADE deve ser verificada.

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3. O multímetro 70 / 189

3.5 Medição com o multímetro digital


As maneiras de efetuar medições com um multímetro digital estão descritas abaixo.
Ao mesmo tempo, também são fornecidos detalhes das medidas preventivas que devem ser tomadas ao
serem efetuadas estas medições.

Se, ao ser efetuada qualquer medição, aparecerem no visor as letras OL, isto significa que foi
excedido o valor máximo da faixa (acima do limite).

Medição da tensão

Para medir a tensão, é seguido este procedimento:

1 A sonda de teste preta é inserida na entrada COM.

2 A sonda de teste vermelha é inserida na entrada VΩ.

É selecionado o tipo de tensão: CA, CC de 0,001 V-1000 V e CC de 0,01 mV-400 mV. O


3 multímetro é colocado em paralelo com o dispositivo para o qual a tensão será medida.

A sonda de teste é colocada em cada extremidade do dispositivo para o qual a tensão será
4 medida, de forma que ela fique em paralelo com o multímetro, conforme mostrado na
figura.

R1

Fonte de
tensão R2 V

Medição da tensão

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 71 / 189

Medição da alta tensão


A maioria dos multímetros digitais pode medir até 600 volts em sua faixa mais alta.
No entanto, às vezes é necessária uma tensão mais alta e, para esta finalidade, deve
ser usado um ponto de teste de alta tensão.

Um ponto de teste de alta tensão é um divisor de resistências, como o mostrado no


exemplo abaixo.

EXEMPLO

990 MΩ

Sinal a ser medido 1 MΩ RL

Ponto de teste de alta tensão

Como a resistência em série é de 999 MΩ e a resistência na saída do divisor é de 1 MΩ, o divisor


possui uma relação de 1000 para 1. 30,000 volts no ponto de teste de alta tensão serão convertidos
em 30 volts na entrada do multímetro.

Devido à presença de alta tensão, as resistências em série devem ser seladas e instaladas na parte
isolada do ponto de teste de alta tensão. Considerando uma relação do divisor de 1000 para 1, até mesmo
as resistências de pequena variação na saída do divisor afetam a exatidão da medição.

A alta tensão da medição de CC terá uma exatidão de 1%, observando as especificações de temperatura e
umidade. Se a umidade relativa estiver acima de 90% ou se a temperatura estiver abaixo de -16°C (3,2°F)
ou acima de 40°C (104 °F), a medição não será muito precisa.

Em medições de CC de alta tensão, o terminal de terra normalmente será um cabo preto separado
proveniente da conexão do ponto de alta tensão.

A medição de alta tensão com um multímetro digital é como qualquer outra medição de alta tensão, com a
exceção de que, além da exatidão do ponto de teste de alta tensão a ser usado, deve ser levado em
consideração o perigo representado pela alta tensão.

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 72 / 189

Categorias de instalação baseadas em sobretensão

Categoria da
Em resumo Exemplos
sobretensão

CAT IV Conexão trifásica no •Indica a “origem da instalação”, isto é, onde é feita a


dispositivo, qualquer conexão de baixa tensão à fonte de alta tensão.
condutor externo •Medidores de eletricidade e equipamentos de proteção
principal contra sobrecorrente.
•Entrada externa e de serviço, cabo de ligação da fonte
de alta tensão até o prédio, seção entre o medidor e o
painel
•Linhas aéreas até prédios não adjacentes, linha
subterrânea até a bomba do poço

CAT III Distribuição trifásica, •Equipamentos em instalações fixas, tais como conjunto
incluindo iluminação de manobra de alta tensão e motores polifásicos
comercial monofásica •Alimentadores e coletores de instalações fabris
•Fiação de alimentadores e curtas, dispositivos do painel
de distribuição
•Sistemas de iluminação em prédios de grande porte
•Tomadas de força de dispositivo elétrico com conexões
curtas até as entradas de serviço

CAT II Cargas de recebimento •Cargas de eletrodomésticos, instrumentos portáteis e


monofásicas conectadas outros aparelhos de uso doméstico similares
•Tomadas de força e fiação mais longas
•Tomadas de força em mais de 10 medidores
provenientes de uma fonte CAT III
•Tomadas de força em mais de 20 medidores
provenientes de uma fonte CAT IV

•Equipamentos eletrônicos protegidos


CAT I Dispositivos eletrônicos
•Equipamentos conectados a circuitos (fonte) nos quais
foram tomadas medidas para reduzir sobretensão
transitória até um baixo nível adequado
•Qualquer fonte de alta tensão e baixa potência
originada de um transformador de enrolamento de alta
resistência transformador de enrolamento, como a parte
de alta tensão de uma fotocopiadora

Nota: As normas IEC 61010 – 1 aplicam-se a equipamentos de medição de baixa tensão (< 1000 V).

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 73 / 189

Medidas de segurança: • O ponto de teste de alta tensão sempre deve estar


conectado quando o equipamento for
desenergizado. Sempre que for necessário efetuar
uma medição em equipamentos energizados,
primeiro deve ser feita a conexão com a terra e, em
seguida, encostar rapidamente o ponto a ser
medido no ponto de teste.
• Os arcos formados entre o ponto de alta tensão e o
ponto de teste de alta tensão podem comprovar
serem nocivos, tanto para o ponto de teste quanto
para os componentes do equipamento que estiver
sendo testado. Estes arcos devem ser evitados.
• Ao ser efetuada uma medição de alta tensão, deve
ser verificado se tanto as mãos do operador quanto
os pontos alta tensão estão secos. Como medida
de segurança adicional, é recomendável deixar
uma mão dentro de um bolso e utilizar luva
apropriada.
• Na medição de uma tensão desconhecida, o
multímetro deve ser ajustado na escala mais alta
antes de usar o ponto de teste de alta tensão. Na
medida do possível, deve ser evitada qualquer
sobrecorrente do multímetro.

CAT IV

CAT I CAT II

CAT III

Categorias de sobretensão

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 74 / 189

Medição da resistência

NOTA

É importante desenergizar o equipamento que estiver sendo testado e descarregar todos os capacitores.
Para descarregar todos os capacitores, basta pôr em curto-circuito seus terminais.

Siga este procedimento para ler o valor da resistência de um circuito ou dispositivo:

Certifique-se de que o contato entre as sondas de teste e o circuito a ser medido estejam
1 livres de poeira, graxa, solda ou outras impurezas. Isto resultaria em uma leitura incorreta.

A sonda de teste preta é conectada à entrada COM e a sonda de teste vermelha é


2 conectada à entrada VΩ.

3 A chave rotativa é colocada na posição “Ω”.

4 A faixa da resistências mensurável é de 0,01Ω a 40 MΩ.

As sondas de teste são introduzidas no circuito de forma similar, conforme mostrado na


5 figura.

6 A resistência é lida no visor.

R1

Rede R2
elétrica
de tensão

R3

Medição da resistência

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 75 / 189

Teste de continuidade

Com o teste de continuidade, é feita uma verificação para ver se as conexões do circuito e as linhas do
circuito (condutores) estão em boas condições.

O teste de continuidade é tão rápido que é usado para detectar aberturas do circuito ou curtos-circuitos
de apenas 1 milissegundo. Este recurso também permite a busca de falhas intermitentes em cabos,
conexões, chaves, relés, etc.

LEMBRETE

É importante desenergizar o equipamento que estiver sendo testado e descarregar todos os capacitores.

Este teste é realizado com o seguinte procedimento:

1 A sonda de teste preta é conectada à entrada COM e a sonda de teste vermelha é


conectada à entrada VΩ.

2 A chave rotativa é colocada na posição “Ω”.

O botão é pressionado. Isto permite um alarme audível; no entanto, nem todos os


3 multímetros possuem este botão.

A sonda de teste de cada multímetro é colocada em uma das partes do circuito entre as
4 quais a continuidade pode ser verificada.

Se for produzido um som, isto significa que há continuidade (ligação elétrica) entre as
5 duas partes. Caso contrário, não há continuidade.

Medição da corrente

Para medir a corrente, é seguido este procedimento:

1 A sonda de teste preta é inserida na entrada COM.

2 Em seguida, é escolhido onde inserir a sonda de teste vermelha, conforme abaixo:

Em A Para CC ou CA, cujos valores estejam entre 1 mA e 20 A.

Em mA, µA For CC ou CA, cujos valores estejam entre 0,1 µA e 400 mA.

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 76 / 189

3 A posição da chave rotativa é selecionada conforme abaixo:

Em mA, A For CC ou CA cujos valores estejam entre 0,01 mA e 20 A

Em µA For CC ou CA cujos valores estejam entre 0,1 µA e 4000 µA

4 A corrente elétrica é medida.

5 O multímetro é conectado em série, conforme mostrado na figura.

I
R

Quando a corrente é medida, o multímetro é colocado em série com o dispositivo


cuja medição será efetuada.

6 A corrente elétrica é medida.

NOTA

Não deve haver nenhuma tentativa de medir a


corrente em um circuito cujo potencial esteja
acima de 600 volts. Isto danificaria o multímetro
(ou seu fusível), e, acima de tudo, o usuário
estaria em considerável perigo de descarga
elétrica.

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 77 / 189

Medição de sinais CA

É importante ter uma clara noção do que significa uma medição. Portanto, para o mesmo sinal, poderá
haver um valor máximo ou de pico, um valor médio ou de corrente contínua e um valor RMS ou efetivo.
A compreensão destes termos permitirá que o aluno entenda a diferença entre estas medições.

Os seguintes conceitos serão definidos abaixo:


a. Tensão máxima ou de pico
b. Tensão média ou de corrente contínua
c. Tensão efetiva ou RMS

a. Tensão máxima ou de pico

A tensão da corrente alternada usada em aplicações tanto domésticas quanto industriais exibe a forma de
um sinal senoidal; sua freqüência é de 50 Hz ou 50 cps.

Nesta tensão da corrente alternada, a freqüência de 50 Hz indica que este sinal aparece 50 vezes em 1
segundo. O período do sinal é o tempo decorrido entre 2 valores máximos e 2 valores de pico; no caso de
50 Hz, ele é de 0,02 segundo ou 20 milissegundos, que pode também ser representado como 2π ou 360°.

VMAX= VPICO = 170 V


No caso de 60 Hz, o período é 0,016 segundo
ou 16,67 ms.
VCA = 120 V

Um ciclo = 2π= 360° Ciclo de tensão da corrente alternada e relação


de tensão CA na tensão de pico
Um ciclo= 20,00 mseg

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 78 / 189

Conforme mostrado na figura anterior, o valor da tensão instantânea muda continuamente, adquirindo
valores positivos e negativos, ultrapassando o valor zero 120 vezes em 1 segundo.
O valor instantâneo máximo é conhecido como a tensão máxima ou tensão de pico.
A equação que define o valor instantâneo máximo é a seguinte:

V MAX = V pico =√ 2 · CA
V

EXEMPLO

Se houver uma tensão de corrente alternada de 120 VAC, a tensão máxima ou de pico pode ser
determinada multiplicando-se esse valor pela raiz quadrada de 2, resultando, assim, em uma tensão
de pico de 170 V. Isto pode ser testado por meio de experimento, com o uso de um osciloscópio. O
valor acima mencionado de 170 volts é um valor instantâneo, que é freqüentemente usado, por
exemplo, para a seleção do isolamento do condutor.

Portanto:
√ 2 · 120V= 1,414 · 120 V = 170 V

b. Tensão de pico ou da corrente

Neste caso, o valor instantâneo de tensão é sempre o mesmo. Portanto, seu valor médio ou de corrente
contínua é equivalente àquele valor instantâneo. Nos casos em que isto não ocorrer, haverá a
necessidade de se calcular o valor médio da tensão.

60 V
35 V

0V

3 mseg
2 mseg

Um ciclo = 5 mseg Exemplo de cálculo da tensão média

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 79 / 189

A figura anterior apresenta um sinal de tensão que mantém uma amplitude de 60 volts constante por 2
milissegundos e, em seguida, apresenta uma amplitude de 35 volts por 3 milissegundos, repetindo este
padrão periodicamente a uma freqüência de:

f = 1
= 200 Hz = 200 cps
0,005 seg

Para calcular a tensão média neste exemplo, primeiro é feito um cálculo da área de retângulos que
aparecem em um período.

Primeiro retângulo 60 V

2 mseg

Área = 120 V mseg

Segundo retângulo 35 V

3 mseg

Área = 105 V mseg

Portanto, a área total é de


225 volts-mseg.

O segundo passo é dividir a área total entre o tempo decorrido no período, então:

VMÉDIA 225 V · mseg


= V CC = = 45 V
5 mseg

Esta é a tensão média ou de corrente contínua deste sinal e é a que um multímetro digital mostraria em
relação à função da tensão da corrente contínua.

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 80 / 189

Tensão efetiva ou RMS

A tensão efetiva ou RMS é um dos conceitos usados com maior freqüência em sistemas elétricos e
eletrônicos. É importante saber com clareza o significado.

Ao operar com:
•Corrente contínua, os valores de corrente e de tensão permanecem constantes e são relacionados a
qualquer circuito pela aplicação da lei de Ohm.

•Corrente alternada, os valores instantâneos tanto de tensão quanto de corrente estão mudando
constantemente; até mesmo quando eles puderem ser descritos através de seus valores máximo ou de
pico, será necessário encontrar uma equivalência em relação a seus valores similares de corrente
contínua.

O método seguido para determinar esta equivalência usa o efeito de aquecimento que ocorre tanto com
tensões quanto com correntes contínuas e alternadas em cargas resistivas. Isto deve-se ao fato de que o
aquecimento é independente da direção do fluxo da corrente.

O aquecimento produzido pela resistência é relacionado à potência consumida por esta resistência, que é
definido por:

Sendo:
P = potência em watts
P= I2 · R I = corrente em ampères
R = resistência em ohms

O objetivo é encontrar um valor de corrente alternada cuja magnitude em corrente contínua


produza o mesmo efeito de aquecimento. Este valor é conhecido como o valor eficaz ou RMS.

No caso de outra forma de onda em 1. Eleve ao quadrado o valores instantâneos do


corrente alternada (quadrada ou sinal em um determinado período.
retangular), poderá ser seguido este 2. Calcule a média dos valores resultantes; este
procedimento: resultado é equivalente ao quadrado do sinal
da corrente contínua.
3. Por fim, pegue a raiz quadrada do valor
médio resultante; desta forma, é obtido o
valor eficaz ou RMS.

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 81 / 189

GLOSSÁRIO

O termo RMS vem das palavras Root-Mean-Square (média quadrática), que descreve o procedimento já
apresentado, isto é, a raiz quadrada dos valores elevados ao quadrado.

Para medir o RMS ou valor eficaz, é usado um multímetro digital, com a seleção da tensão ou corrente
CA. Todos os multímetros digitais possuem a capacidade de mostrar o valor RMS dos sinais senoidais,
mas nem todos eles podem mostrar o valor RMS dos sinais não senoidais.

Para medir um sinal sem uma forma senoidal, podem ser usados multímetros digitais com a
especificação TRUE RMS (RMS verdadeiro); do contrário, seria obtida uma medição errônea. Portanto, é
importante conhecer o tipo de sinal a ser medido.

A figura abaixo mostra o valor RMS de uma onda senoidal, uma quadrada e uma triangular,
respectivamente.

A
ARMS= 0,707
A

A
ARMS= 1 A

A
ARMS= 0,577
A

Valor máximo e RMS de diferentes sinais

NOTA

Se nos casos acima, os valores máximos fossem multiplicados por 0,707, o resultado só estaria correto
para o sinal senoidal. É preciso tomar cuidado especial na medição de valores RMS em inversores e
conversores, pois em algumas ocasiões as variáveis sob medição não possuem uma forma senoidal.
Neste caso, deverá ser usado um multímetro capaz de medir valores RMS VERDADEIROS.

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 82 / 189

Medição da capacitância

Para obter o valor da capacitância em capacitores, é seguido este procedimento:

1 Qualquer fonte de alimentação que alimenta o capacitor é desconectada.

O capacitor é descarregado. Para verificar se o capacitor está descarregado, é medida a


2 corrente contínua entre seus terminais.

3 A sonda de teste preta é introduzida na entrada COM e a sonda de teste vermelha é


introduzida na entrada VΩ.

4 A chave rotativa é colocada na posição “Ω”.

O botão azul é pressionado para selecionar o modo de medição da capacitância (em


5 alguns capacitores, a seleção desta função pode variar).

6 Os valores mensuráveis da capacitância vão de 0,01 nF a 5.00 µF.

Se o capacitor for eletrolítico, a sonda de teste vermelha é ligada ao terminal positivo do


7 capacitor e a sonda de teste preta é ligada ao terminal negativo do capacitor, conforme
mostrado na figura.

Se o capacitor não for eletrolítico, as sondas de teste serão ligadas aos terminais do
8 capacitor em qualquer ordem.

9 É efetuada a medição.

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 83 / 189

Medição da freqüência

A unidade de freqüência é medida em Hertz (Hz) ou ciclos por segundo


(cps).
GLOSSÁRIO

A freqüência é o número de
ciclos de um sinal por unidade
de tempo.
Magnitude (Volts)
Sinal com freqüência
de 1 Hz

5V

1s

Tempo (segundos)

Freqüência de um sinal

Para medir a freqüência do sinal, é seguido este procedimento:

A sonda de teste preta é introduzida na entrada COM e a vermelha é introduzida na


1 entrada V Ω.

2 A chave seletora é colocada na posição CA.

3 É pressionado o botão “Hz”.

4 É medida a freqüência do sinal.

5 As sondas de teste do multímetro são conectadas à partes do circuito onde ocorre o sinal.

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3. O multímetro Medição com o multímetro digital 84 / 189

ATIVIDADE
Este capítulo descreveu os procedimentos para diferentes medições
com um multímetro digital.
Agora resolva a atividade sugerida abaixo.

Responda às seguintes perguntas.

Como é interpretada uma leitura de “OL” no visor?


1

Qual(is) é(são) a(s) finalidade(s) do teste de continuidade?


2

No caso de uma tensão CA de 210 V, qual é a tensão de pico?


3

O efeito de aquecimento depende da direção de fluxo de corrente?


4

Parabéns! Você concluiu o Capítulo 3.


A seguir é apresentado o capítulo “Medição da potência”.

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Medições elétricas 85 / 189

4
Medição da
potência

TÓPICOS DO CAPÍTULO 4
Este capítulo mostra os
diferentes circuitos que
4.1 Medição da potência real 86
nos possibilitam medir a
potência.
4.2 Medição da potência reativa 91

4.3 Medição do fator de potência 93

4.4 Instrumentos de medição da potência 96

4.5 Medidor da variável elétrica multifunção 99

IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência 86 / 189

4.1 Medição da potência real


Uma potência de corrente contínua (sempre potência real) pode ser determinada pela medição da tensão
e da corrente e com o uso da seguinte equação:

P=U· I

No entanto, na maioria dos casos, são usados wattímetros com dispositivos eletrodinâmicos, que indicam
diretamente a potência real, se os circuitos amperimétricos e voltimétricos estiverem corretamente
conectados.
Na medição de correntes contínuas de maior intensidade, aproximadamente acima de 20 A, a bobina de
campo é colocada sob tensão através de uma resistência em série. Conseqüentemente, a bobina móvel
forma o circuito amperimétrico com essa resistência, conectado a uma resistência em paralelo.

