Você está na página 1de 218

?w.

(
A)

<
» í

^
SYSTEMA LEGAL

UB

MEDIDAS
REDIGIDO POR

JOAQUIM JOSÉ DA GRAÇA

E AVPROVADO

Pelo Conselho Geral d'Instrucção Publica

LISBOA
TYPOGRAPHIA UNIVERSAL
HUA DOS CAI.AFATBS, 110

1864
' ■
III.™ Sr.

Participo a V. S." que o conselho geral d'instrucçâo


publica approvou em sessão de 30 do corrente mez de
agosto o livro intitulado — systema legal de medidas —
organisado por V. S.a, para entrar no catalogo dos livros
approvados pelo Conselho, á vista do parecer do vogal cen
sor: e para seu conhecimento faço esta participação.
Deus Guarde a V. S.a — Secretaria do Conselho Geral,
em 31 d'agosto de 1864.

111.™" Sr. Joaquim José da Graça.

O Secretario

José Antonio d'Amorim. -


Bayerische
StaatsbiMirtiick
'L

PROLOGO

Este livro deveria ser apenas o resumo das tabellas de


reiíucção das medidas de capacidade, publicadas de 1861
a 1863, em 7 volumes do formato d'este., tendo cada um
de 300 a 400 paginas. O resumo effectivamente se encontra
de paginas 102 a 138, porém julgando que a obra toda fica
ria tão árida quanto é árido o assumpto, pareceu-nos que
poderíamos alterar o que no principio dissemos ; isto é, que
seria util apresentar com as tabeliãs um compendio do sys-
t ema metrico; mas depois do que haviam escripto os srs. Fra-
desso da Silveira, Costa Moya, Latino Coelho, Barreiros, etc.
nos devíamos limitar a publicar as, tabellas comparativas
das medidas de capacidade, etc. etc.
Hesitámos em escrever o compendio, mas intendíamos que
ainda havia que dizer sobre medidas de uso quotidiano ; e
como ninguem tratava dos esclarecimentos importantes para
um assumpto que ainda não tem o desinvolvimento que ha
de vir a ter, procurámos, talvez desviando-nos das formas
didacticas, tocar os pontos já tratados, e encetar outros de
que se tem descurado.
O Systema legal de medidas fica inteiramente indepen
dente das TABELLAS DE REDUCÇAO DAS MEDIDAS DE CAPACIDA
DE. É um livro que não se prende com antecedentes nem
VIII

consequentes, mas que tambem pôde ser considerado o 8.°


volume das mencionadas Tabeu.as. Podia ser muito mais
desinvolvido, mas então tomaria pretensões a um tratado de
metrologia, e como tal cada capitulo daria assumpto para
um volume nada pequeno. Intendemos que os limites em
que o deixamos são sufflcientes para o que geralmente se
pfecisa saber d'esta materia.
As tabellas finaes ficam circumscriptas a uma certa ordem
de Estados, parecendo-nos que pouco importaria â maior
parte dos leitores conhecer o systema de medidas de alguns
pequenos principados, ducados e senhorios da Allemanha,
quando já tem visto as de outros muitos Estados importan
tissimos. Quanto ás medidas da America, Ásia, Africa, e
Oceania julgámos que só as das possessões portuguezas con
viria rigorosamente conhecer, assim como as do imperio do
Brazil ; mas não duvidamos satisfazer a qualquer pergunta
que se nos dirija relativamente a medidas de alguma nação
d'aquellas partes do globo, se tivermos os elementos neces
sarios para isso.
A demorada publicação, que eslava annunciada para abril,
foi devida a causas alheias á nossa vontade. O original es
tava prompto desde fevereiro.
Aos nossos leitores pedimos benevolencia para o livro, e
para o
Autor.
SYSTEMA LEGAL DE MEDIDAS

ORIGEM DAS NOVAS MEDIDAS

Hedldaa lineares

Duvidar da superioridade do systema metrico-decimal a


respeito dos outros systemas de medidas estabelecidos nos
diversos paizes do mundo, ninguem já pretende. Comparar
as suas vantagens com os inconvenientes das nossas medidas
antigas, é tambem ocioso. Vamos pois tomar conhecimento
da origem do metro, base fundamental do novo systema le
gal de medidas, e fazer as deducções d'esta base para todas
as operações de medição.
Medir é achar quantas vezes uma quantidade contém uma
unidade da mesma especie.
A unidade de medida pôde ser applicada a extensão, su
perfície ou area, volume ou solidez, capacidade, peso, moe
das, tempo etc.
Determinar a unidade que deveria servir de base a um sys
tema uniforme, foi por muitos seculos uma questão debatida,
mas teve a final uma solução digna dos esforços tão ardua
mente empregados.
Da grandeza da terra é que se fez derivar a unidade de
medida typo para as avaliações de extensão, e d'esta todas
as outras, menos a de tempo; não porque deixasse de ten
1
2 SYSTEMA LEGAL

tar-se a applicação do systema decimal á demarcação do


tempo, mas por se reputarem insuperaveis as difficuldades
da sua adopção geral d.
A terra considerada como planeta é um corpo mantido no
espaço pelas leis geraes do equilíbrio, composto de massas
heterogeneas solidas, liquidas e gazosas. A figura da terra
é proximamente uma esphera. Melhor idéa se fará, compa-
rando-a com uma laranja, em attenção ás depressões ou
achatamentos que tem em duas regiões diametralmente oppos-
tas. Tem dois movimentos distinctos — o de translação em
volta do sol, e o de rotação sobre si mesma. Faz-se idéa fa
cilmente deste movimento, o de rotação, imaginando a terra
atravessada por um eixo, que passe pelo seu centro, girando
em torno d'este eixo com velocidade constante. Cada rotação
ou giro completo chama-se dia. As extremidades d'aquelle
eixo imaginario chamam-se poios, e é n essas regiões oppos-
tas que se dão os achatamentos da esphera terraquea.
Muitas são as linhas que se. pôdem tirar de um ponto da
esphera passando pelo ponto opposto, e dividindo-a em duas
porções eguaes. Qualquer d'estas linhas, passando pelos po
ios, tem a denominação de meridiano, mas quando o calculo
se refere a um meridiano dado, considera-se esse, prescin
dindo da idéa de outro, a não ser para os comparar.
As distancias e as posições relativas de cada paiz são con
tadas no equador ou em algum seu parallelo desde o meri
diano adoptado até ao paiz de que se trata. Estas distancias
ou posições designam-se por longitude oriental e longitude
occidental, conforme ficam para leste ou para oeste do me
ridiano, e a unidade de medida que se emprega para as de
signar é o gráo e suas divisões.

1 Desde 22 de setembro de 1793 até ao 1." de janeiro de 1806 o anno foi divi
dido, na repuhlica de Trança, em 12 mezes eguaes de 30 dias; os 5 ou 6 que res
tavam cbamavam-se complementares, e não pertenciam a mez algum. O mez di-
vidia-se em 8 décadas, cada uma de 10 dias ; o dia em 10 heras, a hora em 100
minutos, o minuto em 100 segundos. Cada mez tinha um neme apropriado á esta
ção, e movimento agrícola ; mas cimo es culios paizes r.ao< tinham motivo algum
para adoptar datas que erem privativas da Fiança, ledos continuaram a reger-se
pelo ealu.dario que seguiam, e a França teve que 'voltar ao calendario gregoria
no, adcplado por tedos os paizes ila Eurcpa, á excepção da Bussia etirecia, po
vos cbnstãos, e da Turquia, que segue a lei de Mahomet.
DE MEDIDAS 3

O meridiano é pois um dos círculos maximos da esphera,


cujo plano cortando perpendicularmente o do equador, passa
pelos poios, .dividindo o globo terrestre em dois hemisphe-
rios — oriental e occidental.
O equador é tambem um circulo maximo, que divide o
globo em dois hemispberios — boreal ou do norte, e austral
ou do sul, em sentido diverso do meridiano, porque os seus
planos se cortam perpendicularmente.'
No meridiano contam-se os grãos de latitude, isto é, a dis
tancia em que um logar está do equador. A situação de um
logar fica perfeitamente designada, quando se diz que elle
está a tantQS gráos de longitude (oriental ou occidental) e
tantos gráos de latitude (boreal ou austral.)
Ora os meridianos podem ser infinitos, equador não ha
mais do que um; por isso é necessario dizer, quando se in
dica a longitude, qual e ò meridiano a que se* refere.
Assim diz-se o meridiano de Paris, o meridiano da ilha
de Ferro, o meridiano de Greenwich, etc.
Como do meridiano de Paris é que provém o systema me
trico decimal, é a este que nos referimos sempre que se trata
de meridiano.
Além dos círculos maximos que acabamos de definir, ha
outros de que não carecemos occuparrnos.
Chamam-se circulo* parallelos aquelles que efectivamente
o são em relação ao equador. O seu numero é infinito, mas
entre elles distinguem-se os tropicos e os círculos polares,
ao norte e ao sul.
Os círculos polares designam-se pelos nomes especiaes de
arctico ou do norte, e antarctico ou do sul.
Rapidamente indicados os círculos da esphera terrestre
que é conveniente conhecer, vejamos^como nas suas dimen
sões se estabeleceu a umílade de medida, base de todo o
systema metrico decimal, deixando para mais tarde os deta
lhes das figuras geometricas, que havemos de avaliar.
A academia das sciencias de Paris encarregou os geome
tras Méchain e Delambre de, medirem o quarto do meridiano
comprehendido entre o equador e o polo boreal. O arco do
s
4 SYSTEMA LEGAL .

meridiano destinado para ser medido foi o comprehendido


entre Dunkerque e Barcelona. Delambre foi encarregado da
parte septentrional desde Dunkerque até Rhodjjz ; Méchain
desde Rhodez até Barcelona. Este teve a seu cargo um arco
de 170000 toesas, áquelle competiu um arco de 380000 toe
sas, o que prefaz, como se vê., 550000 toesas, denominadas
do Peru, porque já em 1737 a 1741 a mesma toesa tinha
servido para medir alguns arcos n'aquellas regiões. Ora como
aquella toesa serviu para a medição do quarto do meridiano,
convém registrar a sua verdadeira grandeza, que era de
1,9490363098246 metro, que poderemos designar, sem
grave erro por 1,949 metro. Foi portanto o arco medido de
9o 38' 51" 50'", quer dizer— 9 gráos, 38 minutos, 51 se
gundos e 50 terceiros, que por abreviatura se indica do
modo que fica exposto.
Determinada a extensão linear do arco, e feitas todas as
deducções em relação ao achatamento da terra nos poios,
achou-se definitivamente que o quarto do meridiano, do equa
dor ao polo, era de 5130740 toesas. Dividiu-se este nu
mero por 10000000, e o quociente de ^2=443,295936
linhas do pé de Paris, foi a unidade adoptada com a deno
minação de metro, derivado da palavra grega metron, para
base do novo systema de medidas.
Os instrumentos mais aperfeiçoados, conhecidos h'aquella
épocha (1792 a 1796) comprehendendo o circulo repetidor
de Borda, foram empregados com excellente exito no estudo
que se fez com todos os cuidados e precauções.
Determinada a unidade de medida, e por forma tal que
ainda que o padrão e todas as suas copias se perdessem bas
taria repetir as mesmas operações para se obter novamente
a decima millionesima parte de um quarto do meridiano
terrestre, era preciso adoptar um systema de divisão, e uni
formemente o de multiplicação. O systema decimal foi o pre
ferido como o mais simples para todos os calculos. D'aqui
provém que o metro se dividiu em 10 partes, cada uma
d'estas se subdividiu em outras 10, cada uma d'estas ainda
em 10, e assim successivamente, até onde a perfeição dos
DE MEDIDAS

instrumentos possam alcançar praticamente; e d'ahi por


diante até onde as necessidades do calculo exigirem.
Pela mesiria forma se determinaram os multiplos da uni
dade, formando uma dez vezes maior do que a fundamental,
outra dez vezes maior do que a segunda, outra dez vezes
maior do que a terceira, e assim successivamente, até se ob
ter a grande unidade denominada myriametro, que equivale
a 10O0O vezes a unidade 4ypo.
A um systema, cuja base era tirada da natureza, competia
de direito uma nomenclatura universal. Tratou-se pois de
procurar termos que tivessem aquelle caracter de universa
lidade, e recorreu-se para isso ás linguas grega e latina, que
lhes forneceram as unidades e as radicaes, pelo modo se
guinte:
PALAVRAS GREGAS

, l Metro
l)Litro
T3
J Deca-dez
S Gramma
CO â'Jg«5to-«5m
"S
fStere S ( Myna— dez mil

PALAVRAS LATINAS

g (Deci decima 0,1


•g 1 Centi centesima 0,01
j> )Milli millesima 0,001
"(Deci-milli decima-millesima. 0,0001

São estas as palavras que por convenção se adoptaram


para nomenclatura do systema metrico.
Os multiplos eas sub-divisões não excedem a\em àe \0000
da unidade: assim obtém-se :

Myriametro M.m. 10000m i Decimetro dm Om,l


Kilometro K.m. 1000 ^ Centimetro cm. . .-. 0,01
Hectometro H.m. 100 » Millimetro m.m.... 0,001
Decametro D.m. 10 % Deci-millimetrod.mm O ,0001
6 SYSTEMA LEGAL

D'onde se conclue que uma unidade de ordem superior "


contém 10 da classe immediatamente inferior, e que 10 de
ordem inferior prefazem ama da classe immediatamente su
perior.
A quantidade 81 735m, 4963 lê-se do seguinte modo : 81735
metros, 4963 deci-millimetros, ou, designando-se cada uma
das classes: 8 myriametros, 1 kilometro, 7 hectometros, 3'
decametros, 5 metros, 4 decimetros, 9 centimetros, 6 mil-
limetros e 3 deci-millimetros.
A mesma quantidade pôde ser lida pelos diversos modos
que vamos indicar, sem que o seu valor seja alterado :

81,7354963 kilometros
817,354963 hectometros
8173,54963 decametros -_
817354,963 decimetros
8173549,63 centimetros
81735496,3 millimetros
817354963 deci-millimetros

Qualquer d'estas expressões representa justamente o va


lor primitivamente indicado ; a differença está na posição da
virgula, para mostrar que se toma por unidade aquella que
mais conveniente fôr para o calculo. A expressão mais com-
mum é a que toma por unidade o metro, para os usos com-
merciaes, e para os mais triviaes.
Diz-se, por exemplo, 50 metros de panno, e nunca se
emprega a expressão 5 decametros, nem tão pouco se diria
500 decimetros ou 5000 centimetros de panno. Do mesmo
modo a respeito das unidades superiores, que são exclusiva
mente destinadas para marcar itinerarios. Assim diz-se, por
exemplo, que a distancia pelo caminho de ferro entre Lisboa
e Elvas é de 265 kilometros, ou 53 legoas, ou 26,5 myria
metros.
Um homem de l'",62, uma regoa de 45 centimetros, um
lapis de 185 millimetros, são expressões mais appropriadas.
As medidas itinerarias são pois o myriametro, a legoa ou
"V
DE MEDIDAS '

meio myriametro, o kilometro, e raras vezes o hectometro.


Este é mais usado, assim como o decametro, para servir de
base a medidas de superficie, como veremos ; mas quando
se procede a uma medição rigorosa então o decametro, ou o
duplo decametro, é a unidade de medida empregada para
grandes extensões. Estas medidas podem ser cadeias de me
tal, ou titas de linho graduadas. As cadeias são de ferro,
de aço, ou de latão. A extensão da cadeia nunca é inferior
a 10 metros, nem superior a 20, por mais de uma razão.
Sendo de 10 metros é um multiplo legal denominado deca
metro, e prefaz com 10 medições ouíro multiplo legal de
nominado hectometro. Um numero inferior de metros para
servir de unidade seria illegal, exceptuando o 5, porque a
lei tolera unidades, dobros de unidades, e metades de uni
dades. Ora o meio decametro é uma pequena medida para
trabalhos de grande extensão, outro numero intermediario
de 5 a 10 não é util pem legal; logo o decametro deve ser
a medida minima para as cadeias de metal. Entretanto fabri-
ca-se e usa-se o meio decametro.
O duplo decametro satisfaz a todas as condições, porque
está comprehendido no numero que a lei tolera, como do
bro de unidade; não pode haver numero intermediario de
10 a 20, nem seria conveniente para o calculo ; logo o du
plo decametro é uma medida legal e util.
Medida maior de 20 metros só poderia ser legalmente de
50 metros, mas todos reconhecem os inconvenientes que
resultariam de medida tão extensa e pesada; por conse
quencia a cadeia de 20 metros é a de maxima extensão.
Á cadeia andam annexas 10 fichas ou espigões de 3 a 4
decimeíros cada uma, terminadas em anneis fixos, e que o
medidor crava, quando *tem extendido a cadeia em todo o
seu comprimento, a contar de um determinado ponto de
partida, em que se fixa uma bandeirola, e em direcção pre
viamente indicada por outras bandeirolas.
Para se fazer uso da cadeia metrica é preciso empregar
duas pessoas, uma em cada extremo.
0 medidor da frente crava a primeira ficha quando o seu
8 SYSTEMA LEGAL

ajudante tem ajustado o extremo da cadeia com a bandeirola,


ponto de partida ; feita esta medição continuam a caminhar
na direcção do alinhamento, e param quando o ajudante tem
chegado á ficha que o primeiro cravou ; o ajudante faz coin
cidir o extremo da cadeia destendida com a ficha que des
crava, ao passo que o da frente crava a segunda ; e conti
nuam a caminhar até nova coincidencia do extremo da cadeia
com a segunda ficha, que o ajudante descrava, ao mesmo
tempo que o da frente fixa a terceira. D'este modo conti
nuam até que o da frente tenha cravado a ultima ficha, e
chegue o ajudante a descraval-a, o que prefaz 10 medições.
Se a cadeia tem 10 metros, a linha percorrida será de 1
hectometro; se tem 20 metros, a linha será de 2 hecto-
metros.
Para continuar a medição toma-se nota do primeiro pro
cesso, o ajudante restitue as fichas ao medidor da frente, e
procedem a uma operação egual á primeira.
Assim se obtém o kilometro, medido por 5 processos com
uma cadeia de 20 metros, ou por 10 processos se a cadeia
é de 10 metros. Achada a extensão de 1 kilometro, que de
verá ser notado de modo especial, recomeça-se d'aquelle
ponto em diante a serie de processos já «mpregados, até se
obter outro kilometro, e sempre assim até que 10 kilome-
tros deem a grande unidade myriametro.
A cadeia é formada de fuzis da extensão de 1 ou 2 deci-
metros, tendo uma chapinha no fim de cada metro com o
numero correspondente. Ha cadeias cuja divisão é só em
metros e meios metros, mas as melhores são as que se di
videm em metros e duplos decimetros, sendo um d'estes
dividido em centimetros.
As fitas metricas são destinadas -para medir edificios ou
partes d'elles, e quaesqúer objectos a que deva ser applicada
uma medida flexivel, como: uma arvore, uma viga, etc. As
fitas são preparadas de maneira que não façam sensiveis
differenças na dilatação ou contracção, causadas pelo uso e
pelas temperaturas atmosphericas.
A fita é graduada em. metros, decimetros, centimetros, e
DE MEDIDAS 9

millimetros no primeiro decimetro, e acondicionada em uma


caixa de coiro, no interior da qual é presa a um cylindro,
cujo eixo termina em uma manivella, que serve para mais
commodamente se enrolar, acabada a operação.
As fitas nunca são menores de 5 metros, nem, geralmente,
maiores de 20; todavia algumas ha que teem 30 metros, as
quaes, posto que não sejam, legaes, muitas vezes são uteis.
Além das medidas lineares que temos mencionado, ha du
plos metros, meios metros, duplos decimetros e decimetros.
Os meios metros, metros, e duplos metros, feitos de uma
só peça, são geralmente de madeira ou de latão. É permit-
tido o uso de quaesquer das indicadas medidas articuladas,
devendo as articulações ser feitas por decimetros ou duplos
decimetros. D'estas ha unia grande variedade, e as materias
de que se fabricam são: latão, marfim, páo bucho, gutta-
percha, tartaruga, e muitas outras. Ordinariamente as me
didas mais delicadas dividem-se em millimetros de um a ou
tro extremo, e muitos duplos decimetros são divididos tam
bem em meios millimetros.
Para os usos commerciaes a divisão em millimetros raras
vezes se emprega, mas para construcções é tanto mais ne
cessaria quanto menores forem as dimensões do objecto a
construir. •■
Ha circumstancias em que o millimetro representa relati
vamente uma grande dimensão, da qual é indispensavel obter
fracções. Para conseguir isto, emprega-se um instrumento
denominado nonio, que marca com todo o rigor decimas par
tes do millimetro, assim como pode marcar decimas partes
de outra qualquer unidade de medida de extensão.
Nonio é um aparelho cursor, que serve para avaliar as
fracções das mais pequenas divisões de uma regoa graduada,
a que está adaptado. Divide-se em tantas partes quantas são
as divisões da regoa e mais uma, d'onde resulta que a ~
do centimetro correspondem 10 divisões do nonio; em ou-
19
tros a ^ correspondem 20 divisões; ainda em outros a
gjj correspondem 50 divisões do nonio, etc.
10 SYSTEMA LEGAL

Faz-se coincidir o zero do nonio com o zero da regoa, e


a escala do. nonio dá uma divisão a mais. Se a divisão que
coincidir for outra, o numero correspondente será o nume
rador da fracção, cujo denominador è o numero de divisões
do nonio.
Seja a medição effectuada representada por Sd-m,46... yç
ler-se-ha 3a,m,4G3, ou 3 decimetros, 4 centimetros, 6 milli-
metros e 3 deci-millimetros.
Ha instrumentos que chegam a marcar ^ do millime-
tro; taes são: o espherometro, o' parafuso micrometico, e
a machina de dividir a linha recta. O comparador tem che-
gado á perfeição de marcar -^ do millimetro, e espera-se
obter j-j^ . Estes instrumentos só podem servir em gabinete
de estudo, por isso não nos occuparemos de os descrever
para que possamos occupar-nos de medidas de uso com-
mum.
Temos apresentado quanto basta para conhecimento da
medida linear, e sua applicação para avaliar quaesquer ex
tensões que haja a considerar nos usos communs, notando
que para ponto de partida derivamos sempre do metro, ou
dos seus decuplos, ou dos seus decimos. N'este systema de
contabilidade consiste uma das excelentes condições do sys
tema metrico. Em se derivarem do metro todas as outras
medidas consiste a perfeição do novo systema de medidas.
Com effeito nada ha mais simples do que fechar um es
paço plano por 4 linhas parallelas e perpendiculares entre
si duas a duas, da extensão de um metro cada uma, obtendo
o metro quadrado, para unidade das medidas de superficie.
Elevar sobre os lados do metro quadrado planos perpen
diculares tambem de um metro quadrado cada um, formando
um parallelipipedo rectangulo de arestas eguaes, fechado por
6 planos, servindo para unidade das medidas de volume com
a denominação de metro cubico.
Formar do decimetro um cubo, como do metro se fez o
metro cubico, com a differença de que as dimensões se con
DE MEDIDAS 11

tam interiormente, deixando o espaço de um decimetro cu


bico para servir de unidade ás medidas de capacidade, com
a denominação de litro.
Aproveitar esta mesma capacidade para a encher Ae, agoa
pura, e dar ao peso que ella tiver o valor do peso que serve
para unidade nas transacções commerciaes, com a denomi
nação de kilogramma. Eis aqui o modo como se chegou a
estabelecer um systema completo de pesos e medidas, com
a sua origem na natureza, e por modo inalteravel.
Empregadas todas as precauções para que o metro con
servasse a sua verdadeira dimensão, fez-se construir um pa
drão de platina, um dos metaes menos susceptiveis de soffrer
alteração, e depois de serperfeitamente conferido depositou-se
no archivo do conservatorio das artes e officios de Paris,
para servir de modelo e de comparação aos padrões que d'elle
se copiassem.
O padrão de Portugal é de latão. Foi rigorosamente afe
rido pelo prototypo, e conserva-se arrecadado com o maior
resguardo em um cofre com tres chaves, uma das quaes
pertence ao ministro das obras publicas, outra ao director
geral das obras publicas, e outra ao "superintendente dos pe
sos e medidas.
No mesmo cofre está depositado o padrão das medidas
de capacidade, litro, e o das medidas de peso, kilogramma,
egualmente aferidos pelos prototypos do conservatorio das
artes e officios de Paris.
12 SISTEMA LEGAL

Medidas de «uperflcle

As superficies dos corpos avaliam-se pela medição linear


feita em diversos sentidos, o que depende da figura que
cada uma d'ellas apresenta. Avaliar uma superfície é achar
quantas vezes ella contém uma certa medida quadrada, e
partes da mesma medida, a qual pôde ser o metro quadrado,
algum dos seus multiplos, ou alguma das suas subdivisões.
A unidade que se escolhe deve sempre estar em relação
com as dimensões da superficie que se avalia, como vimos
com as medidas lineares. Se for uma praça, um pateo, o
pavimento de um edificio, etc. a unidade deverá ser o metro
quadrado.
Se a superficie que se quer avaliar é a de uma folha de
papel, o fundo ou a tampa de um caixote, etc. escolher-se-ha
o decimetro ou centimetro quadrado.
A superficie de uma folha de um livro ou de uma car
teira, uma caixa de rapé, etc. pôde ser avaliada por centí
metros ou millimetros quadrados.
A superficie de uma moeda, de um relogio d'algibeira, etc.
poderá ser avaliada por millimetros quadrados.
Similhantemente procederemos a respeito de superficies
DE MEDIDAS 13

de maiores dimensões. Se é a superficie de uma quinta, de


uma terra de semeadura, de um campo d'exercício, etc. que
se queira avaliar, tomar-se-ha por unidade o decametro qua
drado. Se se trata de uma vasta campina, de uma grande
floresta, de uma cidade, etc. o hectometro quadrado será a
melhor unidade que se adopte. Se fôr a superficie dè um
grande concelho, uma ilha, ou um districto administrativo,-
tomar-se-ha por unidade de medida1 o kilometro quadrado,
ou a legoa quadrada. Se, finalmente, a superficie que se
quer avaliar fôr um reino ou um continente, dever-se-ha
tomar por unidade de medida o myriametro quadrado.
Vimos nas medidas lineares que uma unidade de ordem
superior continha 10 da classe immediatamente inferior, ou
vice-versa que 10 de ordem inferior prefaziam uma da classe
.immediatamente superior. Nas medidas de superficie a di-
visão*das unidades, assim como os seus multiplos, em vez
de ser por 10, é por 100, faíendo-se por consequencia a
leitura dos multiplos ou sub-divisões por classes de duas
letras. Assim a expressão 4.635876 im2,3265 lô-se da seguinte
maneira : 46 milhões 358 mil 764 metros quadrados, e
3265 centimetros quadrados; ou 46 kilometros quadrados,
35 hectometros quadrados, 87 decametros quadrados, 64
metros quadrados, 32 decimetros quadrados, e 65 centime
tros quadrados.
A mesma quantidade pôde ser por diversos modos repre
sentada, tomando por unidades quaesquer das que indicá
mos, sem que o seu valor fique alterado, como se vê :

46358764,3265 metros quadrados


463587,643265 decametros »
4635,87643265 hectometros »
46,3587643265 kilometros »
0,463587643265 myriametros ».
4635876432,65 decimetros »
46,3587643265 centimetros »

Este exemplo tambem serve para confirmar o que disse-


14 SISTEMA LEGAL

mos acerca da unidade que se deve escolher. Ninguem he


sitaria em preferir o kilometro quadrado, com approximação
até à 4.a casa decimal, de que resultaria 46,3588 kilometros
quadrados, ou o hectometro. quadrado com approximação
tambem até á 4.a casa decimal, de que resultaria 4635,8764
hectometros quadrados, obtendo-se "assim uma diíTerença de
36 metros quadrados, 'que com a primeira unidade foram
avaliados a mais. Cumpre notar que esta differença era in
significante, e poderia mesmo passar desapercebidamente
quando se effectuasse a medição de uma área de taes di
mensões.
As medidas de superficie são os quadrados das unidades
de medidas de extensão. Ora como o quadrado de um nu
mero é o mesmo numero multiplicado por si, segue-se que
a unidade de medida de superficie se dividirá em tantas m
partes quantas são as que produzem a medida linear «spe-
ctiva multiplicadas pelas mesmas. O quadrado de 5 é 25, o
quadrado de 7 é 49, o quadrado de um metro tem 100 de-
cimelros quadrados, porque 1 metro divide-se em 10 deci-
metros, os quaes multiplicados por 10 decimetros dão o
total de 100 decimetros quadrados.
O quadro seguinte mostra mais claramente as divisões das
unidades de medidas de superficie:
Myriamelro quadrado M.m2 = 100 K.m2 = 100Q0 II.m2 = 1000000 D.m1
Kilometro » Km2 = 100 H.m2 = 100 0 D.m2= 1000000 m1
Hectometro » H.m2=100 D.m2=10000 m2=!000000 d.m2
' Decametro » D.m'-=100 m2 = 10000 d.m2 = 1000000 cm2
Metro » m'-=100 d.m2 = 10000 c.m2= 1000000 m.ms
Decimelro » d.ra2 = 100 'c.m2 = 10000 m.m2
Centímetro * c.m2 = 100 m.m2
Millimetro » . m.m2

As medidas de superficie quando se referem a campos de


agricultura avaliam-se com uma unidade especial denominada
are, que é a mesma que o decametro quadrado ou 100 me
tros quadrados. Esta unidade tem um multiplo que é o"Aív
ctare egual a 1 hectometro quadrado ou 100 ares, ou 100
decamelros quadrados; e tem uma só divisão, que é o cen-
tiare ou metro quadrado.
DE MEDIDAS iõ

Hectare H.a ==i 00 -ares =10000 centiares=l H. m2


Are a=100 centiares =1 D. m2
Centiare c.a= 100 d.m2 =1 m^

Para se medir qualquer superficie usa-se da cadeia me


trica, ou da fita graduada, conforme as circumstancias que
observámos para as medidas lineares, sempre com o auxi
lio de bandeirolas, e mais um instrumento denominado es
quadro agrimensor, que opportunamente descreveremos.
Estes instrumentos são os indispensaveis para -obter as
medições de grandes superficies; algumas vezes porém o es*
quadro agrimensor pôde ser substituído pelo cordel de tirar
perpendiculares.
Os detalhes das medições agrarias não são para este sim
ples esboço. Ha tratados especiaes d'esta arte para quem se
destinar ao serviço de agrimensor.
Todavia daremos as noções elementares, e faremos tam
bem conhecer algumas applicações.
Todos sabem que uma linha recta é o caminho mais curto
entre dois pontos, ou a que se traça com o auxilio de uma
regoa; e que havendo uma infiriidade de linhas curvas estas
só se pódem definir, geralmente, dizendo-se que não são
rectas, ou não tèem todos os pontos na mesma direcção.
As linhas rectas podem seguir muitas direcções ejser des-
criptas em diversos planos.
■ Chama-se linha vertical aquella que é perpendicular ao
plano do nosso horisonte, isto é, a que segue a direcção da
linhq de prumo. Todos os planos que passam por esta linha,
e que por consequencia são' tambem perpendiculares ao plano
horisontal, chamam-se planos verticaes.
Plano horisontal é o plano tangente á superficie" da esphera
terrestre no ponto a que nos referimos, isto é, aquelle que
apresenta qualquer superficie liquida em quietação. Todas
as linhas traçadas no plano horisontal chamam-se horison-
taes.
Linha perpendicular é a que dirigindo-se a outra linha,
16 STSTEMA LEGAL

ou ao seu prolongamento, tem sobre ella egual inclinação


d'um e d'outro lado. A linha vertical é perpendicular a todas
as linhas horisontaes que passam pelo seu pé.
Linhas parallelas são as que tiradas em qualquer sentido,
e no mesmo plano, conservam entre si eguaes distancias em
todos os seus pontos, e que por mais prolongadas que se
jam nunca se encontram.
Todas as linhas que tiverem outras direcções ou inclina
ções chamam-se obliquas.
Circumferencia é a linha curva fechada, que tem todos os
seus pontos equidistantes de um ponto interior denominado
centro.
Circulo é o espaço comprehendido pela circumferencia.
Raio é qualquer linha recta que parte do centro do cir
culo, e vae terminar na circumferencia.
Diâmetro é o dobro do raio, isto é, a linha recta, que
partindo de um ponto da circumferencia, passa pelo centro
do circulo, e vae tocar o ponto opposto da mesma circum
ferencia.
O diametro divide o circulo em duas partes eguaes ou
semi-circulos; e do mesmo modo divide a circumferencia em
duas partes eguaes ou semi-circumferencias.
Qualquer circumferencia se divide em 360 partes eguaes
denominadas gráos; o gráo divide-se em 60 minutos, o mi
nuto em 60 segundos, o segundo em 60 terceiros, etc.
Já dissemos que estas divisões se indicam por abreviatu
ras, que repetimos: gráo —°— minuto—' — segundo—"—
terceiro—'"—. Exemplo 18o» 42'» 38"» 40'".
Uma porção qualquer da circumferencia do circulo deno-
mina-se arco ; a linha recta que se tira de um a outro ex
tremo do arco chama-se corda.
Pelo systema metrico-decimal chegou-se a dividir a circum
ferencia em 400 gráos, tendo cada um 100000 metros no
meridiano. A um angulo recto formado por dois raios do
circulo correspondiam 100 gráos na circumferencia, a 1 gráo
100 minutos, a 1 minuto 100 segundos, etc. ; mas como a
divisão sexagesimal datava de muitos seculos, e era urtiver
DE MEDIDAS 17

Sal, não se poude conseguir reformar o systema de divisão


no circulo; portanto subsistiu a. que já indicámos, tendo por
consequencia cada gráo .111111,111111 metros no meri
diano.
Com o conhecimento das linhas que acabamos de men
cionar podemos avaliar seguramente as figuras que na agri-~
mensura se encontram, as quaes se podem reduzir ás se
guintes: triangulo, parallelogrammo, rectangulo, trapesio,
polygono, circulo e ellipse.
Antes de dizermos o que é um triangulo convém saber o
que é um angulo.
Angulo é a inclinação de duas linhas, que partindo de
pontos diversos se cortam em um ponto a que se chama
vertice.
Os angulos são rectilineos ou curvilineos. Aqui só trata
remos dos rectilineos.
As angulos pódem ser rectos, agudos ou obtusos.
O angulo recto é formado por duas linhas perpendiculares
entre si. A sua abertura é de 90°.
Angulo agudo é o que tem uma abertura menor do que
a do angulo recto, inferior a 90°.
Angulo obtuso é o que tem uma abertura maior do que
o angulo recto, isto é, entre 90° e 180°.
Triangulo é o espaço fechado por tres linhas rectas ou
curvas, formando tres angulos.
Só nos occuparemos dos rectilineos.
Os triangulos considerados em relação aos seus lados
tomam os nomes de equilateros, isosceles e escalenos; e em
relação aos seus angulos denominam-se rectangulos, obtus-
angulos, e obliquangos ou acutangulos.
O triangulo é equilatero se todos os seus lados são eguaes ;
isosceles se tem dois lados eguaes ; escaleno se todos os
seus lados são deseguaes.
O triangulo é rectangulo quando um dos seus angulos é
recto ; obtusangulo quando um dos seus angulos é obtuso ;
obliquango ou acutangulo quando tem todos os angulos
agudos.
16 SYSTEMA LEGAL

