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1. USUCAPIÃO: CONCEITO
2. MODALIDADES. DISTINÇÕES.
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com
justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Usucapião ordinária regular
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido,
onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde
que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse
social e econômico. Usucapião qualificada- cumprimento da função social/ posse-trabalho ou tabular
Sobre o justo título: Enunciado n. 86 CJF/STJ I JDC – todo o documento que permita a interpretação a
boa fé para a transferência do imóvel.
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição (animus domini), possuir como
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao
juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de
Imóveis. Usucapião extraordinária comum
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver
estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Usucapião extraordinária qualificada
ATENÇÃO: Enunciado n. 564 da VI JDC: As normas relativas à usucapião extraordinária (art. 1.238, caput,
CC) e à usucapião ordinária (art. 1.242, caput, CC), por estabelecerem redução de prazo em benefício do
possuidor, têm aplicação imediata, não incidindo o disposto no art. 2.028 do Código Civil.
Artigo: 1.238 do Código Civil
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição (animus domini), utilizando-a para sua moradia ou de sua família (pro misero),
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Art. 9o Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde
que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão. Accessio possessionis – mortis causa
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com
exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida
com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº
12.424, de 2011)
§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Enunciado n. 498 da V JDC: A fluência do prazo de 2 (dois) anos previsto pelo art. 1.240-A para a nova
modalidade de usucapião nele contemplada tem início com a entrada em vigor da Lei n. 12.424/2011.
Enunciado n. 499 da V JDC: A aquisição da propriedade na modalidade de usucapião prevista no art. 1.240-A do
Código Civil só pode ocorrer em virtude de implemento de seus pressupostos anteriormente ao divórcio. O requisito
“abandono do lar” deve ser interpretado de maneira cautelosa, mediante a verificação de que o afastamento do lar
conjugal representa descumprimento simultâneo de outros deveres conjugais, tais como assistência material e sustento
do lar, onerando desigualmente aquele que se manteve na residência familiar e que se responsabiliza unilateralmente
pelas despesas oriundas da manutenção da família e do próprio imóvel, o que justifica a perda da propriedade e a
alteração do regime de bens quanto ao imóvel objeto de usucapião.
Enunciado n. 500 da V JDC: A modalidade de usucapião prevista no art. 1.240-A do Código Civil pressupõe a
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Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIVÓRCIO LITIGIOSO. PARTILHA DE IMÓVEL. CÔNJUGES. USUCAPIÃO FAMILIAR.
ART. 1.240-A CC/02. ABANDONO DO LAR. FLUÊNCIA PRAZO BIENAL. 1. O prazo aquisitivo bienal
da usucapião familiar(art.1.240-A do CC/02) flui a partir da vigência do novo instituto, introduzida pela Lei 12.424/2011
(16/06/2011), para não incorrer em vedada retroatividade da norma e surpreender o ex-cônjuge ou ex-companheiro com a perda da
sua parte ideal sobre o imóvel comum. 2. O requisito de abandono do lar do art. 1.240-A do CC/02 insere-se no âmbito patrimonial,
no sentido do não-exercício de atos possessórios (uso, gozo, disposição ou reivindicação) sobre determinado bem. Não basta a
saída de um dos cônjuges do ambiente físico familiar, pela inviabilidade de convivência sob mesmo teto, nem alheamento afetivo.
Com a abolição do conceito de culpa no âmbito do Direito de Família, pelo advento da EC nº66/2010 que deu nova redação ao
art.226 da CF/88, o pressuposto da usucapião familiar não se confunde com o abandono voluntário do lar conjugal do art.1.573, IV
do CC, causa de infração de dever matrimonial e consequente culpabilidade pelo fim do casamento. 3. Apelo desprovido. (TJ-DF -
Apelação Cível APC 20130910222452 (TJ-DF) Data de publicação: 14/08/2015)
propriedade comum do casal e compreende todas as formas de família ou entidades familiares, inclusive
homoafetivas.
Enunciado n. 501 da V JDC: As expressões “ex-cônjuge” e “ex-companheiro”, contidas no art. 1.240-A do Código
Civil, correspondem à situação fática da separação, independentemente de divórcio.
Enunciado n. 502 da V JDC: O conceito de posse direta referido no art. 1.240-A do Código Civil não coincide com
a acepção empregada no art. 1.197 do mesmo Código. – o imóvel pode estar locado a terceiro e haver a posse indireta,
quando um dos cônjuges promove o abandono G R U D - .
Enunciado n. 85 da I JDC: Para efeitos do art. 1.240, caput, do novo Código Civil, entende-se por "área urbana" o
imóvel edificado ou não, inclusive unidades autônomas vinculadas a condomínios edilícios.