Como trata-se de uma corrente alternada monofásica, um medidor de potência ou contador, conectado
conforme mostrado na figura abaixo, indica a potência real, cuja equação é:

P = U · I · cos ϕ

ϕ
1 2 3 5
1 2 3 5
Φ
I0 u v

k l
U V
R IR
S K L
(neutro) B URS
A
C
A. Conexão direta
B. Deslocamento de fase da corrente que atravessa a bobina móvel e tensão URS em
relação ao fluxo fi existente na bobina móvel com corrente IR (refere-se ao gráfico A)
C. Conexão através de um transformador de corrente e tensão

Medidor da potência real para corrente alternada monofásica


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4. Medição da potência Medição da potência real 87 / 189

MANUTENÇÃO

É preciso observar que, de acordo com as Normas DIN43807, os circuitos voltimétricos


correspondentes aos instrumentos a serem usados para o aparelho e painéis de controle devem ser
dispostos na frente de circuitos amperimétricos (com direção da potência da esquerda para a direita) e,
no caso de conexão através de transformadores, a fiação secundária deve ser totalmente aterrada. Caso
contrário, poderá ser gerada tensão inadmissivelmente alta entre os circuitos amperimétricos e
voltimétricos.

A potência real da corrente trifásica é equivalente à soma das potências das três fases.

(∆)P=(√3) . UL . I . cosϕ (Y)P=3 · UF · I · cosϕ

A maneira mais correta e precisa para medir a potência acima mencionada é usar três sistemas de
medição, cujos respectivos componentes de torque são mecanicamente somados através de um
acoplamento de banda, para indicar ou registrar os valores totais. Para reduzir os custos, e, como nas
caixas nem sempre há espaço suficiente para um conjunto de três sistemas, são escolhidas soluções
mais simples, se for permitido pela exatidão exigida.

Dispositivo de medição da potência com um sistema

1 2 3 5 8
1 2 3 5 8

u v u v
k l
R U V U V k l
K L
S R
K L
T S
T
A
B

A: Conexão através de um transformador de corrente


B: Conexão através de um transformador de corrente e dois transformadores de tensão
com isolamento bipolar

Medidor da potência real para corrente trifásica em três condutores de carga equivalente,
com um sistema de medição simples e resistências ajustadas a zero

Pela incorporação de uma reatância (circuito artificial), o caminho da tensão pode ser disposto em um
triângulo (ver a figura abaixo). A reatância suprime o deslocamento de fase em 30° em relação à
tensão até o neutro.

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P=UR*IR-US-*IR - US*IT + UT*IT=URS*IR+UTS*IT

4. Medição da potência Medição da potência real 88 / 189

30°
1 2 3 5
I0
u v
UR
U V k l S
R T S
K L
S IR
T
A B

A. Conexão através de um transformador de corrente e tensão


B. Deslocamento de fase de corrente I0 que atravessa a bobina móvel

Medidor da potência real da corrente trifásica em três condutores de carga equivalente,


com um sistema de medição simples e circuito artificial

Dispositivo de medição da potência com dois sistemas


(Corrente trifásica de três fios com uma disposição de carga arbitrária)

A potência da corrente trifásica é: P= UR IR + US IS + UT IT

Na rede de três fios, a soma de intensidades da corrente é nula: IR + IS + IT =0


Na substituição de IS=-IR-IT , resulta o seguinte:
P = UR . IRS + UT . ITS
Circuito Aron

IT
1 2 3 5 7 8 9
U

u v u v UT US
k l
U V U V URS
R
K L UTS
S k l
T T S
K L IR
A B
A. Conexão através de um transformador de corrente e tensão
B . Diagrama vetorial de cosϕ = 1. Os dois sistemas de medição resultam nos produtos
URS.IRS e UTS.IT.
IR vem após URS em um deslocamento de fase de 30°; I T antecede UTS em 30°.

Medidor da potência real da corrente trifásica em três condutores de carga equivalente,


com um sistema de medição simples, baseado em um circuito Aron
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4. Medição da potência Medição da potência real 89 / 189

Em um circuito Aron, o produto de uma tensão diferencial (entre cada tensão até o neutro) por uma
intensidade da corrente é formado em cada sistema de medição. Com o uso deste circuito, a medição é
independente das assimetrias de tensão, obtendo com isso os resultados corretos se a soma geométrica
das principais correntes de três fios for igual a zero. Esta condição é satisfeita em cada caso (porque não
há neutro), desde que não haja ocorrência de falhas de terra ou correntes capacitivas aparentes em
relação à terra.

Dispositivo de medição da potência com três sistemas


(Corrente trifásica de quatro fios com disposição de carga arbitrária)

Em cada sistema de medição, é formado o produto da corrente diferencial por uma tensão (até o neutro).
Os sistemas de medição consistem em uma segunda bobina de campo através da qual a corrente do
terceiro condutor passa a fluir na direção oposta. O ponto neutro no circuito voltimétrico é estabelecido
artificialmente. Ao contrário de um circuito Aron, este sistema não depende de assimetrias de corrente e
não causa erros de medição, se a soma geométrica das tensões dos condutores principais não for igual a
zero. Conseqüentemente, este sistema beneficia-se do fato de que a simetria de tensão em redes de
quatro fios proporciona mais garantia que a intensidade da simetria de corrente.

Com o uso dos circuitos conforme a figura abaixo, serão obtidos os resultados corretos se as tensões
forem assimétricas ou simétricas, isto é, se a corrente atravessar o condutor neutro.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 11
1 2 3 4 5 6 7 8 9 11

V V V

x x x

x x x
R
K L
S
K L V V V
T R
(neutro) K L K L
S
T K L
A
K L
B

A: Conexão através de um transformador de corrente


B: Conexão através de um transformador de corrente e três transformadores de tensão com
isolamento unipolar em redes de alta tensão de três condutores

Medidor da potência real de corrente trifásica com uma carga arbitrária e triplo sistema de medição

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Obtém-se:

4. Medição da potência Medição da potência real 90 / 189

Neste caso, a potência da corrente trifásica também é : P= UR IR + US IS + UT IT


Se as tensões forem simétricas:
UR + US + UT =0
Na substituição de US= UR-UT

Resulta o seguinte:
P = UR · IRS + UT · ITS

1 2 3 4 5 6 7 8 9
UR IR

UT IS
IT IR
ITS S

k l B
R
K L k l
S
K L k l
T
K L
(neutro)
A

A: Conexão através de um transformador de corrente


B: Diagrama vetorial de circuitos 2 ½ para cosϕ = 1
Os dois sistemas criam os produtos UR.IRS e UT.ITS.
IRS antecede UR em 30°; I TS vem após UT com um deslocamento de fase de 30°.

Medidor da potência real de corrente trifásica em quatro condutores


com uma carga arbitrária e duplo sistema de medição em um circuito 2½

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4. Medição da potência 91 / 189

4.2 Medição da potência reativa


Os instrumentos de serviço que medem a potência reativa são providos de dispositivos de medição
eletrodinâmicos, incluindo um circuito magnético de ferro e um, dois ou três sistemas.
Os circuitos mostrados na figura abaixo são especialmente apropriados para contadores ou instrumentos
de montagem em painéis de comando.

Uma vez medida a potência real, a potência reativa PQ é medida deslocando-se a tensão em um ângulo
de 90°.

1 2 3 5 3 5 8
1

u v u v
k l k l
U V U V
R R K L
K L
S S
(neutro) T
Medidor da potência reativa para corrente alternada
Medidor da potência reativa para corrente trifásica
monofásica em um circuito de 90°.
em três condutores com uma carga arbitrária com
um duplo sistema de medição.

NOTA

No caso de corrente alternada


Wattímetros portáteis são conectados de maneira
monofásica (PQ=U·I·senϕ), o
deslocamento acima mencionado é feito similar, mas eles podem ser comutados a
com um circuito, como o mostrado na diferentes tensões e alguns deles à potência real
figura anterior (“conexão a 90°”), ao ou reativa.
passo que no caso de uma corrente
trifásica y (PQ=3·UF·I·senϕ, (∆)
PQ=√3·UL·I·senϕ), este deslocamento é
obtido pela aplicação aos dispositivos
de medição de uma tensão girada 90°
em relação ao usado para medir a
potência real.

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4. Medição da potência Medição da potência reativa 92 / 189

Outro método que oferece a vantagem da medição que não dependa da freqüência, ao contrário da
“conexão a 90°”, é mostrado abaixo.

1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 5 7 8 9

u v u v

U V U V k l
R
K L k l
S
T K L k l
R k l
K L k l
S K L
Medidor da potência reativa para corrente T K L
trifásica em três condutores com uma carga neutro
arbitrária, com duplo sistema de medição
Medidor da potência reativa para corrente
trifásica em quatro condutores com uma carga
arbitrária, com duplo sistema de medição em
“circuito 2½”

LEMBRETE

A unidade de potência reativa é o VAr (volt-


ampère reativo).

Diga se estas afirmações


são Verdadeiras ou Falsas. VERDADEIRO FALSO

1 Os dispositivos de medição da
potência com dois ou três sistemas
são independentes das assimetrias
de tensão.

2 Wattímetros portáteis medem


apenas a potência real.
ATIVIDADE
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4. Medição da potência 93 / 189

4.3 Medição do fator de potência


Quando correntes CA indutivas e capacitivas Conseqüentemente, estas resistências provocam
um deslocamento cronológico entre a intensidade
são conectadas em um circuito, a intensidade da
corrente não varia ao mesmo tempo que a da corrente e a tensão, isto é, um “deslocamento
tensão; ela vai à frente ou fica para trás. de fase” que, em uma representação vetorial, é
indicado como um ângulo de deslocamento ϕ
entre 0°e 90°.

Como o cosseno do ângulo de deslocamento faz parte da potência real,


o fator de potência é denominado também cos ϕ.

V cosϕ

P
U Z
M PX
A V
W 3 ~
ϕ

P
R S T

NOTA

Com um amperímetro, voltímetro e wattímetro de potência real, é


possível realizar testes ocasionais do fator de potência em uma
instalação.

O fator de potência é determinado conforme abaixo:

Para corrente alternada monofásica:

Cos ϕ = P
U·I

Para corrente trifásica de três fios e carga balanceada:

∆ COS ϕ = P Y cos ϕ = P
√3 · UL · I 3 · UF · I
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4. Medição da potência Medição do fator de potência 94 / 189

Para monitorar constantemente o deslocamento Estes aparelhos são equipados com medidores de
de fase (por exemplo, em casas de força e relação eletrodinâmica, providos de circuitos
coletores de grande porte), são usados magnéticos de ferro, cujas peças polares são
medidores de fase e registradores de fase. feitas de uma maneira que a folga existente entre
cada uma delas e o núcleo seja mínima no centro
e máxima nas extremidades.

Portanto, é possível que o campo gerado pelo circuito amperimétrico seja aproximadamente senoidal. As
duas bobinas móveis são cruzadas e sujeitas a tensões fora de fase no circuito de relações. As correntes
que atravessam as bobinas móveis geram componentes de torque opostos no campo magnético não
homogêneo, o que depende da disposição das bobinas.
Enquanto, no caso de corrente alternada monofásica, é necessário determinar uma tensão fora de fase
(em relação à tensão da rede) por meio de um circuito artificial; no caso de uma corrente trifásica, a
tensão fora de fase é obtida diretamente da rede elétrica (ver a figura abaixo).

ID2

ID1
IR
1 2 3 5 11
IR
cos ϕ= 0,5 indutivo cos ϕ= 0,5 reativo
u v
URS
k l
U V
R
K L
S B
(Neutro) A

A. Conexão através de um transformador de corrente e tensão


B. Diagrama vetorial para a medição do fator de potência em corrente alternada monofásica
A corrente que atravessa a bobina móvel ID1 está em fase com URS e os giros superficiais da
bobina móvel 1 são paralelos ao ponteiro; a corrente, atravessando a bobina móvel ID2, vem
depois de URS com um deslocamento de fase de 90°e os giros superficiais da bobina m óvel 2
são perpendiculares ao ponteiro.

Medição do fator de potência para corrente alternada monofásica em um circuito artificial


com uma margem de medição de 0,5 capacitiva -1- 0,5 indutiva

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4. Medição da potência Medição do fator de potência 95 / 189

Ajuste É uma função direta do ângulo de deslocamento de


fase ϕ, de forma que a escala possa ser graduada em
valores cosϕ (0,5 cap-1-0,5 ind; 0,8 cap-1-0,2 ind; 0-
1, partindo-se do princípio que a carga seja indutiva).

Ajuste do torque Depende da intensidade da corrente que atravessa


um circuito amperimétrico; sua magnitude é tanta
que, em uma tensão nominal, 20% da corrente
nominal são suficientes para um ajuste seguro do
ponteiro.

Medidores de fase são desprovidos de molas direcionais; por isso, quando a corrente atravessa
o instrumento, o ponteiro não indica nenhuma posição livre conhecida.

Dispositivos de medição são praticamente insensíveis a perturbações causadas pelo campo


magnético disperso.

NOTA

É preciso lembrar-se de que medidores de fase indicam o fator de


potência da linha à qual a bobina estiver conectada e,
conseqüentemente, deve-se partir do princípio de haver uma carga
uniforme para uma corrente trifásica.

R
I
cosϕ=R 0 indutivo
ID2 ID1
1 2 3 5 8
UR
U V U V
k l
U V U V
R K L T S
S I
T
BR
A

A: Conexão através de um transformador de corrente e tensão


B: Diagrama vetorial para medição do fator de potência em corrente trifásica em três
condutores. As correntes que atravessam a bobina móvel ID1 e ID2 estão fora de fase em
relação a UR em 30°, isto é, elas estão em fase com U Rs e UTR .

Medição do fator de potência para corrente trifásica em três condutores de carga equivalente,
com uma margem de medição de 0-1

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4. Medição da potência 96 / 189

4.4 Instrumentos de medição da potência

Medidor de energia

R R
S S
T T
Neutro Neutro

Medidor trifásico diretamente Conexão de um transformador trifásico à rede


conectado elétrica por meio de transformadores de três
correntes e dispersão da fiação secundária à terra

5
4
6 2
3
1
1
2

5 Medidor de indução com três sistemas de


4 medição, para corrente alternada trifásica neutra
7
6
3 2
1. Dispositivo de ajuste no loop de resistência
1 2. Ímã de frenagem
3. Parafuso de ajuste de carga pequena em
núcleo de tensão
4. Ângulo de marcha suave
5. Gancho de marcha suave
6. Dispositivo de ajuste
R 7. Dispositivo de ajuste do campo errático
S
T
0

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4. Medição da potência Instrumentos de medição da potência 97 / 189

Medidor da seqüência de fases

I
II
III

II

I III
Trata-se de um medidor que consiste em três bobinas que agem
em um pequeno tambor ou disco, cuja direção de rotação é o
resultado da ordem da seqüência de fases.

Trata-se de um medidor que consiste em duas lâmpadas, duas


resistências e um capacitor. Dependendo da ordem da seqüência
de fases, uma ou outra lâmpada é acesa. É importante certificar-
se de que haja tensão entre as três fases para evitar qualquer
leitura errônea.

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4. Medição da potência Instrumentos de medição da potência 98 / 189

Analisador de potência portátil

L1
L2
L3
N

• Este dispositivo analisa todas as magnitudes


elétricas do sistema
• Ele possui quatro canais de corrente e tensão
• Disparador automático com opção de
restabelecimento, de acordo com a magnitude
exigida
• Arquivos individuais para cada parâmetro de
medição
• Programável em campo
• Capaz de registrar harmônicos, perturbações,
fenômenos transitórios, intermitência, contador
de energia, etc.
• Comunicação com PC
• Detecção automática de fixação de corrente
conectada
• Memória linear ou rotativa
• Seleção automática dos parâmetros a serem
registrados

HARMÔNICOS HARMÔNICOS
Acq
Acq ODD
Vp-n
Vp-n INST HARMÔNICOS
L1
L1 Vp-n 220
L2
L2 L1
L3
L3
220 Vp-n 221
220
A L2
A
L1 Vp-n 224
L1 %H3 %THD RMS
L2 L3
L2
L3 1,8 2,6 228 4/1/09 17:31:29
L3
A
A
IN 4/1/09 17:08.11 IN 4/1/09 17:08.11

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4. Medição da potência 99 / 189

4.5 Medidor da variável elétrica multifunção

B C

A I AMPS D
E
M 1 235 10
A
50 100
F
A. Tipo de medição 2 245 10 50 100
A
B. Título do visor 3 236
10 50 100
L N A%
C. Indicador de alarme 2,4 A
D. Ícone de manutenção
fase I DEM
E. Gráfico de barras (%)
F. Unidades.
G. Exibir mais itens de menu
K J I H G
H. Itens de menu
I. Indicador do menu
selecionado
J. Botão
K. Voltar ao menu anterior
L. Valores
M. Fase

Leituras em tempo real Análise da potência


• Corrente (por fase, residual, trifásica) • Fator de potência de deslocamento (por fase,
• Tensão (L-L, L-N, trifásica) trifásica)
• Potência real (por fase, trifásica) • Tensões fundamentais (por fase)
• Potência reativa (por fase, trifásica) • Potência real fundamental (por fase)
• Potência aparente (por fase, trifásica) • Potência reativa fundamental (por fase)
• Fator de potência (por fase, trifásica) • Potência aparente (por fase, trifásica)
• Freqüência • Desequilíbrio (corrente e tensão)
• THD (corrente e tensão) • Rotação de fase
• Magnitudes e ângulos harmônicos de tensão
e corrente (por fase)
• Componentes da seqüência

Leituras da energia Leituras da demanda


• Energia acumulada, real • Demanda de corrente (por fase presente,
• Energia acumulada, reativa média trifásica)
• Energia acumulada, aparente • Medição do fator de potência (trifásica total)
• Leituras bidirecionais • Demanda de potência real (por fase presente,
• Energia reativa por quadrante pico)
• Energia incremental • Demanda de potência reativa (por fase
• Energia condicional presente, pico)
• Demanda de potência aparente (por fase
presente, pico)
• Leituras coincidentes
• Demandas de potência prevista

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4. Medição da potência Medidor da variável elétrica multifunção 100 / 189

Leituras em tempo real Faixa aceitável


Corrente
Por fase De 0 a 32.767 A
Neutro De 0 a 32.767 A
Média trifásica De 0 a 32.767 A
Desequilíbrio percentual De 0 a 100,0%
Tensão
Linha a linha, por fase De 0 a 1.200 kV
Linha a linha, média trifásica De 0 a 1.200 kV
Linha a linha, por fase De 0 a 1.200 kV
Linha a linha, média trifásica De 0 a 1.200 kV
Desequilíbrio percentual De 0 a 100,0%
Potência real
Por fase De 0 a 3.276,70MW
Trifásica total De 0 a 3.276,70MW
Potência reativa
Por fase De 0 a 3.276,70MVAR
Trifásica total De 0 a 3.276,70MVAR
Potência aparente
Por fase De 0 a 3.276,70MVA
Trifásica total De 0 a 3.276,70MVA
Fator de potência (real)
Por fase De -0,002 a 1,000 a -0,002
Trifásica total De -0,002 a 1,000 a -0,002
Fator de potência (deslocamento)
Por fase De -0,002 a 1,000 a -0,002
Trifásica total De -0,002 a 1,000 a -0,002
Freqüência
45-65 Hz De 23,00 a 67,00 Hz
350-450 Hz De 23,00 a 67,00 Hz

O sinal do fator de potência FP


aparece ao lado da leitura. REAL
1 0,757
2 0,704
0,744
3 0,736
Entrada de potência reativa Entrada de potência reativa TOTAL
FP REAL FP
Quadrante Quadrante Quadrante Quadrante D
2 1 2 1
Watts negativos (-) Watts positivos (+) Watts negativos (-) Watts positivos (+)
Vars positivos (+) Vars positivos (+) Vars positivos (+) Vars positivos (+)
Retardamento do Avanço do Fator de Avanço do fator de Retardamento do
fator de potência potência (+) potência (+) fator de potência
(-) Fluxo de potência Fluxo de potência (-)
Fluxo de potência inverso Entrada inverso Fluxo de potência Entrada
inverso de normal de
potência potência
Watts negativos (-) Watts positivos (+) Watts negativos (-) Watts positivos (+)
real real
Vars negativos (-) Vars negativos (-) Vars negativos (-) Vars negativos (-)
Retardamento do Avanço do fator de Retardamento do Avanço do fator de
fator de potência potência (+) fator de potência potência (+)
(-) (-)
Quadrante Quadrante Quadrante Quadrante
3 4 3 4

Convenção do sinal de potência IEC Convenção do sinal de potência IEEE


IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência Medidor da variável elétrica multifunção 101 / 189

Valor Faixa aceitável


THD – tensão, corrente
Trifásica, por fase, neutro De 0 a 3.276,7%

thd – tensão, corrente


Trifásica, por fase, neutro De 0 a 3.276,7%
Tensões fundamentais (por fase)
Magnitude De 0 a 1.200 kV
Ângulo De 0,0 a 359,9°
Correntes fundamentais (por fase)
Magnitude De 0 a 32.767A
Ângulo De 0,0 a 359,9°
Diversos
Fator de potência de deslocamento (por fase, trifásica) De -0,002 a 1,000 a + 0,002

Rotação de fase 123 ou 321


Desequilíbrio (corrente e tensão) 1 De 0,0 a 100,0%
Magnitudes individuais de corrente e tensão harmônicos 2 De 0 a 327,67%
Ângulos individuais de corrente e tensão harmônicos 2
De 0,0°a 359,9°
1 As leituras são obtidas somente través de comunicações.
2 PM810 com um PM810LOG: são mostrados no visor as magnitudes e ângulos de corrente e tensão harmônicos 2, 3, 4,
5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13.

