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Prefácio

Elementos condutores para a análise dos povos primitivos


→ similitude dos processos mentais nos vários povos de diferentes etnias, bem como qualquer
expressão cultural dos dias de hoje
→ ter em conta todos os sucedidos ao nível da cultura como consequência de eventos históricos

Alguns estudiadores consideram que


→ o intelecto dos indivíduos primitivos é diferente daqueles que são civilizados
→ acreditavam na possibilidade de uma evolução mental até ao ser humano civilizado que
conhecemos hoje em dia, parecido ao fenómeno dos primatas
→ contudo, não existe nenhuma prova de que tenha existido uma menor organização mental

Assente na sua experiência e estudo das informações etnográficas Franz Boas


acredita que
→ Em todos os locais os processos são iguais, mesmo em diferentes culturas, etnias, crenças e
costumes
→ afirma também que nunca teve contacto com ninguém primitivo onde esta hipótese pudesse ser
provada
→ os comportamentos são definidos através dos materiais que são tipicamente operados, e por isso
em qualquer parte, os materiais são disseminados através da mesma estratégia

Fomos ensinados através da experiência tradicional


→ Que os acontecimentos objetivos tinham como consequência uma causalidade objetiva e
estabelecida
→ por isso, fatores mentais não interferem nesta causalidade
→ tal pode ser exemplificado através do espanto / medo ao ter contacto com a hipnose, por exemplo
→ como tal aceitamos como verdade absoluta o facto de que processos mentais são incapazes
de influenciar o que é material. Contudo, aqueles que, por exemplo rezam, não estão de
acordo com esta teoria, tal como quando os homens primitivos experimentam alterar o
curso da natureza - débil visão racional do mundo

Tribos primitivas
→ através destes locais é possível concluir que os indivíduos das sociedades primitivas são tal como
nós (da sociedade civilizada), tendo por isso a mesma maneira de pensar, sentir e atuar
→ ‘Os sentimentos subjacentes aos tabus estão constantemente presentes entre nós’’ (pág.6) - ex: do
autor c/ formação religiosa (relação) (pág. 6) + superstições (pág. 7)
→ Não existe uma diferença radical entre as mentalidades dos povos primitivos e civilizados - (não
igual) é mais liberdade ao nível da mente em relação a convenções da sociedade que é exprimida por
meio de uma apreciação que permite a criatividade pessoal

Ciência
→ Apesar do vasto conhecimento científico, esta não nos impede de pôr exemplo nos sentimentos
mal como as nossas emoções ou sermos ‘enganados’ com propaganda absurda, através da influência
do nosso pensamento

Vantagem em relação aos indivíduos primitivos


→ mais entendimento em relação ao mundo objetivo (que é extremamente mal executado)
Psicologia introspectiva
→ os motivos pelos quais os indivíduos primitivos pensam de uma determinada maneira é através do
conhecimento tradicional (presente em todos os humanos)

Cada cultura
→ é compreendida somente através de uma expansão histórica, definida pelo contexto social e
geográfico e pela forma como o material cultural aprofundado

Fatores dinâmicos
→ relacionadas ao meio, condições psicológicas, fisiológicas e sociais que formam processos
culturais semelhantes em várias partes do mundo; por isso é possível que existam eventos históricos
que sejam analisados através de uma perspetiva mais eficiente

Nota: uma vez que não existem informações históricas, a única forma de estudo é a
geográfica, através da distribuição de população

Friedrich Ratzel
→ ressaltou a relevância do método mencionado acima (tal teve maior destaque nos Estados Unidos)
→ Contudo este método foi aplicado de forma excessiva - ‘(...) homologia entre a distribuição
universal dos factos culturais e a sua antiguidade’’ - pág. 8
→ Este princípio foi bastante debatido por Georg Gerland - através de estudos arqueológicos pré-
históricos comprovam que no paleolítico se deram um conjunto de realizações universais - ‘os
instrumentos de pedra, o fogo e os ornamentos são descobertos neste período; a cerâmica e a
agricultura, que têm uma distribuição universal menor, aparecendo mais tarde; os metais,
cuja utilização é ainda mais limitada em termos espaciais, surgem ainda mais tarde’. (pág.
9)
→ Atualmente houveram algumas tentativas para que tal se torna uma regra geral. Alguns
estudiosos como Herbert Spinden, Alfred Kroeber e Clark Wissler que utilizaram este
método no seu método
→ citação ‘Não é difícil local fenómenos que ……. procurada dentro da área de maior
desenvolvimento’ (pág. 9) + exemplo dos animais em diversas regiões (pág. 9)

Características culturais
→ são muito duradouras e que traços muito longínquos subsistem até hoje
→ contudo, tal não corresponde à realidade
→ 2 citações da pág. 10 - ‘a cultura primitiva é quase estável ….’ / ‘tal como os traços culturais, se
encontram num permanente fluxo …….’