• Jurisprudência majoritária tem aceito usucapião de apartamentos em condomínios edilício.
Enunciado n. 314 da IV JDC: Para os efeitos do art. 1.240, não se deve computar, para fins de limite de metragem
máxima, a extensão compreendida pela fração ideal correspondente à área comum.
Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa
renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição (animus domini), onde não for
possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente,
desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu
antecessor, contanto que ambas sejam contínuas (accessio possessionis).
§ 2o A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de
título para registro no cartório de registro de imóveis.
§ 3o Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da
dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo
frações ideais diferenciadas.
§ 4o O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável
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Justiça do Paraná reconhece usucapião especial urbana coletiva em imóvel de massa falida (23/05/2013)
Ementa: AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE – USUCAPIÃO COLETIVO – AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA DA
PROPRIEDADE E NÃO CRÉDITOS DE TERCEIROS PARA COM O FALIDO – PRESCRIÇÃO AQUISITIVA
QUE NÃO SE SUSPENDE COM A FALÊNCIA - REQUISITOS DO ART. 10º DO ESTATUTO DA CIDADE
ATENDIDOS – POSSIBILIDADE – FAMÍLIAS QUE FIXARAM MORADIA HÁ MAIS DE 05 ANOS – POSSE
ININTERRUPTA E SEM OPOSIÇÃO – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE ATENDIDA – RECURSO
IMPROVIDO. Apelação Cível nº 917511-7 (...) Recente decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, ao julgar o recurso
de apelação cível nº 917511-7, oposto contra sentença que reconheceu a usucapião especial urbana em imóvel de
massa falida, confirmou o entendimento a quo, privilegiando em sua fundamentação o princípio constitucional da
função social da propriedade, o direito fundamental à moradia e os instrumentos do Estatuto da Cidade, em detrimento
da imprescritibilidade de bens da massa falida. (...) Como consequência, e por entender cumpridos os requisitos da
usucapião especial, a decisão comentada conferiu efetividade ao marco regulatório dos direitos humanos,
compreendendo a proteção do direito à moradia através dos instrumentos constitucionais confirmados pela legislação
inferior, no caso, a usucapião especial urbana coletiva, prevista na Constituição e regulamentada pelo Estatuto da
Cidade. Como ponderou o relator: “A Constituição Federal, dentre seus objetivos, busca a redução das desigualdades
sociais. Sem opor-se a garantia do direito de propriedade, não mais vigora o absolutismo de tal direito, dando amparo
à socialização e à equitativa distribuição dos bens. Nesta esteira, o direito de propriedade subordina-se ao interesse
coletivo, batizado de ‘função social’”. A concretização do direito à moradia nos marcos da função social da
propriedade e do instrumento constitucional da usucapião urbana faz dessa decisão jurisprudência inédita no estado, a
merecer amplo destaque e replicação pelo acertado posicionamento favorável à efetivação dos direitos humanos.
(FRANZONI, Júlia Ávila, 2013) Disponível em: < http://www.gazetadopovo.com.br/> Acesso em: 07 set de 2015.
tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição
do condomínio.
§ 5o As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos dos
condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes.
Foi chamada de Usucapião Pro Labore, devido ao caráter laboral ou de trabalho que
cerca sua natureza; de Usucapião Rural; e de Usucapião Constitucional, por sua origem no texto
da Carta Magna de 1934.
Hoje os doutrinadores agraristas têm preferido o nome ‘Usucapião Agrária’ (sim,
usucapião no feminino). É que vemos o termo usucapião ser usado tanto no feminino quanto no
masculino (a usucapião ou o usucapião). No entanto, a legislação e a doutrina agrária, bem como o
Código Civil de 2002 têm utilizado mais a expressão como substantivo feminino, por isso assim o
faremos.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu (animus
domini), por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta
hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família (subsistência), tendo nela sua moradia,
adquirir-lhe-á a propriedade (atendimento à função social).
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-
a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
LEI No 6.969, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1981: Dispõe Sobre a Aquisição, Por Usucapião Especial, de
Imóveis Rurais, Altera a Redação do § 2º do art. 589 do Código Civil e dá outras providências
.
Enunciado n. 312 (IV JDC) – Art.1.239. Observado o teto constitucional, a fixação da área máxima para fins de
usucapião especial rural levará em consideração o módulo rural e a atividade agrária regionalizada.
Dialogo com o Direito Agrário e o Estatuto da Terra para o (des) envolvimento do homem com a
terra e (re) conhecimento social por meio do empoderamento e progresso econômico.
