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Gráficos e

Ferramenta
de melhoria
Minitab

Objetivos

Neste módulo você aprenderá a usar a


ferramenta Minitab 19 com um pouco mais
de aprofundamento e exercitar as principais
ferramentas que um agente de melhoria contínua
utiliza durante seus projetos.

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INTRODUZINDO
O MINITAB
Minitab

Por que aprender a


utilizar o Minitab?
Software estatístico avançado e mais usado no mercado;
Milhares de empresas usam programas estatísticos para revelar
falhas em seus processos e ajudar a melhorá-los;
Crescente demanda do mercado de trabalho para profissionais
que dominam as ferramentas de controle da qualidade;
Software utilizado durantes os cursos Green Belt e Black Belt;
Uma vez aprendido o Minitab, você certamente terá facilidade em
aprender outro software estatístico se desejar, incluindo dezenas
de programas gratuitos.

Minitab 19: Interface

Estrutura amigável e intuitiva;


Usabilidade semelhante ao Microsoft Excel;

4
Minitab

Minitab 19:
Interface
Principais áreas de interesse
Ferramentas
(geral) Salvar; Criar projeto; Calculadora; Gráficos; Ajuda; etc

Cabeçalho

Nomear as
colunas

Planilha de dados
Gráficos + Planilha Gráficos

Planilhas de Trabalho

Planilha de Dados

5
Minitab

Modos de Exibição

Gráfico + Planilhas

Gráfico

6
Minitab

Diferenças

Minitab 17/18

Minitab 19

7
Minitab

Diferenças entre
17/18 e 19

8
ESTUDO
DE CASO
Minitab

Nosso estudo de
caso...
Os clones são células geneticamente
idênticas descendentes do mesmo indivíduo.
A madeireira Mid-Wood em que você trabalha
desenvolveu uma espécie de eucalipto
com crescimento acelerado e tem grandes
chances de liderar o mercado de madeiras
para produção de papel em poucos anos.
Eles estão, no entanto, com dois problemas
que geram grande impacto em sua
competitividade, quando comparada
com os concorrentes.

O primeiro problema está relacionado com a produção de madeira. O volume de


madeira extraído por árvore está abaixo da média do mercado, e mesmo com suas
árvores “especiais”, a Mid-Wood produz menos kg/m2 de madeira.
Além disso, no setor administrativo, os gastos com mão de obra têm
crescido muito, principalmente com funcionários terceirizados contratados
emergencialmente em decorrência de um alto índice de abscenteísmo.

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Minitab

Estratégias definidas
pelas duas equipes
»» Contrato
»» VOC
»» Implementar mudanças »» SIPOC
»» Documentar

»» Monitorar

»» Treinar »» Mapear o processo atual

»» Quantificar o desempenho do processo

»» Avaliar o SM

»» Desenvolver e testar mudanças


»» Criticar o processo
»» Analisar os riscos
»» Identificar e analisar as causas
»» Selecionar mudanças

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Minitab

Como descrever
a variação (VOP)?

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HISTOGRAMA DE INVENTÁRIO (EM MIL R$)
Visão Estática 25

20
Estatísticas Descritivas Frequência
Média, mediana, quartis, mínimo, máximo, 15
Minutos

amplitude, desvio padrão, histograma 10

5
Uma maneira seria calcular estatísticas
descritivas e apresentar o histograma dos 0
14 16 18 20 22 24 26 28
dados. Isso seria como apresentar uma foto Inventário
Dia
do que aconteceu. Essa foto é estática, ou
N 24 STDEV 3.40 Q1 17 Q3 22
seja, não é possível identificar tendências ao MEAN 20.04 MÍNIMO 15 MEDIANA 19.5 MÁXIMO 27
longo do tempo. Assim, essa não seria uma
boa representação desses dados.

39

CARTA I DE INVENTÁRIO (EM MIL R$)

Visão Dinâmica 35
LSC=31.61
30

Gráfico de tendência, gráfico de 25


Valores

controle (Gráfico ao longo do tempo) 20 X=20.04

15

10
LIC=8.48
8-abr-18
22-abr-18
6-mai-18
20-mai-18
3-jun-18
17-jun-18
1-jul-18
15-jul-18
1-jul-18
12-ago-18
26-ago-18
9-set-18

Uma maneira melhor de apresentar esses


dados seria apresentar um gráfico de Data

tendência ou de controle ao longo do


tempo. Isso permite entender a variação do
processo ao longo do tempo.

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Minitab

Tipos de variáveis

A primeira etapa para a construção do gráfico de controle é definir com qual tipo de variável
estamos trabalhando, lembrando que essas podem ser do tipo contínuas, contagem
ou classificação.

Dados contínuos

Dados de atributo

Defeito
Defeituoso? Defeitos?