Introdução

→ Independentemente das suas condições (financeiras, de vida e socais), todos os povos executam
alguma atividade para além da busca de alimentos e abrigo; assim como, aqueles que têm uma melhor
condição de vida usufruem de momentos de ócio
→ Deste modo, até as tribos mais pobres elaboram obras para a sua satisfação técnica; por outro lado,
aqueles que têm oportunidade de dedicarem bastante do seu esforço a elaborar as obras artísticas

Prazer estético
→ pode ser experienciado por todos, através de várias maneiras. Apesar das divergências relativas aos
‘ideais de beleza’, o poder de apreciação é semelhante ao nível global (ex. gerais da pág. 12)

Todas as ações humanas


→ São capazes de apresentar um carácter estético. Apesar de diversas atividade | ações de forma
isolada não deterem nenhum carácter estético, todos eles podem manifestar tal valor (ex. p.
12 e 13)

Valor estético
→ Quando em termos técnicos foi alcançado um nível de excelência, podendo ser avaliadas através
de uma perspetiva de perfeição formal (excelência técnica + forma fixa) - ex: tecer, cantar, culinária
→ O juízo de perfeição técnicos são maioritariamente um juízo de cariz estético
→ Não é fácil diferenciar moldes artísticos de não-artísticos, porque não é possível dizer onde começa
e termina a estética.
→ ‘A estabilidade da forma parece estar muito intimamente relacionada com as nossas noções de
beleza’ (p. 13)
→ Presume-se que a técnica e o sentido de uma beleza estejam intimamente ligados, uma vez que
ambos são necessários para obter um padrão de forma

Alois Riegl
→ acredita que a execução não tem importância se existir o ideal de beleza que o autor persegue
mesmo não tendo a capacidade de atingi-lo pela falta de técnica
→ ‘a vontade de produzir um resultado estético constitui a essência do trabalho artístico’
(p. 13)

Arte dos povos primitivos


→ a forma está estritamente ligada à experiência técnica
→ A Natureza não proporciona ideias formais a menos que um objeto natural seja utilizado no
quotidiano ou quando usado, alterado ocasionalmente, por processos técnicos

Objetos manufaturados
→ nas diversas partes do mundo possuem estilos diferenciados, demonstra que a forma evolui com as
atividades técnicas - (não é) admiração da vista / paisagem ou elementos naturais promove a forma
fixa
→ Existe a possibilidade do ritmo ou simetria por exemplo não estarem intimamente relacionados
com a atividades técnicas, apesar disso são habituais nos vários estilos artísticos
(o que está sublinhado na pág. 14)

Artefactos
→ o ideal das formas fundamentam-se a partir de modelos elaborados por técnicos (ou imaginativos
de um modo de padronização mais arcaico
→ ‘sem uma base formal, a vontade de criar algo que se dirija ao sentido de beleza dificilmente
poderá existir’ (pág. 14)

Impactos das obras de arte em nós


→ têm impacto de diversas maneiras
→ emoções: incitadas não apenas pela forma como pelas relações pessoais entre a forma e
concepções próprios de cada um - ‘remetem para a experiências passadas ou porque funcionam com
símbolos, acrescenta-se um elemento novo à apreciação’ (p. 14 e 15)

Forma + significado
→ juntam-se para que a mente se eleve em relação ao seu estado de indiferença quotidiana
→ tal acontece do mesmo modo na arte primitiva

O prazer estético pode ser impulsionado por meios naturais - canto de um pássaro;
paisagem; o andar de um animal - ‘todos possuem valores estéticos, mas não são arte’
(pág. 15)

Forma + criação
→ fundamental para a arte
→ ‘O prazer ou a elevação do espírito devem ser provocados por uma forma particular de impressão
sensível, mas esta impressão tem de ser produzida por uma qualquer atividade humana ou por um
produto da atividade humana’ (pág. 15)
→ ‘É essencial ter em conta a dupla fonte do efeito artístico, uma baseada exclusivamente
na forma, a outra em ideias associadas à forma. De outro modo, a teoria da arte seria
unilateral. Uma vez que a arte humana, em todo o mundo, em tribos primitivas e em nações
civilizadas, contém ambos os elementos — o puramente formal e o significante —, não é
lícito basear todas as discussões acerca das manifestações do impulso artístico na ideia de
que a expressão de estados emocionais, através de formas sugestivas, deve estar na
origem da arte, ou que, tal como a linguagem, a arte é uma forma de expressão.
Actualmente, esta opinião baseia-se, em parte, no facto tantas vezes observado de, na arte
primitiva, mesmo as formas geométricas simples poderem possuir um significado que se
acrescenta ao seu valor emocional, e de a dança, a música e a poesia terem quase sempre
um significado definido. Porém, a significação da forma artística não é nem universal nem
se pode demonstrar que seja necessariamente mais antiga do que a forma. Não é minha
intenção enveredar por uma discussão acerca das teorias.’ (pág.15)

A Arte Primitiva exprime conteúdos definidos?


