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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Licenciatura em Pedagogia

OS DESAFIOS DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO DOS


ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA PERSPECTIVA DA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO CONTEXTO DO ENSINO REMOTO EM
DUAS ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DE IBIRITÉ/MG

Elizabete Cristiano Maurício

Ibirité – MG
2021
Elizabete Cristiano Maurício

OS DESAFIOS DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO DOS


ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA PERSPECTIVA DA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO CONTEXTO DO ENSINO REMOTO EM
DUAS ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DE IBIRITÉ/MG

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Curso de Pedagogia
da Universidade do Estado de Minas
Gerais, como requisito parcial à
obtenção do título de Licenciado em
Pedagogia.
Orientadora: Dr.ª Alícia Maria Almeida
Loureiro

Ibirité
Universidade do Estado de Minas Gerais
2021
OS DESAFIOS DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO DOS
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA PERSPECTIVA DA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO CONTEXTO DO ENSINO REMOTO EM
DUAS ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DE IBIRITÉ/MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pedagogia


da Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus Ibirité, como
requisito parcial para obtenção de título de licenciatura em Pedagogia.

Ibirité, xx de xxxxxxx de 2021

Banca Examinadora

______________________________________________________

Profa. Alícia Maria Almeida Loureiro - UEMG


Orientador

_____________________________________________________

Profª
Examinador

______________________________________________________

Prof.
Examinador
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
RESUMO

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Palavras-chave: Palavra 1. Palavra 2. Palavra 3.

ABSTRACT

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Keywords: Word 1. Word 2. Word 3.


SUMÁRIO

Página

1 INTRODUÇÃO................................................................................................... x
2 A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA ESCOLA INCLUSIVA........ x
2.1 xxxxxxxxxxxxxxxxxx...................................................................................... x
2.2 xxxxxxxxxxxxxxxxxx...................................................................................... x
3 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: ......................................................................... x
3.1 Conceitos e concepções................................................................................... x
3.2 O aluno deficiente intelectual e a escola comum............................................. x
4 METODOLOGIA................................................................................................. x
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS............................................................. x
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... x
REFERÊNCIAS....................................................................................................... x
APÊNDICE.............................................................................................................. x
ANEXO.................................................................................................................... x
1 INTRODUÇÃO

O presente estudo refere-se ao aluno com deficiência intelectual. Aborda


a necessidade de se compreender como se dá o processo de ensino e
aprendizagem desse aluno inserido no contexto da escola regular de ensino
público estadual de Minas Gerais, principalmente no momento em que as
escolas estão fechadas e o ensino vem sendo desenvolvido de maneira virtual,
não presencial, configurando-se como desafio para alunos e professores.
Este trabalho teve sua ideia original no ano de 2018, a partir das
experiências vividas durante os períodos de estágio quando atuava, como
estagiária de apoio à inclusão, em uma escola da rede pública estadual, de
ensino regular, na cidade de Ibirité-MG. Ao conviver com os alunos com o
diagnóstico de deficiência intelectual surgiu a necessidade de saber mais
sobre este público.
Questões surgiram à época, como, por exemplo, quais as expectativas
deste aluno, inserido numa escola de ensino regular? Quais as expectativas da
escola, dos professores e das famílias a respeito deste aluno? Quais os limites
e os desafios enfrentados e quais as possibilidades oferecidas pela escola? A
intenção era, então, conhecer melhor a realidade que a experiência nos
mostrava e buscar respostas para estas questões.
No entanto, após decorridos dois anos, em 11 de março de 2020, o
mundo foi surpreendido por uma pandemia 1, decretada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), causada pelo vírus denominado SARS-CoV-2
(COVID 19), modificando o comportamento das pessoas e das sociedades, de
maneira ampla e global2. De lá para cá, um dos setores que vem sofrendo
drasticamente mudanças e alterações no seu curso é a educação. Em todo o
mundo, inclusive no Brasil, a pandemia da Covid 19 levou ao fechamento de
todas as escolas, em todos os níveis de ensino, decretando, por conseguinte, a
necessidade do isolamento e do distanciamento social 3.