O medidor de potência fornece vários valores de análise da potência que podem ser usados para
detectar problemas de qualidade da potência, diagnosticar problemas de fiação, etc. A tabela acima
apresenta um resumo dos valores da análise da potência.

THD: Distorção Harmônica Total (THD, Total Harmonic Distortion) é uma medição rápida da distorção
total presente em uma forma de onda e é a relação do conteúdo de harmônicos com o valor fundamental.
Ela fornece uma indicação geral da “qualidade” de uma forma de onda. A THD é calculada tanto para a
tensão quanto para a corrente. O medidor de potência usa a seguinte equação para calcular a THD em
que H é a distorção harmônica.
√H2 + H23 + H 24 + …
THD = 2 . 100%
H1

thd: É o método alternativo para o cálculo da Distorção Harmônica Total, amplamente usado na Europa.
Ele leva em consideração a corrente harmônica total e o conteúdo rms total em vez do conteúdo
fundamental no cálculo. O medidor de potência calcula a thd tanto da tensão quanto da corrente. Ela usa
a seguinte equação para calcular a thd em que H é a distorção harmônica:

√H22 + H23 + H 24 + …
tdh = . 100%
Derms total

Fator de potência de deslocamento: O fator de potência (PF) representa o grau até o qual a tensão e a
corrente que entram em uma carga estão fora de fase. O fator de potência de deslocamento tem como
base o ângulo entre os componentes fundamentais de corrente e tensão.

Valores harmônicos: Os harmônicos podem reduzir a capacidade do sistema de potência. O medidor de


potência determina as magnitudes e ângulos harmônicos individuais por fase até o 31º harmônico para
todas as correntes e tensões. As magnitudes dos harmônicos podem ser formatadas como uma
porcentagem do valor fundamental (padrão), uma porcentagem do valor eficaz ou o valor eficaz
propriamente dito. IMTEL007-GBE
Rev.00
4. Medição da potência Medidor da variável elétrica multifunção 102 / 189

ATIVIDADE

Com base nos dados propostos, calcule os valores exigidos


para este circuito.

A placa de identificação de um transformador indica o seguinte:


•Potência nominal: 150 kVA
•Tensão primária nominal: 13200V
•Tensão secundária nominal: 220V

Calcule a corrente nominal nas tensões primária e secundária.


1

A resistência de 0,4 Ω está colocada no terminal secundário. Calcule os valores da


2 corrente e da potência dissipada nesta resistência, alimentando o transformador a
partir da primária, como tensão nominal.

Parabéns! Você concluiu o Capítulo 4.


A seguir é apresentado o capítulo Medição da resistência e do
isolamento.

IMTEL007-GBE
Rev.00
103 / 189
Medições elétricas

5
Medição da
resistência e do
isolamento

Este capítulo trata dos TÓPICOS DO CAPÍTULO 5

diferentes métodos de
5.1 Medição da resistência 104
medição das resistências
em circuitos. 107
5.2 Pontes de medição

5.3 Medição da ligação à terra 111

5.4 Medição do isolamento 113

5.5 O megômetro 117

5.6 Outros dispositivos de medição 124

IMTEL007-GBE
Rev.00
5. Medição da resistência e do isolamento 104 / 189

5.1 Medição da resistência


A resistência pode ser medida com instrumentos de medição diretos ou indiretos (métodos de
ponto zero ou comparação da deflexão).

NOTA EXEMPLO

A escolha do aparelho correto é essencial para Somente métodos indiretos de medição são
que se obtenha medições rápidas e precisas. apropriados para medir resistências inferiores a
10-2 Ω.

É preciso lembrar-se de que as tolerâncias dos dispositivos de leitura referem-se ao comprimento da


escala, ao passo que as das pontes de medição referem-se ao valor teórico. Portanto, ao usar pontes
de medição, a exatidão atingível dentro das faixas indicadas permanece constante e bem acima
daquela do aparelho de leitura direta, cujas escalas muitas vezes são hiperbólicas;
conseqüentemente, os valores mostrados no final da escala são apenas uma aproximação.

Aparelhos de medição de leitura direta

As medições da resistência obtidas com estes NOTA


aparelhos normalmente são inferidas das
medições da corrente, isto é, uma determinada Via de regra, são usados instrumentos de bobina
tensão é aplicada à resistência a ser medida e móvel altamente sensíveis para fazer a leitura.
a corrente que a atravessa é medida.
Suas escalas são calibradas em Ohms e vão da
direita para a esquerda, pois a corrente está em
seu valor mais alto quando Rx=0 e nula se
Rx=∞.

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5. Medição da resistência e do isolamento Medição da resistência 105 / 189

IX
U = Medição da tensão
RV RV = Resistência em série
RK1
RX U RK1 = Resistência do instrumento
RX = Resistência a ser medida
IX =Corrente que atravessa RX
A UX = Queda de tensão em RX
RK1 IX RV

RX U
UX

B
A. O instrumento e RX são conectados em série (a medição da resistência é reduzida para a
medição da corrente, ponto zero para a direita).
B. O instrumento e RX são conectados em paralelo (a medição da resistência é reduzida
para a medição da tensão, ponto zero à esquerda).
Circuitos básicos para a medição de resistências.
Figura A: Como a intensidade da corrente e, conseqüentemente, a deflexão do ponteiro são
inversamente proporcionais à resistência a ser medida, a escala é hiperbólica. As resistências Rk1 +
Rv que determinam o valor em meia escala são decisivas para a escala, pois com a resistência
Rx=Rk1 +Rv ela é a corrente que flui com Rx=0. Para beneficiar-se da exatidão garantida durante a
medição, é melhor escolher uma margem de medição em que o valor a ser medido seja da mesma
magnitude do valor em meia escala.
Em muitos casos, especialmente quando se medem pequenas resistências, é usada uma baixa
tensão, levando-se em consideração a capacidade de carga da resistência e para evitar que a
bateria fique excessivamente fatigada. A resistência é determinada pela medição da tensão,
conforme mostrado na figura acima.

Figura B: Conectando-se Rx e Rk1 em paralelo, a corrente que atravessa Rk1 será nula se Rx=0 e
terá seu valor mais alto quando Rx=∞. Portanto, o ponto zero na escala está localizado do lado
esquerdo, o mesmo que com um voltímetro padrão. Este circuito facilita uma execução linear da
escala e permite estabelecer um limite superior, de acordo com a resistência Rv selecionada.

Aparelhos com várias margens de medição às vezes combinam ambos os circuitos. Portanto, eles
podem incluir uma escala que vá da esquerda para a direita e outra da direita para a esquerda.

4
2
20


kΩ 20

Escala do ohmímetro de agulha II, de alta Escala de ohmímetro de agulha I, de baixa


resistência ôhmica. resistência ôhmica.
Escalas do ohmímetro de agulha
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5. Medição da resistência e do isolamento Medição da resistência 106 / 189

Se for usada uma bateria como fonte de medição da tensão, a influência da redução experimentada
pela tensão da bateria ao longo do tempo poderá ser eliminada até um certo ponto. Antes de ser
efetuada a medição e enquanto os terminais do equipamento estiverem em curto (método de corrente)
ou ligados em ponte pelo acréscimo de uma resistência extra (método de tensão), uma derivação
magnética ou uma resistência é regulada de forma que a agulha do instrumento aponte para zero ou a
marca final na escala.

1
Se o valor da tensão a ser aplicada for desconhecido, a resistência R
A V será medida com um amperímetro e um voltímetro (R=U/I). O voltímetro
será conectado ao ponto 1 se o valor da resistência a ser medida for alto
2 e ao ponto 2 se for baixo.
R

EXEMPLO

Diagrama de um ohmímetro que consiste em uma bateria e um voltímetro em


série.

Assinale a resposta correta.


Entre instrumentos de medição direta, as pontes de
1 medição são …
menos precisas.
mais precisas.

Se for medida uma resistência em que o valor da queda de


2 tensão é conhecido e for usado um amperímetro em série,
o ponto zero da escala estará:
à direita.
à esquerda.

Quando são medidas resistências baixas, são usadas


3 baixas tensões para…
evitar descarregar a bateria.
ATIVIDADE evitar queimar a resistência.

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5. Medição da resistência e do isolamento 107 / 189

5.2 Pontes de medição


Pontes de medição são adequadas principalmente para medição de resistências. Elas são usadas
também para medir outras magnitudes que podem ser representadas como valores de resistência.

NOTA

Mediante o ajuste do zero com aparelhos altamente sensíveis, é possível obter resultados bastante
precisos (erro aproximado ± 0,02%).
O ajuste para zero é muito mais sensível quando a tensão da fonte de alimentação é progressivamente
mais alta; no entanto, isto é limitado pela capacidade de carga da resistência. Portanto, por exemplo, um
termômetro de resistência não deverá ser aquecido pela corrente de medição.

Um fator decisivo na precisão de medição é a exatidão de como as resistências que formam a ponte,
mas também o tipo de conexão desta última. Em relação a isto, pontes de medição cujas resistências
sejam aproximadamente da mesma magnitude da resistência a ser medida são bastante favoráveis.

Resistência de grande e médio portes Ponte Wheatstone

Resistências <1 Ω Ponte Thompson

Nota: No segundo caso, é importante levar em conta os valores do fio de entrada e dos cabos de
ligação.

RX R2
G RX G R2
R1 R2
G R3 R4

R3 R4 L1 L2
RN
RX

Ponte Wheatstone Ponte Thompson Ponte de fio e cursor


R2 ⋅ R3 RX R R L1
RX = = 3 = 1 R X = R2 ⋅
R4 RN R4 R2 L2

Pontes de medição, circuitos básicos e condições de ajuste.

Nota: Quando a exatidão exigida não for tão significativa (tolerância aproximada ± 1%) e os valores
da resistência estiverem entre 0,2 Ω e 50 kΩ, pontes de fio e cursor serão suficientes.

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5. Medição da resistência e do isolamento Pontes de medição 108 / 189

As resistências de isolamento podem ser determinadas, bem como com os aparelhos de medição de
leitura direta, pela comparação da deflexão (dispositivo de medição MΩ µF).

De acordo com sua constituição mecânica, eles podem ser classificados em pontes providas de um
cursor, chaves rotativas e contatos de encaixe.

Fio cursor Esta é a execução mais simples e mais barata de


uma medição da resistência, permitindo uma leitura
rápida, mas só pode ser usada para medições de
serviço, pois o ajuste é limitado.

Chave rotativa Também é possível fazer medições rápidas quando


as pontes forem providas deste elemento. Estas
pontes são usadas para medições de serviço e de
precisão. Chaves rotativas de precisão garantem
mínima comparação constante de uma resistência e
sua própria capacitância é bastante reduzida (isto é
extremamente importante ao serem medidas
resistências altas, devido ao ângulo de perda).

Contatos de encaixe Pontes munidas de plugues, que são altamente


precisas, mas de difícil ajuste, atualmente estão em
desuso; elas têm sido substituídas por pontes
providas de chaves rotativas.

Localização das falhas em cabos


As medições exigidas para localizar falhas em cabos podem ser feitas parcialmente com uma ponte
Wheatstone padrão, de acordo com o método Varley ou pela comparação de condutores.

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5. Medição da resistência e do isolamento Pontes de medição 109 / 189

O método Varley

a a/b: Relação do divisor de tensão


LH Rcomp: Resistência de comparação
L: Comprimento do cabo
LX: Seção do cabo até um ponto com falha
L L-LX LH: Comprimento do condutor auxiliar
b Rcomp X
+
Localização de falhas segundo o método Varley e comparação de
condutores com um circuito básico.

A resistência de seção LX até o local com falha suplementa a resistência de comparação Rvg1 até o valor
pertinente da seção restante do loop (l-LX+LH), portanto, o ponto com falha forma o vértice da ponte.
Antes disto, a resistência do loop RL+RLH loop deve ser medida com um circuito de ponte padrão.

Se a resistência do cabo L cabo for igual à do condutor auxiliar LH (geralmente, um segundo condutor de
cabo), será aplicada a seguinte equação:

2 ⋅ RL − Rvg 1 ⋅ a
Lx = 2 ⋅ L b
(
2 ⋅ RL 1 + a
b
)
Se a/b = 1 será ajustado, portanto:

2 ⋅ RL − Rvg 1
Lx = L
2 ⋅ RL

Método de comparação do condutor


Este método usa o mesmo circuito que o usado para o método Varley, com a única diferença de que o
ponto com falha artificial é definido na parte distante do fio. Neste caso, a equação a ser usada será:

a R LH H
=
b Rvg1 + R L

Se a/b =1 será RLH=Rvg1+RL e, portanto, RLH-RL=Rvg1

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5. Medição da resistência e do isolamento Pontes de medição 110 / 189

Ponte Wheatstone
Para localizar falhas de acordo com a ponte Murray, a ponte Wheatstone é suplementada com as
resistências Z adicionais e um terminal M em boas condições que una a ponte de medição ao cabo. A
ponte deve ser ajustada através de Rvg1 . Nesse caso, aplicam-se as seguintes equações:
Rvg 1 Rvg 1
Lx = (L + LH ) ó Lx = 2 ⋅ L
Z + Rvg 1 Z + Rvg 1
M LH

L L-LX Z: Resistências adicionais


X Rcomp: Resistência de comparação
L: Comprimento do cabo
LX: Seção do cabo até um ponto com falha
Z Rcomp LH: Comprimento de condutor auxiliar

Localização de falhas segundo o método Murray com um


+ circuito básico.

ATIVIDADE

Responda às seguintes perguntas.

Qual é a vantagem de se ter uma ponte com uma chave rotativa?


1

Que fatores são decisivos ao se usar uma ponte de medição?


2

Quais métodos são usados para detectar falhas nos cabos?


3

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5. Medição da resistência e do isolamento 111 / 189

5.3 Medição da conexão à terra


Em muitas instalações elétricas como, por exemplo, em redes de suprimento de baixa tensão em linhas
de comunicação simples, há um polo aterrado ou então o circuito é fechado por meio de aterramento.

NOTA

Em instalações onde todos os polos são isolados, as partes metálicas são aterradas. Estas não estão
sujeitas a tensão durante o serviço, para desviar correntes que possam surgir de uma deterioração do
isolamento. Em todos estes casos, a resistência da terra - formada pela linha de entrada, a linha de
transição entre o elemento de aterramento e a terra e a linha de propagação desta última - será tão
pequena que não é possível estabelecer uma queda de tensão inadmissível.

A condutividade de aterramento pode flutuar Para determinar a resistência da terra, a


dependendo das condições atmosféricas. Além corrente atravessa o elemento de aterramento e
disso, é possível que a resistência de transição a queda de tensão estabelecida é medida.
entre o elemento de aterramento e a terra pode Para evitar resultados de medição imprecisos –
variar continuamente como resultado de corrosão causados pelos fenômenos de polarização –
ou polarização. Portanto, é necessário efetuar geralmente é usada uma corrente alternada.
medições de monitoramento freqüentes, as quais,
nos diferentes campos de aplicação são
estabelecidas nas disposições pertinentes.

I G

E: Elemento de aterramento
HE: Elemento de aterramento auxiliar
S: Sonda
U G: Gerador de tensão CA

E S HE
Circuito básico para medir a conexão à terra.

Se neste circuito a corrente que atravessa o voltímetro e a sonda for muito mais baixa que a que
atravessa o elemento de aterramento, a resistência da sonda poderá ser ignorada e a resistência da
terra RE será determinada pela intensidade da tensão e da corrente, de acordo com a fórmula RE=
U/I.

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5. Medição da resistência e do isolamento Medição da ligação à terra 112 / 189

MANUTENÇÃO

• Quando instalar o dispositivo de medição, certifique-se de que o elemento de aterramento auxiliar e a


sonda estejam a uma distância suficiente do elemento de aterramento principal, para que os “cones de
tensão” (forte queda de tensão perto dos eletrodos) não coincidam, pois eles produzirão uma leitura
falsa.

• A sonda deve ser colocada a uma distância equivalente a aproximadamente cinco vezes o
comprimento do elemento de aterramento e a pelo menos 20 m afastada dele. Portanto, antes de
medir, é conveniente conhecer a posição, a forma e as dimensões do elemento de aterramento.

P
N E: Elemento de aterramento
G HE: Elemento de aterramento auxiliar
S: Sonda
UK
G: Gerador de tensão alternada
P: Potenciômetro
U N: Indicador de zero
UK: Tensão de compensação
E S HE
Circuito básico

Aparência externa do aparelho.


Medidor de conexão à terra com bateria.

Assinale a resposta certa. Quando se mede resistências da terra, é usada uma corrente
1 alternada:
para evitar os efeitos de polarização.
para aumentar os efeitos de polarização.