A somma dos tres angulos de qualquer triangulo é sem


pre de 180°, ou egual a dois angulos rectos. .'
Para se avaliar a superficie de um triangulo convém co
nhecer a sua base e a sua altura. *
Base da triangulo é qualquer dos seus lados que se es
colhe, segundo as circumstancias. ■*
Altura do triangulo é a perpendicular que se tira sobre
a base, ou sobre o seu prolongamento, partindo do vertice
do angulo que lhe fica opposto.
A superficie de qualquer triangulo é egual ao producto
de metade da extensão da base multiplicada pela altura, ou
wce-versa, ao producto da base por metade da altura.
Em um triangulo rectangulo o lado opposto ao angulo
recto chama-se hypothenusa, e os outros dois lados cathetos.
Polygono é qualquer figura fechada por tres ou mais li
nhas rectas. Quando estas são só tres tem o nome de tri
angulo, como acabamos de ver.
Quando o polygono tem quatro lados toma o nome de
quadrilatero, quando tem cinco chamaese pentagono, quando
tem seis hexagono, etc.
O quadrilatero toma o nome de parullelogrammo quando
os seus lados são parallelos dois a dois ; e toma o nome de
rectangulo quando são tambem perpendiculares dois a dois.
O parallelogrammo que tem todos os quatro lados eguaes
toma o nome de losango, e quando são tambem perpendi
culares dois a dois, chama-se quadrado.
Trapesio é o quadrilatero que tem só dois lados paral
lelos.
Como todas estas figuras se decompõem em triangulos,
claro está que sabendo avaliar a superfície d'estes, reduz-se
a uma simples somma a apreciação das areas daquellas:
assim acharemos que a superficie do rectangulo, bem como
a de qualquer parallelogrammo, é egual ao producto da base
pela altura.
A area de um quadrado é egual ao producto de qualquer
dos seus lados por si mesmo.
A area de um trapesio é egual á semi-somma dos lados
DE MEDIDAS 19

parallelos multiplicada pela distancia entre os mesmos. Esta


distancia, que se denomina altura, mede-se na perpendicular
tirada de qualquer ponto de um d'esses lados sobre o ou
tro, ou no seu prolongamento.
Os polygonos chamam-se regulares quando os seus lados
e os seus angulos são eguaes. O polygono regular de tres
lados é o triangulo equilátero, o polygono regular de quatro
lados é o quadrado, etc.
Quaesquer outros polygonos regulares ou irregulares pó
dem decompor-se em triangulos ou em trapesios; e assim
avaliar-se-ha a sua superficie, avaliando separadamente a de
cada uma das novas figuras, e sommando os resultados,
como acima indicámos.
Circulo. Ja dissemos que o espaço comprehendido pela
circumferencia se denomina circulo. Ha diversos modos de
avaliar a sua superficie, dando todos os mesmos resultados.
A escolha depende dos elementos que se apresentam.
Se é conhecida a circumferencia e o raio, multiplica-se
aquelle por metade d'este ; o producto é a superficie do circulo.
Se é conhecido só o raio, quadra-se este, e multiplica-se
por 3,1416. Este numero representa a relação da circum
ferencia para o diametro, Archimedes achou que a relação
do diametro para a circumferencia era de 7 para 22 ; Adriano
Metius achou que esta relação não era bem approximada, e
determinou-a em 113 para 355. Dividindo este numero pelo
antecedente e levando a approximação até muitas casas de-
cimaes foi que se achou o quociente 3,14159265... que pôde
ainda ser continuado, na certeza de que até 150 casas deci-
maes não se encontra quociente exacto, nem dizima perio
dica ; e é por isso que se torna impossivel a rectificação ou
quadratura do circulo.
Para facilitar pois os calculos das avaliações das areas dos
círculos limita-se a relação do diametro para a circumferencia
por approximação na 4.a casa decimal, ficando portanto de
terminada em 1 para 3,1416, que se designa tambem pelo
symbolo ir, e se lê pi.
Se é conhecido o diametro, avaliar*se-ha a superficie do
20 SYSTEMA LEGAL

circulo, elevando o diametro ao quadrado, e multiplicando


o producto por 0,7854, que é a 4.* parte de 3,1416 ou -~ •
O resultado dará a superficie procurada, como pelo me-
thodo' antecedente.
Se, finalmente, é conhecida a circumférencia, elevar-se-ha
esta ao quadrado, e o producto obtido multipliçar-se-ha por
0,07958. O resultado será o valor da area do circulo.
O numero 0,07958 multiplicado por 3,1416 e o seu pro
ducto por 3,1416 é egual a -^~ ou-^ = 0,7854; quer
dizer, que se obtém" 0,07958 dividindo 0,7854 pelo qua
drado de 3,1416.
Resumindo, diremos que se acha a superficie do circulo
pelos seguintes modos :
multiplicando a circumferencia por metade do raio ;
quadrando o raio, e multiplicando o producto por 3,1416;
quadrando o diametro, e multiplicando o producto por
0,7854 ;
quadrando a circumferencia, e multiplicando o producto
por 0,07958.
Ellipse é uma figura oblongo-circular similhante â super
ficie que apresentaria a secção obliqua de um cylindro.
A maior linha que se pôde tirar dentro da ellipse cha-
ma-se eixo maior; a linha que corta perpendicularmente o
eixo maior ao meio, chama-se eixo menor.
Avalia-se a superficie d'esta figura multiplicando os eixos
o i r, \ c
entre si, e o producto por -Lj— ou por 0,7854, que equi
vale ao mesmo. Tambem se pôde tomar as metades dos ei
xos, multiplical-as entre si, e o producto por 3,1416.
Quando se tratar dos volumes diremos como se avalia a
superficie da esphera.
Para o que temos a tratar julgamos suflicientes as figuras
descriptas.
Conhecidos os elementos para se avaliar superficies, falta
só conhecer o instrumento necessario para tirar perpendi
culares. É o esquadro agrimensor.
DE MEDIDAS . 21

O esquadro agrimensor é um instrumento de 8 a 10 cen


timetros de altura, de forma circular na base, e n'este caso
tem figura de cylindro, porque as suas paredes são perpen
diculares; é ôco, e tem quatro fendas longitudinaes colloca-
das symetricamente, de modo que olhando-se por uma o
raio visual passaatravez da que lhe fica fronteira, sendo por
consequencia as fendas separadas umas das outras na dis
tancia exacta de 90°. Alguns esquadros teem fendas inter
mediarias, marcando conseguintemente angulos de 45°. Muitos
ha que em vez de serem cylindricos teem por base um po-
lygono de oito lados (octogono) ; n'este caso a figura do es
quadro é a de um prisma octogonal ; as fendas são dispos
tas do mesmo modo, e correspondem-se de egual maneira.
Tanto em uns como em outros a fenda de um lado é da lar
gura de 3 a 4 míllimetrps, e a que lhe fica fronteira é ca-
pillar, isto é, tem uma abertura tão estreita como a gros
sura de um cabello.Um bocal que se adapta ao esquadro
por meio de uma rosca, serve para o firmar em um pé fer
rado e aguçado de lm,50 de altura, ou em um tripé, quando
o terreno em que se opera é muito pedregoso.
O esquadro agrimensor é destinado para indicar as direc
ções das perpendiculares, e tambem serve para marcar an
gulos. Os que são destinados para medição de angulos teem
um limbo graduado em 360°, e um nonio. De ordinario
tambem' teem uma bussola.
22 . SYSTEMA LEGAL

Medida» de volume

Todos os corpos solidos se avaliam por tres dimensões


— comprimento, largura, e altura ou espessura. O compri
mento representa a extensão ; o comprimento e a largura
representam a superficie; o comprimento, a largura e a al
tura ou espessura representam o volume do corpo, qualquer
que seja a sua forma.
A unidade das medidas de volume é o metro cubico.
O metro cubico é um volume limitado por seis faces ou
planos eguaes, perpendiculares dois a dois, tendo cada uma
d'essas faces um quadrado perfeito com um metro de lado.
Cada uma das linhas tem um metro de extensão e chama-se
aresta. A divisão do metro cubico é em decimetros cubicos,
centimetros cubicos, e millimetros cubicos; "mas como as
- dimensões são tres a relação das divisões para com as uni
dades immediatamente superiores é de 10^10x10; portanto
o metro cubico divide-se em 1000 decimetros cubicos, o de-
cimetro cubico em 1000 centimetros cubicos, e o centime
tro cubico em 1000 millimetros cubicos. Verifica-se esta di
visão, considerando que o metro quadrado representa uma
superficie de 100 decimetros quadrados. Se sobre cada de
DE MEDIDAS <Ê$
cimetro quadrado se formar um cube cujas arestas sejam
de um decimetro cada uma, haverá uma serie de decimetros
cubicos egual ao numero de decimetros quadrados, que eraífl
100; se sobre este novo plano se construírem novas cama
das de decimetros cubicos sobrepostos aos recentemente for
mados, teremos 200; continuando a construir novas series
teremos 1000 decimetros cubicos na aresta de 10 decime
tros ou 1 metro, e o cubo ficará formado, isto ó ;
4a" =. 100d-m' x 10d,m = 1000d-m!.

Poder-se-hia do mesmo modo obter unidades superiores'


formadas de 1000 immediatamente inferiores, mas o uso li
mita a nomenclatura a metros cubicos como unidades supe
riores.
O quadro seguinte mostra as divisões das unidades de
medida de volumes:
Metro cubico — m3=1000dm3=10001)00c,»a=i000000000n>"»í
Decimetro cubico—d.m3=1000cm3 =1000000m"»
Centímetro cubico—c.m3=1800m,mJ
Millimetro cubico—m.m3, ultima dÍTisão pratica de medidas cubicas.

Decametro cubico, hectometro' cubico, kilometro cubico,


e myriametro cubico, seriam expressões perfeitamente regu- •
lares, se houvesse occasião de as empregar; mas como qual
quer d'estas unidades é demasiadamente grande para os usos
communs, o limite é fixado no metro cubico, ainda mesmo
quando o decametro cubico se possa tomar por unidade, como
poderia ser o volume de um grande edificio ou grande atterro.
, Fallando-se do grande volume da terra considerada como
planeta, a unidade adoptada para designar o seu volume é
o kilometro cubico, ou o myriametro cubico, unidades que
se formam de 1000 immediatamente inferiores, como aca
bamos de ver no quadro da divisão do metro cubico.
Ha uma unidade de medida especialmente destinada para
avaliar o volume das madeiras' de construcção, e para lenha.
É o stere que equivale a um metro cubico.
O stere é um instrumento composto de um estrado sobre
o qual se levantam duas perpendiculares, que devem ter
24 8YSTEMA LEGAL

cada uma o comprimento de mais de \ metro, separadas


uma da outra na distancia justa de i metro, graduadas em
decimetros, centimetros e millimetros, sobre as quaes corre
um travessão, que se fixa por meio de um parafuso, logo
que estão empilhadas as vigas, ripas, barrotes ou achas que
se quer medir. É indispensavel que os objectos para medir
no stere sejam todos do mesmo comprimento em cada me
dição.
Para se obter um metro cubico acha-se o comprimento
dos toros, qualquer que seja, por exemplo lm,48; como a
distancia entre as perpendiculares é de 1 metro, e o volume
ha de ser de 1 metro cubico, resta saber em que altura das
perpendiculares se ha de ajustar o travessão; portanto di
remos que

lm,48xlmxxm = lm3}X = f< — ...;

effectuando resulta

'altura a que devem chegar os toros, para que o volume da


madeira seja egual a lm3.
Se, pelo contrario, os toros tiverem menos de 1 metro de
comprimento, o travessão deverá marcar nas perpendicula
res uma extensão superior a 1 metro.
Seja o comprimento dos toros 0m,87; será

Om,87xl'nxxm= lm3; donde x = -^- = lm,149.

Quando, finalmente, os toros sejam do comprimento de


l metro, reduz-se a medição a fixar o travessão na altura
de 1 metro.
O stere tem por multiplo o decctstere, e por subdivisão
o decistere. '
Decastere é o volume de IO metros cubicos.
DE MEDIDAS 25

Decistere é o volume de 100 decimetros cubicos, ou */io


do melro cubico, que se representa por Om3,l.
É admissivel o uso de meio stere, duplo stere, duplo de
cistere, meio decistere, cinco steres ou meio decastere, vinte
steres ou duplo decastere.
Geralmente só se faz uso da unidade, multiplo, e sub-di-
visão.
Os volumes avaliam-se de diversos modos, conforme as
figuras que apresentam.
As figuras à que se pódem reduzir os volumes são as se
guintes :
Prismas, pyramides, parallelipipedos, cylindros,polyedros
e espheras.
Prisma é um solido cujas duas bases oppostas são poly-
gonos eguaes e parallelos, sendo os outros planos parallelo-
grammas.
Avalia-se o volume do prisma, multiplicando a superficie
de uma das suas bases pela altura. A altura de um prisma
é a perpendicular abaixada da base superior sobre a base
inferior. O prisma pôde ser triangular, quadrangular, e, em
geral, polygonal.
Pyramide é um solido, cuja base é um polygono qual
quer, e as outras faces triangulos, cujas bases são os lados
d'esse polygono, tendo um vertice commum.
Avalia-se o volume da pyramide, multiplicando a superfi
cie ou area da base por um terço da altura.
Pyramide conica ou cone é um prisma de base circular.
Pôde considerar-se gerado pelo movimento de um eixo fixo
n'um ponto, e descrevendo uma circumferencia com a outra
extremidade.
Avalia-se como a pyramide polygonal.
Muitas vezes acontece ser necessario avaliar sómente o
tronco de uma pyramide. A regra pôde egualmente ser ap-
plicada para os troncos polygonaes e para os cones tronca-
dos. Multiplica-se a superficie da base maior pelo seu dia
metro ou lado; deduz-se o producto da superficie da base
menor, egualmente multiplicada pelo seu diametro ou lado;
26 STSTEMA LEGAL •

divide-se o resto pela differença dos dois diametros ou la


dos, e multiplica-se o quociente pela terça parte da al
tura.
Parallelipipedo é um solido terminado por seis paralle-
logrammas, dos quaes os oppostos são eguaes entre si. O-
cubo é um parallelipipedo com todas as faces eguaes, e- Re
ctangulares.
Avalia-se o volume d'esta figura multiplicando" a superfi
cie da sua base pela altura.
Cylindro é um solido terminado por tres superficies, das
• quaes duas são planas e parallelas, e a outra convexa e cir
cular. •
Obtém-se o volume do cylindro, multiplicando a superfi
cie *da base pela altura.
Polyedro é um solido de muitas faces planas. Os polye-
dros regulares teem todas as faces similhantes comi» 0
cubo. Dividem-se em tantas pyramides quantas são as faees
que teém, suppondo linhas tiradas do centro do solido a
cada um dos angulos. Póde-se portanto avaliar o volume do
polyedro regular, multiplicando a superfície total pela terça
parte dó raio recto, que é a linha perpendicular abaixada
do centro sobre cada face. Á linha tirada do centro para
qualquer dos angulos de um polygono chama-se raio obliquo.
Esphera ou globo é um corpo solido contido em uma só
superficie, cujos pontos estão egualmente afastados de um
ponto a que se chama centro.
Avalia-se a superficie da esphera multiplicando um dos
s,eus circulos maximos pelo diametro, ou tambem quadrando
o diametro e multiplicando-o por 3,1416.
Avalia-se o volume da esphera por differentes modos :
, i.° multiplicando */3 da superficie pelo raio;
2.° multiplicando a superficie por '/« do diametro ou '/j
do raio *r •'
3.° quadrando o diametro, e multiplicando o producto
por ll& da circumferencia ;
4.° multiplicando a superficie do circulo maximo por s/»
da diametro.
DE MEDIDAS 27

Medida* de capacidade

Os cereaes, legumes, sal, líquidos, e muitos outros pro-


ductos agrícolas e industriaes são medidos em recipientes,
cujo espaço é limitado. Estes recipientes são denominados—
medidas de capacidade.
Se as antigas medidas lineares, de superficie e de volume
eram de uma variedade tal que a muito custo se podiam
combinar e comprehender, as medidas de capacidade che
gavam ao absurdo pela variedade de dimensões nas unida
des, e pela irregularidade das divisões e dos multiplos.
O systema metrico-decimal coordenou pelo modo mais
simples a combinação das medidas.
Jà vimos que o metro cubico se divide em 1000 decime-
tros cubicos. Tomdu-se um decimetro cubico, fez-se cons
truir um vaso com as dimensões exactas d'este volume,
achadas interiormente, e a esta medida deu-se o nome de litro.
A unidade das medidas de capacidade é portanto o litra,
que é egual ao espaço que occupa um decimetro cubico.
Para facilitar as medições empregam-se multiplos e divi
sões pelo systema que temos visto para as outras especies
de medidas, e que vamos indicar no seguinte quadro :
28 SYSTEMÀ LEGAL

Myrialitro --M. 1 = 10000' T Decilitro - -d.l == 0',1


Kilolitro --K. 1 = 1000 J. Centilitro --c. 1 =:0,01
Hectolitro -- H. 1:= 100 i Millilitro --m.l =: 0,001
Decalitro --D. 1:= 10 2
3
Do precedente quadro deprehende-se facilmente qual é o
espaço que occupa uma medida qualquer de cereaes, legu
mes, etc. Tantos são os litros quantos são os decimetros
cubicos; tantos são os millilitros quantos são os centime
tros cubicos, porque um decimetro cubico tem 1000 centi
metros cubicos, e um litro tem 1000 millilitros.
Querendo-se saber a que volume corresponde uma porção
de trigo que se achou medir 2,3524 hectolitros, bastará
transpor a virgula para a casa correspondente a litros, e
obter-se-ha 235,240 decimetros cubicos; a fracção decimal
representa o numero de centimetros cubicos.
O seguinte exemplo mostra q modo facil como se passa
de umas para outras unidades :

75428,695 litros
7542,8695 decalitros
754,28695 hectolitros I
75,428695 kilolitros
7,54á8695myrialitros'
754286,95 decilitros Jf
7542869,5 centilitros f
75428695 millilitros |j

O que dissemos quando tratámos das medidas lineares e


de superficie, tem inteira applicação para as de capacidade,
na maneira de preferir certas unidades, conforme a quanti
dade de que se trata. Seria inconvenientissimo tomar para
unidade alguma das inferiores ao litro, no exemplo que dei
xamos indicado. De ordinario sempre que ha unidades ou
dezenas de litros, é o litro ou o decalitro que serve de uni
dade: e quando a quantidade é de centenas, e d'ahi para
DE MEDIDAS 29

cima, toma-se por unidade o hectolitro, ainda mesmo quando


involva muitos kilolitros ou myrialitros. Assim a quantidade
847986 litros, indicar-se-hia por 8479,86 hectolitros, sem
que fossem improprias as expressões 847,986 kilolitros ou
84,7986 myrialitros.
A forma cubica para as medidas apresentava inconvenien
tes a que foi mister attender; por isso se determinou que
as medidas de capacidade tivessem a forma cylindrica, com
as seguintes dimensões.

Medidas de capacidade para seccoa

DENOMINAÇÃO DAS MEDIDAS DIAMETROS E ALTURAS

100 litros 503,1 millimetros


Meio hectolitro . . 50 399,3 .
Duplo decalitro. . 20 . 294,2
10 » 233,5
Meio decalitro. . . 5 .> 185,3
2 . 136,6
1 . 108,4
0,5 ». 86,0 * »
Duplo decilitro . . 0,2 63,4 »
0,1 ,» 50,3 »
Meio decilitro... 0,5 . 39,9

Estas são as dimensões legaes, adoptadas em todos os pai-


zes em que se faz uso de medidas do systema metrico-de-
cimal. Houve todavia reclamações com que se tem transigido,
porque o uso inveterado de medidas com as formas de prismas
quadrangulares, acceitava mal as medidas cylindricas; é por
consequencia tolerado o uso de medidas com as fórmás si-
milhantes às antigas, com tanto porém que tenham as se
guintes dimensões:
30 SYSTEMA LEGAL

Lado Capacidade
Altura
da base em ti fi
MWOjrnucXo das medidas em
em decimetros I S
millimetros
millimetros cúbicos

Hectolitro 600 280 100,800 15


Meio hectolitro. 450 248 50,220 13
Duplo decalitro. 300 222,3 20,007 12
Decalitro 272,1 135,1 10,003 12
Meio decalitro.. 214 109,2 5,001 11
Duplo litro 153,1 83,2 2,001 10
litro 118 72 1,002 10
Meio litro -92,1 59 0,500 8
Duplo decilitro. 69 42 0,200 8
Decilitro 52 37 0,100 7
Meio decilitro. . 41 30 0,050 4
Duplo centilitro. 31 21 0,020 4
Centilitro 23,5 18,5 0,010 3

Se se notar que a capacidade do hectolitro excede em 800


centimetros cubicos aquella que deve ter, assim como o
meio hectolitro apresenta a differença de 220 centimetros
cubicos, além da capacidade que lhe compete, convirá notar
tambem que estas grandes medidas são interiormente cru
zadas por varões de ferro assentes sobre chapuzes, occupando
estes corpos os espaços que dão as referidas differenças. Os
excessos que -se observam nas medidas de 1 litro ao duplo
decalitro são as folgas que as medidas devem ter para mais,
e nunca para menos.
Para se proceder á medição dos legumes, cereaes, e to
dos os mais objectos para que é applicada a medida de ca
pacidade, exceptuando os líquidos, é preciso o auxilio de
uma regoa ou rolo, a que se dá o nome de rasoira, instru
mento que serve para percorrer as arestas da superficie su
perior, a fim de que sejam excluídos todos os volumes ex
cedentes á capacidade da medida, evitando assim os cogu
los, tolerados no antigo systema de medidas, que o systema
legal não pôde admittir senão por excepção a certos gene
ros que os regulamentos fixam, como: azeitonas, castanhas,
nozes, amendoas, e outros grandes volumes, que o uso au-
torisa a medir em capacidades.
DE MEDIDAS 31

As medidas para líquidos são cylindricas, mas as suas


dimensões divergem das que apresentámos para os seccos.
Em cada medida o diametro do cylindro é egual a metade
da sua altura, como vamos vêr.

Medidas de capacidade para líquidos


DENOMINAÇÃO DÁS MEDIDAS DIÂMETROS ALTURAS

Duplo decalitro ... 20 litros 833,5 467,0


Decalitro 10 185,3 370,3
Meio decalitro — 5 147,1 294,2
Duplo litro 2 108,4 216,7
LITRO i 68,0 . 172,0
Meio litro 0,5 86,3 136,6
Duplo decilitro ... 0,2 50,3 100,6
Decilitro 0,i 39,9 79,9
Meio decilitro 0,05 31,7 63,4
Duplo centilitro. . . 0,02 23,4 46,7
Centilitro 0,01 18,5 37,1

As medidas para líquidos são geralmente de folha de


Flandres, tendo uma ou duas asas, conforme o tamanho.
Tambem b>a medidas de estanho, mas não podem ser fabrica
das senão sob uma vigilante inspecção, a fim de que a liga
de chumbo não seja superior a 18 por 82, como é aconse
lhado pela hygiene.
As vasilhas de grandes dimensões teem as formas dos cas
cos, pipas e toneis antigos, mas a sua capacidade deve ser
a do systema legal, isto é, referida a unidades, dobros e
metades, com os seus multiplos e sub-divisões decimaes. ■
Todas as medidas devem ter, mareada a punção, a in-
scripção do valor que representam.
As medidas para leite teem o diametro egual á altura do
cylindro. As que são destinadas para azeite são de egual forma,
com a differença de terem uma haste recurvada em logar
de asa.
Dissemos, quando tratámos das medidas lineares, que uma
unidade de ordem superior valia 10 da ordem immediata-
mente inferior, e que por consequencia 10 de ordem inferior
32 SYSTEMA LEGAL

prefaziam 1 da ordem immediatamente superior. O mesmo


dizemos a respeito das medidas de capacidade, e verificamos
no quadro seguinte:
M. 1=10 K. 1=100 H. 1=1000 D. 1=10000 litros
K. 1 = 10 H. 1 = 100 D. =1000 litro
H. 1 = 10 D. = 100.itros
D. 1=10 1 =100 d. 1
Litro=10 d. 1=100 c. 1=1000 m. 1-
d. 1 = 10 c.J = 100m. 1
c. l=10m. 1
m. 1, ultima divisão pratica das medidas de capacidade.

y
DE MEDIDAS .. 33

Medidas de peso

Das medidas de capacidade derivam-se as de peso. A uni


dade das medidas de peso é o gramma.
Para se obter o gramma procedeu-se com o mais escru
puloso cuidado, a fim de que determinada a base todos os
seus multiplos fossem proporcionaes.
Um volume de agoa, na sua maior pureza e maxima den
sidade, serviu para fixar a unidade de peso. A escolha do
volume recahiu sobre o centimetro cubico ou 1 millilitro de
agoa distillada na temperatura de 4o do thermometro cen
tigrado, reconhecida como aquella em que este fluido attinge
a sua maior densidade. Houve ainda o cuidado de evitar as
influencias atmosphericas, para que a operação fosse mais
perfeita ; portanto a pesagem effecluou-se no vacuo. O re
sultado d' esta delicada operação foi determinar a unidade de
peso.
Parece à primeira vista que esta unidade é tão extrema
mente peqúena,wiue para os usos commerciaes rara» vezes
poderá ter applicação.
É verdade, mas tambem não é menos verdade que os me-
taes preciosos, pedras preciosas, e os corpos solidos e flui-
, ,/"
34 STSTEMA LEGAL

dos de que a physica e a chimica fazem constantemente uso,


precisam de uma unidade de peso muito pequena, para que
a sua divisão possa ir quasi ao infinito ;' e com effeito levou-se
a divisão ao ponto de se obter ^õõõõõ ^° gramma-
Para os usos commerciaes adoptou-se a unidade de peso
mil vezes maior do que o gramma, isto é, o peso da agoa
distillada na sua maxima densidade, obtido no vacuo, con
tida na capacidade de um dècimetro cubico ou litro. Ora
como 1 litro tem 1000 millililros, do mesmo modo que 1
dècimetro cubico tem 1000 centimetros cubicos, segue-se
que a unidade de peso para os usos commerciaes tem 1000
grammas; e como a palavra convencionada para designar 1000
unidades se exprime por kilo, conclue-se que a unidade de
que tratamos se denomina kilogramma. - , >
Os multiplos do gramma formam-se como os multiplos
das unidades lineares e de capacidade, isto é, uma unidade
de ordem superior contém 10 da immediatamente inferior,
e 10 de ordem inferior prefazem uma da immediatamente
superior, como se verifica no seguinte quadro :
1 II. g.=10 K. g.=100 H. g.=1000 D. g.=10000 g.
1 K. g.=10 H. g.=ÍQ0 D. g.=1000 g. =10000 d. g.
1 H. g.=10 D. g.=100 g. =1000 d. g.=10000 c. g.
1 D. g.=10 g. =100 d. g.=1000 c. g.=10000m.g.
1 g. =10 d. g.=100 c. g.= IOOOm.g.=10000d.m.g.
1 d. g.=10 c. g.=100 m.g.=1000 d. m. g.
-1 c. g.=10 m. g.=100 d. m. g.
1 m.g.=10 d. m. g.
Se é possivel obter mais divisibilidade do peso, difíicil-
mente se obterá balança que o accuse.
O quadro que deixamos exposto é o que se refere á no
menclatura geral do systema metrico, mas as metades e do
bros das unidades são admittidas como legaes, havendo por
consequencia pesos de 2 kilogrammas, de meio kilogramma
ou 500* grammas, e todos os mais intermedfbs.
Os pesos de 20 e de 50 kilogrammas são os maiores que
sé fabricam. O de 50 kilogrammas representa meio quintal
DE MEDIDAS 3*
nietrico, porque o quintal metrico vale 100 kilogrammas ;
10 quintaes fazem uma tonelada, que è o peso de 1000 kv-
logrammas, a maior das unidades de medtàa. ôft \«8&, tft-
presentada por muitas unidades inferiores,.
As materias de que se fabricam os pesos, são : ferro; desde
50 kilogrammas até % hectogramma ou 50 grammas ; latão,
para os de 20 kilogrammas, e todos os successivamente in
feriores até 1 milligramma.
Para os pesos de 1 gramma, e todas as suas divisões até
1 milligramma tambem se fabricam de «prata, platina e alu-
minium. Estes, por serem muito delicados, é costume acon-
dicional-os em estojos, resguardados ainda por laminas de
vidro. Às divisões do milligramma são acondicionadas em
estojos muito mais delicados, é não se faz uso delias senão
em balanças de maquineta, que opportunamente descreve
remos..
As formas dos pesos de ferro são as seguintes:
— 50 kilogrammas e 20 kilogrammas— troncos de pyra-
mides, que teem por bases rectangulos, com os angulos arre
dondados ;
— 10 kilogrammas até '/« hectogramma — troncos de py-
ramidesj que teem por bases hexagonos regulares (polygonos
de seis lados).
Os pesos de ferro são abertos na parte inferior, para a
collocação de chumbo sobre o qual se põe a marca do ati
lamento, e na parte superior têem argolas, que descançam
em chanfraduras. É tambem na base superior que se lê a
inscripção do valor que representa cada peso.
Os pesos de latão são de forma cylindrica, e na parte su
perior terminam em botões que lhes são adaptados por meio
de roscas.
Os pesos de latão podem ser todos do mesmo metal, e B
tambem podem^ser interiormente de chumbo. Em ambos os
casos deve haver um espaço no prolongamento da rosca para
ser preenchido com o chumbo necessario na occasião do afi-
lamento.
A forma cylindrica dos pesos de latão é para todos, desde
36 STSTEMA LEGAL

20 kilogrammas até 1 gramma, os quaes devem ter o valor


inscripto na base superior do cylindro. As sub-divisões do
gramma, qualquer que seja o metal de que se fabriquem,
são laminas quadradas, tendo de ordinario cada peso um
canto voltado, para se lhe pegar com uma pinça. Os valores
dos pesos minimos são indicados por iniciaes, e não rece
bem mais do que uma marca de atilamento, com punção es
pecial.
DE MEDIDAS '"* '

Balanças

Para se effectuar a operação da pesagem não basta haver


pesos ; é preciso um apparelho que dê o resultado, que se
pretende obter. Este apparelho é a balança.
A balança ordinaria compõe-se de diversas partes, que é
necessario analysar para se avaliar bem a sua importancia.
Travessão, braços, cuíellos, fiel e pratos, são as peças prin-
cipaes da balança.
Travessão é a barra em cujos extremos se suspendem os
braços da balança. É essencial que o trave3são seja inflexí
vel, e temperado por tal modo que não ceda á força que
sobre elle houver de se exercer. Convém portanto que as
balanças tenham inscripta a força que lhe pôde ser appli-
cada. O travessão divide-se em braços, que podem ser
eguaes ou deseguaes. Sendo eguaes, a distancia do ponto
de apoio aos extremos dos braços devem ter a mesma ex
tensão. Sendo deseguaes, a distancia do ponto de apoio ao
extremo de um dos braços deve guardar certa relação com
a distancia do referido ponto de apoio ao extremo do outro
braço; isto é, um dos braços é maiorxdo que o outro, po^
exemplo, 10 vezes.
.
3$ SYS,TE«A f^AL

Nos extremos dos braços estão as argolas que sustentam


os pratos suspensos por correntes. Sobre o ponto de apoio
ha um indicador chamado fiel, o qual serve para marcar o
equilíbrio da balança. Este indicador pôde ser um ponteiro
marcando uma escala graduada, ou uma pyramide conica
fazendo coincidir o seu vertice com algum ponto de refe
rencia. v
Os pratos da balança de braços eguaes devem ser perfei
tamente eguaes, assim como as correntes que os sustentam.
O centro de gravidade é o ponto por onde passa a resul
tante das forças que actuam sobre um corpo. Ora o centro
de gravidade nem sempre está no centro do corpo; pôde
tambem estar acima ou abaixo do centro. Nas balanças é
condição essencial que esteja abaixo do ponto de apoio para
que o equilíbrio seja estavel. Se o centro de gravidade es
tiver acima do ponto de apoio o equilíbrio será instavel e a
balança doida. ,
$. balança f sensível quando oscillando. accusa differenoas
muito pequenas. E preguiçosa ou surda quando não accusa
facilmente as differenças.
Para se verificar se uma balança é exacta faz-se uma pe
sagem, pondo os pesos em um dos pratos, e o objecto que
se quer pesar no outro. Estabelecido o equilíbrio trocam-se
o objecto e os pesos para os pratos oppostos ; se o resultado
for o mesmo a balança está exacta.
Com estas brayes noções podemos observar os movimen
tos da balança, e concluir que o travessão é uma alavanca,
que tem por fim pôr em equilíbrio corpos de egual peso, ou
achar a differença de peso dos diversos corpos, que se com
param.
lia grande variedade no systema de balanças. Não tenta
remos descrevel-as todas, mas indicaremos as principaes.
• Balanças de stispensqo, pendentes de .um vigamento, ou
apoiadas sobre columnas; balança de Roberval, de pratos
apoiados, satisfazendo com bastante regularidade ás condi
ções da balança de suspensão ; balança décupla ou decimal
*e Quintenz. Esta é de braços e pratos deseguaes. Sobre o
DE MEDIDAS 39

prato maior, que é um grande estrado, collocam-se as mer


cadorias, e no 'prato "pequeno, suspenso do braço maior,
Collocam-se os pesos, que hão de pôr o travessão horison-
tal, á'onde resultará o equilíbrio ou egualdade de forças. Os
pesos representam justamente a decima parte do peso real
dos objectos. Se se empregarem, por exemplo, 25 kilogram
mas na suspensão do braço maior, isto é, no prato pequeno,
e este equilibrar com o estrado grande, coincidindo a pyra-
mide collocada no braço com outra pyramide collocada so-,
bre uma barra vertical, o peso real será de 250 kilogram
mas.
Estas balanças são de grande vantagem para o commercio
por grosso, para as estações fiscaes dependentes das alfan
degas, caminhos de ferro, navegação, etc, porque além de
serem portateis, condição que se. não dà nas grandes balan
ças de suspensão, supportam pesos enormes, empregando-se
nas operações a decima parte dos que precisam as balanças
de braços eguaes. Nas alfandegas maiores as balanças alcan
çam a 3:000 kilogrammas ; mas geralmente as balanças de
commercio são de 500 a 1000 kilogrammas de alcance.
Convém advertir qne os volumes, cujo peso se pretende
conhecer devem ser collocados no prato respectivo antes dos
pesos no prato opposto, e a móla de descanço deve suppor-
tar o travessão até que se queira estabelecer o equilíbrio da
balança.
Balança centesimal de Sanctorius. Não é muito conhe
cida, e as suas applicações só poderiam ser vantajosas por
se empregar apenas a centesima parte do peso real do vo
lume. Um kilogramma equilibra 100 kilogrammas, por ser
um dos braços 100 vezes maior do que o outro. Se houver
porém algum pequeno defeito de construcção, ou de apre
ciação, o erro que resultar será gravíssimo.
Balança de Forfin. É de braços eguaes, aperfeiçoadissima,
e de pequeno alcance. Tem dois ramaes que por meio de
uma mola suspendem o travessão, para evitar que o cutello
se amolgue, quando não se faz uso da balança, e para não
permittir que durante a operação de se carregar, ella oscille.
40 SYSTEMA LEGAL

Na base tem um nivel, e em muitas d'estas balanças o tra


vessão é aberto para o tornar menos pesado, sendo os bra
ços de maior extensão para que a balança seja mais sensí
vel. Este apparelho é preservado das influencias atmosphe-
ricas e da poeira por uma maquineta de vidro com duas
portas, que se abrem em frente das suspensões, a fim de
que a respiração do operador não influa nas oscillações da
balança. Por aqui se deprehende quanto é delicado o appa
relho, cujas applicações tambem devem ser delicadas.
Balança romana decimal. É um apparelho simples, que
tem a vantagem de dispensar o uso de pesos. O travessão
é graduado em kilogrammas no braço maior. Um cursor,
que não é peso legal, vae successivamente marcando mais
kilogrammas á medida que se afasta do ponto de apoio para
o extremo do braço. O braço opposto tem um gancho que
suspende o objecto que se quer pesar, calculado nos limites
que a balança comporta. De ordinario estas balanças teem
duas escalas, uma graduada desde o ponto de apoio no lado
em que o gancho de suspensão está mais proximo do refe
rido ponto : outra do lado opposto, começando a graduação
onde aquella acaba. Geralmente as balanças de duas entra
das são graduadas para força de 1 a 50 kilogrammas d'um
lado, e de 50 a 200 kilogrammas do outro.
Posto que estas balanças não sejam as mais fieis, como
as applicações são para objectos volumosos, a differença de
alguns grammas nada influe no commerCio por grosso. É
principalmente nos mercados e feiras que o uso destas ba^
lanças está mais generalisado. A pesagem de palha e outras
forragens quasi sempre é feita com balanças romanas.
Tambem ha balanças de molas, de esforço vertical, e ou
tras de mostrador circular.
DE MEDIDAS 41

Moeda*

0 systema decimal é applicado á fabricação e valor das


moedas, mas não lia um typo de moeda universal, o que é
realmente para lastimar. Não nos occuparemos das dimen
sões e valores das moedas estrangeiras, posto que o franco,
base da moeda franceza, poderia servir de typo para todas
as moedas do mundo. Trataremos sómente das moedas por-
tuguezas. >
A unidade das moedas portuguezas é o real, que faz no
plural réis, adoptado offlcial e commercialmente para toda
a contabilidade; mas o verdadeiro typo da moeda portu-
gueza é o tostão, que vale 100 réis; entretanto como a re
ferencia a esta unidade é circumscripta por modo tal que
nas transacções ordinarias a denominação do tostão acaba
quasi onde os milhares de réis principiam, póde-se dizer
que a unidade monetaria mais generalisada é o 1000 réis;
da mesma sorte que sendo o gramma a unidade das medi
das de peso, a mais generalisada é o 1000 grammas ou ki-
logramma.
Apresentando o quadro das moedas legaes facilitaremo3
a eomprehensão das relações que entre ellas ha.
SYSTEMA. LEGAL

Hoedas portuguezas do novo systema legal

Diâmetso sil imetsos Essessusa sil imetsos


Especie Denominação Valor Peso raamss Toque sil esíms
do da em es em em es
metal moeda réis

Oiro Coroa 10^000 30 2,0 17,735 917


» Meia coroa — 5£000 23 1,3 8,868 917
> Quinto de coroa 2,5000 18,5 0,8 3,547 917
» Decimndecorôa 1£000 14 0,7 1,774 917
Prata Cinco tostões . . '500 30 2,0 12,500 917
Dois tostões . . . 200 23 - 1,3 5,000 917
100 18,5 0,8 2,500 917
> Meio tostão — 50 14 0,7 1,250 917

As moedas de cobre, no momento em que escrevemos,


são de incommodas dimensões, e não as ha de todos os va
lores ; faltam as de 1 real e de 2 réis ; mas é de esperar
que na actual sessão legislativa as cortes approvem o projecto
que lhes foi apresentado, fixando novas dimensões e liga para
as moedas de cobre, do modo seguinte :

!f>
a
Denominacão a 100 PARTES DE LIGA DE
Metaes da ' %a 8a _
moeda ^ S ES o- S, Cobre Estanho Zinco
5s S
2 1
1« a f1 Vinte
OB
réis.
Dez réis . .
'.
20
10
31
27
11
5,5
90
90
5
5
5
5
Cinco réis. 5 23 3 90 5 5
£«•( Dois réis. . 2 19 2 90 5 5
o \ Um real . . 1 15 1 90 5 5
o 1
Às moedas que ficam descriptas, são todas fundadas so
bre os princípios do systema de pesos e medidas metrico-
decimal, conservando tambem as relações de unidades, dobros
e metades de unidades.
Ha moedas que a lei autorisa, posto que não pertençam
ao systema decimal. São as peças e meias peças portugue
zas, e as libras e meias libras esterlinas inglezas. As moedas

~~"S
DE MEDIDAS 43
das outras nações, inclusive os multiplos e divisões das li
bras e meias libras, não têem curso legal.
As moedas autorisadas têem os valores e dimensões que.
em seguida apresentamos :

I Espécie Denominacão Valor Diâmetro Peso Toque


do da ' em em em em
metal moeda réis millimetros grammas millesimas

Oiro 8 £000 31 14,188 917


* Meia peça 4,5000 25 7,094 917
> Libra esterlina 4,8500 22 7,981 917
> Meia libra 2,5250 19 3,990 917
44 SYSTEMA LEGAL

Toque dos mctaei

Os metaes preciosos avaliam-se pelo toque, que é o grào


em que o metal puro se acha ligado com outro de menos
valor. Os gráos de pureza são 1000. Uma peça de oiro ou
de prata precisa ser ligada com outro metal, para se lhe po
der dar qualquer forma. A liga, que entra na composição da peça
que se fabrica, faz perder ao metal uma parte do seu valor.
Assim, uma obra de oiro que tiver de liga d 00 millesimas,
será apreciada pelo toque de 900 millesimas ; uma obra de
prata que tiver de liga 80 millesimas, será apreciada pelo
toque de 920 millesimas, etc. O metal da liga não tem va
lor algum para estas apreciações.
As moedas de oiro e de prata portuguezas, e do mesmo
modo as libras e meias libras esterlinas, são todas dp toque de
916,666..., ou, para mais clareza e simplicidade, 917 mil
lesimas ; quer dizer que a quantidade de oiro puro que en
tra na composição de qualquer das moedas é de 917 partes,
combinadas ou ligadas com 83 partes ou millesimas de ou
tro metal. O mesmo a respeito das moedas de prata.
Esta liga representa justamente a liga de 22 quilates de
oiro, ou de 11 dinheiros de prata, e não é propria do sys-
tema legal. Projecta-se formar as moedas de 900 millesimas
DE MEDIDAS 45
de metal puro e 100 millesimas de liga, o que será perfei
tamente regular e uniforme com o systema decimal.
As obras de ornato têem ordinariamente os toques de 750
a 850 millesimas.
Apresentamos uma tabella de comparação, que organisá-
mos em 1860, e que por ordem superior foi publicada no
Diario de Lisboa n.° 239 do mesmo anno. Reproduzimos
somente a reducção de quilates e suas fracções, oiro puro
e liga., a oiro puro e liga em millesimas; assim como o to
que, tambem em millesimas.