→ Fechner: ‘existência, por um lado, do apelo «directo» da obra de arte e, por outro, dos
elementos associados que dão aos efeitos estéticos um tom específico’ (pág. 16)
→ Wundt: «Para o estudo psicológico, a arte encontra-se numa posição intermédia entre a linguagem
e o mito... Assim, o trabalho artístico criativo apresenta-se-nos como um desenvolvimento específico
dos movimentos expressivos do corpo. O gesto e a linguagem duram um momento fugaz. Na arte, eles
adquirem, por vezes, um significado mais elevado; por vezes um movimento rápido ganha uma forma
permanente... Todas estas relações se manifestam sobretudo nos estádios iniciais — embora não nos
primeiros estádios — do trabalho artístico, em que as necessidades momentâneas de expressão do
pensamento dominam, tanto na arte como na linguagem» (pág. 16)
→ Max Verworn: «A arte é a faculdade de exprimir processos conscientes através de meios
criados pelo próprio artista, de tal forma que podem ser percebidos pelos nossos sentidos.
Neste sentido geral, a linguagem, o canto, a música e a dança são arte, do mesmo modo
que a pintura, a escultura e a ornamentação. As artes gráficas e plásticas, num sentido mais
estrito do termo, resultam da capacidade de tornar processos conscientes visíveis em
materiais permanentes». (pág. 16)
→ Richard Thurnwald: «A arte, por muito inadequados que sejam os seus meios, é um meio
de expressão que pertence à humanidade. Os meios utilizados são distintos dos que se
empregam nos gestos, na linguagem e na escrita. Mesmo quando o artista visa apenas a
repetição do que tem em mente, fá-lo, pelo menos, com o objectivo subconsciente de
comunicar as suas ideias, de influenciar os outros». (pág. 16)
→ Yrjo Hirn: «Para entendermos o impulso artístico como uma tendência para a produção estética,
temos de relacioná-lo com alguma natureza as qualidades especificamente função, de cuja artísticas
possam ser função poderá encontrar-se, derivadas. Esta creio, nas atividades de expressão emociona».
(pág. 16 e 17)

A Arte Representativa

→ Este conceito significa que uma obra de arte não tem interferência em nós somente pela forma,
mas também pelo conteúdo - a junção destes dois componentes dão à arte representativa uma
importância emocional, muito diferente do estético simplesmente formal.

→ o autor considera que apenas a tentativa de representar alguma coisa não deve ser entendida como
arte, como é o caso das crianças e povos primitivos quando desenham algo que lhes é chamativo. - ‘A
simples tentativa de representar algo, ou mesmo de comunicar graficamente uma ideia, não pode ser
considerada arte; do mesmo modo que a palavra ou o gesto, através dos quais se comunica uma ideia,
ou um objecto — uma lança, um escudo ou uma caixa — que implique a ideia de utilidade, não são,
em si mesmos, um objecto de arte.’ (pág. 2)

→ Um conceito que um indivíduo tem em mente só passa a ser considerado obra de arte se for
elaborado tecnicamente perfeito ou se empenhou para alcançar um padrão formal - ‘Os gestos que
possuem uma estrutura rítmica, as palavras com beleza tonal e rítmica, são obras de arte; o
instrumento com uma forma perfeita aspira à beleza; e a representação gráfica ou escultural possuem
um valor estético, artístico, quando a técnica de representação é dominada’ (pág. 2) / ‘Do mesmo
modo, quando o homem tem de representar um objecto, é confrontado com um problema
que exige uma solução.’ (pág. 3)
. Exemplo: ‘Quando se dá a um homem primitivo um lápis e um papel, e se lhe pede
que desenhe um objecto da natureza, ele tem de usar instrumentos que lhe são
desconhecidos e recorrer a uma técnica que nunca experimentou. Tem de pôr de lado os
seus métodos de trabalho habituais e resolver um problema novo. O resultado não pode ser
uma obra de arte — a não ser, talvez, em circunstâncias muito excepcionais. Tal como a
criança, o artista principiante é confrontado com uma tarefa para a qual não possui
preparação técnica, e muitas das dificuldades que assaltam a criança são também sentidas
por ele. Daí a aparente semelhança entre os desenhos das crianças e os do homem
primitivo. Ambos fazem tentativas em situações semelhantes.’ (pág. 3) -> caso de: esquimó
de Iglulik; Índios das montanhas do Noroeste do México; tribos de amur; Índios da América
do Norte