Para medir a resistência da terra, você precisa de:


2
Apenas um elemento conectado à terra.
Um elemento principal e um elemento auxiliar
conectados à terra.

O elemento auxiliar e a sonda devem estar …


3
afastados do elemento de aterramento principal.
perto do elemento de aterramento principal.
ATIVIDADE

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5. Medição da resistência e do isolamento 113 / 189

5.4 Medição do isolamento


Isolamento elétrico

Isolamento elétrico é um processo pelo qual os condutores do equipamento são isolados para a
obtenção de alta resistência e evitar correntes elétricas indesejáveis.

NOTA

O isolamento deve ter as características


diferentes das do condutor: ele tem de resistir à
corrente e manter o condutor isolado durante
todo o percurso do condutor.
EXEMPLO

Cada cabo elétrico usado para um motor, gerador, cabo, transformador, etc., é cuidadosamente
protegido com muitas formas de isolamento elétrico. O cabo que alimenta o equipamento -
normalmente de cobre ou alumínio - é considerado um bom condutor de eletricidade.

Não é necessário estudar matemática ou eletricidade em profundidade para compreender o


isolamento, é necessário apenas uma equação simples e fácil – a lei de Ohm - que pode ser muito útil
de muitas maneira.
A finalidade do isolamento ao redor do condutor é A tensão é como a bomba de pressão que produz
como um cano que transporta água. A lei da eletricidade, que flui ao longo o cabo de cobre.
Resistência de Ohm é mais facilmente Como no cano de água, a resistência ao fluxo é
compreendida quando comparada a um fluxo de mais alta aqui, mas ela será muito mais baixa ao
água. A figura abaixo mostra um tubo; se o tubo longo do cabo isolado.
tiver um furo, a água vazará para fora, assim como
a pressão.

Bomba Vazamento de
Fluxo de água eletricidade
Tubo
Cabo de cobre
Isolamento

Tensão V

Fluxo de água Atrito


Corrente Resistência

Uma comparação do fluxo de água e a corrente elétrica

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5. Medição da resistência e do isolamento Medição do isolamento 114 / 189

O bom senso indica que se a tensão for mais alta, haverá mais corrente e, como a resistência no cabo é
mais baixa, haverá mais corrente para a mesma tensão. A lei de Ohm é expressa na seguinte equação:

V = I ⋅R

Sendo:
V = Tensão em Volts
I = Corrente em Ampères
R = Resistência em Ohms
NOTA

Não há isolamento perfeito (que possua uma


resistência infinita); portanto, uma pequena
parte da corrente elétrica flui ao longo do
isolamento para a terra.

Portanto, o isolamento com uma resistência muito alta proporciona uma forte oposição ao fluxo de
corrente, de forma que somente nestes casos ela permite que uma quantidade muito pequena de
corrente a atravesse. A corrente pode ser de um milionésimo de um ampère (microampère) e estas são
as bases dos equipamentos de teste de isolamento. É necessário também compreender que a alta
tensão tende a aumentar a corrente ao longo do isolamento. Esta corrente poderá ou não causar
problema ao isolamento.

Fatores que afetam o isolamento


Quando um sistema de gerador e equipamento elétricos é novo, possivelmente ele está em sua melhor
condição. No entanto, embora os fabricantes de fio, cabo, motores, etc. estejam melhorando
continuamente estes itens para oferecer à atividade um melhor serviço, até mesmo hoje em dia o
isolamento pode estar sujeito a vários efeitos que podem causar defeitos ou dano mecânico, vibração,
calor ou frio excessivos, sujeira, óleos, gases corrosivos, umidade de processo ou umidade diária. Todos
estes efeitos, com o tempo, fazem com que uma corrente excessiva atravesse o isolamento.

Muitas vezes, a queda na resistência do isolamento é repentina como, por exemplo quando o
equipamento é alagado. No entanto, estas quedas são geralmente graduais e são detectadas se
forem feitas verificações periódicas. Estas verificações permitem que as condições sejam
planejadas antes da falha do serviço.

Se nenhuma verificação for feita, um motor com isolamento deficiente, por exemplo, pode ser não
apenas perigoso de ser tocado quando for aplicada tensão, como também poderia queimar: o que já
foi um bom isolador pode vir a ser um condutor parcial.

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5. Medição da resistência e do isolamento Medição do isolamento 115 / 189

Principais causas para deterioração no sistema elétrico

Efeitos da temperatura
Em geral, as medições da resistência do
Temperatura Resistência do
isolamento podem variar entre um teste e outro
isolamento
devido a variações de temperatura do material de
isolamento.

MANUTENÇÃO

A melhor forma para obter resultados consistentes nas medições é pela realização do teste de
isolamento sob condições padrão, geralmente a uma temperatura básica de 20°C (68°F).

Se a temperatura do material que está sendo testado for mais alta ou mais baixa que a temperatura
básica, a temperatura precisará ser corrigida. Via de regra, o valor de resistência do isolamento pode ser
corrigido de duas formas:

•Dividindo-se o valor da resistência medida por cada 10°C (50°F) acima da temperatura básica de
20°C (68°F).
•Duplicando-se o valor da resistência medida por cada 10°C (50°F) abaixo da temperatura básica.

Efeitos da umidade

Como já mencionamos, a presença de umidade no isolamento possui efeitos significativos sobre o valor
da resistência, portanto, um aumento na umidade ambiental afeta a resistência do isolamento.

Logo, é de extremo interesse reduzir as condições de umidade na superfície do isolamento do


equipamento. Se o equipamento funcionar normalmente em temperaturas acima do ponto de orvalho, em
geral, as leituras de teste não serão afetadas pela umidade.

Isto ocorrerá se as leituras do isolamento estiverem livres de qualquer poluente, tais como partículas,
ácidos ou sais, que possuem a propriedade de absorver umidade e que podem afetar as leituras de
maneira inesperada; portanto, eles devem ser removidos antes do teste.

MANUTENÇÃO NOTA

Como parte dos registros de Há estudos mostrando que gotas de condensação serão formadas
manutenção, é aconselhável pelo nas cavidades e rachaduras do isolamento muito tempo antes de
menos anotar se o ar estava seco ou elas ficarem visíveis na superfície.
úmido quando o teste foi A medição do ponto de orvalho dá uma dica da existência ou
executado. não desta condição invisível e isto é feito executando-se
medições alternadas.

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5. Medição da resistência e do isolamento Medição do isolamento 116 / 189

NOTA

A redução da resistência do isolamento é muito perigosa, pois é um dos principais fatores de uma
possível falha (curto-circuito). Além disso, podem aparecer correntes derivadas entre dois condutores
submetidos a diferentes potenciais, o que leva a aquecimento no ponto de falha, com o subseqüente
aquecimento e secagem do isolamento.

Em motores sob operação normal, os enrolamentos de campo e do induzido são totalmente isolados da
carcaça da máquina. Na obtenção da resistência entre a carcaça e os enrolamentos, a leitura deve
produzir um número infinito ou vários milhões de Ohms. Às vezes, devido ao aquecimento causado por
uma sobrecarga ou outros fatores acima mencionados, a resistência do isolamento pode ser reduzida e
parte da corrente passará do isolamento até a carcaça. Esta filtragem ou dispersão da corrente acelera a
deterioração do isolamento e, se não for detectada a tempo, causará até mesmo maior dano, levando a
um curto-circuito entre os enrolamentos e a carcaça (o enrolamento nestas condições é conhecido como
falta à terra no enrolamento). O curto-circuito fará com que todo o enrolamento se aqueça e se queime.

MANUTENÇÃO

Os enrolamentos do motor devem ser inspecionados em intervalos regulares para que se verifique o
estado do isolamento ou qualquer possível falta à terra no enrolamento antes de ser causado qualquer
dano grave. O ohmímetro padrão não poderá ser usado para testar o isolamento, pois quase sempre as
derivações (corrente de fuga) só aparecem ao ser aplicada alta tensão. O ohmímetro é incapaz de medir
as derivações (valores de tensão) de acordo com a tensão do circuito a ser verificado. Este tipo de tarefa
requer um instrumento denominado Megger, que fornece a alta tensão necessária e é calibrado para ler
resistências muito altas.

Indique se as seguintes
afirmações são verdadeiras VERDADEIRO FALSO
ou falsas.
1 O isolamento deve permitir que a
quantidade mais alta possível de
corrente flua.

2 O risco de diminuir a redução do


isolamento é um curto-circuito.

3 Umidade é um dos principais fatores que


devem ser controlados para evitar falhas
de isolamento.

4 Se a tensão for alta, a corrente no


isolamento diminui.
ATIVIDADE
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5. Medição da resistência e do isolamento 117 / 189

5.5 O megômetro
O Megger (ou megômetro) é um instrumento de teste usado para medir a resistência do
isolamento de condutores.

O Megger permite que uma quantidade especificada de tensão atravesse o dispositivo que está sendo
testado e mede a resistência que esta tensão encontra. Este instrumento recebeu este nome depois que
o primeiro de seu tipo foi fabricado na Inglaterra.

Atualmente, três tipos são amplamente fabricados:

Com gerador de corrente contínua (de operação manual);

Com um gerador de corrente alternada (de operação manual) com um sistema de retificação;

Alimentado por bateria.

Ele é bem fácil de usar e permite a leitura direta do valor da resistência em ohms ou megaohms sem que
se tenha de fazer nenhum cálculo.

Exemplos de Megger

O valor da resistência é mostrado na escala do Megger. A leitura da escala deve ser multiplicada pelo
fator de ajuste correto, seja em gigas (1 x 109), megas (1 x 106), etc.

Se a resistência for muito alta, nem todos os Meggers produzirão medições precisas. Em alguns dos
Meggers menores, a medição de uma resistência alta pode fazer com que a escala mostre uma
resistência infinita. Um Megger de alto potencial mostra os valores da resistência em quantidades exatas
antes de atingir a marca de infinito na escala.

Alguns Meggers possuem uma manivela que pode ser girada para
produzir a tensão de teste, outros são operados com energia
elétrica. Em ambos os casos, quando são atingidos os níveis de
alta tensão, deve ser usado o equipamento de segurança elétrico
durante o teste. A quantidade de tensão pode ser variada e,
portanto, a quantidade de corrente que atravessa a resistência. É
por isso que há uma grande variedade destes dispositivos de
medição.

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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 118 / 189

NOTA

• A maior parte dos Meggers possui uma chave de três posições, que é usada para selecionar a função
exigida para o teste: carga, medida ou descarga.
• A posição de descarga é um recurso de segurança.
• Enquanto o teste é executado, pode haver acúmulo de tensão no transformador. Se, quando da
desconexão do Megger, ainda houver carga no transformador, poderá ser formado um arco perigoso.
• Quando a chave está na posição de descarga, esta tensão é automaticamente descarregada.

Partes principais do Megger


Antes de descrever como usar um Megger e como interpretar a leitura nele mostrada, serão
mencionadas as partes principais do instrumento. A figura abaixo mostra um Megger analógico típico,
usado para medir a resistência do isolamento. Suas partes aplicam-se também a um Megger digital, pois
a diferença está no fato de este último usar um visor como saída para a leitura e o analógico usa uma
escala graduada em que a agulha se move de acordo com a medição obtida.

Terminal Guard Terminal de terra Terminal de linha


(LO) (HI)

Seletor

Escala de medição analógica

Chave liga/desliga

Megger digital

As partes principais do Megger analógico são as seguintes:

•Dois terminais (LO e HI) que servem de conexão entre o Megger e o equipamento no qual a resistência
do isolamento tem de ser medida.
•Uma escala de medição analógica, da qual será obtido o valor da resistência do isolamento.
Normalmente são incluídas várias escalas.
•Uma chave seletora que permite escolher a escala de medição de acordo com a tensão que será
aplicada durante o teste de isolamento.

Terminais
O Terminal HI é conectado ao equipamento a ser testado. Este terminal, normalmente vermelho, contém
a tensão escolhida com o seletor do Megger, ao passo que o terminal LO, normalmente preto, é
conectado ao condutor localizado no outro lado do isolamento.

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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 119 / 189

NOTA

Pontos ou terminais de teste que mostrem


defeitos ou má qualidade levarão a leituras
incorretas da resistência do isolamento;
portanto, é necessário examinar o estado em que
eles estiverem.

Conexão dos terminais do Megger

Características dos terminais e cabos

1 O revestimento externo dos terminais deve ser liso, sem nenhum trançado.

Os cabos devem possuir terminais que possibilitem a conexão ao aparelho de


2 teste.

Recomendamos o uso de pinças com mola tipo “gaffer grip” fortes para a
3
conexão ao aparelho que está sendo testado.

4 Devem ser evitados elos nos condutores do terminal.

Interpretação das leituras das resistências


Conforme mencionado acima, as leituras da resistência do isolamento devem ser consideradas como
sendo relativas. Estas podem variar um pouco em um motor de uma máquina testado em três dias
consecutivos, embora isto não signifique mau isolamento. O que realmente acontece é que as leituras
em um período de tempo tendem a mostrar redução na resistência e, como conseqüência, um aumento
na possibilidade de problema. Portanto, a execução de testes periódicos é a melhor abordagem para
evitar manutenção dos equipamentos elétricos e o uso de folhas de controle como as mostradas na figura
abaixo.

Exemplos de registros de isolamento.


Resistência de um motor industrial.

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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 120 / 189

A curva A mostra os valores de vários testes executados e a curva B mostra os mesmos valores
corrigidos a 20°C (68°F) indicando uma tendência de redução e cond ição insegura. O outro lado da
página (à direita da figura) é usado para registrar os dados do teste.

MANUTENÇÃO

Podem ser executados testes mensais, semestrais ou anuais, dependendo do tipo, local e importância do
equipamento que estiver sendo testado. Por exemplo, um pequeno motor de bomba ou cabo de controle
podem ser cruciais no processo de uma fábrica. Um controle de umidade relativa perto do equipamento
que estiver sendo testado será favorável para a avaliação das leituras e tendências. A experiência é o
melhor guia para a definição dos períodos de teste do equipamento.

A tabela abaixo mostra as ações que devem ser executadas com base na interpretação dos testes
periódicos na resistência do isolamento.

Condição Atividade a ser executada


Valores médios a altos e bem mantidos. Não causam nenhum problema.
Valores médios a altos, mas mostrando uma Localizar e corrigir a causa, verificar a tendência
tendência de declínio. de declínio.
Baixos, mas bem mantidos. A condição provavelmente está correta, mas a
causa destes valores baixos deve ser verificada.
Tão baixo que poderia não ser seguro. Limpar e secar tudo, ou ainda aumentar os
valores após o equipamento de serviço ter sido
localizado.
Valores médios ou altos, anteriormente bem Executar testes em intervalos freqüentes até a
mantidos, mas mostrando decréscimos súbitos. causa destes valores baixos atingir um nível baixo
mas seguro para operar ou até que os valores
fiquem tão baixos que se tornem inseguros para
que o equipamento continue a funcionar.

Fatores que afetam a leitura das resistências

LEMBRE-SE

A medição da resistência do isolamento pode ser determinada pela tensão aplicada e a corrente
resultante (R = V/I). Há vários fatores que afetam a corrente, incluindo a temperatura e umidade do
isolamento, como já foi mencionado acima.

Agora vamos analisar a natureza da corrente na direção do isolamento e o efeito de como é aplicada a
tensão. A eletricidade também flui na direção do volume do isolador.

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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 121 / 189

Conforme mostrado na figura, a corrente total consiste em 3 componentes.


100

Corrente da carga
capacitiva

20
15
CORRENT

Corrente total
10
9
E

Corrente de absorção
Corrente de fuga
3
2.5
1.5

1
.1 .15.2.25 .3.4 .5 .6 .7.8.9 1

SEGUNDOS
Curvas mostrando componentes da corrente medidos durante os testes de isolamento.

•Corrente da carga capacitiva: Esta é uma corrente com um valor inicial alto, mas que diminui quando o
isolamento é carregado até a tensão total.
•A corrente da carga capacitiva desaparece de maneira relativamente rápida quando o equipamento que
estiver sendo testado é carregado. Esta corrente também é a potência armazenada que é descarregada
imediatamente após o teste ser finalizado, provocando curto-circuito no isolamento e aterrando-o.
•Corrente de absorção: Esta é inicialmente uma corrente alta que diminui gradualmente.
•A corrente de absorção diminui lentamente de maneira relativa, dependendo da natureza exata do
isolamento. Esta potência armazenada também deverá ser liberada no final do teste, embora requeira
mais tempo que a corrente da carga capacitiva, cerca de quatro vezes o período durante o qual a tensão
foi aplicada.
•Corrente condutora ou de fuga: Uma corrente baixa - basicamente estável – até o isolamento e acima
dele.
•Com um bom isolamento, a corrente de fuga deve atingir um valor estável, que é constante em relação
ao valor da tensão aplicado. Qualquer aumento na corrente de fuga com relação ao tempo é uma
advertência de problema.
• A corrente total é a soma dos três componentes e esta é a corrente que pode ser medida com um
microamperímetro ou com um Megger (ohmímetro) em termos de MΩ em uma determinada tensão.
Como a corrente depende do tempo no qual é aplicada a tensão, a lei de Ohm é garantida apenas em
teoria para períodos de tempo infinitos.

NOTA

Na prática, a leitura é obtida da resistência aparente, que é um


valor muito útil para diagnosticar dificuldades.

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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 122 / 189

Precauções de segurança ao usar o Megger


Todas as regras de segurança devem ser obedecidas quando se põe o equipamento fora de serviço.
Algumas destas regras são:

•Bloqueie os disjuntores.
•Verifique a existência de tensões induzidas ou externas.
•Use aterramento de segurança pessoal.

LEMBRE-SE

Ao trabalhar com equipamentos de alta tensão,


há sempre a possibilidade da presença de altas
tensões induzidas no aparelho que estiver sendo
testado ou nas linhas às quais ele estiver
conectado, devido à proximidade de
equipamentos de alta tensão energizados.

Em vez de eliminar o aterramento de segurança pessoal, é aconselhável desconectar o aparelho. É


aconselhável também usar luvas de borracha ou dielétricas ao conectar pontos do Megger e operar este
equipamento de teste com determinadas precauções.

1 O aparelho que estiver sendo testado deve estar desenergizado


Se for necessário desconectar o neutro ou qualquer outra conexão à terra, é importante certificar-se
de que eles não estejam conduzindo corrente na ocasião e no momento da desconexão, que nenhum
outro equipamento seja deixado desprotegido para ausência de tal conexão.

2 Perigo de descarga pelo aparelho que estiver sendo testado


Os cabos ou equipamentos elétricos de grande porte armazenam quantidades perigosas de potência,
portanto é necessário certificar-se de que eles tenham sido descarregados quando do término de um
teste e antes de manusear os terminais.

3 Perigo de explosão e incêndio

Não há perigo de incêndio quando o Megger é usado de forma usual. No entanto, haverá um risco
latente se o equipamento de teste estiver localizado na área de ambiente inflamável ou explosivo.
Portanto, não é aconselhável usar o aparelho em áreas com um ambiente explosivo, pois poderá ser
gerada uma pequena centelha sob as seguintes condições:
•Quando os pontos de teste estiverem conectados a um aparelho que não tenha sido descarregado
anteriormente. Neste caso, os pontos de teste devem estar em uma área onde o instrumento possa
ser conectado e desconectado sem qualquer perigo de explosão.
•Com a formação de arco, durante os testes de isolamento danificado.
•Durante a descarga da capacitância após a execução do teste. Neste caso, deverão ser usados
instrumentos de teste de baixa tensão ou uma resistência em série.