REDUCÇAO
SYSTEMA ANTIGO
AO SYSTEMA-METRICO

U5
c*

24 0 96 0 1000.. 000 1000


23 3 9o 1 989.. 11 989
23 2 94 2 979.. 21 979
23 i 93 3 9í 9. . 31 969
23 0 92 4 958.. 42 958
22 3 91 < S 94».. 52 948
22 2 90 6 937.. 63 937
22 1 89 7 927.. 73 927
22 0 88 8 917.. 83 917
21 3 87 9 906.. 94 906
21 2 86 10 896.. 104 896
21 1 83 11 885.. 115 885
21 0 84 12 875.. 125 875
20 ..... . 3 83 13 864.. 136 864
20 2 82 14 854.. 146 854
20 1 81 15 844.. 156 844
20 0 80 16 833.. 167 833
19 * 3 79 17 823.. 177 823
19 2 78 18 812.. 188 812
19 1 77 19 802.. 198 802
19 0 76 20 792.. 208 792
18 3 73 21 781.. 219 781
18 2 74 22 771.. 229 771
18 1 73 23 760». 240 760
18 0 72 24 750.. 250 750
17 3 71 23 739.. 261 739
17 2 70 26 729.. 271 729
17. 1 69 27 719.. 281 719
17 0 68...... 28 708.. 292 708
46 SYSTEMA LEGAL

REDOCCiO
SYSTEJU AHTIGO AO SVSTEMA-METRICO

m
o O
1

m
o
w
co "35 o
I- a>
3
a «2 H
o .§ so
C
o 'Á 3*
16.... .. 3 67 ... . .. 29 698... 302 698
16.... .. 2. 66 ... . .. 30 687... 313 687
16.... .. 1 65 ... . .. 31 677... 323 , 677
16 ... . .. 0 64 ... . .. 32 667... 333 667
IS.... .. 3 63 ... . .. 33 656... 344 656
IS.... .. 2 ..34 646... 354 646
15.... .. 1 61.... .. 35 63o... 365' 635
15t... .. 0 60 ... . .. 36 625... 375 625
14.... .. 3 59 ... . .. 37 614... 386 614
14.... .. 2 58 ... . .. 38 604... 396 604
14 ... . .. 1 57 ... . .. 39 594... 406 594
14.... .. 0 56 ... . .. 40 583... 417 583
13 ... . .. 3 55.... .. 41 573... 427 573
13.... .. 2 54 ... . .. 42 562... 438 562
13.... .. 1 53 ... . .. 43 552... 448 552
13 ... . .. 0 52 ... . .. 44 542... 458 542
12 ... . .. 3 51.... .. 45 531... 469 531
12.... .. 2 50.... .. 46 521... 479 521
12 ... . .. 1 49 ... . .. 47 510. . . 490 510
12 ... . .. 0 48 ... . .. 48 500... 500 500
11.... .. 3 47 ... . .. 49 489... 511 489
11.... .. 2 46 ... . .. 50 479... 521 479
11.... .. 1 45 ... . .. 51 469... 531 469
11.... .. 0 44.... .. 52 458... 542 458
10 ... . .. 3 43 ... . .. 53 448... 552 448
10 ... . .. 2 42 ... . .. 54 437... 563 437
10 ... . .. 1 41.... .. 55 427. . . 573 427
10.... .. 0 40 ... . ..56 417... 583 417
9..-.. .. 3 39 ... . .. 57 406... 594 406
9.... .. 2 38 ... . ... 58 ■ 396... 604 396
9.... .. 1 37.... .. 59 385... 615 385
9.!.. .. 9 36 ... . .. 60 375... 625 375
8.... .. 3 35 ... . .. 61 364... 636 364
8.... .. 2 34 ... . .. 62 354... 646 354
8...'. .. 1 33 ... . .. 63 344. . . 656 344
8.... .. 0 32 ... . .. 64 333... 667 333
DE MEDIDAS 47

Medidas de temperatura e de força alcoólica

Dissemos no principio que as medições podiam ser appli-


cadas a extensão, super/icie, volume, capacidade, peso, moe
das, tempo, etc. Do tempo apresentámos as razões, que houve
para não ser comprehendido no systema decimal ; dissemos
tambem que a circumferencia continuou a ser dividida em 360
grãos por motivos que é ocioso repetir.
Reservámos para este logar tratar de apreciar outras me
didas, que não são de uso commum, mas que são de grande
importancia para muitas pessoas — a medida de temperaturas,
que se obtém pelo thermometro; e a apreciação dos líquidos
espirituosos, que se avalia pelo alcoometro. '
Thermometro é um instrumento que serve para determi
nar temperaturas. Compõe-se este instrumento de um tubo
de vidro de forma cylindrica tendo por diametro uma frac
ção de millimetro, que não é fixa, mas dependente do aper
feiçoamento do instrumento ; por isso diremos que o tubo é
capillar. Em uma das extremidades tem utn reservatorio cy-
lindrico ou espherico cheio de mercurio, que sobe pelo tubo
á medida que a temperatura augmenta, e desce quando a
temperatura diminue. O thermometro tem uma escala gra
48 SYSTEMA LEGAL

duada, na qual se lê a temperatura superior e inferior á do


gelo fundente, sendo esta 0° e a da agoa a ferver 100° para
o thermometro denominado centigrado, que é aquelle de que
se faz uso nas applicações do systema metrico.
Chamam-se positivos os gráos que se contam desde O até
100. e negativos os que se contam para baixo de 0. Os grãos
positivos são precedidos do signal -t-ou de nenhum signal;
os negaVivos são precedidos do signal—. A expressão 6o ou
+ 6° quer dizer 6 gráos acima de 0 ; — 6o quer dizer C grãos
contados desde 0 para baixo.
O liquido contido no tubo capillar nem sempre é mercu
rio ; pôde ser, e é muitas vezes, alcool corado.
Ha diversas escalas de thermometros, conforme os auto
res a que devem a sua construcção. O de Celsius, denomi
nado centigrado, o de Réaumur, conhecido pelo nome do
autor, e o de Fahrenheit, tambem só por este nome conhe
cido. Jà descrevemos o centigrado, vamos conhecer os outros
dois.
Thermometro de Réaumur. É fundado nos mesmos prin
cípios de construcção que o centigrado, com a differença po
rém de que a escala é de 0°, gelo fundente', a 80°, ebulição
da agoa, havendo por consequencia um valor mais amplo para
cada grão.
Thermometro de Fahrenheit. Differe no modo de contar
desde o gelo fundente. Os outros começam em 0o, este co
meça em 32° para gelo, e termina em 212° para a ebulição da
agoa; portanto entre a congelação e a ebulição ha 180° cor
respondentes aos 100° centigrados, e aos 80° de Réaumur.
Os gráos inferiores a 32 são negativos em relação aos outros
thermometros, mas são positivos em relação á escala Fah
renheit. Por exemplo: 23° Fahrenheit correspondem a — 5o
centigrados, e a — 4o Réaumur ; mas tambem ha gráos ne
gativos da escala Fahrenheit ; por exemplo :

_4°F.=— 20° C.= — 16° R.

O seguinte mappa serve para achar a relação entre o ther


DE MEDIDAS 49
momelro centigrado e os outros dois, entre o thermometro
de Réaumur e os outros dois, e entre o de Fahrenheit e os
outros dois. Para evitar longos mappas, faremos compara
ção desde a maxima temperatura atmospherica, que em Por
tugal se poderá obter à sombra, até á que dá um rigoroso
frio nas mais altas montanhas do paiz.

!• C, = 0°,80 R. = i-,80 F.
1 R. =1,25 C. =2,23 F.
1 F. = 0 ,555o... C.= 0 ,4444... R.

o Q o (->
o cs 9 a «
<
cs 5
í a <
m o
s §BÍ5
o X
W
a o
<
a
u 3 I
M
S
i
Cd
O
«
es
P9
■<
tu

+ 40 + 32,0 + 104,0 + 14 + 11,2 + 57,2


39 31,2 102,2 13 10,4 55,4
38 30,4 100,4 12 9,6 53,6
37 29,6 98,6 11 8,8 51,8
36 28,8 Íi6,8 10 8,0 50,0
35 28,0 95,0 9 7,2 48,2
34 27,2 93,2 8 6,4 46,4
33 26,4 91,4 7 5,6 44,6
32 25,6 89,6 6 4,8 42,8
31 24,8 87,8 5 4,0 41,0
30 24,0 86,0 4 3,2 39,2
29 21,2 84,2 3 2,4 37,4
28 22,4 82,4 2 1,6 35,6
27 21,6 80,6 1 0,8 33,8
26 20,8 78,8 géloO gelo 0,0 gelo 32,0
25 20,0 77,0 —1 — 0,8 30,2
24 19,2 75,2 2 1,6 28,4
23 18,4 73,4 3 2,4 26,6
22 17,6 71,6 4 3,2 24,8
21 16,8 69,8 5 4,0 23,0
1 20 16,0 68,0 6 4,8 21,2
I 18
19 15,2
14,4
66,2
64,4
7
8
5,6
6,4
19,4
17,6
17 13,6 62,6 9 7,2 15,8
16 12,8 60,8 10 8,0 14,0
15 12,0 59,0
|
SO SYSTEMA LEGAL

§ o h
a 3 o
!i«: 1 ■
E
5 a Cd 5 tu

1-1 il
i8;
(d § | 3
i
+ 32 + 40,00 + 104.00 + 11 + 13,75 + 56,75
31 38,7o 101,73 10 12 50 54,50
30 37,S0 99,50 9 11,25 52,25
29 36,2o 97,25 8 10,00 50,00
28 33,00 95,00 7 8,75 47,75
27 33,75 92,73 6 7,30 45,50
26 32,50 90,50 5 6,25 43,25
25 31,25 88,25 4 5,00 41,00
24 30,00 86,00 3 3,75 38,75
23 28,73 83,73 2 2,50 30,50
82 27,50 81,50 1 1,23 34,25
2L 26,25 79,25 géloO golo 0,00 gelo 32,00
20 23,00 77,00 —1 -1,25 29,75
!9 23,75 74,75 2 2,50 27,50
18 22,30 72,30 3 3,75 25,25
17 21,23 70,25 4 5,00 23,00
16 20,00 68,00 5 6,25 20,75
! 13 18,73 65,75 6 7,50 18,50
\ 14 17,30 63,50 1 8,75 16,25
13 16,25 61,25 8 10,00 14,00
12 15,00 59,00 *

!,« 1.".'. r-r~. :»■■■


1 i", - T
DE MEDIDAS «I
-—
o
a
t
S
H
Z
Q
er-T-
4-40,00
39,44 3X56
38,89 31,11
38,33 30,67
37,78 30,22
37,22 29,78
36,67 29,33
36,11 28,89
3o,.'i6 28,44
35,00 28,00
3i,44 27,56
33,89 §7,11
33,33 26,67
32,78 26,22
32,22 4á,M
31,67 25,33
31,11 24,89
30,56 24,44
30,00 24,00
29,44 23,36
28,89 23,11
28,33 22,67
27,78 22,22
27,22 21,78
26,67 21,33
26,11 20,89
25,56 20,44
25,00 20,00
24,44 19,56
23,89 19,11
23,33 tó,67
22,78 18,22
22,22 17,78
21,67 17,33
21,11 16,89
20,56 16,44
20,00 16,00
19,44 15,56
18,89 15,11
18,33 14,67
17,78 14,22
17,22 13,78
16,67 13,33
16,11 12,89
16,56 12,44
15,00 12,00
52 SYSTEMA LEGAL

Os limites de 100, 80 e 212 gráos dos thermometros que


deixamos comparados, não são os limites das escalas ther-
mometricas, mas sómente a indicação da ebulição da agoa.
Ha thermometros, os de ar, por exemplo, os pyrometros, e
outros instrumentos, cuja descripção não é para este logar,
que indicam temperaturas muito mais elevadas, e outros que
accusam muitos gráos negativos. Verifiquemos isto com al
guns exemplos.
Gráos

C. R. F.
Agoa a ferver 100 80 212
Azeite a ferver 316 253 601
Mercurio a ferver 349 279 661
Gelofundeote 0 0 32
Mercurio congelado —40—32—40

Ainda ha outro thermometro de que se faz uso na Russia;


o seu autor é Delisle, cujo nome o thermometro toma
Divide-se em 150 grãos, com a differença porém de que 0' I»

marca a ebulição, e 150° o gelo fundente. D'esta forma,


comparado o thermometro de Delisle com o centigrado vê-se
que a cada grão centigrado corresponde 1°,5 de Delisle, e
como a contagem se faz no sentido inverso, quando o ther
mometro centigrado marca 20° o thermometro de Delisle
deve marcar 150—30, isto é, 120°.
DE MEDIDAS 53

Alcoometro e areometroi

Âlcoometro é um instrumento que serve para determinar


a quantidade de alcool puro contido nas agoas ardentes e
espíritos. Compõe-se de um tubo de vidro de forma cylin-
drica, contendo no interior uma escala graduada de 0° a 100°,
quando se queira completo, ou só com a graduação neces
saria para os usos commerciaes, cujos limites são entre 25°
e 90°. A graduação do alcoometro é feita na temperatura de
15° do thermometro centigrado, e as avaliações devem sempre
ser referidas a esta temperatura ; por consequencia para que
a avaliação ou apreciação da riqueza alcoolica seja rigoro
samente conhecida, o autor do instrumento, Gay Lussac,
calculou com toda a precisão a tabelia que adiante apresen
tamos, a qual deve estar sempre ao alcance de quem houver
de fazer uso do instrumento.
O alcoometro tem na parte inferior uma camara em forma
de pyramide conica, cujo vertice é o extremo do instrumento.
A capacidade da camara contém uma porção de mercurio ou
de escumilha (chumbo de caça) destinada a servir de lastro
para a immersão do instrumento nos líquidos. Quanto á sua
graduação 0o indica agoa pura, 100° marca o alcool puro;
f-
84 SYSTEMA LEGAL

qualquer numero intermedio denota quantas partes de alcool


puro contém o liquido que se aprecia; a differença entre o
numero de grãos achados e o limite da escala denota quantas
são as partes de agoa pura contida no liquido espirituoso,
considerando que o numero de partes de que se compõe o
liquido é sempre de 100. Se o instrumento se immergir até
ao numero 60° na temperatura de 15° centigrados, dir-se-ha
que o liquido contém CO partes de alcool e 40 de agoa. Se
a porção de liquido espirituoso é 1 hectolitro, haverá 60
litros de alcool, e 40 litros de agoa.
Fazendo-se a operação na temperatura de 20° centigrados
é necessario recorrer á tabella da riqueza alcoolica onde se
encontra o verdadeiro nuníero de gràos de alcool, que é 58 ;
portanto será 58 o numero de litros de alcool, e 42 litros
de agoa completarão o numero de 100 litros ou 1 hectolitro.
Sendo porém feita a operação na temperatura de 8o centi
grados a tabella mostrará que a verdadeira riqueza alcoo
lica ô de 63 litroSj havendo por ctínSèdjiénclá h litros de
agoa.
DE MEDIDAS S5
Tabeliã da riqueza alcoólica dos líquidos espirituosos,
nas diversas temperaturas de 0o a 30° centígrados, desde
25° a 90° alcoometricos.
co GRA0S REAES REDUZIDO i Á iCEHPKRATCRA DE IS" CEHTIGRAD0S
O
Q
i
w
B
o
o
u o
CO & &
3 o o 0
o o o o o
CO © ê* CO 00 O
■*rt CD ©
<M <N <N <x oo
3*
ê>
C3
o 0
BC
a G^
«H •-rt »>-
«í
^l

25 31 30 29 28 28 27 26 25 24 23 22
22 21 20 20
26 32 31 31 30 29 28 27 26 25 24 23
23 22 21 21
27 33 32 32 31 30 29 28 27 26 25 24
24 23 22 21
28 34 33 33 32 31 30| 29 28 27 26 25
24 24 23 22
29 36 35 34 33 32 31 1 30 29 28 27 26
25 25 24 23
30 37 36 35 34 33 32 31 30 29 28 27
26 26 25 24
31 38 37 36 35 34 33 32 31 30 29 28
27 26 26 25
32 39 38 37 36 3o 34 33 32 31 30 29
28 27 27 26
33 40 39 38 37 36 35 34 33 32 31 30
29 28 27 27
34 41 40 39 38 37 36 35 34 33 32 31
30 29 28 28
35 41 41 40 39 38 37 36 35 34 33 32
31 30 29 21
36 42 42 41 40 39 38 37 36 35 34 33
32 31 30 30
37 43 43 42 41 4- 39 38 37 36 35 34
33 32 31 31
38 44 44 43 42 41 40 39 38 37 36 35
34 33 32 32
39 45 45 44 43 42 41 40 39 38 37 36
35 34 33 33
40 46 45 45 44 43 42 41 40 39 38 37
36 35 34 34
41 47 46 46 45 44 43 42 41 40 39 38
37 36 35 35
42 48 47 47 46 45 44 43 42 41 40 39
38 37 36 36
43 49 48 48 47 46 45 44 43 42 41 40
39 38 37 37
44 50 49 49 48 47 46 45 44 43 42 41
40 39 39 38
45 51 50 50 49 48 47 46 45 44 43 42
41 40 40 31
46 52 51 51 50 49 48 47 46 45 44 43
42 41 41 40
47 53 52 51 51 50 49 48 47 46 45 44
43 42 42 41
48 54 53 52 52 51 50 49 48 47 46 45
44 43 43 42
49 55 54 53 53 52 51 50 49 48 47 46
45 44 44 43
50 56 55 54 54 53 52 51 50 49 48 47
46 45 45 44
51 57 56 55 55 54 53 52 51 50 49 48
47 46 46 45
52 58 57 56 56 5o 54 53 52 51 50 46
48 47 47 46
53 59 58 57 57 56 55 54 53 52 51 50
49 48 48 47
54 60 59 £8 57 57 56 55 54 53 52 51
50 49 49 48
- 55 61 60 59 £8 58 57 56 55 54 53 52
51 50 50 4t
56 62 61 60 59 59 58|57 56 55 54 53
52 51 51 50
57 63 62 61 60 60 59 ' 58 57 56 55 54
53 52 52 51
58 64 63 62 61 61 60 59 58 57 56 55
54 53 53 52
59 65 64 63 62 62 61 60 59 58 57 56 55 54 54 53
60 66 1 65 64 63 63 62 61 60 59 t8l57l£6 16 55l54|
61 671 66 65 64 64 63 62 61 60 59 58 57 Í57 56 561
62 68 67 66 65 65 64 63 62 61 60 59158 58 57156
63 69. 68 67 66 66 65 64 63 62 61 60 59 69 58 57
SYSTEMA. LEGAL

n 8RÁ03 REAES REDUZIDOS Á TEMPERATURA DE ISi" CENTÍGRADOS


O
u
S
I
o
u
o
CO
o
O oo
o o
o o
-4 o o o o o
oo õ O é> oo O
Vi
o
O ■■H 03
c
3< CO

K -•*

64 70 69 68 67 67 66 65 64 63 62 61 60 60 59 58
63 71 70 69 68 68 67 66 65 64 63 62 61 61 60 59
66 72 71 70 69 69 68 67 66 65 64 63 62 62 61 60
67 73 72 71 70 70 69 68 67 66 65 64 63 63 62 61
68 74 73 72 71 71 70 69 68 67 66 65 64 64 63 62
69 75 74 73 72 72 71 70 69 68 67 66 65 65 64 63
70 76 75 74 73 73 72 71 70 69 68 67 66 66 65 64
71 77 76 75 74 74 73 72 71 70 69 68 67 67 66 65
72 78 77 76 75 75 74 73 72 71 70 69 68 68 67 66
73 79 78 77 76 76 75 74 73 72 71 70 70 69 68 67
74 80 79 78 77 77 76 73 74 73 72 71 71 70 69 68
75 81 80 79 78 78 77 76 75 74 73 72 72 71 70 69
76 82 81 80 79 79 78 '77 76 75 74 73 73 72 71 70
77 83 82 81 80 80 79 78 77 76 75 74 74 73 72 71
78 84 83 82 81 81 80 79 78 77 76 75 75 74 73 72
79 84 84 83 82 82 81 80 79 78 77 76 76 73 74 73
80 85 85 84 83 83 82 81 80 79 78 77 77 76 75 74
81 86 86 85 84 84 83 82 81 80 79 78 78 77 76 73
82 87 87 86 83 83 84 83 82 81 80 79 79 78 77 76
83 88 88 87 86 86 85 84 83 82 81 80 80 79 78 77
84 89 89 88 87 86 86 85 84 83 82 81 81 80 79 78
83 £0 £0 89 88 87 87 86 85 84 83 82 82 81 80 79
86 91 eo eo 89 88 88 87 86 85 84 83 83 82 81 80
81
87 92 91 91 £0 89 89 88 87 86 85 84 84 83 82
88 93 92 92 91 £0 £0 89 88 87 86 85 85 84 83 83
89 94 93 93 92 91 91 SO 89 88 87 86 86 85 84 84
90 95 94 1 94 93 92 92 91 £0 89 88 88 87 86 85 85

Dedu?-se do que fica exposto que o alcoometro é o instru


mento destinado a substituir o areometro pesa licores, im
perfeito na construcção, vicioso nas apreciações, e extranho
ao systema decimal. Entretanto o areometro de Cartier pre
cisa ser analysado para se vêr qual é o motivo que nos leva
a avalial-o tão desvantajosamente, visto que o seu uso é of-
ficial em todos os postos fiscaes do reino, e adoptado entre
os particulares. '
Areometro é um instrumento de construcção símilhante á
DE MEDIDAS 57

do alcoometro, destinado para determinar a força relativa dos


líquidos alcoolicos.
Note-se que o areometro marca a força relativa, e. o al
coometro a força absoluta.
Ha muitas especies de areometros, mas aquelle de que
nos vamos occupar é o de pesa licores.
A escala do areometro obtém-se mergulhando o instru
mento em agoa distillada, e depois em alcool puro. Os dois
pontos extremos são os limites da escala.
O areometro de Cartier é graduado na temperatura de
10° Réaumur ou 12°,5 centigrados.. A escala começa em
10° onde se marca alcool puro. Cada grão é dividido em 4
partes, que se indicam pelas fracções '/*, lj%, 3/t, 1 ; ou por
0,25; 0,50; 0,75; 1.
Das avaliações feitas por meio do areometro não se de-
prehende qual é a porção de' alcool e de agoa, que entram
na composição do liquido espirituoso, que se aprecia; re
sulta da operação unicamente conhecer quantos gráos da es
cala marca o instrumento ; mas como os gráos não guardam
entre si proporção, não se pôde inferir pela leitura dos nu
meros qual é a porção de alcool, mas sim qual a sua força
relativa.
Por exemplo quando se diz que 1 hectolitro de agoardente
é da força de 26°i/4 ou 26°,25 Cartier, flca-se sabendo que
a agoardente tem mais força do que outra de menos gráos,
mas não indica de modo algum qual é a quantidade de al
cool que o mesmo liquido contém. Se a apreciação da mesma
agoardente fòr feita com o alcoometro, conhece-se qual é a
quantidade de alcool contida no liquido espirituoso, porque
marcará, 70 gráos alcoometricos na temperatura de 15° cen
tigrados, correspondentes aos 26",25 do areometro de Car
tier; d'onde se conclue que ha no liquido que se aprecia
70 litros de alcool e 30 litros de agoa.
O areometro de Cartier não differe do areometro de Baumé
senão em ter este a sua escala dividida de 10° a 47°, na
tamperatura tambem de 10° Réaumur ou 12°,5 centigrados.
O areometro denominado dos Paizes BaixoSj de que ainda
58 SYSTEMA LEGAL

se faz uso na Hollanda, é similhante ao de Baumé, com &


differença de que a escala é graduada de 0o a 37°, o que
dá o mesmo que de 10° a 47°, e a temperatura é de 55° do
thermometro de Fahrenheit, que pouco differe da de Baumé,
visto que 55° Fahrenheit equivale a 1Õ°,22 deRéauniur, ou
12°, 78 centigrados, como se verifica na' respectiva tahella.
O areometro de Tessa, de que se faz uso em Portugal nos
districtos do norte, éntrò particulares, tem uma escala de
20°, graduada na mesma temperatura que o de Cartier e de
Baumé, mas é ainda mais imperfeito, porque 0° começa no
ponto em que o âlcoometro centesimal marca 42°,5 e o areo
metro de Cartier 17°, 25; e não chega a corresponder a 96°
centesimaes, excedendo pouco o gráo 40 de Cartier.
Para não tornar muito extensas as tabelias de compara
ção dos areometros, reduziremos os gráos do areometro
de Cartier, que é o offlcial, aos gráos do alcoometro de Gay
Lussac, e vice versa.
Avaliação dos gráos de Cartier em gráos centesimaes,
na temperatura de 15° centígrados
«3
y CD f- 4) »- 3! t* O
■Çj aS .a CD

.138
cd .fj cd
3
'55
a cd cd
s
"33
Ô CS 5a
•^CD c 49
•w c CD c CD
9 ■W o •a
n 5 i
o
b
DO
O
•cd
y
O
•n
h
00
o
*cd
u
O

'
co
■g
Cfe 1ff O
qp
K3
O c5 CS * ti?

agoa pura
10 0,2 14 25,2 18 . 45,5 22 58,7
'A M 'A 26,9 *A 46,4 iA 59,4
V* 2,4 "A 28,5 V2 47,3 f/i 60,1
3A 3,7 SA 30,1 •A 60,8
"A ,48,2
11 5,1 15 31,6 19 49,1 23 61,5
'A 6,3 'A 33,0 *A £0,0 62,2
V2 8,1 % 34,4 % 50,9 l/S 62,9
»A 9,6 «A 35,6 *A 51.7 63,6
»A • 64,2
12 11,2 16 36,9 20 52,5 24
•A 12,8 'A 38,1 'A 53,3 .A 64,9
'/• 14,o Vi 39,3 Vi 54,1 í/i 65,5
*A 16,3 3A 40,4 5A 54,9 3A 60,2
13 18,2 17 41,5 21 55,6 25 66,9
'A 20,0 V« 42,5 ,A 66.4 i/í 67,5
V. 21,8 V, 43,5 .A 57,2 i/i 68,1
*u 23,5 5A 44,5 5A 58,0 % 68,8"
li

\
DE MEDIDAS 89
u CO Ut M co CO
55
1 ê .1
cd cd
a
cd

I4>
■«a
os
•a
CO
CO

e
Ô
CO

S I s
J5
-a O -a § -O o
CO co co co co co
o O p
0 0 0
•cu
0 ! _á—.
* 69,4 31 80,3 & 89,6 41 96,6
Éic,;;>: u 70,0 'A 91,0 i Vi S0,0 1A 96,9
f 'i^lS , I: 70,6 1/. 81,5 [/• b0,4 h 97,2
71,2 'A 92,0 Vi 9,0,8 97,5
71,8 32 92,5 $ 91,2 U "' 97,7
72,3 'A 82,9 i/i 91,5 l/l 98,0
•/• 72,9 V, 93,4 l/s 91,9 i/s 98,3
* ''• 73,3 Vi 93,9. Vi 92,3 Vi 98,5
74,0 33 94,4 38 92,7 43 98,8
!■ % 74,6 Vi 84,8 l/l 93,0 •A 99,1
'A 73,2 % 85.3 /, 63,4 iA 99,4
% 75,7 *'i 83,8 Vi 93,7 Vi 99,6
» 76.3 34 86,2 39 94,1
% 76,8 'A 86,7 1/1 94,4 v y ii,'.
% 77,3 'A 87,1 l/i 94,7
3< 77,9 Vi 87,5 Vi 95,1 alcool puro
II 30 78,4 33 88,0 40 95,4 44 99,8
* 78,9 Vi 88,4 iA 95,7 v. „--..-._. ;-.;. "ii
1! v,
su 79,4 V. 88,8 1/1 £6,0
80,0 Vi, 89,2 Vi 96,3 ■'•-'•■ i!n; :■;.,•:;'
|l.. *—,!■— , _i . ___J 1
Avaliação dos gràos centesimaes, na temperatura de 15°
centígrados, em grãos de Cartier
Uj
ba
* ^ co
CO .2 K 6
a
B cd
I
CO cd co cd
s
ãcu
a
O
e 1 3
-a 0
■O CD
u -a
CO co •> m
CO
0 O 0
■cd
8
•fld 0
0
-cd
CO
0
•cd
O
IS 3
0 O ca CS O 6
-0 CS

agoapura
0 10,03 9 Í1,66 . 18 12,97 27 14,26
1 10,23 10 11,82 19 13,10 28 14,42
2 10,43 11 11,98 20 13,25 29 14,57
3 10,62 12 12,14 21 13,38 30 14,73
4 10,80 13 12,28 22 13,52 31 14,S0
5 10,97 14 12,43 23 13,67 32 15,07
6 11,16 15 12.57 24 13,83 33 15,24
7 11,33 16 12,70 25 13,97 34 15,43
8 11,49 17 12,84 26 14,12 35 15,63
• 1 ,
60 SYSTEMA LEGAL

«o 03
« li
03
es 6
a
'vi 3 a cs a cg *S3 4
9 O '33 3
07 -
ã o <B a O "c o
co *> 00 n
o
CO
IO
o ■3O o
•3 O
•«a
■CdO •gO *cd
oc
-cd sa fat
5 cS o CS O

36 15,83 53 20,15 70 26,26 87 34,43


37 16,02 54 20,47 71 26,68 88 35,01
38 16,22 55 20,79 72 27,11 89 35,62
39 16,43 56 21,11 73 27,54 90 36,24
40 16,66 57 21,43 74 27,98 91 36,89
41 16,88 58 21,76 75 28,43 92 37,55
42 17,12 59 22,10 76 28,88 93 38,24
43 17,37 60 22,46 77 ,29,34 94 38,95
44 17,62 61 22,82 78 29,81 95 39,70
45 17,88 62 23,18 79 30,29 96 40,49
46 18,14 63 23,55 80 30,76 97 41,33
47 18,42 64 23,92 81 31,26 98 42,25
48 18,69 65 24,29 82 31,'6 99 43,19
49 18,97 66 24,67 83 32,28 100 44,19
50 19,23 67 25,05 84 32,80 alcool puro
51 19,54 68 25,45 85 33,33
52 19,85 69 25,85 86 33,88

Pela analyse das precedentes tabellas é facil vêr quanto S6


torna prejudicial o uso dos areometros, comparado com as
vantagens que resultam da adopção do alcoometro de Gay
Lussac.
Vamos dar algumas regras, acompanhadas de exemplos,
para fixar bem o modo de fazer uso do alcoometro.
As quantidades de diversos gràos reduzem-se multipli
cando a quantidade do liquido pelo grão achado no alcoo
metro, e dividindo o producto por 100.
Tendo-se graduado o alcoometro em 15° do thermometro
centigrado, se a temperatura fôr inferior ou superior na oc-
casião da operação, a densidade do liquido achar- se-ha au-
gmentada ou diminuída, e conseguinlemente os gràos indi
cados pelo instrumento serão inferiores ou superiores àquel-
les que apresentaria a temperatura de 15°, que se deve con
siderar a legal. Ora como nem sempre ha meio de levar á
temperatura legal o liquido espirituoso submettido á expe.
riencia, a tabelia que apresentámos da riqueza alcoolica evita
DE MEDIDAS 61

enfadonhos calculos, satisfazendo com exactidão as reducções


necessarias.
Vejamos agora como se procede para se conhecer a quan
tidade de alcool puro, que entra na composição de um liquido
espirituoso :
1.° problema

Quantos litros d'alcool puro se contém em 600 litros de


agoardente de 56 grãos?
Solução

1 00:56::600: x ;x= -^^-=336 litros de alcool puro.