1
Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência
de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização,
conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. 
2
Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia.
3
LEI Nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência
de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019.
Dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (UNESCO)4 mostram que, em abril de 2020, chegamos a quase
90% de alunos impossibilitados de frequentar as aulas. Esse número reduziu-
se a 70% em 11 de maio, devido, sobretudo, ao retorno gradual das aulas
presenciais na China. Pesquisas também apontam a desigualdade em termos
de acesso as aulas remotas e à impossibilidade de acompanhamento
educacional no período da isolamento.
A partir de então, as escolas da rede pública de ensino de Minas Gerais,
foco desse trabalho, começaram a se adaptar, gradativamente, ao ensino
remoto, de maneira emergencial, não presencial, adequando-se às
necessidades e possibilidades que o momento oferecia. Neste contexto, uma
das dificuldades encontradas, e que nos chamou a atenção, diz respeito aos
alunos de inclusão. Do universo desses alunos encontram-se aqueles com
deficiência intelectual, inseridos, como os demais, nas escolas de ensino
regular e que, de igual modo, fazem parte do ensino remoto emergencial.
Diante desse contexto, e a partir das questões levantadas inicialmente,
busca-se responder: como a escola vem atendendo ao aluno de inclusão no
contexto do ensino remoto emergencial? Que atendimento pedagógico o
professor vem oferecendo ao aluno deficiente intelectual que se encontra fora
da escola?
Assim, para que se possa compreender a educação inclusiva no
contexto do ensino remoto emergencial, este trabalho tem por objetivo geral
verificar qual o atendimento é oferecido pela escola da rede estadual de ensino
de Minas Gerais ao aluno com deficiência intelectual no contexto do ensino
remoto emergencial. Traz, ainda, como objetivos específicos: conhecer o
deficiente intelectual; conhecer as práticas educativas desenvolvidas por xx
professores, que atuam no Ensino Fundamental, anos iniciais, no atendimento
ao aluno com deficiência intelectual; verificar as estratégias desenvolvidas por
esses professores para alcançar os alunos no contexto do ensino remoto
emergencial e; identificar as dificuldades encontradas pelos professores no
atendimento ao aluno com deficiência intelectual que se encontram fora do
contexto escolar.

4
Portanto, a escolha desse tema justifica-se pela relevância de se
conhecer o aluno deficiente intelectual inserido no contexto escolar de ensino
regular, na perspectiva de chamar a atenção para as práticas e intervenções
pedagógicas que acontecem no âmbito do ensino fundamental,
especificamente voltadas para esse público, levando-se em consideração que,
no atual momento de isolamento social, decorrente da pandemia de Covid 19,
com as escolas fechadas, o ensino remoto emergencial é uma realidade que
também se impõe para os alunos com deficiência intelectual.
Trata-se, portanto, de um tema importante a ser investigado visto que,
estes alunos representam uma parte significativa dos estudantes do Estado de
Minas Gerais. De acordo com o Censo Escolar 20195, o número de estudantes
matriculados em Minas Gerais com deficiência intelectual era de 12%, entre
2017 e 2018, saltando de 35.372 para 40.262 matrículas em todas as etapas
da educação básica – da pré-escola ao ensino médio, passando pela educação
profissional, magistério e educação para jovens e adultos.
Para alcançarmos os objetivos propostos, a metodologia utilizada para a
realização dessa pesquisa foi do tipo quantitativo-exploratória, adotando a
revisão bibliográfica como principal instrumento de busca de informações sobre
o objeto de pesquisa. Desta busca, autores, tais como Mantoan (2006, 2009),
Carvalho (2004, 2008), Glat (2009) e Lima (2006, 2010), foram fundamentais
para a construção desse trabalho. Estes autores, que nortearam o rumo desta
pesquisa, a partir de suas concepções teórico/científicas que contemplam o
processo de ensino e aprendizagem do aluno deficiente intelectual, nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, inseridos no contexto da escola de ensino
regular, forneceram informações importantes que serão reveladas, apontadas e
discutidas neste trabalho.
Num segundo momento, este estudo utilizou como instrumento de coleta
de dados a realização de um questionário aberto, composto por XX questões,
aplicado a XX professores regentes de classe que atuam nos anos iniciais do
ensino fundamental, em duas escolas públicas da rede estadual de ensino,
situadas na cidade de Ibirité/MG.
Desse modo, a partir deste questionário foi possível conhecer o
planejamento e o desenvolvimento das práticas pedagógicas realizadas pelos
5
professores junto aos alunos com deficiência intelectual, especialmente no
momento atual em que essas práticas se realizam de maneira não presencial.
As informações coletadas através do questionário foram de grande importância
para que se alcançasse os objetivos desta pesquisa.
Tomando essa direção, além da Introdução e das Considerações Finais, este
trabalho de conclusão de curso apresenta a seguinte estrutura capitular: o
primeiro capítulo, “A educação especial na perspectiva da escola inclusiva”,
apresenta de modo sucinto, os conceitos de educação especial e de escola
inclusiva a partir da literatura pesquisada, apontando para a importância da sua
compreensão e entendimento para o desenvolvimento de práticas educativas
no contexto escolar. O segundo capítulo, “Deficiência intelectual”, apresenta
conceitos e características inerentes ao aluno deficiente intelectual e seu
processo de escolarização. O terceiro capítulo descreve a metodologia utilizada
para o desenvolvimento da pesquisa, apresentando o perfil das professoras,
sujeitos da pesquisa, que lecionam nos anos iniciais do ensino fundamental e
que possuem em suas classes alunos com deficiência intelectual e, ainda, os
dados obtidos a partir do questionário aplicado a elas. E, por fim, o quarto
capítulo, intitulado “Análise e discussão dos dados”, apresenta a análise dos
dados coletados a partir das respostas ao questionário.
O questionário foi elaborado na plataforma “Google Forms” e  enviado
por e-mail para xx professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental
participantes desta pesquisa. Dessa forma, por meio desse instrumento de
coleta de dados, obtivemos informações importantes e fundamentais para a
construção deste trabalho.
Portanto, com a certeza de que o objeto investigado não se esgota neste
trabalho, esperamos estar contribuindo para a abertura de novos caminhos e
novos desafios que estimulem o debate em torno da escolarização de alunos
com deficiência intelectual inseridos nas escolas de ensino regular.