Enunciado n. 313 (IV JDC) – Arts.1.239 e 1.240. Quando a posse ocorre sobre área superior aos limites legais, não é
possível a aquisição pela via da usucapião especial, ainda que o pedido restrinja a dimensão do que se quer usucapir
O Enunciado 594 da VII Jornada de Direito Civil fez prever que “É possível adquirir a
propriedade de área menor do que o módulo rural estabelecido para a região, por meio da
usucapião especial rural”. A Justificativa é a de que a usucapião especial é modalidade surgida no
mundo jurídico para valorizar a fixação do homem no campo e cumprimento da função social.
Também a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por maioria, já decidiu
permitindo a usucapião especial rural de área inferior ao módulo rural estabelecido para a região –
REsp 1.040.296, em recurso contra decisão do Tribunal de Justiça do Espírito Santo que não
reconheceu o direito à usucapião porque o artigo 65 do Estatuto da Terra (Lei 4.504/64) proíbe o
parcelamento rural em áreas inferiores ao módulo da região.
ANEXO
Art. 1º - Todo aquele que, não sendo Art. 2º - A usucapião especial, a que se refere
proprietário rural nem urbano, possuir como sua, esta Lei, abrange as terras particulares e as terras
por 5 (cinco) anos ininterruptos, sem oposição, área devolutas, em geral, sem prejuízo de outros direitos
rural contínua, não excedente de 25 (vinte e cinco) conferidos ao posseiro, pelo Estatuto da Terra ou
hectares, e a houver tornado produtiva com seu pelas leis que dispõem sobre processo
trabalho e nela tiver sua morada, adquirir-lhe-á o discriminatório de terras devolutas.
domínio, independentemente de justo título e boa-
fé, podendo requerer ao juiz que assim o declare por
sentença, a qual servirá de título para transcrição no
Registro de Imóveis.
Parágrafo único. Prevalecerá a área do
módulo rural aplicável à espécie, na forma da
legislação específica, se aquele for superior a 25
(vinte e cinco) hectares.
Art. 3º - A usucapião especial não ocorrerá Art. 4º - A ação de usucapião especial será
nas áreas indispensáveis à segurança nacional, nas processada e julgada na comarca da situação do
terras habitadas por silvícolas, nem nas áreas de imóvel.
interesse ecológico, consideradas como tais as § 1º - Observado o disposto no art. 126 da
reservas biológicas ou florestais e os parques Constituição Federal, no caso de usucapião especial
nacionais, estaduais ou municipais, assim em terras devolutas federais, a ação será promovida
declarados pelo Poder Executivo, assegurada aos na comarca da situação do imóvel, perante a Justiça
atuais ocupantes a preferência para assentamento do Estado, com recurso para o Tribunal Federal de
em outras regiões, pelo órgão competente. Recursos, cabendo ao Ministério Público local, na
Parágrafo único. O Poder Executivo, ouvido o primeira instância, a representação judicial da
Conselho de Segurança Nacional, especificará, União.
mediante decreto, no prazo de 90 (noventa) dias, § 2º - No caso de terras devolutas, em geral, a
contados da publicação desta Lei, as áreas usucapião especial poderá ser reconhecida
indispensáveis à segurança nacional, insuscetíveis administrativamente, com a conseqüente expedição
de usucapião. do título definitivo de domínio, para transcrição no
Registro de Imóveis.
§ 3º - O Poder Executivo, dentro de 90
(noventa) dias, contados da publicação desta Lei,
estabelecerá, por decreto, a forma do procedimento
administrativo a que se refere o parágrafo anterior.
§ 4º - Se, decorridos 90 (noventa) dias do
pedido ao órgão administrativo, não houver a
expedição do título de domínio, o interessado
poderá ingressar com a ação de usucapião especial,
na forma prevista nesta Lei, vedada a
concomitância dos pedidos administrativo e
judicial.
Art. 5º - Adotar-se-á, na ação de usucapião Art. 6º - O autor da ação de usucapião
especial, o procedimento sumaríssimo, assegurada a especial terá, se o pedir, o benefício da assistência
preferência à sua instrução e julgamento. judiciária gratuita, inclusive para o Registro de
§ 1º - O autor, expondo o fundamento do Imóveis.
pedido e individualizando o imóvel, com dispensa Parágrafo único. Provado que o autor tinha
da juntada da respectiva planta, poderá requerer, na situação econômica bastante para pagar as custas
petição inicial, designação de audiência preliminar, do processo e os honorários de advogado, sem
a fim de justificar a posse, e, se comprovada esta, prejuízo do sustento próprio e da família, o juiz lhe
será nela mantido, liminarmente, até a decisão final ordenará que pague, com correção monetária, o
da causa. valor das isenções concedidas, ficando suspensa a
§ 2º - O autor requererá também a citação transcrição da sentença até o pagamento devido.
pessoal daquele em cujo nome esteja transcrito o
imóvel usucapiendo, bem como dos confinantes e,
por edital, dos réus ausentes, incertos e
desconhecidos, na forma do art. 232 do Código de
Processo Civil, valendo a citação para todos os atos
do processo.