(Classificação) (Contagem)
Sim! Sim?
Quantos? 2

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Minitab

Como começar?

Importando os dados

Definir a linha de título:

Selecionar o tipo
de arquivo

Selecionar o tipo de gráfico

Funções para
rearranjar as
colunas

Funções para
alterar o tipo de
dado

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Minitab

Como começar?

Você pode selecionar quais


estatísticas interessam e alguns
gráficos descritivos, se desejar

Gráfico de tendência

15
Minitab

Gráficos de
tendência

16
Minitab

Gráfico de Pareto

O que é?

Um gráfico de barras ordenadas. Serve para dar


foco em esforços de melhoria. Conhecida como
regra 80/ 20 ou Vitais vs. Triviais

Quando utilizar?

Se o objetivo é reduzir defeitos, então faça um


gráfico de Pareto dos defeitos para encontrar
os vitais.
Categorias

Um dos objetivos centrais de um programa de qualidade é reduzir perdas provocadas por itens
defeituosos que não atendem às especificações.

Existem muitos tipos de defeitos que fazem com que um produto não atenda às especificações.
Concentrar esforços no sentido de eliminar todos os tipos de defeitos não é uma política eficaz.
Geralmente, alguns poucos tipos de defeitos são responsáveis pela maioria das rejeições, e é mais
eficaz atacar as causas desses poucos defeitos mais importantes.

Essa abordagem já foi proposta por J. M. Juran, um dos pioneiros da Qualidade. Ele estabeleceu
uma regra hoje conhecida como “a regra dos poucos vitais e dos muitos triviais”. Para
identificar os poucos vitais, ele propôs a utilização de um diagrama conhecido como diagrama de
Pareto. O diagrama é basicamente um gráfico de barras da distribuição dos defeitos pelos tipos,
ordenado em ordem decrescente de frequência de ocorrência.

O princípio de Pareto, também conhecido como regra de 80/20, diz que, dos muitos defeitos
presentes, 80% são vitais e 20% são triviais.

17
Minitab

Diagrama de
Pareto

18
Minitab

Tabelas - contagem
individual de variáveis

19
Minitab

Tabulação
cruzada

20
Minitab

Cartas de
Controle
O que é?

Um gráfico de controle é um gráfico de tendência com limites de controle calculados com base
estatística. Esses limites de controle são referências calculadas com base estatística que ajudam
a identificar se um resultado do processo está afastado o suficiente dos demais para ser tratado
como uma causa especial.

Quando utilizar?

Devemos montar um gráfico de controle para todos os indicadores.

Causas de variação

Diferentes estratégias são necessárias para melhorar um processo estável (somente causas comuns
atuam) ou um processo instável (causas especiais também atuam).

39 estáveis: analise todos os dados, procure entender os problemas sistêmicos.


»» Processos
»» Processos instáveis: procure entender o que existe de especial no momento da instabilidade.

CARTA I DE INVENTÁRIO (EM MIL R$)


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LSC=31.61
30

25
Valores

20 X=20.04

15

10
LIC=8.48
8-abr-18
22-abr-18
6-mai-18
20-mai-18
3-jun-18
17-jun-18
1-jul-18
15-jul-18
1-jul-18
12-ago-18
26-ago-18
9-set-18

Data

O gráfico de tendência (e também o gráfico de controle) é a ferramenta indicada para identificar


as causas de variação.

21
Minitab

Regras para distinção


de causas de variação
41Gráficos de tendência: Minutos adiantados ou atrasados em relação ao especificado
Um ponto muito afastado
dos demais
20
10 Sequência de oito ou mais
Minutos

pontos abaixo ou acima da


0
média
-10 20

-20
Minutos 10
seg sex qui qua ter
0
Data
-10
-20
20 seg sex qui qua ter

10 Data
Minutos

0 Sequência de seis ou
-10 mais pontos crescente ou
decrescente
-20
seg sex qui qua ter
Data
O gráfico de tendência pode ser usado para »» Essas regras são consistentes no sentido
avaliar as causas de variação que estão de que a chance de ocorrências das
atuando em um processo. Um processo mesmas é muito baixa se o processo
é considerado estável quando existe uma estiver estável.
“distribuição aleatória” dos pontos plotados, É necessário reunir dados suficientes para exibir o
sem nenhum padrão claramente identificável. comportamento do processo. Um total de 25 a 30
Se a distribuição (ou padrão) não é aleatória, o pontos de dados costuma ser suficiente para que se
processo é considerado instável ou está sob a formem padrões que sirvam como referência para
ação de causas especiais. o desempenho do processo. Se essa quantidade
Existe um consenso entre usuários de gráficos de pontos não estiver disponível, procure tomar a
de tendência de que um único ponto muito melhor decisão com o que estiver à mão.
afastado dos demais é uma indicação de uma Observação: nem toda causa especial é ruim.
causa especial de variação. Isso se deve ao Muitas vezes ela indica uma melhora no processo.
fato de que a ocorrência de um ponto afastado Nesse caso devemos ver se é possível incorporá-la
dos demais tem baixa probabilidade de ocorrer ao processo. Além disso, o gráfico de tendência
por acaso. Outras regras foram criadas é uma ferramenta adequada para avaliar se
para identificar outros tipos de causas mudanças em um processo resultam em melhoria.
especiais (padrões não aleatórios nos gráficos de
tendência).
22
Minitab

