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ALICERCES BÍBLICOS PARA UM MATRIMÔNIO SÓLIDO

A nossa sociedade oferece poucas respostas para reverter a


tendência de infelicidade conjugal. Mas há respostas no livro mais
vendido da história. E é com esta confiança que David Egner escreveu
este estudo no qual sintetiza o que a Bíblia diz a respeito do matrimônio.
A nossa oração é a de que, por meio das respostas que se encontram
nas páginas deste estudo, o amor de muitos venha a ser renovado e
sustentado através dos anos. Martin R. De Haan II
O que dizem algumas pessoas,
Quando a lua-de-mel termina muitos casais se encontram em
situações onde pensam e dizem coisas que eles nunca esperaram
dizer. Por exemplo:
 “Eu quero sair disto. Esta não é a pessoa com quem me casei. A vida é muito
curta para ter que suportar todo este sofrimento. Já não somos bons um para o
outro.”
 “Nós já tentamos de tudo. Nada parece ajudar. Ele simplesmente insiste em
fazer tudo conforme ele quer. Não há esperança. A única coisa que ainda resta
é nos separarmos.”
 “Estamos no terceiro milênio. O matrimônio já não tem o mesmo significado
que tinha. Muitas pessoas já não se incomodam mais em fazer uma cerimônia
de matrimônio. Você tenta, e se não der certo, você se separa. Não há motivo
para se tornar moralista.”
 “Veja como é alto o índice de divórcios. Todo mundo está se divorciando - até
mesmo alguns líderes cristãos proeminentes. Por que deveria eu sofrer por
causa de um mau matrimônio? Não vejo por que eu deveria ser uma exceção”.
 “O nosso matrimônio só precisa de um pouco mais de emoção. Estamos muito
acostumados um ao outro. Talvez se eu tivesse algum caso extraconjugal, isto
“apimentaria” de volta o nosso casamento.”
 “Nós já procuramos um conselheiro atrás do outro. Eu não sei quanto dinheiro
gastamos. Nós até fomos ver um pastor. Alguém deve ter a fórmula certa para
nós. Suponho que devemos seguir buscando.”
 “Eu sei que o nosso matrimônio por fim vai funcionar. Depois de beber um
pouco, consigo tolerar quase qualquer coisa. Isso vai me ajudar a aguentar até
que as coisas melhorem.”
 “Eu creio que o meu destino é ter uma vida infeliz. Não há nada que eu possa
fazer com relação ao meu matrimônio. Quem sabe quando os filhos saírem de
casa, eu terei a coragem de sair disto. Até lá, simplesmente tenho que fazer de
conta de que tudo está bem.”
Divórcio. Relações extraconjugais. Conselheiros. Álcool.
Drogas. Resignação. Estas são apenas algumas das formas, através
das quais as pessoas tentam enfrentar as dificuldades de seu
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matrimônio. Mas na maioria das vezes, esses esforços para matar a


dor, acabam piorando a situação.
Existe uma outra forma - um caminho melhor. Mesmo que você
esteja a ponto de chamar um advogado. Mesmo que a reconciliação
pareça impossível. Você pode buscar alguém que compreende o seu
coração e o seu problema. Ele criou o matrimônio. Somente Ele pode
oferecer a força que necessita para dar o primeiro passo.
I - TUDO COMEÇOU COM DEUS
O matrimônio foi planejado no céu.
Tudo começou no Paraíso. Deus viu que a solidão do homem não
era boa, por isso criou “alguém que o auxilie e lhe corresponda”. E
quando Deus lhe trouxe a mulher, começou o primeiro relacionamento
matrimonial. Adão e Eva compartilhavam o maravilhoso jardim do
paraíso que Deus criou para eles como marido e mulher.
Aqui vemos o que a Bíblia diz como tudo começou: Então o Senhor
Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém
que o auxilie e lhe corresponda”. Então o Senhor Deus fez o homem cair em
profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o
lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez
uma mulher e a levou até ele (Gênesis 2:18,21,22).
O livro de Gênesis nos mostra o início do matrimônio e conclui com
uma frase que expressa quatro elementos que deveriam ser parte de
qualquer matrimônio (veja Gênesis 2:24-25). Eles são:
 Uma separação. “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe…” Os parceiros
conjugais deixam a seus pais.
 Um vínculo. “…e se unirá à sua mulher…” A imagem do primeiro matrimônio
inclui a idéia de ‘grudar’, de um vínculo permanente.
 Uma unidade. “…e eles se tornarão uma só carne.” Os dois devem
considerar-se como um só. As velhas alianças familiares se rompem e se
forma uma nova.
 Uma intimidade. “O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam
vergonha.” A falta de autoconsciência os capacitava a desfrutar um do outro e
satisfazer as necessidades mútuas sem o sentimento de vergonha ou rejeição.
Eva foi criada para ser uma auxiliadora de Adão.
A palavra auxiliadora não expressa todo o significado do termo em
hebreu. Este termo se refere a alguém que ajuda a outro a encontrar a
plenitude.
A princípio era usado para descrever alguém que veio para salvar
a outro.
Em outra ocasião foi usada para Deus mesmo.
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É uma expressão de honra mostrando que Eva foi dada ao homem


