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CASCAVEL – PARANÁ
2018
JOICE LUCIANA MORAES
CASCAVEL - PARANÁ
2018
TERMO DE AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO
FACULDADE ASSIS GURGACZ CAMPUS CASCAVEL
PARECER
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NOTA/CONCEITO________________________________________________
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Professora orientadora
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO ............................................................................... 7
3 CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO. ...... 8
3.1 Identificação do Estabelecimento ...................................................................................... 8
3.1.1 Escola Municipal Getúlio Vargas .................................................................................. 8
3.1.2 Centro de Educação Infantil Ildo Vigo .......................................................................... 9
3.2 Projeto Político Pedagogico das Instituições e sua realção com a Psicopedagogia......10
3.2.1 Escola Municipal Getúlio Vargas ................................................................................ 10
3.2.2 Centro de Educação Infantil Ildo Vigo ........................................................................ 12
4 A PSICOPEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM .................... 14
4.1 Caminhos da Psicopedagogia: Percurso histórico e Aspectos da formação profissional 14
4.2 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: TDAH ........................................... 18
5 AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR........................... 24
5.1 DIAGNÓSTICO - CASO I .............................................................................................. 24
5.1.1 Dados de Identificação .................................................................................................. 24
5.1.2 Motivo do encaminhamento .......................................................................................... 24
5.1.3 História e contexto evolutivo ......................................................................................... 24
5.1.4 Síntese das áreas avaliadas ............................................................................................ 25
5.1.5 Conclusão diagnóstica ................................................................................................... 26
5.1.6 Medidas de Intervenção ................................................................................................. 27
5.1.7 Encaminhamentos.......................................................................................................... 27
5.2 DIAGNÓSTICO - CASO II ............................................................................................. 28
5.2.1 Dados de Identificação .................................................................................................. 28
5.2.2 Motivo do encaminhamento .......................................................................................... 28
5.2.3 História e contexto evolutivo ......................................................................................... 28
5.2.4 Síntese das áreas avaliadas ............................................................................................ 29
5.2.5 Conclusão diagnóstica ................................................................................................... 31
5.2.6 Medidas de Intervenção ................................................................................................. 31
5.2.7 Encaminhamentos.......................................................................................................... 32
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 33
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 34
ANEXOS.................................................................................................................................. 35
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1 INTRODUÇÃO
A Escola Municipal Getúlio Vargas, está localizada à Rua Ceará nº 550, no Bairro
Fátima no município de Ibema, estado do Paraná. Telefone / FAX (045) 3238-1007, email:
escolagetuliovargas@pibema.pr.gov.br, vinculada à Secretaria Municipal de Educação de
Ibema e ao Núcleo Regional de Educação de Cascavel – Paraná. É mantida pelo poder
público municipal através da Secretaria Municipal de Educação – SEMED.
Seu quadro funcional é composto por: Diretora, Coordenadora Pedagógica,
Bibliotecário, 17 professores, 04 funcionárias de Serviço Gerais, 01 Merendeira, 01
Nutricionista, 01 Fonoaudióloga e uma Psicóloga.
Dos 17 professores, 02 possui curso do magistério, 04 possui Curso Superior e 11
possuem curso Superior Completo com Pós-Graduação.
A estrutura física da Escola Municipal Getúlio Vargas é composta por: 02 banheiros
de funcionários, 03 banheiros feminino, 03 banheiros masculino, 01 cozinha com refeitório,
01 despensa, 01 biblioteca, 10 salas de aula, 01 almoxarifado, 01 sala de professores, 01 sala
de direção / secretaria, 01 sala de coordenação pedagógica, 01 sala de atendimento
individualizado para psicóloga/fonoaudióloga/nutricionista, 01 sala de materiais pedagógicos,
02 saguões, 01 parque infantil, 01 laboratório de Informática, 01 brinquedoteca e um mini
ginásio de esportes. Ela conta com diversos recursos de apoio pedagógico como vídeo
cassete, DVD, televisor, antena parabólica, aparelho de som, retroprojetor, grafos cope, mini-
microscópio, torso, esqueleto humano, planetário e mimeógrafo, computador, data show e
notebook, câmera digital, impressoras entre outros materiais didáticos, pedagógicos e
esportivos.
