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comportamento organizacional ao
longo do tempo
ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES, AS ALTERAÇÕES DO
Os primórdios da primeira Revolução Industrial já são bem conhecidos por nós, na substituição de
atividades artesanais por processos industrializados, na forte migração de trabalhadores do campo para as
cidades, no fortalecimento das relações comerciais entre os países a partir do crescimento do volume de
até seus portos marítimos e fluviais. Depois a ocorrência da segunda Revolução Industrial, com o
aparecimento do aço e do uso da eletricidade, o que ocasionou nova fase de desenvolvimento industrial.
Legenda: A REVOLUçãO DAS INDúSTRIAS
Na base dessas grandes alterações pelas quais o mundo passou ao longo dos últimos 240 anos, e ainda
passa, está a Administração, que se encarregou de interpretar os objetivos das nascentes indústrias e
traduzi-los em ação (CHIAVENATO, 2007), transformando-as nas grandes corporações que hoje
conhecemos.
Para que isso acontecesse, ao longo do tempo, e em cada caso, decisões e ações foram tomadas na busca dos
melhores resultados para cada empreendimento. Conceitos foram criados e desenvolvidos resultando no
O Homem, nada mais que isso! O Homem acaba sendo o autor, o protagonista e o espectador dessa grande
peça. É ele quem cria e desenvolve novas ideias, e é ele, agora na figura do protagonista, que deve
operacionalizar essas ideias e colocá-las em ação e fazer com que deem resultado positivo.
Ênfase nas tarefas
eficiência das indústrias contou com os métodos de trabalho advindos da metodologia científica. A
experiência do artesanato foi trazida para as indústrias e cada um fazia seu trabalho de acordo com sua
experiência; entretanto, Taylor (busque ler sobre a importância de Frederick W. Taylor, considerado o 'pai
da Administração') e seus seguidores desenvolveram estudos para padronizar a execução racional das
tarefas, efetuando análise de movimentos, tempos e métodos para cada uma delas, criando o que foi
chamado de ‘the best way” (o melhor caminho, a melhor forma). Agora o homem deveria atuar exatamente
da forma definida pelas organizações.
Legenda: ÊNFASE NA TAREFA, UMA LINHA DE MONTAGEM.
Como passou, a partir daí, a ser o comportamento dos empregados? Extremamente padronizado e ele não
podia mais escolher seu jeito de trabalhar. As tarefas foram divididas em etapas e simplificadas, o que
permitia rápida aprendizagem; o operário especializava-se na execução de uma determinada tarefa. Isso
levou as indústrias ao sucesso, pois proporcionou altos volumes de produção em tempo reduzido; estavam
homem. É atribuída a Henry Ford a frase "Contratamos operários porque precisamos de seus braços e
pernas, pena que eles têm que trazer a cabeça junto", fazendo menção às necessidades, carências,
experiências humanas que, muitas vezes, atrapalhavam a ideia de produzir-se mais e sem interferências.
Podemos inferir sobre o estilo predominante de liderança praticada, condições de trabalho e outros fatores
que interferiam no comportamento das pessoas no seu dia a dia nas indústrias.
Depois, com Henri Fayol (leia mais sobre ele), buscou-se enfatizar a estrutura organizacional, como fator
importante. Aí, procurou-se valorizar a adequação dos processos aos objetivos da organização, com a
divisão racional das responsabilidades, através de órgão e cargos (áreas de competência) e não mais da
divisão das tarefas unitárias. Foram criados os 14 Princípios Gerais da Administração (CHIAVENATO, 2007),
que definiam formalmente, e entre outros fatores, a divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade,
unidade de comando, departamentalização. Apareceu a figura do organograma.
E, com isso, mais uma vez, alguns comportamentos dentro das organizações foram sendo criados e
exemplo: a formalização, onde tudo deveria ser definido por escrito, com normas e regulamentos; a
hierarquia, com ordens impessoais e buscando a obediência; a impessoalidade no tratamento com outros
funcionários (o importante são os cargos e não as pessoas); a competência técnica, e não as competências
pessoais.