Desenhos representativos de carácter simples e rude


→ o problema da representação é solucionado através da utilização de formas simbólicas; não é
realizada nenhuma tentativa de modo a elaborar uma delineação tratada
→ tantos os homens primitivos como as crianças sabem que a imagem que produziram não é idêntica
àquela que queriam representar
Separação entre a representação simbólica e o realismo
→ ‘suprimir todos os pormenores e cobrir a forma com uma decoração mais ou menos extravagante,
sem perder o efeito de realismo do contorno geral e da distribução de superfícies e de massas.’ (pág.
8) - casos disso: escultura filipina de madeira; figura do tocador de harpa; máscara africana; entalhe
pintado na Nova Guiné
→ ‘tentar fornecer uma representação realista de detalhes, e o seu trabalho poderá então consistir
numa reunião de pormenores, prestando-se pouca atenção à forma como um todo’ (pág. 8) - casos
disso: pinturas egípcias; relevos; tentativa de ilustração da história de uma águia a transportar uma
mulher

Pontos de vista na representação gráfica de objetos


→ ‘a nossa atenção dirige-se de imediato para aqueles traços permanentes que são mais marcantes e
pelos quais reconhecemos o objecto, enquanto os que não são característicos, ou que o são menos, são
considerados irrelevantes' (pág. 10)
→ ‘interessa-nos apenas a imagem visual que recebemos num dado momento e os aspectos relevantes
que atraem a nossa atenção’ (pág. 10)
. ‘A partir do momento em que um homem é confrontado com o problema de
representar um objecto tridimensional numa superfície bidimensional, e de mostrar, numa
posição única e permanente, um objecto cujo aspecto visual é mutável, terá de fazer uma
opção entre estes dois métodos’ (pág. 11) - casos disso: representação de animais de perfil;
mapas mundo; projetos de arquitetura ortogonal; desenhos com o propósito de estudo
científico

→ na arte primitiva utiliza-se a perspetiva, assim como uma conjunção das partes principais; devido
ao facto deste método conter símbolos chamamo-lo de ‘simbólico’ - caso disso: ‘a pintura de Miguel
Ângelo, encontramos Adão e Eva no Paraíso, de um lado da árvore do conhecimento, e do outro lado
da árvore ao serem expulsos pelo anjo.’ (pág. 12)

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→ ‘Nas representações simbólicas primitivas, estes traços permanentes aparecem da mesma maneira,
por vezes muito evidenciados. É fácil verificar que os desenhos das crianças são essencialmente como
os que aqui foram descritos. Não são imagens da memória, como Wundt afirma — a não ser na
medida em que os símbolos são recordados e recordadores — mas composições daquilo que, para a
mente da criança, surge como essencial ou mesmo como provável’ (pág. 13)

→ ‘A segunda forma de representação consiste no recurso ao desenho em perspectiva, no qual se


utiliza a impressão visual momentânea, independentemente da presença ou ausência de símbolos
característicos. Este método não está ausente dos desenhos dos homens primitivos ou das crianças,
mas não é tão comum como a representação simbólica. De certo modo, as formas simbólicas mais
cruas contêm um elemento de perspectiva, embora este não abranja a totalidade da figura, mas apenas
partes que são reunidas com maior ou menor habilidade, de modo a manter a aparência do contorno
geral.’ (pág. 14)

→ ‘não é possível traçar com precisão a linha divisória entre os dois métodos de representação
gráfica. Em muitos casos, as representações simbólicas são, em certa medida, de perspectiva, quer
porque a forma geral é mantida, ou porque as diferentes partes são representadas em perspectiva;
enquanto que as representações em perspectiva podem, por seu lado, conter elementos simbólico.’
(pág. 16)
→ ‘Se a arte representativa se desenvolvesse no sentido do realismo absoluto, a fotografia
estereoscópica a cores seria o género mais elevado da arte. Mas é óbvio que isto não é assim.
Pondo de lado o apelo emocional do objecto em si, uma cópia fiel de um objecto natural,
como uma flor de vidro, ou um entalhe pintado, uma imitação de sons naturais ou uma
pantomina, pode produzir um apelo emocional intenso, excitar a nossa admiração devido à
perfeição da sua execução; o seu valor artístico dependerá sempre da presença de um
elemento formal que não é idêntico à forma que se encontra na natureza.’ (pág. 17)

→ ‘Em todos os aspectos da vida pode observar-se a influência controladora de padrões,


isto é, de formas típicas de comportamento. Assim como nós pensamos segundo um
padrão de causalidade material e objectiva, o homem primitivo pensa de acordo com um
padrão onde a causalidade subjetiva é um elemento importante. Tal como as nossas
relações pessoais com parentes consanguíneos são determinadas pelos padrões da nossa
família, também as relações correspondentes, noutras sociedades, são reguladas pelos
seus padrões sociais. A interpretação dos padrões pode mudar, mas a sua forma consegue
subsistir durante largos períodos. (pág. 21)

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