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Resenha #25 – Legal, mas e o

Legião?

Finalmente saiu o Legião! Confira a resenha do Bardo.

Então… Ele chegou! Cruel, perigoso, vil, sádico e violento!


 

A Guilda dos Mestres recebeu da RBX o PDF do cenário oficial de Old


Dragon que está chegando no mercado. Hoje temos o prazer de fazer uma
breve resenha, viajando através das páginas deste livro irado!  Esperamos
muito, mas valeu a pena!
Legião! Legião!
Legião é um cenário de fantasia sombria épica aonde os jogadores irão
cumprir o papel de tentar se aventurar em um mundo se recuperando das
perdas da guerra, ameaça de servos de um deus louco, cultistas mortos vivos,
governos corruptos e fanáticos religiosos. Muitos ganchos de aventuras e
possibilidades de campanhas são possíveis neste cenário de múltiplas
influências.

A Introdução se dá com as dedicatórias dos autores Antônio Sá


“Mr. Pop” Neto e Newton Nitro deixando claro o esforço,
pesquisa e paixão no qual dedicaram a escrita e trabalho no
cenário, que diga-se de passagem fora muito bem executado.
 
Eis as feras por trás de tudo!

Um jogo para gente madura


Legião é um cenário para gente madura, responsável e maior de idade. Temas
como drogas, estupro, racismo, escravidão, fanatismo religioso, tortura e
assassinato são tratados no seu conteúdo. Nada é o que aparenta, tons de cinza
e sangue trazem a cor do cenário. Elfos são racistas e supremacistas; Os
humanos são ignorantes, intolerantes e violentos e as outras raças também não
deixam a desejar em suas descrições no cenário.

Se você não for capaz de digerir tais informações sem se chocar


ou tratar de forma razoável este livro não é pra você.
 

Religião e cosmologia
Em especial os Deuses e a cosmologia do cenário dão o toque especial. Os
Dois Deuses principais do Cenário são Aeliah-Valedaris-Hécatos, a Deusa das
três faces e Urzoth. Os dois deuses se odeiam e se atraem mutuamente e nesta
disputa entre eles encontram-se em Kadur, o cenário de Legião, que após
tomarem de seus deuses originais eles retornaram à sua querela e disputam
adoração da criação em busca de poder.

A narrativa de superação de panteões demonstra um profundo conhecimento


de mitologias e religiões por parte dos autores, um ótimo trabalho de pesquisa
fora feita na composição histórico filosófica do cenário. A Vida em Kadur é
descrita no capítulo seguinte, explicando suas igrejas principais, a sociedade e
cultura bélico religiosa do cenário.

Destaco a composição das Igrejas principais do cenário e a Deusa das Três


faces que são constituídas de uma cisma após a morte de uma santa ungida, a
influência cristã está na base do cenário, pois apesar de todo clima de tensão e
desespero há uma salvação no além túmulo de Legião, ainda que os deuses
sejam os culpados de toda desgraça que assola este cenário.
A arte do livro é divina!

Explorando Kadur
Os aventureiros em Kadur terão de lidar com os temas do cenário, a
escravidão o acesso a magia é restrito para clérigos, feiticeiros que são
caçados pelas Inquisições e mal vistos pela sociedade e os raríssimos magos,
mas apesar desta descrição o tempo todo as resoluções de
problemas ao longo da narrativa do livro decorre de algum efeito mágico, ou
seja ela é rara, poderosa e faz toda a diferença ao cenário.
O Cenário se passa 15 anos após a guerra das raças, uma última
grande guerra que deixou marcas imensuráveis no cenário, um
tempo curto que remete a feridas ainda não cicatrizadas por
completo.
Ryanon, o continente principal é composto por Impérios, Reinos e Cidades
Estado geralmente fortificados e em clima de uma eterna guerra. Muitas raças
inteligentes compõem o cenário, uma coisa interessante é esta dicotomia da
intolerância com a diversidade, em Legião o texto aborda muitos temas
polêmicos sem ser apelativo e endossador de tais atitudes.

O Capítulo da geografia descreve as principais cidades, locais e te leva a viaja


por kadur sem ficar com o texto cansativo que muitos livros de cenários
costumam ter. Legião tem diversidade até mesmo nisto, pois descreve
alegorias de sociedades reais sem ser depreciativo, em destaque deixo o
Império Iboniano, o que mais achei interessante.
Ibonianos irados!

O Capítulo 4 Dividido em 4 categorias: Oração sobre as religiões; A pena


sobre organizações influentes criminal e politicamente; espada sobre as
legiões e companhias bélicas e por fim a Magia e a dinâmica dela no mundo.
Estas categorias ajudam a compreender a dinâmicas das instituições do
cenário e como
elas podem servir como inimigas, aliadas e/ou patronas dos jogadores.
Aventurando-se em Kaldur é um ótimo capítulo com excelentes
ganchos e idéias de aventuras, em Legião pode-se jogar
excelentes mesas com muitos temas, em destaque deixo as
descrições de motivações dos aventureiros.

Old Dragon na veia!


O Capítulo 6 é o que traz as regras de Old Dragon a tona, até então era tudo
descritivo e acessível a qualquer jogo ou sistema. As novas raças em destaque
os Grizzis, criaturas obcecadas em colecionar e capacidade de xingar e
ofender e o Tenebruns, párias sociais e mortos vivos.

As classes sofrem alterações para se adequar ao cenário, magos são raros e


feiticeiros são a especialização mais acessível para conjuradores, apesar da
perseguição e perigo. Quanto a equipamentos destaco a descrição das drogas,
incluindo regras para dependência química. Descrição de doenças deixando o
cenário ainda mais verossímil e por fim 3 novas criaturas do cenário e um
glossário para facilitar pesquisa.

Legião pode ser usado com qualquer sistema, pois o livro trata
mais do cenário do que de regras
 
Se não comprar Legião a Besta do Apocalipse vai te pegar!

Conclusões do Bardo
Legião é um ótimo cenário, com trabalho caprichado, e vale a pena ser lido e
jogado. O Livro é bonito, com ótimas ilustrações, o texto nos leva a querer
compreender este mundo sombrio e perigoso, diferentemente de muitos livros
de cenários que vai caindo na descrição por descrição.

Com a vinda dos Romances a sua acepção ficará ainda melhor para se
compreender o seu Espírito.

O Bardo recomenda!
 
 

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