 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Compreender como se da    a aprendizagem do aluno com deficiência
intelectual

 Investigar  como tem  ocorrido  a  aprendizagem   dos alunos dos


deficiência intelectual   no período do ensino remoto
 Verificar  quais  as   consequências do ensino remoto emergencial para
os alunos com deficiência intelectual .
 Conhecer as condições em que estão sendo atendidos os alunos com
deficiência intelectual  no ensino remoto emergencial.  

 Analisar   o material disponibilizado pelo estado de Minas Gerais para os


alunos com deficiência intelectual e de aprendizagem no contexto do ensino
remoto.

 Conhecer as condições e estratégias dos professores   de educação


inclusiva para alcançar os alunos  no contexto do ensino remoto
emergencial  

2. REFERENCIAL TEÓRICO

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL BREVE CONTEXTO HISTÓRICO


Compreender lugar ocupado pelos deficientes na sociedade e esclarecer os
passos históricos que nos trouxeram até o momento atual é um caminho
necessários para nos ajudara a interpretar a construção escolar proposta
aos deficientes intelectuais. Ainda hoje Podemos notar vestígios deste
passado recente , pois a atual leitura que pode se fazer a cerca da educação
dos deficientes assim como sua condição social trata se de uma construção
gradual onde os acontecimentos e modificações de forma não correram
arbitraria ou isolada mas foram fruto de uma sequência de fatos como em
geral ocorre na evolução social humana conforme Dessan 2001 modo de
pensar e de agir com o diferente esta intrinsecamente ligado a organização
social como um todo e tem impacto direto sobre o desenvolvimento destes
indivíduos e da sociedade em que ele esta inserido concordando também com
silva que afirma : “E importante conhecer as ideias que norteiam a concepção
acerca da deficiência mental, em cada período histórico, para que possamos
compreender melhor o lugar da criança DM na sociedade contemporânea
Silva” .(2001 p.133).

Pessot 1984 relata como desde a antiguidade pode se obter registros de


como os indivíduos que apresentam algo que os torna diferentes são tratados
em sociedade. Esta história pode se assemelhar em muitos momentos a um
conto de horror tamanhas as atrocidades que já foram cometidas pela
humanidade há aqueles que de alguma forma não se encaixavam no modelo
convencional.

conforme ( Lima 2008,aranha 1995 pessot1984). As pessoa com algum tipo de


deficiência eram mortas abandonadas, e até mesmo exorcizadas, não havia
distinção entre os diferentes tipos de distúrbios ou tratamentos diferenciados
Isso se dava em decorrência de uma sociedade que estigmatiza a pessoa
com deficiência valorizando sobre tudo a perfeição física e mental do
individuo. Nos textos de Platão ( 428-348 a.c),apud lima 2008 os trechos
dos livros III V VII da republica onde se lê :

“A medicina cuidara apensa dos cidadãos bem formados de corpo e


ala deixando morrer os que sejam corporalmente defeituosos os filhos
dos homens inferiores, e qualquer dos outros que seja disforme e,

esconde-los num lugar interditado e oculto como convém ”. (platão ,


1949,p229;p38 apud LIMA,2008).

