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em seu coração...
em sua mente.”
- Desconhecido
Capítulo Um
Sofia
— Espere!
A agente puxou a faixa de nylon de um poste ao outro e o encaixou
no lugar, bloqueando a passagem do portão. Ela olhou para cima e
franziu a testa, vendo-me correr em sua direção, com minha mala de
rodinhas arrastando atrás de mim. Eu corri do Terminal A ao Terminal C
e agora parecia uma fumante de dois maços por dia.
— Desculpa, estou atrasada. Mas posso embarcar?
— A última chamada foi há dez minutos.
— Meu primeiro voo atrasou e tive que correr desde o terminal
internacional. Por favor, preciso estar em Nova York de manhã e este é o
último voo.
Ela não parecia compreensiva, e eu estava desesperada. — Escute,
— eu disse. — Meu namorado me largou no mês passado. Eu acabei de
voltar de Londres para começar um novo emprego amanhã de manhã -
trabalhando para meu pai, com quem não me dou bem. Ele acha que não
sou qualificada e provavelmente está certo, mas eu realmente precisava
sair de Londres. — Eu balancei minha cabeça. — Por favor, deixe-me
pegar esse voo. Não posso chegar atrasada no meu primeiro dia.
O rosto da mulher suavizou. — Eu fui promovida a gerente em
menos de dois anos trabalhando nesta companhia aérea, mas toda vez
que vejo meu pai, ele pergunta se já conheci um homem, não como vai
minha carreira. Deixe-me garantir que eles não fechem a porta do avião.
Eu dei um suspiro de alívio quando ela caminhou até a mesa e fez
uma ligação. Ela voltou e destrancou a barreira da faixa. — Dê-me o seu
cartão de embarque.
— Você é a melhor! Muito obrigada.
Ela digitalizou a passagem no meu telefone e devolveu-o com uma
piscadela. — Vá provar que seu pai está errado.
Corri pela passarela e entrei. Meu assento era o 3B, mas o
compartimento superior já estava cheio. A comissária de bordo se
aproximou, parecendo muito infeliz.
— Você sabe se há espaço em outro lugar? — Eu perguntei.
— Tudo está cheio agora. Vou ter que verificar isso.
Eu olhei em volta. Todos os passageiros sentados estavam me
olhando como se eu estivesse pessoalmente segurando o avião. Oh, Talvez
eu esteja. Suspirando, forcei um sorriso. — Isso seria bom. Obrigada.
A comissária de bordo pegou minha mala e eu olhei para o assento
do corredor vazio. Eu poderia jurar que havia reservado a
janela. Verificando duas vezes meu cartão de embarque e o número de
assentos no alto, me inclinei para falar com meu companheiro de
assento.
— Ummm... com licença. Eu acho que você está no meu lugar.
O homem que estava com o rosto enterrado no Wall Street
Journal baixou o jornal. Seus lábios se contraíram como se ele tivesse o
direito de ficar irritado quando estava sentado no meu lugar. Demorou
alguns segundos para os meus olhos analisarem o resto do rosto
dele. Mas quando o fiz, meu queixo caiu - e os lábios do ladrão de assento
se curvaram em um sorriso presunçoso.
Pisquei algumas vezes, esperando que talvez estivesse vendo uma
miragem.
Não.
Ainda estava lá.
Ugh.
Eu balancei a cabeça. — Você tem que estar brincando comigo.
— É bom vê-la, Fifi.
Não. Apenas não. As últimas semanas foram uma merda o
suficiente. Isso não podia estar acontecendo.
Weston Lockwood.
De todos os aviões, e todas as malditas pessoas do mundo, como
eu podia estar sentada ao lado dele? Isso tinha que ser algum tipo de
piada cruel.
Procurei um lugar vazio. Mas é claro que não havia. A comissária
de bordo que não ficou feliz em pegar minha mala surgiu ao meu lado,
parecendo ainda mais agitada agora.
— Existe algum problema? Estamos esperando que você se sente
para que possamos sair do portão.
— Sim. Eu não posso me sentar aqui. Existe outro assento em
algum lugar?
Ela plantou as mãos nos quadris. — É o único assento vago no
avião. Você realmente precisa se sentar agora, senhorita.
— Mas…
— Vou precisar chamar a segurança se você não se sentar.
Olhei para Weston e o imbecil teve a audácia de sorrir.
— Levante-se. — Eu olhei para ele. — Eu, pelo menos, quero o
assento na janela que me é devido.
Weston olhou para a comissária de bordo e deu um sorriso
megawatt. — Ela gosta de mim desde o ensino médio. Esta é a sua
maneira de mostrar isso. — Ele piscou quando se levantou e estendeu a
mão. — Por favor, sente-se.
Apertei os olhos com tanta força que meus olhos eram quase
fendas. — Apenas saia do meu caminho. — Tentei contorná-lo sem fazer
contato com seu corpo e deslizei no meu assento na janela. Então, enfiei
minha bolsa debaixo do assento a minha frente e afivelei o cinto.
A comissária de bordo imediatamente iniciou seus anúncios de
segurança de voo e o avião começou a se afastar do portão.
Meu companheiro de assento imbecil se inclinou para mim. — Você
está bem, Fifi. Quanto tempo já faz?
Suspirei. — Obviamente, não tempo suficiente, já que você está
sentado ao meu lado no momento.
Weston sorriu. — Ainda fingindo que você não está interessada,
hein?
Revirei os olhos. — Ainda iludido, eu vejo.
Infelizmente, enquanto revirava meus olhos, observei atentamente
o homem que passei a minha vida inteira desprezando. Parecia que o
idiota só ficava melhor. Weston Lockwood era um adolescente
gostoso. Isso era impossível de negar. Mas o homem sentado ao meu lado
era absolutamente lindo. Mandíbula máscula quadrada, nariz estilo
romano e grandes olhos azuis da cor de uma geleira do Alasca. Sua pele
tinha um bronzeado rústico, e o canto dos olhos tinha pequenas
rugas que – Deus sabe o porquê – eu achava sexy como o inferno. Seus
lábios carnudos estavam cercados pelo que parecia ser uma barba de
um dia, e seu cabelo escuro provavelmente poderia precisar de um
corte. Mas, em vez de parecer bagunçado, o estilo de Weston Lockwood
gritava foda-se o mundo corporativo de ternos elegantes e sob medida.
Basicamente, ele não era meu tipo habitual. No entanto, olhar para o
idiota me fez pensar no que havia me atraído para o meu tipo habitual,
para começar.
Pena que ele era um idiota. E um Lockwood. Embora essas duas
declarações fossem realmente redundantes, uma vez que ser um
Lockwood significava automaticamente ser um idiota.
Forcei meu olhar para o assento à minha frente, mas senti os olhos
de Weston no meu rosto. Eventualmente, tornou-se impossível ignorar,
então eu bufei e me virei para ele.
— Você vai me encarar o voo inteiro?
Os lábios dele se contraíram. — Eu poderia. Não é uma visão ruim.