§ 3º - Serão cientificados por carta, para que
manifestem interesse na causa, os representantes da
Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e dos Municípios, no prazo
de 45 (quarenta e cinco) dias.
§ 4º - O prazo para contestar a ação correrá da
intimação da decisão que declarar justificada a
posse.
§ 5º - Intervirá, obrigatoriamente, em todos os
atos do processo, o Ministério Público.
Art. 7º - A usucapião especial poderá ser Art. 8º - Observar-se-á, quanto ao imóvel
invocada como matéria de defesa, valendo a usucapido, a imunidade específica, estabelecida
sentença que a reconhecer como título para no § 6º do art. 21 da Constituição Federal.
transcrição no Registro de Imóveis. Parágrafo único. Quando prevalecer a área do
módulo rural, de acordo com o previsto no
parágrafo único do art. 1º desta Lei, o Imposto
Art. 33. O índio, integrado ou não3, que ocupe como próprio, por dez anos consecutivos, trecho de terra inferior a
cinqüenta hectares, adquirir-lhe-á a propriedade plena.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às terras do domínio da União, ocupadas por grupos
tribais, às áreas reservadas de que trata esta Lei, nem às terras de propriedade coletiva de grupo tribal.
3
Todos aqueles que, não vivendo nem convivendo mais com a selva, de há muito viviam e conviviam com o meio civilizado,
morando nas cidades, vilas ou povoados, aí exercendo atividades típicas de civilizados, ora como comerciantes, ora como
empregados e até mesmo como proprietários rurais ou profissionais autônomos.
Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados
em áreas urbanas
Art. 59. A legitimação de posse devidamente registrada constitui direito em favor do detentor da posse direta para
fins de moradia.
§ 1o A legitimação de posse será concedida aos moradores cadastrados pelo poder público, desde que:
I - não sejam concessionários, foreiros ou proprietários de outro imóvel urbano ou rural;
II - não sejam beneficiários de legitimação de posse concedida anteriormente.
§ 2o A legitimação de posse também será concedida ao coproprietário da gleba, titular de cotas ou frações ideais,
devidamente cadastrado pelo poder público, desde que exerça seu direito de propriedade em um lote individualizado
e identificado no parcelamento registrado. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
Art. 60. Sem prejuízo dos direitos decorrentes da posse exercida anteriormente, o detentor do título de legitimação
de posse, após 5 (cinco) anos de seu registro, poderá requerer ao oficial de registro de imóveis a conversão desse
título em registro de propriedade, tendo em vista sua aquisição por usucapião, nos termos do art. 183 da
Constituição Federal.
§ 1o Para requerer a conversão prevista no caput, o adquirente deverá apresentar:
I – certidões do cartório distribuidor demonstrando a inexistência de ações em andamento que versem sobre a posse
ou a propriedade do imóvel;
II – declaração de que não possui outro imóvel urbano ou rural;
III – declaração de que o imóvel é utilizado para sua moradia ou de sua família; e
IV – declaração de que não teve reconhecido anteriormente o direito à usucapião de imóveis em áreas urbanas.
§ 2o As certidões previstas no inciso I do § 1o serão relativas à totalidade da área e serão fornecidas pelo poder
público.
§ 3o No caso de área urbana de mais de 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), o prazo para requerimento
da conversão do título de legitimação de posse em propriedade será o estabelecido na legislação pertinente sobre
usucapião. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
Art. 60-A. O título de legitimação de posse poderá ser extinto pelo poder público emitente quando constatado que o
beneficiário não está na posse do imóvel e não houve registro de cessão de direitos. (Incluído pela Lei nº 12.424, de
2011)
Parágrafo único. Após o procedimento para extinção do título, o poder público solicitará ao oficial de registro de
imóveis a averbação do seu cancelamento, nos termos do inciso III do art. 250 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro
de 1973. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel
até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos
anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural,
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva
domínio, desde que não seja proprietário de outro por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua
imóvel urbano ou rural. moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão
usucapião. adquiridos por usucapião.