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Recursos Humanos vêm como uma forte ferramenta para o passar do tempo1.
o desenvolvimento da empresa e de que é chegado o Segundo Franco (2012)6, há “a necessidade de traba-
momento em que é preciso rever os conceitos e começar lhar no planejamento das ações de forma organizada a
a repensar as práticas da área de Recursos Humanos. fim de trazer para a empresa uma eficácia maior em seus
processos de trabalho”. Assim como a próxima fase do
2. MATERIAL E MÉTODOS preparo é constituída da necessidade de selecionar e
treinar a mão de obra, existe, além disso, a necessidade
No intuito de atender aos objetivos propostos, a pes- do controle como garantia da execução ágil e produtiva,
quisa científica “visa a conhecer cientificamente um ou ou seja, controlar o desenvolvimento do trabalho de a-
mais aspectos” do tema em questão. E assim, “contribuir cordo com a metodologia estabelecida, seguindo uma
para o avanço do conhecimento humano”4. Nessa pers- meta pré-estabelecida. E, por fim, vem a fase da execu-
pectiva, de acordo com os autores, a pesquisa científica ção, como a função exercida para a delegação de res-
vem, por seu caráter exploratório, proporcionar infor- ponsabilidades adequadas em relação à distribuição de
mações mais detalhadas sobre o tema em questão. tarefas nas etapas do processo de trabalho.
O processo técnico utilizado foi a pesquisa bibliográfica, As divergências foram muitas, porém, a partir desse
pois foi feito o levantamento e seleção de bibliografias momento. O ser humano estava ocupando um novo lugar
publicadas sobre este assunto, assim como também foi ou uma nova fase, já que a Administração Científica foi
realizada uma busca na base de dados da biblioteca ele- a primeira abertura para as relações humanas no trabalho,
trônica (http://www.scielo.org/php/index.php) e na bibli- mas estava surgindo uma nova teoria que complementa-
oteca digital da Universidade de São Paulo va as ideias iniciais de Taylor, a teoria da administração
(http://www.teses.usp.br/teses), além de materiais publi- clássica de Henri Fayolma3.
cados em livros, revistas científicas e outras redes ele- Conforme Macarenco (2006)7, Fayol acrescentou al-
trônicas. gumas questões em relação à execução de tarefas. Vi-
sando a intensificar o valor humano, ele defendia que os
3. DESENVOLVIMENTO trabalhadores, independentemente de seu cargo, traba-
Recursos humanos: evolução histórica lhassem para o crescimento da empresa, e que os mais
talentosos pudessem assumir postos de trabalho mais
Com a chegada da revolução industrial, muitas foram altos, dando origem à hierarquia na organização. Ele
às transformações necessárias para a produtividade em também trouxe vários princípios, regras, métodos, entre
massa, o que resultou em uma nova fase dentro da in- outras coisas, para facilitar a relação trabalhador/mão de
dústria, tornado necessário novos posicionamentos e obra/resultados da empresa.
diretrizes para os trabalhadores, pois o trabalho em gru- Nesse sentido, Fayol enfatizava as técnicas adminis-
po tornou-se nesse momento indispensável e a eficácia trativas, e esse princípio constituiu um folheto para o
do mesmo também. Foi assim que, no final do século jubileu da Sociedade Indústria Mineral em 1908, ressal-
XIX, entre os anos de 1900 e 1935, as empresas passa- tando a importância de um líder como bom administra-
ram a necessitar de melhores resultados. Assim, apare- dor e não como um técnico brilhante5.
ceram os ideais defendidos por Frederick W. Taylor, ou Contudo, Carvalheiro (2011)3 prepondera que esses
seja, pela complexidade que se tornou a linha produtiva, ideais ainda não foram aceitos por todos, surgindo novos
a mediação de conflitos no ambiente organizacional estudiosos e empresários que propuseram novos requisi-
passou a ser indispensável. Daí a necessidade vista por tos necessários à melhoria do processo produtivo. O
Taylor da administração científica, que trazia o homem principal deles foi Henry Ford, que inseriu o princípio da
como homo economicus, o trabalho exacerbado do ho- eficiência em seu sentido mais amplo na linha de produ-
mem como recompensa de bens materiais5. ção de seus veículos automotores, contudo, este princí-
Conforme Franco (2012)6, Taylor desenvolveu toda pio estava voltado para a fabricação de automóveis, setor
sua teoria suportada principalmente em quatro compo- em que obteve ótimos resultados, mas não suficientes
nentes básicos, os quais entendiam serem os principais para contentar os trabalhadores e empresários de outras
pontos de apoio nos estudos da Administração daquela áreas. Pois, se Taylor enfocava a economia do trabalho
época. Sendo que esses fundamentos contribuíram e humano, Ford preocupava-se com a economia do mate-
muito para a teoria da administração. rial e do tempo, intensificando um trabalho dividido,
Nesse sentido, o planejamento é uma fase da Admi- repetido e contínuo, baseado na produtividade, intensifi-
nistração Científica que existe até os dias de hoje. Con- cação e economicidade – o que ficou conhecido como
tudo, ela se desenvolve conforme as necessidades e exi- fordismo.
