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Tribos primitivas
→ através destes locais é possível concluir que os indivíduos das sociedades primitivas são tal como
nós (da sociedade civilizada), tendo por isso a mesma maneira de pensar, sentir e atuar
→ ‘Os sentimentos subjacentes aos tabus estão constantemente presentes entre nós’’ (pág.6) - ex: do
autor c/ formação religiosa (relação) (pág. 6) + superstições (pág. 7)
→ Não existe uma diferença radical entre as mentalidades dos povos primitivos e civilizados - (não
igual) é mais liberdade ao nível da mente em relação a convenções da sociedade que é exprimida por
meio de uma apreciação que permite a criatividade pessoal
Ciência
→ Apesar do vasto conhecimento científico, esta não nos impede de pôr exemplo nos sentimentos
mal como as nossas emoções ou sermos ‘enganados’ com propaganda absurda, através da influência
do nosso pensamento
Cada cultura
→ é compreendida somente através de uma expansão histórica, definida pelo contexto social e
geográfico e pela forma como o material cultural aprofundado
Fatores dinâmicos
→ relacionadas ao meio, condições psicológicas, fisiológicas e sociais que formam processos
culturais semelhantes em várias partes do mundo; por isso é possível que existam eventos históricos
que sejam analisados através de uma perspetiva mais eficiente
Nota: uma vez que não existem informações históricas, a única forma de estudo é a
geográfica, através da distribuição de população
Friedrich Ratzel
→ ressaltou a relevância do método mencionado acima (tal teve maior destaque nos Estados Unidos)
→ Contudo este método foi aplicado de forma excessiva - ‘(...) homologia entre a distribuição
universal dos factos culturais e a sua antiguidade’’ - pág. 8
→ Este princípio foi bastante debatido por Georg Gerland - através de estudos arqueológicos pré-
históricos comprovam que no paleolítico se deram um conjunto de realizações universais - ‘os
instrumentos de pedra, o fogo e os ornamentos são descobertos neste período; a cerâmica e a
agricultura, que têm uma distribuição universal menor, aparecendo mais tarde; os metais,
cuja utilização é ainda mais limitada em termos espaciais, surgem ainda mais tarde’. (pág.
9)
→ Atualmente houveram algumas tentativas para que tal se torna uma regra geral. Alguns
estudiosos como Herbert Spinden, Alfred Kroeber e Clark Wissler que utilizaram este
método no seu método
→ citação ‘Não é difícil local fenómenos que ……. procurada dentro da área de maior
desenvolvimento’ (pág. 9) + exemplo dos animais em diversas regiões (pág. 9)
Características culturais
→ são muito duradouras e que traços muito longínquos subsistem até hoje
→ contudo, tal não corresponde à realidade
→ 2 citações da pág. 10 - ‘a cultura primitiva é quase estável ….’ / ‘tal como os traços culturais, se
encontram num permanente fluxo …….’
Introdução
→ Independentemente das suas condições (financeiras, de vida e socais), todos os povos executam
alguma atividade para além da busca de alimentos e abrigo; assim como, aqueles que têm uma melhor
condição de vida usufruem de momentos de ócio
→ Deste modo, até as tribos mais pobres elaboram obras para a sua satisfação técnica; por outro lado,
aqueles que têm oportunidade de dedicarem bastante do seu esforço a elaborar as obras artísticas
Prazer estético
→ pode ser experienciado por todos, através de várias maneiras. Apesar das divergências relativas aos
‘ideais de beleza’, o poder de apreciação é semelhante ao nível global (ex. gerais da pág. 12)
Valor estético
→ Quando em termos técnicos foi alcançado um nível de excelência, podendo ser avaliadas através
de uma perspetiva de perfeição formal (excelência técnica + forma fixa) - ex: tecer, cantar, culinária
→ O juízo de perfeição técnicos são maioritariamente um juízo de cariz estético
→ Não é fácil diferenciar moldes artísticos de não-artísticos, porque não é possível dizer onde começa
e termina a estética.
→ ‘A estabilidade da forma parece estar muito intimamente relacionada com as nossas noções de
beleza’ (p. 13)
→ Presume-se que a técnica e o sentido de uma beleza estejam intimamente ligados, uma vez que
ambos são necessários para obter um padrão de forma
Alois Riegl
→ acredita que a execução não tem importância se existir o ideal de beleza que o autor persegue
mesmo não tendo a capacidade de atingi-lo pela falta de técnica
→ ‘a vontade de produzir um resultado estético constitui a essência do trabalho artístico’
(p. 13)
Objetos manufaturados
→ nas diversas partes do mundo possuem estilos diferenciados, demonstra que a forma evolui com as
atividades técnicas - (não é) admiração da vista / paisagem ou elementos naturais promove a forma
fixa
→ Existe a possibilidade do ritmo ou simetria por exemplo não estarem intimamente relacionados
com a atividades técnicas, apesar disso são habituais nos vários estilos artísticos
(o que está sublinhado na pág. 14)
Artefactos
→ o ideal das formas fundamentam-se a partir de modelos elaborados por técnicos (ou imaginativos
de um modo de padronização mais arcaico
→ ‘sem uma base formal, a vontade de criar algo que se dirija ao sentido de beleza dificilmente
poderá existir’ (pág. 14)
Forma + significado
→ juntam-se para que a mente se eleve em relação ao seu estado de indiferença quotidiana
→ tal acontece do mesmo modo na arte primitiva
O prazer estético pode ser impulsionado por meios naturais - canto de um pássaro;
paisagem; o andar de um animal - ‘todos possuem valores estéticos, mas não são arte’
(pág. 15)
Forma + criação
→ fundamental para a arte
→ ‘O prazer ou a elevação do espírito devem ser provocados por uma forma particular de impressão
sensível, mas esta impressão tem de ser produzida por uma qualquer atividade humana ou por um
produto da atividade humana’ (pág. 15)
→ ‘É essencial ter em conta a dupla fonte do efeito artístico, uma baseada exclusivamente
na forma, a outra em ideias associadas à forma. De outro modo, a teoria da arte seria
unilateral. Uma vez que a arte humana, em todo o mundo, em tribos primitivas e em nações
civilizadas, contém ambos os elementos — o puramente formal e o significante —, não é
lícito basear todas as discussões acerca das manifestações do impulso artístico na ideia de
que a expressão de estados emocionais, através de formas sugestivas, deve estar na
origem da arte, ou que, tal como a linguagem, a arte é uma forma de expressão.