A escola atende um total de 249 alunos nos períodos matutino e vespertino, estando
estes divididos em 12 salas de aulas (1º ao 5º ano), sendo duas turmas de 1° ano, 03 turmas de
2º ano, duas turmas de 3º ano, duas turmas de 4º ano, duas turmas de 5º ano e uma turma de
classe especial. A modalidade ofertada é o Ensino Fundamental I.
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O Centro Municipal de Educação Infantil Ildo Vigo, está localizado à Rua Bahia nº
878, no Bairro Napoli no município de Ibema, estado do Paraná. Telefone / FAX (045) 3238-
1778, e-mail: joycelmoraes@outlook.com, vinculado à Secretaria Municipal de Educação de
Ibema e ao Núcleo Regional de Educação de Cascavel – Paraná. É mantido pelo poder
público municipal através da Secretaria Municipal de Educação – SEMED.
Seu quadro funcional é composto por: Diretora, Coordenadora Pedagógica, 10
professores, 02 funcionárias de Serviço Gerais, 01 Merendeira, 01 Nutricionista, 01
Fonoaudióloga e uma Psicóloga.
Dos 17 professores, 01 possui curso do magistério e 09 possuem curso Superior
Completo com Pós-Graduação.
A estrutura física do Cmei Ildo Vigo é composta por: 02 banheiros de funcionários, 03
banheiros feminino, 03 banheiros masculino, 01 cozinha com refeitório, 01 despensa, 05 salas
de aula, 01 almoxarifado, 01 sala de professores, 01 sala de direção / secretaria, 01 sala de
coordenação pedagógica, 01 sala de materiais pedagógicos, 01 saguão, 01 parque infantil e
uma 01 sala de brinquedos. Ele conta com diversos recursos de apoio pedagógico como vídeo
cassete, DVD, televisor, antena parabólica, aparelho de som, computador, notebook,
impressoras entre outros materiais didáticos, pedagógicos e esportivos.
O Cmei atende um total de 120 crianças nos períodos matutino, vespertino e
integral, estando estes divididos em salas de aulas que contemplam o Maternal I ao Pré I,
sendo duas turmas de Maternal I, duas turmas de Maternal II, três turmas de Maternal III e
duas turmas de Pré I. As modalidades ofertadas são Creche e Educação Infantil.
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3.2 Projeto Político Pedagógico das Instituições e sua relação com a Psicopedagogia
porém a coordenação busca atuar de forma que se leve a uma constante reflexão para
organizar uma proposta que venha a contemplar os requisitos básicos, visando garantir e
respeitar as fases de desenvolvimento do aluno, acompanhando seus avanços, registrando,
encaminhando, orientando e resgatando a valorização e importância da família, considerando
o vínculo familiar fundamental no desenvolvimento e buscando também na psicopedagogia
entendimento para construção de uma prática a qual promova o melhor desenvolvimento da
criança pequena.
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Notadamente no sul do país, a entrada dos estudos de Quirós, Jacob Feldmann, Sara
Paín, Alicia Fernández, Ana Maria Muñiz e Jorge Visca enriqueceram o desenvolvimento
desta área de conhecimento no Brasil, sendo Jorge Visca um dos maiores contribuintes da
difusão psicopedagógica no Brasil.
Visca foi o criador da Epistemologia Convergente.
foi possível verificar o nível cognitivo em que o sujeito se encontra, segundo Visca “...
ninguém pode aprender acima do nível da estrutura cognitiva que possui” (1991, p.52).
