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FAQ – Projeto PonteS

Perguntas e respostas mais frequentes

1. O que é o Movimento PonteS?


É um movimento que mobiliza e incentiva todas as instâncias das unidades escolares do Senac São
Paulo a dialogarem sobre educação, inspiradas por referenciais de metodologias ativas e
aprendizagem significativa, visando efetivar a Proposta Pedagógica institucional no cotidiano. Além
disso, é reconhecido institucionalmente como um processo de formação em serviço.

2. Como o PonteS acontece?


Há duas grandes ações que devem acontecer para que o Movimento PonteS seja efetivado nas
unidades. Uma delas é a realização de reuniões do Grupo Piloto e dos Grupos de Expansão. Esses
encontros devem ser organizados de modo a promover o compartilhamento das ações que estão
ocorrendo nas unidades, bem como servir de momentos de estudos e de planejamento das próximas
ações do grupo de trabalho. Deles participam gerente, técnicos, técnico educacional/ supervisor
educacional, docentes e, se possível, alunos. As unidades devem estimular a participação de docentes
de diferentes áreas em cada reunião, possibilitando assim que o compartilhamento entre os pares seja
mais efetivo. A outra ação, e talvez a mais importante, é a vivência das premissas do movimento nas
unidades. Para isso, todos os funcionários e alunos devem estar envolvidos. Fica a cargo do grupo que
representa a unidade nas reuniões de expansão colocar em prática a premissa que propõe o
compartilhamento de informações e o cultivo de um ambiente de incentivo ao PonteS em todas as
instâncias da unidade. Quanto maior o envolvimento, maior a possibilidade de concretizar a Proposta
Pedagógica do Senac São Paulo para além da sala de aula, pois o Movimento PonteS deve acontecer e
ser reconhecido em toda a unidade escolar.

3. Qual o seu principal objetivo?


Promover e mediar conversas educacionais inspiradas por referenciais de metodologias ativas de
aprendizagem significativa, a fim de concretizar a Proposta Pedagógica do Senac São Paulo no
cotidiano das unidades escolares.

4. Quando e por que começou?


O movimento, inicialmente caracterizado como Movimento PonteS, começou no final de 2012, a partir
de uma conversa entre a Superintendente de Operações e o professor José Pacheco, idealizador da
Escola da Ponte, em Portugal. A proposta inicial foi realizar, no Senac São Paulo, uma experiência de
formação de docentes por meio da metodologia utilizada na escola portuguesa. Após uma fase inicial
de análise, esse objetivo foi revisto no início de 2013, ao chegarmos à conclusão de que a nossa
realidade não apresentava todas as condições necessárias para essa experiência.

Contudo, longe de se dissolver, o grupo de trabalho não só se manteve, como intensificou a proposta
de dialogar sobre metodologias ativas e estratégias participativas de ensino-aprendizagem, também
na perspectiva da formação educacional.

Para isso, foram criadas as sete premissas do Movimento PonteS, vigentes até hoje:
1. O Movimento PonteS não é uma metodologia. É um movimento que promove a reflexão sobre
práticas educacionais voltadas à concretização da Proposta Pedagógica.
2. Os projetos serão propostos pelos alunos e orientados pelos docentes, de modo a promover
a experimentação sobre algo real, e alinhados às necessidades pedagógicas da formação.
3. Valoraremos a criatividade e a investigação no ambiente educacional.
4. As decisões serão compartilhadas entre área técnica, docentes, alunos, gerentes, área
administrativa e demais áreas envolvidas na ação.

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5. Haverá compartilhamento de informações e cultivo de um ambiente de incentivo ao


Movimento PonteS em todas as instâncias da unidade.
6. Haverá planejamento coletivo de trabalho.
7. Trabalharemos, em sala de aula, com autoavaliação, avaliação individual e em grupo.

Essas premissas foram criadas com base na Proposta Pedagógica do Senac São Paulo, nas diretrizes
educacionais estruturadas pelo Geduc – Posicionamento Educacional e Representação Política e nas
orientações das gerências de Operações.

