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Filosofia da cultura

02/08/2013 - sexta-feira.

A cultura é um instrumental para entendermos a realidade a qual vivemos,


pertencemos.
O fato de o homem ser culto, erudito, ter uma armazenagem de conhecimento,
muitas vezes é confundido com o conceito de cultura, porem esta é muito mais
ampla, e se expressa de muitas e muitas maneiras, desde um botão até o sapato
que e usa, tudo expressa cultura.

Aculturação, Inculturação, Enculturação: todo esse questionamento trata do fim.

Ernest cassirer: o homem é um ser simbólico, o homem começou a ser humano no


dia em que ele inventou o primeiro símbolo, a humanidade começou com a
simbologia.

07/08/2013

18/08 – revisão da pesquisa feit nos grupos


20/08 – prova
25-27 – cultura e ecologia
02 – 04 /10 – modelos platônicos e hegelianos de cultura
09-11/10 – cultura e realização humana (aspecto ético e ontológico da cultura)
16-18/10 - cultura e revelação (cristianismo)
23-25/10 – modernidade/contemporaneidade e cultura
01-06/11- cultura e mídia
08/11- aula normal
13/11 – 2ª prova escrita
20-22/11-cultura de massa e cultura popular
27 e 19- revisão de todas as temáticas dos seminários em sala de aula

1.0 REALIDADE DA CULTURA


1.1 Noção de cultura
1.2 ciencias da cultura e φs da cultura
1.3 natureza e cultura
1.4 sociedade e cultura

Noção não é definição, em se tratando de problemática humana. Definir: de+finir: o


finir vem do latim finis que é igual ao nosso ‘fim’, mas o conceito de fato, é ‘limite’,
definir é dar de fato os contornos exatos de uma realidade, um limite, é enquadrar.
Em se falando em realidade é possível se colocar um limite para os sentimentos
como o amor, o desejo, dar o contorno exato daquilo que se põe.
Em se tratando de realidade humana, não se dê uma definição, mas sim uma noção,
que é chegar a uma referência mais próxima possível de uma definição, uma
aproximação.

Não se dará uma definição de cultura.


Parte-se da nomenclatura da disciplina, φ da cultura.
São dois conceitos unidos, um é φ, e o outro é cultura
φ = é um questionar-se, perguntar os por quês, os para quês. São dois
questionamentos fundamentais, o por que é de ordem especulativa, e o para que é
de ordem prática. Na especulação aprofunda-se para os fins últimos, a
fundamentação, busca-se os fundamentos, (como um tatu que vai cavando,
cavando,cavando... kkkkkk). Na especulação tem-se o aspecto ontológico,
(teorético), e o fundamento prático, entra em questão a ética.
A ocupaçõ undamental da φ é buscar aquilo que é universal.
Na sequencia das questões, (pq e para que), tem-se o como, que é trabalho
especifico da ciência, como funcionam as coisas, de modo diferente da φ, pois a
ciência busca o particular.
A φ da cultura tem-se quando se leva em conta a fundamentação e a parte prática
da φ. Pois a noção mais genérica de cultura é coloca-la como uma obra humana, a
cultura é fruto da presença humana. É invenção e podução, é um realidade
exclusivamente humana. Só o ser humano tem cultura, embora agente escute e até
leia, expressões como cultura das abelhas, das formigas, cultura dos peixes, mas é
uma utilização inadequada ou imprópria do termo cultura. (cassirer: o ser humano se
tornou humano quando passou a ser simbólico).
A cultura humana é obra exclusiva do ser humano, e subjaz na cultura dois
conceitos fundamentais, que são progresso e o desenvolvimento. Progresso, é um
andar, um andar pra frente, o progresso insinua um aumentar, um quantificar, o
progresso esta no âmbito da quantidade, tentando exemplificar, imaginemos que o
vereador de brusque faz uma defesa da vinda de uma empresa que vai dar mais de
mil empregos, mas é uma empresa que se instala perto da beira rio, e tem uma
porção de dejetos. Esse projeto é um progresso, mas não desenvolvimento, pois
este se caracteriza por qualidade. A união dos dois conceitos contribui para uma
cultura verdadeiramente humana.

09/08/2013 – sexta feira


Hoje em dia há o bom senso de que é possível fazer uma φ da cultura, desde que se
faça uma distinção, pois quando se fala da cultura, que é uma obra humana é
preciso levar em conta aquilo que é uma abstração, e aquilo que é de fato efetivo, a
concretude, são coisa bem diferentes segundo alguns pensadores.
Muitos dizem que de fato não da pra fazer uma φ da cultura pois esta inexiste, não
existe a cultura. A cultura de fato como uma abstração de fato ela não existe. Da
mesma forma que a humanidade não existe como ente. Existe homens e mulheres,
o conjunto deles forma o abstrato chamado humanidade. Or isso cultura é uma
abstração, não se poderia fazer φ da cultura.
Porem o ser humano, homem e mulher, vive a cultura, assim, relacionada a uma
vida concreta e efetiva, o ser humano vive essa cultura, e ai sim é possível fala de
uma φ da cultura. Uma coisa é se ter presente uma abstração “a cultura” vai coloca-
la onde?? Ela existe de fato por que alguém a vive e a controi, alguém a passa
adiante.
Assim “a cultura” não existe,o que existe é “uma cultura”, assim, evidentemente,
existem várias culturas. Nessa diferenciação d culturas o ser humano vai contruindo
sua vida e personalidade.
Essa diferenciação é importante e necessária para afirma uma possibilidade de uma
φ da cultura.
O ser que vive e constrói uma cultura se serve dela para dar um sentido, uma
direção um conteúdo para o seu existir, para sua vida.
NOÇÃO DE CULTURA