gências da administração atual, pois é responsável pelo Os sistemas de trabalho se justificavam pela eficiên-
gerenciamento de processos da organização. O planeja- cia e racionalidade, por regras elaboradas em função de
mento, porém, não se aplica as outras fases, pois, a rees- atingir metas e objetivos, porém não conseguiam atender
truturação na área de pessoas foi se transformando com
crescentemente às expectativas como o esperado, já que trabalhador no interior da organização, já que significava
o ser humano não é em sua totalidade um ser controlável que as condições físicas e fisiológicas deveriam estar
e previsível. Assim sendo, Motta; Vasconcelos (2006)8: associadas a trabalhadores socialmente integrados para a
garantida da eficiência e do ajuste social.
O conceito que se tinha do ser humano e da ação
Conforme Franco (2012)6, é a partir do surgimento
humana foi ficando complexo. Os estudiosos das or-
das escolas de Administração, tanto a Administração
ganizações foram compreendendo outros aspectos
Científica como a Administração Clássica, e, em segui-
ligados à motivação e à afetividade humana e come-
da, a escola das Relações Humanas, que a área de Re-
çou-se a perceber os limites da regra e do controle
cursos Humanos passa a ter um significado diferente. A
burocrático como formas de regulação social.
partir da evolução da Teoria das Relações Humanas, que
Daí a necessidade de uma nova sistematização que foi substituída, após fortes críticas, pela Teoria do Com-
melhorasse o processo produtivo não só pela racionali- portamento, ou Behaviorismo, que passa a estudar os
dade e eficiência, mas que atendesse também às neces- aspectos do comportamento humano como um fator
sidades do trabalhador. Essa necessidade crescente fez fundamental para a construção de resultados mais con-
surgir, em 1927, a escola das Relações Humanas. sistentes para a empresa, mas sem negligenciar o ser
Conforme Chiavenato (2011)11 a teoria das relações humano como ponto de partida para esses resultados.
humanas surgiu nos Estados Unidos como consequência Nesse momento, as relações humanas e de trabalho
das conclusões de uma experiência de Hawthorne, de- passaram por várias transformações e outras manifesta-
senvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores. Foi um ções e interpretações científicas que progrediram o ho-
movimento de reação e oposição à Teoria Clássica da mem econômico para o homem social, e mais tarde para
Administração. o homem complexo5.
No Brasil, essas mudanças ocorreram com o primeiro Essa complexidade resultou em uma nova linguagem
governo Vargas em 1930, que ganharam propulsão com organizacional que contempla a motivação, liderança,
a Revolução de 1930 e o Estado Novo, de acordo com comunicação, organização informal, dinâmica de grupos,
Cunha et. al. (2007)10: entre outras, baseadas na afirmação de Chiavenato
(2011)9: “assim, torna-se indispensável conciliar e har-
Entre os impactos de ordens diversas, foram respon-
monizar as duas funções básicas da organização indus-
sáveis pela efetivação da base econômica industrial,
trial: a função econômica (produzir bens ou serviços
além da sistemática intervenção do Estado no âmbito
para garantir o equilíbrio externo) e a função social (dis-
da vida política, econômica e social. A consolidação
tribuir satisfações entre os participantes para garantir o
do papel do Estado nas relações de trabalho tem seu
equilíbrio interno)”.
auge no regime ditatorial de Vargas, em 1937. Foi
A partir desse momento, o trabalhador passou a ser
criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comér-
reconhecido em sua plenitude e foram a ele associados
cio, além de dispositivos regulamentadores das con-
aspectos psicológicos, sociológicos, antropológicos e
dições de trabalho e das organizações sindicais [...].