Eu balancei minha cabeça. — Faça bom proveito. Tenho trabalho
a fazer. — Alcançando debaixo do assento à minha frente, peguei minha
bolsa. Meu plano era ler sobre o hotel The Countess durante o voo. Mas
rapidamente percebi que meu laptop não estava na minha bolsa. Eu o
enfiei no compartimento da frente da minha mala de mão, porque assumi
que a mala estaria no compartimento de bagagem. Ótimo. Agora meu
laptop foi despachado. Quais eram as chances de estar inteiro – se ainda
estivesse na minha mala quando a recuperasse? E o que diabos eu ia
fazer para me manter ocupada nesse voo? Sem mencionar, que a reunião
com os advogados do The Countess era amanhã de manhã e eu não
estava nem um pouco preparada. Agora eu teria que ficar acordada a
maior parte da noite estudando os materiais quando finalmente chegasse
ao hotel.
Impressionante.
Apenas incrível.
Em vez de surtar, o que seria o meu MO1 típico, decidi que eu
poderia muito bem tirar um sono muito necessário desde que não
conseguiria esta noite. Então fechei os olhos e tentei descansar quando
o avião decolou. Mas pensamentos do homem ao meu lado me impediram
de relaxar.
Deus, eu não gostava dele.
Minha família inteira odiava toda a família dele.
Desde que eu conseguia me lembrar, éramos os Hatfield e os
McCoys2. A briga de nossas famílias remonta aos nossos avós. Embora,
durante a maior parte da minha infância, também percorrêssemos os
mesmos círculos sociais. Weston e eu frequentamos as mesmas escolas
particulares, sempre nos víamos em arrecadação de fundos e eventos
sociais e até tínhamos amigos em comum. As casas de nossas famílias
no Upper West Side ficavam a poucas quadras uma da outra. Mas, assim
como nossos pais e avós, mantivemos a maior distância possível.
Bem, exceto por aquela vez.
Aquele gigantesco erro terrível de uma noite.
Na maior parte, fingi que nunca tinha acontecido.
Na maior parte...
1 Modus Operandi.
2 Hatfields e McCoys, duas famílias americanas de alpinistas Apalaches que, com
seus parentes e vizinhos, se envolveram em uma disputa lendária que atraiu a
atenção nacional nas décadas de 1880 e 1990 e levou a ações judiciais e policiais,
uma das quais apelou ao Supremo dos EUA.
Exceto de vez em quando...
De vez em quando muito raramente...
Quando eu pensava nisso.
Não era frequente.
Mas quando pensava...
Esqueça. Respirei profundamente, afastando essas memórias da
minha cabeça.
Essa era a última coisa absoluta em que eu deveria pensar agora.
Mas por que diabos ele estava sentado ao meu lado, afinal?
A última vez que ouvi falar, Weston morava em Las Vegas. Ele
administrava os hotéis da região sudoeste de sua família – não que eu
estivesse o monitorando, ou qualquer coisa.
Então, quais eram as chances de eu encontrar com ele a caminho
de Nova York? Eu não estive na costa leste há, pelo menos, seis anos. No
entanto, acabamos sentados um ao lado do outro, no mesmo voo, ao
mesmo tempo.
Ah não!
Merda.
Meus olhos se abriram.
Não pode ser.
Por favor, senhor. Por favor, não deixe isso acontecer.
Eu me virei para Weston. — Espere um minuto. Por que você está
indo para Nova York?
Ele sorriu. — Adivinhe.
Ainda sem querer acreditar, mantive a esperança.
— Para... visitar a família?
Ele balançou a cabeça, mantendo seu sorriso arrogante.
— Passeios turísticos?
— Não.
Fechei os olhos e meus ombros cederam. — Sua família te enviou
para administrar The Countess, não é?
Weston esperou até eu abrir meus olhos antes de dar o golpe. —
Parece que vamos nos ver mais do que apenas neste voo rápido.
Capítulo Dois
Sofia
Sophia
Eu estraguei tudo.
E eu precisava consertar isso. Rápido.
Antes que alguém descobrisse, e antes de colocar o que vim fazer
aqui, em qualquer tipo de risco.
Weston entrou na sala de conferências na manhã seguinte às oito
e quarenta e cinco. Nossa reunião deveria começar às nove horas. Ele
sorriu como um gato de Cheshire ao me encontrar já lá dentro.
— Bom dia, — disse ele. — Lindo dia hoje.
Eu respirei fundo. — Sente-se.
Ele apontou para a porta. — Devo trancar? Ou você quer manter
as coisas um pouco arriscadas com a chance de ser pega? Aposto que
você gostaria disso, não é? Alguém entrando enquanto sua saia está
levantada e meu...
Eu o cortei. — Cale a boca e sente-se, Lockwood!
Ele sorriu. — Sim, senhora.
O idiota achou que estávamos interpretando. Mas eu estava tudo,
menos brincando. Para mim, meu trabalho estava em risco. Esperei até
ele se sentar e depois me sentei em frente a ele no lado oposto da mesa
de conferência.
Unindo as mãos, eu disse: — A noite passada nunca aconteceu.
Um sorriso presunçoso se espalhou por seu rosto irritantemente
bonito. — Oh, mas aconteceu.
— Deixe-me reformular. Vamos fingir que nada aconteceu.
— Por que eu faria isso quando posso fechar meus olhos a qualquer
hora e reviver o momento? — Ele se recostou na cadeira e fechou os
olhos. — Oh sim, isto é algo que pretendo reviver uma e outra vez. Aquele
som que você fez quando gozou por todo o meu pau? Eu não poderia
esquecer se tentasse.
— Lockwood! — Eu lati.
Seus olhos abriram, brilhando.
Levantei da minha cadeira e me inclinei sobre a mesa. Era uma
mesa grande, então não consegui alcançá-lo exatamente, mas tornou
mais fácil mantê-lo focado.
— Me escute. A noite passada foi um erro – um do tamanho do
Texas. Isso nunca deveria ter acontecido. Além do quanto eu não gosto
de você, e do quanto minha família e sua família se detestam, estou aqui
para fazer um trabalho. E meu trabalho é muito importante para
mim. Então, não posso tê-lo por aí, fazendo comentários inapropriados
para a equipe ouvir.
Weston não quebrou o contato visual, mas pude ver as rodas em
sua cabeça dura girando. Ele esfregou o polegar no lábio e recostou-se
na cadeira. — OK. Podemos fingir que a noite passada nunca aconteceu.
Eu estreitei os olhos. Isso foi fácil demais. — Qual é o problema?
— Por que você acha que há um problema?
— Porque você é um Lockwood e um idiota narcisista que acha que
mulheres são brinquedos colocados nesta terra para você brincar. Então,
qual é o problema?
Ele ajustou o nó da gravata. — Eu tenho três condições.
Eu balancei minha cabeça. — Claro que você tem.
Ele levantou o indicador. — Número um. Quero que você me chame
de Weston, não Lockwood.
— O que? Isso é ridículo. Por que importa como diabos eu te
chamo?
— É o como todo mundo chama meu pai.
— E daí?
— Se você preferir, pode me chamar de Sr. Lockwood. Eu realmente
gosto muito de ouvi-la me chamar assim. — Ele balançou a cabeça. —
Mas não Lockwood. É confuso para a equipe.