O ser humano tem que ser analisado diante de suas obras, e entre essas suas obras
está uma delas que nós chamamos de cultura.ao longo de toda a histoia, desde que
o ser huamno foi considerado como tal, e antes disso ainda ele opera age e faz
alguma coisa, esse conjunto de coisa que ele fz chamamos obras, e entre elas, esta
a cultura, uma obra humana.
A partir desta obra ele de fato se constitui. O ser humano é SH desde o dia que ele
fez o primeiro símbolo. O fato de sua sociabilidade e racionalidade, ele tem a
possibilidade de uma vbida cultural.
Assim ele se constitui e se organiza. O SH se constitui e se organiza social e
pessoalmente.
O SH torna-se diferente em seu modo de pensar justamente por causa da cultura.
Então o SH é constituído e se rganiza por meio justamente dessa vida cultural. E
isso tem uma grande influencia na personaldade que se forma dentro da cultura.
Assim a cultura, nesse contexto, lhe é exclusiva, só o SH é capaz dessa obra. Um
jeito próprio de viver.
Ao nascer o ser huamno de fato já esta inserido numa cultura, então signiica que
nomomento em que abrimos os olhos e começamos a viver dentro desta realdade
que chamamos planeta terra, cada um de nos ao nascer, nascmos dentro de uma
cultura. A cultura é um prato feito. Ao nascer vc recebeu já prontinho, e nem
perguntaram se vc queria ou gostrava desta cultura, ou de outra.
A cultura é uma herança social que recebemos. Da mesma forma como a herança
genética. A cultura é uma herança da sociedade, a geneica é herança dos pais,
duas grandes heranças que permitem construir a nossa vida pessoal e sócio
cultural. É um prato feito.
Ai somos de certa forma a assumir, muitos se rebelam contra isso.
Esse fator é o que da a possibilidade de uma estrutura e organização, essa herança
social ajda a estruturar e organizar o nosso comportamento.de maneira que os
outros podem ter uma ideia de como vamos nos comportar. Nesse sentido essa
herança cultural organiza o nosso comportamento e o da sociedade. Uma
expectativa de como os colegas vão se comportar. Um espécie de estimativa por um
mesmo fato, olhando os demais. Porem os outros podem olhar tbm para o eu. E ter
uma estimativa de como eu vou me comportar. Isso ocorre dentro da mesma cultura.
Esta ajuda agente a organiar e estruturar o nosso comportamento, que
manifestamos socialmente. A cultura nesse ponto facilita nossa convivência, nosso
comportamento social.
O SH não tem uma cultura, no sentido de possuir a cultura, eu vivo essa cultura e ñ
apenas tenho essa cultura, pos ela ñ é um objeto.
o herdeiro é determinado pela cultura, porem não confundir determinado com
condicionado. Pois destes condicionamentos nós podemos mudar. Para melhor ou
para pior. Aqui entra o discurso entre herança sócio cultural, a cultura como um todo
e cada um que está inserido dentro da cultura. E aí o confronto entre a cultura e a
liberdade. Nesse contexto vamos perceber que o ser humano é simultaneamente
criatura da cultura e criador da cultura. A cultura é um prato feito. Mas ele não é
eterno e imutável, o herdeiro tem a liberdade e pode alterar e melhorar ou piorar
essa cultura.

14/08/2013
Seguindo raciocínio da aula anterior, se tem esse confronto de que o SH está
constantemente numa atitude dialética entre a liberdade humana e a realidade
circunstante. Aí é que está essa dialética permanente, entre a liberdade e a
realidade, estas últimas que são condicionamentos.
Há uma diferença entre os verbos condicionar e determinar. Dois verbos que fizeram
história. Sobretudo na história moderna apareceu bem isso. Forma-se o
determinismo a partir do verbo determinar e a liberdade a partir do condicionar.
Onde que fato, de certa forma, pouco a pouco esse determinismo comanda tudo na
modernidade inclusive na visão de mundo, onde este é uma maquina, com newton,
e com descartes o SH é uma maquina. Este determinismo é mudado em
condicionamento mais tarde, com einstein, que fala de uma certa liberdade
condicionada
É preciso entrar nessa dialética e a entender.
Assim, nessa dialética, o ser humano é criador, mas é tbm criatura da própria
cultura, e isto aí, é evidente, nós percebemos o quanto somos tributários.
(levi strauss: o ser huamno está morto, e esta morto pela cultura, que vai
determinando estruturalmente a vida do SH)
Emborao ser humano seja um agente da cultura, é tbm passivamente influenciado
pela cultura. Como agente ele é criador, como paciente ele é criatura da cultura

C. Kluckhon sublinha certas características da cultura:


A primeira característica que ele chama a atenção é o poder organizacional da
cultura: toda nossa vida é organizada a partir da cultura em que se está inserido.
Desde o pensamento até a sua maneira de política, a maneira de se vestir, tudo se
organiza a partir da cultura onde vc está. Vc muda de país, ter-se-á que recompor,
remodelar sua organização da vida.
A segunda característica é capacidade de a cultura acumular conhecimentos com os
quais resolve problemas e passá-los aos pósteros (nossa relação com a realidade é
tbm de resolução de problemas).
Exemplo do zíper e do velcro, que estão dentro da cultura
Uma terceira característica que esse antropólogo da cultura chama atenção é a sua
promoção, ela possibilita certa previsibilidade do comportamento humano. Essa
previsibilidade do comportamento humano que esperamos dos outros, mas também
os outros esperam de nós. (exemplo: na medida em que promovemos a tal cultura
brasileira, então todos os que estão dentro dessa cultura podem fazer uma certa
previsibilidade de mais ou menos como o brasileiro de comporta)

Assim podemos afirmar que a cultura tem nesse contexto todo, passa a ser de fato,
uma lente pela qual vejo a realidade.
A lente não permite uma reflexão fenomenológica, (suspender o juízo para ver a
realidade como ela é).
É preciso refletir sobre o modo de ver.
É preciso uma inventividade e uma criatividade, uma maneira dialética de resolver
os problemas que condicionam a liberdade humana na realidade que a circunda.
Por mais inventivo e criativo que seja o individuo, não é esse individuo que vai
caracterizar uma época. Não é o somatório das produções individuais que vão
caracterizar uma época, que vão marcar uma época e cultura. Mas a síntese disso
tudo.
A soma das obras de Da Vinci não vai formar de certa forma a cultura da
renascença. Como juntar tudo aquilo que foi produzido na época, faz-se uma
síntese, e aquilo é que se pode chamar de cultura renascentista. É a expressão da
síntese de uma época.
Isto contribui bastante pra gente poder entender de fato o que é cultura e qual é a
sua influencia no modo de viver e de refletir, e de agir do SH.
A cultura humana nunca é estática, ela é sempre dinâmica.