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5. Medição da resistência e do isolamento O megômetro 123 / 189

NOTA

Os pontos de teste não devem ser desconectados até um prazo de


pelo menos 30 a 60 segundos após a conclusão do teste,
permitindo, assim, a descarga da capacitância.

Responda às seguintes
perguntas. Mencione três características dos cabos e terminais de um
1 Megger.

Um Megger pode ser usado para medir qualquer resistência?


2

Que precauções devem ser tomadas ao se usar um Megger?


3

Que tipos de correntes são encontrados no isolamento e


4 qual deles é medido pelo aparelho de teste?

ATIVIDADE

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5. Medição da resistência e do isolamento 124 / 189

5.6 Outros dispositivos de medição


O micromímetro

Ao contrário dos megômetros, os micromímetros medem


resistências de menor escala. Eles podem medir resistências de
elementos como contatos, contatores, resistências de enrolamento
de cabo e motor, transformadores, etc. As correntes de teste que
eles tratam variam de 1mA a 100A.

Medidor de teste de resistência do tipo ponte (Medidor da resistência de aterramento)


Este é um dos chamados Meggers, que nos permitem medir
a resistividade de um determinado terreno ou solo e, com
base na leitura, saber se ela é um local viável para instalar
um sistema de aterramento. Para executar o teste, é
necessário enterrar as hastes fornecidas com o
equipamento de teste e colocá-las a uma determinada
distância separadas. Portanto, por meio dos cabos, as
hastes são conectadas ao instrumento e a leitura é obtida.

Medidor com grampo de terra-aterramento

O medidor com grampo da resistência de aterramento simplifica o


processo de execução de testes do loop de aterramento e permite a
execução de testes de correntes de fuga não intrusivas.
O processo de execução de testes do loop da resistência de
aterramento também é conhecido como método de execução de testes
"sem estacas". Com este método, não é necessário colocar estacas de
aterramento nem desconectar o sistema de aterramento da instalação
elétrica para executar o teste.

TDR
O TDR é outro dos instrumentos de teste Megger e é usado para
medir falhas nas linhas da fonte de alimentação. Sua principal função
é, quando o dispositivo estiver conectado a condutores ou linhas de
alimentação, detectar possíveis falhas nas linhas de alimentação, tais
como um curto-circuito entre as linhas, um curto-circuito de
aterramento, isolamento deteriorado, etc. Para operar este
dispositivo, basta conectá-lo aos condutores que estiverem sendo
testados, ajustá-lo em uma escala de medição adequada e, em
seguida, observar a tela quanto a quaisquer variações nos gráficos
de teste.
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5. Medição da resistência e do isolamento Outros dispositivos de medição 125 / 189

ATIVIDADE

Ligue os quadros corretos com setas.

Mede falhas nas linhas da fonte de


Micromímetro alimentação, tais como curtos-circuitos,
isolamento deteriorado, etc.

Medidor da resistência de Mede a resistividade de aterramento ou


aterramento terra para analisar a viabilidade da
instalação de um sistema de aterramento.

Mede resistências de escala mais baixa,


TDR tais como contatos, contatores,
enrolamentos do motor, cabos, etc.

Parabéns! Você concluiu o Capítulo 5.


A seguir, o capítulo “Testes de resistência do isolamento e
multitensão”.

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126 / 189
Medições elétricas

6
Medição da
resistência e do
isolamento

TÓPICOS DO CAPÍTULO 6

Neste capítulo, são


descritos os conceitos 6.1 Preparação do aparelho de medição 127
necessários para
compreender os testes de 6.2 Medição da resistência do isolamento 132
isolamento e multitensão. com uma tensão única
Serão apresentados estes
testes, a multitensão e o 6.3 Medição da resistência do isolamento 139
com multitensão
índice de polarização.
6.4 Casos práticos 145

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6. Testes de isolamento 127 / 189

6.1 Preparação do aparelho de medição


Preparação do aparelho para testes de isolamento
Abaixo são apresentados alguns aspectos a levar em conta ao preparar o equipamento para um teste de
isolamento:

Desligue o aparelho: É necessário abrir os interruptores do aparelho para


que ele deixe de funcionar. Os outros equipamentos
também devem ser desconectados, incluindo o neutro
e o contato à terra.

Defina quais equipamentos serão Inspecione cuidadosamente as instalações para


incluídos no teste: determinar exatamente quais equipamentos estão
conectados e quais serão incluídos no teste. Isto é
importante, pois se houver mais equipamentos no
teste, a leitura será mais baixa e a verdadeira
resistência do isolamento do equipamento ficará
oculta pelo equipamento associado. É possível que
a resistência do isolamento de todas as instalações
esteja alta se nada tiver sido desconectado,
especialmente se o teste for sincronizado.

Descarga da capacitância: É muito importante que a capacitância seja


descarregada antes e após o teste de resistência do
isolamento. O tempo da descarga deve ser
aproximadamente quatro vezes maior que o tempo da
tensão aplicada no último teste.

Verifique as fugas de corrente nos Quando um aparelho é posto fora de serviço para um
interruptores: teste de resistência do isolamento, é preciso
certificar-se de que as leituras não sejam afetadas
por fugas através das caixas de interruptores ou de
fusíveis. Vazamentos podem gerar valores incorretos
de resistência do isolamento no equipamento que
estiver sendo testado.

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6. Testes de isolamento Preparação do aparelho de medição 128 / 189

Os instrumentos Megger normalmente possuem um interruptor especial para esta operação. Se não
houver posição para descarregar, poderá ser usada uma haste de chumbo. Os equipamentos
altamente capacitivos, devem ser postos em curto-circuito até que seja possível energizá-los
novamente.

Outra situação mais grave poderia ser o fornecimento de energia gerar uma fuga na direção do
equipamento de teste, provocando leituras inconsistentes, acima de tudo se o fornecimento de
energia for uma corrente contínua. No entanto, estas fugas podem ser vistas e mostradas pela agulha
indicadora do Megger quando os terminais estiverem conectados ao aparelho e antes de o
instrumento ser operado.

Um ponto importante antes da realização do teste é que você deve certificar-se de que toda a
capacitância tenha sido descarregada, mediante a conexão do contato à terra ao aparelho. O testador
de isolamento do Megger nunca deve ser conectado a uma fonte de energia ou aparelho.
Em seguida, o Megger é conectado ao circuito para execução de testes e a alavanca da manivela é
movida, o que gera uma alta tensão nos terminais. A partir disto, uma corrente atravessa o circuito
ou isolamento que estiverem sendo testados.

Este fluxo é medido com um dispositivo móvel, como um ohmímetro. No entanto, o Megger é
calibrado para medir mega ohms (1MΩ = 1.000.000 Ω).

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6. Testes de isolamento Preparação do aparelho de medição 129 / 189

Relação de absorção dielétrica

É importante conhecer duas variações na ação geradora do Megger.

Gerador Ação manual


Manual

Gerador Motorizado

Independente dos dois métodos usados para encontrar a Relação de absorção dielétrica (Dar, dielectric
absorption ratio) , é necessário efetuar duas leituras para saber se o isolamento está em boas
condições.

As leituras que devem ser feitas são:

Gerador manual Gerador motorizado


De 30 a 60 segundos. De 1 a 10 minutos.

A resistência do isolamento é interpretada pela Relação de absorção dielétrica (Dar).

Quando:

Dar ≤ 1 isolamento deficiente

1,1 < Dar ≤ 1,25 Isolamento questionável

1,25 < Dar ≤ 1,4 Isolamento aceitável

1,4 < Dar ≤ 1,5 Isolamento satisfatório

Dar > 1,6 Isolamento excelente

Precauções de segurança ao usar o Megger.

Todas as regras de segurança devem ser obedecidas quando o equipamento é posto fora de
serviço.
Algumas destas regras são:
Bloquear os interruptores
Verificar a existência de tensões induzidas ou externas ou usar o aterramento de segurança
pessoal.
É importante lembrar-se de que, ao trabalhar com equipamentos de alta tensão, há a possibilidade
de encontrar tensões induzidas presentes no aparelho que estiver sendo testado ou em linhas de
contato, dada a proximidade do equipamento à alta tensão energizada.
Portanto, em vez de eliminar o aterramento de segurança pessoal, é aconselhável desconectar o
aparelho.

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6. Testes de isolamento Preparação do aparelho de medição 130 / 189

É recomendável também usar luvas de borracha ou dielétricas para conectar os pontos do Megger e
tomar as seguintes precauções ao usar o equipamento :

Aparelhos desenergizados que estiverem Se o neutro ou qualquer outra conexão precisarem


sendo testados: ser aterrados, é importante certificar-se de que eles
não estejam conduzindo corrente neste momento e
que quando eles forem desconectados, não haja
outro equipamento desprotegido por causa de uma
ausência deste tipo de conexão.

Descarga do aparelho que estiver sendo Cabos compridos ou equipamentos elétricos


testado: armazenam quantidades perigosas de energia, o que
significa que é necessário certificar-se de que eles
tenham sido descarregados quando testes forem
concluídos e antes da manipulação dos terminais.

Se o Megger for usado normalmente, não haverá


Perigo de explosão e incêndio.
perigo de incêndio. No entanto, este risco será alto
se o equipamento que estiver sendo testado estiver
localizado em uma zona com atmosfera inflamável
ou explosiva.

Não é aconselhável usar o aparelho em áreas com uma atmosfera explosiva. Poderá ser gerada uma
pequena centelha nas seguintes condições:
Quando os pontos de teste estiverem conectados a um aparelho que não tenha sido anteriormente
descarregado.
Neste caso, é melhor ter pontos de teste em uma área onde o instrumento possa ser conectado e
desconectado sem perigo de explosão.
Com a formação de arco, durante os testes de isolamento danificado.
Descarga de capacitância após o teste. Neste caso, deverão ser usados instrumentos de teste de baixa
tensão ou instrumentos com resistência em série.

NOTA!

Os pontos de teste não devem ser conectados até um prazo de pelo


menos 30 a 60 segundos após o teste ter sido concluído para que a
capacitância seja totalmente descarregada.

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6. Testes de isolamento Preparação do aparelho de medição 131 / 189

ATIVIDADE
Com o que você já viu sobre a Preparação do aparelho de medição,
tente resolver a seguinte atividade.

Assinale se as seguintes afirmações são Verdadeiras ou


Falsas.

VERDADEIRO FALSO

1 É importante que a capacitância só seja descarregada


antes do teste de resistência do isolamento.

2 Ao preparar equipamento para o teste de isolamento, é


necessário abrir os interruptores do aparelho para pô-lo fora
de serviço.

3 O testador de isolamento do Megger nunca deve ser


conectado a uma linha ou aparelhos desenergizados.

4 Em vez de eliminar o aterramento de segurança pessoal, é


aconselhável desconectar o aparelho.

5 Se o Megger for usado normalmente, não haverá perigo de


incêndio, até mesmo em uma atmosfera explosiva.

Poderá ser gerada uma pequena centelha pela descarga de


6 capacitância após o teste. Neste caso, a resistência é usada
em paralelo.

Quando os pontos de teste forem conectados a um aparelho


7 que não tenha sido anteriormente descarregado, poderá ser
produzida uma pequena centelha.

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6. Testes de isolamento 132 / 189

6.2 Medição da resistência do isolamento


com uma tensão única
Tipos de testes da resistência do isolamento.
Leituras de curta duração
Neste método, o instrumento Megger é conectado entre os terminais do isolamento
testado e pode funcionar por uma curta duração específica (normalmente, são
recomendados 60 segundos).

MΩ
Este valor é lido e
armazenado

0 60 segundos Tempo

Curva típica de resistência do isolamento com o método de curta duração.

Conforme mostrado na figura anterior, foi obtido um único ponto na curva de valores da resistência
crescentes. Em geral, os valores devem ser menores que 30 segundos e maiores que 60 segundos.

LEMBRETE

A temperatura e a umidade,
bem como as condições de
isolamento, devem ser
levadas em consideração
como condições que possam
afetar a leitura.
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6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 133 / 189
uma única tensão

Se o aparelho possuir baixa capacitância, como é o caso da fiação de uma pequena casa, será
necessário apenas um teste de curta duração.
No entanto, a maior parte dos equipamentos é capacitivo, o que significa que um primeiro teste de curta
duração será apenas um guia aproximado do estado de isolamento se nenhum teste anterior tiver sido
executado.

Em geral, é usada a regra de 1MΩ para o valor da mínima resistência admissível.


A regra pode ser descrita como a resistência do isolamento, que deve ser de aproximadamente 1MΩ
para cada 1.000 V de tensão em operação, com um valor mínimo de 1MΩ.

Na prática, as leituras de MΩ são substancialmente maiores que este valor mínimo quando o
equipamento for novo ou estiver em boas condições.

A realização de leituras periódicas e a sua representação gráfica cria uma base melhor para avaliar as
condições de isolamento. Qualquer tendência de redução é uma boa advertência de possíveis problemas
posteriores até mesmo se os valores forem maiores que o mínimo recomendado.
Da mesma forma que outra advertência é se o equipamento estiver em boas condições, mas as leituras
estiverem abaixo do valor mínimo recomendado, somente se estas leituras periódicas forem
consistentes.

EXEMPLO

Por exemplo, um motor de 2400 Volts nominais deve


ter uma resistência do isolamento de 2,4 MΩ.

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6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 134 / 189
uma única tensão

Método da resistência de tempo (absorção dielétrica)

O método de resistência de tempo é independente da temperatura e normalmente podem ser obtidas


informações conclusivas sem que se tenha registros de testes anteriores.

Este método tem como base a comparação do efeito de absorção em um isolamento em bom estado a
um isolamento úmido ou contaminado. Em poucas palavras, São feitas leituras sucessivas em
determinados tempos e as diferenças nas leituras são anotadas.
Testes feitos com este método normalmente são conhecidos como testes de absorção dielétrica.

MΩ Isolamento
provavelmente
satisfatório
A

B
Pode haver umidade
ou contaminação

0 10 min Tempo

Curva típica mostrando o efeito da absorção dielétrica.

Um isolamento satisfatório deve mostrar um aumento contínuo na resistência por um período de 5 a


10 minutos, como pode ser visto na curva A acima.

O aumento contínuo na resistência é causado pela corrente de absorção. Um isolamento satisfatório


mostra este efeito de carregamento por um período de tempo exigido muito maior que para a
capacitância de isolamento de carga.

Se o isolamento tiver muita umidade ou contaminação, o efeito de absorção é sobrepujado por uma alta
corrente de fuga que permanece em um valor mais ou menos estável, mantendo baixa a resistência.

O teste de absorção também é valioso, já que é independente do tamanho do equipamento.

O aumento na resistência de um isolamento limpo e seco acontece da mesma forma, independente do


tamanho do motor. Portanto, é possível comparar vários motores e estabelecer padrões para motores
novos, sem levar em conta suas capacidades de HP.

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6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 135 / 189
uma única tensão

Na figura abaixo, podemos ver que um teste de 60 segundos é aceitável até mesmo se o isolamento
estiver em más condições.
Quando o isolamento está em boas condições, a leitura de 60 segundos é maior que a leitura de 30
segundos.

Isolamento aceitável
Tempo Ínicio 30 segundos 1 min

Resistência 200
do 60
isolamento 20
18
10
MΩ 8
6
4
2

Tempo
600.000
400.000

O isolamento pode ficar enfraquecido


Ficha gráfica típica de um teste de resistência térmica ou de dupla leitura.

Outra vantagem dos testes de dupla leitura, como ocasionalmente são chamados, é que eles oferecem
um panorama mais claro, até mesmo se o teste de curta duração indicar que o isolamento está em bom
estado.

Por outro lado, se a agulha mostrar um aumento gradual na verificação de 30 a 60 segundos, você
poderá ter certeza de que as bobinas estão em boas condições.
O teste de resistência de tempo realizado em máquinas rotativas de grande porte, especialmente aquelas
com uma alta tensão de operação, requer faixas de resistência muito altas e uma tensão de teste tão
constante quanto possível.

Um instrumento Megger usado de forma rudimentar, com uma linha de alimentação, satisfaz estes
requisitos da mesma forma. Este aparelho é facilmente adaptado a cabos, transformadores e
interruptores de maior porte.

EXEMPLO

Se durante o teste de leitura de curta duração, houver um valor de 10 MΩ e a verificação for uma dupla
leitura, a resistência do isolamento permanece estável, ao passo que a tensão fica estável por 60
segundos. Isto significa que há umidade ou poeira nas bobinas que estiverem sendo medidas.

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6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 136 / 189
uma única tensão

Testes durante a secagem do equipamento

Qualquer pessoa envolvida na manutenção de equipamentos elétricos normalmente se depara com o


perigo de equipamento molhado com água doce. Nestes casos, basta secar o equipamento.
No entanto, se o equipamento for molhado com água salgada, primeiro ele deverá ser limpo com água
doce para a remoção do sal, que, do contrário permanecerá depositado. O sal é uma substância
altamente corrosiva para metais e a superfícies do isolamento.
Com pouca umidade, estes depósitos tornam-se excelentes condutores de eletricidade. Além disso, se
houver graxa ou óleo no isolamento, eles devem ser eliminados com o uso de um solvente adequado.

Há várias maneiras de secar uma máquina, que dependem principalmente do tamanho e da capacidade
de manobra. Para isto, podemos usar:
• Sopro de Ar quente.
• Um forno.
• Circulação de corrente através dos condutores.
• Uma combinação de algumas destas técnicas.
Em alguns casos ou com determinados equipamentos, pode não ser necessário secá-la. Isto pode ser
verificado com o teste de isolamento, mas somente se houver leituras anteriores para o aparelho.
Quando for necessária secagem, estas leituras deverão ser usadas para determinar o momento em que
o isolamento estiver suficientemente livre de umidade.

Temos de levar em consideração que equipamento úmido sempre é suscetível a interrupção do


isolamento. Portanto, deve ser usado um testador Megger de baixa tensão (modelos de 100 ou 200 V),
pelo menos nas primeiras fases da secagem.

EXEMPLO

É apresentado um exemplo de um motor de 100 HP submerso em água.


Após ele ser limpo, é realizado um teste de curta duração com um Megger, no qual é encontrada uma
leitura de 1,5 MΩ.
Provavelmente, chegar-se-ia a uma conclusão de que ele está em condições adequadas; fora isto, se
registros anteriores mostrarem que a resistência do isolamento varia entre 1 e 2 MΩ, poderemos ter
certeza de condições satisfatórias.
Por outro lado se os registros anteriores mostrarem valores normais da resistência entre 10 e 20 MΩ,
poderemos ter certeza de que as bobinas do motor ainda estão úmidas.

IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 137 / 189
uma única tensão

Na figura, podemos ver uma curva de secagem típica para a carcaça de um motor com corrente
contínua.
Podemos observar as mudanças na resistência do isolamento nas leituras, que podem ser feitas a
cada minuto por quatro horas.