Seleção do
gráfico de controle
Diferentes tipos de gráficos
de controle são usados
para diferentes tipos
de dados. Todos eles
distinguem a variação
de causa especial da
variação de causa comum,
utilizando limites de
controle para indicar se um
determinado valor de dado
deve ser tratado como uma
causa especial.

Se estivermos trabalhando com contagem, Para subgrupos maiores que um e de tamanho


iremos construir um gráfico U. fixo, ou seja, todas as vezes coletamos o mesmo
número de peças, iremos construir o gráfico
»» E
 xemplo: Utilizaremos esse gráfico
X-barra/R.
para analisar a quantidade de teclas
defeituosas na produção de teclados. »» E
 xemplo: No estudo do comprimento de
peças realizamos 25 coletas, de hora em
Já, quando a variável for de classificação,
hora, e a cada coleta sempre retiramos a
vamos utilizar o gráfico P.
mesma quantidade de peças, 5. Também
»» E
 xemplo: Se quisermos avaliar os teclados podemos utilizar o gráfico X-barra/S para
referentes à presença ou ausência de subgrupos fixos.
teclas defeituosas.
Quando não é possível coletar a mesma
Quando nosso projeto envolver dados quantidade de dados por subgrupo, é
contínuos, devemos observar o tamanho do necessário construir gráfico X-barra/S.
subgrupo com que estamos trabalhando.
»» E
 xemplo: Na análise do peso de turbinas
Quando o subgrupo for 1, usamos o gráfico
de avião, coletamos na primeira semana
I-MR.
o peso de 4 turbinas, na segunda de 3
»» E
 xemplo: No estudo de faturamento de turbinas, na seguinte 5, de modo que não
uma empresa, conseguimos coletar os possuímos o mesmo tamanho
dados de forma mensal, de modo que o de subgrupos.
subgrupo é de tamanho 1.
23
Minitab

Cartas de Controle

24
Minitab

Cartas de Controle

25
Minitab

Cartas de Controle

26
Minitab

Carta de controle

27
Minitab

Histograma

28
Minitab

Diagrama de
Pontos

29
Minitab

Gráfico de
Dispersão

30
Minitab

Capabilidade

O que é?
São medidas que indicam a capacidade de um processo
atender às especificações de clientes.

Quando utilizar?

Sempre que existir especificações é possível calcular a


capabilidade do processo.

Um processo produz um resultado que pode ser um


produto ou um serviço e que tem características que
são críticas para os clientes. Essas características têm
especificações que podem ser explícitas ou implícitas.

Uma falha com respeito a uma especificação é


considerada um defeito, e produtos ou serviços
que apresentam um ou mais defeitos são
considerados defeituosos.

As medidas de capabilidade de processo medem o desempenho de um processo com respeito às


especificações dos clientes. São indicadores de qualidade de um processo e permitem comparar
diferentes processos entre si e o mesmo processo ao longo do tempo, além de possibilitar avaliar se
os esforços de melhoria estão produzindo os resultados desejados e priorizar projetos de melhoria.
Duas perspectivas devem ser consideradas quando examinarmos um processo quanto à sua
capabilidade:

»» Passado: o que foi produzido atende às especificações?


»» Futuro: podemos prever que o processo irá atender às especificações?

31
Minitab

Capabilidade

32
Minitab

Calcular o
volume

Diagrama de Causa e Efeito


O que é? Quando utilizar?
O diagrama de causa e efeito é também Antes de tentarmos criar um diagrama de
conhecido como diagrama espinha de peixe ou causa e efeito, é preciso identificar o efeito que
diagrama de Ishikawa e fornece uma conexão servirá como ponto focal da sua iniciativa. Em
visual entre o efeito observado e todos os fatores seguida, utilizaremos técnicas de brainstorm
que contribuem para ele, incentivando os para gerar causas prováveis. Uma vez concluído,
membros da equipe a visualizarem os sintomas e o diagrama de causa e efeito fornece uma base
as possíveis causas de um problema como parte sólida para as tarefas de identificar soluções ou
de todo um sistema (pensamento sistêmico). desenvolver mudanças.