para completá-lo e salvá-lo da sua solidão.
Como uma auxiliadora, Eva era a companheira qualificada, para
Adão.
Deus fez a mulher para ser uma amiga e companheira apropriada
do homem. Ela era, como Charles Swindoll a descreve, a “peça que
faltava no quebra-cabeça de sua vida”.
Naquele primeiro relacionamento, Deus o nosso Criador, deu-nos
um padrão realista que marcou o curso dos princípios essenciais e
desafios de um matrimônio saudável.
II - DEZ ALICERCES BÍBLICOS DE CONSTRUÇÃO
Quando Deus criou o matrimônio, Ele formou um relacionamento
para toda vida que deveria encontrar a sua força e perseverança nele.
Com o passar do tempo, Ele usou a sabedoria da Sua Palavra para
ensinar maridos e mulheres como ser amigos dos seus cônjuges. Nesse
processo, deu-nos a todos o entendimento dos alicerces essenciais
para construir um matrimônio forte. Eles são:
1. Compromisso para toda a vida
2. Identidade comum
3. Fidelidade absoluta
4. Papéis bem definidos
5. Amor sem reservas
6. Submissão mútua
7. Satisfação sexual
8. Comunicação sincera
9. Respeito afetuoso
10. Companheirismo espiritual
Ao refletirmos sobre estes dez alicerces de construção, lembre-se
que não foram criados pelo homem. Eles nos foram dados pelo próprio
Deus.
E por ser assim, pode estar certo de que se você e o seu cônjuge
seguirem os mesmos, terão um matrimônio sólido.
Mas talvez o seu cônjuge esteja num lugar diferente que você no
que se refere aos princípios bíblicos ou se recusa a aceitar a autoridade
da Bíblia. Se o seu cônjuge estiver disposto a ficar junto de você, esta é
a sua oportunidade de mostrar-lhe o tipo de marido ou esposa que você
pode ser com a ajuda de Deus (1 Coríntios 7:12-16). Por isso, não
ponha este estudo de lado. Cremos sinceramente que o ajudará.
1. ALICERCE N.º 1 – Compromisso para toda a vida
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O primeiro alicerce bíblico para um matrimônio funcionar é o


compromisso do homem e da mulher para toda a vida. As Escrituras
mostram claramente que o ideal de matrimônio para Deus é que um
homem e uma mulher fiquem juntos durante toda a vida. Com este tipo
de compromisso em mente, o Senhor Jesus disse: “Vocês não leram que,
no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por essa razão, o homem
deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’?
Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu,
ninguém separe”. (Mateus 19:4-6).
Então, como resposta à pergunta sobre o divórcio, Jesus
prosseguiu: “Moisés permitiu que vocês se divorciassem de suas mulheres por
causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio. Eu
lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade
sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério”. (vv.8-9).
Exceto por sérios casos específicos de infidelidade conjugal, os
votos de matrimônio são um compromisso para toda a vida - um
compromisso com Deus e um como o outro, que não devem ser
quebrados (veja Eclesiastes 5:4-5).
Matrimônio é para toda a vida.
Considere esta história verídica: um homem e uma mulher estavam
casados há somente um ano quando descobriram que ela tinha
esclerose múltipla. Depois de pensar seriamente a respeito da sua
doença, ela disse ao esposo que “lhe concedia a liberdade.” Mas ele
não a deixou. Os ternos cuidados e amor que ele lhe demonstrou
fizeram com que os seus últimos anos fossem felizes e especiais. Por
que ele fez isso? Ele respondeu: “Porque quando eu prometi diante de
Deus ‘nos bons dias e nos maus’ e ‘na saúde e na doença’, esta era
realmente a minha intenção. E como resultado, Deus nos fez a ambos
incrivelmente felizes”.
2. ALICERCE N.° 2 - Identidade comum
Um segundo alicerce de construção de um matrimônio que
funciona é que o esposo e a esposa se vejam como um só. Nem o
homem nem a mulher vivem mais para si mesmos. Agora existe uma
nova união, uma nova família, uma nova unidade. Adão expressou esta
identidade comum quando Deus lhe trouxe a mulher. Ele disse: Esta,
sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada
mulher, porque do homem foi tirada (Gênesis 2:23).
O versículo seguinte termina com as palavras “tornando-se os dois
uma só carne” (v.24).
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Mas nem sempre é fácil viver esta identidade comum no dia-a-dia.