Eu acho que ele meio que tinha razão. Embora tivesse que haver
mais do que isso. Weston não estaria disposto a desperdiçar um dos seus
três desejos esfregando a lâmpada para apaziguar os funcionários, com
certeza. Mas eu poderia viver com esse pedido.
— Ok. O que mais?
Weston levantou uma mão e a envolveu em volta da orelha. — O
que mais, o quê?
Eu balancei minha cabeça. — Você disse que tinha três condições.
Quais são as outras duas?
Ele me chocou. — Você está esquecendo alguma coisa no final da
sua frase. Você disse: 'Ok. O que mais?' Mas o que você deveria ter dito
era: 'Ok, o que mais, Weston ?'
Ugh. Parecia uma coisa tão fácil de fazer. Não era como se eu
sempre o chamasse de Lockwood; às vezes usava babaca. Portanto,
deveria ser fácil o suficiente. Inferno, eu deveria ser capaz de chamar o
imbecil de Sua Alteza e não vacilar, mas chamá-lo de Weston agora,
depois que ele me ‘disse para’ parecia obedecê-lo.
— Tudo bem, — eu cerrei entre os dentes.
Mais uma vez ele colocou a mão na orelha. — Tudo bem... o quê?
— Tudo bem, Weston, — eu disse com meu queixo cerrado.
Ele deu um sorriso exultante. — É isso aí. Bom trabalho, Fifi.
Eu apertei os olhos. — Eu tenho que te chamar de Weston, e você
vai continuar me chamando de Fifi?
Ignorando-me, ele cruzou as mãos sobre a mesa. — Número dois.
Você vai usar o cabelo preso pelo menos duas vezes por semana.
— O quê??? — Eu escorreguei. — Você é Insano. — Então me
lembrei da noite passada quando ele tentou me fazer concordar com uma
aposta em que eu usaria meu cabelo preso se ele me desse dois orgasmos.
Eu o expulsei depois de um, no entanto. — Por que você se importa como
uso meu cabelo?
Ele arrumou alguns arquivos empilhados na mesa à sua frente. —
Temos um acordo sobre o número dois ou não?
Eu pensei sobre isso. Honestamente, eu me importaria se ele
tivesse alguma razão nefasta para querer que o chamasse de Weston e
usasse meu cabelo preso? Isso não me mataria, e ele certamente poderia
pedir muito pior. — Qual é a número três?
— Você jantará comigo uma vez por semana.
Meu rosto inteiro se contraiu com desdém. — Eu não vou sair com
você!
— Pense nisso como uma reunião de negócios. Estamos
administrando um hotel juntos. Tenho certeza de que haverá muitas
coisas que precisamos discutir.
Ele tinha razão, mas o pensamento de me sentar em frente a ele e
compartilhar uma refeição realmente me fez sentir inquieta.
— Almoço, — eu disse.
Ele balançou sua cabeça. — Minhas condições não são
negociáveis. É pegar ou largar.
Eu rosnei. — Se eu concordar com suas condições ridículas, você
deve honrar o acordo. Você não mencionará o que aconteceu ontem
à noite - nem a um de seus amigos estúpidos, nem a um membro da
equipe, certamente a ninguém de sua família desagradável. Meu lapso
momentâneo de sanidade ficará para sempre trancado em seu cérebro de
pássaro, para nunca mais ser mencionado.
Weston estendeu a mão. Hesitei por muitos motivos. Embora, no
final, tivesse que trabalhar com ele por um tempo, e foi minha ideia deixar
tudo para trás para que pudéssemos avançar como profissionais. E os
profissionais apertavam as mãos. Então, embora todos os ossos do meu
corpo me dissessem para evitá-lo a todo custo, coloquei minha mão na
dele.
Como em um romance clichê, o choque que percorreu meu corpo
fez todos os cabelos do meu braço saltarem em atenção. E para minha
sorte, o idiota percebeu.
Ele olhou os arrepios formigando na minha pele e sorriu. — Jantar
às sete amanhã à noite. Vou deixá-la saber onde.
Felizmente, nosso compromisso das nove horas chegou e pôs fim à
nossa discussão particular. O gerente geral do hotel abriu a porta. Ele
caminhou para o meu lado da mesa primeiro. — Eu sou Louis Canter.
— Sophia Sterling. É um prazer conhecê-lo.
Louis então alcançou Weston, e os dois homens se
cumprimentaram enquanto Weston se apresentava.
— Obrigada por vir, — eu disse. — Eu sei que você geralmente
trabalha das onze às sete, então aprecio ter chegado mais cedo, para que
possamos passar um pouco de tempo antes do seu dia agitado começar.
— Sem problemas.
— Eu li que você é o funcionário mais antigo do The Countess. Isso
está certo?
Ele assentiu. — Está. Comecei aos quinze anos, fazendo alguns
trabalhos para a Sra. Copeland e seus dois avós. Tenho certeza de que
ocupei quase todas as posições que existem aqui ao longo dos anos.
Eu sorri e acenei para a cadeira na cabeceira da mesa, aquela entre
Weston e eu. — Isso é incrível. Temos muita sorte de ter alguém com
tanto conhecimento e experiência. Por favor, sente-se. Só queríamos
discutir a transição e ouvir quaisquer preocupações que você possa ter.
— Na realidade. — Weston ficou de pé. — Algo aconteceu e eu
preciso sair. Provavelmente não voltarei até esta noite.
Eu pisquei algumas vezes. — Do que você está falando? Quando
surgiu alguma coisa?
Weston falou com o gerente geral. — Peço desculpas,
Louis. Encontro você amanhã. Estou confiante de que você e a Sra.
Sterling poderão lidar com qualquer coisa que precise ser tratada por
enquanto. Sophia pode me dizer amanhã à noite o que eu perdi.
Sério? Hoje tínhamos meia dúzia de reuniões agendadas com os
principais funcionários, cujo objetivo era garantir às pessoas que seus
empregos estavam seguros e que tudo continuaria a funcionar sem
problemas. Todos sabiam que os Sterlings e os Lockwood se
desprezavam, o que os deixava mais nervosos. E ele decide abandonar as
reuniões? Que tipo de mensagem isso enviaria? Um dos novos
proprietários nem sequer tem tempo para você?
— Umm... — Eu me levantei. — Posso falar com você um momento
antes de você ir, Lockwoo... Weston?
Ele piscou um sorriso agradecido.
Eu balancei a cabeça em direção à porta da sala de conferências. —
No corredor. — Voltei-me para Louis. — Desculpe-me por apenas um
minuto, por favor.
— Não tenha pressa.
Quando estávamos no corredor, olhei em volta para garantir que
não houvesse funcionários nas proximidades. Plantando as mãos nos
quadris, tentei manter a voz baixa. — Que diabos? Temos um dia inteiro
de reuniões. O que há de tão importante para você abandonar tudo?
Como ele fez na noite passada, Weston enrolou uma mecha do meu
cabelo em volta do dedo e deu um puxão firme. — Você pode lidar com
isso, Fifi. Você é agradável com as pessoas. Tenho certeza de que você
fará toda a equipe sentir que o velho morcego chutar o balde foi uma
coisa boa quando terminar.
Afastei a mão dele do meu cabelo. — Eu não sou sua secretária. O
que você perder é problema seu. Não espere que eu te diga.