5. Quem participa?
Em primeiro lugar, e conforme a premissa “As decisões serão compartilhadas entre área técnica,
docentes, alunos, gerentes, área administrativa e demais áreas envolvidas na ação”, cada unidade
escolar organiza um grupo de funcionários (docentes e não docentes) que tem como desafio
disseminar localmente as premissas do PonteS por meio do diálogo e da prática pedagógica alinhada
aos princípios do Modelo Pedagógico Senac. A proposta é que, a partir da atuação desses grupos, todos
os funcionários de todas as unidades escolares participem do movimento.

Além disso, as seguintes instâncias corporativas compõem o Grupo Piloto, junto a quatro unidades
escolares da Rede: Núcleo de Educação Corporativa (NEC); Geduc – Posicionamento Educacional e
Representação Política; Geduc – Desenho Educacional; Geduc – Supervisão Educacional; e Frente de
Acompanhamento das Práticas Educacionais (Fape), das GOs.

Vale destacar também que os consultores pedagógicos do Geduc – Desenho Educacional acompanham
as reuniões dos Grupos de Expansão e que, ao longo do tempo, as unidades escolares começaram a
convidar os alunos a participarem das reuniões de expansão, sendo esta, atualmente, uma prática
habitual em muitas unidades, inclusive nas reuniões de realização do Plano Coletivo de Trabalho
Docente (PCTD).

6. Como é organizado?
O primeiro grupo, chamado de Piloto, foi organizado com representantes das unidades SCI, BAU, CAM
e SJR. Inicialmente, esse grupo elaborou as premissas do movimento, e seus integrantes ficaram
responsáveis por estender a experiência a suas respectivas unidades, o que aconteceu ao longo de
mais de um ano.

A partir daí, foi iniciado um processo de expansão chamado de “ondas”, no qual as unidades localizadas
no entorno dessas quatro mencionadas foram convidadas a participar do movimento. Assim, na
primeira onda, cada uma das unidades do piloto ficou responsável pela expansão do PonteS para
algumas unidades do seu entorno, assumindo a gestão das ações desse processo. Nesse primeiro ciclo
de expansão, foram convidadas mais 19 unidades, totalizando, assim, 23.

Na segunda onda, seguindo o mesmo modelo, algumas das unidades que tinham se incorporado ao
movimento durante a primeira onda assumiram a responsabilidade de viabilizar a expansão para
outras unidades, passando a fazer a gestão dos novos grupos que foram criados. Dessa forma, 100%
das unidades da rede foram integradas ao PonteS.

7. Por que o movimento é importante?

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Ao longo destes mais de cinco anos, o Movimento PonteS protagonizou um avanço na compreensão e
na concretização da Proposta Pedagógica do Senac São Paulo, além de constituir um programa de
formação em serviço. Ele mobilizou gestores, equipes administrativas, docentes e alunos a dialogarem
sobre o Jeito Senac de Educar. Atualmente, gerentes e demais funcionários de vários setores
participam das reuniões dos Grupos de Expansão e envolvem-se nas ações educacionais em suas
unidades, tomando decisões coletivamente.

8. Ele reproduz o trabalho realizado na Escola da Ponte?


Não. Embora o objetivo inicial fosse esse, o Movimento PonteS foi reformulado no início de 2013.
Atualmente, ele apenas se inspira nas ideias da Escola da Ponte, bem como nas de outras escolas e
metodologias refletidas na Proposta Pedagógica do Senac São Paulo.

9. Como o Movimento PonteS se integra à Proposta Pedagógica do Senac São Paulo?


O Movimento PonteS foi concebido – e é vivenciado – como um meio para a realização da Proposta
Pedagógica do Senac São Paulo. Assim, seu objetivo é concretizá-la no cotidiano das unidades
escolares. Vale destacar também que algumas das premissas do movimento foram elaboradas a partir
da análise da Proposta Pedagógica do Senac São Paulo e são referências diretas a esse documento.