2.° problema

Quantos litros de agoa pura se deve juntar a um barril


de 200 litros de agoardente de, 60 grãos, para que o liquido
fique em 50 grãos?
Solução

0 numero de litros que ha no barril multiplicado pelos


grãos de que se compõe o liquido, e este producto dividido
pelo numero a que ha de ser reduzida a agoardente, dará
em resultado a quantidade de litros do liquido de força re
duzida; portanto —^— =240 ; logo dever-se-ha juntar 40
litros de agoa aos 200 da agoardente de 60 grãos para que
esta fique com a força de 50 grãos.

3.° problema

Que porção de alcool puro se deve juntar a 200 tttros de


agoardente de 50 grãos, á qual se quer dar a força de 60
grãos?
62 SYSTEMA LEGAL

Solução

Multipljque-se o numero de litros pelos gráos do liquido


que se tem, e multiplique-se o numero de Jitros pelos gráos
a que se quer elevar ; divida-se a differença entre 0,5 dois
resultados por a differença do grão do espirito que se quer
empregar, com o grão a que deve ser levada a mixtura, e o
quociente indicará o numero de litros de alcool puro que
será preciso juntar á porção de liquido que havia. No caso
presente resolveremos pelo seguinte modo :

200X50=10000 partes de alcool puro


200x60= 12000 » » >
differença 2000

A differença entre os gráos de alcool puro e os gráos do


liquido que pretendemos é=40, isto é, 100 — 60; divi
dindo pois 2000 por 40, o quociente será -43- = 50; logo
será necessario juntar 50 litros de alcool puro aos 200 de
agoardente de 50 gráos, para se conseguir 250 litros de
agoardente de 60 gráos.
Se em logar de alcool puro se emprega para a mixtura
espirito de grào inferior, por exemplo de 85 gráos, divide,-ge
a differença (2000) por 25, isto é, 85-60, e o quociento 80
exprime o numero de litros de espirito de 85 gráos que é
preciso juntar ao liquido de 50 grápg, para se obter 9 liquido
de 60 gráos.
DE MEDIDA* 63

Penou específicos

Peso especifico é o peso de um corpo de volume deter


minado, em relação ao peso de outro corpo do mesmo vo
lume, tomado para unidade ou termo de comparação.
O meio que se emprega para obter mais exactamente o
peso especifico de um corpo é pesando-o no ar e depois na
agoá, porque um corpo mergulhado na agoa perde do seu
peso o valor exacto do peso do volume de agoa que desloca.
Assim se um eorpo pesa no ar 18 e na agoa 15 conclue-se
que a differença 3 é o peso da agoa que tem um volume
egual ao volume que a deslocou, e què o corpo pesa es
pecificamente 6 vezes mais do que a agoa, por ser 6 o quo-
ciente de
A tabelia que em seguida apresentamos é referia, * 1 de-
cimetro cubico ou 1 litro de agoa distiílaàa na temperatura
de 18° centigrados, temperatura em que foram comparados
os corpos dá mesma tabella, exceptuando algung Úquidos, •
que v$p <*|p«cialmepte indicados.
64 STSTEMA LEGAL

Nomes dos corpos Peso de ld.m5 em kilog.


METAES
batida 23,000
llaminada 22,009
Platina < passada á fieira 21,042
jforjada 20,337
f purificada 19,500
lforjado 19,362
0ir0 ífundido 19,258
Iridium fundido 18,680
Tungstenio 17,600
Chumbo fundido 11,352
Palladium 11,300
Rhodium 11,000
Prata fundida 10,474
Bismutho fundido 9,822
I laminado 8,950
passado à fieira 8,879
fundido 8,788
Molybdenio 8,611
Cadmium 8,600
Arsenico fundido 8,308
Nickel fundido 8,279
Uranio 8,100
Manganesio 8,010
Aço recosido 7,816
Cobalto fundido 7,812
Ferro em barra 7,788
Estanho fundido 7,291
Ferro fundido • 7,207
Zinco fundido : 6,861
Antimonio fundido 6,712
Tellurio 6,1 15
Chromio : 5,900
Aluminium 2,700
Sodium 0,997
Potassium 0,865
DE MEDIDAS 65

Nomes dos corpos Peso de 1 d.m3 em kilog.,

CORPOS SIMPLES NÃO METALLICOS

Iodo 4,948
Selenium 4,300
Diamantes (os mais pesados) 3,531
Diamantes (os mais leves) 3,501
Carbone, graphito. . . > 2,500
Enxofre 2,033
Anthracito .' 1,800
Phosphoro 1,780

MINERAES E PEDRAS PRECIOSAS

Sulphato de baryte (espatho) 4,430


Jargão de Ceylão 4,416
Rubis orientaes 4,283
Granadas 4,240
Topasio oriental 4,01 1
Saphira oriental 3,994
Esmeril ,. . . 3,900 .
Topasio da Saxonia. 3,564
Berillo oriental 3,549
Malachites 3,500
Espatho fluor vermelho 3,191
Tormalina verde 3,155
Saphira do Brazil 3,131
Asbesto rijo 2,996
!arragonita . . 2,946
mármore de Paros 2,837
espatho de Islandia.... 2,723
Ardosia 2,830
Quartz jaspe onyx 2,816
Esmeralda verde 2,775
Cal carbonatisada cristallisada 2,718
Quartz jaspe 2,710
Marmore commum , 2,696
s
♦50 SYStEMA I.KGAI.
\
bornes dos corpos Peso de 1 d.m3 em kilog.

Jaspe pardo 2,691


Marmore brêche d'Alep 2,687
Quartz cristallisado .2,655
Granito do Egypto 2,654
Cristal de rocha 2,653
Granito do Delphinado (em França) 2,643
Agatha onyx 2,638
Galcedonia , 2,616
Quartz agatha 2,615
Cornalina 2,614
Pedreneira loura 2,594
Agatha oriental 2,590
Pedreneira escura 2,582
Feld-espatho límpido 2,564
Jaspe verde claro. : 2,559
Vidro de S. Gobain 2,488
Pedra de pantaria 2,416
Porcelana da China 2,385
Gesso 2,330
Cal sulphatada cristallisada 2,312
Obsidiana 2,300
Porcelana de Sèvres 2,146
Pedra de amolar 2,078
Alabastro 1,874
Pedra nume 1,720
Pedra de S. Leu ,. . ; 1,659
Gomma arabica 1,452
Ópio 1,337
Carvão de pedra compacto 1,329
Azeviche 1,259
Âmbar amarello 1 ,078
Pedra pomes 0,915
DIVERSAS SUBSTANCIAS

Cinabrio oriental 6,902


, DF. MEDIDAS 67

Nomos dos corpos Peso de 1 d.m" em kilog.

Flint glass .' 3,329


Perolas 2,730
Coral .N 2,680
Marfim 1,917
Sandaraca 1,092
Resina de pinheiro 1,075
Cera branca 0,969
Cera amarella 0,965
Toicinho y 0,948
Manteiga e sebo 0,942
Gelo 0,930

MADEIRAS

Madeira de Gayac 1,333


Ébano 1,331
Bucho de Hollanda 1 ,320
Carvalho de 60 annos 1,170
Madeira do Brazil 1,031
Campeche 0,913
Bucho de França 0,912
Faia 0,852'
Freixo 0,845
Teixo 0.807
Olmo e amieiro 0,800
Ameixieira 0.785
Bordo 0,755
Macieira 0,733
Limoeiro 0,726
Cerejeira e ginjeira 0,715
Laranjeira 0,705
Sabugueiro . . '. 0,695
Salgueiro : 0,685
Nogueira 0,671
Pereira . 0,661
fiS 'SYSTEMA LEGAL
*
Nomes dos corpos Peso de 1 d.m3 em kilog

Abeto amarello •*• • 0,657


Tilia 0,604
Aveleira • ■■■• 0,600
Cypreste • °,598
Cedro 0,56i
Álamo • • '• 0,529
Sassafraz '. °,482
Chopo ordinario 0,383
Vidoeiro , °'360
Chopo d'Italia : 0,250
Cortiça O,240

LÍQUIDOS

Mercurio a 0° centigrados 13,598


Bromio 2,966
Acido sulphurico a 66° 1,841
Acido nitroso • • *»«^°
Acido azotico concentrado a 0o 1,431
Agoa do Mar Morto 1,240
Acido azotico do commercio a 0o 1,220
Acido nítrico. 1,218
Acido chlorhydrico concentrado a 0° 1,208
Acido hydrochlorico a 22° M80
Acido acetico concentrado 1,063
Leite de ovelha i»040
Vinho da -'Madeira ^O38
Leite de burra • ' ,035
Leite de cabra *»°34
Leite de vacca • 1,032
Agoa do mar • •. 1,026
Vinho de Malaga í*022
Leite de mulher 1,020
Soro de leite de vacca clarificado 1,019
Vinagre branco de Orléans 1,013
I
DE MEDIDAS 69

Nomes do> corpos Peso de 1 cl.nr em kilog.


• Vinagre distilado 1,009
Vinho de Bordeus 0,994
Vinho de Borgonha 0,992
Oleo de mamona 0,940
Óleo de linhaça 0,940
Oleo de cravo 0,928
Óleo de papoula 0,928
Acido ammoniaco a 22°— 0,923
Oleo de nozes 0,923
Azeite de baleia 0,923
Agoardente de 22° Cartier (59° Gay Lussac) 0,923
Oleo de nabos 0,919
Oleo de amendoas doces 0,917
Oleõ do fructo da faia do Norte 0,917
Ether acético 0,917
Azeite de oliveira 0,915
Ether hydroclorico 0,914
Ether nítrico ... . 0,911
Ether muriatico 0,874
Essencia de terebenthina 0,870
Álcool do commercio de 33° Cartier (84°
Gay Lussac) 0,863
Betume liquido (haphta) 0,848
Akool absoluto a 20° 0,792
Petroline - 0,792
Ether sulphurico a 56° 0,716
Ether sulphurico puro a 63° 0,729

Peso especifico referido ao ar atmospherico, considerado


como 1, na temperatura de 0o C. sob a pressão de 0,n,76. l

1 As pressões atmosphericas determinara-se por meio de um ins


trumento chamado barometro, do qual nos não occupamos detidamente,
porque o seu uso pertence mais aos dominios da physica, e especial
mente da meteorologia. Entretanto diremos que a pressão media ao
70 SYSTEMA LEGAL

GAZES

Nomes (los fluidos Peso espccilico Pcsodo l^cmkilog.

Ar 1,000 1,299
Gaz hydriodico 4,443 5,771
Gaz fluosilicico.. 3,573 4,641
Gaz chloroborico 3,420 4,443
Gaz chlorocarbonico 3,399 4,415
Hydrogenio arsenicado 2,695 3,501
Chloro 2,470 3,209
Acido fluoborico 2,371 3,080
Oxido de chloro. 2,315 3,007
Acido sulphuroso 2,"234 2,902
Gaz cyanogenico 1,806 2,346
Hydrogenio phosphorado. . 1,761 2,288 .
Gaz acido carbonico 1,5245 1,980
Protoxido de azole 1,520 1,974
Gaz acido bydro-chlorico. . 1,2474 1,620
Hydrogenio protophospho- '
rado '. 1,214 1,577
(Jaz acido hydrosulphurico 1,1912 1,547
Oxygenio 1,1026 1,432
Deutoxydo de azole 1,0388 1,349
Hydrogenio bicarbonado. . . 0,978 1,270
Azole 0,976 1,268
Oxydò de carbone 0,957 l,24jJ
(iaz ammoniaco 0,5967 0,775
.Hydrogenio carbonado dos
pantanos 0,555 0,721
Hydrogenio
. 0,0688 0,089 .
uivei do mar, ou corrigida do qualquer altura ao nivel do mar, é de
0m,76; quer dizer, que uma columna de ar tendo por base um centí
metro quadrado, e por altura a distancia que vae do nivel do mar ao
extremo da atmosphera, que é' proximamente de 05 kilometros, é
eguai ao peso de uma columna de mercúrio, que tenha por base um
centímetro quadrado, e por altura 0"',7G na temperatura de 0o C.
O mercúrio contido no barometro sobe á medida que a atmosphera
se torna mais pesada, e desce quando a atmosphera se torna menos
pesada, variando a pressão, ao nível do mar, entre 0™,745 a 0™,775.

~\
DE MEDIDAS 71

Nomes dos fluido? Peso especilico Peso de I1"3 era kilo^r.

VAPORES

Bichlorureto d' estanho. . . . 9,199 11,950


Vapor de iodo 8,716 11,322
Vapor de mercurio 6,976 9,062
Vapor de enxofre 6,617 8,595
Protochlorureto de arsenico 6,300 8,184
Chlorureto de silicium. . . . 5,939 , 7,715
Ether hydriodico 5,4749 7,1 1 2
Camphora ordinaria 5,468 - 7,103
Ether benzoico 5,409 7,026
Ether oxalico 5,087 6,608
Protochlorureto de phos-
phoro.' 4,875 6,333
Essencia de terebenthina . . 4,763 6,187
Chlorureto amarello de en
xofre 4,730 6,144
Naphtalina 4,528 5,882
Vapor de phosphoro 4,355 5,657
Chlorureto vermelho de en
xofre 3,700 4,806
Licor dos Hollandezes 3,443 4,472
Acido hyponitrico 3,180 4,131
Ether acetico 3,067 3,984
Sulphureto de carbone . . . 2,644 3,435
Ether hyponitroso 2,626 3,411
Ether súlphurico 2,586 3,359
Ether hydrochlorico 2,212 2,873
Chlorureto de cyanogenio. 2,111 2,742
Espirito pyroacetico 2,019 2,623
Vapor de alcool 1,6133 2,096
Acido hydrocianico 0,9476 1,231
Vapor de agoa 0,6235 0,810
72 STSTEMA LEGAL

Avaliação da* pedras preciosa*

Os diamantes, esmeraldas, rubis, saphíras, perolas e ou


tras preciosidades, avaliam-se, geralmente, por um peso es
pecial denominado quilate, que não é o quilate derivado da
libra, nem é o mesmo em todas as nações. Por isso o dia
mante tem diverso valor conforme o paiz em que é apre
ciado.
O diamante bruto, susceptivel de ser lapidado, tem um
certo valor em quanto o seu peso não excede a um quilate,
supponharnos 8$000 réis ; mas logo que o peso do diamante
excede a um quilate o seu valor estima-se, multiplicando o
quadrado do peso pelo preço. Um diamante bruto de 4 qui
lates será avaliado pelo seguinte modo :

4X4X80000;= 1280000 réis.

Os diamantes lapidados consideram-se como lendo per


dido metade do seu peso,e por este motivo se avaliam mul
tiplicando o quadrado do dobro do peso pelo preço ; conse
quentemente um diamante lapidado, que pese 4 quilates, será
assim avaliado:
DE MEDIDAS 73

8x8x8#0OO=512i5OOO réis;

oumultiplica-se o quadrado do peso pelo quadruplo do preço,


o que dá o mesmo resultado

4X4X32#0O0=512#OOO réis.

Esta regra não pôde ser fixa, porque o valor estimativo


depende da pureza da agoa do diamante, nem nós preten
demos entrar n'estas apreciações ; desejamos somente fazer
conhecer a differença que existe entre os quilates de algu
mas nações da Europa.
O quilate de Colonia é geral para a maior parte dos es
tados da Allemanha, excepto para aquelles que vão sub-li-
nhados na relação que segue; o seu valor é de 20,55 c. g.
Dos quilates das capitaes dos outros estados da Europa
temos conhecimento de

Amsterdam. 20,51 c. g.
Constantinopla 20,05 »
Florença 19,65 »
Francfort sobre o Mein. . 20,58 »
Hamburgo 20,55 »
Lisboa 20,58 »
Londres * -. 20,53 »
Madrid 19,99 »
Paris 20,59 »
Petersburgo (S.) 20,51 »'
Roma 18,85 »
Turim 21,25 »
Vienna 20,61 »
Veneza 20,70 »
Rio de Janeiro (America) 20,58 »

Julgamos ter dado bastantes elementos para se proceder

1 O quilate para pérolas , 20,73 c. g.


74 STSTEMA LEGAL

a qualquer medição, mas convjria conhecer praticamente os -


instrumentos que tentámos descrever. Entretanto parece-nos
que mais firmes ficarão as idéas sobre o systema metrico-
decimal, fazendo alguns exercicios, que vamos exemplificar
nos seguintes
PROBLEMAS

Medidas lineares
1.°
Uma peça de panno de 25 metros custou 92#000 réis ;
qual é o custo de 6,5 metros?

25m: 92000: : 6m,5: x; x=—g^5;

effectuando as operações indicadas, resultará x=23$920 réis,


custo de 6,5 metros.
2.°
Mediram-se- diversos lanços de uma estrada e obtiveram-se
os resultados seguintes:
1.° 2,725 kilometros
2." 8,47 hectometros
3.° 6,23 metros
4.°. . 1,578 myriametros
qual é a extensão da estrada,' tomando por unidade o kilo-
metro?

Reduza-se cada uma das quantidades à unidade kilome-


Iro, e obter-se-ha:
2,725 kilometros
0,847 »
0,623 »
15,780 »

Somma . . . 19,975
DE MEDIDAS 7$

3.°
Uma locomotiva percorreu 58K-«>,3aO em 1 hora e 3 mi
nutos: em que tempo percorrerá uma linha de 95Km,480?

Deve-se reduzir o tempo á "intima especie, que n'este caso


è minutos, e estabelecer a proporção
58«m,350 : 63': :95*-»,480 : x; X=^M£!3=103',089.

Convertendo os minutos em horas será o numero de mi


nutos achado dividido por 60 o correspondente a horas,
portanto
103',089ihora 7JQJ5
60 *

Este resultado expresso em decimaes pôde não satisfazer


ao que se pretende ; por isso convém reduzil-o á expressão
commum, o que se obtém, multiplicando a fracção decimal
por 60, para ter minutos, e se houver ainda outra fracção
de minutos multiplica-se por 60, para se obter segundos.
Conseguintemente será
lhora,7181o
60
- 43',08900
60
5", 34000
sendo o tempo que se procura lhora»43'»5">».

4.°
Uma estrada é bordada de arvoredo por um e outro lado,
na extensão de 4,837 kilometros ; as arvores estão colloca-
das a distancias eguaes, sendo o numero total d'ellas 2530.
Qual é a distancia entre cada uma ?

y'
76 SYSTEMA LEGAL

Tome-se metade para cada lado

^Ç=1265;.
as distancias são tantas como o numero de arvores menos
1 de cada lado ; por consequencia reduzindo a extensão em
kilometros a metros, obter-se-ha
4837"
mi—0orneai.
,b27, '

esta será a distancia entre cada arvore.

Se 12 calceteiros em 6 dias'concertaram uma rua na ex


tensão de 16m,50, quantos calceteiros são precisos para em
15 concertarem uma rua de 80m, que se acha em eguaes
condições ?

Para resolver este problema é preciso empregar a regra


de tres composta; por isso convém separar todos os ele
mentos para mais facilmente os coordenar, e tirar-lhes a
conclusão.
12c 64 16m,50;
x 15 80.
Com estes dados estabeleceremos a seguinte proporção
16,50:6x12: :80:15x;
tirando o valor do quarto termo acha-se
.„ 72X80 o /.o.
18x== 16,50 ~349'

resta achar o valor de x; ora como 15x=349, será

x==^=23
la

numero dos calceteiros que se precisapara a obra de 80 metros.


DE MEDIDAS 77


Uma linha de 50 soldados de frente occupa a extensão de
24 metros ; precisa-se saber de quantos metros se ha de dis
por para formar uma linha de 235 soldados de frente.

Pela regra de tres simples acha-se

50 : 24: :235 : x; x=^^i=iir>,H.

Medida» de superfície

7.°

Qual é a superficie de uma casa rectangular que tem de


comprimento 5m,38, e de largura 4m,25 ?

Designando por S a superficie, e praticando a regra es


tabelecida para a avaliação do rectangulo, obter-se-ha
8=5m,38x4m,25=22m!,8650

que se lê : 22 metros quadrados, 86 decimetros quadrados,


e 50 centimetros quadrados.
8."
Qual é a superficie do triangulo, que tem por base 136°, 5
e por altura 204m,3? — Represente-se em ares a superficie
achada.

Em qualquer triangulo

S=f-xA;
portanto será
S=!Ç5x204m;3;
78 3YSTEMA LK6AL

effectuando acha-se
S=13943ra\7o:

mas como se quer a superficie em ares, passa-se a virgula


duas casas para a esquerda, visto que representada como se
achou está expressa em centiares, e ficará
S^139,4375 ares.

9.°.

Como se procede para achar a superficie de um polygono


qualquer ?

Divide-se o polygono em triangulos, avalia-se cada tri


angulo pela regra geral, vae-se tomando nota dos resultados
obtidos, sommam-se as superfícies parciaes, e a somma final
representará a superficie do polygono.
IO.0
Qual é a superficie do trapesio, cujos lados parallelos são
0m,386, e Om,298; altura Om,l64?

— Designar o producto em centimetros quadrados.

A semi-somma dos lados parallelos multiplicada pela al


tura dá a superficie do trapesio ; portanto será

S=«^0^x0"\164:

o que eITectuado. produzirá


S=0m:,056088 ;

que se reduz á unidade exigida passando a virgula quatro


casas para a direita, resultando S=5{50,88 centimetros qua
drados.
DE MEDIDAS 79

11.°
Determinar a superficie de um circulo, cujo raio é 0m,536.

Quadrando o raio e multiplicando o producto por 3,1416,


ter-se-ha :
(Om, 536xOm, 536)x3, 1416=0m2, 9025691 1 36 ;

approximando até millimetros quadrados ficará


S==0m2,902o69.

12.°
Determinar a superfície de um circulo, que tem por dia
metro 2m,58.

Quadrando o diametro e multiplicando o producto por-~- r.,


obter-se-ha immediatamente a superficie ; por isso será
S=(2ra,58)2x0,7854=5m%22793656

que approximada só até centimetros quadrados ficará


. S=5ms,2279.

Por outro methodo encontrar-se-hia o mesmo resultado,


como vamos ver. Multiplique-se o diametro por 3,1416 para
1
se obter a circumferencia, e o producto por -j- do diametro
ou metade do raio, para se obter a superficie.
2m,58x3,1416=8m,105328=C.

S=CX-?- ;
80 SYSTEMA LEGAL

portanto será
S=8m,105328xOm,645=5m2,2279

ficando approximada até cm*.


13.°
Determinar a superficie de ura circulo, do qual se conhece
a circnmferencia C=39m,27.

Quadre-se a circumferencia e multiplique-se o producto


por 0,07958; portanto será
S=(39,27.)2X0,07958=1 22m!,7229,

despresando 5 casas, que nada influem em apreciações de


muitos metros quadrados.

Obter-se-hia o mesmo resultado, procurando conhecer o


diametro, e procedendo como se fez quando este foi dado ;
ou procurando conhecer o raio, e procedendo similhante-
mente ao que se fez quando foi dado o raio ; mas como o
•resultado é quasi o mesmo, e o processo mais moroso, ado
ptamos o que foi indicado.
Por qualquer d'estes processos obter-se-hia
S=122m5,71875,
quer dizer que só na 3.a casa decimal se encontraria diffe-
rença, porque se a approximação fosse unicamente até deci-
metros quadrados, o que seria mais que sufficiente, o re
sultado seria da mesma forma
S=122m!,72.

U.°
Dada a ellipse cujos eixos teem as seguintes dimensões :
0m,8G; Ora,40;
DE MEDIDAS 81

achar a superficie d'esta figura, era decimetros quadrados.

Multiplicando um eixo pelo outro, e o producto por 0,7854, .


ter-se-ha
S=0ma,344OXO,7854=27dm2,O1776 ;

feita já a transposição da virgula para a casa competente. ,

15.° -

Uma terra de semeadura de 125,48 hectares, ha de ser


repartida por 5 individuos em quinhões differentes;

ao 1.° pertence 1 quinhão


ao 2.° í 3 Yí quinhões
ao 3.° » 1*/* »
ao 4.° » 3 »
ao 5.° > 23/4 »

Quanto cabe a cada um, pela ordem indicada?

Sommando os quinhões vê-se que são li1/,; divide-se


o numero de hectares pelo numero de quinhões e será
123,48 ,„„,„ , „.„ ., . , . ,_
-j^g- = iu,yiió neciares, correspondeine a caaa quii
por isso

1.° terá 10,9113 " hectares 10,9113


2.° » 10,9113x3,5 » 38,18955
3.° » 10,9113x1,25 » 13,6:59125
4.° »• 10,9113x3 » 32,7339
5." » 10,9113x2,75 » 30,006075
Somma hectares 125,479950

A differença de 50 decimetros quadrados, ou meio metro


quadrado, que resulta, é devida ao despreso que se fez de
6
82 SISTEMA LEGAL

muitas casas clecimaes ; o que nada inílue em tão vasta su


perficie.
i6.°

Lavrou-se um campo, e importou a despeza em 620 réis


cada are; pergunta-se qual foi a despeza total, sabendo-se
que o campo tem 75,28 hectares?

Reduzindo-se a superficie à unidade are, vê-se que o campo


tem 7528 ares, que multiplicados por 620 se achará ter im
portado a despeza em 4.667$360 réis.

17,°
Quer-se forrar de esteira uma sala, que tem 5m,8 de com
primento, 5°',2 de largura, dois vãos de janellas de lm,5
sobre 0™,3 cada uma, tres vãos de portas de im,4 sobre
Om,2 tambem cada uma ; pergunta-se qual é a superficie to
tal, e em quanto importa a esteira, sendo o custo por me
tro quadrado 500 réis?

Para a 1.' superficie indicada será


S = 5m.8 x 5m,2 30m2,16
Os vãos das janellas, que poderemos
representar por S', acharemos que .
terão de superfície S' 0m,,90
por ser (Im,5 x 0m,3)x2=0m,.90
Para os vãos das portas achar-se-ha
(im,4 x Om,2) x 3 = S" 0m\84
Superficie tolal 31m2,90

Multiplicando a superficie total pelo preço de cada metro


quadrado, obter-se-ha a importância, que .representaremos
por I t= 31m3,90 x 500 =■ I5#9o0 réis.

^
DR' MEDIDAS 83

18.°

Querendo forrar de papel as paredes de uma sala, que


processo se empregará para se saber quantas peças de pa
pel são precisas? Exemplo.

<t

Medir-se-hão os comprimentos e alturas das


paredes, cuja superficie se represente por S
Medir-se-hão as espessuras das paredes late-
raes e superiores ás janellas que houverem
de ser forradas, e estas diversas superficies '
reunidas representem-se por S'
Será a superficie total S"
Abatam-se as superficies representadas pelas
portas, janellas e seus alizares, e a estas
diversas superficies reunidas chame-se. . . S'"
Ficará a superficie liquida S""
Âpplicação
i

Seja a sala com as paredes" A, B, C, D.


A parallela a C tem 6m,2 de comprimento e 4m,5 de altura
B parallela a D » 5m,6 » 4m,5 »
Multiplicando os comprimentos pelas alturas e sommando
os productos ter-se-ha
S = 6m,2 x 4m,5 + 5m,6 x 4m,3 = 406m!,20

Seja a superficie das paredes


lateraese superiores ás janellas S' = 8ms,80

Teremos para superficie total S" = 115"",00


Medindo pelo exterior dos ali- '
zares cada porta e janella,
supponha-se que se obteve S'" •= 18ms,50

Será a superficie liquida S"" — 96"*,80


S'
84 SYSTEMA LEGAL
\
. Resta saber quantas peças serão precisas, o que depende
das dimensões do papel. Suppondo cada peça de 8 metros
de comprimento e Om,50 de largura, a superficie correspon
dente a cada peça será de 8m x Om",50 = 4mS; divide-se
pois 96ms,SO por 4 e o quociente 24,12 indicará o numero
de peças precisas para revestir, a superficie das paredes. É
preciso todavia attender ás exigencias da symetria, ,e perfei
ção dos ajustamentos: por isso convirá que o fornecimento
do papel seja feito em maior escala.

Medidas de volume

19.°

Achar o volume de uma viga, que tem de comprimento


8m,60,-largura Om,36, espessura 0m,28,

Multiplicando as tres dimensões entre si, obter-se-ha


V=8m, 6xOm, 36xOm, 28=0ra3,86688O.

20.°

Achar o volume da pyramide quadrangular, que tem na


base 0m,086 de lado, e cuja altura é de 0m,267.

• Acha-se a superficie da base elevando ao quadrado a di


mensão dada, e o produeto multiplica-se por um terço da
altura da pyramide; portanto será
V=(0m,086)2x0m)089=0m3,000658244, .

que poderemos representar por centimetros cubicos, passando


a virgula duas classes de 3 algarismos para a direita, e ficará
BE MEDIDAS g5

V=:6S8c-m3,244.

21."
<*m£Z ° T1Ume de uma Pyramide coni^ q«e tem
,675 de diametro na base, e lm,38 de altura.

tÍDlttTdnena'UP,erfiCÍe da base q^rando o diametro e mui-


geando o produeto por 0,7854, sendo portanto
S=(Om,675)2x0,78S4=:0^357847875.

atrt eSrfiCÍe * *" mu,tipli<»^ P* terça parte da

V=0^357847875x0m546=!64"-^,6100225.

22.°
da pyrSran't ÍT * ^ S5° e^Uaes á base e altura
volumeTemV ^ de avaliar no Problema 21.» que

da^rd?^^8^ 6gUal a° producto do volume


mesm^Tdevendn ^a(l- p°r *,porporque
toda asendo
alturaa será
base a
ma, devendo multiplicar-se
V=0»sl38784787Sx3=í93^j83oo67S°=16íd.niSi6100225><3

23.

ívat se phÍ ^ da 6Sphera, CUJ° rai0 é de 0»,254.


drando o 1? ÍTTT ^ a SUperfide, ^ue 6e acha 1ua-
Por 4 poSto s^f1Cand°'° P°r 3,1416, 6 6Ste product0
86 SYSTEMA LEGAL

S=(Om,254)2x3, 1 416x4=On,»,8107338624 ;

ora como o volume é egual ao producto da superfície peía


terça parte do raio, isto é

será
V=°Om,,810733862ÍXO'»,084267==Om',068318H038'28608=68<'^1318.

Obter-se-hia o mesmo resultado achando o diametro que


é 2R, e multiplicando-o por * para ter a circumferencia,
a qual multiplicada pelo diametro daria a superficie da es-
phera. Achada a superficie e multiplicada por-f-chegava-se
pelo mesmo modo a
V=63d-m3,318.

Mediria* rie capacidade

24.°

Calcular o numero de hectolitros que poderá conter um


tanque, cujas dimensões são:,
Comprimento 3m,24, largura 2m, 35, altura lm,42.

Acha-se a superficie da base

S=3m,24x2m,35=7ra2,6140

a qual multiplicada pela altura dará


V^7ms,6140xlm,42^L0m3,81 188.

Para se conhecer o numero de hectolitros corresponden


tes ao volume achado em metros cubicos, bastará transferir
' DE MEDIDAS 87

a virgula uma casa para a direita, visto que a casa de me


tros cubicos corresponde a kilolitros, e a immediata a hecto
litros; por consequencia 108 ■•', 119 será a quantidade que
se poderá conter no tanque.

25.°

Determinar o preço de 1 decalitro de azeite, sabendo-se


que um casco de ti hectolitros custou 90$000 réis.

Reduz-se os 5 hectolitros a 50 decalitros, divide-se o custo


total pelo numero de decalitros, e ter-se-ha 1 decalitro de
azeite por 1$800 réis.
26.°

Como se procede para avaliar a capacidade de uma vasi


lha em forma de tonel 1 Exemplo.

Tomem-se as dimensões do comprimento, do diametro do


bojo, e do diametro de um dos tampos da vasilha; dos dois
diametros forme-se um intermedio que seja egual ao maior
menos a terça parte da differença entre o maior e o menor;
& com este novo diametro imagine-se a base de um cylindro
que tenha por altura o comprimento da vasilha. O volume
achado em decimetros cubicos representará o numero de
litros que a vasilha pôde conter.

Applicação

Seja a vasilha das seguintes dimensões, tomadas interior


mente :
C=ln,,62; D=0m,90; ífc=0m,8l.

A terça parte da differença entre D e d é 0m,03


por ser
0m,90—0m,81=0ra,09; e-^£L =ora,03 ;
88 SYSTEMA LEGAL

portanto teremos o novo diametro

quadrando D' será

(0m,87)*=On",7569;

que se multiplica por 0,7854, para se obter a superGeie do


circulo, base do cylindro, a qual multiplicada por im,62, al
tura do cylindro ou comprimento da vasilha, dará
V==Oms,59446926x im,62=Om5,9630402012. ,

Transferindo a virgula tres casas para a direita ter-se-ha


o numero de litros que a vasilha pôde conter, o qual é 963
litros, que poderemos exprimir por 9,63 hectolitros.

27.°

Quer-se construir um cylindro, que tenha a capacidade


necessaria para conter 240 litros, com a condição de que
seja 0m,42 o raio da base, dimensão interior. Que altura
deve ter o cylindro ?

Determine-se a base do cylindro, quadrando o raio, e


multiplicando o produeto por 3,1416, o que dará
B=(0m,42)!x3,1416—0m!,55417824.

Ora o volume ou capacidade que se quer é de O'n3,240 ;


portanto dividindo o volume pela superficie achar-se-ha a
linha que se procura; logo
V=—?--'?*<L-=0m,433

altura do cylindro que se pretende construir.


DE MEDIDAS 89

28.°

Qual é o custo de 635,78 hectolitros de milho, sendo o


preço do duplo decalitro 700 réis ?

- Reduza-se a quantidade proposta a decalitros, assim como


a unidade que serve de typo, e estabeleça-se a proporção :

2D- ': 700 :: 6357 »u,8: x;

x=635718x700==2.225$230réis.

29.°

Em 15 dias 600 homens consumiram 80 hectolitros de


legumes ; para quantos dias chegarão 24,35 hectolitros des
tinados para 250 homens ?

Organise-se um quadro dos dados


600h 15d 80"u

250 x ,24,35
e construa-se a proporção

80:600x15: :24,35:250x;

ache-se o valor do 4.° termo

250x— ?^^2-'3S==^^— 2739.

Resta tirar o valor de x; ora como 250x=2739 será


x=^=10,9 dias, que por approximação acharemos 11.
90 SYSTEMA LEGAL

30.°
Pretende-se passar 200 litros de vinho contido em um bar
ril, para garrafas ordinarias que podem conter 1,45 litro
media de cada uma. Quantas garrafas são precisas para o vi
nho?

I',45:i8f-,::2001:xgf";x=^=138.
1,4a

31.°
A que altura deverá chegar a madeira no stere, para se
obter um metro cubico, tendo cada toro im,30? ,

lB,,30xlmXxm=lm3;lm2,30Xx1B=im3;
logo
x=-ífL:=0m,769
lmS,30

altura a que deve subir a madeira.


32.°
Chegando a madeira a 1 metro de altura no stere, qual é
o volume medido, se os toros tiverem lm,60 ?

O volume será de
lm3,600
por ser
im,60xlmXlm=im3,600.
Pesos
33.°
Determinar o peso de 26,47 hectolitros de agoa.

Reduza-se a litros os hectolitros, e a cada litro correspon


derá 1 kilogramma; portanto 264?'=2647 *• g. .
.s

DE MEDIDAS 91

34.°
Determinar o peso do azeite de oliveira contido em uma
vasilha que tem, cheia., 68,55 decalitros.

Sendo 68,55 decalitros uma quantidade egual a 685,5 li


tros sabemos que se o liquido contido na vasilha fosse agoa
pura, o seu*peso seria de 685,5 kilogrammas ; mas como o
azeite de oliveira está para a agoa como 0,915 para 1 do
seu peso especifico, segue-se que o peso do azeite será 0,915
de 685,5 kilogrammas ; multiplicando pois 685,5 por 0,915
achar-se-ha 627,2325 kilogrammas.
35.°
Determinar o peso de um cubo massiço de pntía, cujo vo
lume é Om5,O0O035847.