16/08/2013
Noção de cultura:
Noção técnica de cultura, começada a construir no século XIX, antesdesse não
havia essa noção técnica, porem, havia um estudo sobre a cultura, havia uma noção
do que é cultura. O que se diz aqui é no séc XIX pouco a pouco foi se introduzindo
uma noção de cultura pelos pesquisadores das ciências socais e humanas.
Até se falava de cultura mas não se tinha uma noção de cultura para trabalhar com
esta temática.
A partir do XIX houve uma maior fundamentação dessa noção de cultura. Um noção
mais precisa daquilo que o ser humano constrói
Raph linton: esse pensador é que justamente chama a atenção para essa questão,
onde ele exemplifica com a questão da água. Se morássemos no fundo do mar, não
perceberíamos a água. Assim tbm com a cultura.
Porque se começou no século XIX:
Um olhar sobre a história:
Antiguidade: Grécia antiga. (não havia uma temática desenvolvida, mas não havia
de fato grandes falas dentro da cultura grega a respeito dessa temática, como um
ponto pacifico da própria vida do ser humano).
No aspecto da latinidade aperece a palavra cultura, bastamte disseminada no
linguajar daquele tempo. Ela é um substantivo valendo como adjetivo. Ela não tem
autonomia própria, mas vem ligada a expressões.
Ela se exerce junto com outros termos. Uma palavra que exerce funções. Por
exemplo: “cultura iuris”, esta seria a cultura do direito, a formação das leis e os
ordenamentos jurídicos, tudo aquilo que se certa forma esta ligado as leis, a cultura
sempre num aspecto funcional, ligada a um termo “cultura linguae”, “cultura
literarum”, o termo cultura sempre vem adjetivado. “cultura scientiae”, “agri cultura”,
“cultura animi”
Na era cristã, neste momento medieval, nesse contexto, segundo Muniz de
Rezende, começa-se a se olhar para este termo cultura, onde quando se fala nessa
seria aquele estilo de vida mais ligado ao tipo estilo de vida mosteiro, ou ao estilo de
vida tipo universidade.

Neste contexto do humanismo, ou na renascença, já aparece um pouco diferente a


maneira de encara a cultura. É o momento de tradução de obras clássicos, gregas e
latinas. Aparecem os grandes filólogos. A filologia está ligada a formação das
línguas e idiomas, sua constituição. Este contexto renascentista se fala em cultura
das letras, cultura do belo, da arquitetura, pintura, escultura. Grandes artistas como
Michelangelo, Rafael, etc etc etc....
Se criou este cultivo do grego e do latim, do belo, das artes, mas sempre como
ponto de referencia o aspecto clássico, greco-latino.
O ideal da renascença é de certa forma tentar reproduzir, não como copia, mas
como um tentar reviver esse momento greco-latino.
Na modernidade temos o momento iluminista, ou enciclopedista. Aqui aparece mais
o aspecto da erudição. O pensador que consegue armazenar dentro de si uma
verdadeira enciclopédia. Abarcar o que o ser humano conseguiu em sua trajetória. É
um sonho de saber e saber sempre mais, de certa forma se manifestar esse modo
de ser. O culto esta ligado a esse saber mais generalizado possível (dizer coisas
certas a respeito de muitos assuntos)
No século XIX aparece esse momento evolucionista, ligado sobretudo ao
positivismo. Aqui apresenta-se um aspecto que não se tinha levado muito em conta.
O aspecto do progresso, da ciência e da técnica. Aparece a grande discussão no
século XIX, entre a civilização e a cultura. Com o aparecimento do livro de darwin (a
origem das especies). Aqui acontece muito essa busca pelas fontes, pois todos
queriam achar provas, então corre-se para a africa e asia, cavocando. Chardin na
china descobre muitas coisas.

Etnologia:
- Antropologia Cultural
- Antropologia Social
Qual a diferença entre civilização e cultura? Há semelhança entre os dois?
21/08/2013