Desta forma observa-se que extrair os deficientes da sociedade era uma


pratica comum e legal e que ocorria sem que causasse qualquer espanto ou
incomodo a sociedade. Igualmente kanner observa que a única ocupação
para os retardados mentais encontrada na literatura antiga é a de bobo ou de
palhaço, para a diversão dos senhores e seus hóspedes ( kanner pág. 5). A
respeito da literatura este aspecto se manteve ainda perpassando por séculos
como podemos observar em textos autores de diferentes períodos;

Como posso descrever minhas emoções ante aquela catástrofe, como


reescrever aquela ruína que eu, com esforço infinito e zelo, havia
tentado formar? Seus membros eram bem-proporcionados, e eu havia
escolhido e trabalhado suas feições para que fossem belas. Belas! Meu
Deus! Sua pele amarela mal cobria o relevo dos músculos e das
artérias que jaziam por baixo; seus cabelos eram corridos e de um
negro lustroso; seus dentes, alvos como pérolas. Todas essas
exuberâncias, porém, não formavam senão um contraste horrível com
seus olhos desmaiados, quase da mesma cor acinzentada das órbitas
onde se cravavam, e com a pele encarquilhada e os lábios negros
,SHELY.M. Frankenstein (p.54.). L&PM Editores.
O monstro criado por Shley representa a busca pela a perfeição e a
rejeição de uma sociedade a tudo que era considerado fora do padrão. Trata
se de uma ficção que conforme Silva e Dessan e Kaner um lugar social que
era destinado aos deficientes pois como sabemos o “mostro” criado por
Mary Shely era na verdade bom e as ações de fato monstruosas vinham de
uma sociedade que não era capaz de aceitar algo que estava fora dos padrões
de beleza e eugenia da época . Ressaltando que se trata de uma obra de
ficção escrita no ano de 1818, o que reflete um pensamento da época que
ainda persistiu por vários séculos .

Outras obras de ficção também trazem clara a representação social dos


deficientes em um determinado período da história é o corcunda de Notre
Dame. Aqui o próprio autor abre um parêntese para observar que não era
comum associar a força a uma forma que não seria considerada perfeita e
bela uma obra produzida no ano de 1831.
“toda a sua pessoa era uma careta. Uma cabeça enorme. Com cabelos
ruivos; entre seus ombros uma enorme corcunda, uma contraparte
perceptível na frente; um sistema de coxas e pernas tão estranhamente
desgarradas que só podiam se tocar nos joelhos, e, vistos de frente,
pareciam as luas crescentes de duas foices unidas pelas alças; pés
grandes, mãos monstruosas; e, com toda essa deformidade, um ar de
vigor, agilidade e coragem indescritível e redutível,- estranha exceção à
regra eterna que quer que a força, assim como a beleza, sejam o
resultado da harmonia. Tal era o papa que os tolos tinham acabado de
escolher para si mesmos”. HUGO.V, pg 53

Tais representações ficcionais são reflexos da realidade que nos possibilitam


exemplificar de forma mais tangível como eram vistos os deficientes ao longo
da historia da humanidade em diferentes períodos . Porem a realidade era
ainda mais cruel a dois períodos específicos da história podemos observar o
tratamento ofertado as deficientes:

Durante a inquisição católica e a reforma protestante conforme Pessot , a


fim de manter o poder da igreja muitos deficientes foram usados para
manter a ordem e a população sob controle no período da inquisição.

No período da inquisição as castas papais orientavam como tais pessoas


podiam ser identificadas, bem como determinavam como deviam ser tratadas.
A estes, se recomendava uma “ardilosa inquisição, para obtenção de confissão
de heresia”, torturas, açoites, outras punições severas, até a fogueira. Aranha
(2001)

O mesmo tratamento também ocorre quando Lutero rompe com a igreja


católica, contrário a em vários aspecto porem ele mantem o estiga a pessoa
com deficiência . Segundo próprio Lutero; “o homem é o próprio mal quando
lhe faleça a razão ou lhe falte a graça celeste a iluminar lhe o intelecto; assim,
dementes são, em essência, seres diabólicos” desta forma deficientes físicos e
deficientes mentais estava condenados ao aprisionamento e açoitamento,
para expulsão do demônio .( PESSOTTI 1984) . portanto confirma se assim
que em períodos diferentes entre tanto com discursos semelhantes às
pessoas com deficiência física ou mental foram abandonadas e excluídos pela
sociedade usufruindo de poucos ou nem um direito, de acordo com Sampaio
“ A historia da atenção á pessoa com deficiência tem-se caracterizado pela
segregação ,acompanhada pela consequente e gradativa exclusão ,sob
diferentes argumentos, dependendo do momento histórico focalizado”.
(SAMPAIO.2009, P.2900).

As mudanças de tratamento com os deficientes começaram a surgir a partir


do século XVI marcado por profundas transformações políticas, científicas,
religiosas, sociais, culturais e intelectuais. Tais transformações impactaram
em toda uma estrutura social levando a mudanças que iriam impactar também
sobre a forma de se tratar os doente mentais . Aranha(1995), atribui ao
avanço da medicina, e às necessidades econômicas que surgiam em um
novo contextos social um novo olhar da sociedade e um lugar diferente
para individuo com deficiência mental, que passou a ser considerada como
doença tratável pela medicina e não mais como uma questão espiritual.