Com todos esses indicativos sobre o que é aprendizagem, do seu papel fundamental no
aspecto desenvolvimento humano, voltamos nosso olhar a situações de não aprendizagem ás
dificuldades no aprender, e também as possibilidades inúmeras que levam o indivíduo de uma
determinada faixa etária a apresentar um ritmo diferente neste processo, o qual se evidencia
no período escolar. Hoje encontramos uma série de transtornos que afetam diretamente o
sujeito como Dislexia, que se caracteriza por baixa capacidade de ler e escrever, a Disgrafia
que é a dificuldade no ato motor da escrita, a Discalculia que de modo em geral afeta a
capacidade de o sujeito pensar ou raciocinar sobre tarefas e conceitos que envolvam números
ou conceitos matemáticos, porém vamos nos ater mais minuciosamente em uma reflexão
sobre o Déficit de Atenção com Hiperatividade o TDAH, sendo este um possível diagnóstico
a um dos casos citados.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, mais conhecido pela sigla
TDA-H consiste em um quadro caracterizado basicamente por distração, inquietação e uma
dificuldade com o controle inibitório manifestada por impulsividade comportamental e
cognitiva do sujeito. “Este transtorno está intimamente relacionado com a dificuldade que
estas crianças têm em aprender, ou melhor, em utilizar a aprendizagem de forma adequada e
precisa” (Peres-2018). Ele se manifesta na infância e pode persistir até a vida adulta. “É
comum dizer que os portadores “vivem no mundo da lua”, isto é estão sempre pensando em
outra coisa (ou em um monte de outras coisas...)” (Mattos-2003). Demonstram-se por diversas
vezes inquietos, podendo ser também impulsivos, afetando o comportamento, aprendizado,
desempenho escolar e relacionamento com outras pessoas, são em geral pessoas que vivem
trocando de interesses, e apresentando dificuldades de levar as coisas até o fim. Ao
refletirmos sobre o caso dois do presente trabalho, observamos diversas características
compatíveis que indicam, apesar de precoce, um possível quadro de TDA-H. Conhecer e
compreender faz-se necessário para busca de meios efetivos de intervenção, meios os quais
envolvam compreensão de pais, a paciência das pessoas envolvidas na educação e um bom
acompanhamento médico, trabalhando na mesma direção, buscando dar o suporte necessário
para o desenvolver da aprendizagem.
O diagnóstico do TDAH é clínico, deve ser realizado por médicos ou psicólogos, e
encaminhado a intervenção por equipe multifuncional composta de psicólogo, psicopedagogo,
fonoaudiólogo, médico, etc. É uma condição crônica de saúde, que em geral é percebida em
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maior prevalência em crianças de idade escolar, a qual pode interferir na vida acadêmica ou
no desempenho profissional da vida adulta.
“... a doença compromete o desenvolvimento de regiões cerebrais importantes, como
aquelas responsáveis pelas emoções, motivação e sistema de recompensa.” (ABDA – 2017
26/11/2018). Considerada uma condição comum, tem-se a probabilidade de estar afetando 5%
das crianças em nível mundial, dado este fornecido pela Associação Brasileira do Déficit de
Atenção. Ele pode vir ocasionar repetência, evasão, expulsão, baixa auto-estima e sentimento
de menos-valia. Ressaltando que seus principais sintomas são desatenção, hiperatividade e
impulsividade.
Mas quais as causas do TDAH? Pode se dizer, que é multifatorial, ou seja, vários
fatores podem vir a causar, dentre temos:
- genético – determinante;
- adversidades físicas durante a gestação (aumento da pressão arterial da gestante
(eclampsia), hemorragias, insuficiência da placenta, sofrimento fetal);
-uso de substâncias pela gestante;
-intercorrências ao nascimento;
-agressões ao cérebro durante a infância;
Paulo Mattos – 2003 considera que a herança genética é o fator mais importante no
aparecimento do TDAH, entorno de 90% dos casos. Estas pessoas têm uma alteração nas
substâncias que passam as informações entre as células nervosas, os neurotransmissores
(substâncias químicas responsáveis pela transmissão de impulso elétrico de um neurônio para
outro). Os principais neurotransmissores são a dopamina, noradrenalina e serotonina. É uma
disfunção neurológica que se dá no córtex pré-frontal, quando o individuo tenta se concentrar.