1000
Aumento de
temperatura de
20° a 90°C.
(68°F a 194°F).

Temperatura constante
100 a 90° C.

MΩ
Redução de
temperatura de
90° a 20°C.
(194°F a 68°F).

10

1
0 1 2 3 4 5 6

DIAS

Curva de secagem típica com leituras da resistência do isolamento a cada minuto.

Durante a primeira parte do teste, a resistência diminui com o aumento da temperatura; depois, quando a
temperatura é constante, a resistência começa a aumentar à medida que ocorre a secagem.
Por fim, ela atinge um valor alto até chegar na temperatura ambiente de 20°C (68°F).

Se a resistência do isolamento for executada durante a secagem do equipamento e além disso houver
leituras anteriores de uma máquina seca, fica simples saber quando é atingido um valor seguro para o
equipamento que estiver sendo testado.
Pode ser preferível usar o teste de resistência de tempo, efetuando-se leituras periódicas, com o uso do
índice de absorção ou do índice de polarização para acompanhar o progresso na secagem.

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Rev.00
6. Testes de isolamento Medição da resistência do isolamento com 138 / 189
uma única tensão

Dadas as seguintes
Um motor com 5000 Volts nominais deve ter
afirmações, assinale a(s) 1 isolamento de.....
opção(ões) correta(s).
5 MΩ
0,5 MΩ

O teste de absorção é independente....


2
da temperatura.
do tamanho do equipamento.

O teste da resistência de tempo realizado em máquinas


3 rotativas de grande porte, requer faixas da resistência...
muito altas.
baixas.

Um isolamento satisfatório deve mostrar um aumento


4 contínuo na resistência em um período de tempo
de......
10 a 15 minutos.
5 a 10 minutos.

Se o equipamento estiver úmido, use um testador


5 Megger de....

alta tensão.
baixa tensão.

ATIVIDADE

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6. Testes de isolamento 139 / 189

6.3 Medição de resistência do isolamento


com mutitensão
Testes mutitensão
A prática de manutenção tende a indicar um valor de teste para isolamento em tensões de corrente contínua em
níveis ligeiramente maiores que os valores de pico de tensão nominal de corrente alternada do equipamento que
estiver sendo testado.
Estes testes de corrente contínua têm, em alguns casos, mostrado a capacidade de revelar, de forma não destrutiva,
deficiências incipientes no isolamento, que poderiam não ser encontradas de outra forma, exceto por meio de um
teste de detecção de coroa em níveis não-destrutivos de tensão de teste de corrente alternada.
A técnica implica na aplicação de duas ou mais tensões de teste de corrente contínua e na observação crítica de
qualquer redução na resistência do isolamento em níveis de tensão mais altos.

Qualquer redução considerável ou incomum na resistência do isolamento para um aumento prescrito na tensão
aplicada é uma indicação de uma deficiência incipiente na resistência do isolamento.

O valor máximo de tensão a ser usado depende em grande parte da limpeza e umidade encontradas no
isolamento que estiver sendo testado.

Pela execução dos testes de isolamento nestes níveis de tensão de corrente contínua, o método do
ohmímetro possui pelo menos uma vantagem: ele é um instrumento com tensões prescritas fixas
disponíveis com o uso de uma chave e com leituras diretamente em Ω. Este é um dos métodos mais
simples e pode ser reproduzido quando estiverem disponíveis altos níveis de tensão.

LEMBRETE
MΩ

É importante observar que os


méritos desta técnica provêm de
recentes investigações que
indicam que podem ser usadas
altas tensões de corrente contínua
para detectar deficiências no
isolamento sem causar nenhum
dano.

0 5 10 15 20 25
Tensão de teste em KV

Curvas da resistência quando da aplicação de duas


tensões.
IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição de resistência do isolamento com 140 / 189
mutitensão

Na figura anterior, a possível alteração na corrente em fuga, após a corrente de absorção ter
desaparecido, é mostrada graficamente em termos de resistência do isolamento como resultado da
aplicação destas duas tensões.
Isto é uma suposição, mas é uma condição raramente vista na prática. Se o isolamento permanecer
estável em 2500 V, não haverá alteração no valor de resistência do isolamento, como está mostrado na
linha pontilhada estendida acima da curva.

Quando aparecerem condições não-lineares em tensões mais altas, estas serão indicadas na curva de
tensão-resistência pelo desvio da curva para baixo.

Portanto, a curva mostra a simplicidade da determinação da alteração da estabilidade do isolamento com


o uso de três tensões fixas, que são fáceis de reproduzir quando são executados três testes de tensão de
rotina.

É importante salientar que esta curva indica apenas a alteração da resistência devido à dispersão de
corrente e não à absorção de corrente, que pode aparecer por um período de tempo em cada alteração de
tensão. Poderia ser necessário esperar um tempo considerável para que a corrente de absorção
desapareça antes de ser efetuada a leitura.

Para melhor compreender a técnica dos testes da resistência do isolamento com duas ou mais tensões,
sugerimos seguir os passos abaixo com o uso de um motor industrial ou de tração com tensão nominal
entre 300 e 10000 V:

1 Deve ser feita uma medição de um minuto com o Megger em 500 V, a ser usada como
uma referência para uma medição subseqüente.

2 Depois, o motor deve ser limpo e, em seguida, deve ser realizada uma segunda medição
em 500 V para verificar a eficácia da limpeza.

3 Se o valor de resistência do isolamento de um minuto estiver anormal ou se a relação de


resistência do isolamento de 60 segundos / 30 segundos não for maior que a unidade,
será conveniente secar o motor antes de usar uma tensão mais alta.
Por exemplo, se for realizado um teste de 1000 V e a relação da resistência for
visivelmente menor que o Teste de 500 V, deverá ser realizada a operação de secagem.
Por outro lado, se os valores dos testes de 1000 V e 500 V forem aproximadamente os
mesmos, é razoável supor que a operação de secagem possa ser adiada até depois do
próximo passo.

4 Executar o teste com o Megger em 2500 V. Se não houver diferença considerável entre
os valores de Teste de 500 V e 2500 V, há uma boa evidência de que o motor que
estiver sendo testado está em boas condições, pelo menos em termos de isolamento.

IMTEL007-GBE
Rev.00
6. Testes de isolamento Medição de resistência do isolamento com 141 / 189
mutitensão

Por outro lado, se houver uma diferença visível, há uma boa evidência de que a máquina requer um
melhor recondicionamento.

Se o isolamento apresentar falha no teste de 2500 V, após terem sido seguidos os passos 1, 2 e 3,
poderemos concluir que o motor em questão teria provavelmente falhado em serviço, até mesmo
sabendo-se que seu recondicionamento com base nos testes em baixa tensão foi apenas tentado.

O método de multitensão pode também ser útil para determinar o grau de umidade no isolamento de
motores ou equipamentos com uma tensão nominal equivalente ou maior que a disponível no testador
Megger que estiver sendo usado.

EXEMPLO

Se a resistência do isolamento for testada com


base em leituras de curta duração em 500 V e,
em seguida, em uma potência maior (2500 V,
tensão nominal do equipamento que estiver
sendo testado), uma resistência do isolamento
mais baixa para o teste de tensão de uma CC
maior normalmente indica a presença de
umidade.

As tensões aplicadas devem obedecer a uma relação de 1 para 5. A experiência tem mostrado que uma
diferença de 25% nos valores da resistência de isolamento com uma relação de tensão de teste de 1 para
5, normalmente se deve à presença de umidade excessiva.

Este método não é baseado no método de absorção dielétrica. Da mesma forma que o método de
resistência de tempo, o método de multiteste de tensão de resistência do isolamento possui valor maior
quando é realizado periodicamente ou com base em um programa de manutenção.

Método de degrau de tensão

Este método requer um Megger mutitensão para aplicar duas tensões em degraus, por exemplo 500 V de
corrente contínua e, em seguida, 1000 V de corrente contínua.

É importante prestar atenção a qualquer redução na resistência do isolamento à tensão mais alta. Se a
resistência estiver mais baixa, é um sintoma de deficiência de isolamento que só é mostrado na tensão
mais alta.

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6. Testes de isolamento Medição de resistência do isolamento com 142 / 189
mutitensão

Em vez de uma tensão em aumento progressivo, a figura abaixo mostra primeiro a baixa tensão do teste
de 500 V e, em seguida, após a amostra ter sido descarregada, um teste de 2500V.

MΩ

Teste de 500 V

Teste de 2.500 V

0 60 segundos Tempo

Curva típica do teste de tensão de passo.

Qualquer diferença nos dois testes em termos de MΩ é um sinal de deficiência de isolamento na tensão
mais alta, que é uma condição que precisa ser investigada mais tarde. Como a condição da amostra
deteriora o gráfico da tensão mais alta, esta tensão terá a redução em MΩ com relação à tensão mais
baixa e da mesma forma seu aumento correspondente será menor.

Umidade e sujeira no isolamento normalmente são reveladas durante os testes de tensões mais baixas
muito menos que o funcionamento normal do equipamento que estiver sendo testado. No entanto, é
impossível revelar os efeitos de dano mecânico em isolações adequadamente limpas nestes testes de
baixa tensão.

Agora, quando a tensão é aumentada em degraus para produzir forças elétricas que se aproximem as
que a máquina possui em serviço ou as excedam, os pontos com deficiência localizada têm cada vez
mais influência na resistência do isolamento total.

A resistência destas falhas locais geralmente diminui rapidamente, de acordo com a força elétrica a elas
aplicadas, elas aumentam ainda mais que determinados limites.

Na figura abaixo, são apresentadas curvas de duas leituras Megger consecutivas, onde é mostrada a
queda acentuada da resistência.

IMTEL007-GBE
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6. Testes de isolamento Medição de resistência do isolamento com 143 / 189
mutitensão

MΩ
1000 • A Curva 1 mostra uma clara queda na
900
800 resistência à medida que a tensão de teste é
CURVA 2 aumentada, o que indica um problema.
700
600 •A Curva 2 mostra as condições dentro da
bobina do motor, após ser limpa, aquecida e
500
impregnada com verniz.

400
300

250
200

150

100
90 CURVA 1
80
70
60
50

40
30

25
20
15

10
1 1,5 2 2,5 3 4 5 6 7 8 9 10
Tensão aplicada (KV)
Curvas de teste de um método de tensão de passo.

Cada degrau de tensão deve ser mantido constante por apenas 60 segundos. Este curto período não
afeta a tendência de modificação da resistência, no entanto, cada período de teste deve ser o mesmo
para cada equipamento determinado.
Pode ser que a resistência de absorção total não tenha desaparecido totalmente, mas as medições
terão a mesma base, sendo, portanto, comparável.
Os resultados serão independentes dos materiais de isolamento e de temperatura, pois o que pode ser
observado são modificações na resistência do isolamento e não valores absolutos.

LEMBRETE
Da mesma forma que os métodos
de leitura de curta duração e O método de tensão de passo é especialmente adequado para a
instantânea, o método de tensão detecção de contaminação pela umidade ou outro elemento em
de passo será mais eficaz se for máquinas cuja tensão nominal seja a mesma ou maior que a
usado quando baseado em um tensão máxima do Megger.
programa para assegurar testes Em outras palavras, mesmo que o Megger não aplique forças
periódicos.
elétricas à máquina superiores a sua tensão nominal, um teste de
duas tensões pode, na maioria dos casos, revelar a presença destes
contaminadores.

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6. Testes de isolamento Medição de resistência do isolamento com 144 / 189
mutitensão

ATIVIDADE
Com base nos conceitos desenvolvidos sobre os testes mutitensão,
tente concluir a seguinte atividade.

Responda às seguintes perguntas.

Qual é a forma de encontrar deficiências incipientes no isolamento? Essa é a única


1 forma?

Se o valor de resistência do isolamento de um minuto for anormal, que operação é


2 conveniente realizar antes de usar uma tensão maior?

A que fenômeno é devida uma diferença de 25% nos valores da resistência de


3 isolamento, com uma relação de tensões de teste de 1 para 5?

No teste do método de tensão de passo, os resultados são independentes do material


4 de isolamento e sua temperatura?

O que acontece à resistência ao longo do tempo se o isolamento estiver incorreto?


5

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6. Testes de isolamento 145 / 189

6.4 Casos práticos

Teste de malha de três terminais

Todos os testadores Megger com a faixa de 1000 MΩ ou mais estão equipados com um terminal Guard.
A finalidade principal deste terminal é permitir a possibilidade de realizar o chamado teste de malha de três
terminais, para que a resistência em um dos dois possíveis caminhos possa ser determinada diretamente.

O terminal Guard é usado para a medição de grandes valores da resistência e para a estabilização das
leituras.
Além disso, o terminal Guard possui a finalidade secundária de fornecer uma fonte de tensão de corrente
contínua bem regulada e de uma capacidade limitada.

Condutor até o terminal de


terra (+) [A]

Condutor até o
terminal de Superfície exposta
Linha (-) [C]

Condutor até o terminal Guard


[B]

Configuração das conexões do instrumento

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6. Testes de isolamento Casos práticos 146 / 189

Terminal Guard sem conexão com a armadura B

Não há conexão com o terminal Guard


Se o terminal Guard não estiver conectado à
armadura B, o instrumento faz a medição da
corrente I, que atravessa o isolamento e
I1 também a fuga de corrente superficial I1
B conforme mostrado na figura.

Ry
Rz

Na direção do
Na direção do
terminal de terra Rx
Terminal de linha

A C
I

Terminal Guard com conexão com a armadura B


Conexão com terminal Guard
Quando o terminal Guard estiver conectado à
armadura B, o instrumento apenas faz a
I1 B medição da corrente I e ignora a corrente de
fuga I1. Com esta configuração, são obtidos os
valores reais da resistência RX, considerando-
se que estas resistências RZ e RY são
pequenas. A configuração para esta medição
está mostrada na figura.
Ry
Rz

Na direção do
terminal de terra Na direção do
Rx
Terminal de linha

A C
I

O isolamento de todo aparelho elétrico possui dois caminhos de fuga para corrente, um através do
material isolante e o outro através da superfície.
Inserindo-se um terceiro terminal de teste no caminho de fuga superficial, ele pode ser separado em
duas partes formando uma malha de três terminais.

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6. Testes de isolamento Casos práticos 147 / 189

Exemplos de testes para diversas partes dos equipamentos

Interruptores • Após desconectar os interruptores da linha de


alimentação, cada terminal de terra do
interruptor é examinado colocando-se o ponto
positivo do Megger no terminal do interruptor.
• Depois disto, o interruptor é aberto e a
resistência entre suas extremidades é medida.
• Se o interruptor for feito de óleo, a causa da
fuga de corrente poderia ser óleo contaminado,
que permite passagem de corrente até mesmo
quando está aberto. Em interruptores de
operação seca, a causa da fuga de corrente
poderia ser sujeira ou graxa.

Motores • Em primeiro lugar, o motor deve ser


desconectado da linha de alimentação
mediante a abertura dos interruptores ou a
desconexão dos terminais do motor. Além da
resistência do isolamento, também é medida a
resistência do motor, cabos e interruptores.
• O terminal positivo do Megger é conectado às
bobinas dos motores e o negativo à carcaça ou
à terra do motor.

EXEMPLO

Exemplo do teste de um motor.

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6. Testes de isolamento Casos práticos 148 / 189

T7 T8 T9

T4 T5 T6

T1 T2 T3

Até a
terra

Mede a resistência de cada


cabo até a terra e registra a
leitura.

Medidor de isolamento

Testes de absorção elétrica

1000
O isolamento
500 satisfatório aumenta a
resistência ao longo do
tempo.
Resistência (em MΩ)

100

50

10

O isolamento incorreto
5
reduz a resistência ao
longo do tempo.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo em minutos

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6. Testes de isolamento Casos práticos 149 / 189

Teste de absorção dielétrica

IP é definido como a relação entre a resistência do isolamento (Ra) medida a cada 10 minutos e a
medição por minuto da corrente contínua aplicada à amostra.

Ra10
IP =
Ra1

Outra forma de medir o IP é através de uma fonte de corrente contínua estabilizada; um amperímetro
faz leituras a cada minuto e a cada 10 minutos, neste caso:

I1
IP =
I10

Os valores são representados graficamente em um diagrama, em que:

No eixo X Valores de Ra

No eixo Y Tempo

O isolamento está em boas condições quando o diagrama for uma linha reta que aumente visivelmente
sobre o tempo do teste. Umidade, contaminação ou deterioração levarão a uma linha reta ascendente
ao longo do tempo, que gradualmente tende a nivelar-se.

Um IP < 1 pode indicar umidade excessiva ou carbonização sobre o isolamento ou dentro dele.

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6. Testes de isolamento Casos práticos 150 / 189

Cabos e multicondutores

Deve-se verificar se não há nenhum equipamento conectado, que poderia ser afetado devido à tensão
aplicada pelo Megger.

A resistência do isolamento é medida entre: • Condutores


• Condutores e armadura.
• Condutores e terra.

Teste de condutores

Seccionador
O medidor de tensão é desconectado e a resistência do isolamento à terra é determinada conectando-se
o ponto positivo do Megger ao terminal de medição e o ponto negativo à estrutura ou qualquer eletroduto
aterrado.

Teste do seccionador

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6. Testes de isolamento Casos práticos 151 / 189

Bobinas do transformador

Pode ser usado um Megger para testar a resistência de uma bobina do transformador à terra. Este teste
pode ser usado para ajudar a diagnosticar possíveis curtos-circuitos no transformador.

Ele pode ser utilizado também para testar a resistência do isolamento do óleo do transformador.

NOTA!

Uma baixa medição da resistência à terra pode significar um problema.

O teste da resistência com o megômetro é muito mais valioso quando é feito rotineiramente. As
medições da resistência do transformador podem cair continuamente durante o uso do transformador. A
redução da resistência pode ser causada pela deterioração do óleo do transformador ou pelo
isolamento das bobinas.

Se a tendência for observada com várias medições em um período de tempo, é possível descobrir
problemas que não aparecem em um único teste. Neste sentido, a tendência significa a direção de
variações graduais em uma série de medições.

TENDÊNCIA ASCENDENTE TENDÊNCIA DESCENDENTE


Isto significa que houve um Isto significa que houve uma
aumento gradual em uma redução gradual em uma
quantidade que foi medida quantidade que foi medida em
em um período de tempo. um período de tempo.

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6. Testes de isolamento Casos práticos 152 / 189

O procedimento para testar a resistência da bobina de um transformador à terra pode incluir os seguintes
passos:

1 Verifique as instruções do fabricante antes de usar o Megger. O fabricante


especifica o nível de tensão para o teste e dá instruções para a conexão dos
condutores de teste. O testador não deve ser ligado até o usuário estar
pronto para iniciar o teste.

Remova a conexão à terra do lado do transformador a ser testado. Este teste


2 não poderá ser feito se a bobina estiver conectada à terra.

3 Verifique o outro lado do transformador para certificar-se de que ele esteja


conectado à terra. Ele deve estar conectado à terra para drenar qualquer
tensão induzida de uma forma que não afete os resultados do teste.

4 Conecte o teste dos condutores de acordo com as instruções do fabricante.

5 Ajuste a tensão à quantidade apropriada para o teste.

6 Coloque o ajustador do multiplicador na posição correta para o teste.

7 Ligue o Megger

8 Gire a chave ou o seletor rotativo de três posições até a posição de carga.


Quando a agulha na escala parar de se mover, gire a chave até a posição de
medida.