Benefícios do Diagrama
Sua elaboração é muito importante, pois as partes interessadas se reúnem e organizam
conhecimentos. Além disso, ele reduz a tendência de achar uma “verdadeira” causa e funciona
como um meio efetivo para compartilhar conhecimento.

33
Minitab

Diagrama de Causa
e Efeito

34
Minitab

Estudo de relações
entre variáveis
Y Quantitativo Y Qualitativo

»» Dotplot estratificado
»» Gráfico de dispersão
»» Gráfico de tendência
X Quantitativo »» Gráfico de dispersão estratificado
estratificado
»» Boxplot

»» Dotplot estratificado
»» Gráfico de tendência »» Tabela de contingência
X Qualitativo
estratificado »» Gráfico de barras
»» Boxplot

Para podermos identificar a A seguir, a diferença entre


ferramenta estatística adequada, variável numérica e categórica.
precisamos classificar as
variáveis sob dois aspectos:
»» A variável numérica ou quantitativa é
aquela que conseguimos colocar em
A variável é Y ou X?
alguma escala, pode ser contínua ou de
»» Y contagem. Exemplo: Tempo de operação,
• Variáveis de saída do processo cujo número de falhas em um equipamento,
comportamento queremos explicar e obter peso de um produto.
um modelo, geralmente seu indicador
»» A variável categórica ou qualitativa é
do projeto de melhoria. Nomenclatura:
aquela que assume categorias de resposta.
variáveis resposta, variáveis dependentes.
Exemplo: Tipo de problema encontrado,
»» X matéria-prima, turno.
• Variáveis de processo ou de entrada,
candidatas a explicar o comportamento das Depois, precisamos apenas localizar
variáveis resposta. Nomenclatura: variáveis a técnica adequada na tabela acima.
explicativas, variáveis independentes,
fatores.
• Variáveis de estratificação.

35
Minitab

Correlação

36
Minitab

Planejamento de
Experimento
O que é?
O planejamento estatístico
de experimentos habilita o
Fatores de processo
entendimento das relações
Xp+1 Xp+2 Xp+q
entre diferentes variáveis de
Fatores de
entrada/processo/bloco, suas
interações, e variáveis de entrada
resposta x1
x2 Processo de Saídas
Quando utilizar? Y
transformação
Sempre que desejamos Variável
entender como um ou mais xp
resposta
fatores influenciam uma
variável de resposta

z1 z2 zr e1 e2 es
Variáveis Variáveis
de bloco de ruído

37
Minitab

Planejamento de
Experimentos – antes e depois

38
Minitab

Planejamento de Experi-
mentos – antes e depois
Vamos analisar como se comportam as amostras através de um teste
de hipótestes para médias e para as variâncias depois de 72 horas:

39
Minitab

Planejamento de
Experimentos – antes e depois

40
Minitab

Planejamento de
Experimentos – fatorial
Bloco:

localização próxima ao rio x topo do morro

Fatores:

Espécie Eucalyptus saligna (S) x Eucalyptus urophila (U) Fertilizante X x Y

41
Minitab

Planejamento de
Experimentos – fatorial

42
Minitab

Planejamento de
Experimentos – fatorial

43
Minitab

Conclusões

44
Funções de
Assistente
Minitab

Funções de assistência
disponíveis

46
Minitab

Capabilidade

47
Minitab

Testes de
Hipóteses

48
Minitab

Testes de
Hipóteses

49
Minitab

Análise de Capacidade
Antes e Depois

50
Extra: MSA
Minitab

Análise do Sistema de
Medição – R&R

52
Minitab

Análise do Sistema de
Medição – Linearidade

53
Minitab

Análise do Sistema de
Medição – Atributos

54
A EDTI, com base em uma longa experiência de
trabalho de consultoria em diversas indústrias, está
plenamente capacitada para treinar e orientar
equipes em atividades de melhoria, desenvolver
processos de inovação e dar suporte à análise de
dados (inteligência analítica) para subsidiar
decisões de negócios.
Para permanecer no negócio e crescer as organizações
precisam canalizar esforços para produzir produtos e
serviços que os clientes desejam e pelos quais estão
dispostos a pagar. Um desafio permanente da
liderança é identificar oportunidades para aumentar
o valor de seus produtos e serviços sob a ótica
dos clientes e envolver seus colaboradores em
atividades que transformem as oportunidades em
realidade. Isso requer o domínio por parte da
organização de um método eficiente e eficaz de
realizar melhorias.
A EDTI acredita que a formação sólida de seus
consultores, aliada à experiência e conhecimento do
mercado, são fundamentais para ajudar a liderança da
organização na exploração de oportunidades
de crescimento.

Dr. Ademir José Petenate, Sócio fundador da Escola


EDTI e Professor da UNICAMP desde 1974

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