10. Qual a importância desse movimento para o Senac?


O Movimento PonteS iniciou um processo de aprofundamento das reflexões e práticas inerentes ao
Jeito Senac de Educar, ao trazer gerentes, equipes técnicas, supervisores, docentes, funcionários
administrativos e alunos para o debate educacional. Além disso, há uma premissa que propõe a
horizontalidade nas decisões sobre as questões educacionais, ou seja, todos os atores passam a ter a
responsabilidade de dialogar e decidir em conjunto que ações podem garantir a efetivação da Proposta
Pedagógica da instituição. Nesse sentido, todos se tornam responsáveis por promover, concretizar e
reconhecer nas unidades educacionais as marcas formativas do Senac São Paulo: domínio técnico
científico, atitude empreendedora, visão crítica, atitude sustentável e atitude colaborativa.

11. Qual a importância desse movimento para os alunos?


Partindo do entendimento do Movimento PonteS como um meio para a concretização da Proposta
Pedagógica do Senac São Paulo, ele se torna relevante para o aluno ao criar condições favoráveis para
que este assuma o papel de protagonista não só do processo de ensino-aprendizagem, mas da vida da
comunidade escolar de forma geral, tal como enunciado na Proposta Pedagógica da instituição.

No contexto do Movimento PonteS, e na perspectiva da metodologia ativa, os alunos devem passar a


ocupar mais intensamente os espaços nas unidades escolares, seja em relação à fala, ao uso das
estruturas físicas ou à tomada de decisões referentes ao processo de ensino-aprendizagem. A premissa
que aborda o trabalho com projetos incentiva alunos e docentes à experimentação de projetos reais,
tornando ainda mais viva a conexão do âmbito escolar com a realidade do aluno. Metaforicamente,
nossas escolas passam a não ter mais muros, e o diálogo entre o ambiente educacional e o universo
que o aluno traz para dentro dele ganha consistência. Assim, aprender passa a ter sentido e significado
para todos os sujeitos do processo de ensino-aprendizagem.

Atualmente, algumas unidades vêm promovendo a participação dos alunos na elaboração dos Planos
Coletivos de Trabalho Docente (PCTDs) e nas reuniões pedagógicas, o que evidencia que as relações
estão caminhando para a horizontalidade. À medida que os alunos vão ocupando esses espaços, todos

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os envolvidos são naturalmente convidados a refletir sobre suas responsabilidades e a reconstruir o


papel da escola.

12. Qual a importância desse movimento para os docentes?


No Movimento PonteS o docente é convidado a dialogar com o Jeito Senac de Educar a partir da
vivência e da reflexão coletiva e constante sobre os fazeres pedagógicos. Ao refletir sobre sua prática,
o docente pode repensá-la e reestruturá-la, e, mediante esse movimento dialético, são geradas novas
aprendizagens. Dessa forma, o Movimento PonteS, na sua dimensão formativa, constitui um processo
de formação em serviço, por meio da aprendizagem no local de trabalho e da aprendizagem social.
Outro aspecto importante se refere à participação dos alunos nos processos educacionais,
caracterizada pela quebra de paradigmas em relação às hierarquias da sala de aula, resultando no
processo de construção da autonomia dos estudantes e no autorreconhecimento dos docentes como
educadores, e não como meros transmissores de informações.

13. Qual a importância desse movimento para a sociedade?


A sociedade é beneficiada de várias formas. Talvez o benefício mais importante seja a transformação
das pessoas envolvidas no processo educacional, que acabam levando para sua vida as marcas
formativas Senac, já que o Movimento PonteS propicia um espaço muito fértil para a consolidação
destas. Outro aspecto de grande relevância é a possibilidade de realizar projetos reais, o que, além de
proporcionar aos alunos a experimentação das competências dos perfis profissionais ligados ao
portfólio educacional da instituição, na maior parte das vezes entrega às comunidades locais soluções
para problemas relevantes.