E, como consequência, as influências nos comportamentos organizacionais, como o seguimento às regras e
normas sem espaço para a criatividade; a impessoalidade, que dificulta a aproximação entre as pessoas,
pois, afinal, o homem é um animal social; os símbolos de autoridade e poder; resistências às
transformações, às mudanças. Esse sistema rígido pode, inclusive, dar margem ao aparecimento de formas
inadequadas de resolução de problemas, em especial quando se tem o interesse de agilizar processos
extremamente burocráticos, propiciando casos de corrupção.
A BUROCRACIA
Em nosso país o termo “burocracia” passou a ser sinônimo de ineficiência e demora na obtenção
de resultados, pela excessiva busca de cumprir regras e normas determinadas.
Partiu do princípio de que as necessidades sociais acompanham o homem quando este entra para o trabalho
e que elas podem ser atendidas, desde que resulte em maior produtividade ou melhores resultados.
Passaram a ser estudados conceitos sobre liderança e seus estilos e resultados, comunicação em suas
suas causas, seus efeitos, suas variações; ressaltando-se, no entanto, que a finalidade maior sempre foi
adaptar o homem ao trabalho, visando melhoria de resultados organizacionais.
Na sequência, surgiu a Teoria Contingencial, voltada para a dinâmica dos processos internos existentes nas
organizações e no processo de decisão (convém aqui, reler sobre a Teoria dos Sistemas em Maximiano,
2007), com todas as variações permitidas aos diferentes aspectos e comportamentos apresentados.
Nos últimos vinte e cinco anos tivemos um crescente e rápido desenvolvimento da tecnologia, em todo o
mundo e em diversos segmentos. Os processos comunicacionais evoluíram grandemente; os sistemas de
informações, nas empresas, ampliaram a rapidez com que decisões são tomadas e fundamentadas em um
número muito maior de dados. Computadores e celulares inteligentes fazem parte de nossas vidas pessoais,
acadêmicas e profissionais. E, mais uma vez, modificam os comportamentos das pessoas em seus
relacionamentos e nos seus desempenhos profissionais. E alteram a forma como as pessoas passam a ser
administradas e gerenciadas em seus trabalhos.
E foi esse desenvolvimento tecnológico que redesenhou as novas estruturas organizacionais, pois exerceu
bastante influência nas atividades humanas, tanto que o homem passou a ser abordado "de maneira
multidimensional e complexa, ou seja o 'homem complexo'", segundo Masiero (2009, p.35). Cita este autor
que os ambientes organizacionais vêm mudando de forma constante e rápida, tornando-se ameaças
constantes às portas das emprresas; os consumidores têm novas posturas, a concorrência extrapola os
limtes dos países, legislações são alteradas, normas de produção, segurança, qualidade, ambientais
modificam-se, Como as organizações são diferentes entre si, nem todos os princípios podem ser aplicados
indistintamente a todas elas, e as respostas também se tornaram contingenciais.
E as diferenças, de forma semelhante, atingiram as pessoas e suas formas de pensar e agir, querendo maior
autonomia em suas atividades, crescimento pessoal e profisssional mais rápido, situações menos ambíguas
e sendo menos tolerantes (MASIERO, 2009).
Não se pode comparar uma padaria em uma pequena cidade do interior com uma
ATIVIDADE FINAL
afirmar que:
homem.
sociais do trabalhador.
A. I - Essas necessidades sociais podem ser atendidas prontamente, pois essa é a finalidade das
organizações.
organização ao homem.
C. III - Na busca de maior produtividade e melhores resultados, a organização deve preocupar-se com o
homem dentro do trabalho, pois ele não se separa de suas necessidades sociais.
A. VFVF
B. FVVV
C. FVFV
D. FFVV
C.
REFERÊNCIA
CHIAVENATO, Idalberto. Administração, teoria, processo e prática. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 411
p.
MASIERO, Gilmar. Administração de Empresas: teoria e funções, com exercícios e casos. 2.ed. São Paulo:
Saraiva, 2009.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru (1997). Teoria Geral da Administração: da revolução urbana a revolução