Isto porque o marido e a esposa têm hábitos diferentes, antecedentes
diferentes, pais diferentes, uma educação diferente, diferentes
personalidades e diferentes cicatrizes emocionais.
Além disso, Eva não era um clone de Adão. Ela era um ser
singular, assim como todo ser humano é sem igual. Ela não saiu de uma
linha de montagem. Ela era diferente, tanto física como
emocionalmente. Ela tinha necessidades diferentes - necessidades que
somente Adão podia satisfazer. E somente ela podia satisfazer as
necessidades de Adão.
Num matrimônio, o homem e a mulher são conduzidos à união.
Eles se tornam um, fundindo uma vida à vida do outro. “Um por todos e
todos por um”. Para que a identidade que ambos compartilham no
matrimônio venha a amadurecer, se necessita tempo, amor, paciência e
perdão. E isto tem resultados maravilhosos.
O homem e a mulher já não estão sozinhos. Eles são um, mesmo
em momentos quando:
 Ele está num quarto de hotel a muitos quilômetros de distância.
 Ela está em meio às dores de um parto.
 Ele acaba de perder o seu emprego.
 Ela descobre um caroço suspeito.
 Ele recebeu uma boa promoção.
 Ela recebe a oferta de um novo emprego.
Embora sejam pessoas distintas com grandes diferenças, eles
concordaram em seguir o caminho da vida como um só. Eles têm uma
identidade compartilhada.
3. ALICERCE N.° 3 - Fidelidade absoluta
O matrimônio não é somente um compromisso de duas pessoas
para toda a vida, que têm uma identidade comum; este também exige
uma fidelidade total da parte do esposo e da esposa. Eles devem ser
sinceros um para com o outro. A Bíblia não admite vacilações quanto a
esta questão. O homem deve ser fiel à sua esposa - e ela a ele. O autor
do livro de Provérbios adverte: “Pode alguém colocar fogo no peito sem
queimar a roupa? Pode alguém andar sobre brasas sem queimar os
pés”? (6:27-29).
A Bíblia não abre exceções na sua exigência por fidelidade sexual.
Paulo falou a Tito que instruísse as mulheres idosas para que elas
ensinassem as jovens da igreja “...a amarem seus maridos e seus filhos,
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a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem


bondosas e sujeitas a seus maridos” (Tito 2:4-5).
Quando uma mulher entra num relacionamento matrimonial, ela se
compromete a entregar-se somente ao seu esposo.
Para o nosso próprio bem e honra a Deus, o adultério é
estritamente proibido na Bíblia. O sétimo mandamento dado no Monte
Sinai dizia: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14). Jesus mencionou este
mandamento em sua conversa com o jovem rico (Mateus 19:18). E
Paulo citou o adultério em primeiro lugar na sua lista dos pecados da
carne (Gálatas 5:19).
A fidelidade matrimonial é o cumprimento do voto feito diante de
Deus e dos homens durante a cerimônia de matrimônio: “E eu te
prometo fidelidade.” Certo escritor escreveu:
É assim que devemos amar um ao outro, com um amor comprometido
que não depende da felicidade nem de nenhuma evidência eterna de
êxito. Onde haverá de começar tal amor senão com aquele mais próximo
de nós; o companheiro de vida que escolhemos dentre todas as outras
pessoas do mundo para ser o escolhido dos nossos olhos? (Mike Mason,
O Mistério do Casamento, Mundo Cristão).
Aqui estão algumas implicações de fidelidade absoluta - o terceiro
alicerce do matrimônio:
 Guardaremos os nossos corações um para o outro.
 Manteremos a nossa promessa de lealdade.
 Não procuraremos consolo em um competidor.
 Não permitiremos que uma terceira pessoa se interponha entre nós.
 Compreenderemos que não pertencemos a nós mesmos.
Pelos padrões atuais, a fidelidade absoluta “não é natural”. É claro
que não - nunca o será num mundo caído. Mas para os nossos
primeiros pais no Paraíso, isso era tão natural como a vida.
E hoje em dia, será uma parte integral de todo matrimônio sólido e
de sucesso.
4. ALICERCE N.° 4 - Papéis bem definidos
A sociedade contemporânea tem feito um ataque frontal ao
matrimônio. E um de seus ataques é contra os papéis tradicionais
dentro da família.
Se diz à esposa que já que ela tem os mesmos direitos do seu
marido; ela não precisa se submeter a ninguém. Impõe-se uma pressão
ao marido para que cuide de si mesmo e não se preocupe com ela.
Como resultado, maridos e mulheres precisam de orientação. Eles
precisam de respostas às questões básicas sobre os seus papéis
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específicos dentro do matrimônio. Tais respostas se encontram na