14. O que são metodologias ativas?


O termo “metodologia ativa” reflete uma concepção educacional que se caracteriza por priorizar o
protagonismo dos alunos, ou seja, por considerar o aluno um sujeito ativo no seu próprio processo de
aprendizagem.
Na metodologia ativa os alunos são reconhecidos como o centro do processo de ensino-aprendizagem
e são estimulados à crítica e à reflexão. O docente assume o papel de mediador e é responsável por
planejar situações de ensino-aprendizagem que promovam o desenvolvimento da autonomia – do
aprender a conhecer, do aprender a fazer, do aprender a conviver e do aprender a ser.

15. O que é a metodologia de projetos?


De acordo com as orientações institucionais, “o trabalho por projetos é uma estratégia de ensino e
aprendizagem que privilegia o desenvolvimento de competências, permitindo ao indivíduo identificar
problemas e criar soluções contextualizadas à sua realidade. Essa estratégia configura-se em um
processo de construção coletiva que articula as competências, fomenta a autonomia e favorece o
trabalho em grupo, promovendo uma reorganização do espaço e a reordenação do tempo ao
estabelecer uma relação de proximidade entre docente e aluno [...] O projeto prevê três etapas:
problematização, desenvolvimento e síntese [...]. No entanto, essa estratégia não pressupõe uma
sequência de ações ou uma forma de fazer única e predefinida. A forma de desenvolver um projeto
será delineada à medida que surgir a necessidade de respostas aos problemas levantados, gerando
novas aprendizagens. Assim, o docente tem a função de mediador, um incentivador do aluno, na busca
de novos sentidos para a aprendizagem, com a postura de quem também aprende”.
Fonte: GEDUC – POSICIONAMENTO EDUCACIONAL E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA. Orientação para o
trabalho por projetos. 2015. Disponível em: <http://www.intranet.sp.senac.br/intranet-
frontend/uploads/download/arquivo/314539>. Acesso em: 6 abr. 2018.

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16. Como deve ser o trabalho dos docentes que utilizam essa metodologia?
De acordo com as orientações institucionais, “o docente tem o papel de planejar, mediar e avaliar as
situações de aprendizagem que envolvem a realização do projeto. O docente, sendo a parte mais
experiente da relação de ensino-aprendizagem, contribui para a construção da ponte entre os saberes
e o grupo de alunos, garantindo o diálogo e a colaboração entre a equipe a fim de desenvolver as
competências necessárias para uma atuação profissional, ética e cidadã”.

Fonte: GEDUC – POSICIONAMENTO EDUCACIONAL E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA. Orientação para o


trabalho por projetos. 2015. Disponível em: <http://www.intranet.sp.senac.br/intranet-
frontend/uploads/download/arquivo/314539>. Acesso em: 6 abr. 2018.

17. Qual o papel da equipe de suporte pedagógico?


De acordo com as orientações institucionais, o técnico responsável pela área deve fomentar a
participação e o desenvolvimento dos projetos, por meio da realização de planejamento coletivo, bem
como a leitura dos documentos institucionais, como o Regimento, a Proposta Pedagógica e os Planos
de Orientação e/ou de Aprendizagem, e as Diretrizes de Acompanhamento das Práticas Educacionais
– Práticas Valorativas, objetivando o alinhamento de situações de aprendizagem e o planejamento de
como se dará o desenvolvimento de cada competência e sua articulação com o projeto. Cabe ao
técnico responsável pela área as alocações dos docentes e as contratações de outros profissionais para
viabilizar o trabalho por projetos, além das aprovações das articulações entre os setores. O setor
técnico atua na gestão dos recursos, articulando as providências necessárias para a execução dos
projetos, a exemplo de contratos, reservas de equipamentos, espaços e recursos patrimoniais,
destinação de materiais de consumo, orçamentos, seguro de vida para visitas externas, locações e
aquisições de materiais, dentre outras”. Além disso, cuida para que tudo isso seja providenciado a
tempo, sem prejuízo das atividades educacionais.