Noção de cultura noção técnica de cultura: é um aspecto funcional desta noção,


séc XIX se começou a buscar esta função técnica. Até então eram apenas
considerações soltas no meio de outros discursos. Não havia um dicurso feito para
uma compreensão mais especifica a respeito daquilo que o sh fez e vai continuar
fazendo, que é a sua própria obra, a cultura. Seu aspecto de criador e criatura.
No séc XIX a esta tentativa de compreensão da origem do próprio universo, e
também essa tentativa de buscar uma compreensão maior do aspecto evolutivo.
Esse termo evolução, entra de cheio nos pensadores do séc XIX. Não só
biologicamente. Com Mendel, e depois muitos outros.
Aqui entra no século XIX a etnologia, que depois será chamada antropologia
cultural, mais a frente, no século XX tem-se a antropologia social.
No séc XIX, de fato, se começa um maior acento nessa antropologia cultural. Na
posição positivista e evolucionista é que se desenvolve, vem esta busca, a partir da
europa saem muitos destes pesquisadores. Uma busca por indícios e vestígios para
fundamentar a sua teoria.
Busca por Aspecto físico, e aspecto cultural.
No físico são os ‘ossos humanos’, vestígios humanos.
No aspecto cultural........................................
No final do século XIX se forma um ponto de referencia bastante condensado em
termos de etnologia e aparece uma das primeiras noções que começa a ser usada.
Um modo de olhar a cultura sobre este ângulo: “a forma própria de um povo
viver”
Não existe um povo sem cultura, a cultura para todos os povos, por isso essa noção
funcional de cultura. Ou seja, não temos uma cultura, temos N culturas. A cultura se
dá quando se caracteriza um povo. A carateristica fundamental de um povo é que
ele tem sua cultura.
Ultrapassa-se essa noção de uma cultura genérica, ela é aracteristica de cada povo.
É uma propriedade, no senido de exclusividade. Não um ter uma cultura, mas sim
um viver uma cultura (ter no sentido de objeto).
A partir desta noção que se formou, sem um pensador especifico, que se forma por
essa pesquisa etnológica. Nos dando essa noção de exclusividade.
Segundo muniz de rezende é a partir desta consideração que é feita no fim do séc
XIX começa a se firmar sempre mais a própria posição da φ da cultura. Aqui
começa-se a delinear o que vem a ser essa φ da cultura.
Se faziam reflexões antes sobre os produtos da cultura humana, que seriam as
próprias obras ou essas manifestações materiais. Refletia-se olhando esse aspecto
dos elementos individualizados deste viver cultural. Agora, depois que se firmou este
pensamento, se começa a pensar mais sobre o conjunto que ele chama de a cultura
da “consciência de si”, ex: os indígenas formavam um todo, uma totalidade, e quanto
que as nossas cidades nem sempre tem essa condição.
Agora a φ da cultura tem de fato o seu lugar tentando buscar a reflexão a partir do
modo como este povo tem de viver.
A etnologia nasce do aspecto racial com o cultural.
Dentro da reflexão de muniz de rezende pode-se perguntar se o brasileiro tem
mesmo a consciência de pertencer a uma cultura? Será que o catarinense, o
gaúcho, etc, etc, etc, tem a consciência de ser brasileiro.
Essa consciência de si, essa cultura reflexiva não deixa de ser um julgamento sobre
a sua própria cultura.
Ex: a semana de arte moderna, foi um julgamento a respeito da cultura que estava
aí, foi feito um julgamento social. O que se está pensando, expressando, através das
manifestações culturais? O que se está produzindo de fato é nosso, ou estamos
repetindo, reproduzindo, copiando apenas, a cultura da Europa, da América do
norte. Ou estamos fazendo algo propriamente nosso.
Estamos mantendo essa consciência de si?
A etnolopgia, aqui, através desta noção sintética (acima). Começou essa reflexão
dessa cultura, a dar mais valor a cultura no seu conjunto, e não nesses produtos, ou
nessa produção cultural. Não tanto aos elementos, mas a cultura como consciência
que o povo tem de si.
A φ da cultura esta nesta reflexão permanente sobre a forma. Esse é o enfoque q a
φ da culura passa a ter no inicio do séc XX. Mais sobre forma de um povo viver do
que sobre os produtos que um povo produz.
A partir deste julgamento começa a se pensar mais sobre essas semlehnaças
culturais. Refletindo sobre a forma de viver dos egípcios, e dpois dos maias, se
começa a perceber que o sh apartir de suas manisfestações culturais, ele cria,
inventa, formas de viver semelhantes. Evidente que tbm aparecem as
desemelhanças.
Aqui se busca pereber pouco a pouco essa universalidade da cultura (universalidade
no sentido de que todo o ser humano, desde que esteja inserido dentro de um povo,
ele é de fato um ser cultural um ser uqe é afetado pela cultura, nesse sentido então
se percebe esa universalidade da cultura o fato cultural não é restrito a um povo ou
outro, como se pensava no séc XIX. Universalidade não é no sentido de
globalização, mas sim a descoberta de que todo sh, todo povo, tem cultura, não há
nenhum que não tnha sua forma própria de viver.)
Isso não era ponto pacifico no século XIX. Hoje sim.
Essa visão faz refletir sobre os estilos de vida, e depois sobre os valores
vivenciados, vividos. Cada povo se questionará na sua escala de valores. Isso vai
mostrar certas semelhanças e certas diferenças. Ex: monogamia e poligamia,
patriarcal e matriarcal, politeísmo e monoteísmo. Assim aparecem os
questionamentos. Qual a razão de fato que esse povo coloca essa forma de viver de
fato. E por que o outro povo não tem. Também pergunta-se o para que, além do por
que.
Essa busca de uma reflexão dos por quês e dos para quês daquela forma especifica
de m povo viver, isto de certa forma foi estimulado por Immanuel Kant, quando ele
falou sobre isto daí ele se questionou sobre a ciência do homem, ele sugeriu
algumas perguntas, como, “o que a natureza fez do homem?”, o mundo, a natureza,
tem deixado a sua marca no sh. no sh, segundo Kant, não isento da sua reflexão
com o meio ambiente, há uma interferência do natural com o sh.
Ele ainda questiona: “o que o homem fez de si mesmo?”, afirmação de cunho
antropológico, que leva em conta esse aspecto pragmático, um pra que seve essa
cultura, que praticidade tem essa cultura, o que ela traz de fato de significativo para
o viver humano, nesse contexto todo é que se percebe o valor.

23/08/2013

1871  Eduard B. Tylor: antropólogo cultural que deu a primeira noção científica,
que diz: “cultura ou civilização, tomada em seu sentido etnográfico lato, é aquele
todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, lei, costumes, assim
como todas as capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro de
uma sociedade”

A cultura não é algo simples, é uma totalidade complexa. ´bem mais complicada do
que se imagina. Essa é uma noção descritiva que abarca tudo o que se pensou ate
aqui sobre cultura.
Herskovits  etnólogo “cultura é a parte do ambiente feita pelo homem”
Aqui praticamente já se tem uma noção técnica, já superada a confusão entre
“civilização e cultura”
O ser humano não cria o ambiente, mas transforma o ambiente. É um ser que
adapta ao ambiente e dentro dele produz meios para sua sobrevivência.