outros que resultaram na observação de um homem in-
Esta escola tinha o objetivo de implantar um proces- terativo e que sempre está em desenvolvimento pessoal e
so de maior humanização no ambiente de trabalho para o profissional, dando ênfase às descobertas das teorias das
sucesso do processo de gestão. Nesse sentido, a origem relações humanas que têm ganhado força com o passar
dessa escola proporcionou ao homem uma nova posição do tempo e se aperfeiçoado para a melhoria de resulta-
organizacional, passando a ser levado em consideração dos na indústria, empresa, ou melhor, organização6.
na gestão empresarial, significando muito mais do que Essas transformações e evoluções continuaram nas
uma peça que atuava sobre a máquina6. próximas décadas, como nos anos 60 e 70, com o surgi-
De acordo com Chiavenato (2011)11: mento de novas atividades para a força de trabalho em
consonância com os direitos civis e treinamentos e de-
O nível de produção não é determinado pela capaci-
senvolvimento de pessoas enquanto trabalhador organi-
dade física ou fisiológica do empregado (como afir-
zacional interno. Porém, Cabral et. al (2010)5 explicam
mado na Teoria Clássica), mas por normas sociais e
que foi na década de 80 que se iniciou a formação do
expectativas grupais. É a capacidade social do traba-
pensamento estratégico em Recursos Humanos. Cunha
lhador que determina seu nível de competência e efi-
et. al. (2007)10 ressaltam que o pensamento estratégico
ciência e na sua capacidade de executar movimentos
foi “marcado pela disseminação das práticas de gestão
eficientes dentro do tempo estabelecido. Quanto
japonesas, enfatizando o trabalho de grupos, a implanta-
maior a integração do grupo, tanto maior a disposi-
ção de programas de qualidade e a busca por maior efi-
ção para o trabalho.
ciência nos processos”.
Dessa forma, essa teoria apresentou novos rumos Conforme Franco (2012)6, essas mudanças também
para as relações de trabalho e a qualidade de vida do apareceram nessa mesma década no Brasil, com o obje-
tivo de encontrar conhecimento e desenvolvimento de passou por vários momentos transitórios que resultaram
pessoal para a melhoria do ambiente de trabalho e qua- em muitas conquistas para a administração organizacio-
lidade de produtos. Desta forma, as estratégias começa- nal e a importância do capital humano. Desse modo,
ram a fazer parte da gestão de pessoas dentro e fora do destaca-se a transformação do planejamento operacional
país. ao estratégico, pois essas duas fases muito têm contribu-
Foi no século XX que se iniciou a Gestão de Pessoas ído para a evolução da administração da gestão de pes-
na organização. Essa nova concepção na área de recursos soas, no século XXI.
humanos chega ao século XXI diante da competitividade Essas transformações se explicam por mudanças es-
organizacional, enfatizando a relevância do trabalhador tratégicas ligadas à gestão e à valorização do capital
para os resultados positivos e a necessidade das estraté- humano. Sendo assim, do século XIX ao século XXI,
gias para atender esses objetivos, passando de gestão de identifica-se grandes mudanças mercadológicas, tecno-
pessoas para gestão de recursos humanos5. lógicas e ainda psicológicas, entre outros âmbitos, res-
Nesse sentido as organizações estão constantemente saltando a aquisição de novas capacitações e conheci-
em mudança, adotando novos padrões de melhoria para mentos ao homem, para que este, como responsável pelo
a atuação operacional e estratégica, o que deu origem ao sucesso empresarial possua o saber profissional necessá-
planejamento estratégico para a valorização do capital rio para tornar a organização competitiva e capaz de
humano dentro da organização. Dessa forma, concor- alcançar os resultados almejados nas estratégias traçadas
da-se com Morais et al. (2009)11 que as organizações para longo prazo. Dessa forma, esse novo entendimento
vêem adotando novos padrões de relação de trabalho, os remete a gestão de pessoas à era do conhecimento do
quais propõem uma maior presença dos trabalhadores na século XXI11.