Multiplica-se o numero dado pelo peso. especifico da prata,


e a quantidade que exprimir, em relação ao volume» centi
metros cubicos,, será o numero de gramraas que pesa Q cubo
de prata.
ÍPí,Od003íi847xtO,474«=373,461 gramaras.

36.°
Se um volume collocado no baseuto de uma balança de
cimal fizer equilibrar a balança, que tem no prato respectivo
2,25 kilogrammas, qual é o peso real do volume ?

Como a balança décupla ou decimal se equilibra com a


decima parte do peso real, é evidente que transpondo a vir
gula uma casa para a direita ficará o numero multiplicado
por 10 ; portanto o peso real do volume é 22,5 kilogram
mas.
37.°
Qual é o peso de uma barra de ferro forjado, que tem de
92 SYSTEMA LEGAL
I

comprimento lm,50, de largura Om,066, e de espessura


Om,025 ?

Procurando o volume achar-se-ha :


V=lm,S0x0ra,O66XOm,O25=Om35O02475=2d-ffi5,475;

ora como o peso especifico do ferro forjado é 1,788 será


p=24-m',475x7,788=19,2753 kilogrammas. '

Lotação de navios

38.°
Como se calcula a tonelagem dos navios, fixando a sua lo
tação? Exemplos.
Se o navio é de vela e de duas cobertas, o processo é o
seguinte :
Mede-se toda a extensão da coberta desde a face interior
do cadaste até á roda de proa sobre o convez, e faz-se a
mesma medição sobre a quilha ; toma-se a semi-somma des
tas dimensões e multiplica-se pela maior largura do navio ;
este producto multiplica-se pela altura, tomada do porão ao
convez, descontando a espessura das pranchas, e não met-
tendo em conta a carlinga nem os barrotes ; divide-se este
ultimo producto por 3,222 e o quociente representará o nu
mero de toneladas de arqueação em metros cubicos ou ste-
res.
Applicação

Seja Co comprimento tomado sobre o convez na ex


tensão de , 30™
c o comprimento tomado sobre a quilha 26

Somma 56
G a semi-somma dos comprimentos 28
L a maior largura do navio 8
Producto da semi-somma pela maior largura .... 224m2
DE MEDIDAS 93

A a altura do porão ao convez, descontando a espessura


das pranchas 5m,24 ;
multiplicando a superficie achada pela altura teremos
224m'x 5m,4 = 1209m3,6;

dividindo este ultimo producto pelo divisor constante 3,222


o quociente dará a lotação do navio
i209g|io = 375418 toneia(}as ou steres.

Se o navio tiver uma só coberta mede-se o maior com


primento desde a face interior do cadaste até á roda de proa.,
o qual se multiplica pela maior largura, e o producto pela
maior altura; o ultimo producto dividido por 3,222 dará o
numero de toneladas ou steres.

Applicação
Seja C 20 ■

» L 5,5
» A 3,5 i
ter-se-ha
20m x 5m,5 x 3m,5 = 385m3;
l

y^ = 119,491 toneladas ou steres.

Nos barcos movidos a vapor as medições fazem-se pelo


mesmo modo, exceptuando a largura, que é tomada na ca
mara das machinas de forro a forro, junto á arvore das ro
das. Effectuadas as multiplicações, e feita a divisão pelo di
visor constante 3,222, toma-se do quociente 60 centesimos;
o resultado indicará o numero de toneladas ou steres.
Se o quociente for, por exemplo, 420, será o numero de
toneladas 252, por ser 420 x 0,60 = 252.
94 STSTEMA LEGAL

Tiíermometroii, alcoometro e areometroi .

39.°
Reduzir a grãos centigrados 59° do thermometro de Réau-
mur.

Como um gráo de Réaumur corresponde a Io, 25 centi


grado, multiplique-seo numero dado por 1°,25 e o producto
virá em grãos centigrados;

59 x 1,25 = 73,751; logo 59°R. = 73°,75C

40°

Reduzir a grãos do thermometro de Fahrenheit 60° do


thermometro centigrado.

Como um grão centigrado equivale a Io, 80 de Fahrenheit,


e como este thermometro corresponde a 0o centigrado em 32°,
multiplique-se o numero dado por 1,80 e ao producto jun-
te-se 32;

60 x 1,80 + 32 = 140; logo 60°G. = 140°F.

41."

Quantos litros de alcool puro contém 1 hectolitro de agoar-


dente, quando o alcoometro marca 65 grãos na temperatura
de 15° centigrados?

São tantos os litros quantos os gráos que o alcoometro


indica, isto é, 65 litros.
42.°

Se a temperatura fôr de 6o centigrados e o alcoometro


DE MTDIDAS 95

marcar 70° qual é a riqueza verdadeira do liquido alcoolico


em 1 hectolitro?

Recorrendo á tabella da riqueza alcoolica procura-se o nu


mero 70 de grãos alcoometricos, e na linha horisontal que
lhe corresponde procura-se a casa que se refere ao grão 6
de temperaturas ; o numero 67 indicará o verdadeiro nu
mero de litros de alcool correspondente a i hectolitro do
liquido espirituoso.
43.°
Quaes são os instrumentos de que se faz "uso para avaliar
a força relativa dos líquidos espirituosos ?

São os areometros de Baumé, de Cartier e de Tessa ; mas


aquelle cujo uso é official é o de Cartier, graduado na tem
peratura de 12°,5 centigrados ou 10° Réaumur, começando
em 10 gràos que indicam agoa pura, e terminando em 44
grãos, expressão do alcool puro.
Problema» diverso*

Sendo conhecidos os meios de avaliar diversas superficies


e volumes, é facil tendo os elementos necessarios, avaliar a
superficie e volume do globo terraqueo.
O raio da terra, contado do equador
ao centro é de 6377,946 K.m
O raio contado do polo ao centro é de 6356,859 »
Differença .... 21,087 »
Raio medio na latitude de 45° 6367,4025 »

Dado o raio medio qual deve ser a superficie da terra ?

Quadrando o raio, multiplicando o producto por 3,1416,


e este ainda por 4, será
96 SYSTEMA LEGAL

S = (63G7K.m,4025)! X 3,141€ X 4 =509489791, 73181934

kilometros quadrados
45.°

Conhecida a superficie da terra determinar o seu volume.

Ácha-se o volume, da esphera multiplicando a superficie


por um terço do raio.
V=Sx
logo será
V=S0948979lK.mo-,73181934x2122K-»,4675=1.081 .373.524.373, O0i.61S.021

kilometros cubicos.
46.°
Qual deve ser a força do espirito que resultará da mix-
tura seguinte:
80 litros de 70 grãos alcopmetricos
120 • » de 48 » »
200 » de 90 » »

Multiplique-se cada porção de litros pelos gràos respe


ctivos ; sommem-se as parcellas dos productos, e divida-se o
resultado pela somma das parcellas dos litros; o quociente
dará e numero de grãos do espirito, como se vt
8,0+120+200=400;

80X70= 5600
120X48= • • ■ • 5760
200X90=. .-. 18000

Somma 29360

^
DE MEDIDAS 97
Já podemos saber, dividindo este producto por 100, que
o numero de litros de alcool contido nos 400 litros do li
quido espirituoso é de 293,60; para obter porém o grão
que resulta da mixtura dividir-se-ha a somma das parcellas
dos productos pela somma das parcellas dos litros, e tere
mos -ff^—73 gráos, que representam a força do espirito.
47.°
Achar a capacidade de uma dorna, que tem as seguintes
dimensões:
Diametro inferior 0m,98
Diametro superior 1 ,25
Altura entre os planos horisontaes 1 ,40
e determinar o numero de decalitros que a dorna pôde conter.

A figura indicada é o tronco de um cone, e como tal se


avaliará achando as superficies das bases
B=(im,25) sX0,7854=lms,2272
b=(0m,98) sXO,7854=Oms,7543

multiplicando a superficie de B pelo seu diametro, que cha


maremos D, e a superfície b pelo seu diametro a que cha
maremos d, ache-se a differença entre os dois productos, e
divida-se esta differença pela differença entre os dois dia
metros ; portanto será
BXD=lm3,534
bxd=0m5,739
Differença 0m5,795

A differença entre D e d é de 0m,27 ; logo

multiplicando este resultado por um terço da altura do tronco


do cone acharemos a capacidade

_ Boyerischt
otfflflsbihJiothei:
98 SYSTEMA LEGAL
C=2ra5,944xOm,467=«lm5,374848

que reduziremos a decalitros, transpondo a virgula duas ca


sas para a direita, donde resultará C=I37,5 decalitros.
Para se obter um resultado mais prompto, mas não tão
exacto, tome-se a media dos diametros, e imagine-se um
cylindro que tenha por base um circulo com o diametro
medio ; avaliada a superficie da base multiplica-se pela al
tura e o resultado apresentará a capacidade.
O diametro medio será
i",8.i+on,98_lni 11S.

S=(lml 1 5)*xO,7854=Oms,9764289 1 5;

C=SXA.
logo
0ras,9764289 15xlm,40—lm!,367;

que, reduzindo a decalitros, será C=136,7 decalitros.


A difíerença entre este resultado e aquelle que so achou
pelo primeiro processo é de 8 litros.
48.°
Fez-se um desaterro de 127"13,» em 5 dias por 12 ho
mens, tendo cada dia de trabalho 10 horas. Precisa-se saber
em quantos dias se fará outro desaterro de terra da mesma
qualidade e do mesmo volume, por 28 homens.

127m3,5 12h 5a de 10 horas


127 ,5 28 x de 10 »
Estabelecer-se-ha a seguinte proporção :

effectuando as divisões apparece ainda a proporção

10,625:5: : 4,554: x ; x=^§gí=2, 143;


DE MEDIDAS 99

2,143 dias será o tempo necessario para o desaterro indi


cado, mas como a fracção decimal não mostra immediata-
mente a verdadeira fracção do dia, mulliplicar-se-ha por 10,
numero das horas de trabalho, e a fracção das horas por 60
minutos, concluindo-se que o tempo será
gdias» Jb, 20'.

y 49."

O oiro do toque de 1000 millesimas, isto é, o oiro puro,


vale 615 réis cada gramma: qual deve ser o valor de uma
barra de oiro do toque de 830 millesimas, pesando 256,845
grammas ?

1X1,000:615: :256,845X0,830:x; x=213,181350x615=131$lè7 reií.

50.°

Quantos grammas de alcool puro poderá conter um frasco,


que tem de capacidade ld-m5,26?

Sabe-se que o alcool puro, na temperatura de 20"C pesa


792 grammas por litro; multiplique-se portanto o numero
de centimetros cubicos do frasco pelo peso especifico do
alcool, e ter-se-ha :

1260X0,792=997,920 grammas,

medindo 1,260 litro.


51.°

Partindo de Lisboa uma locomotiva ao mesmo tempo que


parte outra de Santarem, esta com a velocidade de 36 kilo-
metros por hora, aquella comi a de 31, a quantos kilometros
100 SYSTEMA LEGAL

de Lisboa se hão de encontrar, sendo a distancia entre as


duas estações de 75 kilometros?
Sendo x o numero de minutos que hão de gastar as lo
comotivas em percorrer as respectivas distancias, até ao
ponto do encontro, será
36x+31x=75;
tirando-se o valor de x obter-se-ha '
x=™-=lh, 119=67'.
i
Diremos agora que a locomotiva que parte de Santarem
percorrerá
41™», 867
porque
60:36: :67:x;

X=^§Z=41,867;

emquanto a locomotiva que parte de Lisboa percorrerá

34K-m,617
porque
60:31: :67:x;

x=âí^I=34,617.

O encontro das locomotivas terá logar entre as estações


de Villa-Franca e Carregado, proximo á Castanheira.

Os problemas que ficam resolvidos dão sufliciente idéa


das applicações que pôde ter o novo systema legal de me
didas.
O conhecimento do peso especifico de varios corpos é
muitas vezes necessario, como acabamos de ver nos proble
mas 34.°, 3o.°, 37.° e 50.°.
Se ao problema 19.° se juntasse a condição de lhe co
nhecer o peso, sabendo que a madeira era álamo, bastaria
DE MEDIDAS 101

multiplicar o volume achado pela relação que existe entre o


peso da agoa e o peso do álamo, que se verifica na tabeliã
ser 0,529 ; o volume 0m5,867X0,529 produziria 458,643
kilogrammas.

Muitos paizes da Europa já fazem uso do systema metrico


decimal, mas outros ha tambem que ainda o não adoptaram.
A Inglaterra, por exemplo, está preparada com estudos
e inqueritos, cujo resultado é evidentemente a acceitação do
systema metrico ; a Hespanha já o decretou ; a Hollanda há
muito que d'elle usa, assim como a Italia, varios estados da
Allemanha, a França d'onde elle é originario, a Belgica, etc.
Podemos por tanto nutrir a esperança de que em poucos
annostoda a Europa ha de ter um systema uniforme de me
dições, e que a America não poderá deixar de nos acompa
nhar n'esta util reforma.
Fazer conhecer os dimensões, denominações e valores de
todas as medidas que existem, não cabe nos limites d'esta
humilde obrinha.
Daremos todavia conhecimento das medidas comparadas
em todo o reino de Portugal, como resumo das taiullas de
reducção das medidas de capacidade, que publicámos em 7
volumes do presente formato.
Pareceu-nos conveniente apresentar a comparação das me
didas antigas das capitaes de muitos estados da Europa,
mesmo d'aquelles que já usam o novo systema, com as me
didas do systema metrico decimal. As medidas de outras
cidades e diversas povoações são de uma variedade tal, como
se pôde deprehender pela analyse das medidas portuguezas,
por onde começamos.
As estreitas relações de commercio, e egualdade de lin-
goagem que nos liga ao imperio do Brazil, impõe-nos o de
ver de apresentarmos um quadro de medidas, relativo ao
Rio de Janeiro, sendo este o unico que damos de um estado
situado fora da Europa, exceptuando aquelles que perten
cem ao dominio de Portugal.
102 systema Legal

MAPPA GERAL DAS MEDIDAS


nEISODEPaBTIIGilL MEBJBVS DE LISBOA

MEDIDAS
DE CAPACIDADE ! o a
D E

DENOMINAÇÃO E VALORES
CAS MEDIDAS AMIGAS
t&
ss
EU

Legoa de 18 ao oráo= 2805,9


braças 6,173
Legoa de 20 ao orcío=2525
braças
Líjoá legal de 22,22 ao grào=
=5000 metros 5,000
Vara<=3> palmos=4 quartas=
=3 terças = G sesmas = 8
oitavas ". 1,10
Cotado=3 palmos ou terças=
=6 sesmas=8 oitavas 0,66
#raca=2 varas—18 palmoí=
= 80 pollegadas = 980 li
nhas^ 1B20 pontos 2,20
Toesa—6 pés=72 pollegadas
=864 linhas =10308 pon
tos 1,98
Passo geométrico—$ pés=60
pollegadas 1,63
Passo militar oi'<Í!iwno=26
pollegadas = 312 linhas =
3744 pontos 0,715 líilll')''
Pe=12 pollegadas = 14t li-
nhnsB=1 728 pontos 0,33
Palmo=8 pollegadas=96 li
nhas =1182 pontos 0,22
Metro, medida legal—10 de-
cimetros=100 centimetros=
=«=1000 millimetros 1,00
M>ío=l5 fangas=G0 alquei- •!i';hi'.
res=l20 meios alqaeircs=
=240 quartas = 480 oita 'd •»;
vas = 9G0 maquias = 1920
selamins 828,00
Sacco = 6 alqueires '= 12
meios alqueires=x24 quartas
=48 oitavas = 96 maquias
=192 selamins 82,80
Fung/i=zl alqueires=*=8 meios
aq eies=:6 quartas = 32
oitavjs=64 maquias=128
selamins 55,20
A(flueire=2 meios alqueires» ;,, :..'■■.,.:
=4 quartas=8 oitavas=16 .;■.:
jnaquias =32 selamius 13,80
DE MEDIDAS 103

MEDIDAS
DE CAPACIDADE o 2
sg
DENOMINAÇÃO E VALORES •Sã •8 8
DAS MEDIDAS AMIGAS SÉ
sã_
•^
CO Cj

a S « a

/>ipo=25 almudes=300 cana


das 420,00
Almude = 12 canadas = 48
quartilhos 16,80
Canndfl=2 meias canadas=
=4 quartilhos 1,40
Arroba = 32 arrateis = 6Í
meies anateis — 128 quar-
tas=5l2 oncas=4096 oita-
vas=294912' grãos 14,688
Arratel — 2 meios arrateis=
=4 quartas = 16 oncas =
=128 oitavas=9216*grãos. 0,459
Libra de pham ariu=12 on
ças =96 oitavas=282 scro-
pulos=6"68 grãos 0,34425
Marco de ount;es=8 onças=
=64 oitavas=l92 scropu-
los = 1152 quilates =4608
grãos 0,2295
Kilogramma, peso legal,=10
hectogrammas = 100 deca-
grammas=1000 grammas.. 1,000
Gecr«=4840 varas quadradas. 58,5640
Geira é, mais geralmente, a
porção de terreno que dois bois
lavram ein um dia. ou a por
cão de terreno que em um dia
S0 homens cavam.

As medidas lineares e de peso foram consideradas eguacs em todo o reino para


a reducção ao systema legal; as medidas de capacidade, sendo muito diversas, fo
ram reduzidas do seu justo tamanho ao systema legal para se garantir as obriga
ções contrahidas, sem prejuízo das parles contratantes. As tabeliãs que em se
guida apresentamos são cxlrahidas das actas das camaras muuicipaes, cm sessões
especialmente destinadas para as comparações dos padrões antigos com as medi
das legaes.
Paiece-nos regular expormos os mappas do continente do reino em primeiro lo-
gar, e em seguida os das ilhas adjacentes, apresentando os districlos pela ordem
ai (.babe liça, assim como os concelhos de cada districlo.
104 SYSTEMA. LEGAL

saiuriT na
9* 9s <N 91 91 91 91 91 91 91 91 91 91 91 91 91 91 91 91 9a gf«
KTNUOd 3.1 5 SVdVilVD
aa ouaisnu

e»or-ooooeoffl^eoí»»520 ,a
T-íVr^-Tsf•r*i-?QÍ<3Í'*í*^QÍ»Í 91*eV» i-T^ 91 91 91 3
a
a

I I I I I 1 1 I 1 1 1 1 I 1 1 1 1 1

a
II I I I I I I I l*-l I I I I I ST

— so cq <c t: so co r- çUr-v.^-^ci^^r-WQg
r co 4D CO SC »ap « í-!C5«C000CCOC5»5«»í'r^*«í'r-'

<
8
e B 5

ca
C/3

.§1E «
fe a
f 8 o
ccOe.es
S e
O s
=11?

C3-0

a A s* a <u s a =3 3 a • * «£ cs £ ~a
3 -< -3 — o
DE MEDIDAS 105

aanniv na
nraaoj aaõ svavMVD 9191349191 IOoo©5©91 19191 [94oo
aa ouaKnM

oo<*4oo ©oooo© 00 000


— O — I:s l- CD*O0 C«CX I OCO I ocoo
»«wl>^0 0 I l^Cs r- l> 1-;^- I *- ÍS l 9» CS»
▼^©Í^-Tsisf ^^qÍ^^qÇ ©4 94 9» 91 t^"

I I I I I I I I I I l5l I I I I I I

I I I I I I I I I I I I I I I
"3
s
-o
50 OCOO O 91 ©W"*0©XO«C©0
Co ■^O •* ©S,Qq K5 •* j X co Os © » l-^»ar oc,© eo
PsUD ■*■ ao"•** ooW os ••f co kToo ©ai ■^V-"oa a© ws"

5
cu SfcS° °
~ s
.S * 1

6. a
S
c—

£ 2
a u

f,SS«
gj u i; ^ ! 9 « « a B fcJD 1

SSSO CO
106 SYSTEMA LEGAL

D1STRICT0 DE BEJA

5 ' -.c HEDCCÇAO DAS


MEDIDAS ANTIGAS
CONCELHOS EXTINCTOS, ANNEXOS
A LltBOS
CONCELHOS ACTBAES AOS ACTUAES, QUE» FAZEM USO
DAS MEDIDAS QUE POSSUÍAM

Alqueire Canada

Aljustrel Aljustrel 15,770 1,890 12


« Messejana li,220 1,675 12
Almodovar Almodovar . . . íe.íioo 2,025 12
Alvito Alvito 14,540 1,600 12
Torrão 13,760 1,538 12
Villa Nova da Baronia 14,840 1,640 12
Barrancos Barrancos li ,£00 1,730 12
Beja Beja 13,340 1,510 12
« Beringel . . . '. 13,ÍÍ60 l,'i30 12
Castro Verde Castro Verde.. 16,0(0 2,030 12
Cazevel 14,840 1,830 12
Entradas 14,860 2,1 >0 12
Santa Barbara (freguezia) 2,600 12
Cuba Cuba 13,fcC0 1,435 12,
Villa Alva 16,000 1,605 12
Villa Ruiva 16,(00 l',S00 12
Ferreira Ferreira 14^00 1,525 12
Mertola Mertola 16,5ti0 1,900 12
Moura Moura 13,600 1,570 12
Odemira Odemira 16,68M l,/60 12
Villa Nova de Milfontes 14,600
Ourique Ourique 15,4í:0 1,900
Garvão 14,560 1,820 12
Panoias 14,0:0 2,400 12
Conceição (freguezia) 14,210 1,700 12
Serpa Serpa 13,510 1,570 12
Vidigueira Vidigueira ... 14,0i0 1,870 12
Villa de Frades 14,020 1,635 12
Vidigueira (freguezia) (1) 1,620 12
Selmes (freguezia) (2) 13,650 1,498 12

(1) Esta medida, privativa do proprietario Joaquim José de Almeida, servo para
medir azeite.
(2) Estas medidas pertencem ao proprietario Antonio Coelho Perdigão, sendo a
d» líquidos destinada para azeito.
108 STSTEMA LEGAL

DISTRICTO

CONCELHOS EXTINCTOS, ANNEXOS AOS ACTCAES, QUE


CONCELHOS ACTCAE3
FAZEM ISO DAS MEDIDAS QUE POSSUAM

Amares. Amares
» (O
Freguezia de Fiscal. *W
Barcellos Barcellos
» (8)
» 4
» (5)
Braga . Braga
: : : • : :»1
Cabeceiras de Basto . . . . Cabeceiras de Basto
Celorico de Basto. . . . . Celorico de Basto
Espozende . . . . Espozende
Fafe. .../.. Fafe
Guimarães . . . . Guimarães
Povoa de Lanhoso . . . . . Povoa de Lanhoso
Terras do Bouro.. . . . . . Terras do Bouro
Vieira Vieira
Villa Nova de Famalicão. Villa Nova de Famalicão
Landim.

■ • (10
..(?)
Villa Verde. Villa Verde
Pico de Begalados.
Prado . . . .

(1) Casa de Castro do conde da Figueira.


(2) Casa e quinta do fidalgo da Tapada.
(3) Convento de Villar.
(4) Rasa do Reguengo.
(5) Rasa grande ou velha.
(6) Medida do cabido.
(7) Alqueire de trigo.
(8) Extincto couto do Vimieiro.
(9) Celleiro da quinta d'Outiz.
(10) Medida do Reguengo.
DE MEDIDAS 109
DE BRAGA

SEDUCÇlO DAS MEDIDAS ANTIGAS A LITROS


H
e/J X

Alqueire
Alqueire Alqueire
—1 Canada
is
ou rasa
especial de milho Alqueire de Alqueire ou Alqueire
rasa de
ou para
cal
todos S 1
eommum meudo centeio rasa do sal os líquidos •
r, O■

17,491 __ — — 1,900 12.


18,163 — — — — — — —■
17,93H — — — — — — —
17,373 15,128 — — — — 2,139 12
17,232 — — — .— — —
17,974 — — — — — — —
20,613 — —
16,119 13.962 — — — — 1,975 12
— 17,777 (7) 16,506 17,326 — — — —
16,930 — — — ■— —— — —
19.210 — —■ — 1,926 12
19,23Í — — ■ — 20,491 — 1,989 12
17,400 — — — 32,422 — 2,141 12
19,538 — — — — — 1,970 12
19,418 — — — 21,080 25,046 1,936 12
19,612 — — — — 1,929 12
17,723 ___ __ __ 2,000 12
19,591 — — — 1,942 12
17,113 — 2,123 12
15,043 — — — 2.123 12
17,674 — __ _— __ — — —
17,640 — — — ~ — — —
16,882 — __ 2,168 12
17,361 — _«_ __ __ 2,148 12
16,377 — — — — — 1,920 12
no SYSTEMA LEGAL

sanim na ktkuoj
aa j svu v«;»3 au 0u

«s
"5 '5 CO

u o
9 00

gi
5 £ anada >inho outsos quidos os • • • - • . .

3 * < t;io oo cc
o»oo?íOKOOsost:íOXf-"'r <=
•«! ccu:c©s5 '
o -5 cs-^-Ovoso-m «o ao o ^ni^onw^ocs
f.-l -, .- -m -.t ;i 5 - *- r 3 í* I"* *** I-" M T3 ÍC
W 03 o^;
o8 S^^líMfXfWf54fSI^-<yiíNí?lT-©1f5iaJ 3^ 94 91
O ■< i
E ooooooo ooo oooooc
o*-oo?iox r-oo oa^-í-ai-
p
»*»«- sís^so•a^scT ' mTkíco" r-r-'so*wKiç£
-<
i

co ,_,
-< 3 - !
S 5
q2 wi3 !
2 H •o
** ra
co OC
'1 <=~ =
esj •a gO
CS g 2 deca inça.zeda od'E do
de ida
d idella douse
ia g S os>o. c
a
w ° scir.í g 5 a MocaMonc Vinh a 9
S2 »^ s3 ir E ~ .- .í=
>
o
1
»—*
«
M o
H
co 99
O "

Eâ 2
i35 IS •
Sl 3' ^Pís
oB
.
bi-i c- <u

■<ra
ai
ta cd
3
B
o ■*!'« ca íd 2 '*'*■•'•'' ■ 9
Q
ifandeca d'A
da dEssaCa
is azeda seixo de E
acedo do
isanda
3
isandcl..a ocadousí. Flos. .
Ha s
sacança. oncor.>o i ca

cu

<aofaESS ES3 >■ >■ t» •


BE MEDIDAS IH
"■ -'■ "■■ ■ o c3
auais
-IV KQ KVK <?l*l(^^íCs«ICJ4íMi^l*1fNÇI<5sO<S^ff:l*'a^<S cxa>
0j t-,
-uoj sai) sva
-VMvrí aa 0'M
í «s"3
1 * ohoooooacacooocooocoooc ■aja
1 T3 O — ttOQv-owOOC-OMíVNQtJliWsSCíC
1 « CWOOieOOOOO^tíMc.MSO'-»»
<Tl S) Gl &l ^- t?l -T4 ísl £0 w-r C?i 5-1 1-2 ^ <^1^- Çlr-s-
«■ 2
cD 1 ~
<
H ~ 1
v:
1 U
1 11
E o
b3 cs 1 _® tfi
£ C l —. i <-> -
cr. 2 1 sís O O "W cg CO ^
=1
1i 1i Ii i1 *í
çff i\ -r
^ i1 i1 1i 1i 1i 1i^i
^ 1 |i |i **- i|
O
'5
P 25 I ■^ a
a) tj
c < 1 T3 cu
S 1 ° flMO«* «síCO-c* 00oo OOO c2><3 O** O O
•^ (-1
1 i
1 cr r^ o «■* co « so Kj ao «o oo r*- ao cf o «O)» co «•*
ara

1 ^ Is
OK
o -
u
ss SS3
F- "-1
CG G
3 <»
cm c
CQ -< O •SE
c ca ja
O 2 H *s pc c £
09 pa
o
a
«:
>o s
•o E si"
Is k
H 5| 2
W cs
00
C/3 a
o Sd g-o> •Sr
"o? -C Wd JS
o 3 s H
>■ — — s t.
sa T3
ca
a> o u
VUlb
■pcd
S B
5 o
H « a
Q -a
»cf K>

O ai H
o =2
CE S Alsedsinha V
-Idanba
a a Sal>ates a F
Sobseisa

3 c*
Monsanto Psoença
(;
g 3 «
e s a Ufa
C/3 «
a:
s é?nE ca
r* 8
1. p s
l/Jr*3 _,
o cj JS
«-«l
o e c
■BH e5^»
CT a>
s •§ Ê-0
i ^ ©CCD
•=i °
■< a> 2
o
\
ía 03 - O
H
o C3-3 =
c
£ o
"S
ca
c:
o
q
< c
ctí o -a —
" Í5 o cs © c 2
P5 ' o ®CS-C
V cd o
o 4 ■ >-
—-* 1
—^'C3r^r-

f
ffS STSTEMA. LEGAL

i °°g I I I I I I I I I S I I I I I I I I I 3

9lIOSlíFIíHSíW-^ííI^íW^O-WI^^O*;?*^?»*9*

5s 1 1 1 1 1 1 1 1 1 5 1 1 1 1 1 1 M I

0:3 -J :»ss- :ír-?ir5v-K5^ . i © o rs » © :o


5- ~ 1" » ?- 53 ■» s>_rv**.»„* 'o.*.^-'! -í.-".. °í «* *.

S
| I II I I I I I I I I I I I I I M I I
■3

1 I I I I I I I I I I I I I I I I I I I i I

.s

K&vM^zr^t&COsõvi •*?<&•** GO #S dOCO «sísícQ**» »#"


2 "3

»—
«5 ca J

-IS

■3 3
cO G>
§ c o
<9 s
■ ase •C/3

s
«-««E-aisa»»

s s
DE MEDIDAS m
<MS*<?a9í<3í<?i<?icw<Nt,*i | ] 9i cyi | 1 | |«ioD ®n>
lis
sopmbi|
soj)nô ao»aaoH93oai9Boao>om9*<Via49«9«»«9«9i9«io ao ao
a ogu!A

ij"j -*■_: -«j -r-í «f^ -"- ■«■* •—• -r; ~~--
i r»
CO CO COCO^OO^C© O 5^Sft I «o I 1 I i«-:
OO
COtíi
<sícsí»rcyí^<sísí cg ©f»í

«3°
s o, "5 co M co cor»»© ^«o^oi^oc so «:,«*(© cs,so co <m
-a o*
s °—
s-g 3
f^-= 9

ca ca

l I i I I I I [ IS-M I I I II M I I
ss
3o

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
s
I 1 3 1 .1 l 1 5 1 I
s
cr1
5
OOOOooOooooC©ooCOí*IOOoo OO
l^flfi^CO^r^O OJ3"! ** °© OC OO^l-^O sc^ww-* *- *- **^o oo QS,
ao co «o"co*1-» r^s©"eí"ío' « w so~^^co"ro~ccWcoW* ^so*

\ ár
K o ca o
2 a £ o
c?^H^
a

O Cd ES

M * 6
O C« C
E= -
i-3 -r> í/2
W Ed
K p •7T SR «d sP
O H « CS co ^CLt
u u T3 H O —
n: t- cs
C co-

o g
cu cs S S3

SS = *SSftS

í= « 5
S C3 L_ O
O o r3
114 SYSTEMA LECAL

3-8 2
ainiciV na kvishoj c >■
C-j
anJ s vavava au 0"S 8 IS I8S ISI I I 18.1 I ff >
cr
— ■".■ >
«
c
■e
-a
o
I I l 15-1 I l l l I I l fl
t- 3
CJ S
cs h

5 1 2- 1 5"- J 5- 1 i I 1 5- 1 1

I I I I I I I I I I I I es— 3
^ Is
^ CJ»Ui
> = o
C5 '. CO SC ia CT: ; 3 Qi ■*!■ CD «- © s's S_ -
«a © jc^v-i —^© ara i^i-^c?^© 3^c= '* *"*
■«f^Wso ««íW»» co »*co •*?*#& ta"s£
6-3
Hl
o « a
PS " 18^
O OU !d

* O
O.» C
O c- S.2
I C/3 a
O
H

CS
H
C/3 il «C «, a


5 5 s
.2
s «I
I 5 ah

K- a

ea
I-sa
r- ís si
«jWU
o gC.
."-■- I
M * '.
-3'ê g
* *: is c s;
=r-cnSf
DE MÈDttAS M8

sanmv rcn rcvraaoi ©í ©4 ©1 ©1 ©s ©I <51 ©l ©1 1 ©1©I |©*©1©í©1©1


Síl>fiVtiVMV3 a:i ó*M

/i l-< *a- .ti


9
J -^ — D
llllllllllllllllll
3 1 S • 1 1 II 1 1 1 I I 1 1 1 I I I II 1
£211 õ.j
•= s
•< 1
n 1 _, O « m
2■« 11 45— Po
? 5 ■=■§ oo©KÍ©:í3©oo
trs ^ .xj — s j es íc.j 0 * ■• oo
**r -1 »oooo©
^ © 1 - ^i ou
«-^CO^r* 1 „COj^,- ^;r^ I aoCO^ 1 i>!^COCO»^
Ç B > a =
£ B 05.

^
0
■:■',•*- * â * - "
■k 1 £3
03
ml
< 1
cl
O s»
cr „
— o
1 ií m r-i.u 1 u.i jIi.i.i
*-«
.
<-c 1. 1,. ., .i -»■»■»»»■*
©oooowoooooooo^.JO©!©
II1 1crg9 © CS © — Cís "Ki.;*» *** CS CD e- rm p^jí; fz 93 •
aia^i-^Ka —^cs^cs^ -w w 1- — »- l; i> w i> k x so
«w U 2 2 s* w síí"«w •**i&•****?v^sefso msTWW

H
\ <8
w a
Ê 5
2 »
0
2« 0
530 ■
0 . . f .'..•.."4J í s •
l! 35
*o

■ * ct-
1.-
O
Ui
>- e
h 3
c
> 3 ■c
1-
5 a KS 53 53c* PS cã>- >■
£ 0
1- «
K O • •••••
" a ■
ma d •-••«. .8
S ■" £ .5 y.aj — £ g,

>-3 <U&« — p <■<*!


. . .