Bíblia. E quando são colocadas em prática, o matrimônio funcionará.
a) O papel do esposo.
A Bíblia diz que o marido é o cabeça da mulher.
Paulo escreveu: “Quero, porém, que entendam que o cabeça de
todo homem é Cristo, e o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de
Cristo é Deus”. (1 Coríntios 11:3).
Pois o marido é o cabeça da mulher... (Efésios 5:23).
Embora este princípio seja um dos mais mal interpretados e mal
usados das Escrituras, não precisa ser assim. A liderança bíblica não é
ditatorial ou cegamente egoísta. Perante Deus, a liderança deve:
 Ser exercida em amor (Efésios 5:25; Colossenses 3:19).
 Seguir o exemplo do amor de Cristo para com a igreja (Efésios 5:25).
 Ser desempenhada com compreensão (1 Pedro 3:7).
 Ser praticada sem amargura (Colossenses 3:19).
 Ter um amor igual para com o seu próprio corpo (Efésios 5:28).
O fato do marido ser apontado como o cabeça da esposa, não
significa que ele seja superior. O mesmo versículo que diz que o homem
é o cabeça da mulher, também diz que Deus é o cabeça de Cristo (1
Coríntios 11:3). E sabemos que eles são iguais em Sua natureza.
Ambos são plenamente Deus.
A posição de liderança do marido é funcional - ajuda a que o
matrimônio funcione. Quando entendida e expressa no espírito de
Cristo, desempenha um papel de servo. A liderança também traz
consigo uma grande responsabilidade. O marido deve prover uma
liderança amorosa, compreensiva, sacrificial, paciente e que honre a
Deus.
b) O papel da esposa.
A mulher é instruída pela Bíblia a submeter-se à liderança de seu
marido com reflexão e sabedoria. Por exemplo: “Mulheres, sujeite-se cada
uma a seu marido, como ao Senhor” (Efésios 5:22; Colossenses 3:18).
“...mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido...” (1 Pedro 3:1).
Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus
maridos e seus filhos,... e sujeitas a seus maridos... (Tito 2:4,5).
Deus fez com que o homem e a mulher tivessem um
relacionamento que os completasse e os satisfizesse.
Ele criou primeiro a Adão (1 Timóteo 2:13) e o criou para ser o
cabeça (1 Coríntios 11:3; Efésios 5:23). Adão deveria usar a sua força
física e as suas responsabilidades espirituais para o bem de Eva; Eva
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deveria estar pronta para ajudar a Adão a cumprir o papel que Deus lhe
deu e suas responsabilidades (Gênesis 2:18; 1 Coríntios 11:8,9).
Uma mulher se prejudica se não sente alegria em ajudar o homem
a exercitar uma liderança de amor e consideração no lar. Embora ela
possa sentir dificuldade em aceitar até mesmo as boas iniciativas do
seu marido, ela precisa mostrar confiança no próprio Deus.
O matrimônio tem a sua melhor oportunidade quando tanto o
marido como a mulher aceitam os seus papéis. É uma necessidade
funcional, exemplificada na própria Divindade. Considere estas palavras
de Cristo: “o Pai é maior do que eu” (João 14:28).
Entretanto, Ele também disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30).
Jesus veio à Terra para cumprir de maneira exata e detalhada a
vontade e o plano do Pai. Embora fosse igual ao Pai, se submeteu à
liderança do Pai.
Este relacionamento da Divindade é o padrão que nos dá o pano
de fundo para entender o modelo celestial para o matrimônio.
5. ALICERCE N.° 5 - Amor sem reservas
O quinto alicerce para construção de um matrimônio forte, é o
amor: genuíno, sincero, que persiste em todas as provas, “até que a
morte nos separe”. Um esposo e uma esposa devem amar-se um ao
outro com um tipo de amor sem reservas que os leva a honrar um ao
outro, a estimar um ao outro, a considerar o bem-estar do outro acima
do bem-estar próprio, e a permanecer ao lado do outro através dos altos
e baixos, que ocorrem em toda vida matrimonial.
A Bíblia ordena especificamente ao esposo para amar a sua
esposa. Paulo o disse de forma sucinta em Colossenses 3:19: “Maridos,
ame cada um a sua mulher e não a tratem com amargura” (veja também
Efésios 5:25).
Espera-se também da esposa que ela ame ao seu marido. Você se
lembrará, por exemplo, que as mulheres idosas de Creta foram
admoestadas a instruir as jovens recém-casadas a “amarem a seus
maridos” (Tito 2:4).
O amor entre o marido e a esposa que cresce através dos anos,
não ocorre automaticamente com a repetição dos votos ou o uso de
uma aliança. O amor precisa ser cultivado! É verdade, muitos
sentimentos profundos e maravilhosos são experimentados por um
casal que se enamora, e que se casa. Entretanto, à medida que o
tempo passa, eles aprendem que o amor tem uma dimensão mais
profunda e prática do que apenas o aspeto romântico. Eles descobrem
que devem cultivar o amor um para com o outro.
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O padrão bíblico do amor cristão está descrito em 1 Coríntios 13.


