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______________________________________________________________________ Atividades

Você deverá responder as questões a seguir e enviá-las por meio do Portfólio - ferramenta do
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mail rutedesouza@unigran.br

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NOME: ANA PAULA EVANGELISTA DA COSTA


RGM:113.664
DATA:20/05/2021
POLO: CAMPOS BELOS GOIAS

NINGUÉM ESTÁ AUTORIZADO A POSTAR NOSSAS ATIVIDADES E/OU


PROVAS EM SITES DO TIPO PASSEIWEB, BRAINLY, TRABALHOS
FEITOS E OUTROS, SOB PENA DE INFRIGIR A LEI DE DIREITOS
AUTORAIS.

1. Leia e resuma o artigo À VOLTA DE FERNANDO PESSOA E SEUS HETERÔNIMOS (no arquivo) (2 a 3
parágrafos). Lembre-se de que resumir é ler, compreender e escrever com suas palavras. (2,5)

RESPOSTA: Por meio da sabedoria e da sensibilidade, as pessoas podem se tornar várias pessoas,
cada uma com pensamentos, sentimentos diferentes e ações diferentes, o que dobra a criatividade,
pois cada um tem uma história e umas vidas diferentes. Portanto, essa pessoa só pode viver por fora,
mas por dentro pode estar com os outros, mesmo com base na crítica filosófica dos outros, mesmo
que tenham objetivos desprezíveis, porque são a própria pessoa, ela não pode rejeitar ninguém.

2. Leia, no arquivo, o texto de Gustavo Bernardo, a respeito do poema abaixo. Com base nessa leitura e
na leitura da obra “Metalinguagem”, que você leu para a atividade da aula 2, elabore um comentário
sobre o aspecto metalinguístico e sobre o que seria o “fingimento poético” observado no poema
Autopsicografia. Lembre-se de que o comentário deve revelar as leituras solicitadas e as SUAS
reflexões. Não se trata de responder com análises prontas, disponíveis na Internet. (2,5)

Autopsicografia Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Leitura complementar: no arquivo, há outro texto interessante, da consagrada autora Nelly Novaes
Coelho, intitulado FERNANDO PESSSOA, A DIALÉTICA DE SER EM POESIA. Procure fazer essa leitura
também!

RESPOSTA: No poema, a metalinguagem se dá pelo poeta escrever um poema sobre a sua


dor(fingida ou não), nesse poema ele descreve sobre o poeta que finge a dor e ah mesma é passada
através da arte para o leitor.

Atividades
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1. Leia o texto O AUTOR, A INTERTEXTUALIDADE E O LEITOR. Aponte, num pequeno texto, as


principais ideias sobre a relação escritor – leitor.(2,5)

RESPOSTA:

Almeida Faria: Se um texto literário sempre depende de outros textos, então as pessoas têm muitas
dúvidas sobre como surgiu o texto literário original porque não se baseiam em nenhum outro
material de leitura. Para o escritor de cartas, a leitura ainda é essencial porque ele usa muitas partes
da leitura em sua escrita. No que diz respeito a Almeida Faria, prefere estudar e dar cursos de
filosofia, mas não é capaz de se tornar o filósofo com que sonha.

Fernando Namora: Para ele, as obras literárias estão conectadas entre si como se estivessem em
uma rede capilar. A esfera do texto é alterada de acordo com os pontos de apoio utilizados pelo
autor, com esse apoio, a compreensão de uma pessoa vai descobrir o caráter literário, social e
histórico, e todo o enredo se tornará um marco que reflete a experiência de sobrevivência. O
escritor, a leitura do escritor e a intervenção do leitor estão quase todos envolvidos neste tema, e
quase sempre se projetam na obra em busca do que procuram.

Teresa Salema: Poucos autores a colocaram em estado de elegância. Naquela época, a realidade
objetiva parecia um barro primitivo que poderia aproveitar algum resíduo. Sempre que o leitor
devolve o item, sabe que vale a pena sacrificar algumas árvores.

Vergílio Ferreira: A arte é um mundo sobreposto ao real, que lhe dá um código próprio. Toda
reinvenção significa uma nova invenção, portanto, criar um texto sem prefácio é criar no espaço em
branco. Se a leitura alheia não for definida, a leitura é válida, pois uma vez definida a leitura, a
leitura funcionará e se integrará à tendência do autor. Portanto, a obra de arte se limita a um
determinado tema e ao seu método de produção. Originalidade não é difícil, a dificuldade é que a
vida se conforme a essa originalidade.

2. Leia o poema abaixo e elabore um comentário sobre ele, levando em conta o conceito de
metalinguagem. (2,5)

O Lutador
Carlos Drummond de Andrade

Lutar com palavras


é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
como o javali.
Não me julgo louco.
Se o fosse, teria
poder de encantá-las.
Mas lúcido e frio,
apareço e tento
apanhar algumas
para meu sustento
num dia de vida.
Deixam-se enlaçar,
tontas à carícia
e súbito fogem
e não há ameaça
e nem  há sevícia
que as traga de novo
ao centro da praça.

Insisto, solerte.
Busco persuadi-las.
Ser-lhes-ei escravo
de rara humildade.
Guardarei sigilo
de nosso comércio.
Na voz, nenhum travo
de zanga ou desgosto.
Sem me ouvir deslizam,
perpassam levíssimas
e viram-me o rosto.
Lutar com palavras
parece sem fruto.
Não têm carne e sangue…
Entretanto, luto.

Palavra, palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.
Quisera possuir-te
neste descampado,
sem roteiro de unha
ou marca de dente
nessa pele clara.
Preferes o amor
de uma posse impura
e que venha o gozo
da maior tortura.
Luto corpo a corpo,
luto todo o tempo,
sem maior proveito
que o da caça ao vento.
Não encontro vestes,
não seguro formas,
é fluido inimigo
que me dobra os músculos
e ri-se das normas
da boa peleja.

Iludo-me às vezes,
pressinto que a entrega
se consumará.
Já vejo palavras
em coro submisso,
esta me ofertando
seu velho calor,
aquela sua glória
feita de mistério,
outra seu desdém,
outra seu ciúme,
e um sapiente amor
me ensina a fruir
de cada palavra
a essência captada,
o sutil queixume.
Mas ai! é o instante
de entreabrir os olhos:
entre beijo e boca,
tudo se evapora.

O ciclo do dia
ora se conclui
e o inútil duelo
jamais se resolve.
O teu rosto belo,
ó palavra, esplende
na curva da noite
que toda me envolve.
Tamanha paixão
e nenhum pecúlio.
Cerradas as portas,
a luta prossegue
nas ruas do sono.
RESPOSTA: O poema revela a luta entre o poeta e as palavras, no exercício criador de um poema.

Pesquise sobre o modernismo no Brasil. Depois, acesse e estude o texto CINCO LIVROS DO
MODERNISMO BRASILEIRO, de José Paulo Paes, (no arquivo). (não precisa enviar)

LEITURA COMPLEMENTAR: Vá em material de aula e links e encontre o texto FUTURISMO E


IDENTIDADE NACIONAL NAS OBRAS DE ALMADA NEGREIROS E MARIO DE ANDRADE, de Ellen Sapega e
AS TENSÕES DE MÁRIO DE ANDRADE , do famoso estudioso da Literatura brasileira, João Alexandre
Barbosa.

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