1.2 ciência da cultura e φ da cultura.


Se considerarmos realidade humana, que é o ser humano dentro do meio ambiente,
que vem criar a realidade humana. Na sua globalidade nós percebemos que esta
realidade consta de muitas situações e fatos, e estes não quaisquer fatos, mas os
mis relevantes. Ligados a parte fsiologic,a economic, artista, religiosa, etc. tudo isso
pode-se ver que estão interligados, e aoarecem mostrando em que o ser humano
sta envolvido com encontros e dsencontros, condigo memso e com aquio que o
cerca. Assim o ser humano vai se organizando e vai estruturando o seu viver, e que
depois dste viver mais organizado ele passa adiente, ai nos temos a trnsmissao da
cultura.se olharmos a visão do século XVIII e XIX, vamos percebr que esta
organização é vista e observda como se fosse algo em que o sh mostra-se abstrato.
No contexto positivista se vê esta reflexão como algo abstrativo. A φ da uma visão
abstrativa, e a ciência e a técnica da uma visão mais concreta.
O que de fato vale para a visão positivista é a ciência e técnica. A ciência da cultura,
pois esta seria de fato, aquela realidade que contribuiria, enquanto que fala de φ da
cultura não acrescenta grande coisa para a compreensão das realidades humanas.

Nelson hungria: pensador jurista iluminista no brasil, numa conferencia ele disse que
a φ é algo que se assemelha a homem que esta num quarto escuro, procurando um
chapéu pret que não esta dentro do quarto. (ou seja, a φ é perda de tempo, que não
leva a nada, procura algo que não existe e ainda no lugar errado)
Este modo de pensar aparece bem claramente. O exercício de uma reflexão
filosófica é muito inútil pois é abstrato e não tem ligação com a realidade humana.

Acontece porem que os estudos que foram levados adiante vamos percebe que
mais e mais a própria ciência e as técnicas vão se especializando, e se pestarmos
atenção, numa linguagem naum tão cientifica, vão se afunilando, de maneira que
vão pouco a pouco se particularizando mais, se tornando mais espcificas.

Exemplo do ser humano, no qual se particiona o seu estudo, vai se especificando,


se particularizando, singularizando.
O cientista as vezes começa a dar uma de metafísico quando o principio particular
começa a se promovovido como pricipio euristico de compreencsão da realdiade
como tod, como fundante da realidade.
Nessa consideração é que esta a grande diferença entre ciência da cultura. E φ da
cultura.
Se agente começar a questinar a parte e o td, podemos fazer as mesmas perguntas
quando se fala a difrenças entre φ e ciência. Pq o sh faz cultura, para que ele faz
cultura, cmo o sh reponde a essas perguntas. Esse como eu posso estudar pela
ciencia da cultura.
umA cisa é o como, que é estudado pela ciência da cultura. Como o sh vai enfrentar
as situações e fatos. Como vai respnder. A ciência da cultura responde o como, mas
não o porque e nem oparaque, dar sentido as coisa a sua vida e historia. Isso não
se percebe pela cienci da cultura. Percebemos que esta abordagem é diferente
daquela do como. Uma coisa e vc se questinar sbre o sentifdo profundo e outra
coisa é se questionar sobre as funções. Como funcina. Como de certa forma posso
me servir disto ai. A ciência da cultura pode ate me auxilira, mas quando se trata de
porque o sh sfre, como agora vou responder a esse porque ai, poruq eofre, porque
trabalho, porque creio, est questionamentos são oferecidos naum a aprtir da
iobservção de uma parte, naum abstraído da relaidade como um tôo, naum uma
partezinha da inha vida, mas do conjunto todo, so olhando o conjunto todo é que
consigo responder os proques, encontrar uma resposta stisfatória. Pode-se estudar
todas as ciências humans, tudo é de certa forma o como o sh tenta compreender a
sua vida particularizada através destes aspectos de sua inteligência que são aora
aglutonados em pequenos conjntos que soa chamandos deposi de ciência, mas
parte de uma ompreensao de totaldade isso so é possiel se buscarmos o sentido
mais profundo e isso nos é dado pela φ, φ da cultura é uma reflexão não tão
abstrata como os iluministas e positivistas achavam, mas pelo contrario, é algo bem
concreto, e cada vez mais agente percebe que essa concreude na busca de um
sentido, pois sem essa reflexão se cria de fato, seja para o sh um vazio, ou um vazio
ate em nível social que buscase preencher. A droga é um preenchimento de um
vazio pessoal e social. Falta de sentido.seja existencial, seja no sentido mais social.
Nos percebemos que tanto as ciências, da cultura, são interessantes e necessárias,
mas tbm a φ da cultura é necessária pra compreensão da realidade com um todo,
buscando auqilo que fundamenta aquilo qe da consistência para uma cultura.
Mesmo que se especialize em todas as ciências humanas, tente ompreender a
culura de um povo através dessas analises cientificas, mas se agente não olhar isso
como um todo (φ), nos naum vamos ter uma visão compreensiva da realidade, por
isso a φ da cultura da uma compreensão de totalidade da cultura. É uma reflexão
compreensiva, enquanto que as ciências da cultura, quando se o como, ou o
funcionamento dos aspectos da cultura, se tem bem mais uma compreensão
restritiva, uma reflexão entendida nesse sentido, mais restritiva, pois é restrita a um
aspecto da cultura.
Exemplo do rio: porque o sh modificou o curso do rio? (φ) Como o sh modificou o
curso do rio? (ciência, e tecnica)
A φ pergunta a totalidade e a ciência pergunta pela particularidade