‘Na segunda metade do século XVIII , sob o clima ideológico dos franceses do
pensamento de 6Rousseau e 7Locke , e sobre tudo da reação a inquisição e a
reforma luterana o homem passou a ser visto como sendo naturalmente bom

6
Jean-Jacques ROUSSEAU (1712-1778) Filósofo e escritor. publicou O Emilio e da educação, que
revolucionou a pedagogia da época e pela qual foi muito combatido .Perseguiu ideais naturalistas na
educação . e defendia a teoria de que o homem era naturalmente bom sendo corrompido pela sociedade.
7
John LOCKE 91632-1704) Filosofo inglês, autor de Ensaio sobre o entendimento humano
Rejeitava as ideias inatas e colocava a experiencia e sensação como fontes dos nossos conhecimentos.
de acordo com Jannuzzi 2017, montoan 1989 foi influenciado por este ideal
naturalista que Jean Itard que ficou conhecido pelo seu estudo da
deficiência intelectual Mémorire8 e o caso do menino lobo também que teria
posteriormente grande influencia nas mudanças de tratamento dos
deficientes intelectuais sendo obra ainda e referencia para estudos sobre o
tema . Ate então não se fazia distinção entre doença mental e deficiência
intelectual de modo que todos recebiam o mesmo tratamento .

2.1.1 DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL


Neste capitulo voltamos nosso olhar para o âmbito da educação e especial
no brasil especialmente no que se refere ao deficiente intelectual. Vale
evidenciar que primeiros relatos de que se tem notícia sobre os deficientes
intelectuais no brasil passam longe das escolas conforme .

‘Poucas foram as instituições que surgiram e nulo o numero de escrito sobre


educação no entanto a sociedade já se protegia juridicamente do adulto
deficiente na constituição de 1824, privando de direitos políticos os
incapacitados mentais" (jannuzzi P 9,2021.)

As instituições para pessoas com deficiência que, durante muito tempo,


constituíram-se na única modalidade socialmente aceita para atender a esta
parcela da população. Bartalotti 2016 avalia que desta forma a sociedade
buscava ainda a ideia de eugenia separando o diferente em um espaço
próprio, de tal modo que a sociedade senti protegia ao mesmo tempo que
cumprindo seu dever moral de cuidar do bem estar e da saúde física destes
indivíduos e mantinhas se confortavelmente distante da presença destes que
eram em geral geralmente indesejáveis ao convívio social (BARTALOTTI,
2006: p14).

Aranha considera que o bem estar da pessoa com deficiência não era a
maior razão para a permanência em instituições de internação de deficientes,
“outras motivações para o fim da institucionalização eram a política socio

8
Memoire estudos do medico e pedagogo Jean ITARD que começou a ser publicado em 1801 ,Nele
estão descritos os primeiros desenvolvimentos de Victor de Aveyron o menino lobo e a confirmação das
teorias educacionais que pretendia conhecer .O Mémoire constitui um tratado sobre a deficiência mental
do ponto de vista médico -educacional
econômica que se fortalecia no contexto mundial ( capitalismo) pois neste
novo formato de organização política econômica as instituições não se
adequavam , pelos elevados Custos para os governos E pela necessidade de
tornar cada vez mais os indivíduos produtivos . ARANHA (2001).

No Brasil foi em 1920 que se teve início os primeiros movimentos para a


educação especial. A educação de passava por uma série de reformas
influenciados pelo movimento escola nova. E é neste momento que vários
estudiosos da educação professores e psicólogos europeus vieram para o
pais para dar cursos participar de palestras de formação de educadores
brasileiros . este movimento influenciaria fortemente os rumos da educação
especial no Brasil.

Uma personalidade em especial chagaria ao brasil para transforma a forma


como se dava a educação e os estudos sobre as pessoas com deficiência
Helena Antipoff . Tomando se um marco importante para a educação inclusiva
no Brasil ela funda em 1932 a sociedade Pestalozzi de minas para atender
aos deficientes .Seus estudos contribuiriam mais tarde para a formação de um
grande numero de profissionais ligados a educação especial. Que a em
então era escasso no país. Sua pesquisa valorizava entre outros aspectos
a psicologia infantil. Muitos autores entre tanto que vem o trabalho de
Antipoff com restrições e consideram que de certa forma ela contribui com a
institucionalização , ao mesmo tempo que reconhecem sua contribuição para
a educação especial .Se de um lado ajudou a firmar a “situação”, segregando o
excepcional, tornando mais produtivo o ensino nas classes comuns às
camadas mais favorecidas, sem a “turbulência”, a “amoralidade”, os de “difícil
aprendizagem”, etc., de outro lado e pela primeira vez possibilitou o acesso ao
ensino público, gratuito também, de crianças com alguns prejuízos orgânicos
(JANNUZZI, 1992, p. 92)

