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Contudo, longe de se dissolver, o grupo de trabalho não só se manteve, como intensificou a proposta
de dialogar sobre metodologias ativas e estratégias participativas de ensino-aprendizagem, também
na perspectiva da formação educacional.
Para isso, foram criadas as sete premissas do Movimento PonteS, vigentes até hoje:
1. O Movimento PonteS não é uma metodologia. É um movimento que promove a reflexão sobre
práticas educacionais voltadas à concretização da Proposta Pedagógica.
2. Os projetos serão propostos pelos alunos e orientados pelos docentes, de modo a promover
a experimentação sobre algo real, e alinhados às necessidades pedagógicas da formação.
3. Valoraremos a criatividade e a investigação no ambiente educacional.
4. As decisões serão compartilhadas entre área técnica, docentes, alunos, gerentes, área
administrativa e demais áreas envolvidas na ação.
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8 de fevereiro de 2019
FAQ – Projeto PonteS
Perguntas e respostas mais frequentes
Essas premissas foram criadas com base na Proposta Pedagógica do Senac São Paulo, nas diretrizes
educacionais estruturadas pelo Geduc – Posicionamento Educacional e Representação Política e nas
orientações das gerências de Operações.
5. Quem participa?
Em primeiro lugar, e conforme a premissa “As decisões serão compartilhadas entre área técnica,
docentes, alunos, gerentes, área administrativa e demais áreas envolvidas na ação”, cada unidade
escolar organiza um grupo de funcionários (docentes e não docentes) que tem como desafio
disseminar localmente as premissas do PonteS por meio do diálogo e da prática pedagógica alinhada
aos princípios do Modelo Pedagógico Senac. A proposta é que, a partir da atuação desses grupos, todos
os funcionários de todas as unidades escolares participem do movimento.
Além disso, as seguintes instâncias corporativas compõem o Grupo Piloto, junto a quatro unidades
escolares da Rede: Núcleo de Educação Corporativa (NEC); Geduc – Posicionamento Educacional e
Representação Política; Geduc – Desenho Educacional; Geduc – Supervisão Educacional; e Frente de
Acompanhamento das Práticas Educacionais (Fape), das GOs.
Vale destacar também que os consultores pedagógicos do Geduc – Desenho Educacional acompanham
as reuniões dos Grupos de Expansão e que, ao longo do tempo, as unidades escolares começaram a
convidar os alunos a participarem das reuniões de expansão, sendo esta, atualmente, uma prática
habitual em muitas unidades, inclusive nas reuniões de realização do Plano Coletivo de Trabalho
Docente (PCTD).
6. Como é organizado?
O primeiro grupo, chamado de Piloto, foi organizado com representantes das unidades SCI, BAU, CAM
e SJR. Inicialmente, esse grupo elaborou as premissas do movimento, e seus integrantes ficaram
responsáveis por estender a experiência a suas respectivas unidades, o que aconteceu ao longo de
mais de um ano.
A partir daí, foi iniciado um processo de expansão chamado de “ondas”, no qual as unidades localizadas
no entorno dessas quatro mencionadas foram convidadas a participar do movimento. Assim, na
primeira onda, cada uma das unidades do piloto ficou responsável pela expansão do PonteS para
algumas unidades do seu entorno, assumindo a gestão das ações desse processo. Nesse primeiro ciclo
de expansão, foram convidadas mais 19 unidades, totalizando, assim, 23.
Na segunda onda, seguindo o mesmo modelo, algumas das unidades que tinham se incorporado ao
movimento durante a primeira onda assumiram a responsabilidade de viabilizar a expansão para
outras unidades, passando a fazer a gestão dos novos grupos que foram criados. Dessa forma, 100%
das unidades da rede foram integradas ao PonteS.
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Perguntas e respostas mais frequentes
Ao longo destes mais de cinco anos, o Movimento PonteS protagonizou um avanço na compreensão e
na concretização da Proposta Pedagógica do Senac São Paulo, além de constituir um programa de
formação em serviço. Ele mobilizou gestores, equipes administrativas, docentes e alunos a dialogarem
sobre o Jeito Senac de Educar. Atualmente, gerentes e demais funcionários de vários setores
participam das reuniões dos Grupos de Expansão e envolvem-se nas ações educacionais em suas
unidades, tomando decisões coletivamente.