Em resposta, o idiota piscou. Eu odiava pisca-piscas. — Tenha um
bom dia, linda.
— Não me chame assim!
E assim, Weston Lockwood se afastou. O homem me deixou
furiosa. Boa viagem ao idiota. Eu definitivamente não precisava dele nas
reuniões.
Eu definitivamente era melhor sem ele.
De fato, pensando bem, o único lugar em que o idiota era útil era
no quarto.
E eu não cometeria esse erro novamente.
Isso era uma certeza.
***
Voltei a me encontrar com Louis.
— Então, como você sabe, o hotel agora é de propriedade das
famílias Sterling e Lockwood, — eu disse. — Cada família possui uma
participação de quarenta e nove por cento e dois por cento pertence a
uma instituição de caridade local que a Sra. Copeland apoiava aqui na
cidade.
Louis sorriu com carinho. — Easy Feet.
Eu assenti. — Isso mesmo.
A instituição de caridade para quem Grace havia deixado uma
participação de dois por cento era interessante – administrada por um
homem com um orçamento anual de menos de cinquenta mil dólares. A
participação de dois por cento no The Countess valia provavelmente cem
vezes esse orçamento anual. Não é de admirar que o cara estivesse tão
ansioso para vender sua participação para um de nós.
— A Srta. Copeland tinha uma razão pessoal para uma doação tão
grande a essa instituição de caridade? Não que não seja uma grande
organização, mas é bastante específica.
Louis recostou-se na cadeira e assentiu. Seus olhos estavam
quentes enquanto ele falava. — Leo Farley. Ele trabalha na limpeza.
O nome não lembrou nada. — Um funcionário a interessou na
caridade?
— Cerca de seis anos atrás, Leo era um sem-teto. Longa história,
mas ele teve um ano difícil. Perdeu o emprego, a esposa morreu, foi
despejado de seu apartamento, a filha cometeu suicídio, tudo dentro de
alguns meses. Algumas vezes, ele dormia no beco ao virar da esquina, ao
lado da entrada de serviço do hotel. Copeland fazia dois passeios por dia,
como um relógio às dez da manhã e três da tarde, apenas a alguns
quarteirões de cada vez. Uma tarde, ela encontrou Otto Potter do lado de
fora e ele estava tratando os pés de Leo.
— Otto Potter é o cara que comanda o Easy Feet?
Louis assentiu. — Exato. Ele é um podólogo aposentado. Muitas
pessoas sem-teto têm problemas com os pés – diabetes não tratado,
andando sem usar sapatos, infecções – todo tipo de problema. Ele
começou o Easy Feet para ajudar as pessoas aqui na cidade que não
andavam pela Easy Street. Ele e alguns outros voluntários andam por aí
tratando caras como Leo, na rua.
— Mas Leo trabalha aqui agora?
— A Srta. Copeland gostou dele. Uma vez que seus pés
melhoraram, Leo começou a andar com ela. Eventualmente, ela lhe
ofereceu um emprego. Ele já foi funcionário do mês mais vezes do que
qualquer outro funcionário. Trabalha duro.
— Uau. Essa é uma ótima história.
Louis sorriu com orgulho. — Tenho muitas delas quando se trata
da Srta. Copeland. Ela era uma pessoa muito boa. Muito leal.
Considerando o que ela deixou para os dois homens que uma vez
a amaram, eu diria que isso era um eufemismo. Era uma boa notícia para
mim, porque empregadores leais geralmente significavam empregados
leais, e eu esperava uma passagem tranquila enquanto estivesse aqui
supervisionando o hotel e protegendo o interesse da minha família.
Dirigindo nossa conversa de volta à razão da nossa reunião,
levantei uma caneta sobre o caderno que havia trazido. — Então, conte-
me sobre as operações no The Countess. Está tudo funcionando sem
problemas? Você gostaria de me apontar algum problema ou
preocupação enquanto me familiarizo com o andamento das coisas?
Louis apontou para o meu bloco. — Ainda bem que você trouxe
esse caderno.
Oh-oh.
— Primeiro, há a greve iminente.
— Greve?
— A Srta. Copeland era generosa e leal, mas também mantinha as
rédeas muito curtas quando se tratava de gerenciar as coisas. Eu sou o
gerente do hotel. Eu supervisiono todas as operações do dia-a-dia, mas
ela cuidava pessoalmente do aspecto comercial das coisas. Ela ficou
doente por um longo tempo e algumas das coisas que precisavam ser
tratadas não foram tratadas.
Suspirei e escrevi: Greve. — Ok, diga-me todos os detalhes que você
sabe sobre os problemas sindicais.
Quarenta minutos depois, eu tinha seis páginas de anotações sobre
o primeiro problema.
— Algo mais? — Por favor, diga não.
Louis fez uma careta. — Eu diria que o próximo maior problema
são os casamentos com reserva dupla.
Minhas sobrancelhas se ergueram. — Casamentos reservados
duas vezes?
Ele assentiu. — Tenho certeza que você sabe, The Countess é um
dos locais mais procurados para eventos.
— Sim claro.
— Bem, nós temos dois salões. O Grande Palácio e o Salão Imperial.
Eles reservam com até três anos de antecedência.
— OK…
— Cerca de dois anos atrás, começamos a fazer reservas para o
Terraço. É uma réplica exata do Salão Imperial, mas também com um
terraço privativo na cobertura.
— Eu não sabia que havia um terraço na cobertura.
Ele balançou sua cabeça. — Não tem. Isso é parte do problema. A
construção mal começou lá em cima, ou no novo espaço principal do
salão. E os casamentos que reservamos há dois anos estão se
aproximando rapidamente. Os clientes reservaram esperando ter uma
hora ou serviço de coquetel ao ar livre. Teremos o primeiro em apenas
três meses. Como você pode imaginar, o hotel serve algumas famílias
muito influentes. O primeiro evento é para a sobrinha do prefeito.
Meus olhos se arregalaram. Merda.
As coisas continuaram a piorar a partir daí. Embora, do ponto de
vista do visitante, o grande hotel parecesse em boa forma, tinha uma
longa lista dos principais problemas que vinham sendo construídos por
um longo período. E agora esses problemas eram meus problemas. Nas
próximas três horas e meia, Louis descarregou problema após
problema. Tínhamos tanto a discutir que tive que remarcar os outros
compromissos que havia marcado com os gerentes seniores esta manhã.
Quando terminamos a reunião, minha cabeça estava girando.
Eu estava na porta da sala de conferências. — Muito obrigada por
me informar sobre tudo hoje.
Ele sorriu. — Acho que é bom que vocês sejam dois. Há muito
trabalho a fazer.
Weston Lockwood era a última coisa em minha mente, e Louis viu
a confusão no meu rosto.
— Eu estou me referindo ao Sr. Lockwood, — disse ele, — o que
significa que deve ser bom ter alguém nas trincheiras com você para lidar
com tudo isso.
Eu sorri em vez de dizer a ele que fazer com que os Sterlings e
Lockwoods concordassem em algo poderia ser o principal problema para
este hotel.
— Sim. — Eu fingi o melhor sorriso que pude dar. — É bom ter
alguém com quem eu possa contar. — Para desaparecer, como ele fez
hoje.