3 '
I
-0 • •
0 «3
n
0 a3 ■
'Ti

K
0 0
53 • «
O
V 0 . 0
s-
•0
53 0 se ' .;='
e T3 C 4 >
—* e? « 1—
«^Wc3» « B j-« B 5! 5 « 3c ^ * «

WS 53 53a* cs cc> t»-


116 STSTEMA LEGAL

DISTRICTO DE FARO

BEDCCriO DÁS MEDIDAS


ANTIGAS A LITROS
O <
MHGELBOI

Alqueire Canada

Albufeira 19,110 8,020 12


Alcoutim 13,610 1,635 12
Aljezur . 14,-20 2,325 12
Castro Marim 15,760 1,780 12
Faro 13,800 1,550 12
Lagoa 16,120 2,000 12
Lagos 13,060 1,450 12
Loulé 14,360 1,660 12
Monchique 16,000 2,060 12
Olhão ' '. . . 16,160 1,500 12
Silves 10,530 2,000 12
Tavira 13,510 1,400 12
Yilla do Bispo 13,840 1,600 12
Villa Nova de Portimão . . 13,850 1,615 12
Yilla Real de Santo Antonio. 15,100 1,760 12
118 SYSTEMA LEGAL

•a»
o
OLS0M K3
ohuia aa auniav 3
kq Kvmio.i anf> 1 1 1 I3S II 1,1 1 1 1 1 1 1 1 1 II. o
íuTjvjS aa o'M
•ão
aiiazT
aa aanmv kq • <Si »í rn ©í ©i ©í rji ©i ©i «i ea »i i j o
kvkhoj anõ UIIN
svavíivn ad 0'M
1-1
ivaaj iva
soainôn
aa auainv «a ■«- «n ^n 1 cw »i a© ao ao ao so ao as ao ao aõ ao ao cu 9*
Mviíuoi' anõ
svavuva au 0u £"2
/ 2 1
o
pc
F-
i i í i i i OOOlísOííOOOCOOOO
ooci.tcwoccocococuao
« tj) 2J s- » O ^5D, 00v9*V
1 ã í 1-3
1 « 1 n >1
H 1 e
1 i- r/i
< < o .-3
a —i
Q <a *w os as | c* cc «*r ©» ^-5 ^<3!ciJ^::V^'WBí.<:*t:íví~^5^.
P=
■< ''.
u 5 -yi 3
■ j o° 1 «
11
O
< :< O-
11 '""
"S
sJDra
O u
p 1 3
ocoOf-c*' cm rroc oc sís s; i^*»* *-; ^.0,*^ *i^ ^í,
v&iavsefir^&iê ao"i> wr côao^ce t-^ ao r-"co i— cs ao T3 3
O W 1 **
H
U
1 ^ o È?
es 2 ' ' -'-oíE — >2l
o • • . . . 'Õ ■ PQ^ •

. .^ S 1
O w s T3

« s - o U
ã à
" M ^3
u w 2 =
fcj
£ g.2
S'rfS
>■
Sê- o
o -o
5 Sá á=:
sa
« • ■ • -S •
o •« td
P o a
*—'■© •
■«a S • : 'C^° ' ■ . * -cs ' ■
o < -* v =r —.°
32
* . S.3 • cs •" ■_ = o e C: • t3 • co: o sç
o ..9 c- 6ã'| * ■| -O • £
W '3. ítí "*3 ' g — ;- **>■§ «o £
U 5 g ■
U — •< . . < C5 03 nJ 05 í/J ^í E-
» 3

-^ ••#
H
-«I
B
U '5 â r 1
-< cd
» ei3
O
ca "» - " " «
p
u 4« "5 « *»
K
O
■< -—^í
-SM
u
•O
'a
DE MEDIDAS 119
IO
0IS0K Kg
onuiA aaaaninv 1 1 1 1 1 1 1 1 D _ « cd
1 1 1 1 oosoioso^-o 1 o > o c ga
k:i kvkuoj anõ NO-
«lavao ai ,-u ^ «"5 a>
- g a o
, O
■75 - ° l. "O
S 5.2 g
:u.3ív
aj aaainv ki I l I 1 1 t?1^ 1
Tanã
—■| t/iE ^-~<
^*
1
kvicuoj ;m f 1 M l«<^ 1 1 11 11 11 11 11 11 11 11 l1 i1 iIIi
SvaVuVD u „■u ' _■1 J3
C~—5 ií3

'ivaao na
*=5 O -j O
soain*ií
aa a ■axti nn PT « — CM r- Lt si | ©í lewesesísíe-íffKNflMcM i ©i t: Cw'3

ivvii, o.! an.1


STJVMVD ia 0-u
3 £ »r.1
1 01 íjís
1 — '""Sm
2S / «
« 1 - -5 "-; -q ^ Ui
- 1 -S°a> 1 1 1 f igo | i i i i i i i i i i i i i
3 S o' e
«K^-l

1 1 2»
» / s-ii OO <3SO O-O CMO <HO •*■O O*
00 I O , OOOooOOOC) o
'3 * — >•
cm ©*oco***<m«©i<m3o « ©*
**, ' ^v^0^ ^J*~- •» ©* co ©4 *-„
©í aí ©i ©í aí o* csí ■j-T *—' í?í «■! ©T«í 1-* G>í 94 Q4 ©f
?2
i O°
1 *
:r^T
1 &-J * ^
1 %
S 1 g .=^ ■«■3 "
sj -^ "3
epeeee»ieeoeee»ee cr»cc o o o - -o - -
ot se ao i -<^oííi^ <Mi íw « oi w co oc se o i **r oc> a °-a
»- i- —^oc ^oo^- cr: CC O CÇ^Ci »1'T t^i V4*--^. »l**r.
° i s SO SCsBSCiiíSlâ 5©l- »f o»% "» srs"**r sâ &: v£ c£ íGn~Z v£
*-•*—. »-i t-i «ri t^ *— <«— ^-.•T-l^-l^»*-.^--.— ^-^-H-*-^-^-l
=-f s':i
02 l e3
., ■ ■: o"»
^w—*r"
© </>
tt=£
• • .Cí—"■•
** - ~ 30 Z. "í= s
—. •/.
<M c -~- -< ° « 1
s*i .13 ^.Q 4J
£ il • • S — 3a"'
—-« ■— V = S«J
o se " 5 • §
a
E a
&* • \ P sx .
■ «-3 3 SÊ"0 • •
li ■ ■ ■ 55 se * ITl-i
a -
gS2 ■ *ra d3
. . -rfC
- . * <i
£,-s "° * • -. u—ja
O g co
CB si ' ' '= 4* — — ra
■ <-o — . . •*•*" =»» .^
555 '§
3, • -2 'c* .
K -> Q
O ,„ g
• §s3 5 . .«t«
«*•? " a*-3 •—■ • .S .
.^* . • O 03 « <•
^-o-a o»
• ' «"^J5 ••§■
03 "£ "^ *—■ Os .° » 5-«-c S
• ••fe '3 ca • S^3 • ■ — o a> • •

K O =3 C § s X ^S •" «D
-5 . . sc sx r VI = E PS — 3 s 73
■<££. *e£í? "(S"> < si*!
" " 5 5
' ■ • *e --S 2 => a
O
Ò
H e "O
U . . . . o
U3
o -O.-5! „ a a • • co • . . . . o>
o "^
-3
sa
-O >o ■« = iT"--
u ^ i a
K .■sfí g s ^"s o *.* « «.
o
u — li, O o e;.£ cch >■
120 SYSTEMA LEGAL

aannnv iv.i kvkhoj 91 <N Si <?» S«» <J4 <M Si 91 <N <N S* 95 9* S-t &*
Mõ svavMVD aa ,'M

OOBiDO»s*!eOOiis '.i s-i o ;o o

WOOOMOOWOOOsOcOsOWO
C© C£5 ** *^ 1^00 0 0 05 03 — G"l '^ In O M
c; o »* ^« o so h- ç^ «c^-w^r^c^r■* •4^20^-9^

11
. o
-=.9
.Sis
ei 3 a
a
rzs -O o .

.o.Sirt £ cco.2ooUiq
w g ?'s
4:— a U cs ■— 0;<fl u o o
P5 u Cl, _5 O Oh (S Cl,
w
Q
O
H
O
a
-•ri
.2 5 3
03
O) es esJJCS
s

5 a
cz to

s
:o •ao
IS
c S
«■<■<: cã sj tu — c a. a. d o
122 STSTEMA LEGAL

nant ti
mrxaoj 33 1 íc hcvta ?' ?I íl ÍI 51 5) i9»9I?I915»»lS'»9»9»9»
ad oiairK

1. \ i
!■:• = ■/!

53
li
iC -
-«! -a
O
ca 1 <
zn U —

J
►> = g V.
<-«;<;<;<;<; <S3-
cr. :5
O N
Q — r*
O 8 a
« 5,
d—
es
H» o
CO
—-!
:::::::::::::c:::

«•'■ B
CG cB ••■ : •••■'••'•'• •
o *jí .•;:: •::::*:•; ■
-= ~ "H 3 • • "= ■ ■ « -cs • ssí
fc ■£ - E"2 -3 —■? = >-"=--= S-S

<<-c<<< <i i: ;í ;2 ;3 C: S 5 ^ Jj
DE MEDIDAS 123

K.l KÚtuoi iní> WMW«9I&X<N!NOT*1 91 <3-1^ic?J


svavuv:) aa ouaninM

^ 0000!0 0~000<NOOO

.51 eo!ooOO-í«-*oc;oo5co
^V*- CO -^^3 OrtWCWQOO) ^V^
«reor :ecçrc se" ici-*f&c ncínci

g3

U 73

X =>
« s SCOcfi
ti. a

£2 C —

.11 a
c/5

7 -
>■r.U.2
■- h i- H « *í 3= » » U3
£ t
So3ií oj ai

>
124 SYSTEMA. LEGAL

mininv ívri W iN <N N OT OT ffl W ^' OTM ^ W <íl W M 91 *l


kvkuoj an9
svnvMva aa 0'h
OCOOOWOOCO:íO'ÍWCOCO

s <
eCOMÍClOlOOKOCOOOOOOÍl

■* aí »*sí5 co •* :e cs sc iotieic■fn -d- se coco

si
H -'

*I
ta
P5 c^
o
w ■oo
ESSms
C -y. « > O
PS p*
O <?<;
CL,
w 5 2 .S>
o Ba UG
pe £■
> T3'S
ca <n
-=T3
R U H >«2
~ cu j «33
<u w C/3
B
S

o
IC3

sm M A A «
C: '. sz > o
<■< UUUIdb
DE MEDIDAS 125

aaannv k.i itvivaoj fflW^W^lWffl^^l^W^OT


S1Õ SVQVMVD 311 o'tt

OOO!0OOO»O!0OOQ

o»io»inooOOfflOO'*
era
tt oo Jji»»!^
•& ■**' r^ 3«_-iS'*
CO «5 .#.*■«í'aí5 ■*'SD S-í" srf-

.3
——
sl'jj.2 TE »
El
M a
■a o CUCO

s<
•5o
"« N e 3
^ t- O o
O

3
8

to .

o• e p
Bh C-/5
429 STSTEMA LEGAL

aiíiroiv Kfl KTKHOJ 91 91 91 91 91 91 1 91 91 91 91 91 91 91


•ct "p> *»* ^* ^n ^ ««**
aa3 svavuvo au 0"u

t/3 -J oo oo ro o — 91 soe -r:oo


™ G0
■S ■** 91 -* WN
-^-^o^-^ O^ j ] O t-- 9i oo o ao

CT
1 9Í9Í 9T9Í9Í 9Í '
9^ —„-^-* ~^ *t
' 91*9* 91 91 91 <H '
m
O
'kj
'3
cs
03
3 £.
«* [ -3 '3 11 1III 11 11 11 11 1 11 11 I1 I t
•»-* 1 w S- 1 1 1
ra 1 .
<
P
*j
n e
'3
s \ * 1 1 1 II 1 i 1 1 1 1 1 1 1 1 '
H <2* *.
3o o
I "
1 *G
>■<o
Ul
o
3
1 1 1
1 ] 1 1 1 1 1
1 1 1 1 i

| 1
1 1I 11 | |
1 1

u f *" g-
s
o i.
< , <u

IS Cl *#O^COr>.9191 — O «-S 91 so «v c-* ««!«


O C CX^ií s-*cl>. er- j" i-tcC so ;o r~ Ifi f»
H O 33 CO 91 S© ■*** -rf 91 w»
P5 O) Or^t^^^r^i^csJr^Ois^-xir^r^o
O
C/J
_3-

-< 3*l■*l^rt-«i^lM-i-?i*" ^H ■«*■ ir* **- «w vo ^-t

CU : . _■/ -.
■<
W)
> ,•• ! •■
O O c*
c' E«
O S 3 O
U
o S5 5
V L 1 *■
a)
2 tfi|
h ■ °
u
L
c
Si
■f. )
V

Se* 6. r

I £ as ?
gk £M 2a
ó c* r*
-J -',
E 5* 5
<5fflfflfa«-J
3 O
c

ss
C

C

&£^
c
j

po a •o
O H
u u
c > ra
ti
-5 ' E"3 a
M -c o o o
•— ) ««3 S -

|
0*
• d
3B **
V
ra
VI
c
ÍN
•• U
u
n Çj
ir
sK • a
O u '— ti'
*-ra =w-o «■ - •• •• • ■a ■{
u
c -3
'Õ 9 "o .
Sc -
"BT2 K * * « C a.
O —
• < =2 CQ -- ^ -J ES
Dí MEDIDAS lf7

<íí si »i ai »* <n *c i
SCMK1T Kl) KVKBOJ -"-■-^■^•«i^^i | |i i| ot
-n
sai STOTMTa an 0n

sra o © 31 .* © o a?
1
/ 1*
•*- s
o r: e-i ti r2 — si «í
OTí — -»^— ^§>l III-*
1 = —
cr 3 81 S-f 3131 S1S-ÍS1 ' ' ' SÍ"
1 H'J
S
as

i 1 V
m
oo 1 wj. i iSn 1 1 1 r m
I 1 ■< si

2 | ■ cJ ' ©oo" • .oi to'


■ csso
■s jR. = ' ■« 1 1. 1 O
oo B

1 ' <s> ao l l oq l * .' è>:
5
H
"^ T~"; '— c .—. . 1 j
.•><
■ c f ■«=;-'-
■ 5 ff -o cu
I c- — l• i|l
. Qq .
1 i I I l....
í 1
g
a . , ,
s 1 ^ «
I <D 'aflsíto^ícoosc^-^r*»© '
1 * •— C 00 S.'? rt *< QC i!í - O « O
(-. o rc <n r: ti ti O^sq !>; **£
c*-" oçVTtCrC »>■' H i^çi **iC
\ *Í
.■ * . « * * .■
s
ti : ,': ;:.â
2 H
° a
,~s; ,'
. . .u
í

£ a •»*• — ii-ii■s
= sircS".,

°?" * - _ 5 -ã -<
cs
K í 'o cc . . ç 5 -Í JS « cs
¥• 5 *
sa u h
n = a -
£ i.cãi£^i>i>. . . . f? .
• o
Es -«*■ ^
£

- %* • ...
~ á» ■«3 : :::.:.:■
« 5-
■ .a .

o
1 i
»2
U
: : : :
« =
m m • ê • • • f. 3
• * |« J
w
-■*■ fc.-o|
E » ■ I ! ; C * '
2 -2 a
3-
«■ *» «• s-' • : ;• :.s C c ®°
. . . n
1 • ,2j • . . . . (J •
o
ca
j
H .

"
* "5
." V C
'5_~
o =-°
oq
B e a ra
£ ») u.
§ :\>l 0§ :• j•: :i*5 &
a ci ra
P. VI w
i CS «
™ í-4 ^3 ^ ^

O) COs ■"••"> i3
o, Ci,cr;^> fc»
/^ '
128 STSTEMA LEGAL

aa.iKiv rh
KVKIIOJ 3.13 9*G*9*&H31'9*9*9*9*'S*9*'**9*&i<S*Q1<}19*9*9* •*•***•• 9* 9t
svavsvD aa „n
~w
•a o — -o O » M .-4 O 3 -J O 3 éJ O -J O - •?! O 9 V9t<fiC»2
a
O « m
1
\/
P /
5 S o
g3 "5
:vC — — — • 5s ).-;©,-" •■j-.-4i^;fto >i ,— «- 'M ~— o « -w js ri
tt som* rf rs ró* .-5" ri* rã" n^mto ^T^jl"»^" já" -sí" ao aç-m-m sí«w" 3c" ?í* ri

33 . 13 *«
£3 • C3 35
•a |
• <r.Q
" ^ ,. 53
s
W
• O m
. fco o o
-o
CS
a
° -° = 3 ífi «( Sb
E- •< 71 iá §32 3a kg .2sb —éuo
m ° *-■.: « 5
'2,
a— s « ^
< «fflMyugy ã gãõaS ó5h
r O o
1.-3
U jq

O
c
H •3
«PS

C/5

J ra §
lai s a> ca eB s ra a s ■
25 o

; 9 «
3 í= ° 5
iUU_Ub CS G/>»3
130 SYSTEMA LEGAL

aiiazT vavd
aaiunv na kvkhoi I I I 1 2 1 I I I I I 1 I 2! I I I
anõ svaTMTD aa 0'S
f0Bn SO SOaOX THV4
auiinv un kvkhoj 91 ||OI»10«»l ||91«íí>«a« ||Oí"Í li"»»"
aaõ ST0TSTa aa ,'i
a

I I I I I I I
2 «

SC5S-ISC50 OooO 00<W 3C5CO


Iocsao 3ftOc?*e% oco 1-0
U «S;— ^ ao^-cíicM «<e<9ic?4* m^- ^-®»

I I I l.l I I I 1 1 II I I I 1 1

<3 S cs

H
Q
O Birr
o 2 as
H < 3 ^5
O

CM 5 i
^5
IS?
s1i
H ta, <K
WH?
"* 3 Pi
co c>
U m •
Is01 ? cã
Hg
„, ■* 03 li*
o .^
3 o
5 5
gg SS■3
Sê cd o

g o g "g

pg os ca Ph
o » o I o
s t3 "O "B íucTO
c3 cd cd fl) c3

u a> o 03 a>
.s « Gí> '
fo-B
-^
DE MEDIDAS 131

auazv Tuvd
aanniv kn kvkuoi i i i i i i i i 1 1 1 1 1 M
aaô svavMVD aa 0'M
■oõn so soaox vuVd
aaílKlT KQ KVKHOd 919191919191 I 91 91 | 91 91 91 91 91 **
HQÕ svaTMVD aa 0'W
/ nj
co 7 £.
cu4Í
P5
i-
3 .£2 "3
IP N ■1 lllllll
1 1 1 1 1 1 1 11 11 I1 1I 11 1I 11
< cd cd
a
co
a
p 1 CO
1C
11 «d s s
° ; ía
coce co ao ca
-- s©
«o
H CO CO CO ■** CO W *** SO ooÕÕOWO
ai
- 11 S o-2 •-S2-; — r-OS |C091 | *-OKS9l<HO
p § ■* s coocowo^- 1 *-«» | ■»— cs» cs» oo «s» oo

U 1 c3 «9
1 «
3 °*
/
H \ a>
A 1 "^
CO 00
1 * 00
O
3 1 'ffil 1 II 1 1 1 II §■ 1 I 1 1 1 1 1
H I1 cr
3 ■
M
CO I 5|
o
o *3
n 90 <£222sí3<s>''*wor-'Oo**í<oino9i
CN^J^IO?? WOJ^XI^ííOOWsOsD»"
u
p
2 « ^^^<m ^o^^oo Si ▼- co oo o^os^v- ^
1\ '3 ^ £- r~« ir- r*« f- <?5 ^cé"r^^i^c^r^«rt-"B<í'
w
BB
i 3 «
aro fN^hnnw^h<}lnT' ■ 91*--«e**-iT-*<rHT-*
\ 3
cd
g.S© :3íT5c"
-<o Ss © ^
'3
73 si
CD
• o

K °
•< O
-o
1 ca"
00 C.
3
e8 ?■ <s

B»<
.S2
Ê^
Sb
j
2 5 5
H ** í»
d S 2 Ci « S
S "
» ã ,cd câ
S ja ct
.—i w c
1i*3
8 3 C
«3
co .is _
g S-.-_Q C O c
co ■< o « <fl O 3 C0

ca o 1 CS
-' EB T3 T3 T3 -ÇJ *a -a
:~ h O O O O O O * O O 3 cd
33333 3
W o
u OO uO uO u
O O
u • -oO .• -^U^[»
O O £■ c3
- 3 3 © C
.

• • .••••<■>
S9
M

1
u cã ccj
C/l
e
ca
s
Í5
> 1 ■^ * * " a a O
o • a a o
c3
s a 1»
T3

H •5
92 "
a a ~
e a ta
_- . "3

u CJ«

- O ° « » » = i2
u o 73 .2
Pn > > í^
132 SYSTEMA LEGAI.

aaaKiT ma kvkuoj aa5 G^^<2^s^<s^»^3^s^«^*-•©^»'<&^í*1*,9, *]


svuvsvs aa oaaiiaM

e í

P. ^ O
80
« cd «i
cr
s .
U '

e-á : : : : ao : coco :-^


co sc«õcòcòooeò eo5© S2£H
w CSO- s-CiCO<N<HT-0coOÇ5«»
•aí o o o ■r- cu o co ^v^^^"* «o, o »t.
*í sí«í~«í ffí oÍGT»íírTísítsí©* s* <** »* ©*

s
l l M 151 M
j
o *-
W
ra r: I cm!sit-«3 I i r- «* a* c© ™

J Q 5
■IS
ã-3
ni oj
O ím .2
> -—- co
c_ -_- I &SSS.SSS
o 25^3 ks

o £=
s-=
H
O
>—i

2<

X
'//
H

-*l
_:
' 0-3

* ,
r<5 c3
TS *-« Ul
c= ci £-
s
O o O
DE MEDIDAS 133

amkit rea nvuaoi aaõ <5■^lS^<3^9^'S•'<S^**»''S"3í»'©q©,»,


svqvsTa aa oaawns

à cj
i i i i i i i i i i r

«o co C£S ro â ~
«co «MM

133 «* ^* ^h k«< oa ao o^s^o^c^e^o^G^ **

I I I I I I I I I I I

8.8 ©O escoo
C5 O s-i ço l- oo co
1 5 1 2- 1
\ 3

■Ti
— •<
a; O
P a
>

13

D O o

: *ô :
• ■ •
.« .
\£* : 6' •
■< :
-a
c
: -o a *c3 3 a e

SSS!
« cs rz; R ~
02 >^- K»
134 SYSTEMA LEGAL

anazv aa aaamv
KO KVKUOi I I I I I I I I 1 I I I I I I I I IS I
anõ sTaTMva aa 0"H
virai vaiaaw Ta
aaairo Ka kvhhoj 1 1 1 l-l 1 Pi i 1 I 1 1 I i 1 1 1 1
aafksvavMvaaao^
" ■• ao
VA.OM vaiaaK TU SO
,-i9*<H»1<M<M9I»l*-<«-' Sd<5s^^^- Si»! <51 O* <N 91
aanirn III KVKU04
3J1&SV 1TSV3 30 oH

I cp 00

■1 ir 151 l 1 1 i ' ' MM 1 1 1 i i i


91

o * *
3 1
CO >
4
3
1 1 1 1 1 1 i i i Mil 1 1 1 ili
■O
O

B
cd

a
cg
1 1 1 1 1 1 i i i 1 M 1 1 1 1 i i i
a
H / ^
5 (\ '9 CO
Eâ su \ 'S O o « r^«

■ KJ
5 1 ** 1 1 1 1 1 1 1 ^ 1 *- 1 1 1 1 11 °°
c* 11
s— sr■ CO
efl *"* -^
W -4

Q soaô so comsò
■«tM^h ■m i- « •*n

O S00000O<t>oo©S000 <-h9S!ístóCC»©0<NW
H a E f*- , cd
OOSKMlNi^WMOnO ^co!í5«Ws
©lr-r-OÍ*JcoCO<Dt-CO --iF-aMccotsi^tsicsicos*
U
HM 5 £3
£3 <^sí^»feí<sí©f©í»f9Í"©íi»f«fsí»f<sf»í®f«■* «ísT
CS 8 «3
H
(XI
s osQ0r-*-<Soci55 — rortN
«íh"»íosí?ioc©Ci«!0
COKS^W*" ICO t£5 WW
I jOM*aOOMOSl^íO®sS

so^afEO^so^KÍ:o^cor^"^ao"

53 "3 • ®
X Q
ca £ ■a

o S ©

h rs eu
SK W g
S ra P
B ao
H eÓ" CO
wi fd 3
cn©
o 3 s
b a S
Sj H S
ffi « a
u < a
SE wj >S o » cs
O O

■a 'o
C £.0

a b ~
BE MEDIDAS 135

auazT aa aaimiv
HIl KVKHOi | | | 1 | | | | | IS2SSSS I I I I I I
aflõ sTaTMVD aa 0'M
vbiaa vaioan va
Mimiav na kTkhoí I I H í I I IS I I I I I I I I I 1S I IS
an8 sTavMTO aa oVu_
vaos TaiaaK Va SO i« ao a» !A 3C5.
laQKlT Kfl KVKHOJ
aflõ SVaVMTD aa 0'n

I I 1 1 1 I I II I hl ,1 I I -I I I I I I I I

I I I I I I I I I I I «í.22 rvV-jS
cm 2J »' o» a» S
J I

1 1 1 1 1 1 1 m.i 1 1 1 1 1 1 1 1 ig i is
=f 1 =3

I I 11 I I I IBS.I 1 I I I I I I l«l lt

**# «- ía oo oo oo ao *
CÍ^CT G^CS^íM 51 <N li r- v- w v i - t*-/ -^- <.c-• •

s oo cê **h *- (?) i~^ ao co T->.cn «^^*fioaísTCfwio^coçsae — co

r/í
3 12 =
«■SOO
CD m
K
W O
* la
< EL.2
■*^ p
3
-a t« w
a «*?
Ch P —
CD
O
H S •33 e u
O Cd o
—s-a fln
U
P B
O*
; o a 's
:S c/í•*o
H
bl r/j
w < lã
■ .s : => cri
cd u. « -rr a*
J H
i '3J3
•<CZJ *u£© 53013:5
«n

:« */,
3. •£
ca «CO
a, -
ti.

O O lm
S
O © CD S « a a
a a a piS
... cd
136 SYSTEMA LEGAL

auazV na aimniT
na itvKho.i 1 1 1 1 1 1 1 1
'anõ svavuva aa 0"M
vmaA vaiaait va
aanKiV Kn kvkhOj 1 1 1 1 1 1 1 1
aafl svavMva aa 0s
vaon VuiaaK va
« ™ 91 ^i srt 'yi «i cs
aaawiv na kvkhoí
anO svovsva aa 0M

/ V o
•3 <1 1s-
CO i &
1 1 1 1 1 1 1 1
r '
O i
3 ) 4
Z3

«*
£
,1.1 [
1 1 1 1 1 1 1 1
n
p
s 1 re
~ «Is 1 1 1 1 1 1' 1 1
•<
t/j

-3 1" — i -

s■< \/ -O!: - /1
\\ T3
■— 11 oí-
© 1 '- O
3 15 1 1 1 1 1 1
■^ 1 •»
Ai 1 \ ^
ti
n 1 11 ^
-o i-i «o
IA 1 1I « «^^O^-OOO1^-
"*í rd C OCÍ"t«SSOCCOX
3Cã
£
11
1
ST* y
d l
o I -" oc ^» cr: ca rsn O W •--<
S 1 03 COCOCOCOCO»^r-CO
« 1 E3 s-i *$ oc> oo oo «c ao r?i
s-T:f3«coco:a»aj<«
\ 5
22 2s O e c« • 3 • • cO
cu
S2
w O M
*ã>
N
g£5POSSUI '> 9
>o
cs cd o
UTOS,
A FAZEM HE-JH

K w w
H O Q
►3 °" °*
si ^r <«
osca ^d« s2o ■■ N« O a.
"CTS
■5 H W
w " H
fQ.—
•a 3
S ** ; O
s sa >
n o
£ r» • .96 :cí£. •
°2
■<
B
■<O
tfi
O J2
1 J
,2 S ca m a a g
toO - [—■—^ >■ >-
u
DE MEDIDAS 137

OOt^S»COCO!raOcN<J<
o •=* CO CO O CO CO CO CO CO
SE' CO CO CO CO CO CO CO CO

O !C5
CO K5
«TJ co sra
OÓ" Oo"
os
apnui|\! uin «í ** «* •* ««
«4í »£» «s*
ureauoj anb
sepBUBD ap o'N

o CO 00 00
as S/5 CO as ■=* co
3* <3*

apnaiiB ran fflNffJIWN^NCM&l'!?


p 1 UUIIUJOJ 3IlI)
]SBpBUKI)3p o'M
O
sra
§ &*>
«•—a
as «•1
SO O■ os OS
z Sb 1^
o JO io
CO CO (N
U o" o" ©
e' CM
o
<3«l
Q
Cfl £ o

o
Q 9i oo n —H CO
—* O
00
0!)
00 cr.
g,ao o
co" CO CO CO
a
H
CO

o
O
i-3
«1 a
O
•a a a u
^ f-i ^3 .X
e u
<! U
a a C
a
r-i Oi Cm Ph to Uj
138 SVSTEMA LEGAL

DISTRICTO DE ANGRA
SEDOCÇA»
DAS MEDICAS ANTIGAS c-5
A LITROS

CONCELHOS
■*
Alqueire Canada si

Angra do Heroísmo 13,2W «,200 10


S. Sebastião 13,800 2.223 10
Villa da Calheta 14,640 2Í440 10
Villa da Praia na Graciosa 13,491 2,430 10
Villa da Praia da Victoria. 13,575 2,255 10
Villa de Santa Cruz 13,600 2,400 10
Villa do Topo 14,150 2.420 10
Villa das Vellas 14,230 2:376 10
«
DISTRICTO DA HORTA

REDDCÇÃO DAS MEDIDAS ANTIGAS A LITROS

Alqueire Alqueire Alqueire Canada


de grãos de cal de sal

Horta Í4,0Í5 20,785 17„8S0


' 2,330
Lagens das Fiares . . 12,9ti — — 3,246
Lagens do Pico . . . . 14.206 — — 2,650
Magdalena 14,963 — ■— _ 2,370
Santa Cruz 12,832 — — 3,246
S. Roque 14,781 — — 2,460
Villa Nova do Corro. — 3,260
12,948 j —
1
DISTRICTO DE PONTA DELGADA

8EDDCÇAO DAS MEDIDAS ANTIGAS


A LITROS

Alqueire Alqueire
de grãos de farinha Canada

Ponta Delgada 15,065 22,416 2,000 12


Ribeira Grande 14,979 22,330 2,000 12
Villa Franca do Campo 15,070 2,000 12
Villa da Lagoa 14,887 22,133 2,000 12
Villa do Nordeste . . . 15,000 2,002 12
Villa da Povoação . . . 15,034 2,000 12
Villa do Porto." 14,965 2,000 12
3=
-POSSESSÕES PORTIMZAS MG ULTRAMÀI

ASIA

Eitindo da Índia

Dos documentos oíficiaes que encontrámos nos Boletins


do Governo de 1846 e 1853 extractámos as comparações
feitas entre as medidas do estado da índia e as de Portugal,
lastimando que estas comparações não tenham sido feitas
directamente com padrões do systema metrico-decimal, mas
entre padrões cuja authenticidade não podemos garantir.
Empregámos todavia as possiveis diligencias para redu
zir ao systema metrico as medidas principaes, e achámos os
seguintes resultados :
. ILHAS DE GOA E BARDEZ

- Medidas de extensão
Vara do Arsenal da Marinha =5 palmos lm,1286
Dita da camara municipal das llhas=5 palmos .. 1 ,1275
Dita de arqueação das embarcações —4 palmos, 5
pollegadas e 2~linhas , , 1 ,0232
Jarda=4 palmos O ,8800
Covado=3 ditos. , .< , O ,6600
140 SYSTEMA LEGAL

Medidas de capacidade para seccos

Cumbo=20 candis = 400 curós=800 pailys ou choutos.


Paily 3',995
Poddy 0 ,998
Nacty (nas Ilhas), solguem (em.Bardez). . O ,499
Ard-nacty O ,249
Guirnacty O ,125
Solavem 0,062
Botiss-sòlavem 0 ,031
Estas são as capacidades que devem ter, as medidas, mas
sendo o poddy ou medida o typo ou unidade principal, o,
qual deve ter 998,256 centimetros cubicos, corresponden
tes a 48 pollegadas cubicas, achou-se o poddy da camara
municipal das Ilhas com uma pollegada cubica de menos, ou
menos 20,797 centimetros cubicos, e o poddy de Bardez
tendo menos 41 centimetros cubicos ; resultando que o poddy
das Ilhas é de 0,977 litro, e o poddy de Bardez não con
tém mais do que 0,957 litro.

Medidas de capacidade para líquidos

Candil=20 almudes ou mãos= 40 calões=240 canadas.


Calãõ = 6 canadas 8',465
Canada—2 meias canadas=4 quartilhos ou seiras.. 1 ,412
Meia canada=2 quartilhos ou seiras O '706
Quartilho =2 meios quartilhos =4 quartos de quar
tilho, etc. 0,353
Tomando por typo a canada equivalente a ll,412»acha-se
difíerença nas seguintes:
Canada do Arsenal da Marinha i],587
Canada da camará das Ilhas 1,627
Canada de Bardez 1 ,462

Medidas de peso
Candil=16 arrobas=20 mãos de 25 arrateis e9-|-onças.
Tambem o candil se divide em 20 mãos de 24 arrateis,
DF, MEDIDAs 141

e de 32 arrateis; a mão de 24 arraieis é para pesar cera


lavrada ; a mão de 32 arrateis para pesar tamarindo, cebo
las, manteiga e jagra. ' -
Arratel = 16 onças = 128 oitavas =384 escropulos
= 9216 grãos. Esta é a divisão geral.
Arratel do Arsenal da Marinha 4676,616
Arratel da camara das Ilhas 468 ,512
Arratel da camara de Bardez 467 ,616

Medidas de superfície

Bambu para medição dos palmares tem o comprimento


de 12 covados ou 18 mãos, e equivale a 62ra2,7264. -
Bambu para medição das varzeas tem o comprimento de
8 covados ou 12 mãos, e equivale a 27™2,8784.
Bambu para medição dos arecaes tem o comprimento de
4 covados ou 6 mãos, e equivale a 6m2,9696.
Em alguns logares divide-se o bambu, a .que chamam
vão, em 6 daios, e o daio em 8 ad.
i

COMARCA DE SALCETE

Medidas de extensão

Braça=? varas = iO palmos 2m,284


Vara=5 palmos 1 ,142
Covado = 3 palmos O ,6852
Jarda=4 palmos O ,880
Mão =2 palmos O ,440

Medidas de capacidade para seccos

Cumbo = 20 candis=400 curós = 800 pailys=3200


poddys, como em Goa e Bardez, mas o poddy ou medida
tem menos 62 centímetros cubicos do que o verdadeiro typo.
Poddy =2 ard-poddys=4 anatis = 8guirnatis=16 so-
lavens=0',936.
142 SYSTEMA LEGAL

Candil de mão =20 mãos =60 euros, e serve para me


dir arroz com easca, grão de bico e trigo.
Moio=32 caixas =64 mãos; emprega-se na medição da
«fl.
Medidas de capacidade para líquidos

Dabà=2Yfflaos=5 calões =20 canadas 58',28.


Canada ==-|-do calão ==4 quartilhos =8 meios quar
tilhos, etc 2,914

Medidas de peso ..

Arratel = 2 marcos= 16 onças= 128 oitavas. . 4698,610


Oitava = 72 graos =14 mangelins 3 ,6641 4

Medidas de superfície _

lísa-se n'esta comarca da mesma medida que já indicámos


para as Ilhas de Goa e feardez. É o bambu com as diversas
dimensões para os palmares, varzeas e arecaes.
r*
Novas Conquistas
BICH0LlM#E SATARI— P0NDÁE PANCHEMAL— CANACÔA E PERNÊM
' — ASTBAGAB, BALLY, CAC0RA, CHONDR^,VADDY

Medidas de extensão

Vara = S palmos 1*1305


Covado =3 palmos O ,6783
Mão = 2 palmos O ,4400
Usa-se tambem da braça de 10 palmos, e da jarda de 4
palmos.
Medidas de capacidade para seccos

Divide-se o cumbo como em Goa, mas o poddy excede


em 62 centimetros cubicos o typo ; por isso é
Poday de Pondà equivalente a 14,060
DE MEDIBAS 148

Medidas de capacidade para líquidos

Calão = 4 canadas equivale a H',060


Canada =4 quartilhos = 8 meios quartilhos, etc. 2,765

Medidas de peso

Arroba = 32 arrateis, como antigamente em Portugal.


Arratel = 16 onças = 128 oitavas=9216 grãos... 46le,042

Os elementos que se nos apresentam para a descripção


das medidas de Damão e de Diu, não nos habilitam a fazer
a reducção d'aquellas medidas à do systema metrico ; por
isso transcreveremos o que a este respeito encontramos no
Boletim n.° 34 do anno de 1846.

Damão

Medidas de extensão

Covado, que serve para a medição da madeira ; é dividido


em 20 partes, e tem 28 partes das 12 em que se divide o
pé de construcção naval, ou 24 |- pollegadas ordinarias. O
pé de construcçao naval corresponde a 10 -y pollegadas ditas.
Visvassi. que é o cubo de uma das 20 divisões do co
vado.
Vassá, que è egual a 20 visvassis.
Contém portanto o covado cubico 400 visvassis "ou 20
vassás, porque um visvassi. é egual a ^ de vassá, e o vassá
a ãjr do covado.
Covado ordinario, que se divide em 3 palmos ou 24 pol
legadas.
Caro, que era dividido antigamente em 32 punhos, e que
hoje* só tem 28 punhos. Serve para a medição daâ terras.
N.B. O terreno que abrange um caro quadrado chama-se
visvassi: 20 visvassis fazem um Yassá,. e 20 vassás uma
144 SYSTEMA LEGAL

viga. Contém por conseguinte uma viga 400 visvassis, ou


20 vassás.
Medidas de capacidade fara seccos

Ará, que se divide em 32 paras.


Pará, em8j paias. Paia em 4 seiras. Seira em meias
seiras, em quartos de seira, e em oitavos de seira.

Para os líquidos

Candil, que se divide em 20 mãos.