Embora o amor que é definido e explicado nestes versos tão conhecidos
se aplique a todos os relacionamentos, pode ser aplicado de forma
específica ao matrimônio. Pense sobre as maneiras práticas como os
elementos do amor, vistos nos versos 4 a 8, se aplicam ao
relacionamento de marido/esposa:
 O amor é paciente - perdoa repetidamente os seus esquecimentos.
 O amor é bondoso ajudando com as tarefas de casa quando ela teve
um dia difícil.
 O amor não inveja a posição importante dele no trabalho ou os
elogios que ela recebe por causa da sua amabilidade.
 O amor não se vangloria por receber o maior cheque ou por cometer
a menor quantidade de erros.
 O amor não se orgulha, mas admite que ela pode ter razão sobre o
que está errado com o carro.
 O amor não maltrata, mas fala com ela com respeito tanto em
particular como em público.
 O amor não procura os seus interesses, mas procura uma
oportunidade para ajudar o outro.
 O amor não se ira facilmente nem levanta o tom de voz quando ela o
faz.
 O amor não guarda rancor do mal, mas perdoa imediatamente e não
volta a mencioná-lo mais.
 O amor não se alegra com a injustiça e não pressiona ao parceiro a
um comportamento errado.
 O amor se alegra com a verdade, enfrentando a realidade e
mudando onde for necessário.
 O amor tudo sofre, sem recorrer a comentários duros e criticismo
sarcástico.
 O amor tudo crê, acreditando que a nossa segurança verdadeira está
no Senhor.
 O amor tudo espera, mantendo erguidos os sonhos compartilhados
quando o seu emprego lhe é retirado.
 O amor tudo suporta, tornando-se cada vez mais forte mesmo em
meio a adversidades e tensões.
 O amor nunca perece, mesmo que a juventude, a saúde e o vigor
desapareçam.
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“Mas espere um minuto - você dirá - eu estou fazendo a minha


parte, mas o meu cônjuge não está fazendo a sua. Você quer que eu
continue a amá-lo quando ele por sua vez não me ama?”
Este tipo de amor pode mudar a sua vida se você é um marido ou
mulher decepcionado. Pode não mudar o seu companheiro, mas lhe
dará todas as razões para ele compreender que você ainda está do lado
dele.
Estes princípios de amor não são dados somente para que um
matrimônio funcione. Eles nos são dados por um Pai celestial que quer
acima de tudo, que tenhamos um relacionamento correto com Ele.
É difícil amar quando parece que o amor flui somente numa
direção. É difícil quando você é o único que dá, que sacrifica, que
persiste. É difícil quando o ego de seu cônjuge ou o seu orgulho ou o
seu egoísmo não retribui o seu amor. Você tentou falar a respeito, mas
nada acontece. Você está pronto para desistir.
Se você está pensando desta forma, talvez seja de ajuda pensar
sobre como o Senhor Jesus sofreu por nós.
Se alguma vez alguém teve todos e quaisquer motivos para deixar
de amar, foi Ele. Mas Ele nos amou sem reservas, ao ponto de morrer
na cruz em nosso lugar. Este é o tipo de amor que deveríamos ter.
6. ALICERCE N.° 6 - Submissão mútua
Alguns intérpretes da Bíblia têm dado muita ênfase ao fato de que
a Bíblia diz às esposas que elas devem ser submissas aos seus
maridos. Entretanto, ao acentuar a responsabilidade da mulher, eles
falham em ver que a passagem em Efésios 5 é precedida pelas
seguintes palavras importantes: Não se embriaguem com vinho, que
leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, …Sujeitem-se
uns aos outros, por temor a Cristo (Efésios 5:18,21).
Estes versículos foram escritos para toda a comunidade cristã.
Foram escritos quase há 2.000 anos pelo apóstolo Paulo, que aplicou
este princípio a vários relacionamentos. Não é de surpreender que ele
tivesse reparado que o primeiro relacionamento que precisava deste
espírito de submissão mútua fosse o matrimônio.
A submissão e o amor caminham juntos. Sabemos que Deus é
amor, mas como sabemos que Ele nos ama?
Porque Cristo seguiu até a cruz com grande humildade e
submissão (Filipenses 2:5-8).
Num matrimônio cristão, o marido e a esposa, por amarem a Deus,
estão submissos à vontade de Deus para suas vidas. Eles se encontram
num processo, no qual devem esquecer-se de si mesmos e devem
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submeter-se a Deus, bem como um ao outro. Tendo a “mente de Cristo”