— Deixe-me saber se posso ajudar.
— Obrigada, Louis.
Depois que ele saiu da sala de conferências, eu me sentei em uma
cadeira, tentando organizar meus pensamentos. Eu acreditava que viria
a Nova York para tomar conta de um hotel enquanto minha família
trabalhava na compra das ações do proprietário minoritário.
Aparentemente, eu tinha muito trabalho pela frente. Enquanto eu me
sentia um pouco chocada, meu celular começou a zumbir na mesa.
Peguei e suspirei audivelmente.
Havia apenas um homem com quem queria evitar discutir tudo o
que acabara de descobrir, além de Weston Lockwood. Então,
naturalmente, ele tinha que ligar neste exato momento. Respirando
fundo, imaginei que era melhor acabar logo com isso. Então atendi.
— Oi pai…
Capítulo Quatro
Sophia
Weston
— Então o que está acontecendo com você? Fico feliz que você não
cancelou nossa sessão novamente esta semana. — A Dra. Halpern
cruzou as pernas e colocou o bloco de notas na mesa ao lado dela.
Pode ter sido a primeira vez que não tive que esconder meu olhar
para suas panturrilhas bem torneadas. E isso não foi porque ela decidiu
usar calças para variar. Ela tinha as mesmas hastes longas em exibição
como normalmente.
Deitei-me no proverbial sofá do paciente, como sempre fazia,
mesmo que ela me dissesse que não era necessário e a maioria dos
pacientes sentasse. Aparentemente, o psiquiatra sentado em uma
cadeira em frente ao maluco enquanto ele derramava suas entranhas era
mais para os filmes do que para a vida real. Embora, se eu tivesse que
vir aqui, imaginei que poderia descansar um pouco.
— Eu já te contei sobre o tempo que eu tive crupe7? — Eu perguntei
a ela. — Eu provavelmente tinha quatro anos e Caroline tinha seis ou
mais.
— Eu acho que você não mencionou, não.
— Minha mãe me deu o último sorvete e minha irmã não ficou feliz
com isso. Mamãe instalou um vaporizador no meu quarto. Então,
Sophia
Sophia
8 Contadores.
Sam Bolton fazia obras em Nova York para minha família desde
que eu era criança – embora eu não soubesse que a Bolton Contracting
agora era Bolton e Son, Travis, o filho de Sam, apresentou-se e apertou
minha mão. Ele era bonito, de um jeito mais arrumado, do que
um contratante que usa um martelo, mas definitivamente bonito.
— É um prazer conhecê-la, — disse ele. — Eu não sabia que
William tinha uma filha.
Travis não foi maldoso com seu comentário, mas acertou em cheio.
— Isso é porque ele ainda espera que eu recupere o juízo e coloque
um avental e fique em casa, preparando-me para a chegada do meu
marido do trabalho, como uma mulher deveria.
Travis sorriu. — Espero que você não se importe que eu diga isso,
mas trabalhei com Spencer, seu irmão, e acredito que eles fazem aventais
para o tamanho dele também.
Eu já gostei de Travis. — Meio-irmão, e tenho certeza que ele
queimaria qualquer coisa que tentasse cozinhar.
Se não estava enganada, achei ter percebido aquele brilho nos
olhos de Travis. Você sabe, aquele pequeno brilho quando alguém está
interessado em mais do que apenas seus negócios. Embora ele fosse um
cavalheiro perfeito e não fizesse nada inapropriado, eu lhe mostrei o
espaço da construção. Travis chegara cedo, alguns minutos depois, seu
pai chegou. Também convidei Len, o chefe de manutenção do hotel, para
se juntar a nós, e ele liderou o tour do que havia sido feito e do que ainda
precisava ser concluído.
— O que aconteceu com o contratante original? — Travis
perguntou.
— Aparentemente, surgiram vários problemas de inspeção, — disse
Len. — A Srta. Copeland estava insatisfeita com os frequentes atrasos,
então demitiu o empreiteiro com a intenção de trazer um novo. A certa
altura, ela me disse que fez um depósito para um novo contratado, mas
nada foi iniciado.
Ótimo. Nota para mim mesma. Adicionar descobrir se um contratado
foi pago para começar a trabalhar e não compareceu à minha lista de
tarefas.
— Tudo praticamente parou quatorze meses atrás, quando a saúde
da Srta. Copeland mudou.
— E para quando você precisa de tudo isso feito? — Sam Bolton
perguntou.
— Três meses, — eu disse.
As sobrancelhas de Travis saltaram enquanto seu pai respirou
fundo e balançou a cabeça. — Teríamos que ter equipes aqui o tempo
todo. Isso significa pagar o diferencial noturno, dois capatazes
trabalhando horas extras em turnos de doze horas e todos os tipos de
benefícios extras que o sindicato exigiria.
— Mas é possível fazê-lo? — Eu perguntei. — Temos eventos
agendados a partir de três meses e realmente não queremos cancelá-los.
Sam olhou em volta, coçando o queixo. — É possível. Não vou
mentir, não gosto de trabalhar assim. Não vou cortar custos para fazer
as coisas. Muitas vezes estou à mercê de subempreiteiros, então sempre
há uma chance de algo dar errado também. — Ele assentiu. — Mas sim,
com esses extras, acho que poderíamos terminar em três meses.
Precisávamos ir direto ao departamento de construção e ver quais foram
os problemas nas últimas inspeções e também levar as plantas conosco
hoje. Mas podemos tentar.
— Quão rápido você poderia me dar uma estimativa?
— Alguns dias.
Suspirei. — OK. Bem, vamos fazer isso.
Weston apareceu assim que estávamos terminando – mais do que
um pouco tarde. No entanto, mantive a paz e até consegui sorrir
enquanto fazia as apresentações. Ele e Sam começaram uma discussão
sobre pessoas que eles conheciam e empregos com os quais estavam
familiarizados. Eu disse a Len da manutenção que ele poderia ir, e isso
deixou Travis e eu conversando.
— Ouço um sotaque britânico? — ele perguntou.
Não achei que tivesse um. Mas ele não era a primeira pessoa a me
perguntar isso. Eu só morei em Londres por seis anos.
— Você é muito perspicaz. — Eu sorri. — Nasci e cresci em Nova
York, mas passei os últimos anos morando em Londres. Aparentemente,
peguei algumas coisas enquanto estava lá.
— O que te levou a Londres?
— Trabalho. Temos hotéis lá, e eu e meu pai nos damos melhor
quando estamos em diferentes continentes.
Ele sorriu. — O que te fez voltar?
— Esse hotel. Além disso, era o momento certo. Eu estava pronta
para uma mudança.
Travis assentiu. — E não uma que envolva um avental em volta da
sua cintura, acredito?
Eu ri. — Definitivamente não.
Pelo canto do olho, peguei Weston olhando para mim e Travis. Era
a segunda ou terceira vez em cinco minutos. Ele estava definitivamente
monitorando nossa discussão.
Depois que os Bolton foram embora, Weston balançou a cabeça. —
Esses dois definitivamente não são adequados para este trabalho.