9 Observe a escala da resistência. Se a agulha não ficar perto do centro da


escala, mude o ajustador do multiplicador até ser obtida uma medição exata.

10
Descarregue qualquer tensão que poderia ter sido acumulada durante o teste.

11 Desligue o Megger

12 Anote os resultados do teste.

Parabéns! Você concluiu o Capítulo 6. A seguir, o capítulo


"Medição da capacitância e da indutância".

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153 / 189
Medições elétricas

7
Medição da
capacitância e da
indutância

Este capítulo trata dos TÓPICOS DO CAPÍTULO 7


recursos e usos dos
7.1 Instrumentos de medição 154
instrumentos de medição
para o cálculo da 7.2 Medição do fator de perda 155
capacitância e da
indutância. Além disso,
será explicado o processo
de cálculo para a medição
do fator de perda.

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7. Medição da capacitância e da indutância 154 / 189

7.1 Instrumentos de medição


Galvanômetro balístico
Para medir a capacitância, podem ser usados galvanômetros balísticos, aplicando-se a mesma tensão
primeiro ao capacitor Cx cuja capacitância é desconhecida e, em seguida, a um condensador padrão CN,
medindo-se subseqüentemente a carga ou descarga do condensador com o galvanômetro.

A relação entre o ponteiro do galvanômetro αx e αN geralmente é equivalente à diferença entre as


capacitâncias. Os valores medidos dependem também do ajuste da sensibilidade n do galvanômetro, de
forma que a capacitância a ser medida (Cx) possa ser calculada com a seguinte equação:

nx . αx
CX = CN .
nN . αN

NOTA

Neste tipo de medições, o pulso balístico sempre deve ser breve, isto é, ele deve ter terminado antes de
o ponteiro do galvanômetro desviar-se consideravelmente. Se esta condição não for observada na
medição de grandes capacitâncias, como o tempo de carga e descarga do condensador é muito maior
que o período de oscilação do galvanômetro, deve ser levado em consideração um fator de correção,
que pode ser obtido da folha de especificações do aparelho. Da mesma forma, se for usado um
condensador padrão externo (cuja capacitância seja aproximadamente equivalente à capacitância a ser
medida), os erros que surgirem no momento do ajuste da capacidade padrão CN e se na medição eles
forem equivalentes, eles não terão nenhum efeito sobre o resultado.

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7. Medição da capacitância e da indutância Instrumentos de medição 155 / 189

Megômetro medidor de microfarads

As medições de isolamento e capacitância em cabos, por exemplo, são obtidas de maneira adequada
com um megômetro medidor de microfarads. Tanto o isolamento quanto a capacitância do isolamento de
um cabo podem ser determinados por sua comparação com padrões incorporados (0,1 MΩ e 0,1 µF).

A comparação de capacitâncias como medição de carga e descarga, pode ser feita também com um
padrão externo. Com o seletor apropriado, é possível mudar de um tipo de medição para outro sem
modificar o circuito externo; o mesmo se aplica aos procedimentos de comparação (ou calibração) e
medição.

O circuito abaixo é usado para galvanômetros de facho de luz com faixas de medição de 10 kΩ a 0,3 TΩ
e aproximadamente de 750 pF a 11 mF, bem como galvanômetros de espelho com faixas de medição de
25 kΩ a 4 TΩ e de 1000 pF a 12 µF.

S RxCx

M
3 1 RxCx carga
30 10

100 Cx descarga
G 300
RN
1000
GT

3000 CN carga
10000
30000 100000 CN descarga
∞ RN CN

0,1 MΩ 0,1 µΩ CNa

B MT 10 KΩ

•M Seletor do tipo de medição.


• MT Botão de comando de medição.
• GT Botão de comando do galvanômetro (curto-circuito).
• RN Resistência padrão.
• CN Condutor padrão.
• CNa Condutor padrão externo.
• Rx Resistência do isolamento a ser medido.
• Cx Condutor cuja capacitância tem de ser medida.

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7. Medição da capacitância e da indutância Instrumentos de medição 156 / 189

Ponte de medição RLC

Ela mede: Resistências ôhmicas de 0,1 Ω a 110 M Ω.

Auto-indutâncias e indutâncias mútuas sem núcleo de ferro, de 10 µH a


1100 H.

Capacitâncias de 10 pF a 11 mF.

Ponte de medição RLC

Além dos recursos acima, a ponte RLC pode ser também conectada a padrões externos para medições
comparativas das magnitudes acima expressas e medições de porcentagens entre o “valor normal -20%”
e o “valor normal +20%” (2 faixas de medição).

O dispositivo de medição é composto basicamente de uma ponte, onde dois braços são suplementados
pelas resistências reativas para medir a indutância, a capacitância e a resistência aparente [impedância].
O mensurando conhecido é um destes dois braços. Na diagonal (derivação neutra) há um amplificador
de medição e um indicador de sintonia.

Em medições de indutância e capacitância, a magnitude aproximada do fator de perda pode ser


determinada por meio de um ajuste de fase.

A exatidão da medição é determinada pela precisão de padrões – sejam eles incorporados ou


externamente conectados – e ela não depende das flutuações na sensibilidade da leitura ou na
medição da tensão.

Medidor de capacitância digital

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7. Medição da capacitância e da indutância Instrumentos de medição 157 / 189

ATIVIDADE
Com base na revisão dos conceitos de instrumentos de medição,
Execute a seguinte atividade.

Responda às seguintes perguntas.

2 Para que é usada a ponte RLC?

3 Você precisa medir a capacitância de um cabo. Qual instrumento usaria?

Do que depende a exatidão da medição?


4

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7. Medição da capacitância e da indutância 158 / 189

7.2 Medição do fator de perda


Para medir a capacitância Cx, o fator de perda tan δx e a variação da capacitância relativa ∆Cx/Cx0 de
condensadores, cabos, linhas aéreas e materiais de isolamento (entre eletrodos), é usada a ponte de
medição universal C tanδ, que é apropriada para medições isoladas e testes em série.

Se o ajuste da ponte for totalmente automático, será possível registrar os valores de tan δx e ∆Cx/Cx0 com
impressoras de linha. O início da descarga de escova no objeto a ser testado também pode ser
monitorado em um oscilógrafo de raios catódicos. Além disso, pode ser registrado também o valor de
limiar da tensão de teste indicada no aparelho.

Em princípio, a ponte de medição universal C tanδ é equivalente à Ponte Schering para medições Cx e
tan δx, onde o ajuste da capacitância é feito por meio das resistências de precisão RN e Rx (com
graduação decimal), ao passo que o ajuste do ângulo de perda é realizado com o condensador de
capacitância Cδ.

CN CX ,δX

G
~

RN RX

• CN Condutor padrão sem perdas.


• Cx Condutor cuja capacitância de descarga será medida.
• δX Ângulo de perda a ser medido.
• RN, RX Resistência de ajuste da capacitância.
• Cδ Condutor de ajuste do ângulo de perda.
•G Indicador de zero.

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7. Medição da capacitância e da indutância Medição do fator de perda 159 / 189

RN
Cx = CN .
RX

Tan δx = RN . ω . Cδ

CN CX δX
U LS

DW

OSZ
~
LS EN

P1 P2
RN RX

LS
K
LS LS

ZG

Ponte de medição universal, de C e tan δ, circuito básico

CN Capacitor padrão sem perdas P1, P2 Potenciômetro de compensação


CX Capacitor a ser medido LS Conexão. Dispositivo. Registrador.
δX Ângulo de perda a ser medido U Valor de pico da tensão de teste
RN,RX Resistência de ajuste da capacitância OSZ Oscilógrafo
DW Transformador diagonal ZG Aparelho adicional
EN Indicador eletrônico de zero
K Compensador complexo IMTEL007-GBE
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7. Medição da capacitância e da indutância Medição do fator de perda 160 / 189

ATIVIDADE
Com base na explanação da medição do fator de perda, resolva o
seguinte exercício.

Dados os seguintes símbolos, organize-os para fazer um


circuito que represente uma Ponte Schering.

Parabéns! Você concluiu o Capítulo 7.


A seguir, o capítulo “Medição do campo magnético e da
freqüência”.

IMTEL007-GBE
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161 / 189
Medições elétricas

8
Medição do campo
magnético e da
freqüência

TÓPICOS DO CAPÍTULO 8
Os diferentes métodos de
medição dos campos
magnéticos e das 8.1 Medição do campo magnético 162
freqüências estão
descritos abaixo neste 8.2 Medição da freqüência 163

capítulo.

IMTEL007-GBE
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8. Medição do campo magnético e da freqüência 162 / 189

8.1 Medição do campo magnético

As medições do campo magnético com bobinas móveis e geradores de medição têm por base a lei de
Faraday.
Elas podem ser:

Bobina móvel No primeiro caso, uma pequena bobina é introduzida


no ponto do campo a ser medido e é rapidamente
removida. O impulso de tensão é avaliado com um
galvanômetro balístico.

Gerador de medição Sua bobina de exploração gira no campo magnético a


uma velocidade definida, mais confortável para
trabalhar. A exatidão depende principalmente da taxa
de rotação. No entanto, o cabeçote de medição
relativamente grande não pode ser usado em toda
parte.

Os chamados efeitos galvanomagnéticos produzidos em condutores não-móveis em um campo


magnético através do qual a corrente flui, proporcionam outras possibilidades para medir a intensidade
do campo magnético. A resistência ôhmica do bismuto depende do campo magnético (esta dependência
é até mesmo maior em alguns semicondutores compostos recentemente desenvolvidos). Mesmo assim,
desta forma a direção do campo magnético não pode ser registrada.

Para fazer uso do efeito Hall, podem ser construídas sondas de tamanho bastante reduzido. Elas são
bem adequadas para medir a intensidade de diversos pontos de um campo magnético, enquanto ao
mesmo tempo se registra sua direção.

A figura mostra o princípio deste método de B


medição. A intensidade da corrente de controle I do
gerador Hall está em conformidade com um valor
específico. A indução magnética B é estabelecida
pela medição da tensão de Hall UH, de acordo com UH
a fórmula: I

B = UH . d
I RH

Sendo:
d= Espessura do gerador Hall. Princípio de medição do campo
RH = Constante de Hall. magnético com uma sonda Hall.

IMTEL007-GBE
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8. Medição do campo magnético e da freqüência 163 / 189

8.2 Medição da freqüência

Os medidores de freqüência de lâmina vibratória são adequados para


medir freqüências dentro da margem da corrente alternada usada com
esta técnica (até várias centenas de hertz). Estes dispositivos são
tolerantes a influências de campos externos e dependem somente até
um grau limitado da forma da corrente alternada e da flutuações da
corrente.

Têm sido desenvolvidos circuitos de medição para


medidores de freqüência com indicador de ponteiro e,
especialmente, para os registradores de freqüência
que geralmente têm por base o método de carga de
um condensador. Este método consiste em um
condensador sendo carregado a uma tensão
constante durante cada período da corrente alternada
e, em seguida, ele é descarregado por meio de um
instrumento de medição. A energia de descarga de
pulso permanece constante de forma que o valor
médio da corrente indicado pelo instrumento só
dependa da freqüência. A carga e descarga do
condensador pode ser enviada por meio de diodos.
Os diodos Zener mantêm constante a tensão de
carga.

Para uma margem de freqüências estreita, são usados diferentes dispositivos de medição com
circuitos ressonantes nos dois lados de um valor teórico.
Os períodos de corrente alternada durante um determinado tempo podem ser contados com
contadores eletrônicos.
O valor da freqüência pode ser transmitido a indicadores por dígitos ou a outras unidades para seu
processamento subseqüente.

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8. Medição do campo magnético e da freqüência medição da freqüência 164 / 189

ATIVIDADE

Assinale se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas.

VERDADEIRO FALSO

1 Os efeitos galvanomagnéticos são produzidos nos


condutores móveis.

2 Os medidores de freqüência com indicador de ponteiro têm


por base o método de carga de um condensador.

3 Para a medição com bobina móvel, o impulso de tensão


induzida é avaliado com um galvanômetro balístico.

4 A freqüência é medida com o uso de corrente contínua.

5 As medições de campos magnéticos têm por base a lei de


Ohm.

Uma vez obtido o valor da freqüência, ele pode ser


6 transferido para outros indicadores para seu
processamento.

7 Se for usado o efeito Hall para medir um campo magnético,


a direção do campo não será conhecida.

Parabéns! Você concluiu o Capítulo 8.


A seguir, o capítulo “Operação do aparelho de medição elétrica”.

IMTEL007-GBE
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165 / 189
Medidas elétricas

9
Operação de
aparelhos elétricos
de medição

Este capítulo trata do TÓPICOS DO CAPÍTULO 9


mecanismo e uso de
9.1 Regras gerais 167
diferentes aparelhos de
medição elétrica.
9.2 Dispositivos de medição 168

9.3 Comparação de dispositivos de medição 179

IMTEL007-GBE
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição 166 / 189

9.1 Regras gerais

O dispositivo de medição de um instrumento elétrico faz bom uso de uma propriedade física de uma
quantidade correspondente para compará-la com valores pré-dispostos por meio do projeto e
configuração do instrumento.

Um dispositivo de medição consiste essencialmente em um elemento e partes de acionamentos; seu


movimento ou posição representa a medição da quantidade cujo valor queremos conhecer.

As partes móveis têm de assentar-se de forma que o atrito seja mínimo.


Se as partes móveis estiverem penduradas em um arame ou correia tensionadora (galvanômetro),
quando forem viradas, elas fornecerão a força restauradora necessária para voltar à sua posição original.
Ao mesmo tempo, estas partes poderão ser usadas também para conduzir a corrente.
No caso de suspensão articulada, são instaladas molas espirais adicionais para estes fins.

a
b

c i
d e

h
j
f k
g
Apoio sobre Suspensão em correia
articulação tensionadora

a. Ponteiro indicador. g. Pesos de compensação.


b. Palheta de amortecimento. h. Mola.
c. Câmara de amortecimento. i. Correia tensionadora.
d. Eixo. j. Mola de tração.
e. Mancal. k. Apoio.
f. Ferro móvel.

Disposição de elementos móveis em sistemas de medição.

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Regras gerais 167 / 189

Para que um dispositivo de medição possa voltar à sua posição desligada com a devida velocidade, após
a variação de um valor da medição, será necessário um elemento oscilante de amortecimento adicional.
Via de regra, a primeira sobremodulação produzida ao conectar-se um valor de medição equivalente a
dois terços do comprimento desta escala é limitada a 20 % da escala.

NOTA

O tempo exigido pelo ponteiro para indicar um valor que não seja
diferente da posição final em mais de 1,5% do comprimento da
escala geralmente é inferior a 4s.

Hz

II
Conexão direta de um medidor de freqüência com placa
III oscilante.

Hz

I
Conexão através de um transformador de tensão monofásico
II com circuito secundário derivado à terra de um medidor de
freqüência com placa oscilante a uma linha de energia elétrica.
III

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9.2 Dispositivos de medição


Dispositivos de medição com uma bobina móvel
Um dispositivo de medição com uma bobina móvel faz melhor uso de uma força condutiva no
campo magnético através do qual flui uma corrente.

• A bobina (condutor) é posta sobre uma armação giratória no campo magnético de um ímã
permanente de forma a ser produzido um torque proporcional à intensidade da corrente.
• A armação pode ser disposta sobre articulações; neste caso, são usadas molas espirais para
produzir o torque oposto necessário e, portanto, conduzir a corrente.
• Se a armação estiver pendurada por correias tensionadoras, estas correias proporcionarão o torque
oposto e conduzirão a corrente até a bobina.
• No eixo de um ímã externo, a bobina fica entre os pontos polares e gira ao redor de um núcleo de
ferro doce em forma de cilindro.
• O sistema de medição com ímã de núcleo possui um corpo em forma de cilindro com magnetização
transversal em sua bobina e em sua parte externa um tubo de ferro doce para fechar o circuito
magnético.

Corte transversal de um instrumento de


precisão com marca luminosa e sistema de
3
bobina móvel.

4
Para amortecer oscilações, as correntes induzidas
no enrolamento e na sede da bobina – que é uma
armação de curto-circuito - são suficientes graças à 1. Ímã permanente.
grande intensidade do campo magnético. 2. Molas condutivas opostas.
3. Correção de zero.
Perturbações devido a campos magnéticos 4. Bobina móvel.
externos quase não têm influência por causa da
grande intensidade do próprio campo.
Aparelho magnetoelétrico para medição da
intensidade e tensão em corrente contínua.

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 169 / 189

Os sistemas de medição com bobina móvel são adequados para medir a intensidade e tensão em
corrente contínua. O consumo será reduzido e a escala será linear se o campo magnético for
homogêneo. Como a direção de deflexão do ponteiro depende da direção da corrente, o sistema de
medição pode ser ajustado de forma que o ponto zero fique no centro da margem de medição.

Para medir a intensidade e tensão em corrente alternada, são


usados instrumentos de bobina móvel com retificadores do tipo G;
neste caso, é necessário um ajuste de escala diferente do usado
para medições em corrente contínua.

Símbolo

Mola de tração da correia

Correia
A bobina móvel - de enrolamento tensionadora
extraordinariamente fino e massa de apenas
alguns mg - é disposta no campo magnético entre Espelh
peças polares, sem que o campo esteja sendo o
homogeneizado por meio de um núcleo de ferro. Peça polar de ímã (fora da caixa do
oscilador)
Em princípio, o funcionamento é o mesmo que em Bobina móvel
um sistema de medição com bobina móvel.

Correia
tensionadora

Sistema de medição com bobina


oscilante.

Dispositivos de medição do quociente com bobina móvel

O elemento móvel com um par de bobinas cruzadas é o tipo


construtivo mais bem conhecido. A forma das peças polares é tal
que a distância intereletródica é mais ampla nas extremidades.
Portanto, a indução é mais reduzida e o torque da bobina depende
de sua posição. Símbolo

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 170 / 189

Freqüentemente é usado o tipo construtivo com um ímã central. O campo magnético existente entre o
núcleo e o tubo de ferro que serve para fechar o circuito magnético mostra a forma senoidal desejada.

No circuito mostrado na figura, há compensação


dos componentes de torque. Como a tensão da
bateria influencia os dois componentes, suas
possíveis variações não são mostradas na
indicação.

Instrumento de bobina cruzada


para medir resistência.

Sistema de medição eletrodinâmico


É formado por uma bobina móvel, que geralmente constitui o
“circuito voltimétrico” disposto no campo magnético da bobina de
campo, que normalmente é o “circuito amperimétrico”. No caso de
corrente contínua, o torque resultante da intensidade do campo e
a corrente que atravessa a bobina móvel é o resultado da
multiplicação do valor da tensão pela corrente.

P=U.I
Símbolos

1. Bobinas de campo (circuito amperimétrico).


2. Bobinas móveis (circuito voltimétrico).
3. Conexões de bobinas móveis (cada uma
delas por meio de uma correia tensionadora e
3 uma mola de força de guia).
4. Eixo central.
5. Elemento de amortecimento da corrente de
2 3 Foucault.
5
Corte transversal de um sistema wattmétrico ferrodinâmico duplo para instrumentos de painel.