os leva a uma submissão mútua. Alguns aspectos podem ser expressos
da seguinte maneira:
 O matrimônio é um dar e um receber - e não somente um receber.
 O matrimônio é muitas vezes difícil.
 O matrimônio é elevar-se da absorção de um mesmo.
 O matrimônio é ser um servo.
 O matrimônio é saber quando ceder por amor.
 O matrimônio é ajudar quando ela está cansada.
 O matrimônio é importar-se com a dor do outro.
Bem, o que significa isto?
Significa que a mulher não tem o direito de ver as suas tarefas
domésticas como algo do qual não é digna. Aos olhos do céu, ela é
muito mais que a “empregada” da família.
Mas isto também significa que o marido não deve considerar a sua
casa como sendo o seu castelo e que todos os que nela moram,
incluindo a sua esposa, como sendo os seus súditos. Antes, tendo a
mente de Cristo, ele deve ver a sua casa como sendo o lugar onde tem
a melhor oportunidade de humilhar-se - de ser um servo.
Afinal, em cada situação da vida, incluindo o lar, este é o tipo de
pessoa que os cristãos deveriam ser. A submissão mútua é um alicerce
de construção importante que fará com que um matrimônio funcione.
7. ALICERCE N.° 7 - Satisfação sexual
No jardim do paraíso, onde tudo começou, Adão e Eva
compartilhavam uma maravilhosa intimidade: “O homem e a mulher
viviam nus, e não sentiam vergonha” (Gênesis 2:25). Além disso, o
mandamento de encher a terra veio antes da queda. Portanto, a
intimidade e a satisfação física mútua sempre tem sido parte do
relacionamento entre marido e esposa. O marido e a esposa devem
encontrar realização sexual um no outro. A Bíblia nos dá as seguintes
perspectivas:
a) É protetora.
O marido e a esposa devem reservar essa intimidade especial um
para o outro e devem entregar-se livremente. Paulo escreveu: “mas, por
causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa, e cada mulher o
seu próprio marido” (1 Coríntios 7:2).
Ninguém precisa nos dizer que estamos vivendo em uma época de
promiscuidade sexual. Existem poucas restrições. Desde os cartazes
até a televisão e revistas, os relacionamentos estão se sexualizando.
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Um marido e sua esposa que mantém uma intimidade física,


protegem um ao outro de uma sociedade sexualmente obsessiva. Eles
protegem a sua própria fidelidade.
b) É agradável.
Depois de dar uma severa admoestação a respeito da prostituição,
o sábio autor de Provérbios escreveu estas palavras aos jovens
esposos: “Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio
poço. Por deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os seus ribeiros
pelas praças? Que elas sejam exclusivamente suas nunca repa rtidas com
estranhos. Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude.
Gazela amorosa, corça graciosa que os seios de sua esposa sempre o fartem de
prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela ”. (5:15-19).
O aspeto sexual do matrimônio não é um mal necessário que deva
ser suportado, com o propósito de procriação. Ele foi desenhado por
Deus para trazer prazer contínuo - uma parte íntima, estimulante,
renovadora do relacionamento entre marido-mulher.
c) Deve ser esperada.
Quando um homem e uma mulher se unem em matrimônio, cada
um deles tem o direito de esperar do outro a satisfação sexual.
Paulo escreveu: “O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para
com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido. A mulher
não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma
forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher”.
(1 Coríntios 7:3,4).
Paulo seguiu dizendo que se um dos parceiros do matrimônio
decide abster-se, ele deve fazê-lo com a aprovação do outro. Mais
ainda, o tempo de abstinência deve ser breve. Não se recusem um ao
outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se
dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não
os tente por não terem domínio próprio (1 Coríntios 7:5).
A satisfação sexual é uma parte importante do matrimônio. A
experiência sexual conjugal motivada pelo amor não é má. Não
devemos fazê-la mais importante do que é nem tão pouco minimizá-la.
Ela faz parte do todo – uma parte íntima da identidade
compartilhada do homem e da mulher que se uniram em matrimônio.
8. ALICERCE N.° 8 - Comunicação sincera
Numa pesquisa feita há alguns anos, a Associação de Serviços
Familiares descobriu que 87% dos maridos e das esposas entrevistadas
disseram que o maior problema em seus matrimônios era a
comunicação. A porcentagem provavelmente seria a mesma nos
matrimônios cristãos.
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A esposa fica frustrada porque não consegue fazer com que o