tomada de decisões das empresas. E um dos fatores que A área de Recursos Humanos passou a agir estrate-
merece destaque é a valorização do capital intelectual, gicamente no interior da organização, administrando a
como também a transformação dos recursos humanos de qualidade e a eficiência do trabalhador, compreendendo
uma atuação operacional para a atuação estratégica, que as habilidades, o talento e todas as ações necessárias
no século XXI vem se constituindo como a gestão do para tornar os resultados organizacionais rápidos, ágeis e
conhecimento. com baixos custos de produção. Sendo assim, Fonseca
Nessa perspectiva, toda a evolução histórica passou (2012)13 explica que:
por momentos distintos que se completam entre si, exi-
Este é um momento de grandes oportunidades de
gindo um planejamento sistemático voltado para atender
trabalho e desenvolvimento, o que proporciona parti-
objetivos que gerem resultados positivos para a empresa
cipação ativa e possibilidades de mostrar os resulta-
como um todo, por meio de novos rumos, novas formas
dos dessa intervenção através de indicadores de de-
de organizar e relacionar tanto os fatores internos quanto
sempenho. Para isso, é necessário estar vigilante,
externos que compreendem a organização. Nesse caso, o
conhecer os ramos de atividade, da concorrência, do
foco no capital humano, que foi valorizado após a visão
perfil profissional adequado para o tipo de negócio
da administração científica tradicional, favorecendo a
específico, garantindo maior assertividade aos pro-
“Psicologia Organizacional como uma área que se insere
cessos de recrutamento e seleção, desenvolvimento e
no campo relativo ao trabalho e tem estreito vínculo com
acompanhamento do desempenho destes profissio-
as atividades administrativas”, pois, “trata-se de priorizar
nais.
o desenvolvimento da pessoa, por meio de mudanças
planejadas e participativas, nas quais o homem possa Mas, a atuação dos Recursos Humanos não pode es-
adquirir maior controle do seu ambiente”12. tar ligada apenas ao comportamento humano, e sim de-
Esse autor ainda explicita que, dessa forma, chega-se senvolver um trabalho estratégico voltado para a contri-
à fase de gestão de pessoas de forma estratégica para buição que este capital intelectual proporciona para o
uma estrutura organizacional individual ou de grupo, sucesso empresarial ou organizacional. Elias (2011)14
visando à produtividade, associada à motivação e à ressalta que as estratégias se formam conforme a área de
conscientização do significado do ato de produzir. Cons- Recursos Humanos é articulada com foco nos resultados
cientização de que o ato de produzir ocorre por meio de mensuráveis da organização, sendo capaz de agregar
habilidades e conhecimentos organizados e planejados valor ao negócio e às pessoas, participando de um ge-
de acordo com o desenvolvimento social, econômico e renciamento de ações que facilitem a qualidade de pro-
mercadológico, acompanhando a mudança de valores da dutos, serviços e resultados.
sociedade. Nesse sentido, o planejamento estratégico foi um
ponto crucial para a evolução dos Recursos Humanos na
Recursos humanos: do operacional ao estraté-
organização, pois tornou o homem parte integrante e
gico
ativa das estratégias empresariais, proporcionando à
Compreende-se que a área de Recursos Humanos gestão de pessoas uma nova fase no contexto organiza-
nistradores dos Recursos Humanos terão que tomar ati- buições da Administração Científica, de Taylor, da Ad-
tudes, decisões e posicionamentos, mas isso precisa ser ministração Clássica, de Fayol, e a Administração das
feito de forma também eficiente e com um objetivo defi- Relações Humanas, de Mayo, que contribuíram muito
nido, que é a qualidade de vida no trabalho para o traba- para o surgimento de um novo posicionamento para a
lhador e a qualidade do trabalhador ao executar sua fun- valorização do trabalhador no ambiente de trabalho, bem
ção no ambiente organizacional. como a definição de suas atribuições e funções.
Assim, ambos precisam constituir uma cultura orga- Num primeiro momento, o homem não era visto em
nizacional que seja desempenhada de acordo com os sua plenitude, ou seja, não eram valorizados seus aspec-
objetivos desejados para que os trabalhadores não de- tos psicológicos, sociológicos, culturais, afetivos, emo-
sempenhem funções indesejáveis que coloquem em risco cionais, entre outros, e depois, já no próximo século, os
o sucesso de funções específicas. O resultado disso é a responsáveis pela administração dos recursos humanos
atuação necessária das Políticas Organizacionais como começaram a valorizar o sujeito como um “organismo
guias para minimizar problemas que possam ocorrer interativo”, visto que a organização precisava de um
frequentemente nos trabalhos desempenhados16. pouco mais desse homem, já que ele não era somente a
Dessa forma, as políticas situam o código de valores força física atuante, e sim o responsável pela fabricação
éticos da organização que, através delas, governa suas de produtos de qualidade que devem atender às necessi-
relações com os empregados, acionistas, consumidores, dades do consumidor em potencial6.