O torque é compensado pelo torque das correias tensionadoras e das molas de força de guia, que
também conduzem corrente até as conexões de bobina móvel. A direção da deflexão do ponteiro
permanecerá constante se a corrente polaridade for modificada ao mesmo tempo em ambos os circuitos.
Portanto, este sistema de medição também é apropriado para corrente alternada e reage à potência ativa
(U. I. cos ϕ).

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 171 / 189

1. Bobina fixa.
2. Bobina móvel.

Aparelho com bobinas cruzadas, sem núcleos de ferro


para medição do fator de potência em corrente alternada.
1 2

1. Bobina de tensão.
2. Bobinas de intensidade.
3. Tambor de alumínio com núcleos de
chapas de ferro.
4. Amortecedor eletromagnético.
Aparelho de indução ou Ferraris para medição da intensidade
3 2 da tensão e potência em corrente alternada.

NOTA

• Sistemas de medição eletrodinâmicos são praticamente independentes da freqüência e da forma da


curva.
• Estes dispositivos sem ferro são usados em instrumentos de medição de precisão e, quando providos
de ferro, são usados em instrumentos de serviço e registro.
• Para proteger os instrumentos sem ferro contra campos magnéticos externos, são seguidos dois
procedimentos: estratificação e blindagem. No primeiro caso, as partes ativas são em duplas, as
partes móveis são colocadas em um único eixo ou ficam penduradas em correias tensionadoras
padrão para que os torques originados pelos campos magnéticos sejam mutuamente compensados.
• A blindagem é executada com chapas de alta permeabilidade.

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 172 / 189

Sistema de medição com ferro móvel

Este sistema é constituído por uma parte de ferro móvel e uma


parte de ferro fixo. Ambas são magnetizadas com a mesma
polaridade pela bobina amperimétrica ou voltimétrica sobreposta e
repelem-se uma à outra, produzindo um torque ao qual o torque Símbolo
da mola de força de guia é oposta.

1. Escala
2. Ponteiro
3. Ferro fixo
4. Mola
5. Bobina
6. Regulação
7. Ferro móvel
8. Amortecimento

Sistema de medição com ferro móvel com apoio nas


articulações dos instrumentos de painel.

Ferros ou bobinas possuem um formato tal que é obtida uma configuração quase linear com a escala; no
entanto, a repulsão mútua dos ferros magnetizados depende do esquadro da intensidade de corrente.

NOTA

• O sistema de medição com ferro móvel reage aos valores eficazes, e portanto pode ser usado em
corrente tanto contínua quanto alternada.
• Nenhuma corrente passa pelo elemento móvel; este sistema é mecânica e eletricamente robusto, mas
seu consumo de energia é consideravelmente maior que o da bobina móvel. Portanto, não é
conveniente usar resistências em paralelo para ampliar a margem de medição, pois usá-las
aumentaria ainda mais o consumo de energia do dispositivo.
• Os sistemas de medição usados para instrumentos de precisão protegem contra campos externos.

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 173 / 189

Sistema de medição com ímã móvel

Este dispositivo de medição é adequado para medições em


corrente contínua. Sua escala é aproximadamente proporcional e
pode ser aumentada ou reduzida dentro de determinados limites.

Símbolo

O ímã rotativo diametralmente magnetizado em forma de disco ajusta-se ao valor resultante do campo
magnético da bobina fixa através do qual a corrente se propaga.

NOTA

• Como a direção da deflexão do ponteiro depende da direção da


corrente, o ponto zero pode ser encontrado dentro da escala.
• O elemento móvel não requer cabos de ligação nem de molas
de força de guia; conseqüentemente, ele é bastante leve e
resistente a vibrações.

Sistema de medição eletrostático


A tensão em corrente contínua e alternada e também em alta
freqüência (valor eficaz) pode ser medida com o sistema de
medição eletrostático.
Símbolo

A força mutuamente exercida pelas duas cargas elétricas é usada


para medir tensões, dispondo uma portadora de carga fixa e uma
móvel contra a ação de uma força de guia (por exemplo: faixa de
tensionamento).
A parte ativa fixa geralmente é constituída por várias câmaras
sobrepostas ou dispostas como pares de quadrantes.
O elemento móvel é constituído por vários corpos de chapa leve
(“ponteiros”) que são introduzidos nestas câmaras.

Aparelho de medição eletrostático para medir tensões em corrente contínua e alternada


1- Placas fixas
2- Placas móveis.

NOTA

Quando se mede tensões em corrente contínua, apenas a potência necessária para a carga é absorvida da
fonte de tensão e, quando se mede tensão em corrente alternada, somente a potência reativa é absorvida.
É preciso um bom isolamento de eletrodos .

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 174 / 189

Sistema de medição bimetálico


Uma mola de lâmina bimetálica enrolada é fixada ao robusto eixo
do sistema de medição. Quando a corrente passa pela mola, esta
última é aquecida e deformada, causando com isso a rotação do
eixo. Outra mola de lâmina bimetálica similar, para compensação, e
que é protegida por um disco contra calor, age sobre o eixo na Símbolo
direção do giro oposto. No entanto, nenhuma corrente propaga-se
através deste segundo eixo; desta forma, podem ser compensadas
oscilações da temperatura ambiente.

1. Conexão da corrente
2. Saída de corrente
3. Mola bimetálica através da qual a corrente flui
4. Eixo
5. Ponteiro
6. Escala
7. Mola oposta (bimetálica)
8. Bucha de apoio

Corte transversal de um sistema de medição bimetálico


para instrumentos de painel.

NOTA

• O tempo de estabilização do sistema de medição bimetálico é de aproximadamente 10 minutos.


• Os pontos de corrente de curta duração que produzem apenas um aquecimento reduzido da mola
bimetálica principal contribuem significativamente para a deflexão do ponteiro, ao passo que cargas
permanentes produzem um padrão.
• O torque exercido é aproximadamente mil vezes maior que o de outros sistemas de medição. Por
esta razão, o ponteiro indicador pode arrastar outro que serve para a leitura posterior do valor
máximo alcançado em cada caso.

Sistema de medição por vibração

Como resultado da freqüência a ser medida, um eletroímã gera


vibrações mecânicas de uma série de lâminas elásticas colocadas
sobre uma peça comum e sintonizadas em diferentes valores de
sua própria oscilação. A palheta que estiver em ressonância com
a freqüência oscila com grande amplitude, indicando claramente o
valor da medição correspondente. Símbolo

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 175 / 189

1. Bobina excitadora.
2. Palheta de aço.

Sistema de medição por vibração do medidor de freqüência


com palhetas (instrumento de operação).

49 50 51 49 50 51

50 Hz 49,75 Hz

Medidor de freqüência de palhetas ressonantes.

1. Placas oscilantes.
2. Bobina.

Aparelho com placas oscilantes para medidas de freqüência


em corrente alternada.

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 176 / 189

Tubo de raios catódicos

Um cátodo (No.2) emite eletrodos livres em um tubo de vidro com vácuo. O cilindro Wehnelt (Nº 3),
disposto atrás do cátodo, regula o fluxo de elétrons agrupados em um sistema óptico (campo Nº 4)
formando um feixe, sendo acelerado pelo ânodo 5.

Depois do sistema óptico, são dispostos dois pares de placas perpendiculares entre si; sua função é
defletir o feixe de elétrons da posição central.
O par de placas (Nº 6 - deflexão x) geralmente é aplicado a um “circuito de varredura” e o par de placas
(Nº 7 - deflexão y) é sujeito à tensão a ser medida.

O feixe de elétrons, focalizado através da opção apropriada de potenciais de Nº 4 para que o foco fique
sobre a tela, aquece a camada luminescente no ponto de incidência (fluorescência ou fosforescência).

Desta forma, a deflexão do feixe eletrônico é visualizada sob a influência dos campos defletores, ou
seja, a variação do mensurando é representada em coordenadas cartesianas.

2 3 4 6
5
7
8
1. Elemento de aquecimento.
2. Cátodo.
3. Cilindro Wehn.
4. Lente elétrica.
5. Ânodo.
6, 7 Placas de deflexão.
8. Tela. Elementos de um tubo (tubo Braun).

Tubos de raios catódicos são dispositivos de medição que têm praticamente nenhuma inércia. Eles são
usados para registrar valores de tensão dependendo do tempo. No entanto, também pode ser
representado um diagrama de determinada tensão em conexão a outra.

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 177 / 189

Um importante recurso destes tubos é dado pela persistência do padrão luminoso na tela. Para
processos que variam muito lentamente, é necessária uma grande persistência; no entanto, para
processos com uma variação rápida, a persistência deve ser muito breve.

Placas de deflexão vertical


Placas de deflexão
horizontal

Cátodo de V vertical
aceleração

Resistência do
emissor Feixe de
elétrons Ponto
brilhante
- + +
V horizontal
Contraplaca do condutor
Tela fluorescente

Osciloscópios

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Dispositivos de medição 178 / 189

ATIVIDADE
Com base nas explanações dos diferentes dispositivos de medição
dadas acima, resolva a seguinte atividade .

Usando setas, ligue o símbolo ao sistema de medição


correspondente.

Instrumentos com bobina móvel.

Sistema de medição eletrostático .

Sistema de medição eletrodinâmico.

Sistema de medição por vibração.

Sistema de medição bimetálico.

Sistema de medição com ferro móvel.

Sistema de medição com ímã móvel.

Dispositivos de medição do quociente com


bobina móvel.

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição 179 / 189

9.3 Comparação de dispositivos de


medição
Comparação de dispositivos de medição
Comparação de aparelho de medição refere-se à verificação das divisões da escala do aparelho
mediante sua comparação com a quantidade com que eles correspondem aos valores reais.

Além disso, o aparelho pode ser contrastado com um padrão e seus desvios podem ser mostrados em
um gráfico indicando o desvio aproximado correspondente a cada medição, para que a medição feita
com o aparelho contratado seja perfeita.

Comparação de ohmímetros

Para contrastar um ohmímetro Ωx com outro padrão Ωρ eles devem ser conectados conforme mostrado
no diagrama:
Ωx

Ωρ

Comparação de ohmímetros
Comparação de Amperímetros

A intensidade será determinada para valores pequenos e ela aumenta à medida que são feitas as
medições.
Isto é conseguido com o uso de um reostato quando se elimina a resistência, aumentando-se a
intensidade em uma proporção inversa. Os dois amperímetros devem ser conectados em série no
mesmo circuito, conforme indicado no seguinte diagrama:
+

Ax Aρ

-
R

Comparação de Amperímetros
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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Comparação de dispositivos de medição 180 / 189

Comparação de Voltímetros

Para obter variações de tensão, é usado um variador de tensão; ele provê diferentes pontos de tensão
aos dois voltímetros a partir do zero, fazendo com a parte móvel do variador gire.

Os dois voltímetros devem ser conectados em paralelo, conforme mostrado no diagrama abaixo:

R
S

-
Vρ Vx

Comparação de Voltímetros

Comparação de Wattímetros

Os dois wattímetros, o W x contrastado e o padrão Wρ, devem ser conectados em série, isto é, para que a
mesma corrente a ser medida atravesse os dois.

Uma carga variável deve ser intercalada, para que a resistência diminua progressivamente e, portanto,
quando a corrente absorvida estiver mais alta, a potência também será mais alta.

R
S

Wρ +

Wx
-

Comparação de Wattímetros

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9. Operação de aparelhos elétricos de medição Comparação de dispositivos de medição 181 / 189

Assinale a opção correta. Para contrastar amperímetros, eles são conectados


1 em…

série.
paralelo.

Para contrastar voltímetros, eles são conectados


2 em…

série.
paralelo.

Para contrastar wattímetros, a carga variável é


3 intercalada, para que a tensão seja
progressivamente…

mais baixa.
ATIVIDADE mais alta.

O capítulo “Operação do aparelho de medição


elétrica” está concluído.
Parabéns! Você terminou o curso sobre medições
elétricas.

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APÊNDICE

CAPÍTULO 2: Introdução às medidas elétricas

2.1 Símbolos gerais


Símbolo Designação

A Amperímetro

V Voltímetro

W Wattímetro

ϕ Medidor de fase

Hz Medidor de freqüência

Ω Ohmímetro

f Medidor de capacitância

s Sincronoscópio

Medidor de energia

Corrente contínua
Corrente alternada

Conexão à terra

Resistência ôhmica pura

Indutância

Resistor indutivo

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Símbolo Designação

Capacitor

Conexão variável

Chave unipolar

Chave unipolar (3 posições)

Chave de transferência do voltímetro

Chave tripolar

Curto-circuito do fusível

Lâmpada incandescente

Lâmpada fluorescente

bateria ou bateria de armazenamento

Bateria primária ou bateria secundária

Reostato

Posto de ligação

Linhas de interseção sem conexão

Linhas de interseção com conexão

Gerador de corrente contínua

Motor de corrente contínua

Gerador de corrente alternada

Motor monofásico

Motor trifásico

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Símbolo Designação

Motor assíncrono com rotor enrolado

Transformador de tensão

Transformador de corrente

Transformador variável

Regulador de tensão

Corrente contínua

Corrente alternada

Corrente contínua e alternada

Instrumento monofásico com dois circuitos de


corrente e um circuito de tensão
Instrumento trifásico com um circuito de
corrente e um circuito de tensão
Instrumento trifásico com dois circuitos de
corrente e um circuito de tensão
Instrumento trifásico com um circuito de
corrente e dois circuitos de tensão

Instrumento trifásico com dois circuitos de


corrente e dois circuitos de tensão
Instrumento trifásico com três circuitos de
corrente e dois circuitos de tensão
Instrumento trifásico com três circuitos de
corrente e três tensão circuitos

Instrumento a ser usado em uma posição


vertical

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APÊNDICE 185 / 189

Símbolo Designação

Posição horizontal

Instrumento a ser usado com o dial em uma


posição inclinada (60°)
Instrumento de bobina móvel e ímã
permanente (Ímã elétrico)
Instrumento de bobina móvel e ímã
permanente (ímã elétrico diferencial)
Instrumento de duas bobinas móveis cruzadas
e ímã permanente (medidor do quociente
magnetoelétrico)
Instrumento de ímã móvel e bobina fixa

Instrumento de ferro móvel e bobina e ímã


fixos

Instrumento de ferro móvel e bobina fixa


(Instrumento ferromagnético ou de ferro móvel)

Medidor do quociente ferromagnético

Instrumento eletrodinâmico sem ferro

Instrumento eletrodinâmico com ferro


(Ferrodinâmico)
Instrumento eletrodinâmico de bobinas
cruzadas sem ferro (Medidor do quociente
eletrodinâmico)

Instrumento métrico de quociente


ferrodinâmico
Instrumento métrico de quociente
ferrodinâmico

Instrumento de indução

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Símbolo Designação

Instrumento métrico de quociente de indução

Instrumento de expansão térmica

Instrumento eletrostático

Instrumento de placas oscilantes

Termopar não acoplado

Instrumento magnetoelétrico com termopar não


acoplado incorporado

Termopar isolado

Instrumento magnetoelétrico com termopar


isolado incorporado
Instrumento magnetoelétrico com termopar
externo não acoplado
Retificador

Instrumento magnetoelétrico com retificador


incorporado
Transformador de corrente

Instrumento magnetoelétrico com retificador e


transformador de corrente incorporados
Instrumento magnetoelétrico com retificador
externo

Derivação do instrumento de medição

Instrumento magnetoelétrico com derivação


externa
Resistência adicional

Exec. Anti-gás metano pro-tec classe “elev


Scn e Secure”, gr Infl G1

Por exemplo, para Contra amostra CI Pr “elev


EX e G1 Secure” gr Infl G1

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APÊNDICE 187 / 189

Símbolo Designação

Corrente contínua

Corrente contínua e alternada

Corrente alternada

Corrente trifásica com 1 sistema de


medição

Corrente trifásica com 2 sistemas de


medição
Corrente trifásica com 3 sistemas de
medição

1,5 Símbolo de classe ref. valor final da


margem de medição
1,5 Símbolo de classe ref. comprimento ou
largura da escala. Inscrição
Símbolo de classe, referente ao valor
1,5
correto

Posição de aplicação horizontal

Posição de aplicação horizontal

Posição de aplicação inclinada


60° (indicação do ângulo de inclinação)
Símbolo de classe, referente ao valor
2 correto

Resistência em paralelo separada

Resistência em série separada

Tela magnética (ferro)

Tela eletrostática

est
Sistema estático

Nota (observar as instruções de operação)


!

Sistema estático

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APÊNDICE 188 / 189

Símbolo Designação
Apoio da faixa de tensionamento (linha abaixo
do símbolo. Siem. International Standards)

Instrumento com bobina móvel

Retificador
Suplemento
a
Transp. Termoel.

Transp. Termoel. Isol.

Sistema de medição do quociente com bobina


móvel

Sistema com ímã móvel

Sistema de medição do quociente com ímã


móvel

Sistema com ferro móvel

Sistema de medição do quociente com ferro


móvel

Sistema eletrodinâmico (sem ferro)

Sistema de medição eletrodinâmico do


quociente (sem ferro)
Sistema eletr. de medição (com circuito de ferro
mag.)
Sistema eletr. de medição do quociente(com
circ. de ferro mag.)

Sistema de indução

Sistema de medição dos quocientes de indução

Sistema térmico

Sistema bimetálico

Sistema vibratório
Nota (observar as instruções de operação)

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APÊNDICE 189 / 189

Símbolo Designação Símbolo Designação


Watt. p/ corrente trifásica de 4 fios.
Instrumento de medição,
Adequada para qualquer carga. C/ 3
representação geral, sistemas de medição (circuito
especialmente para indicação amperimétrico em série), marcação em W.

Indicação de instrumento com Instrumento de medição, símbolo


sistema de medição para geral, especialmente para
formação de produtos registradores

Indicação de instrumento Instrumento de medição,


com sistema de medição símbolo de registro: registro
para formação de quocientes

Instrumento de medição,
Sistema de medição, símbolo
símbolos de registro: registro
de indicação geral
de pontos

Símbolo de medição, símbolo


Instrumento de medição,
de indicação com deflexões do
símbolo do registrador:
ponteiro nos dois lados
impressão digital

Sistema de medição, símbolo Instrumento de medição,


de indicação digital símbolo de registro: punção

Watt. for corrente de três fios trifásico.


Amperímetro, marcação A Adequado para qualquer dist. de carga
A C/ 2 sistemas de medição (circuito
amperimétrico em série), marcação em
W.

Amperímetro com sistema de Ponte de resistência com


medição, marcação A. medidor de zero ao centro
incorporado

Integração de aparelhos,
Voltímetro para corrente
especialmente medidores
contínua e alternada,
elétricos
marcação V

Aparelho para medir Medidor de Kwh. de três fios


diferenças de tensão com trifásico. Adequado a qualquer dist.
sistema de medição de carga, c / 2 sistemas de medição.

Exemplo: Instrumento de corrente trifásica, 50 Hz com Sistema eletrodinâmico e


50 circuito magnetizado com ferro, classe 1,5; dois verticais [disposição],
tensão de teste 2 kV, conexão do transformador: corrente nominal,
2 primária 50 A e corrente nominal em secundária 5 A; Tensão nominal:
1,5 primária 1000 V, secundária 100 V.
50/5 A 1000/100 V IMTEL007-GBE
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