marido fale. O marido pensa que não vale a pena porque a sua
esposa já está decidida sobre o que quer.
Aqui estão algumas das razões pelas quais os maridos e mulheres
não se comunicam de forma efetiva:
 Eles não dão valor um ao outro.
 Eles querem evitar uma confrontação.
 Eles estão obcecados pelos seus próprios interesses.
 Eles sentem que estão sendo manipulados.
 Eles estão muito ocupados para gastar este tempo.
 Eles não querem ferir a outra pessoa.
Porém, para que um matrimônio seja sólido, devem ser demolidas
as barreiras da comunicação. E uma das formas de conseguir isto é
seguindo o exemplo de Cristo.
Você se lembrará que os esposos foram instruídos a amar as suas
esposas como Cristo amou a igreja. Dois aspectos do relacionamento
do Salvador com a igreja podem ser aplicados ao matrimônio.
a) Cristo, o Comunicador.
Ele é o Verbo vivo de Deus (João 1:1-4). Ele veio para revelar a
Deus por meio da palavra e do exemplo.
Ele revelou a vontade e o caráter de Deus ao homem.
Cristo também está envolvido num processo contínuo de
comunicação com a igreja. Ele está assentado nos céus, convidando-
nos a “Assim aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança”
(Hebreus 4:16) para falar a Deus do que está em nossos corações e
para que Ele saiba as nossas necessidades.
Como pode o exemplo de comunicação de Cristo com a Sua igreja,
ser aplicado ao nosso matrimônio?
 Os esposos necessitam falar com as suas esposas.
 As esposas devem falar com os seus maridos.
 Ambos deveriam sentir-se livres para responder ao outro de forma
honesta.
 Todo problema deveria ser abordado em uma conversa.
 Deve-se dar valor às oportunidades para conversar.
Sem uma comunicação sincera, será difícil que um matrimônio
funcione.
b) Cristo, a Cabeça.
Colossenses 1:18 diz que Cristo é “Ele é a cabeça do corpo, que é
a igreja”. A cabeça deve estar em contato com todas as partes do corpo
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para que funcione bem. Por meio do sistema nervoso, ela envia e
recebe as informações.
Ela diz ao dedo quando deve se mover; ela recebe a informação
quando o dedo sente dor. Se falta a comunicação, o corpo não pode
funcionar como uma unidade.
O mesmo sucede no matrimônio. O homem, sendo o cabeça da
casa, deve comunicar-se com a sua esposa. E ela por sua vez, deve
sentir-se livre para comunicar-se com ele.
A não ser que exista uma comunicação mútua entre Cristo e os
Seus, o matrimônio experimentará dificuldades.
O psicólogo cristão, Paul Tournier, fez esta observação a respeito
da comunicação matrimonial: Não há dúvida de que eles [o esposo e a
esposa] falam a respeito de tudo, mas o diálogo sempre é objetivo: a
respeito de fatos e idéias, e isto é no que o marido está interessado.
Para a mulher, um verdadeiro diálogo significa falar a respeito de seus
sentimentos - os seus próprios sentimentos. Mas ainda mais importante,
sobre os sentimentos do marido os quais ela quer compreender, mas
que ele não sabe como explicar (Para Melhor Compreender-se no
Matrimônio, Editora Sinodal).
O que você pode fazer quando sente que o seu cônjuge não está
ouvindo?
Aqui estão quatro sugestões:
 Fale de sua necessidade de se comunicar.
 Não volte a mencionar conversas antigas.
 Comece no fato em si.
 Passe diretamente aos sentimentos e âmbito de convicção.
É difícil conversar honestamente em todos os campos, mas a dor e
o esforço valem a pena. Comunicação honesta é um alicerce essencial
de construção do matrimônio.
9. ALICERCE N.° 9 - Respeito afetuoso
Algumas vezes, os companheiros de matrimônio são como Dr.
Jekyll e Mr. Hyde. Em público, eles são atenciosos, dispostos a perdoar,
pacientes e dóceis. Mas uma vez que estão detrás das portas fechadas
de sua própria casa eles se tornam temperamentais, rudes e
imperdoáveis. Os seus cônjuges desejariam ser tratados da mesma
forma como eles tratam aos outros.
Em Efésios 4:31,32 o apóstolo Paulo escreveu: Livrem-se de toda
amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda
maldade.
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Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros,


perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.
Esta passagem certamente se aplica a esposos e esposas num
relacionamento conjugal.
Falando às esposas, Paulo disse: “a mulher trate o marido com
todo o respeito” (Efésios 5:33). Pedro disse às esposas para serem
submissas a seus maridos e inclusive que imitassem o comportamento
de Sara, a qual “obedecia a Abraão e chamava senhor” (1 Pedro 3:5-6) -
uma imagem de seu respeito por ele.
Pedro então falou aos maridos no versículo 7 e recomendou que
eles também respeitassem as suas esposas.
Ele deu três instruções:
1) Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas
mulheres.
Ele estava dizendo: “Busque conhecer bem a sua esposa para que
possa respeitar os seus sentimentos.” Este deveria ser o objetivo do
marido. Ele deveria saber o que lhe agrada e o que a conforta e também
o que a fere e a irrita. Esta compreensão especial pode então ser usada
para a sua edificação e não para a sua destruição.
2) ...e tratem-nas com honra, como parte mais frágil.
Se um homem vai carregar cinco recipientes e sabe que um deles
é mais frágil do que os outros, ele carregará o mais frágil com mais
cuidado. É assim que um marido deveria tratar a sua esposa. Ele
deveria dar-lhe honra especial e respeito.
Marido compre à sua esposa presentes, envie-lhe flores, lembre-se
de seu aniversário, leve-a a lugares especiais.
3) ...e co-herdeiras do dom da graça da vida.
Os dons da vida não devem ser só desfrutados pelos maridos.
Eles foram dados por Deus de forma igual para ambos e deveriam
ser compartilhados por ambos. Um homem deve respeitar a sua mulher
e não privá-la da alegria da vida que Deus criou também para ela.
10. ALICERCE N.° 10 – Companheirismo espiritual
Finalmente, e talvez o fator mais importante, um esposo e uma
esposa cristãos deveriam ver um ao outro como companheiros
espirituais.
Eles estão fazendo juntos uma caminhada espiritual através da
vida, seguindo de mãos dadas como filhos de Deus em direção à
maravilhosa eternidade com Ele, que os aguarda. Que diferença faz
num matrimônio quando neste há um esposo piedoso e uma esposa
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dedicada! Ninguém pode medir o quanto eles se ajudam