Actualmente, esta opinião baseia-se, em parte, no facto tantas vezes observado de, na arte
primitiva, mesmo as formas geométricas simples poderem possuir um significado que se
acrescenta ao seu valor emocional, e de a dança, a música e a poesia terem quase sempre
um significado definido. Porém, a significação da forma artística não é nem universal nem
se pode demonstrar que seja necessariamente mais antiga do que a forma. Não é minha
intenção enveredar por uma discussão acerca das teorias.’ (pág.15)
A Arte Representativa
→ Este conceito significa que uma obra de arte não tem interferência em nós somente pela forma,
mas também pelo conteúdo - a junção destes dois componentes dão à arte representativa uma
importância emocional, muito diferente do estético simplesmente formal.
→ o autor considera que apenas a tentativa de representar alguma coisa não deve ser entendida como
arte, como é o caso das crianças e povos primitivos quando desenham algo que lhes é chamativo. - ‘A
simples tentativa de representar algo, ou mesmo de comunicar graficamente uma ideia, não pode ser
considerada arte; do mesmo modo que a palavra ou o gesto, através dos quais se comunica uma ideia,
ou um objecto — uma lança, um escudo ou uma caixa — que implique a ideia de utilidade, não são,
em si mesmos, um objecto de arte.’ (pág. 2)
→ Um conceito que um indivíduo tem em mente só passa a ser considerado obra de arte se for
elaborado tecnicamente perfeito ou se empenhou para alcançar um padrão formal - ‘Os gestos que
possuem uma estrutura rítmica, as palavras com beleza tonal e rítmica, são obras de arte; o
instrumento com uma forma perfeita aspira à beleza; e a representação gráfica ou escultural possuem
um valor estético, artístico, quando a técnica de representação é dominada’ (pág. 2) / ‘Do mesmo
modo, quando o homem tem de representar um objecto, é confrontado com um problema
que exige uma solução.’ (pág. 3)
. Exemplo: ‘Quando se dá a um homem primitivo um lápis e um papel, e se lhe pede
que desenhe um objecto da natureza, ele tem de usar instrumentos que lhe são
desconhecidos e recorrer a uma técnica que nunca experimentou. Tem de pôr de lado os
seus métodos de trabalho habituais e resolver um problema novo. O resultado não pode ser
uma obra de arte — a não ser, talvez, em circunstâncias muito excepcionais. Tal como a
criança, o artista principiante é confrontado com uma tarefa para a qual não possui
preparação técnica, e muitas das dificuldades que assaltam a criança são também sentidas
por ele. Daí a aparente semelhança entre os desenhos das crianças e os do homem
primitivo. Ambos fazem tentativas em situações semelhantes.’ (pág. 3) -> caso de: esquimó
de Iglulik; Índios das montanhas do Noroeste do México; tribos de amur; Índios da América
do Norte
→ na arte primitiva utiliza-se a perspetiva, assim como uma conjunção das partes principais; devido
ao facto deste método conter símbolos chamamo-lo de ‘simbólico’ - caso disso: ‘a pintura de Miguel
Ângelo, encontramos Adão e Eva no Paraíso, de um lado da árvore do conhecimento, e do outro lado
da árvore ao serem expulsos pelo anjo.’ (pág. 12)
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→ ‘Nas representações simbólicas primitivas, estes traços permanentes aparecem da mesma maneira,
por vezes muito evidenciados. É fácil verificar que os desenhos das crianças são essencialmente como
os que aqui foram descritos. Não são imagens da memória, como Wundt afirma — a não ser na
medida em que os símbolos são recordados e recordadores — mas composições daquilo que, para a
mente da criança, surge como essencial ou mesmo como provável’ (pág. 13)
→ ‘não é possível traçar com precisão a linha divisória entre os dois métodos de representação
gráfica. Em muitos casos, as representações simbólicas são, em certa medida, de perspectiva, quer
porque a forma geral é mantida, ou porque as diferentes partes são representadas em perspectiva;
enquanto que as representações em perspectiva podem, por seu lado, conter elementos simbólico.’
(pág. 16)
→ ‘Se a arte representativa se desenvolvesse no sentido do realismo absoluto, a fotografia
estereoscópica a cores seria o género mais elevado da arte. Mas é óbvio que isto não é assim.
Pondo de lado o apelo emocional do objecto em si, uma cópia fiel de um objecto natural,
como uma flor de vidro, ou um entalhe pintado, uma imitação de sons naturais ou uma
pantomina, pode produzir um apelo emocional intenso, excitar a nossa admiração devido à
perfeição da sua execução; o seu valor artístico dependerá sempre da presença de um
elemento formal que não é idêntico à forma que se encontra na natureza.’ (pág. 17)