fornecedores etc., e, a partir das políticas, podem-se de- A partir desse momento, o homem passou a viabilizar
finir os procedimentos a serem implantados que causa- o progresso da empresa, ou seja, aquele que antes era
ram profundos impactos nas pessoas e nas organizações. visto como um simples operário tornou-se um sujeito
A maneira de lidar com pessoas, de buscá-la no mercado, com potencial e talento capaz de garantir a competitivi-
de integrá-las e orientá-las, de fazê-las trabalhar, de de- dade e a inovação organizacional, por meio de suas ati-
senvolvê-las, de recompensá-las ou monitorá-las e con- tudes individuais e de seu talento para o trabalho em
trolá-las. Ou seja, a qualidade da maneira como as pes- equipe e o comprometimento em atingir as metas traça-
soas são geridas na organização é um aspecto crucial das pela empresa por meio de estratégias. Tais estraté-
para a eficiência da gestão dos Recursos Humanos. Pois, gias devem ser desenvolvidas por gestores que valori-
diante dessa concepção, os avanços tecnológicos, recur- zem o capital humano, direcionando todo o planejamen-
sos físicos, intelectuais, humanos, automatizados e a to estratégico em função de trazer e manter o talento dos
acessibilidade da era do conhecimento oportunizarão à funcionários.
gestão de Recursos Humanos a forma mais adequada de Sendo assim, investir na gestão estratégica de pesso-
atingir os objetivos organizacionais, que continuarão a as é imprescindível na medida em que se necessita de
contribuir para a evolução desta área1. um grande diferencial competitivo. Contudo, o século
Nesse contexto, o sucesso organizacional depende do XXI precisa de um pouco mais, de um profissional de
conhecimento, das habilidades, da criatividade e da mo- alto nível, autônomo, e capaz de tomar decisões rápidas
tivação dos trabalhadores juntamente com um ambiente e acertadas.
favorável ao pleno desenvolvimento desses aspectos, por A valorização dessa nova forma de gerir, não obstan-
isso, a relevância da gestão de recursos humanos estraté- te, ainda passa por dificuldades em empresas de pequeno
gica. porte, que costumam investir mais na parte comercial e
financeira do que na retenção de talentos, treinamentos e
4. DISCUSSÃO políticas organizacionais. Assim, instalar a gestão demo-
crática em pleno século XXI, em alguns pontos é recente,
De acordo com os objetivos propostos nesse estudo, o que torna necessário mostrar a sua relevância para to-
é possível compreender que durante o século XIX as das as empresas, independentemente do porte que te-
organizações tinham como foco a força física do traba- nham, pois novas estratégias são fundamentais para ga-
lho do homem. O homem era tido unicamente como um nhar competitividade e se manter no mercado.
operário que deveria realizar suas funções repetitiva- De acordo com Francischini (2013)17 “o retrato do
mente, com a única finalidade de realizar com eficiência sucesso, nos dias de hoje, entretanto, não está relaciona-
os serviços determinados para a mão-de-obra da empresa. do com o porte da empresa, e sim com a agilidade e a
Nessa perspectiva, Carvalheiro (2011)3 explica que essa inovação”, valorizando três pontos chave: “conheci-
era uma prática tradicional, na qual a gestão de pessoas mento, experiência, especialização”. Nesse sentido,
não atuava voltada para as relações internas e externas faz-se necessário um posicionamento objetivo e compe-
dos funcionários, e sim, por um interesse técnico consti- tente dos gestores. Da mesma forma, é aconselhado o
tuído do custo benefício que poderia ser atingido por investimento em capacitação contínua de todo o quadro
meio do esforço físico do trabalhador. corporativo da organização, com planejamentos estraté-
Esse autor destaca a evolução histórica das relações gicos eficazes que visem a capacitar o trabalhador en-
dos recursos humanos na organização diante das contri-
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/70913
/000878021.pdf?sequence=1. Acesso em: 11/08/2015.