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Nota

Primeiramente, convém salientar que, ao contrário do que é afirmado na suposta “denúncia”, o


Tribunal de Contas da União – TCU – não suspendeu cautelarmente os contratos.

Os referidos contratos foram firmados e tiveram a sua execução iniciada na gestão do Senhor
Ex-Ministro Luiz Henrique Mandetta, bem como do Secretário Erno Harzheim, e tinham a
finalidade de prestação de serviços de atendimento pré-clínicos e monitoramento remoto,
frente à excepcionalidade da pandemia do novo coronavírus.

O contrato com a empresa TALK TELECOM foi celebrado com vigência prevista de 02/04/2020 a
29/09/2020, tendo a primeira manifestação para interrupção dos serviços em 29/07/2020. Já o
contrato com a empresa TOPMED tinha a vigência prevista de 25/03/2020 a 25/09/2020,
porém os dois contratos foram suspensos os serviços em 31/07/2020.

Nos dois contratos produziu-se, como de praxe, Relatórios de Execução e Fiscalização da


Prestação de Serviços, onde se apurou que os serviços foram executados em conformidade
parcial com os Projeto Básicos e Contratos. No caso da TOPMED, incutiu na notificação da
pessoa preposta da empresa contratada. Logo, dos R$144.009.900,00 previstos foram
repassados apenas R$ 32.062.181,67.

Também em relação ao contrato com a TOPMED, acerca do serviço prestado, sobre o


quantitativo total de atendimentos realizados, no período de 02/04 a 30/06, conforme já
elucidado em comunicações anteriores, não foi atingido sequer metade dos atendimentos
totais previstos no planejamento inicial. Ou seja, proporcionalmente, pagou-se apenas pelo
serviço que foi, de fato, realizado.

Não obstante, perante o relato trazido à análise de que o Ministério “seguiu pagando” os
contratos, em corroboração ao afirmado acima, o pagamento da empresa TALKTELECOM foi
realizado mediante os serviços efetivamente prestados até julho 2020, no valor de R$
13.193.525,06 correspondente a 28 % do valor previsto contratado. O pagamento da empresa
TOPMED foi realizado da mesma maneira, correspondendo a 22% do valor contratado.

Ou seja, ambos os serviços foram valorados e pagos, criteriosamente, observando as efetivas


entregas dos serviços, de maneira coadunada com as recomendações do Acórdão do TCU o
ofício 25843/2020-TCU/Seproc encaminhando a Decisão s/n do TC 018.977/2020-0 então
poderia, fatidicamente, esta Pasta “continuar pagando”, como se sugere.

O suposto “denunciante” afirma a existência de um pagamento a posteriori de uma nota fiscal


reprovada pelo fiscal do contrato. Ora, uma vez que o serviço era realizado e comprovada essa
execução pelo DATASUS, com a detida verificação da área técnica, efetuava-se o pagamento,
atestado pelo fiscal do contrato.

Ainda, tais pagamentos, com o acompanhamento se deu após a assunção da nova gestão, além
da suspensão dos serviços e, posteriormente, o cancelamento dos contratos. O atual Secretário
da Pasta e Diretora não foram os gestores contratantes, o contrato foi assinado em março de
2020 pelos então gestores da SAPS/MS.

O atual Secretário, dr. Raphael Câmara Medeiros Parente apenas proveu seguimento ao
pagamento quando assumiu o cargo em julho de 2020. Operou-se autorização para
seguimento no andamento dos autos, para a execução do ateste, e não “prioridade”, em que
pese o termo, no pagamento único e exclusivamente por se tratar de recurso extraordinário
com prazo limitado para liquidação, ou seja, não era possível manter o empenho e reprogramar
para o exercício financeiro seguinte, o que, na resolução dos fatos, sequer seria possível, visto a
suspensão dos contrato em julho.

Automaticamente, ao assumir, o atual Secretário realizou consulta junto à Consultoria Jurídica


e suspendeu os serviços do contrato para a aferição, nos termos das recomendações do TCU.

Reitera-se, aclara-se, o requerimento de celeridade na ANÁLISE e TRATAMENTO do processo


administrativo objetivava o sentido FORMAL da análise, ou seja, dentre as diversas e também
prioritárias questões da Pasta, retocar o tratamento desta em específico, exclusivamente em
razão de condicionante TEMPORAL, o que não é incomum e muito menos ímprobo, no âmbito
da Administração Pública. Não se requereu solução determinada da questão, resultado
específico ou ação direcionada na matéria a ser executada/analisada/tratada. Restringiu-se a
questão formal, de andamento, procedimental.

Também se repete, exaustivamente, que não houve aprovação de pagamento sem os devidos
pareceres dos responsáveis fiscais, como é de praxe no âmbito desta Secretaria, bem como da
Administração Pública.

Quanto à alegação de que houve pagamento mesmo após a rescisão do contrato com a
empresa TALKTELECOM, é necessário destacar que não houve pagamento de serviços
prestados após o encerramento do contrato. O pagamento ocorreu apenas de serviços que
ocorreram antes do encerramento do contrato, conforme se observa nos julgadora do TCU,
assim foi imprescindível a mensuração do que foi efetivamente realizado pela empresa, ou
seja, apurar fato que já havia ocorrido, como também não é incomum ocorrer. Se o Ministério,
a Administração Pública como um todo, somente pode pagar pelo que efetivamente foi
prestado, primeiro é necessária a cautelosa e efetiva apuração do que foi entregue para
somente então se realizar o pagamento. Consequentemente, o pagamento pode ter sido
realizado em momento posterior ao termo do instrumento contratual, sem a incorrer em ilícito
de qualquer natureza.

Ainda, a liberação para pagamento é de responsabilidade dos fiscais e gestores dos contratos,
não implicando a assinatura do gestor final da Pasta em anuência do ato, este não anui em
nada, os fiscais e gestores do contrato é quem detém competência para tal. Também,
desconhece-se a ocorrência de pressão sobre os servidores.

Por fim, cabe novamente elucidar que os contratos foram suspensos pelo Secretário atual para
que se pudesse realizar a perícia e apenas após a realização da mesma é que ocorreram os
pagamentos, tudo conforme as recomendações do TCU e avalizado pelos fiscais e gestores do
contrato.

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