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CC, Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou
concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do
principal.
Efeitos materiais da posse
A percepção dos frutos e suas consequências
i) a periodicidade;
ii) a inalterabilidade da substância da coisa principal;
iii) a separabilidade;
Efeitos materiais da posse
A percepção dos frutos e suas consequências
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se
deteriore.
Efeitos materiais da posse
A classificação das benfeitorias pode variar conforme a
destinação ou a localização do bem principal.
- benfeitoria voluptuária
- benfeitoria necessária
Efeitos materiais da posse
Benfeitorias Acessões
Benfeitorias Acessões
Benfeitorias Acessões
Benfeitorias
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização
das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o
puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Efeitos materiais da posse
Benfeitorias
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o
puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Efeitos materiais da posse
Benfeitorias
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o
puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Efeitos materiais da posse
Benfeitorias
“Processual civil e civil. Reintegração de posse. Comodato verbal. Notificação
para desocupação. Descumprimento. Esbulho. Configuração. Procedência do
pedido. Benfeitorias. Indenização devida. Direito de retenção. Sentença mantida.
Recurso conhecido e não provido. É possível a resilição do contrato de comodato,
por tempo indeterminado, em caso de desinteresse do comodante na sua
continuidade, sendo que o descumprimento do prazo indicado na notificação de
desocupação do imóvel consubstancia esbulho possessório, autorizando o
manejo da ação de reintegração de posse. É devida a indenização pelas
benfeitorias úteis e necessárias que edificar o comodatário de boa-fé, podendo
sobre elas exercer o direito de retenção. Recurso conhecido e provido” (TJMG,
Apelação Cível 1.0137.06.000354-8/0031, Carlos Chagas, 17.ª Câmara Cível, Rel.ª
Des.ª Márcia de Paoli Balbino, j. 27.11.2008, DJEMG 09.01.2009).
Efeitos materiais da posse
Benfeitorias
“Comodato. Benfeitorias necessárias. Indenização e direito de
retenção assegurados diante da boa-fé da comodatária.
Aluguéis devidos desde o esbulho aos comodantes. Recurso
parcialmente provido” (TJSP, Apelação 7083646-9, Acórdão
3405745, São Paulo, 15.ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des.
Hamid Charaf Bdine Junior, j. 16.12.2008, DJESP 13.01.2009).
Efeitos materiais da posse
Pertenças
CC, Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes
integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao
aformoseamento de outro.
Efeitos materiais da posse
As responsabilidades do possuidor
As responsabilidades do possuidor
As responsabilidades do possuidor
* visa impedir:
- a continuação de obras no terreno vizinho que prejudiquem o
possuidor ou o proprietário;
- construção em desacordo com os regulamentos civis ou
administrativo (ex: Plano Diretor e Lei de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo)
Efeitos processuais da posse
A possibilidade de ingresso de outras ações possessórias
- Da ação de nunciação de obra nova ou embargo de obra nova:
• Jurisprudência:
• Jurisprudência:
“Agravo de instrumento. Ação de dano infecto cumulada com indenização por danos
materiais e pedido de tutela antecipada. Materiais de construção depositados junto
ao muro divisório. Ocorrência de dano. Fixação de caução. Cabimento. Comprovado
nos autos a ameaça de ruína do prédio do autor e a possibilidade de dano iminente
ocasionados pelo depósito de tijolos na divisa dos imóveis, impõe-se o deferimento
da tutela antecipada e a fixação de caução, nos termos do artigo 1.280 do novo
Código Civil. Agravo de instrumento improvido. Unânime” (TJRS, Processo
70013299425, Data: 30.03.2006, Órgão julgador: Décima Sétima Câmara Cível, Juiz
relator: Agathe Elsa Schmidt da Silva, Origem: Comarca de Santa Rosa).
Efeitos processuais da posse
A possibilidade de ingresso de outras ações possessórias
- Da ação de dano infecto
CPC, Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição
ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais
tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu
desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive
fiduciário, ou possuidor.
Efeitos processuais da posse
A possibilidade de ingresso de outras ações possessórias
- Dos embargos de terceiro
Jurisprudência
“Embargos de terceiro. Penhora de automóvel. Inexistência de provas de
que se constitua o bem em instrumento necessário ao exercício de
profissão. Reconhecimento da meação do companheiro. Reserva de 50%
sobre o produto da alienação do bem em hasta pública. Sentença
confirmada por seus próprios fundamentos. Recurso improvido” (TJRS,
Processo 71000888701, Data: 22.06.2006, Órgão julgador: Primeira Turma
Recursal Cível, Juiz relator: Ricardo Torres Hermann, Origem: Comarca de
Passo Fundo).
Efeitos processuais da posse
Ações petitórias
- Ação publiciana
Jurisprudência:
- registro imobiliário
PROPRIEDADE
Ação reivindicatória (ação baseada na propriedade)
Imprescritível
Ações reais (normalmente prescrição de 10 anos) – exemplo: ações
possessórias.
CC, Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe
haja fixado prazo menor.
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz
que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o
registro no Cartório de Registro de Imóveis.
PROPRIEDADE
Ação reivindicatória (ação baseada na propriedade)
Legitimidade ativa e passiva
Legitimidade ativa
- compete ao senhor da coisa, ao titular do domínio.