28/08/2013

1.3 Natureza e cultura


Antropologia filosfica. Houve um momento histórico em que aconteceu um
movimento nessa conjunto que chamamos de natureza, essa trajetória histórica,
uma ruptura que podemos chamar de ruptura ontológica. A ruptura ontológica diz
que num certo momento essa trajetória histórica, houve de fato um conjunto dessa
ruptura, que é um conjunto de coisas, de repente rompeu-se esse conjunto e
apareceu um eu, uma consciência, um sujeito, e a partir daí houve de fato essa
relação, entre a natureza, o objeto e o eu (consciência). Além da relação entre
sujeito o objeto, se percebe aqui a relação com o outro, a alteridade [não é assunto
agora, mas aqui há a ruptura ontológica].
A ruptura é essa constituição diferenciada, agora dentro da natureza, dentro desse
cosmos, não é mais agora um cosmos de coisas, mas de coisas e um sujeito, ou
sujeitos, com a diferenciação a consciência, o que nos interessa é a relação
estabelecida entre o sujeito e o objeto.
Essa relação é uma obra humana, e por ser obra humana, caracteriza-se então
como cultura.
Aqui justamente temos uma reflxão de sartre, onde ele s debruça sobre essa
relaçõa, chamando a atenção para o fato de que nós nunca chegamos a entender,
compreender. Ele chama a atenção sobre a opacidade, que é a dimensão do que é
opaco. Segundo sartre, nessa relação domina a opacidade diante dos objetos. Num
discurso kantiano (a coisa em si não se pode captar), a coisa em si seria opaca.
Embora tenha rompido ontologicamente, o SH ainda continua fazendo parte dessa
natureza, embora ele como sujeito e a natureza como objeto. Há aqui agora algo
novo, a consciência do SH, e por parte dos objetos, continua sua inconsciência.
Essa relação continua agora no processo histórico.
Como é que agora o SH vai se relacionar aqui? Aqui entra de fato a cultura. Essa
forma própria do SH se relacionar do SH com o meio ambiente. Como ele vai
administrar essa relação. Existem duas maneiras muito significativas ao longo da
historia. Ele explica essa relação, ela é interpretada pelo mito, q é uma maneira de
certa forma, d explicar, o mito é uma tentativa de explicar ou de interpretar a
realidade.
Por outro lado tem-se o logos, a razão, tem-se todo o discurso racional, nasce a φ.
E por outro lado ainda tem-se a teoria. A diferença entre mito, logos e teoria é que o
mito é uma tentativa, o logos é uma tentativa racional, e a teoria é uma tentativa
científica. Sempre há essa tentativa de explicar a realidade.
Tudo para uma compreensão da relação entre sujeito e objeto.
Sobretudo, na tentativa do logos, aparece um instrumental, o termo, ou o flatus
vocis, a emissão de voz. Aí se tem essa ligação entre o objeto, a palavra, e o logos
(razão). Na palavra se tem ausência presente, no objeto tem-se a presença.
O relacionamento eu e objeto é relacionamento de presença. Se não se tem o objeto
presente, mas traz essa realidade através do vocábulo, da plavra, da flatus vocis. É
então uma ausência presente, uma maneira outra de relação. São dois
relacionamentos diferentes que agora se tem culturalmente.
Tem-se agora essa palavra que no fundo é a linguagem que faz de fato, através da
palavra, se vai classificar os objetos, e por famílias, ordem etc etc etc... pela palavra
se vai ordenando, dividindo, rompendo, suturando, costurando as coisas fazendo
discursos.
Tudo isso é um processo histórico, no qual são milhares anos de cultura, desde as
explicações mitológicas. Tudo nos leva a essa antropologia cultural, e por
consequência a uma φ da cultura.
A φ da cultura nos chama a atenção que natureza e cultura não são realidades
estanques, não são duas substancias independentes, são sim duas realidades que
se implicam mutuamente, ou se imbricam (como as telhas de um telhado,
imbricadas uma na outra), no processo histórico a natureza e a cultura estão
relacionadas.
A partir desta ligação íntima, a partir desta realidade não estanque, estreitamente
ligadas entre si, nós percebemos que temos então dois mundos diferentes, distintos,
mas imbricados. É o mundo da natureza e o mundo da cultura.
Paulo freire diz que uma pena de arara na asa ou na cauda da arara faz parte do
mundo da natureza, agora essa mesma pena de arara que ela perdeu ou
arrancaram da asa ou da cauda dela, que virou um cocar de penas dessa arara,
essa pena migrou do mundo natural para o mundo da cultura. Aparentemente a
pena não mudou nada. Ela migrou do mundo da natureza para o mundo da cultura.
No lugar da pena de arara, ponha tudo o que esse tem aqui e agora, olha o tanto d
coisas que migraram do mundo da natureza para o mundo da cultura.o próprio corpo
humano com as intervenções cirúrgicas de plásticas, tatuagens e piercings. Essa
migração se dá ao longo de anos e anos, através de um processo histórico que no
fundo é um processo natural que afeta a nossa vida. O SH não é um objeto incólume
que atravessa a história.
Aqui se tem esse intercambio entre natureza e cultura, no fundo é um discurso entre
natureza e ser humano, que se distingue, mas se compõe um ao outro.
Aqui se tem o discurso de um filósofo da cultura: V. Mezhúiev - esse pensador nos
dá uma noção desse relacionamento entre natureza e cultura, ele nos essa noção
que já se conhece: natureza é tudo que surgiu e existe por si mesmo, via natural,
independente da vontade e dos desejos dos homens.
Cultura é aquilo que foi criado, elaborado, aperfeiçoado pelo homem, acomodado
por ele ás suas necessidades e exigências.
A cultura se dá especialmente, nasce é elaborada a partir das necessidades e
exigências, que por vezes não se dá explicitamente. Exemplo do cocar, se faz por
fazer? Não: É uma necessidade de se apresentar, de conquistar uma companheira,
etc, etc, etc.
A cultura não é fruto de circunstancias históricas, mas desse relacionamento de
necessidades e exigências. ( :-[o] ).
O mundo da natureza é um mundo natural, e o da cultura, um mundo não natural,
que não faz parte desse conjunto de coisas originais. A cultura aparece a partir da
consciência que se tem desse mundo natural.