espiritualmente, ao caminharem juntos pela estrada da vida.
A dimensão espiritual estava incluída nas passagens a respeito do
matrimônio que vimos anteriormente. Falando aos esposos sobre as
suas mulheres, Paulo escreveu: Maridos, ame cada um a sua mulher, assim
como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela para santificá-la, tendo-a
purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e para apresentá-la a si mesmo
como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e
inculpável .
Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher
como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo
(Efésios 5:25-28).
No matrimônio deve haver uma dimensão de purificação.
Assim como a igreja é purificada por causa de Jesus Cristo, assim
a esposa deveria ser edificada por meio do relacionamento com o
marido.
E como se consegue isto?
Da mesma maneira como Cristo ajudou a igreja: Ele a amou e se
deu por ela. Amor e sacrifício - isto destaca um matrimônio e faz com
que seja possível um verdadeiro companheirismo espiritual.
Pedro também mencionou a dimensão espiritual em sua passagem
sobre o matrimônio.
Ele concluiu a mesma dizendo: “...de forma que não sejam
interrompidas as suas orações” (1 Pedro 3:7).
Quando o marido compreende a sua esposa, dando-lhe honra e
vendo-a como co-herdeira da mesma graça de vida, ele poderá orar
com poder.
Se não for assim, Pedro diz que as suas orações serão
interrompidas. Ele perderá a liberdade de uma oração sem obstáculos.
Aqui estão algumas qualidades que estarão presentes num
matrimônio, no qual o esposo e a esposa são companheiros espirituais:
 Eles adoram o mesmo Deus.
 Eles buscam saber a vontade de Deus, juntos.
 Eles servem a Deus em conjunto.
 Eles educam juntos os seus filhos.
 Eles oram um pelo outro.
 Eles se fortalecem um ao outro na fé.
 Eles aceitam a autoridade da palavra de Deus.
À medida que o marido e a esposa se aproximam cada vez mais
do Senhor por meio da oração, da leitura da Bíblia, da comunhão e da
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submissão a Cristo, eles também se aproximarão mais um do outro.


Este relacionamento pode ser representado por um triângulo.
Quanto mais o marido e a esposa crescem em seu relacionamento
com Deus, tanto mais estreito será o laço de seu matrimônio.
III - DANDO O PRIMEIRO PASSO
Para que um matrimônio funcione tal como Deus o idealizou,
ambos os cônjuges devem estar em ordem com Deus. Ele criou o
matrimônio porque viu que não era bom para o homem estar só.
Você tem um bom matrimônio? Se existem problemas, será que é
porque você deixou Deus atrás, tentando fazer com que funcione pelo
seu esforço próprio? Se for assim, deixe-me incentivá-lo a voltar ao seu
Criador e Salvador.
Admita que você piorou as coisas e que você não pode seguir sem
Ele. Deixe o seu orgulho e a sua teimosia.
Confesse o seu pecado. Peça-lhe que o ajude a incluir em seu
matrimônio os dez alicerces bíblicos de construção que mencionamos
neste estudo. E deixe que o seu cônjuge saiba o que você fez —
mesmo que isto signifique um quebrantamento de espírito para
recomeçar.
Se você não é um cristão, o primeiro passo é saber o que Cristo
fez por você. O ponto de partida para um matrimônio que funciona,
começa com o seu próprio relacionamento pessoal com Cristo. Para
conhecer o Seu perdão, você precisa estar de acordo com Ele quanto
ao seu pecado, admitir que não pode se salvar a si mesmo, e depois
crer que Cristo morreu no seu lugar levando a culpa pelo seu pecado e
que ressuscitou dos mortos para prová-lo. Leia a promessa maravilhosa
de João 3:16 e reclame-a para você.
Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito,
para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Quando você crer nele, terá dado o primeiro passo para encontrar
o tipo de relacionamento que buscava.

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