Deste modo foi possível as crianças com alguma deficiência frequentar a


escola especial. Com isso o ensino regular das escolas normais via esse
livre a incomoda presença dos alunos om deficiência , que segundo preceito
da época atrapalhavam o rendimento dos alunos “normais” .Hoje com todo
a luta pela inclusão esse discurso ainda ecoa através de alguns pais e ate
professores.
Segundo JANUZZI(1992) apesar das reformas observadas no sistema
educacional a expansão das serviços de educação especial .era muito
pequena em 1930 existiam 16 locai para a educação de deficientes mentais ,
subindo para 22 estabelecimentos de 1935.

Neste contexto importante destacar a participação dos famílias no processo


evolutivo da educação dos pessoas com deficiência pois sua participação foi
decisiva em vários momentos como na criação das APAES, e na luta por
direitos, (Montoan 2008), ao mesmo tempo a ação das famílias acabava por
isentar o governo de maiores investimentos já que as APAES tinham caráter
filantrópico desta forma a responsabilização do estado pela educação dos
deficientes que começou a acorrer efetivamente a partir de 1957 , e só
alcançou os deficientes intelectuais em 1960 com a primeira campanha
nacional voltada para os deficientes mentais a CAMPANHA NACILNAL DE
EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO DE DEFICIENTES MENTAIS . (ACADEME). Esta
tinha por finalidade promover em todo território nacional a educação,
treinamento reabilitação e assistência educacional as crianças retardadas e
outros deficientes (Mazzota 1996.P 52), Que seria extinta em 1973 dando lugar
ai CENESSP – CENTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL QUE TINHA COMO
OBJETIVO promover em todo território nacional a expansão e melhoria do
atendimento ao excepcionais( Mazzota 1996. P.55).

É importante evidenciar que este percurso se da em um momento conturbado


da historia do pais passando por uma ditadura , extinção do mistério da
educação até o retorno a democracia e a criação da constituição em 1988 .A
luta por mudanças e por direitos manifestadas em diversos setores a partir
de 1980 ganha reforço om a constituição de 1988 , que estabelece a
educação como direito de todos e dever do estado.

O quadro 1 abaixo, o qual indica os elementos dos principais documentos


legais que ordenam e regulam os procedimentos da Educação Inclusiva no
Brasil dos anos 1990 até á contemporaneidade.

Ano Legislação Resumo das diretrizes


1994 Declaração de Define políticas, princípios e práticas da Educação
Salamanca Especial e influi nas Políticas Públicas da Educação.
considerar a inclusão de estudantes com
necessidades educativas especiais,
tanto nos espaços sociais quanto em salas de aulas
regulares, democratização das oportunidades
educacionais, considerando as escolas inclusivas
como meio mais eficaz de combater a
discriminação.
1996 LDB: Lei de Diretrizes e preconiza que os sistemas de ensino devam
Bases da Educação
Lei nº 9.394/96, no assegurar aos
artigo 59 alunos currículo, métodos, recursos e organização
específicos para atender ás suas
necessidades; assegura a terminalidade específica
àqueles que não atingiram o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental,
em virtude de suas deficiências;
2006 A Convenção sobre os Brasil é signatário, estabelece
Direitos das Pessoas que os Estados parte devam assegurar um sistema
com de educação inclusiva em todos
Deficiência, aprovada os níveis de ensino. Proporcionando as pessoas
pela ONU com deficiência o acesso ao ensino
inclusivo em todas as modalidades de ensino
2008 – Decreto 6.571lei de dispõe sobre o atendimento educacional
educação inclusiva especializado e modifica as regras do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação (FUNDEB)”.
Cujo objetivo desse decreto é garantir recursos
àqueles estudantes que efetivamente
estejam matriculados em escolas públicas e
recebendo atendimento educacional
especializado
2009 - Resolução n.º 4: Institui as Diretrizes Operacionais para o
. Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica,
modalidade Educação Especial, e
estabelece as formas possíveis desse atendimento
2014 – Plano Nacional de “Universalizar, para a população de 4 a 17 anos
Educação (PNE) com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, o acesso à educação básica e ao
atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino. O
entrave para a inclusão é a palavra
“preferencialmente”, que, segundo especialistas,
abre espaço para que as crianças com deficiência
permaneçam matriculadas apenas em escolas
especiais
2020 Decreto N°10.502 Institui a chamada a Política Nacional de Educação
Política Nacional de Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado
Educação Especial ao Longo da Vida. Para organizações da sociedade
civil que trabalham pela inclusão das diversidades,
a política representa um grande risco de retrocesso
na inclusão de crianças e jovens com deficiência, e
estimulando a matrícula em escolas especiais, em
que os estudantes com deficiência ficam
segregados.