30/08/2013
O processo histórico.
Nesse processo seria interessante, segundo mezhuiév, se levar em conta o
pensamento marxista. E aqui subjaz uma unidade entre natureza e cultura, supõe
uma interrelação, interdependência, entre a relaidade da natureza e a realidade da
cultura.
Não da pra separar como se separa duas fatias de polenta... (:-p)
Esta seria uma distinção parcial tem-se A e B, e uma unidade entre as duas.
A NATUREZA ENTÃO DENTRO DESSE CONTEXTO SERIA O CORPO
INORGANICO do ser humano. Se pecebemos bem, a vida cultural do ser humano é
sustentada e viabilizada pelos recursos da natureza.
Assim não há separação drástica entre vida e cultura. A natureza passa a ser um
prolongamento do nosso corpo. Assim a cultura humana tem ligação com a cultura.
Se pensarmos que são esses recursos da natureza que nos propiciam essa
possibilidade de viver, esses recursos vão nos auxiliando nessa construção da
própria cultura.
Aí ele chama a atenção para própria estrutura do ser humano. O nosso corpo vive
no confronto entre saúde e doença. E a natureza , e por consequência a cultura, é
que sustenta esse binômio saudade/doença.
O mesmo para o envelhecimento e a morte. Esta é quando o organismo para de
responder, por assim dizer, com a natureza.
Aqui entra um novo pensador, RENÉ DUBOS, ele é um ecologista, que se
especializou nessa interdependência entre o ser o humano e o meio ambiente.
Escreveu um livro: namorando a terra. No qual ele enfoca não mais o lado
organímico, mas o lado psicológico. Sempre nessa relação entre natureza e cultura.
Nesse aspecto ele chama a atenção sobre o ambiente onde o ser huamno esta
inserido.
Esse ambiente se torna lugar, lugar é quando o ser humano se sente em casa. Esse
lugar é um prolongamento do seu corpo, é a sua casa. Essa termilogia ‘lugar’,
chama mais a atenção para uma pessoalidade, como se começasse a namorar o
lugar, um relacionamento sensibilizado, mais amoroso, mais delicado, fraterno, com
o lugar, sua casa.
Para o ambiente em que me retiro encontro determinadas satisfações, sejam
espirituais, emocionais e até sensoriais, assim há uma interação íntima, aquilo que
ele chama de espírito do lugar.

Humanismo total=humanismo ateu: marx, não possibilidade para a transcedência.


Tudo parte da economia, que é infra-estrutura, para uma supra-estrutura, que são a
teologia, filosofia, direito, etc, etc.... mudando a economia se muda a supra-
estrutura. (materialismo histórico)
Se há uma abertura a transcendência, o processo não será puramente materialista.

04/09/2013
Mezhuièv  Capital  Marx.
Mezhuièv, partindo da obra “o capital”, de Marx, faz essa analise antropológica,
dessa relação entre o SH e a natureza, fazendo a analise desse processo histórico,
colocando esses dois significados da natureza na vida do ser humano. Seja ela um
meio de vida, ou seja como meio de trabalho. (Mezhuièv é comentador de Marx e
busca fundamento na obra marxista para discorrer sobre os seus assuntos de
estudo)
Para ele a natureza tem dois significados para o SH, para ele ou a natureza é uma
riqueza natural de onde o SH tira os seus meio de vida. (riqueza natural dos meios
de vida). O SH domestica os animais e também as plantas, de onde o SH tira os
seus alimentos, onde sem a natureza seria inviável sua vida e história (primeira
consideração que Marx fez)
Num segundo significado a natureza passou a ser uma riqueza natural dos meios de
trabalho. No primeiro tem-se a natureza como sustento, e agora como um meio de
trabalho, então se tem a própria terra que agora começa-se a cultivar, ela é um meio
de trabalho. Ou pode domesticar um animal como o boi para ser o meio de
transporte.
Assim o SH vai construindo pouco a pouco a sua história, esse é o processo
civilizatório ou cultural. Nesse aperfeiçoamento da parte técnica (meios) ou cultural
(dos hábitos e manifestações simbólicas do ser humano ao longo de sua história).
Mezhuièv afirma que desde as antiguidades até os dias de hoje a relação com a
natureza, em principio é a mesma coisa, faze-la um princípio de vida e de trabalho.
Assim percebe-se que a vida do SH é uma vida de comunhão com a natureza
(comum união), e essa comunhão com a natureza traz conseqüências ao longo de
todo esse processo histórico. Traz conseqüências para a natureza e tbm traz
conseqüências para o SH. No primeiro momento a natureza se caracteriza como
meio de vida, onde o SH era caçador e coletor.
Trazendo então para a reflexão filosófica, é possível chamar a atenção sobre dois
pontos:
Esse processo civilizatório e cultural trouxe a visão das coisas naturais e das coisas
culturais, uma clara distinção entre as duas “coisas”, como a abóbora, que é coisa
natural, mas no dia do halloween torna-se coisa cultural. No entanto há uma unidade
básica entre natureza e cultura, assim como também entre natureza e ser humano.
O sh ainda se distingue da natureza pela sua racionalidade e liberdade, mas isso
não significa uma separação.
Assim o sh não se conduz por instintos como os animais na natureza, não há um
determinismo neste sentido, todavia os condicionamentos culturais envolvem o ser
humano de forma muito significativa neste processo histórico, em certas
circunstancias estes condicionamentos são tão fortes que minimizam a possibilidade
de livre escolha, chegando a uma situação que o SH pratcamente de sente preso. A
espionagem por exemplo é um condicionamento cultural que limita a liberdade.
Podemos pensar agora se estes condicionamentos não condicionam só a nossa
vida do dia-a-dia.
Tudo isto vai criando não só um estilo de vida no dia-a-dia, uma forma de pensar
que vai criando distinções como certo e errado, licito e ilícito, moral e imoral, ético e
antiético, etc,etc,etc...
11/09/2013
A mediação entre ser humano e natureza é a criação, que é obra do próprio ser
humano.
Ligação entre a sociedade e a cultura, evidente que essa ligação é uma obra do ser
humano, e enquanto tal ele vai construindo essas duas realidades, sociedade e
cultura, e anteriormente a isso tudo tem-se a natureza.
Ser humano