(Sbie – Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional -2017).
Para chegar ao diagnóstico, necessita que se realize um levantamento de dados que
visualizem o perfil histórico do paciente, desde a gestação, infância até a fase em que se
encontra, considerando o funcionamento acadêmico, intelectual, social e emocional, deve-se
incluir observações recolhidas com professores, familiares, adultos que de alguma maneira
possam estar ligados à criança e cuidadosamente avaliados em testes para percepção de
possíveis sintomas. O diagnóstico do TDAH é determinado por médicos ou psicólogos.
“Uma vez recolhida toda a informação e resumidos os diferentes aspectos que
interessam a cada área investigada, é necessário avaliar o peso de cada fator na ocorrência do
transtorno da aprendizagem,” (Paín-2008)
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Diversas comorbidades podem vir associadas ao TDAH, agravando ainda mais o caso,
como a dislexia (dificuldade de leitura e escrita), disgrafia (dificuldade na escrita), disfasia
(dificuldade na fala), transtorno alimentar, transtorno bipolar, transtorno do sono, depressão,
etc.
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Após diagnóstico, escola, professores e família tem que entender que a aprendizagem
se dará de maneira diferente, assim contribuindo para que ela ocorra, com direcionamentos
próprios como manter uma rotina constante e previsível. O professor deve deixar bem claro o
que espera do aluno em determinada tarefa, procurar expressar-se claramente, buscar trabalhar
o visual em atividades, buscar a melhor forma de utilização do material ou a melhor forma de
adaptação do conteúdo, avaliações com nível de dificuldade e tempo adequado a necessidade
apresentada¸ etc. É importante o reforço e a valorização de suas habilidades, buscando
alimentar sua auto estima, desenvolvendo a confiança e o sentimento de mais valia no aluno,
propiciar atividades que o tornem pertencente ao grupo. O uso de jogos, dinâmicas em grupo,
atividades que envolvam recursos tecnológicos também se fazem significativos, e propensos á
melhores resultados.
Faz-se importante o apoio de profissional capacitado, o qual vai diagnosticar e
encaminhar mediações que vão adaptar situações existentes no meio de convivência,
desenvolver um olhar diferenciado, entender as necessidades, orientar família e os
profissionais da escola, se necessário inserir uso de medicação e ou terapias, assim buscando
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promover uma maior qualidade de vida ao individuo com TDAH. Entendo-o como
pertencente a um grupo e o respeitando como ser humano capaz.
A partir de um diagnóstico, do conhecimento da instituição, de pais e professores
sobre um possível caso de TDAH, as diferentes situações devem ser voltadas a busca de
compreensão e ajuda a esse aluno, com uma rotina adequada, possibilidades diferenciadas de
construção de conhecimento, dinâmicas que chamem a atenção, afeto e dedicação, tornando o
indivíduo pertencente ao grupo, respeitando em seus direitos e em suas singularidades, tem-se
a possibilidade de torná-lo um adulto produtivo e feliz.
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que recebeu o aleitamento materno até três anos, apresentando boa saúde e alimentando-se
bem.
Seus primeiros balbucios deram-se aproximadamente ao completar um ano.
A mãe relata que o sono de L. é agitado, ronca enquanto dorme, costuma falar, tem
pesadelos, se bate durante a noite. Ele apresenta sobrepeso.