2.2 A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA ESCOLA


INCLUSIVA

De acordo com a breve retrospectiva histórica apresentada, a educação de dos


deficientes e especialmente dos deficientes mentais foi tratada mais como um
tema de saúde do qual se ocupou a medicina e a psicologia e não como um
tema relacionado a educação que o tornaria um assunto para a pedagogia, os
professores e as salas de aula ,conforme Montoan 1989 a pedagogia
quando se trata da educação dos deficientes durante muito tempo se afastou
ficando em segundo plano;

“A divida da educação para com os deficientes mentais acumula-se há tempos


.seus papel se reduz a coadjuvante a participação das demais especialidades
envolvidas no atendimento multidisciplinar dos deficientes.”( Montoan,1989
pg.13 ) acrescenta -se a isso o fato de ser a escola um lugar
historicamente de grupos de privilégios e um espaço que legitima a exclusão
através de políticas e práticas educacionais reprodutoras de uma ordem
social excludente que ignora indivíduos e grupos considerados fora dos
padrões . Diante deste contexto o movimento mundial pela educação inclusiva
e uma mudança de paradigma social cultura e pedagógico , que reivindica
educação mas também relevância social para a pessoa com deficiência
física como sujeito de direitos a partir de instrumentos como a declaração
dos direitos humanos( ano) e a declaração de Salamanca (ANO) , no Brasil e
diversas politicas publicas em consonância com a declaração de Salamanca e
dos dirietos humanos onde se reafirma a opção por um sistema educacional
inclusivo em todos os níveis de ensino ,assim como a garantia de aprendizado
ao longo da vida.

Passa-se a reconhecer o deficiente mental como sujeito social capaz de


construir cognitiva e afetivamente de acordo com suas próprias capacidades.
Para montoan torna se necessário enfrentar a problemática da deficiência
como um todo, e repensar a luz de novos pressupostos e revisa-la através
dos tempos.

Tal mudança produziu novas terminologias e modalidades de ensino ancoradas


em uma legislação moderna que busca corrigir os erros cometidos no
passado e garantir os direitos dos deficientes conforme observado no
capítulo anterior.

Ao mesmo tempo gera diferentes correntes de pensamento a os que


defendem a educação especial em uma política segregacionista conforme
amaral1997. Que acreditam que o melhor caminho para a integração do
portador de deficiência intelectual na sociedade e educa-lo em escolas
especial.
“E há os defensores da inclusão que acreditam que tal e percepção
segregacionista esteja baseada em preconceitos , e que e imperativo rever
estratégias de aprendizagem com ênfase na construção
coletiva”(Sá,2001,p.57)

Conforme também, Montoan 1989 que ‘acredita que através de uma condição
educacional adequada em que o sujeito interaja com o meio [...]os alunos com
deficiência intelectual torna-se capazes do mesmo modo que os alunos
considerados normais ,capazes de objetivar seus conhecimentos , ressalvadas
evidentemente , as limitações impostas pela sua condição excepcional’.
(Montoan,1989,p14).

O conceito de escola inclusiva , derivado do conceito de inclusão social este e


definido como processo pelo qual a sociedade e o portador de deficiência
procuram adaptar-se mutuamente, tendo em vista a equiparação de
oportunidades e consequentemente uma sociedade para todos[...] a inclusão
significa que a sociedade deve adaptar se as necessidades da pessoa com
deficiência para que esta possa desenvolver se em todos os aspectos de sua
vida (sassaki,1997,p167)

A proposta de uma educação inclusiva tem como cerne o respeito as


diferentes formas de se apropriar da aprendizagem respeitando subjetividade
de cada sujeito aprendente (meirea,2001)

Da mesma forma Sampaio ressalta que, o que se almeja na inclusão e o


respeito a pluralidade é a igualdade de oportunidades e não a igualdade que
nega a diversidade (Sampaio ,2009.p,29).

Já Montoan alerta para o risco de uma escola inclusiva que na verdade não
inclui e tão pouco ofereça uma educação de qualidade ao alunos que
necessitam de um atendimento educacional diferenciado

‘Na perspectiva inclusiva, suprime-se a subdivisão dos sistemas


escolares em modalidades de ensino especial e de ensino regular. As
escolas atendem às diferenças sem discriminar, sem trabalhar à parte
com alguns alunos, sem estabelecer regras específicas para se
planejar, para aprender, para avaliar currículos, atividades, avaliação
da aprendizagem para alunos com deficiência e com necessidades
educacionais especiais (Montoan ,2003 p16)

Na perspectiva do especial da educação a inclusão não pode ocorrer de forma


isolada, para um aluno com um professor e uma mudança de todo o conceito
escolar. Por isso mesmo tem impactos tão profundo em toda a organização
escolar e social, o direito a ser diferente choca-se com uma situação secular
e cria novos paradigmas.