— O quê? Do que você está falando? Eles disseram que podem nos
fazer uma estimativa em alguns dias e atender ao nosso cronograma
louco. Minha família trabalhou com eles várias vezes ao longo dos
anos. Eles são absolutamente confiáveis. O que mais poderíamos esperar
neste momento?
— Eu simplesmente não recebi a vibração certa deles.
— A vibração certa? Que vibração você recebeu?
— Eu não sei. Apenas uma não confiável, eu acho.
— Isso é insano!
— Eles podem enviar uma oferta no trabalho. Mas eu não contaria
com meu voto para lhes dar o trabalho.
Minhas mãos voam para os meus quadris. — E quem, exatamente,
você acha que é certo para este trabalho? Deixe-me adivinhar, um
dos seus.
Weston deu de ombros. — Não posso evitar se temos melhores
empreiteiros.
— Melhores? Como diabos você sabe que alguém é melhor que
alguém neste momento?
— Talvez se você prestasse um pouco mais de atenção ao que
estava acontecendo ao seu redor, em vez de flertar com o filho do
contratado, estaria na mesma mentalidade que eu.
Meus olhos se arregalaram. — Você deve estar brincando!
Ele encolheu os ombros. — A luxúria cega.
— Obviamente! Por que mais eu teria dormido com você!
Os olhos de Weston escureceram, suas pupilas bloqueando a maior
parte da suave cor azul de suas íris. Eu podia sentir meu rosto esquentar
de raiva, e... Oh meu Deus, minha maldita barriga deu um pulo.
Meu corpo é louco?
Tinha que ser. Um brilho de suor frio estourou na minha testa, e
meu corpo começou a iluminar-se como uma árvore de Natal.
Que diabos?
Sério?
Não. Apenas não.
Enquanto minha cabeça girava com a resposta louca do meu corpo,
os olhos de Weston caíram no meu peito. Fiquei mortificada por
encontrar meus mamilos duros. Os traidores estavam em plena atenção,
saudando esse idiota através da minha blusa. Cruzei os braços sobre o
peito, mas já era tarde demais. Meus olhos se levantaram para encontrar
um sorriso gigante e malicioso no rosto de Weston.
Respirando fundo, fechei os olhos e contei até dez. Quando os abri,
Weston ainda estava com um sorriso presunçoso, mas suas sobrancelhas
estavam juntas e sua testa estava enrugada.
— Se você esperava que eu desaparecesse, lamento desapontá-la,
— disse ele.
Eu sei que não tenho tanta sorte estava na ponta da minha
língua. Mas, em vez disso, forcei um sorriso brilhante.
Bem, eu queria brilhante, mas a expressão no rosto de Weston me
disse que saiu mais um Coringa maníaco do que qualquer coisa. No
entanto, segui com ele.
Falando entre dentes, eu disse: — Por que esperaria que você
desaparecesse? Você é tão útil. Estou ansiosa para me encontrar com seu
empreiteiro.
Como não tinha certeza do quanto poderia aguentar sem surtar,
dei meia volta e caminhei em direção à porta. Sem olhar para trás, eu
disse: — Tenha uma boa tarde, Weston.
Ele gritou atrás de mim. — E não se esqueça do jantar hoje à noite,
Fifi.
Capítulo Oito
Sophia
Sophia
Weston
Sophia
Weston
Sophia
Sophia
Sophia
Weston
Sophia
Weston
9 A ocorrência de dedos levantados para cima. Uma junção de " dedo do pé" e
"poliomielite”.
10 Como no caso de tolio é a junção da palavra joelho e sarampo.
Capítulo Dezenove
Sophia
Sophia
Weston
Sophia
Sophia
Sophia
Weston
Sophia
Weston
Sophia
Weston
18 meses depois
— Entre!
A porta do meu escritório se abriu e um rosto que eu não esperava
ver sorriu para mim.
Louis Canter olhou ao redor da sala. — Bem, olhe para você vida
dura.
Meus móveis de escritório consistiam em uma mesa dobrável,
cadeira de metal e três caixotes de leite que eu usara como arquivos
improvisados. Uma lâmpada solitária pendia do alto de uma longa
extensão laranja. Tornar meu escritório apresentável não estava no topo
da minha lista de tarefas.
Levantei-me e andei em volta da minha mesa para cumprimentá-
lo. Apertando sua mão, eu brinquei: — O que você está fazendo na favela
hoje? Você sabe que a única vista do parque que temos neste hotel é o do
outro lado da rua, onde as negociações de crack acontecem.
Ele riu. — A reforma no lobby parece boa. Isso me lembra muito
dos primeiros dias quando comecei no Countess.
— De alguma forma, não acho que Grace teve que pagar para
pararem de urinar na entrada.
— Talvez não. Mas a energia parece a mesma. Há um burburinho
quando você passa pela porta da frente, empreiteiros tentando finalizar
as últimas coisas, novos funcionários correndo para deixar tudo em
perfeitas condições para quando os primeiros hospedes chegarem. Parece
que algo especial está prestes a acontecer.
Eu sorri. Eu achei que era apenas eu quem sentia isso. Seis
semanas depois que a família Sterling assumiu o cargo no Countess, eu
estava a caminho de visitar o Sr. Thorne quando notei uma placa
de vende-se na janela de um hotel fechado por tábuas. O agente
imobiliário estava lá dentro, então eu parei. Enquanto ela falava no
celular, eu olhei em volta. O local era um desastre de teias de aranha e
negligência. Mas a placa sobre o que havia sido a recepção do saguão
chamou minha atenção. Hotel Caroline. Naquele momento, eu sabia que
minha vida estava prestes a mudar.
O prédio estivera fechado por cinco anos. Mais tarde, descobri que
o hotel havia fechado uma semana depois da morte da minha irmã. Eu
nunca acreditei muito no destino, mas eu gostava de pensar que minha
irmã estava olhando para mim naquele dia, dando-me um sinal de que
era hora de reunir minhas coisas e cultivar alguma coragem. Este não
era o melhor bairro no momento, mas estava em crescimento, o que eu
poderia pagar, e eu tinha fé na área. Mais importante, eu tinha fé em mim
mesmo. Finalmente.
Um mês depois de entrar no Hotel Caroline, um dia que por acaso
era meu trigésimo aniversário, entreguei um cheque de quase cinco
milhões de dólares em troca da escritura da bagunça que era o hotel. Foi
a primeira vez que toquei em um centavo do fundo fiduciário que meu
avô havia criado como compensação por ser um corpo de peças de
reposição para minha irmã.
Como cortesia, naquela tarde liguei para meu avô e pai para dizer
que estava por conta própria. Nenhum deles havia superado o que eu
havia feito com o Countess. Mas deixá-los saber era a coisa certa a fazer.
Nenhum deles me desejou sorte. Eles também não tentaram me
dizer que estava cometendo um erro. Honestamente, eles não deram a
mínima. Sem mencionar, nem lembraram que era meu aniversário. Boa
viagem. Não deixe a porta bater na sua bunda quando sair.
Mais tarde naquela noite, fui ver Sophia e comemorei a liberdade
de estar exatamente do jeito que eu queria, um bom combate com a
minha garota. Ela ficou um pouco chateada por eu não ter mencionado
nenhum dos meus planos para ela até depois que fosse tarde demais. Eu
tinha comprado um hotel degradado e basicamente me excomungara da
minha família sem dizer uma palavra.
