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As lesões musculares são a causa mais frequente de incapacidade física na prática

esportiva. Estima-se que 30 a 50% de todas as lesões associadas ao esporte são


causadas por lesões de tecido moles.
Apesar do tratamento não cirúrgico resultar em bom prognóstico na maioria dos
atletas com lesão muscular, as consequências da falha do tratamento podem ser
dramáticas, postergando o retorno à atividade física por semanas ou até mesmo
meses. O conhecimento de alguns princípios básicos da regeneração e dos
mecanismos de reparo do músculo esquelético pode ajudar a evitar perigos iminentes
e acelerar o retorno ao esporte.
O diagnóstico da lesão muscular inicia-se com uma história clínica detalhada do
trauma, seguida por um exame físico com a inspeção e palpação dos músculos
envolvidos, assim como os testes de função com e sem resistência externa.
O diagnóstico é fácil quando uma típica história de contusão muscular é acompanhada
por um evidente edema ou uma equimose distal à lesão.
O que distingue a cicatrização da lesão muscular da cicatrização óssea é que no
músculo ocorre um processo de reparo, enquanto que no tecido ósseo ocorre um
processo de regeneração.
A cicatrização do músculo esquelético segue uma ordem constante, sem alterações
importantes conforme a causa (contusão, estiramento ou laceração).
Um curto período de imobilização com enfaixamento adesivo firme ou similar é
recomendado. Este período de repouso permite que o tecido cicatricial conecte
novamente à falha muscular.
O paciente deve utilizar um par de muletas para as lesões musculares mais graves dos
membros inferiores, principalmente nos três a sete dias inicias.

1* Treinamento isométrico ou (estático) é a ação muscular durante a qual não ocorre


nenhuma alteração no comprimento total do músculo, ou seja, sem movimento visível
na articulação, pode ser iniciado sem o uso de pesos e posteriormente com o
acréscimo deles .Especial atenção deve ser tomada para garantir que todos os
exercícios isométricos sejam realizados sem dor.
2* Treinamento isotônico, contração muscular em que o tamanho do músculo muda e
a tensão se mantém, pode ser iniciado quando o treino isométrico for realizado sem
dor com cargas resistidas.
3* O exercício isocinético com carga mínima pode ser iniciado uma vez que os dois
exercícios anteriores sejam realizados sem dor.
*Lesões musculares crônicas (fibromialgia e dor miofascial)
Lesão crônica: Se os sintomas de uma lesão aguda se prolongarem por mais de 90 dias,
sem cura, já pode ser considerada uma lesão crônica, normalmente causada por
esforços repetitivos. Mas nem toda lesão crônica tem início em uma fase inflamatória,
por exemplo, as degenerativas. A característica mais marcante é a dor, que pode ser
percebida ao longo de um período sem que haja alívio, com isso restringe a realização
de atividades.
FIBROMIALGIA
A fibromialgia é uma síndrome comum, na qual a pessoa sente dores por todo o corpo
durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e
em outros tecidos moles. Junto com a dor, a fibromialgia também causa fadiga,
distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.

O médico especializado em investigar e tratar a fibromialgia é o reumatologista. A


maioria dos pacientes com fibromialgia vive com os sintomas durante anos até o
diagnóstico ser finalmente feito. Durante a investigação, esses pacientes costumam
passar por dezenas de exames e múltiplos especialistas. Alguns pacientes acabam
sentindo-se rejeitados pelos médicos, enquanto outros temem que uma doença fatal
oculta acabe por ser encontrada. O diagnóstico é feito através da avaliação clínica. Os
exames complementares servem para descartar outras doenças que possam simular os
mesmos sinais e sintomas, como hipotireoidismo, artrite reumatoide, lúpus
eritematoso sistêmico, polimialgia reumática e outras desordens inflamatórias ou
autoimunes. O principal sintoma da fibromialgia é uma dor difusa, podendo envolver
músculos, ligamentos e tendões. Muitas vezes, o paciente refere sensação de
articulações inchadas, o que na verdade é apenas uma sensação, já que o edema não é
comprovado ao exame físico. Não há sinais clínicos de artrite nas articulações
doloridas. O tratamento é dividido em várias direções. Uma delas é o controle da dor;
outra é otimização do sono. Exercícios regulares e alongamentos ajudam. Também é
importante uma reeducação alimentar, evitando álcool e cafeína. Não fumar também
ajuda. O profissional da educação física tem como papel, aplicar exercícios que não
lesione seu aluno, passando alongamentos e exercícios com pouca carga e mais
repetições. O principal é realizar alongamentos em todo o corpo.
DOR MIOFASCIAL
A dor miofascial é uma dor muscular que se manifesta quando um ponto específico do
corpo é pressionado. Este ponto específico é chamado de ponto gatilho que é um
pequeno nódulo nos músculos que, quando palpado pode-se sentir um ressalto.
Normalmente os pontos gatilho são formados por diversos fatores que incluem má
postura no trabalho, excesso de exercícios, movimentos repetitivos ou pancadas e
todos estes fatores devem ser levados em consideração. A dor miofascial tem cura e
apesar de ser mais comum nas costas, ombros e pescoços, ela também pode aparecer
em qualquer outra parte do corpo.
O diagnóstico precoce, seguido de tratamento especializado e multidisciplinar da
síndrome miofascial são os grandes diferenciais para se evitar a cronicidade e o
consequente pior prognóstico dessa dor. Uma das causas mais comuns de dor
musculoesquelética , consiste em uma disfunção neuromuscular local que se
caracteriza por apresentar áreas sensíveis em bandas musculares tensas ou
contraturadas que geram dor em regiões afastadas ou circunvizinhas. Esta dor
miofascial pode ser oriunda de um único músculo ou pode abranger diversos
músculos, levando a padrões distintos de dor.
O tratamento para dor miofascial pode ser feito com o uso de medicamentos para
alívio da dor e desconforto, alongamentos e técnicas de liberação miofascial que
podem ser realizadas na fisioterapia. Realizar exercícios que servem para estirar o
músculo e toda região afetada, durante 30 segundos à 1 minuto de cada vez.

LESÕES OSTEOARTICULARES
SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO- Formado por músculos, ossos, articulações e
estruturas como tendões e ligamentos que possibilitam o movimento do corpo e de
suas partes. Os músculos são formados por vasos sanguíneos e nervos e os ossos não
fogem à essa regra.
FECHADA- Lesão sem rompimento da pele, pode haver lesões importantes e
hemorragia interna sem sinais aparentes.
EXPOSTA- Lesão com rompimento da pele que pode ser causado pelo próprio osso ou
um objeto penetrante que danificou o osso e os tecidos.
SINAIS E SINTOMAS- Dor; edema e deformidade. Também perda da função ou
articulação, formigamento, perda de pulso distal, osso exposto. Toque
cuidadosamente notando qualquer massa anormal, edema, descoloração ou
extremidade dos ossos atravessando a pele.

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