‘Por tudo isso a inclusão é produto de uma educação plural, democrática e


transgressora. Ela provoca uma crise escolar, ou melhor, uma crise de
identidade institucional, que, por sua vez, abala a identidade dos professores e
faz com que seja ressignificada a identidade do aluno. O aluno da escola
inclusiva é outro sujeito, que não tem uma identidade fixada em modelos
ideais, permanentes, essenciais’ (Montoan,2009 ,p 19).

3 DEFICIÊNCIAINTELECTUAL
Ao tratarmos de inclusão o uso dos termos e terminologias adequados e
importante para que se diminua o preconceito e estigmatização dos sujeitos.
Conforme (BAKHTIN 2009 ) “toda palavra em sua dimensão semiótica é um
signo produtor de ideologia e como tal ultrapassa a estrutura significante . e da
mesma forma , porem tratando especificamente no que tange a inclusão
(sassaki 2002) expressa que “a construção de uma sociedade
verdadeiramente inclusiva passa também pelo cuidado pela linguagem” para
(SASSAKI 2009) o uso correto das terminologias vai além de uma questão
semântica. Concordando desta forma com bakhin pois a palavra ocupa um
lugar social na formação social e acompanha através dos tempos a evolução
social.
Tudo isso é relevante no contexto da deficiência intelectual , é demostra um
aspecto evolutivo importante de uma sociedade que segregava demonizava
vitimizava os deficiente e que busca mudar para uma sociedade baseada na
igualdade, equidade, e respeito a diversidade.
Neste sentido em vários segmentos diversos termos vem sendo debatidos
estudados, tanto na forma linguística , medica e social cultural.
Possado assim por importantes mudanças de nomenclaturas e termos antes
que anteriormente eram considerados corretos e são revistos .
O termo pessoa com deficiência foi empregado pela primeira vez em
substituição a termos como individuo deficiente , inválidos, ou
incapacitados.
O conceito inicialmente passa por um modelo medico que define pessoa
com deficiência como aqueles que têm impedimentos de natureza física
,mental intelectual ou sensorial.Os quais em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade.

Referencias revisão bibliográfica


https://www.scielo.br/j/ptp/a/GzdJfCFsznsGxgC4TnSHFPt/?format=pdf&lang=pt
E importante conhecer as ideias que norteiam a concepção acerca da
deficiência mental, em cada período histórico, para que possamos
compreender melhor o lugar da criança DM na sociedade contemporânea”
(p.133).
ferencias ´so pra não perder estão jogadas aqui mas vou organizar direito
ainda

Nara Liana Pereira Silva2 Maria Auxiliadora Dessen

Psicologia: Teoria e Pesquisa Mai-Ago 2001, Vol. 17 n. 2, pp. 133-141

https://www.scielo.br/j/ptp/a/GzdJfCFsznsGxgC4TnSHFPt/?
format=pdf&lang=pt
E importante conhecer as ideias que norteiam a concepção acerca da
deficiência mental, em cada período histórico, para que possamos
compreender melhor o lugar da criança DM na sociedade contemporânea”
(p.133).
Nara Liana Pereira Silva2 Maria Auxiliadora Dessen
Psicologia: Teoria e Pesquisa Mai-Ago 2001, Vol. 17 n. 2, pp. 133-141

Como citar o artigo


Silva, Nara Liana Pereira e Dessen, Maria AuxiliadoraDeficiência mental e
família: implicações para o desenvolvimento da criança. Psicologia: Teoria e
Pesquisa [online]. 2001, v. 17, n. 2 [Acessado 14 Junho 2021] , pp. 133-141.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-37722001000200005>. Epub
29 Abr 2002. ISSN 1806-3446. https://doi.org/10.1590/S0102-
37722001000200005.

BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA-GERAL SUBCHEFIA


PARA ASSUNTOS JURÍDICOS. LEI Nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.
Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública
de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto
de 2019, 6 fev. 2020. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13979.htm>.

Acesso em: 14 mar. 2020. https://todospelaeducacao.org.br/noticias/conheca-o-


historico-da-legislacao-sobre-educacao-inclusiva/
https://todospelaeducacao.org.br/noticias/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-educacao-inclusiva/
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/dialogoseperspectivas/article/view/5169
http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=860&id=12625&option=com_content&view=article
https://www.observatoriodopne.org.br/
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-de-aprendizagem-e-
desenvolvimento/defici%C3%AAncia-intelectual#

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