Atualmente, algumas unidades vêm promovendo a participação dos alunos na elaboração dos Planos
Coletivos de Trabalho Docente (PCTDs) e nas reuniões pedagógicas, o que evidencia que as relações
estão caminhando para a horizontalidade. À medida que os alunos vão ocupando esses espaços, todos
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Perguntas e respostas mais frequentes
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16. Como deve ser o trabalho dos docentes que utilizam essa metodologia?
De acordo com as orientações institucionais, “o docente tem o papel de planejar, mediar e avaliar as
situações de aprendizagem que envolvem a realização do projeto. O docente, sendo a parte mais
experiente da relação de ensino-aprendizagem, contribui para a construção da ponte entre os saberes
e o grupo de alunos, garantindo o diálogo e a colaboração entre a equipe a fim de desenvolver as
competências necessárias para uma atuação profissional, ética e cidadã”.
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Perguntas e respostas mais frequentes
Quando os projetos são propostos e realizados pelos alunos a partir da reflexão sobre os problemas
que fazem parte da sua realidade (no caso da educação profissional, de forma integrada ao perfil
profissional de conclusão ao qual o percurso formativo é inerente), a possibilidade de engajamento
amplia-se consideravelmente, com o consequente ganho de qualidade no processo educacional como
um todo.
Ao mesmo tempo, a pedagogia de projetos traz para o cenário educacional atual um grande desafio:
a necessidade de que tanto docentes quanto equipes técnicas e administrativas se preparem para
mediar a realização desses projetos.
O trabalho com projetos é uma estratégia de ensino e aprendizagem que privilegia o desenvolvimento
de competências, permitindo ao indivíduo identificar problemas e criar soluções contextualizadas à
sua realidade. Essa estratégia configura-se em um processo de construção coletiva que articula as
competências, fomenta a autonomia e favorece o trabalho em grupo, promovendo a reorganização do
espaço e a reordenação do tempo ao estabelecer uma relação de proximidade entre docente e aluno.
Essa proposta requer uma nova concepção educacional, uma nova postura frente ao processo de
ensino e aprendizagem, repensando os tempos e espaços escolares.
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Perguntas e respostas mais frequentes
No Brasil, a proposta começou a ser difundida na década de 1930, com o movimento Escola Nova,
principalmente por intermédio de Anísio Teixeira e Lourenço Filho. Outras experiências de formação
crítica em projetos reais foram apresentadas pela metodologia dos Ginásios Vocacionais entre 1962 e
1969, no Estado de São Paulo.
22. Como se dá a avaliação das atividades no contexto do trabalho realizado no Senac São Paulo?
Na pedagogia de projetos, a avaliação faz parte do processo de ensino-aprendizagem, tendo como
foco não somente os resultados, mas principalmente o processo em si e as aprendizagens decorrentes
dele.
No contexto do Movimento PonteS, a partir de uma das suas premissas, a avaliação é realizada em
forma de autoavaliação, avaliação individual e em grupo. Essa prática, alinhada à Proposta Pedagógica
do Senac São Paulo e ao Modelo Pedagógico Senac, tem como principal objetivo contribuir para o
desenvolvimento das competências inerentes aos perfis profissionais previstos nos planos de curso,
além de subsidiar ações de ajuste nos planejamentos e de recuperação paralela dos alunos. Dentro
dessa concepção, atribui-se à avaliação as funções diagnóstica, formativa e somativa. Além disso, ela
deve ser contínua, não devendo ser realizada apenas ao final do processo.
Referências:
Escola da Ponte
Escola Amorim Lima
Projeto Âncora
Escola Maria Peregrina
Bibliografia:
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Perguntas e respostas mais frequentes
BEHRENS, Marilda Aparecida. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In:
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos Tarcísio; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e
mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.
DEWEY, John. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo,
uma exposição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 2011.
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1998.
HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia de projetos. São Paulo: Ática, 2001.
SENAC DEPARTAMENTO NACIONAL. Modelo Pedagógico Senac: síntese. 2014.
SENAC SÃO PAULO. Orientações para o Trabalho por Projetos. 2015. Disponível em:
<http://www.intranet.sp.senac.br/intranet-frontend/uploads/download/arquivo/314539>. Acesso
em: 6 abr. 2018.
______. Proposta Pedagógica. 2005.
______. Série Orientações para a Prática Pedagógica: Projeto Integrador. 2016.
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