Fonte: GEDUC – POSICIONAMENTO EDUCACIONAL E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA. Orientação para o


trabalho por projetos. 2015. Disponível em: <http://www.intranet.sp.senac.br/intranet-
frontend/uploads/download/arquivo/314539>. Acesso em: 6 abr. 2018.

18. Como ficam os conteúdos e as competências previstos nos planos de curso?


Partindo do pressuposto de que o trabalho com projetos é uma estratégia que contribui para a
intencionalidade formativa inerente a cada curso, o Projeto Integrador (PI) está, em primeiro lugar, a
serviço do desenvolvimento das competências de cada perfil profissional de conclusão.
De acordo com o Modelo Pedagógico Senac, o PI dá suporte às marcas formativas e promove a
articulação entre as competências, constituindo um fio condutor do curso, que deve ser seguido ao
longo de toda a formação, com o envolvimento e o comprometimento de todos os docentes. É uma
unidade curricular de natureza diferenciada, com carga horária destinada para sua realização –
orientação, organização e sistematização do trabalho. Nesse sentido, os docentes são orientados a
integrar e articular as unidades curriculares e a competência do curso durante a realização do projeto,
mobilizando todos os seus elementos e construindo um espaço privilegiado para a
interdisciplinaridade e a concretização das marcas formativas Senac.
Os conteúdos e as competências são trabalhados de forma significativa e participativa, por meio de
decisões compartilhadas, do Plano Coletivo de Trabalho Docente (PCTD) e de projetos reais.

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19. Essa metodologia pode ser usada em todas as modalidades e cursos?


Sim. Embora o Projeto Integrador só seja contemplado como unidade curricular nos cursos técnicos e
de qualificação profissional e como componente curricular nos cursos de graduação, não há restrição
para o trabalho com projetos em cursos de qualquer nível e modalidade. Contudo, existe a necessidade
de capacitar os docentes para o desenvolvimento de uma prática pedagógica adequada às
especificidades de cada cenário.

20. Por que hoje se fala tanto sobre a metodologia de projetos?


Dentre outros motivos, pelo enorme potencial que ela tem de gerar condições favoráveis ao
protagonismo do aluno e à aprendizagem significativa, colaborativa e com autonomia. Nessa
perspectiva, o trabalho com projetos tem se mostrado uma estratégia eficiente na hora de promover,
no âmbito escolar, processos de ensino-aprendizagem nos quais o aluno desenvolva habilidades
relacionadas à resolução de problemas, à articulação de saberes, à criatividade e ao trabalho em
equipe.

Quando os projetos são propostos e realizados pelos alunos a partir da reflexão sobre os problemas
que fazem parte da sua realidade (no caso da educação profissional, de forma integrada ao perfil
profissional de conclusão ao qual o percurso formativo é inerente), a possibilidade de engajamento
amplia-se consideravelmente, com o consequente ganho de qualidade no processo educacional como
um todo.

Ao mesmo tempo, a pedagogia de projetos traz para o cenário educacional atual um grande desafio:
a necessidade de que tanto docentes quanto equipes técnicas e administrativas se preparem para
mediar a realização desses projetos.

O trabalho com projetos é uma estratégia de ensino e aprendizagem que privilegia o desenvolvimento
de competências, permitindo ao indivíduo identificar problemas e criar soluções contextualizadas à
sua realidade. Essa estratégia configura-se em um processo de construção coletiva que articula as
competências, fomenta a autonomia e favorece o trabalho em grupo, promovendo a reorganização do
espaço e a reordenação do tempo ao estabelecer uma relação de proximidade entre docente e aluno.
Essa proposta requer uma nova concepção educacional, uma nova postura frente ao processo de
ensino e aprendizagem, repensando os tempos e espaços escolares.