Até hoje, não sei exatamente por que fiz isso. Talvez eu estivesse
com medo de que ela tentasse me convencer do contrário, ou talvez fosse
apenas algo que eu precisava fazer sozinho. De qualquer maneira, ela não
ficou feliz por ser mantida no escuro. Embora ela tivesse me perdoado
quando lhe dei três orgasmos e a desamarrei.
— Então, o que te traz aqui, Louis? — Eu perguntei. — Tudo ainda
está marcado para hoje à noite no Countess?
— Tudo está perfeito. A equipe de manutenção começou a montar
as coisas no minuto em que Sophia partiu para o aeroporto ontem. Tudo
estará pronto quando você chegar hoje à noite.
— Ótimo. Obrigado.
Louis tinha um pequeno saco de papel marrom na mão. Ele
estendeu para mim. — Achei que você poderia gostar disso. Encontrei-o
em uma das caixas que retiramos do armazenamento.
Minhas sobrancelhas se uniram. — O que é isso?
— Um presente de Natal que dei à Grace em 1961. Eu tinha
esquecido sobre isso. Mas dê uma olhada. Eu achei que poderia ser
muito adequado para a ocasião hoje à noite.
Dentro do saco de papel, um enfeite de vidro estava embrulhado
em jornais velhos. No começo, não entendi o significado, mas quando
virei e vi o que estava pintado do outro lado, ergui os olhos. — Puta
merda.
Louis sorriu. — A vida é um círculo gigante, não é? Às vezes,
pensamos que chegamos ao fim e fechamos o ciclo, apenas para perceber
que estamos no começo novamente. Boa sorte esta noite, filho.
***
Sophia
Eu observava da escada rolante do aeroporto com um sorriso
enquanto Weston examinava a multidão, procurando por mim. Mesmo
que ele não fosse a pessoa mais alta na maioria dos ambientes, ele se
destacaria acima do normal. Havia algo tão magnético nele. Claro, ele era
alto, moreno e bonito – isso era óbvio. Mas não era isso que o distinguia.
Era como ele se comportava, pés espaçados, queixo erguido, um brilho
de travessura nos olhos que combinava com o sorriso arrogante que
sempre parecia ameaçar os cantos dos lábios. Ele estava na área de
coleta de bagagens, segurando um monte de flores, e eu tinha certeza de
que o coração de algumas mulheres ao redor estava aplaudindo.
No meio do caminho, ele me viu, e seu sorriso sempre ameaçador
explodiu em um sorriso cheio. Estávamos juntos há mais de um ano e
meio, e fazia quase um ano que demos o salto e fomos morar juntos, mas
seu sorriso sexy ainda podia derreter minha calcinha. Ele caminhou pela
área de desembarque em direção à escada rolante, seus olhos nunca
deixando os meus.
— O que você está fazendo aqui? — Eu perguntei, sorrindo
enquanto saía.
Weston pegou minha mala, passou o braço em volta da minha
cintura e me puxou para ele. — Eu estava ansioso para vê-la.
Ele me beijou como se eu tivesse saído há um mês, embora tivesse
acabado de sair para visitar meu avô ontem de manhã. — Bem, foi uma
surpresa agradável. Obrigada por me pegar.
Fora do aeroporto, fechei meu casaco. — Definitivamente, não
estou mais na Flórida.
— Sim. Deve nevar amanhã.
— Oooooh. Eu adoraria. Espero que neve Natal para que possamos
ter um Natal branco.
— Querida, se nevar amanhã e ainda estiver nevando em duas
semanas, será um Natal sujo e cinza.
Eu fiz beicinho. — Não estrague meu sonho só porque você é
Scrooge.
— Eu não sou Scrooge.
— Oh bem. Então, podemos finalmente decorar o apartamento
neste fim de semana?
— Sim claro.
Eu sabia que os feriados eram uma época difícil do ano para
Weston, porque a decoração o lembrava de Caroline. Mas eu queria fazer
mais do que fizemos no ano passado, o que não foi muito.
No caminho para a cidade, atualizei Weston da minha viagem. Ele
me atualizou sobre o Hotel Caroline, que foi inaugurado logo após o ano
novo. Como ele parecia estar de bom humor, pensei em abordar outra
conversa que queria ter.
— Então... minha avó fará oitenta no próximo mês. Meu avô está
dando uma festa surpresa na Flórida.
Weston olhou para mim. — Oh sim? Isso é bom.
— Eu pensei que talvez pudéssemos ir à festa.
— Nós?
— Sim nós.
— Você quer que eu vá a uma festa cheia de Sterlings.
Eu assenti. — Eu quero.
— O que você acha que seu avô teria a dizer sobre isso?
— Eu mencionei isso para ele. Ele está... aceitando. — Isso era
verdade. Bem, mais ou menos. Pelo menos desta vez ele não tinha
falado sobre o meu cadáver quando mencionei que ele conhecesse o
homem com quem eu vivia. Tomei isso como progresso.
Weston bateu com os dedos no volante. — Eu irei se você quiser.
Meus olhos se arregalaram. — Você vai?
— É importante para você, certo?
— Sim. Sei que meu avô amaria você se ele o conhecesse.
Weston balançou a cabeça. — Por que não chutamos tolerar minha
presença, para que você não fique desapontada, querida.
Eu sorri. — OK.
Depois de atravessarmos o túnel, Weston virou à direita em vez de
à esquerda. — Nós não estamos indo para casa?
— Eu preciso parar no Countess.
— Por quê?
— Uhh... recebi uma encomenda por acidente. Encomendei da sua
conta Prime e o último endereço para o qual você enviou foi o de lá, e eu
não percebi.
Eu bocejei. — Estou cansada. É importante? Posso levar para casa
amanhã depois do trabalho.
— Sim. É importante.
— O que é?
Ele ficou quieto por um minuto. — Não é da sua conta. É isso que
é.
Eu sorri. — É o meu presente de Natal, não é?
Chegamos ao quarteirão do Countess e Weston estacionou em
paralelo. Ele tirou o cinto e começou a sair.
— Vou esperar aqui, — eu disse.
— Não.
— Como assim não? Por que não posso esperar aqui?
Weston passou a mão pelos cabelos. — Porque o pacote está em
seu escritório e eu não tenho a chave.
Peguei minha bolsa, que eu colocara no chão. — Oh. Vou te dar
minhas chaves.
Weston bufou. — Apenas venha comigo.
— Mas estou cansada.
— Não vai demorar mais de um minuto.
Eu o odeio. — Ok. Mas às vezes você é chato. Você sabe disso?
Ele resmungou algo ao sair do carro, mas correu para abrir a
minha porta. Quando ele pegou minha mão para me ajudar, notei que
sua palma estava suada.
— Não achei que seu carro tivesse um volante aquecido.
— Não tem.
— Então, por que suas mãos estão tão suadas?
Weston fez uma careta e me puxou para começar a andar. Na
entrada do Countess, ele acenou para o porteiro e abriu a porta para
mim. Seu humor mudou de feliz para mal-humorado muito rápido.
