Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Indicador D Produtividade Logistica
Indicador D Produtividade Logistica
AUTORES
KELLY CRISTINA BENETTI
Universidade Federal de Santa Catarina
kellyadm@hotmail.com
DANTE GIRARDI
Universidade Federal de Santa Catarina
dante.girardi@terra.com.br
RESUMO
O setor supermercadista é um grande fomentador do crescimento econômico do País e
apresenta entre suas principais características, a similaridade no preço, variedade de produtos,
tecnologia e serviços. Com isso, a logística vem assumindo cada vez mais o centro dos
negócios e as empresas deste setor precisam se concentrar nesta questão para conseguir serem
mais competitivas e assim, atender melhor seus clientes. O centro de distribuição (CD)
representa um elo fundamental dentro da cadeia de suprimentos, justamente por concentrar
grande parte dos estoques da cadeia e dos custos de armazenagem, movimentação,
recebimento, expedição, etc. Portanto é de extrema importância que os supermercadistas
saibam avaliá-lo. Diversas organizações deste setor têm mostrado interesse em assuntos
relacionados à avaliação do desempenho logístico. Este artigo apresenta alguns dados sobre o
setor, além de uma pesquisa bibliográfica que aborda a avaliação de desempenho logístico. A
partir desta pesquisa é proposto um modelo conceitual para avaliação de desempenho de
Centros de Distribuição do setor supermercadista, no sentido de estabelecer uma relação entre
teoria e prática.
ABSTRACT
The supermarket industry is a big motivator of the country’s economic growth and presents
among its main characteristics, the similarity of the price, products varie$ty, technology and
services. Although logistics is assuming the center of business and the enterprises from this
industry need to concentrate in this question, in order to become more competitive and then,
attend better its clients. The distribution center represents a fundamental link in the supply
chain, because of the concentration of most of stocks in the chain and keeping, moving,
receiving and sending costs. So it is extremely important that the supermarket people know
how to evaluate them. Lots of organizations in this industry have shown interests in subjects
related to logistics performance. This paper presents some data of the industry and a
bibliographical research to evaluate logistic performance.
Para estes autores, a perspectiva apropriada para a avaliação também deve ser avaliada
e determinada, sendo que as possibilidades variam desde medidas baseadas em atividades
(concentram-se em tarefas individuais necessárias para processar e expedir pedidos) até
medidas inteiramente baseadas em processos (consideram a satisfação do cliente
proporcionada por toda a cadeia de suprimento).
Os autores classificam as medidas de desempenho em:
− Mensuração interna;
− Mensuração externa.
Segundo a autora, os indicadores devem ser construídos com base nos elementos que
contribuirão para melhorar a posição competitiva da empresa, sendo propostos quatro
elementos básicos:
− Custo: habilidade de produzir bens ou serviços ao menor custo possível;
− Produtividade: habilidade de produzir os maiores resultados possíveis com a menor
quantidade de recursos disponíveis;
− Qualidade: habilidade de gerar bens e serviços que satisfaçam ou excedam as expectativas
dos consumidores;
− Tempo: capacidade da empresa em responder às mudanças no menor tempo possível.
Serviço ao cliente e
processamento de pedidos
Planejamento e administ.
de materiais
Transporte e distribuição
Armazenagem
Figura 1 – Matriz de indicadores de desempenho (Fonte: Rey, 1998)
Este benchmarking tem por objetivo permitir a empresa realizar uma comparação dos
resultados das suas atividades logísticas com os melhores de sua área de atuação ou de outros
setores. Para que este objetivo seja alcançado, o conjunto de indicadores montado deve estar
alinhado a alguns padrões já existentes (viabilizando o benchmarking com empresas de
excelência), tomando cuidado para desenvolver indicadores de fácil mensuração dos
resultados e que possam ser medidos em espaços regulares de tempo.
Ainda com relação a definição dos indicadores, como alertado pelos autores pesquisados, uma
série de critérios devem ser observados:
Necessidade dos indicadores estarem alinhados aos objetivos do sistema de medição e
avaliação de desempenho logístico e da organização (coerência);
− Velocidade de medição;
− Confiabilidade das medidas;
− Simplicidade do processo de medição;
− Objetividade dos indicadores;
− Regularidade das medições;
− Padronização dos indicadores para permitir posterior benchmarking;
− Evitar número excessivo de indicadores.
Resalta-se que, esta matriz aqui proposta tem por objetivo destacar o conceito do modelo
sendo que, embora busque-se a padronização dos indicadores para posterior benchmarking,
sua aplicação prática requer uma análise mais apurada da empresa que deseja-se avaliar pois,
dada a complexidade de cada empresa supermercadista, a definição dos indicadores, e até
mesmo dos processos, deve ser feita especificamente para cada caso, considerando (e
respeitando) as características próprias de cada empresa, sua variedade de mix oferecidos, sua
posição no setor, região de atuação, entre outras.
Segundo Grüdtner (2005), estabelecidos os indicadores, são desenvolvidas as demais etapas
do processo de avaliação de desempenho: medição, comparação dos valores medidos com os
padrões (referência definida através de benchmarking, metas ou dados históricos), e se
houverem desvios, investigação das causas de tal ocorrência, estudo e desenvolvimento de
propostas e aplicação de possíveis soluções aos desvios, ocorrendo então a “realimentação”
do processo.
5 CONCLUSÃO
A busca pelo aumento da eficiência operacional é uma realidade em um mercado cada vez
mais competitivo, tanto a nível local quanto global. Neste panorama, para manter-se neste
ambiente os supermercadistas devem ter sua estratégia empresarial bem definida e possuir um
sistema de medição e avaliação de desempenho eficaz, eficiente e alinhado aos objetivos da
organização e de seus clientes, não apenas nos centros de distribuição, que representam
instrumentos que podem viabilizar de forma competitiva o fluxo de mercadorias vindas dos
fabricantes, até os seus diversos graus de capilaridade distributiva, mas também na
organização como um todo.
Neste trabalho propõe-se um modelo de avaliação de desempenho logístico, nas condições de
um CD do setor supermercadista, pois possuem peculiaridades na operação que as diferem
das empresas de outros setores, como o de auto-serviço e o do varejo em geral.
A avaliação de desempenho logístico é, atualmente, um assunto de grande interesse no meio
empresarial, tanto que vários autores já abordaram assunto. Entretanto, poucos trabalhos
foram desenvolvidos focando um centro de distribuição pertencente ao setor supermercadista.
REFERÊNCIAS
ABRAS. Revista Super Hiper (Associação Brasileira de Supermercados). São Paulo, v. 32,
n. 362, maio 2006.
BOWERSOX, D. CLOSS, D. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de
suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
GRÜDTNER, I. S. Modelo de avaliação de desempenho logístico de operadores logísticos.
2005. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.
ÑAURI, M. H. C. As medidas de desempenho como base para a melhoria contínua de
processos: o caso da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU).
1998. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.
RAMIRO, D. A cadeia alimentar. Veja, São Paulo, p. 100, 10 jul. 2002.
RAZZOLINI F°, E. Avaliação do desempenho logístico de fornecedores de medicamentos:
um estudo de caso nos hospitais paranaenses. 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.
REY, M. F. Indicadores de desempenho logístico. Revista Logmam, São Paulo, mai.-jun.
1998.