Fonte: GEDUC – POSICIONAMENTO EDUCACIONAL E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA. Orientação para o


trabalho por projetos. 2015. Disponível em: <http://www.intranet.sp.senac.br/intranet-
frontend/uploads/download/arquivo/314539>. Acesso em: 6 abr. 2018

21. Trata-se de uma proposta nova?


Os princípios que sustentam a atual pedagogia de projetos surgem com John Dewey (1859–1952) no
início do século 20. Muitas dessas ideias, principalmente no que diz respeito ao papel do aluno e do
educador, bem como à relação entre eles no contexto do processo de ensino-aprendizagem,
permanecem vigentes nas abordagens realizadas no âmbito escolar. A proposta de Dewey foi objeto
de estudos e releituras por parte de diversos autores e escolas, dentre eles o espanhol Fernando
Hernández, que propõe a organização do currículo escolar por projetos.

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No Brasil, a proposta começou a ser difundida na década de 1930, com o movimento Escola Nova,
principalmente por intermédio de Anísio Teixeira e Lourenço Filho. Outras experiências de formação
crítica em projetos reais foram apresentadas pela metodologia dos Ginásios Vocacionais entre 1962 e
1969, no Estado de São Paulo.

A Escola da Ponte, importante referência contemporânea da pedagogia de projetos e fonte de


inspiração do Movimento PonteS, baseia sua proposta educacional no trabalho por projetos desde
1976.

22. Como se dá a avaliação das atividades no contexto do trabalho realizado no Senac São Paulo?
Na pedagogia de projetos, a avaliação faz parte do processo de ensino-aprendizagem, tendo como
foco não somente os resultados, mas principalmente o processo em si e as aprendizagens decorrentes
dele.

No contexto do Movimento PonteS, a partir de uma das suas premissas, a avaliação é realizada em
forma de autoavaliação, avaliação individual e em grupo. Essa prática, alinhada à Proposta Pedagógica
do Senac São Paulo e ao Modelo Pedagógico Senac, tem como principal objetivo contribuir para o
desenvolvimento das competências inerentes aos perfis profissionais previstos nos planos de curso,
além de subsidiar ações de ajuste nos planejamentos e de recuperação paralela dos alunos. Dentro
dessa concepção, atribui-se à avaliação as funções diagnóstica, formativa e somativa. Além disso, ela
deve ser contínua, não devendo ser realizada apenas ao final do processo.

Fonte: GEDUC – POSICIONAMENTO EDUCACIONAL E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA. Orientação para o


trabalho por projetos. 2015. Disponível em: <http://www.intranet.sp.senac.br/intranet-
frontend/uploads/download/arquivo/314539>. Acesso em: 6 abr. 2018.

23. O PonteS tem data para acabar?


Não. Pelo fato de ter se caracterizado como um movimento, não há uma data prevista para seu
encerramento.

24. Que resultados a instituição espera desse movimento?


Que a Proposta Pedagógica do Senac São Paulo se concretize na prática educacional desenvolvida no
cotidiano das unidades escolares e que a comunidade escolar tenha a oportunidade de aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser por meio dos diálogos educacionais
inspirados por metodologias ativas e participativas.

Referências:
Escola da Ponte
Escola Amorim Lima
Projeto Âncora
Escola Maria Peregrina

Bibliografia:

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BEHRENS, Marilda Aparecida. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In:
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos Tarcísio; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e
mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.
DEWEY, John. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo,
uma exposição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 2011.
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1998.
HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia de projetos. São Paulo: Ática, 2001.
SENAC DEPARTAMENTO NACIONAL. Modelo Pedagógico Senac: síntese. 2014.
SENAC SÃO PAULO. Orientações para o Trabalho por Projetos. 2015. Disponível em:
<http://www.intranet.sp.senac.br/intranet-frontend/uploads/download/arquivo/314539>. Acesso
em: 6 abr. 2018.
______. Proposta Pedagógica. 2005.
______. Série Orientações para a Prática Pedagógica: Projeto Integrador. 2016.

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