Lá dentro, andei quatro ou cinco passos e depois parei. Eu pisquei
algumas vezes, confusa. — O que... o que é isso?
— O que parece?
— Parece a maior árvore de Natal que eu já vi.
Weston me guiou para mais perto. Ficamos alguns pés na frente de
um enorme bálsamo e olhei para cima. Ele se erguia sobre mim,
posicionado entre as duas escadas curvas que levavam ao segundo
andar. Quase alcançando o teto no segundo andar. Tinha que ter dez
metros de altura e fazer todo o lobby cheirar a Natal.
— Você gostou disso? — ele perguntou.
Eu balancei minha cabeça. — Eu amo isso. É enorme!
Weston piscou e se inclinou para mim. — Eu já ouvi isso antes.
Eu ri. — Sério, eu não posso acreditar que você fez isso.
Len da manutenção se aproximou. Ele tinha um cabo de extensão
em uma mão e um plugue em alguma coisa na outra. Ele olhou para
Weston. — Está pronto?
Weston assentiu. — Como sempre estarei.
Len conectou os cabos e a árvore inteira se iluminou em luzes
brancas. Eu não conseguia nem imaginar quantas milhares de lâmpadas
tinham que estar presas a ela. Alguns segundos depois, a árvore começou
a piscar. Parecia absolutamente mágico. E eu fiquei tão fascinada com
tudo isso que eu não tinha notado Weston se mover. Mas quando o fiz, o
mundo pareceu parar.
Tudo, exceto o homem de joelhos, pareceu desaparecer.
Cobri minha boca com as mãos e meus olhos imediatamente
começaram a lacrimejar. — Oh meu Deus, Weston! E eu não queria sair
do carro!
Ele riu. — Isso foi obviamente não planejado, mas é muito bom,
você não acha? Tivemos que discutir um pouco antes de eu entrar para
fazer isso. Não seríamos nós se tudo fosse sorrisos e rosas.
Eu balancei minha cabeça. — Você está certo. Não seríamos nós.
Weston respirou fundo, e eu vi seu peito subir e descer. Ele pegou
minha mão e finalmente entendi por que suas mãos estavam
suadas. Elas ainda estavam. Meu homem arrogante estava nervoso. Eu
pressionei minha outra mão no meu peito e cobri meu coração
acelerado. Ele não é o único.
Weston pigarreou. — Sophia Rose Sterling, antes de conhecê-la,
não tinha propósito. Não levou muito tempo depois que você invadiu
minha vida para perceber que a razão pela qual eu estava perdido era
porque você ainda não tinha me encontrado. Meu objetivo na vida é amá-
la. No fundo, eu sabia disso, desde o primeiro dia que pisamos neste
lugar. Mas não fazia sentido. Demorei um pouco para descobrir que o
amor não precisa fazer sentido; só tem que nos fazer felizes. E você me
faz mais feliz do que eu já fui, Soph. Quero passar o resto da minha vida
brigando com você só para que possamos fazer as pazes. E quero que o
resto da minha vida comece hoje. Então, por favor, dê-me a honra de
casar comigo, porque 'eu não desejo nenhuma companheira no mundo
além de você'?
Lágrimas escorreram pelo meu rosto. Não sei por que, mas me
ajoelhei e pressionei minha testa na dele. — Como posso dizer não,
quando você finalmente citou Shakespear? Sim! Sim! Eu vou me casar
com você.
Weston colocou o diamante mais lindo e cortado em almofada no
meu dedo. As milhares de luzes que iluminavam a árvore acima de nós
diminuíram em comparação com seu brilho.
No verdadeiro estilo Weston, ele pegou meu pescoço e apertou com
força, levando meus lábios contra os dele. — Bom. Agora cale-se e me dê
essa boca.
Ele me beijou no meio do saguão, em frente à grande árvore de
Natal, longo e duro. Quando finalmente nos afastamos por ar, ouvi
pessoas aplaudindo. Demorou alguns segundos para registrar que eles
estavam nos aplaudindo. As pessoas estavam assistindo a
proposta. Meus olhos entraram em foco quando olhei em volta.
Oh meu Deus! O Sr. Thorne está aqui.
E... aquela é... pisquei algumas vezes. — Aquela é…?
Weston sorriu. — Scarlett. Ela mesma. Eu liguei ontem à noite
para pedir permissão para propor. Imaginei que não teria muita sorte
com seu pai, e você valoriza a opinião dela de qualquer maneira.
Nós dois ainda estávamos ajoelhados no chão, então Weston me
ajudou a levantar. Scarlett e o Sr. Thorne nos parabenizaram, além de
uma tonelada da equipe.
Eu olhei para Weston, ainda incrédula. — Não acredito que você
fez tudo isso. Você se lembra da história que contei sobre a última vez
que uma árvore esteve neste saguão?
— Sim, — ele disse. — Os três costumavam decorar uma grande
árvore juntos, bem aqui neste mesmo local. Grace sempre esperava que
nossos avós aparecessem algum dia, e que todos pudessem ser amigos e
fazê-lo novamente. Isso nunca aconteceu, então ela nunca colocou outra
árvore aqui. Foi por isso que fiz isso. Nossos avós são teimosos demais
para aparecer, mas acho que Grace Copeland ficaria feliz que os Sterlings
e os Lockwood finalmente sejam amigos novamente.
Eu sorri. — Ela ficaria. Estou certa disso.
Weston enfiou a mão no bolso do casaco. — Ah, eu quase esqueci.
Mandei pendurar as luzes para que ficasse bonito para você, mas vamos
decorá-las juntos. Como eles costumavam fazer. Há algumas dezenas de
enfeites guardados atrás da árvore. Mas eu tenho o primeiro para você
pendurar.
— Você tem?
Ele desembrulhou uma bola de vidro de uma folha de jornal e me
entregou.
— Louis deu à Grace isso como presente um ano. Ele o encontrou
ontem no armazenamento. Se eu tivesse alguma dúvida de que propor a
você em frente a essa árvore era a decisão certa, esse ornamento
solidificou o que deveria ser.
Olhei para o enfeite de Natal, personalizado como muitos enfeites
ainda hoje. Pintados em prata, três bonecos de pau de mãos dadas, os
dois nos extremos um pouco maiores que o do meio e, abaixo disso, os
nomes foram pintados.
Sterling - Copeland - Lockwood
Para sempre
— Somos nós, com Grace Copeland nos reunindo, Soph.
— Oh meu Deus! Você está certo!
Weston se inclinou e roçou os lábios nos meus. — Claro que estou.
Eu estou sempre certo.
Pendurei o enfeite na árvore e passei meus braços em volta do
pescoço dele. — Sabe. Não gostei do anel que você escolheu e acho que
você poderia ter usado um pouco mais de criatividade em sua
proposta. Ah, e a árvore... é bem manca.
Os olhos de Weston se arregalaram. — Espero que você esteja
brincando.
— Eu não estou. — Tentei esconder meu sorriso, mas falhei. —
Talvez devêssemos discutir sobre isso mais tarde quando chegarmos em
casa.
Os olhos do meu noivo escureceram. — Por que esperar tanto?
Encontre-me na lavanderia em cinco minutos...
FIM.