Mão, em 45 quartilhos, quando se emprega na medição
de vinho, e 32 ditos na dos mais líquidos. N'este ultimo
caso a mão contém 40 seiras. O quartilho na medição de
vinho e sura é egual a uma seira ; e a 1 — quando se usa
na medição de outros líquidos.

Medidas de peso

Candil, que se divide em 20 mãos.


JL arrateis.
Mão, em 40 seiras ou em 26 ■=-
3
Outra dita, em 42 seiras, ou em 28 arrateis.
Seira, que é egual a ~-
3
de um arratel ou a 27 tolas.

'Pesos dos meta es preciosos

Tola, que se divide em 32 vales.


Vale, em 3 gungis.
Diu

Medidas de extensão

Covado de medir fazendas de algodão e outras; é divi


dido em 24 partes, e egual a 25 pol legadas e 3 -^linhas
portuguezas.
DE MEDIDAS 145

Covado de medir madeira, é dividido em 20 partes, e


egual a 25 pollegadas e 10 *- linhas portuguezas.
Covado de pedreiro, é dividido em 27 partes, e egual a
24 pollegadas e 1 linha portugueza.

Medidas de capacidade

Para os sólidos .

Pará, que se divide em 20 monas.


Mona em 4 medidas. Medida em 2 meias medidas, ou
em 4 quartos, ou em 8 oitavos.

Para os líquidos

Mão, que se divide em 40 seiras. Seira em duas meias


seiras, ou em 4 quartos, ou em 8 oitavos.

Medidas de peso

Candil, que se divide em 20 mãos, ou em 15 arrobas e


2 arrateis.
Mão, em 40 seiras ou em 25 arrateis.
Seira, em 2 meias seiras, ou em 4 quartos, ou 8 oitavos.

Pesos dos metaes preciosos

Matical, que se divide em meios, quartos, e oitavos; e


tambem em 48 grãos.
Grão, que equivale a um feijão da Iodia encarnado-preto,
(gungi).

lo
l»rovincia do Macau

Não temos esclarecimentos acerca das medidas de toda a


província, mas somente das da capital, as quaes podemos
classificar pela seguinte maneira:

Medidas de extensão

Páo ou covado china = 1 -|- palmo portuguez. .. 36c,m,667


Jarda ingleza = 2,4 covados chinas=4 palmos
portnguezes 88 ,000
Vara hollandeza (el) = 1,8 pão ou covado G6 ,000
Esta ultima medida é justamente a dimensão do covado
portuguez, mas não é o verdadeiro el hollandez (antigo)
porque esse, cdmo se verifica na tabella respectiva, corres
pondia a Om,6903.

Medidas de capacidade para seccos

Ordinariamente tudo se vende a peso, mas para vendas a


retalho emprega-se a medida denominada ganta, que se di
vide em 10 chupas. A gania tem capacidade para conter
DE MEDIDAS 147

9,870 arrateis portuguezes, ou 4.50o kilogrammas de arroz.


Quando as transacções excedem a 12 gantas, ou 1 sacco,
fazera-se a peso todas as medições.

Medidas de capacidade para líquidos

Os líquidos tambem são geralmente vendidos a peso, mas


cm medições a retalho empregam os chinas medidas de co
bre e tambem de bambu, a que chamam cocos ou copos,
que variam em dimensões conforme o liquido para que ser
vem. O vinho por grosso vendè-se por almudes de 24 gar
rafas, e a agoardente por gallões inglezes.

Medidas de peso

Pico de 100 cattes= 131,670 arrateis portug. 60*8,4365


Pico de 110 cattes 66 ,4801
O primeiro para as transacções de fazendas chamadas fi
nas e de mais valor, taes como a seda èrn rama, chá, noz
moscada, ninho de passaro, campbora e outras.
O segundo para as transacções de fazendas chamadas
gfossás, taes como: o algodão, pimenta, rottim, assucar, ca-
nella, etc. Nas vendas de arroz emprega-se exclusivamente
o pico de 150 cattes, que equivale a 90,655 kilogrammas.
O pico de 100 cattes toma a denominação áo — pico-ki-
knça—o de 110 cattes— pico-sedá — e o de 150 cattes —
picp-chapa.
Nas transacções feitas entre os chinas usam elles de um
instrumento denominado datchim, que é uma especie de
balança romana; mas na alfandega usa-se de pesos inglezes,
qne os chinas reduzem ao pico, o qual reputam egual a
133 ylibras avoirdupois, que effectivamente se approxinia
muito do pico de 100 cattes, viâlo que 133 y libras avoir
dupois Correspondem a 60K?,471.
OCEANIA

lM-»vincin tle Timor

As medidas d'esta possessão portugueza limitam-se quasi


exclusivamente á medida de peso denominada pico, como
em Macau.
O pico divide-se em 100 catles, o catle em 16 taheis. O
pico equivale a 133 lj% arrateis, ou talvez que seja antes a
133.Y3 libras avoirdupois, attendendo á analogia que ha entre
este peso, e o de Macau. Se o arratel é o portuguez será o
pico equivalente a 61,200 kilogrammas; se o arratel, como
devemos suppor, é,a libra avoirdupois, então o pico é egual
ao de Macau, isto é, equivalente a 60,4365 kilogrammas.
O pico não tem multiplo que forme outra unidade, e só tem
as sub-divisões já mencionadas — catte = 0,01 do pico, ta-
hil — 10
.-.- do catle.
A venda de líquidos a retalho é feita por frascos, garra
fas, e, raras vezes, por copos.
Os cereaes e outros solidos vendem-se a peso.
Das medidas de extensão e de superficie não temos no
ticia.
AFRICA

Província de Angola

Não encontramos esclarecimentos sufficientes para deter


minar as medidas de Loanda, mas pòde-se julgar que ellas
regulam pelas antigas de Lisboa, porque tendo-se extraviado
uns e damniflcado outros padrões da camara d'aquella ci
dade, pediu o governador geral da província, em 1841, ao
commandante do brigue Tejo, ali estacionado, as medidas
de que a bordo se fazia uso, para servirem de modelo ás
que se construíram, e por onde continuaram a aferir-se as
medidas dos commerciantes da cidade de Loanda. Ora, como
o brigue Tejo partira de Lisboa, è de suppor que as suas
medidas estivessem aferidas pelos padrões d'esta cidade,
por isso ha toda a probabilidade de serem as medidas de
Loanda eguaes às de Lisboa. As denominações são as mes
mas, excepto nas medidas de capacidade para seccos, que
se designam pelo modo seguinte:

Cazonguel =2 meios cazongueis


'/a cazonguel =2 quartos de cazonguel
Y* de cazonguel =2 oitavas de cazonguel
Ys de cazonguel = 2 meias oitavas de cazonguel
,-
150 SYSTEM A LEGAL

Por uma comparação a que se procedeu em 1860 obte-


ve-se o seguinte resultado :
Cazonguel 16,1292 litros
Meio cazonguel 8,06i6 »
Quarta de cazonguel 4,0323 »
Chama-se quarta ao meio cazonguel, meia quarta à quarta
parte do cazonguel, e décima á vigesima parte do cazonguel.
Deploravel divisão, que diíficilmente se comprehende se não
se acrescentar que ha uma medida denominada ezeque, hoje
em desuso, equivalente a dois cazongueis ; portanto a de
cima é a decima parte do ezeque, e a vigesima parte do
cazonguel.
Estas medidas devem ter mais 25 % do que as medidas
de Lisboa, mas verifica-se que este augmento não é regular
observando que o alqueire de Lisboa sendo de 13,8 litros,
augmentado com 25 % Prefaz 17,25 litros, emquanto que
o cazooguel apenas tem 46,13, litros appraxima,daflie,nte.
Provincin de Cabo Verde
Os pesos e medidas d'esta provincia regulam com alguma
approximação pelos da cidade da Praia, que tambem são.
muito, approximados dos antigos de Lisboa, com excepção
dos que servem para medição de cereaes, e de um especia]
para agoardente de canna, denominado frasco.
Os padrões que daquella cidade foram remetlidos para
Lisboa, em 1861, dão o seguinte resultado na comparação
a que se procedeu com os padrões do systema metrico-de,-
cimal.
Medidas de extensão
Vara lm,l
Covado 0 ,68
Medidas de capacidade para seccos
Meio alqueire 20',5o
Quarta 10 ,50
Meia quarta 4 ,85
DE MEDIDAS 451

Oitava 2,57
Meia oitava 4 ,365
Maquia , 0 , 655
Meia maquia , 0 ,330
Medidas de capacidade para líquidos
Frasco 2',52
Canada 4 ,4Q
Mato canada 0,73 ... .
Quartilho. 0,37
Meio quartilho 0,48
Medidas de peso
Meia arroba 7*8,354
Oito arrateis 3 ,670
Quatro arrateis 4 ,838
Dois arrateis O ,949
Um arratei O ,4605
Meio arratel 0 ,234
Uma quarta 0 ,4 485
Nos estabelecimentos da Guiné portugueza todas as trans
acções se fazem por meio de pesos e medidas inglezes, os
quaes algumas vezes são reduzidos ás medidas portuguezas,
que ficam mencionadas para o archipelago de Cabo Verde.
A jarda (yard), o gallão (gallon), o bushel, e o quintal
(ctf)t) são as medidas de que fazem uso os commercianles,
da. Guipé portugueza. As dimensões destas medidas pó-
dera,-s.e ver na vabelja respectiva — Inglaterra — Londres,-!-;
Além, da comparação official, que deixamos consigna^ .
parece-nos muito util transcrever o que sobre pesos e me
didas encontramos nos Ensaios sobre a estatistica das pos
sessões portuguezas no Ultramar, relativamente ás ilhas de
Cabo Verde, pelo conselheiro Lopes de Uma (pag, 54).
« As medidas itinerarias nas ilhas de Cabo Verde são as,
«mesmas que em Portugal — legoas, milhas, passos e pés —
« e tão mal graduadas como por cá acontece. O terreno de
s
152 ST5TEMA LEGAL

« cultura mede-se ás braças, ou lanças. O sal e grãos se


t medem por moios e alqueires, de que a grandeza varia nas
«diversas ilhas: o alqueire das ilhas do Fogo e Brava é
« egual ao dobro do alqueire de Lisboa ; o de S. Nicolau e
« Santo Antão excede áquelle em um decimo ; o de S. Thiago
« equivale a dois e meio de Lisboa, e ainda é maior o bushel
« ou alqueire do sal nas ilhas do Sal, Boa-Vista e Maio,
« porque deita a 2 J- alqueires de Lisboa : bem mister fora
« um padrão invariavel e geral. Para medir os tecidos em-
« prega-se ás vezes a vara, e o covado portuguez com as
« suas divisões•; é porém mais geralmente adoptada a jarda
« ingleza de quatro palmos (yard) : qualquer outra extensão
« se mede em pés e pollegadas pela escala ingleza.
«As medidas para os fluidos são a garrafa (de meia ca-
« nada de Lisboa escaca), o frasco (de quatro garrafas) e o
« gallon (de dez garrafas) : em grosso compra-se por pipas,
« almudes e frascos ; e as alfandegas usam d'essa medição.
« Também nas alfandegas são adoptados os pesos portugue-
« zes ; mas nas transacções mercantis qnasi geralmente se
« faz uso das balanças e pesos americanos, de que o arratel
« é um pouco menor que o nosso (perto de uma onça) ; a
« arroba é de 25 arrateis, e o quintal de 100 arrateis.
«Em Guiné, no tracto com o povo, as medidas são todas
« de convenção no acto do ajuste, servindo-se para medir o
« arroz e grãos de côfns, de diversas grandezas, correspon-
« dentes a diversas mercadorias : tudo o mais vendem a olho,
«como são: coiros, cera, marfim, tartaruga, etc.1; e rece-
« bem a agoardente e a polvora aos frascos ; os tecidos ás
« braças ; o ferro por barras ou por palmos cortados da bar-
« ra ; o tabaco por mãos (cabeças de cinco folhas) ; e tudo o
« mais a olho.
« Nas praças os negociantes resgatam com os estrangeiros
«todos os solidos a peso pela balança ingleza, a qual pouco
« differe da americana ; e para os fluidos usam das mesmas
« medidas — garrafa, frasco e gallon — como nas ilhas. As
« 'Só os os mandingas do interior usam das balancinhas de marco, com pesos
«mui aferidos, para a venda do oiro.»
DE MEDIDAS 483

« distancias nos rios são calculadas por marés ; por isso o


« capitão Owen, da marinha brilannica, nas suas observações
«as achou tão exaggeradas e irregularmente medidas.»

Província de S, Tboiné e Príncipe


As medidas d'esta província são identicas às antigas de
Lisboa, com excepção dos pesos, como se verifica pela com
paração dos padrões que vieram d'ali em 1861.

Medidas de extensão
Vara lm,102
Covado 0 ,678

Medidas de capacidade para seccos


• Alqueire ,. 13\775
Meio alqueire 6 ,810
Quarta 3 ,455
Oitava 1 ,740

Medidas de capacidade para líquidos


Canada ll,40
Meia canada 0 ,71
Quartilho 0 ,355
Meio quartilho 0,170

Medidas de peso
Quatro libras americanas 1* s,81 1
i Provinda de Moçambique

Constava que n'esta província as medicas regulavam pelas


de Lisboa. Para melhor se uniformisarem requisitou o go
vernador geral, em 1859, oito jogos completos de padrões
do systema antigo das medidas de Lisboa, e oito jogos com
pletos. Ce medidas do systema metrico-decimal ; por conse
quencia existe a maior analogia entre as medidas de Mo-
V S
154 SYSTEMA LEGAL

çambique e a capital do reino, preparando-se para a intro-


ducção do systema legal, á proporção que este for sendo
adoptado, nas diversas especies, em Portugal e ilhas adja
centes. É inutil apresentar aqui o valor das medidas de Mo
çambique. Veja-se o valor das medidas de Lisboa.

Peja analyse dos mappas que acabamos de expor, nos


quaes tivemos todo o cuidado de verificar a sua exactidão,
se observa a confusão em que tem estado a base de todas
as operações commsrciaes, e facilmente se conclue que a
reforma das medidas para um systema uniforme ê não só
necessaria, mas urgentissima. O que se vê em Portugal e
suas dependencias é identico ao que se observa nos outros
paizes, aos quaes ainda não cbegou a reforma. Sendo muito
difficil, se não impossivel., apresentar a respeito de todos os
paizes da Europa mappas tão desinvolvidos como os que
organisámos para q reino de Portugal, pareceu-nos todavia
que um quadro acerca de cada uma. das capitaes dos esta
dos principaes poderia s.er de alguma utilidade para as pes
soas, que não querendo dar-se ao incommodo de investigar
muitos documentos, encontrassem reunidos os elementos
principaes! De além da Europa só nos occuparemos das me
didas do imperio do Brazil pela relação intima das suas me
didas com as de Portugal, d'onde derivam, pela egualdade
de lingòagem, e pelas estreitas relações commerciaes, que
ligam estes dojs estados. Começaremos pois por fazer uma
digressão á America, e apresentaremos em seguida os qua
dros relativos a muitos estados da Europa, classificando-os
pela sua hierarchia, e n'esta por ordem alphabetioa.
Não nos occupámos de alguns pequenos estados da Con
federação Germanica, de muitos cantões da Suissa, etc. por
que nos pareceu que esta investigação minuciosa iria muito
além do necessário para o fim a que nos propuzémos.
PP MKWWAS

S9JB III.)
apijjadng

OCCftOJC*"
ac ;c2 *»r 91 »

soasj

l 8 o o*
oo — o-
o 1 6- erg

fÇ4OÍ «a*
SOO)3tU UI3
^-©»co»l

■8*
•es sujiamoin ma ■si
o !iB!J!!JJ(l[H •o —
es 's'5
a g


y
ta ■
11
2 12
CS ;-
•6 8

Çs
co1?
S.2
il ! » S—
■sl
S' S " ao ss'S
5 «1 ^5 i" «d cr*
í-3 g £ ■aaã"
■3 e
ÍÍS»oo i-S U í©ol'o»
*r< cof; ii
1111*1 111 IllJ z>«2
s «.§ ° o « e
S B 8
II I 2.1? - " "u.'"™ n "" Iflí
« § « &a
«a -— * ra
«3
o .S _ii lií^í! -" 2
co .-s

" BO.°M
*** £ .1 s=t Jl — o o o
SE §•£
SI 1-1 19H~ Umu U3o eU-.j ^s g
5T V
456 SISTEMA LEGAL

-*
í S3JB UI3
Mg

apijjodns ■
ao

<oo
COCE*
SBuiaiBaSo|!5i uio ;-: o
i
. sosaj ao

/ 2

O oo o
lraDÀDE PUa liquidelits
em ao r-« •-<

Q091 ;-

a*
o 3 \ S O
oo
CO o
os o

PÇ 3 / * 2 §
5 O [ Ph ga *** *«©<n
w \l »
co
00 ^-

-< ©**-
cs «
Q sojrçam ma
r/5
a ogsua]xa ag r- CO
B <=TcT
O B
O o
ao
-aj S» soJi3uio|]i[ ma 55
oo
H aí"
C/J ■B sbuujoujii
W *
S o «w ' 00
r/5 *** QW t>i cs
Í-J 00 ir»
T3cd
•5 CO
i
O.
1—* b i 1
"cd
C/5 c»
rH
cr1
CJ (/5 '3 CD
11 cd J3
g
HH * s •«* .-f cs
Ih -Q CO '5 3
05 m CD a
S ?s 00 * 03
Cm =3 fM II
a CU
O
O
*
CO
C/5
o
o

B
<
■^
DO

2
O
«D
ff5
1"3 ©*
so IIfl
co

ra
<o
a
li o
-o
r« B cs oo CD cd

«3 CS
c/5

cd
S
I! ■ô
CD O cd
O e ca s s
cr1
3
1—H M
3 a- t/5 cd !3*
a s C
1
S
CO
9
00
©1
O
CD
Kl M
oq e o J3
c o t/3
=S
9 O c-X
oc
CO

1o
c
CL
(/5
cd li
JS)
M
s= II S
r/3
«í
M M
03
O'
r» 1 r/5
CO
cs s
o

iI
CS

O M
< < 1 1 E
II 1
3 cU>ão1 CO ,05
vecetal
r/1
■< M O
o
C3 ™ Is
£
eimmses=S5 imsesiae
sss DO
s a
CD
VJ c •** CJ<
o £3
a. M
(O CO
dseo
ilinc,=10
O CD

Cm o« - 1
-aí
ss
K

1
I-cd *■ 11 3 — a>
I
S
So
CO

I cd a
N -_
1
>
E
i 2 ***■ cd
.S
a imsésiosolleca
: o
zen=l& 00
=í000 1 sugíi si °*
«-o *- 2 «Ja^s £ fe.2 -3 -o o
'? o £ ► u >■
_» -Q c3 cd ■«"

*~| II -g &S.s «-^g*


o cs^-a 5 n ojaooas gcs e s - S

*-3>CuS S cCPfaGs,W
^rSig'0
^x-í
DE MKIHDAS 157
1.18 SYSTEMA. LEGAL

S3JÍ UI3 £ o o-

opgwdng ti
EtuiraeiSoi!^ uia
S0S3J
— oo
^a
oj ca
m r
er*
ga —
cz. n
c
O *>
MO — * C
t-< O-l JO
2 |
* J3

sojioui ma
00 a

S0J}3m0II5[ W3
8*

^= £ •
cfl «
Ci._ o
S-8 o
cs
71 o
a>
o a> j*
-fe*K *
sa cu

is ° .2f^
I o cd
«a
V

S II S S
II 5 8 CO
S CO co
cs '/i C5
s-l] i -* t
.22 ja w
'/)'-■tl
;j

li-
■■* a3
;« ^ «-o .H e
. « "W< "«9 2

O « & li "3"C3 c8 V
a 6
2
CM ~ .í*í
cs bc II S ■t. j=3
V
O) J- 6-S3
^P** 5 2 a o
"í ® 3 3 u
itII ÉS O o 3
CL- o s '«
a. i — || -ã s?' « a S
33 *■ « £ S 1' ■3 9

a; s ™ -ij) -31 (U
1-3 21? fi
_J ■< ^ 0M Om I» 3 *J £
oo £
Ma
Ofe MEDIDAS 139

S3JB mo
apgjadng

eos3,f

& ar c

OCO
5 s■g
«ao

â SOJ |3U1 U13


co^-O —
Ia OljilI3IXÍ» 3(| ^-r- coo»
oo

soj]3moii?f ura

•ob
■■
2

I g«->
o
te È5 Jh
Si

a: o
ga o
s
e

s. : t£ qc
^5?
9* u o5 J3
c*m cs
oo»3, ri!
II U«2-§
- II â-
S 5 li il-o 3
Sllli 11 11| I
cs§-^ •t' ~ tau 3;
.51
° o «Ê
» *> o m"3 Lm
cu ©* o- cu -J? a li
SJUJjT-sã
« -Si *ÍT =a ti c ^

**B «Tis
o JdÍ2.S g'5,-a
„ cOÍ-^J.gp cd r/> fll r« 4>

*
160 SYSTEMA LEGAI.

M.u! uij ! fl...


opijjudng
r- — c5
*# OOS*
sbuiuii?j3o|i5] ura '■.
so «© o o
sosaj «eo ©o"

H 1
m o í: ° S
•51*
< :3 oo
-— 3
33.»
00
CO O O
o ^3 -a II
ss
C0«T>
1— o 3
soj]3ui ma 00 -SI cr
c9
()ÇSU3)X3 3(| as ■a>
CS,
9
=r0
— r-* o
o co
soJi3uio||5i nra & ao
shijejoui)i

si
1
73 O

aJ

fl s TJ

li *s3
ra e
V <D
'° §
-3 3
cc O
ao — —
TO er*
d
3
3
o co
* . o 2
. «í
<_> f/.
T o ■a
P «-o t-
O O S "co o -*!
rn h
«., •lli „ s cu o
o
e
K 9
j si - ° ra
= JlíS ° ' =a
* ® ™ í* K
,« « u. n 9
^ — C3
Ea
.*■ ', "ii .'ih «'■«' III »' WWB* £,
DE MEDIDAS 161

S3JÇ UI3

sBuiuiiu8o|!>[ uid
S0S3J

005
COO

S0Jiara ma cr c; a
OCCN M5 1C5
0ESU31X3 3Q s os r-
X
«
a M
s saro •-s
sB.ucjéaiij a
■3o ■o
a a
a a
3
g a s
CS S
CS c=
ad «a

5 2
»
m
a
a a
•i
a
e •"8.»
— 'o £
K
m ■ag '»co e
B
tf m
H H
•yi
U
14 U & •o :5;Í°?íg
-JS o
B GO W 'o í*l

§!!.£as» i&g
II Tf a S S CS t/1

ca aJ *- sc ■sgH •S § s 1.5»

™ M v «gi ©I (j
Ii|
«a- "r ~J

Ç? **- rS "<» jn

&"».£
2; «3 a'- a;■
t=-e oes«? n
ss'« lis
%) D »«• - wfc— ■—■—._ GJ C C5 -Gi _=

11 -.
m SYSTEMA LEGAL

fí3JB IQ3 KS
2
0|31J.iadng
ac 2
«D .52
sBiaun,M5o||^ ma 00 0>1
S0S3<J CO CS

oo ao
a
«í«* ci
■ oo
, "3
o Si
r
u e o 2
co e
cd
*-
**
os"
o>
M

W 1
« 1
3 «~ CO «H
""' co S o
\ õs O
o 0

soJiam uiia
0USU31X3 3Q
Í2

$ 1
s
a
r-oo
r-co
«oco
tCO
0
V
a
o"o

■ soiiaraom ma * —
CD
e
BQ

■ U CO
sííuBwim)] ri"
« t>
■o
M
B ■
b "3
CO
G
CD
s ^ -
ta CO
o *


s
V
o co
O.
t3 S
■5
CO Sb -
o ws
a 2 c to
e 2*31 1- S oo ;
os

li
o—o
1
c
1 li :
cs •
M
b o
-a 1. i
■* SB •■
e a
ti ».s :
CO
3
a
o 3 O CD *
C9. -a O. co -
CO

5 ai 2
3 o 2
ti
1s CO
os
ao s
<
I|
3j< =•
a a 11 1114 « ■a;
K

ca 9 ™ fe " 'c»
a C
c
»jf :
ç
, 2 PQ s*
0
1!
O c
J= 22
DD

e 9
cc
o
00.
Hl*
•°C||5
e.2P
cs '?
M
U Te ■0.
pc
c

£
es
1
H ■5*° 8. =
cs o s > C
m .a O
o o"§£ O
H
to ti 4 "ca *
3
r.
91 r< -S *- ra -§.— || C0O0

so 1 li i: •c?
1
O
£ cs o
o .a Cu
O cs
cs „
O
O cr
ll-rl :
TIiíI
--5-S.8 S-S
a .
O CS
<*»
Si o CÇ s_ eo
s^ sus i;*^ »
CO T*
o*
MS 2^2-S
o td
la
c -7 ca
Mllii
•«! -«!»J.jcs
■a^ O
ca *j>a*tHca
DE MEDIDAS 163
o
**
C s)
soji! ma
00 «c
api)jodng
■ ©ae ' 04
K

w* 00
seamn>jáo|ii[ ma C5 O o»
CS E"« 00
S0S3J ««• *aj* «3^
o c o
í -S8 ir- •JB
g l 2s5 co00 ss
ao

|» J] ^.s-a *"*
5i 1 co

u
J
|
_ co o
cd o t- CO
o>
w I cs o-^ »r

1
\
w S

■*

SOJ)3UI UM OCOS
ogsuaixô 3(J e
90 °1
B 8
« «oJiautoi!^ raa «0
a 3
B SBIJ13JUU1)I
e
v *
a. <*i ■s

00
11
s- I
cd
g
«
«a S
o *
I
Cm
O
3
8
cc«
3
cr
cd
T3
cd

5 23 o *H i1 o
«5
C7«

4}
Cd
H
a cr
O
U 1
O)
c 2
cu <v
a
5 r/) 0 s
•14 R cd

=> £ e O
es K B 00
-5
&s&ll » £
■8.5 II
•<
Q
ll»1
©
Q
la !íí|
-2 «
S ° 2
2 S -> o*b ji " 9
K
■<a
CO
I> «O « O
li
s=
CTS co 111
<x> s

S
e
CO
H
CS
O

■a ■ s s
IJ
1-
U
cr

C
l!
■"fe
3J3

*"£
g «
.

K s- "•■?
M
u (d si ■4 HL-
ra cA
H
<■§. TT co 11 i li-* ~ SUO

-<
SC

i
o
1 || §1
3 a ° £
í S 5"°
:0 í

111
lis
K
H
a o3lf 2 2=
-a cr
1
gJ. fe.6 |
ST 1 Sll
lir3|í
oa s ° ■3.2 Sa«
i ?.!«>§ ■
:
11 Ja oo ^«i g
"íl|| os -a° cu
s^ >i
= •«8,
■O-jpj
51 1
ctíf-4i
i
O ?
jjjjlíslf
Jj>*ã,^©
=i a ii
ãS
-
164 STSTEMA LEGAL

ra
snoo
r-C34
sjjt; tua ^ 55
opgjadng Otjf

co

ato ra
8L'lUlUl!.tiÍ0[l?[ ura
o o
sosaj
CS

1 • S O i— **s ra
SC3

3 í j* a —
:riso
co =o
cc
■<-
aí"
•m
£ /1
5 .2*8
— 5
c* \ CO
^ 1 ca o o
w 1 flo^ ra
H | e 8:3 r- ;
°l fcSs SCO
ra .
1 V

CO
soj).mi m.) 9ft ao
Ia ogsuaixa gg co r*
00<9^
tfra
1—
■8a soj)auio{!^ tu,)
SBUBJ3UJ1]
ra
SCO
sri"
o
II c
•a CO -# 9)

U , .a ii p
5
8 -o
CO
"CJ cd
W cd cd
O " '03 cd
Oi 3 o (n
« cr cd C5>
O
13
cd
SM
a -CD
O
CO
O
9
cr
cu
o
CQ
<5*
II
CO
O
!1? ca
cd
tx o
CP
o
II
CO
O
cu
:I cd c3

'd S a ra
B II 5 3
N ra CO
-5
O
.00 ■
o
ra
a c' cd c>
f
co Cd
■<ca =3 o •**
a d. c cr : II ; H CO *■ II
soa ' èd
e 35
O
o
o ao» • ja
m
A
CO

1 £11 ; c5
• cr .. cr
s • _ il ro -j
IS N 11 «j a !•*
O
_j
^c M •9 S CO •• 'j\c:. ! II
• "S :: S^SS
:| 111 °--s
o 3 c i|
hl —' !! c ' c i*P :3
IIS 1 c

'O
■<
.2 1 Ill-^=:« . " ■ 3 i y
: t-
1 ci
2
2 ra
1 r
3 í Dra "# ? wii ■ CD :I§-si[
•" c
o

ca :• ss :SsM
• S II » s,
ii ra Cd w <?1 «O .a • -a ■ 3 -!t P S>
racoT3 JO || o * o
1 In
— II bfi° o £í £ c
*= '-A =;
£ -a- a.Sja _ _
•— *= a> *" c
C
. II £ — !C

Ji5 !1lí?!ll-§-§SS
. n cd -
âg.ll:sg.gj 1 C C
hJ>C.UO.£.U U H»Jbj>*
DE MEDIDAS 165

■4
166 SYSTEMA LEGAL

S3.1C U13
apijjadng

SEuiuiBj3o|;5[ uio
sosaj'

S-S.S
55 S*

*- r-
1^00
»a
soJjetn ma
0£SU3)X» 30
m
a
soj)omoiiJi ma r- ce es *w
o sBuGjah|i[ 00,:© CCS^S©

DO

•a «d
-c
g
o
I
.s w
n —
£
o
g
CD ta*
^

e B
CO
li
ta o
a °Õ
o o.
a Is
u w*
Ill :|g
ta :?
■S
o ti «72 ei : m
o. 572 a cd -T- ■a
©* -3
a li : a
em 3 II S §
« ÍD «D U gm --a .IP
li • = . ^
oíS»
s v- o 2° = £ o
a si
S a
S~ st ta
,se^ cu
ca
A n :|
O o j»
^J <»,■ -o ,3 - _ i_ . a

^■a • I
Stc oc
&
5« ir s | :í
l . „ . ,_ -o ■ o
■CD ! ° 5 »
ta —* K cs "
oo • s iT 2 -■ - ja
" S"0-^ : s ê **> .-ta
«„ o a -o Zr-» S i ■a â. g/5,a 3>t? : 2

<s cd u 03 S 5-J ». S _. ■= "»> e «o II ta a


£ g ©-a H SI-S-: •3 Tf «2 í 2 -r S- t »
B "£ *p .SP1
;.Sfo| « .iilllll|§f
II S^Sí-,sl«s5 3 Cg u. .-S.s.2 ,í «
ISgfeS^taltaSil
o; a> i;- -~ ~t
O CO £ £ O
DE MEDIDAS 167
' c S
i^«
SSJB CD3 CO d5
•as- N»K
epgjadng O*
*« M
«M 91
•é* © »»*
ao 9*
OM CO
S0i3(J
©ao s- S
3o**
©*©"
co
o
o"
SO

Si 91

<4
Sli SO
ao
ao
s3 ^ira
— « CO

CL -n
-<
u
_. » o
c3 Oi-
91
ao
w
a
s Q —-■ ao
ao
co"
\ d)

ooo«*<
S0J)3U1 CU3 COCA»»*
M0M# «Ã
0ÇSU31X0 0(| CA CA W
<3
Cft-M
sojpuio(i?[ ma
■o 8BUBJ3UI)] s
fia
00^00^

a g3
1 i oo
C => ! í
0
"S
o.
S
OS
CU
o
MM
cr .
w
Gh
*

CO
H"

s
II O
o
r/)
W
9 O '.

■o Ih T CO . o-g 1^ ■as
8
"S
s 1 SO
CO
.
.
1 5 o
I.Í
sI :
c
o =9 91 »^ s o
s D
o
"55*9

ti
DD
ti

91
91

li T3
« '■ 03
■a
Cl sN^
si
O) -
.Sr"a «o s -a
*• m cr<s

e Ih
s -Sb
■£*'&
d> o
« "Ti" s-s
cA
la •o -
O
OO
C3

r/)s £
13 —
f& . £3
CA
•a

I!
H
X
DD
•4
o
to O **

lis
O
00

.