- indispensável a outorga uxória ou marital:
CPC, Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação
que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens.
§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:
I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens;
PROPRIEDADE
Ação reivindicatória (ação baseada na propriedade)
Legitimidade ativa e passiva
Legitimidade ativa:
Legitimidade ativa:
- cada condômino pode reivindicar de terceiro, individualmente, a
totalidade do imóvel:
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua
destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a
indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a
respectiva parte ideal, ou gravá-la.
PROPRIEDADE
Ação reivindicatória (ação baseada na propriedade)
Legitimidade ativa e passiva
Legitimidade ativa:
- herdeiros podem reivindicar os bens da herança mesmo sem
formal de partilha, pois direito hereditário é modo de aquisição
da propriedade imóvel (indispensável que o imóvel esteja
registrado em nome do de cujus)
CC, Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde
logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
PROPRIEDADE
Ação reivindicatória (ação baseada na propriedade)
Legitimidade ativa e passiva
Legitimidade ativa:
- O promitente comprador, titular do direito real, tem a faculdade
de reivindicar de terceiro o imóvel prometido à venda.
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não
pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou
particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire
o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.
PROPRIEDADE
Ação reivindicatória (ação baseada na propriedade)
Legitimidade ativa e passiva
Legitimidade passiva:
- a ação deve ser endereçada contra quem está na posse ou
detém a coisa, sem título.
PROPRIEDADE
Direito de propriedade na atualidade:
Função social
- animus lesandi
- vedação do exercício irregular do direito de propriedade
- abuso de propriedade ou ato emulativo civil (aemulatio)
CC, Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de
restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.
Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por
encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará a coisa achada à
autoridade competente.
PROPRIEDADE
Descoberta
CC, Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do
artigo antecedente, terá direito a uma recompensa não inferior a
cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas que
houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono não
preferir abandoná-la.
CC, Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz
que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o
registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez
anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia
habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
Usucapião ordinária
Constituição Federal
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou
urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem
oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta
hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família,
tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Código civil
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural
ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos,
sem oposição, área de terra em zona rural não superior a
cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou
de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
Usucapião especial urbana (pró moradia ou pro misero)
Constituição Federal
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
Usucapião especial urbana (pró moradia ou pro misero)
Código civil
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
Usucapião especial urbana (familiar)
Código civil
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos
ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade,
sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros
quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-
companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
Usucapião coletiva
- CC, Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e
1.244 .
CC, Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos
antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que
todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242 , com justo título e de boa-fé.
CC, Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao
sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.
CC, Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas
que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à
usucapião.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
Ocupação
CC, Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a
propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.
- modo originário de aquisição de bem móvel que consiste na tomada de
posse de coisa com a intenção de se tornar seu proprietário;
Duas formas: coisa que nunca teve dono (res nullius); ou teve dono, mas foi
abandonada (res derelicta).
Para caracterização de abandono – falta de posse do dono, intenção de renunciar
à propriedade da coisa (animus abandonandi) que pode ser caracterizado pelo
comportamento do dono da coisa. Ex: coisas encontradas em lavanderia,
sapataria, transportadora – dever de procurar em determinado caso, sob pena
de serem consideradas abandonadas.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
Ocupação
- somente se aplica a bens móveis, pois os imóveis são públicos ou particulares, não se
cogitando de imóveis sem titularidade dominial;
- a apropriação de coisas imóveis somente gera aquisição da propriedade pela
usucapião.
CC, Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais
o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à
do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições.
§ 1º O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde
quer que ele se localize.
§ 2º Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando,
cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
Achado do tesouro
CC, Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não
haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que
achar o tesouro casualmente.
CC, Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for
achado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.
CC, Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual
entre o descobridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele mesmo
seja o descobridor.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
Tradição
Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade,
exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for
transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa,
o alienante se afigurar dono.
- Princípio geral de que ninguém pode transferir mais direitos, ou direitos diversos, dos
que tem. Somente tem direito para efetuar a tradição o proprietário da coisa.
- Teoria da aparência e segurança das relações negociais (prestigia a confiança que
determinadas condutas despertam no público em geral – desloca o risco da perda da
coisa, que era do adquirente, para o proprietário, que não mais terá o direito de
reivindicar a coisa, mas apenas reaver o equivalente em dinheiro mais perdas e danos
do alienante).
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
Tradição
Art. 1.268.
§ 1º Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir
depois a propriedade, considera-se realizada a transferência
desde o momento em que ocorreu a tradição.
Caio Mário:
Especificação “é a transformação definitiva da matéria-prima
em espécie nova, mediante trabalho ou indústria do
especificador”.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
Especificação
Requisitos:
- Transformação da matéria-prima em coisa nova,
substancialmente distinta da anterior, não bastando singela
modificação;
- Essa transformação seja resultante de trabalho ou indústria
humana do especificador, não podendo resultar de mero
fato acidental.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
Especificação
CC, Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à
forma precedente, será do especificador de boa-fé a espécie nova.
CC, Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos arts. 1.269
e 1.270 , se ressarcirá o dano que sofrerem, menos ao
especificador de má-fé, no caso do § 1º do artigo antecedente,
quando irredutível a especificação.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
Confusão, comistão e adjunção