Natureza  sociedade  cultura

Consideraões sociológicas:

A pessoa de fato nos mostra que se exercita como ser humano vivendo paadroes de
comportamento social, ou padrões culturais.
A pessoa é a unidade base da sociedade (unidade mais simples, da qual não é
possível mais dividir-se)
A cultura tem como unidade base um padrão de comportamento cultural
A cultura nasce desse dialogo entre ser humano e natureza, dessa inserção do SH
dentro do meio ambiente. A partir disso nasce uma cultura, uma sociedade. Cada
sociedade tem a sua cultura.

Um conjunto de pessoas cria o que se chama de grupo social, mas não qualquer
ajuntamento de pessoas que se forma um grupo social, ao menos precisam de um
padrão de comportamento, uma estrutura, uma atividade comum ao grupo. Por isso
um conjunto de pessoas que tem certas características é que formam um grupo
social, se não seria um simples agregado. Nem toda família é um grupo social.
E um conjunto de comportamento vai dar naquilo que se chama de instituição social.
O grupo social leva em consideração a pessoa em particular. A instituição é pré-
estabelecida, algo mais genérico, é formada por um conjunto de padrões de
comportamento (exemplo da família, pai, mãe, filhos, são padrões de
comportamento que formam a instituição chamada família). As seis instituições mais
básicas são familiar, recreativa, escolar, econômica, política, religiosa.
Diferença entre organização e estrutura: a estrutura é aquilo que não pode ser
mexido na obra por exemplo: o alicerce, as colunas e as vigas. Todo o resto, que
pode ser movido e variado, é organização. Mudando a estrutura, musa-se a
organização. Mudando a organização não se muda a estrutura. Porém é na
organização que a cultura atua, mudando a organização, muda-se a cultura. (os
padrões de comportamento de uma mãe chinesa são diferentes de uma mãe
brasileira)
Atualmente a instituição social [pai e mãe] família mudou, pela união de casais homo
afetivos. Agora tem-se uma união estável entre duas pessoas.
Dos vários grupos sociais nascem a sociedade (a tribo), várias instituições fazem
surgir a cultura.
A pessoa humana, o grupo, tem um papel social, a instituição, nos padrões sociais,
tem um status social. Isto é, a posição que alguém ocupa na estratificação social.
Alguém pode ser prefeito da cidade e ser também pároco, e quem sabe ainda joga
no time da cidade. Se esta na prefeitura tem o papel social de prefeito, ocupa um
status social. Quem atribui um status é a sociedade com seus critérios, o papel
social é aquisição pessoal. Ambos dependem da cultura.
Os papeis sociais dinamizam a cultura, uns somem e desaparecem, outros vão
surgindo.

13/09/2013
Pessoa humana  grupo social (não é uma classe social, esta, sociologicamente só
existiram depois da revolução industrial, outra coisa também é categoria social) 
um conjunto de grupos sócias vai formar a sociedade
Padrões de comportamento social  instituição social  cultura (tantas forem as
sociedades, tantas serão as culturas, pois a sociedade não é necessariamente um
milhão de pessoas, mas sim um povo que construiu uma cultura)
O individuo num grupo social tem um papel social, e nele exerce uma função. A
presidente tem o papel de exercer as funções da presidência junto com todos os
padrões de comportamento que exigem. O papel social nasce quando nasce uma
nova função social.
Os padrões culturais levam a um status social, junto com os padrões culturais
(comportamentos semelhantes), ocupam uma posição social.
Nós vivemos então continuamente nos exercitando dentro de processos sociais, os
processos sociais dão dinamismo a sociedade e a cultura.
A sociedade tem seus critérios de atribuição de status, de valorização das funções
sócias, isso forma a estratificação social.
Os valores sociais são o eixo em que tudo gira em torno (do grego axis, eixo,
axilogia) de tal forma que você pode identificar a escala de valores de um individuo
grupo ou sociedade, a partir daquilo que ele pensa ou da forma como ele age. A
mudança de valores gera a transformação social (segundo a antropologia cultural)
ou mudança social (segundo a sociologia). Na cultura brasileira esta na base
familiar, de um familiar patriarcal para uma família nuclear (formada de pai, mãe e
um filho ou dois)
Quando se trata de indivíduos ou de grupos se trata não de mudança social, mas de
mobilidade social. Esta está ligada a estratificação social (divisão dos indivíduos
dentro da sociedade, que pode ser por casta social [onde se você nasce numa casta
social vc não pode sair desta casta até o fim da vida], por estamento social [já
possibilita a mudança entre os estamentos, isto é, mobilidade social, numa
ascenção, ou decadência social, que se dá pelos critérios estabelecidos pela
sociedade ], classe social).
A sociedade precisa de mecanismos de controle social, como a censura. Quem
escapa ao controle social, cai num desvio, numa discrepância social. O controle
social está aí e eu deixo de lado, meu comportamento não se submete ao controle
social.
Todo esse conjunto chama-se integração social, integração sócio cultural, e num
processo de socialização eu me integro ou me excluo da sociedade.

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