I
"53 ■
s
fcJ3

"3
p-Sw
S.I
E jj.o 1;
o © ^ ■« s so
cO
H ■o . 0»
■■ c
K!
CS
o
S S -
5 s s
s-a 52 o
Ih
.
1 Si
u -< 3 tt-o • -3 e-ers cr a>
*-. s 03 M O
0
-
od
H
O
JLs si i
■»* ím s o J2 . p II s1- S o w*2 S-
u* cc co *J3 O CO '"*
■< MgSS : Jd
s s a li s
B c 11 S- .£ ts "
a
s
o s 8.
■a g o_rli ■=
g> :. "a

i •raWS gjâ -
o cic-a o rt

STi «E : s «.--- — „ s o
S2gT'S '
3-5 &o • »líPã.Sgw e.o-o.2 i
B _.a «.2,

s «rs
«-3 li »
« «o
-3 O-1» ^
s*^ ÊE*3.Sft5.H ■3 a -n»

° 2 2'lí « *
'5-o-n e S""
allgSai-s 0 coCÍ ^ II t
<; ■<
OUj <!
1
168 SYSTEMA LEGAL

oa r- 1- ~«
OWMl- MS
W 9l Cl s9 (?I
iTM 3C CS — •«

®fcícToo

;.*5 «o

«S5-2
■- 2
se ^

n
3S «=3 QC li

II à
£1
o o
O 3
oo co Cr*
lf»1 «? -«

<3 ,3 II
DE MEDIDAS 109

os
s.m» vad - C? _ .1 ■
E)|.)ijioiIn«5 *
ia
1
í "
SBuioiBjâoii5[ ma . , -A ,1
CO
S0S3J CO
O

«S •«# O
H
3 21.5 00 CO

« s— aríco~
2 —« ^co
3 <
CO
3 tn ç> <n
o Cfl OH «o^
w 1
p 1
**
00
w co B S©
t , a>

■a* 00«— CO aor^«


sojiam uia CO ^-OOO
co os ao^ao -« Oi^CO
oçsug]xa ag C5 OOOOv
aí »fcocT «* OSSCS W
«í 9ÍO©"
l^«

CO
S0J}3O1O1I5I 103 W5 CO
BVM&I3UI)] co
k5
«o
»f ||

u« II co : :
S5 J
ao
ío
63
as
sES
"C3
o
1

I
"5
M
0>
63
CS
63
"3
a
3í-
n. •
63 p-
c O
O a
cs
00 c CO
22
eo -a
ed
o
S o I 3
B
a
u I o
a s a
63
s
H
■* .5; w
"O ri)
O «
ao *a
OO CT3
cr cr

O


s cT
r/) ■-=>§. cas^— o
cj CO ^*
O Cft _«>
líl — — = cs 00

s «oo
S
O
s 2 11 ^-c S *© a S9»o câ
O) ic-2 c N gCJcfi
<p - X »x © —
•3

■B iill II :1
H
cs <v II s£ 11 83? gl •O) g
:s
■ ca
O
Il.Ê 1 is
1 II
iill j
S
■ 00
•CU
f «"3 tj,'É *e « oo «
S "oo 2 confo
tensão, 144
sunti=l
H
raimensusa=
e II «
VI
H -"lá lfandeca=10
S-S-S o- ccoo Sc^ll
« e cu SB II III
2 ■•—— 32 Sá c-.
so II "ff
_, oç .il i.£ "' ■S * 2 2 -o cs *c
^ cc X «) .
S "o "S^S"* Sc-cãcof
3>g-§-| LS£
á fe c2--£ SE II à
11 *>■£
SI 3® gj- g© | 1 g,s *
CO OJS flj e °
s cr li 5S - li .e .- c: " ■^S.SC £Í3=S ^.«^7
&S
., -: "; ,
1 o g « 1 11 3 « «-n 1t Sb I c
.' N ■
-:■■' .- "■'!'.'*' « 2 e — K '3 -gl. 53 a>.2> 2 *
5,0 g o jj g
. £cc»>a SfcrC -•§ c
a g-!
£ a
g'g.2-
cc cs —
L= cd cs cdt-^ecdrScc •— C3 cd s- -a;
Sou uosS «cajá: SU c-CQgu
170 SYSTKMA LEGAL
DE MEDIDAS m
S3Jli U13
opjjjodny

CfiO
Buirai!j3oi;i) duo r--o
cTl O
sosoj CO OO
oo"
g-S-B s
■2 'ir
s
«
s: ®
«3 s
o §
ca o Í3
fcgS

SCO
S0.113U1 mo c* cm oc ;.o
CO 'M CO CTS CD ca C©
OllSII3)X3 3Q OS^COOS
©o"o aío"©V"

so.r)auioip[ ma
SBUT!J3UJ)I

O
*H

M2
O T3

S-sll-3
li
°-a
- cm —
?2« lg
ca
S || S _

W
' ' O O <A
c 5 •2 ego « o 2
■ - "« s« ss ■pslf
"3 3.
" *s)Si~ ca Cr —oo
; or«í
ca,.— " " M Tí I 3*1?
° II
2 3 o o
S cj> co s-

3 ca cu c- 1/} ca »j Z5
o"o
ca = I cts a. u fc-ss s
ca:2 o o
ca s» cs ca

.■'
172 SYSTEMA LEGAL

SOJI! UI3
Biogjodng

ST!UHUBjSoiI5[ ma o»
sosoj'

«si

5
'«a
soj]oui ma cm Sjl aã oo cc
«S CCOflCD rW
0SSUDIX3 og "Í0O--»
OOo

sojiouio|i)[ uia
BCTjBjâu!lI

2 ^ cr
oo

« 3 =-
«s
li si -
1.
íf «si
.aS.sg li
gls CC o so <51 w R
^2-c woo
o O O O II SB
3.2 â tt
,3 w o o o,
jiêtãaãSãêjiã JUC0.PS
=*?=
DE MEDIDAS 173
e-
os r-
sajB ma
opgjadng
00©*
1 §3
OOCT o
CO


es soo
0 050 •
SBuiurejâoipi ma - co
CO
sosaj' o" **COCP •
eT©"V
/ «, » •B r ;
oco • •
H o©-**, ■*-» : :
o-Tr^"
gj
5 »-* 03 ia • •■
a^ CO .* *
CO O ta
u c3 O «3
°1
Hfl e o— co"
CO
es
03 ; • •
'* : • $
soj)am ma r- *>* r* es t-
0OCOO0 O "a*
OESua)xa ag co oo co es r-
cDce s- co co * . •
õ"o ■f-r^-ro
r-o
oo o
íOJ)omoi!5[ ma co'C
SBUBJauí)]

i'

et i . ^ • ■
ts> <a
. "«* Ed C3
'.
. co as C3
o
Cd O
e
a - ; . .« ■
• ' • *£
■< II
a
S
1
£3
03 <J
<
a
«3
IS!
Ni
o
I • I ôlo ;
*; .—
c .—
coo •
9 "5 c
«- 3
A
; cr *c

P
©1 - OS

li i' 1 I
Tl
! 5 1
er
}
. esse cs •
í «3 CD 3
3
i -'' : V -c o :.III.|8_

2
' -*' ;
> OH "Jf
3
cr-
eL
c5
c>
is
cr
-
o
43
CO

38
. *3 '^3 "CJ ^3

: S g§-|

li11 Si- -M
CO T II
13 Jl r
03

M ||s*
-<
1
í
o ,o G* cj
n
t-

c
C
1 ■ g "CIO
™oo
M
1 ^ E -I

cr

^ mil s.

li . -.2 bbsa,
ôu3
soncí
otseso
ile,=12
os o,=12 ibbsa
ibbsa,
raonc
seso itanuora
loriana=10 isssi
quadsa
cliajo=10 0
I í" -: aS' evo„
L
iso,
sedidasUa.
azeite.
í k
i :i T3«•ãg«f^,.2c5
scSTi II 3 1
*5
s • II
li-
! r
S- || « «4 =rj
_X . - C 3 S C
ç N &5
"c7

2
i/

pHw tf
II «
■a.
P 11-
I.§1
-
4-STÍ JIS-S ■ T
c
Is
° c III
1
Vi. v? ™ Ja -S f —
c3 ra-3 s .Sr,
ccssõcs CS
cs

=e
Í5-tí^-s.-E-<;
cr
c
CE
-a.
t
lia E —i ^ i-j 5=

/
d 74 SYSTEMA LEGAL

■ li ;-em
DE MEDIDAS 175

ôco 3 ^e â*
= O! CU "O ,-»
«1T3 » J g
176 SYSTEMA LEGAL
íiff*^t«w«*rsss
00
S3JB Wd ao
©5
aiagjadng t CTS*
»W

soo
SBcauiBj3oi[i[ ma cco

sosaj' cTctT
CO

/ S s s
cl s- liqui
^a li —■
em
AraraA Pa1 ao
®
, .
3 • '
3 11 «
« p 00
Hl1 f
ç OS
s.ts o
ao
1—
s
— 1 CC cj -—
11 ft< « — •**"
te H
\ « Tl

r-
sojiam ma CO C©
CS CS
ojsiiaixa ag ao ■ri
|s o o
au f
Ol

o soj)araoi|5[ ma 00
CO
sBUBjaum
o

th 00
d o -O to
a
s i CO
CU
■« t-
0
d
I 1 li a 2
3 -
•a.
c
1
« ■oCdr/J
JO Jh
s
CU
*3o
a
o
> a
cd II
|cd CU d
g e
c cd
fec
CU
cd
d
s.
cr1
*•
a
cc —
cu
cd o II Cfi
■3
fc,
*o
M CO cd cd ai
1 o* <N
S
o
CO
o.
d
O
-0 «
s MEDIDAS
;
ANTIGAS «9

> I II CO
— 00 c

I o
o
1
"êd
s
cd
se

-3
cu
CU
5
o I 1s si1! -
oo SÊ àc -
8 ca *"s
e■*. u
t/J
cd
CD
-a a
oo 2 a
o h<.£ t u

m ca
V
cd
a li |
cs cu 3 çd i «
'1
a •<
a
o
co
s c: "a
d 3 cd
gs m
O
O
>-■
CO
H o 3§* ti s
d ^*>
«H- 0
VALO

«o J2 ■aO) *- CO
cd
I "3

O
CU -§ s a
"

II &-=
% d

9 o"
o w
°"2
a 2
o H «• e S-
! »H Ih
cu d r? S Soo""-" II- J-=
o cu 3
Ut
1: ■< =3 .d

?
s
O
O
a
cu
a
ifl
Cu« „
co > 9*
3 M
O-0i HIO
<=

-a
S
w 3 13 ^à li s°
Q
O
Íh
'J
co c
-dOO 3
lll-l- II - 1- ii
li cu 5 a cs
E fc. « o
II || 1 s !■>&■&
fcjQCui O-®
S ° «.
S.■5S c •ajs Soc
li — ST
cu*.
co

Ti — °
.;** o |-«.J cr
'« S Eoo cs .a
ca — -»í i II 7 E 5.i«ac "3 "
O r
tÉi. ^ c ca
2Í< Q-W cri a ni
• O - -a> - 3 ° mcs BS 0\Ad d
1 i-í>CU H 2taflE-s-a «3 H ■■ inirffa ■.
DE MEDIDAS 177

S3JB UI3
epujadng

Bnnnt!aSoi!5[ cua
S0S3J

cs 3-3 coco
050

cs o i ccoo

sojiauí ui3
0£SU3)X3 3(J ■r- 0O«
©"oo

S0J)3lO0|!J[ ID3 <.;*> ••*^si;»!

SBJJKJ3UUI '

ara
li ■J) CJ
Co
o
I -a 3 3 *-»
Ig «3
| cd
ao

as E
3
o-
-o
s iaII •cj eS
1
I■«! ° 3
a o o ca3
o
O 3 a cc "
o
se .Al
O C^dJ
s=
g.2
i1ã
ll<S|.||«
a .2S *■,
" ;
iSj
Dli li ^ jS
a.sCS a
="° Ih
2S 5.
3 T -S cí>
ia 111
o■ *

« lã— •3 o S «
5ç s
a tí 9
o. ta*) rf « t* a ° ,2.2 <x
ÍT1 cd.S"" c3
cs ^ *- ai
a ^^
Io- II llfl — O LM a* ~5
ai *_ s S-a
^5
3-03 O O TT ^ -cj s « 61
03

TF /-
Í7t SYSTEMA LEGAL
DE MEDIDAS 170
as
Cs
S3.ll! UM P
ouyjodns SC s
' •** r*
p
S«UJtUBj3o|15( UI3 00 S
S083J -*!. "■Ç.
o" c
/ 5SS
IDADE PUa iquidc lits
m CO

Sí5
cj 1 ~- cu
O. \ •» 1
<
u f1 co O
P5 ° Í3 OS
is r*«
w f lã 8 — »í
«o
°%.
çoT
94 9
•a r^
\ CD
a
«* «* •
00 «O
S0J)3UI UI3 r^ es
SC5 91
a
0BSU31X3 ag o
©o" <s>©© .
<
K9
00
sojiamoiii[ ma 3 SC3
SBIJB43UI1I • ! CO ni ,t

O . £ — CO

■w*
O
O*
1
O

'S
cd
: ra
*
1CO

ÍO
1
li"».™
-i* Id i_<M a.
t-.
oes el. vinho,
n8 ce
CS
9
Ê
O*
ta
N ennic==10
a 4 •=35840
i■< 'Ih
a.
X
a : 1 »S2
-<
o a
cu I
©1 cS
•o © : Em & cr
(3 C© C5 "^ a .•2 c • co
■— 4c S — o es
cô Ç cajá S
c= *- ,- ca
' j3 T °° W ^
■A e « -= o co Cd a
«a E co cu —
B
a — ooo || ""a
H »«o || II 00 „
o ogfeJS e a 2 t, U s 2 -a.
a T3 t-■ S3 Q. CD
-a.

p « Ji, OÍ. co CS
9
«£
cr
I&llll
«1 ffl C (Sjjw
cC5s?-i tt ;C3 e a coi^-a — t-.
sco |f o>
1 •«O ojq e <" ( ££.£
»=
OICJ4
?■ =T, O C o —
T = o es" 2co
«d n co11
63 (aTti g o? c ^ a.« c °
E ■O
i
„°»otia
gK «
H
O
S cS °"oo ■
li «Soorr • >
Xis 3^ 1
:•« 3 £JI c || S
CU ■ffIII2I
s ?«=
I1 |PÍ •J J
7 M o.sã §2
\
1
cs
S3
sTli isi |-fa.-•§ Sã li 11 Hfâ
C!

cu cd -cu -ca cj--:tí "-ty


180 SYSTEMA LEGAL

W 00
sn.ii! ma CS 00
epgjadng «o ao

SBnnnBjSoii5[ ura r-cs


«oO

g-Si
«'a —
C^ C3-H

cd « — —Tco

sojiaui uia — S»
r-oo
0£SU3]X3 og
2 oo

S0J13UI0115I UI3
Sl-Uli.MIlI)J

i
c £
••■§
»
• C3 O-
' 5."
. m &*
,. "9 o
p-S
B
es
a
81
a
(3 ju cs
0 O Pve
a CO»1 s

B
a
JíiJ
■ 5 S _.
! no °o 3 eo t •8a s0
2 «íd c c
5 a, s*-n
«c I
Sí-a cs
II Ifel
e-C -a
°|Sfe
- co
-"o £ Í!so2
i SE
E « crli 5do5
s- S. «
5 3 B

i3 ILS* S|§5 ~° £ *>J3 u
o o ca o

52 ; ac^j cu <» Jo <i>


-ca
o e rd c-1 *~ fe
cu «d _ _, X3-3 O
snai
c -tu rd .£
co©i-íK 'CEO
DE MEDIDAS 181
<r :
83JB mo
arogjadng a
cr


SBoraiBjSoiii[ uiia
sosej' oo»
oo

1 ^ O ° os
CO
^
SC5
si a a— oo

s 1 a-.s-g
« ]
s
Sl
\ «,
w o co
" 1 ra o £ CO «0
Hf
0 1
« o—
&, O) _
«.
o
«o"
CO
00
\ »
■** s^-OS ©5 ao
m 90J)3U1 cU3 0
sr~ OO 00 C5 t- **H O
v- SOCO
■ 0SSU3JX3 ag
o o o" o a
s
W
o» ■8• os
soji,)uio||^ ma oo ao
■Sç o ■ so
CO
SI!IJCJ3UI)[ •3
a 00

t5
■3 —_
V
3V 1
S 1
1 i
a o
p
1M .
SD CD
.a B
(h
-raCD
H U p
IS
a o cu
Q
4
CP
-£3

< CO
CS
a tP
a CD
o
P o I
e 5 cr i*! tP
o
'o CO
a ■«1 "o 4
ca t/i
Pm ^
s «■ Pm
*■* a CD P

i B
co
c
C

I -iá o
T3
a
-a
c 8
O

si
B

1 £ »P
= c
R
3
e
.■ B lio
a CD
G
C c e0 ™ ■ri
H
BB
cr
0
•a* c_ 1 li 1 k

11
s c
c
oo f5
' 2 -1
cc 1 a

H cu co
cs
P
Jlf
L. o»
cu --
DO
H O «3 r/j RS
fO o cuo w CD
B c/i «O

&
3
I 11
-ai
cc
E- -è II
o
K
n
l
imensos, ciral
da
s'/u
_ B ffd tn £ n
araisensos. >ieslel =20
ouqudo mescio cdo
cosso osa
imescio =150
Deschsau
§
li
So.g
p
cd
Hesse=1
de
ssal himten=8
el=2 «a
JS
a
IIS
n
cd
B
1 II
'5 Si
- <u —
C3 O F <=
-3
113 _ o &c ã> ©a n _* _« u. cg -il
O cs «3 IJ M H
cd co ca -o «d cg
hj > >• 0- í/3 &Q
182 SYSTEMA LEGAL

so.ii: mo I-- Cft


GO ffO
íiiojjjodng

siíuiuh:jSo||5[ ma
S0S3J cjs oo oo o
oo~

SOJ10UI UI3
0£SU3}X3 3(1
o"o"

Bi S0J)3UI0|!?( UIO
SBIJCJoil!H
■o0
m
S 33

2
E
ísí
w
o
*
X
X es
M
B
X si
4
a 00—'^

i*e»• 35 cm
O .co
•«TC CD
4 !ot
ta Í=CD ca _ TT7•aí<

a li lf.s|j||
u 2 IS §3.1
b
2PC ca.*** co-tí
© ©•£-* ^- II =3
73 O II 8 °-
C3 t/l o*
*. j 8 3 _
« j — tC
ílil*"
n : « o
—— ca ti o.
o
.2 2 Sgo â"p_ o
^ S«ot|£
.2'5S 115 li
DQ
O !- — O i " || So ° S
O «5 B C I' *iís §22»'
2 £ ca. w • — o
£-
O
£
o
Q
illl"1-8
„I
3«tC-
-3 -a a. ;=_-— "
cs e 3 : 6-2 £ 2
•d =3.5:9 ■9 K
DE MEDIDAS 163
'I' II II

so.u: nw
opgjadng

SBanneiSoipi ma
SOSSJ

i
I
SO "p- í©
80.1)3111 UI3 r- « f)0 ** KJ
S 0ÇSI1.I)X3 3(1
«b
CS
■So
SOJ13uiO[IJI UI3 8
■Ba

1
Sê |l
3
»
ia
-03 03
P 1Ml
"1
e Sco «o

ir 1 •*J3 °

§O :i. :all «IH o --■ -/j

■«* +S 3 cd
o tei = ca ccoi Jl
d y, U S o
^ « 3 s ÍÕ cs 3
; C O-sca
' — Ofl ro
. ° I| ã =>
|rS-S s aJL0 II
3 cs u >■ w
ST o
» "> u § 53 oo
o gja «,-0 s
cs-s-S"* s 2 ° — — a"S2 -SSO ^-s3
gg «3
Í3 £3 ■§ Ji ■«< o "° S II §•8,3 3
•Síã-SS
03 « -a3 03 —- r^J ©
~j ^ i. '/: C _; rf!Í>

S
184 SYSTEMA LEGAL

oo <M
S3JB (U3
o
»1
53
eiogjadng CO*
o
9' CA

CO A 2j
SliUIUIBjSO||l] UI3 ara r-« 00 I
O co
sosoj o

Sc
12 l1 fc.»a
Si ã co"
•41
;

«1 —• v>
-^j #, i ,. . .
B< 1 !/J o ia "
** 1 aa 'o o^r-^ ;
ff <fl o fi
r^oí
H f
o I
3 "—
cl o „.
**SO
s-
1 co S v*
\ cd

*=* ao
co — «o
"©" soi] a ra raa r-co oo
•8. ogsua)xe 3Q
af^co^
ooo"
5
s
sojiauioji^ ma CO
ao
o SBIJ«J3U|1I r-~
g •
w s • , e> O s :
s 03
3 o O a
II CO

o
w
o
-3
n> ■ 00
o
.
CD

a*
1 ca

I
CP

I:
t~
CD

.
ea 0 :
O o Ui
cO
*
'
ea H 00
O
CO
CO ' 1 cs ss
a* ;

1 !
cd
•Cd

o
CM
9
cr
ra
Q
«D
•<
I 0 ■
«o •
so
o
to W)
"»> .! M o
a* O
e>

M C»
1c :■ "5 «
AL 5
5 li
g 1P a cd
O*
C0
O u
■s
çq C
« a
g cs

1tara ■<K
■<oq
ca.
O
O
a
o
«o
CD

to
•CD
O*
■aCD

li -i
so «3
li O
O
CO
H o o 2 2
■ o o o
ca i r-t i 63

o
3 A
«3
1ca
cd
H
cd
s
Í
■ o
CD
-a
CD
o.
CO
q
co d
|S
lã-
ct-cd
o
> co CS
H
sa
o a 1
o
CO
O
• -a
. cs
. —
- T3
■ C):
T3
m
-CD
Ai
•1 CO
íMg

o
3 o <11 •-a ~
■ CJ5
er o
te
ca
*o
II s-. cJ > a
O CD -3 CD
o
~ : S'? "li
U)
-3
I 11 e
s
CD P"" ©o CD
a
si
s
o goSS
c
• 0 ; « «3 *s ca
"3 harada sH=n
ol ecads=9lce>ada
aesUa ssi0hs=4
nFss=2
iraten=8 ei
ancosasí=S
"c3 3,.
B
a o
'|lís Ih 2
o
Bsa
cVUa
de Stock CO CO
oo 3
: § 4 sal 3
ICD
:°gS=43 O

Ih
CD
3 :%&
'F ia0-!"3' -2 «
:S§
O . t: » g - j3
s
•*]
IhÒ-2|IS°Í 3
?! 3 II g
a ?i S § 2 & o3 P í
feC*
! S2 &
Í5-S5J' 'as
DÊ MEDIDAS 18S
as
00
s.ijb ma 94
i. iií <■(.{-.; ,^
apgaadng 53 jsl .-im.. B
o *
«o
SBannBJSofiil ma (r.;-.S;«m»%?
ap
sosa,j' [/W(;■:
•*-•*- •*■«
9100 00
t < 5-s- ;• u
9 1 ,g'S — -?> i ; ■
— ,»
■^ 1 co
CO o O
« J CÍO i- a
M 1 Í3 w.t2 o"
Ml CL. tt> a o * -? fl.»
1. cs>

* as as
S0J)3UI U13 1^■00
0gSU3)X3 3Q i ,nf.'; ' ' B 5
oo
-
«S a 00 «w
00
00 1 ca. o -■?-
: sojiomo||5[ uid M
Se!jBJ3Upi
-«ff :# S SOQO'00

■^ ci*cTo"
■a•
1 «1
s

»
■ I 1
■os

-Q
O
;.;
.
>
tí 5V fM
-J t P

É!
©
ai
u
a*
cr
CS
S3
1
1
I>-■
cs
" - i

sa
-T 5
| O
1 I .SP
a• O
a • 35
o
o
C/3
• m

i *
1
5
«a*

!g
CD
o O
CD
C
S

M o'
CO
s a
-a
fl-II c
—• ÍÓ '03 O
| g B--S. :
<, cr

: |
a OO
11 :
w
-II ■X3
a
ca

«£*
Cl M
Jlo || ° •
SP- O . o
O
JQ "S * o es aã as
1

I sa
co II 9 âÍ=§.§


*
O:

o
si •ss3
11 Tti cr
cd

' ST
«1 3
«5 cr Zz
-a co
-- -as CO ■2 S o S
■»_.£ ' o o. ca "s £/-, ^°
: S
to.
us* :
-li «-o • Oí5£ "
, Ml:
■- « sr • oo II £■°£
-Cp °S ©
I ' i> C cu . S.-S»
|T II aofl

!..'"■
1
~- ''"-: .
:S§-§ : § 2 «
. CO ^

— II om : CP
cd w" W |S3 S °f?

coS
i- 3
11 Z" II O* «2
.21 gS-S
•- Q.T3 H S » 2 ^ - IbJsIs
3 °O.H o
. v - ■ &1i t?»I# sfsel
^Sâss II a°^ 3C
sico *rr_o o
■ ." : .^ v i
o cd II cu co co j3 co^3 f3 cs.
se -3 II o co co
a> *3 -o s- « cc ■S. EU
*J > a, « [*< &-

li ^
SYSTEMA LEGAL
DE MEDIDAS 187

S3JB UI3
apgjadns

skiii«ibjSo|;5( ma
§
S0S3J

00

oa
. eo O
ee o H
CO o-
^■a
b
C soj)auí uia
Be OS8U3)X3 3Q
|
e
v sojiauio(]5[ raa
SBUBJ3UJII

s
■ ao «811
s, ■. _aCTJ «a*
co « uc©S °
n
•- si
il "Mil -
■Bs a '
JS 5 3
■O -I
2li :|
• o
o 3 2oo
■S.5Õ
g
§II mII!°>
"-S
11 I .:ia 3-^'S II -s
3
so 5 «"O
-o a. =3
o. ^§■3 :§1
.5S_ -■:o*5
So2íí o8
ÔC© II "•
CJ5
»- 5j C3eo0 «
e »soV í£ oc "■S.S II s2
il 1jil.ll aa -" cr
=• w
ai £-o
S- "
° J3 • ca--'«D
O —* - ^ «) 33 •-"~ ••'§ a »
II O c» § O -=
SSPog S II " Eoo.i;
:s.a O o -^ §■»
*
° e
.w
Kl
ooS »2
CO II 3 2
5 ííII C to « «
«ãii :n
1-IL»|_<»» s is ■»»
S IIil S
o .—35
lãs H ||
•2S5-° §»|^ 9 O L
=- l] O» 53 Jã —.1.8.
00 II BI y risa
^« I >» cs1*!1
•llfllill
©-3 S°
° "5_ O 2 co
5 5 « sa S"I=»-S.!S ^ a. 1 * S 'S
a.- o s S 2 94A| u ZJ K — o •*•« 00 o ja
°O«i t-
-, cs q-O
P
fc» O o
ÔC^ -
- iilsgsfs
.< Surf 91
i-s-° I S.2
«3 S *—'^« oi T3 T3

II -g~
^ es 3 C Sr ™C35 00
CflCS-J eo
o-gco-s
■-* co cu -O) ■< cu na
9Ee4
188 SYSTEM A LEGAL

f 3JL' UI3 S -3 ra
apgjadns • S, »

sguiuiBj3oi|J{ ma
* — 4»
sosaj"
»s £ s

« o «
cd o —•

Ç().[]ÍIU1 mo
-
0ESU3)X3 3(J
a

60.[|3UI0|!5( UI3
SBJJBJ3UJ)J
í -2 '7:

s
s,
c
í
■B 51 11
41
H
I
4
aH 11
H £•3

2 £ § ; *** O ra co
* 2 «•= cr 2ca
no Cl
=
1 cl o

as c
o
o
s !l a
o
9l 'jj
is"Si & O
s il
o
li £«.25 ^ ja -3

Ê' SB O
te CD i-l - ií
t/J
O
ÍO
CS ÍI
o 1■ ^-
m &C
DE MEDIDAS 189

Quadro da divisão do AS empregado para toda a eapeele


de unidade divisível em 19 partes, e especialmente
4a Linn a as ou ppswo
wassaqgm ii.Hi '.I , i.

A* I = 18 = 34 = 36 = 48 = 72 = 888 J
Deunx "/is = 11 = 22 = 33 = «4 = «6 =- 864
Dextans. , «/s = 40 . = 20 = 80 = 40 — 60 = 840
Dodrans 5A = 9 = 18 = 27 = 36 — 84 = 21(
Bes y, = 8 = 16 = 24 = 32. .= 48 = 192
SepíWU 7»t 5 = 1| = 21 = 2§ =, 42 = 1Ç8
Semis wi sejK4»pjc. ... •/• = 6 . = 12 = 18 = 24 = 36 = 144
Quincmu s/12 = S = 10 = 15 * 20 = 10 = 120
Triens i/5 = 4 = 8 = 12 = 1« = 24 •= 96
Quadrans mi teruncium. '/, = 3 =6=9 = 12 = 18 = 72
Sextans >/6 = 2 =4=6 = 8 = 12 = 48
0
Sescuncia ou sescunx, . '/s = l1/» = 3= í'/i = 6 = 9 = 36
)..- —;i ,,
Quadro da divisão da onça, *».a parte da LIBRA on AS

3
5

Uycia . . . • • Vm = 1 3 = 4 = « ==
Benuncia . . • V« = V. = 1 = IV, % ^& = 12
Duella . . . ■ • 'U = V, = % = 1 = l'/3 = 8 = 8
Sicilicns . . • • «/«, = v< = Vi = % = 1 = IV, = 6
Sextula .' . • ■ Vn = Vs = Vi = V, = % =1 = 4
Scripulum . = Vu = % 1
193 SYSTEMA LEGAL

Dos Estados qu e acabamos de mencionar fazem uso do


systema métrico -decimal, no todo ou em parte, os seguintes :
França, Bélgica, Dinamarka, Prussia, Hanovre, Brême,
Lubeck, Hamburgo, Francfort sobre o Mein, Hollanda, Hes-
panha, Italia, Áustria e Grecia.
Não apresentamos quadro de medidas da Grecia pouco
anterior â introducção ali do systema metrico-decimal, por
que julgamos que a descripção das medidas da antiguidade
pode ser mais util, e mais curiosa.
A Russia e a Polonia tambem já usam do systema metri
co. A Inglaterra prepara-se para o adoptar. Em Portugal vi
gora desde 1860.
A republica das Ilhas Jonias usava de medidas inglezas e
italianas, regulando para estas as de Veneza, para aquellas
as de Londres. Actualmente faz parte do reino hellenico.
Em Gibraltar empregam-se medidas inglezas e bespanho-
las, sendo estas equivalentes ás de Madrid, e as inglezas ás
de Londres.

Julgamos ter tocado os pontos principaes para o conhe


cimento do systema legal de medidas. As suas infinitas ap-
plicações dependem todas das regras geraes que indicámos,
e qualquer problema se resolve por analogia com os proble
mas que ficam resolvidos.
Os mappas de comparação das medidas dos diversos pai-
zes são documentos positivos para demonstrar quanto é util
que o systema metrico-decimal seja universal.
DE MEDIDAS 191

As medidas, pesos e balanças soffrem alterações devidas a


varias causas, sendo as principaes o attrito e as influencias
atmosphericas. No systema legal de medidas admittiu-se uma
tolerancia rasoavel, cujos limites são os que em seguida in
dicamos.
NOMES DAS MEDIDAS TOLERANCIA I.EOAI.

Medidas de extensão

Duplo decametro 3,0 millimetros


Decametro 2,0 »
Meio decametro 1,5 »
Duplo metro de madeira 1,5 »
Dito dito de metal 0,2 »
Metro de madeira 1,0 »
Dito dito de metal ou marfim.. 0,2 »
Meio metro de madeira 0,4 »
Dito dito de metal ou marfim . . 0,1 »
Duplo decimetro de madeira ... 0,4 »
Dito dito de metal ou marfim . . 0,1 »

Medidas de volume
Metro cubico ou stere 5 decimetros cubicos
Meio metro cubico ou meio stere 2 » »

Medidas de capacidade para seccos


Hectolitro e todas as medidas até J/a decilitro. 1 por 100

Medidas de capacidade para líquidos

Duplo decalitro 1 por 500


Decalitro 1 » »
Meio decalitro 1 » »
Duplo litro e todas as medidas até
V, decilitro 1 por 200
Para o duplo centilitro e centilitro não ha tolerancia.
SYSTÉWA LEGAL

Pisos de latão
20 Mogrammas , . .' . 1 30 ceWigramttias
10 » 80 »
5- » m »
2 » 2b »
1 » 15 »
500 grammas 10 »
200 » 5 »
100 » 3 »
50 » 2 »
20 » 1 »
10 » 4 milligrammas
5 ■» 2 »
2 » e todos os pesos inferiores não teera tolerancia
Pesos de ferro
50 kilogramraas . . * ..... . 20 grammas
20 » 10 »
10 » 6 »
5 » 4 tf
2 » 2 »
1 » ......... 1' »
500 grammas 5 decigrammas
200 » 3 »
100 » . . . 2 »
50 » 1 »
As balanças de braços eguaes teem a tolerancia de j^r
de maior alcance, e as balanças' de QuintenzTv—
íoou . Éstames-
ma tolerancia se dá para as balanças romanas decimaes,
e, em geral, para as balanças de braços deseguaes.
íías medições de terrenos é legal a tolerancia der^d ató '
i i
um hectare, de rr^ de 1 a 10 hectares, e de ~rzzz de 10
hectares por diante.
As moedas de oiro teem a tolerancia de TT^rem peso, e
2 ,23
— em toqUe; e as de prata— em peso e —emtoque.
As moedas de cobre não ficaram ainda legalmente ffxa-
xadas, mas o projecto cujas bases indicámos a paginas 42
não foi substituído, nem' reÉirado.
DE MEDIDAS 193

UectiricacõvN

Por mais cuidado e zelo que houve em evitar erros typa-


graphicos não foi possivel conseguir; entretanto julgamos
que raros serão os que se encontrem, além dos que vão
marcados na errata. Esta advertencia é para que tenham in
teira fé os algarismos ; especialmente os que dizem respeito
ás tabellas, erros que diflicilmente se corrigem pela simples
leitura.
Ha todavia pontos importantes que julgamos dever expli
car melhor, para que não fique duvida alguma sobre o ver
dadeiro sentido das definições.
A paginas 20 definimos a ellipse por uma figura oblongo-
circular similhante á superficie que apresentaria a secção
obliqua de um cylindro.
Não retiramos a definição, porque a julgamos exacta, mas
parece-nos mais intelligivel a seguinte :
Ellipse é uma curva fechada e plana, na qual se verifica
que a somma das distancias de qualquer de seus pontos a
outros dois fixos, chamados focos, é constante.
A distancia de cada um dos pontos da curva a qualquer
dos focos chama-se raio vector. A recta que passando pelos
focos termina por ambos os extremos na curva é o seu eixo
maior. O eixo menor é perpendicular ao maior no ponto'
*medio, que é ao mesmo tempo o centro da ellipse.
Tambem nos parece que a definição da pyramide conica,
a pag. 25, não está sufficientemente explicada ; por isso ro
gamos aos nossos leitores que acceitem ,a seguinte rectifica
ção :
Pyramide conica ou cone é um solido que tem por base
um circulo, terminando na parte superior em um ponto a
que se chama vertice.
Considera-se gerado pelo movimento de rotação de um
eixo, que pôde ser a perna de um compasso, descrevendo
uma circumferencia com a outra perna do mesmo compasso.

lo
ÍNDICE

MATERIA? PA61KAS

Origem das novas medidas—medidas lineares 1


Medidas de superficie 12
Medidas de volume 22
Medidas de capacidade 27
Medidas de peso 33
Balanças 37
Moedas 41
Toque dos metaes 44
Medidas de temperatura 47
Alcoometro e areometros , i 33
Pesos específicos 63
Avaliação das pedras preciosas . . .'. 72
Problemas—Medidas lineares 74
Medidas de superficie 77
Medidas de volume • 84
Medidas de capacidade 86
Pesos 90
Lotação de navios ■., 92
Thermometros, alcoometro e areometros 94
Problemas diversos 95
Muppa geral das medidas—Reino i>e Portugal
Medidas de Lisboa 102
Districto d'Aveiro ■ 104
'» de Beja 106
» de Braga 108
» de Bragança , 110
» de Castello Branco , , Hl
» de Coimbra ..; ,,,. 112
» d'Evora „ 11*
» deFaro... «....<.». **'
» da Guard» , 118
196 índice
MATERIAS PAGINAS

Districto de Leiria 180


» de Lisboa 128
» de Portalegre 124
» do Porto 186
« de Santarem 128
» de Vianna 130
» de Villa Real 132
j) de Vizeu 134
» do Funchal '. 137
» de Angra, Horta e Ponta Delgada 138
l*osseH«õos portugucxa» no ultramar
Ásia—Estado da índia 139
« Província de Macau 146
Oceania Província de Timor 148
Africa Província de Angola 149
» » de Cabo Verde 150
» » de S. Thomé e Príncipe 1 SI!
a » de Moçambique id.

America
Império do Brazil—Medidas do Rio de Janeiro 18*i

Mappas das medidas dos principaes Estados da Europa


Império de Áustria — Medidas de Vienna 1S6
Reino da Bohemia » de Praga 187
Reino da Hungria », .de Buda id.
Império de França » de Paris 158
Império da-Russia » de S. Petersburgo 189
Reino da Polonia » de Varsovia ií.
Império da Turquia . » de Constantinopla 1*0
Reino da Baviera » de Munich 161
» da Bélgica » de ftruxelias id.
» da Dinamarka » de Copenhague 'TÍ8
d no Hanovre » do Hanovre 1 63
» de HESPANnA » de Madrid 164
» da Hollanda » de Amsterdam 165
« de Inglaterra » de Londres 166
). da Escocia » de Edimburgo 167
» -da Irlanda » de Dublin 168
» de Itália » de Turim id.
» » » de Florença 169
» » » de Génova id.
j> » » de Milão 170
» ■» » deModena , , 171
» • ». » de Napoles....... id.
ÍNDICE 197

MATERIA PAGINAS

Remo de Itália — Medidas de Parma 172


»>> » de Roma id.
» » » de Veneza .' 173
» ha Prússia » de Berlim 174
» daSaxonia » deDresda 178
»' «a Suécia » de Stockolmo .' 176
» da Noruega » de Christiania 1 77
» deWortemberg » de Sttutgard id.
Grão Ddcado de Bade — Medidas de Carlsruhe. . .- 178
» » de Hesse Darmstadt—Medidas de Darmstadt id.
» » de Oldenburgo » de Oldenburgo 179
» » deSaxeWeimar » de Weimar id-
» » de Brunswick » de Brunswick 180
» » de Saxe Coburgo Gotha » de Gotha • ld-
Eleitorado de Hesse » de Cassei 181
Confederação da Sdissa ■ » de Bale id-

* » » de Zurich 1°4
Cidades Hanseaticas » de Brême 18^
» » » de Francfort sobre o Mein id.
» » » de Hamburgo *8*
" » » deLubeck 1™
Povos da antiguidade » da Grecia '• id-
» » » de Roma 187
Tolerâncias nos atilamentos 1®1
Rectificacões 1"
índice...' - 19S
Erratas "'
ERRATAS

PAG. LJKHiS
ERR09
EMBNDÀS
5 1
25 15-16 possa
parallelogrammas parallelogrammos
26 5 parellelogrammas
38 5 parellelogrammos
100 D. 100 D. I.
» 6 10 D. 10 D. 1.
37 6 subindo devem
89 descendo deve
315/4
78 31 •/„
S=13943'°*,73 S=13943»s,475
S=139,4375 ares S=139,43475 ores
86 1 0»,8107...
93 titulo 0"*,8107...
MTDIDAS MEDIDAS
" 3 subindo 2°*,944 (•) 2-2,944
100entre2e3 descendo
101 16 » os dimensões, denomina os valores, dimensões e d»-
ções « valores nominações
104 2 subindo ospecial
155 1
especial
descendo MERICA (»)
AMERICA
, + JSZZSEZT P°UC0S ""■*""• W foi —* - pónei-

74 s***^^ 4?f3~UZ£~ *21-<*j£r

3 kííscfigtf
\ N

.v.
\ '\. »:

\■
i Jv "I

i ■'*\

Você também pode gostar