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5.

3) Solos não homogêneos / Solo de fundação estratificado


•Não é raro a camada de apoio da sapata ser resistente (areia
compacta),mas logo abaixo dela haver um solo com resistência bem
menor (argila mole).
•Uma solução prática aproximada para esse caso consiste em
determinar a capacidade de carga considerando apenas a camada
resistente (σr1) e comparar a parcela dessa tensão propagada até o topo
da segunda camada (∆σ) com a capacidade de carga de uma sapata
fictícia apoiada no topo da camada de solo menos resistente (σ r2).
• Para a propagação de tensões pode-se para um cálculo preliminar, admitir
que a propagação de tensões se dá de forma simplificada, mediante uma
inclinação (aproximadamente 27º coma vertical), conforme apresentado abaixo,
em que z é a distância da base da sapata ao topo da segunda camada.
Alguns autores utilizam a propagação mediante a inclinação de 30º.
Assim, se:

Então a capacidade de carga do sistema (σr) é a própria capacidade


de carga da camada mais resistente (σr1) -> σr=σr.1
Se a verificação não for satisfeita, basta reduzir o valor da capacidade de carga
σr1 de modo que o valor propagado ∆σ não ultrapasse σr2.
O fator de redução é dado pela relação entre σr2 e ∆σ.
Assim, se ∆σ>σr2 - > a capacidade de carga do sistema é dada por:
Em termos de capacidade de carga de sapatas isoladas,
e m g e r a l e s s a v e r i f i c a ç ã o é necessária somente quando o
bulbo de tensões atinge a segunda camada (z≤2B).
M a s a verificação de recalques é sempre imprescindível (Cap. 4).
Mediante a propagação 2:1 pode-se verificar que, à profundidade z
= 2 B , a b a i x o d e u m a sapata quadrada de lado B, que a parcela
propagada ∆σ da tensão σ aplicada pela base da sapata é dada por:

Segundo Simons & Menzies (1981), cálculos mais rigorosos,


pela Teoria da Elasticidade, para sapatas flexíveis dão os seguintes
valores de profundidade do bulbo de tensões, em função da forma da
sapata:

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