O relacionamento familiar é revela-se harmonioso. Convivendo em casa com o pai e a
mãe. Ambos os pais trabalham fora, e L. fica sozinho no período da manhã, vendo os pais
apenas no final da tarde quando retornam para casa. Ele mesmo prepara seu alimento, faz sua
higiene e organiza-se para ir para escola. Segundo a mãe ela não permite que o aluno saia de
casa durante o período da manhã. Vizinhos relatam que por diversas vezes L. senta-se na área
da residência e fica ouvindo rádio. A mãe relata que quando L. tinha aproximadamente cinco
anos caiu de um cavalo e bateu forte a cabeça.
A mãe comenta que o pai é gago, tem dificuldades ao caminhar, não conseguiu se
alfabetizar e tomou remédio controlado por muitos anos, que na casa tudo quem resolve é ela.
Cita que o pai tem crises nervosas.
Observa-se o apreço da mãe pela professora e instituição escolar aonde Lucas vem
desenvolvendo seus estudos.
conta pequenas historias, aprecia livros, tem dificuldade na leitura, encontrando-se em fase
silábica-alfabética com valor sonoro, caracterizando-se pela passagem da hipótese silábica
para alfabética, representando um conflito entre as duas fases. A criança questiona a estrutura
silábica, mas ainda falta-lhe repertório fonético para obter sucesso na escrita, assim vivencia
um momento de transição, (Emilia Ferreiro).
Em questões que exigiam analise de maior complexidade o aluno necessita de reforço
e mediação, principalmente quando se refere à área da matemática. Revelou dificuldades de
atenção, memorização e em atividades de seqüências lógicas. Realiza classificação e seriação,
apresenta noções de números, realizando contagens, porém com dificuldades em dezenas
exatas. Realiza operações de adição simples, com apoio de desenhos ou materiais concretos.
Através de provas Projetivas observa-se falta de compreensão para resolução de situações
problemas.
Em atividades físicas observa-se postura arqueada, cansa com facilidade devido ao
sobrepeso, apresenta desalinhamento do quadril e das pernas o que faz com que os joelhos
fiquem virados para dentro (geno valgo), o qual acarreta certa dificuldade ao correr, saltar, em
sua coordenação motora ampla.
O aluno entende-se como um membro inserido ao grupo, tendo noções de
pertencimento. Realiza sua higiene, reconhecendo como importante fator para preservação da
saúde. Demonstra respeito e cuidado com seu corpo, reconhece práticas familiares as quais
visam o bem estar e valores que norteiam.
5.1.7 Encaminhamentos
- Classe comum com intervenção individual e mais próximo da professora.
- Atendimento psicopedagógico.
- Encaminhamento a neurologista, oftalmologista e fisioterapeuta.
- Ingresso a práticas esportivas (escolinha de futebol).
- Orientação a familiar.
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para ser mãe “um susto”, usando suas palavras, tanto para ela como para o pai. Eles não
estavam casados e foi à gestação que levou a união do casal, que passaram de namorados para
união estável. A mãe diz que na gravidez se sentiu insegura, teve medo, mas foi uma gestação
normal. Relata que teve complicações no parto, pois passou da hora de nascer, não tinha
dilatação e redução de líquido amniótico, sendo parto cesariana. A mãe diz que sentiu muito
medo.
Sobre o desenvolvimento da menor consta que sustentou a cabeça próximo há três
meses, sentou sozinha aos nove, engatinhou e deu seus primeiros passinhos com um ano e
dois meses, falou suas primeiras palavrinhas com um ano e meio, não apresentando nenhuma
anormalidade nesta faixa etária, nada que a mãe tivesse observado ou considerado relevante.
Diz ainda que a criança dorme bem, que não teve nenhuma doença mais grave quando
pequenina,.
A rotina da aluna no relato da mãe aparenta ser saudável e tranquila, frequenta o Cmei
no período da manhã, estando com a mãe em casa no período da tarde, a mesma também
visita a casa da avó frequentemente. O mundo de relações em que E.C. está inserido, tirando o
ambiente escolar, onde convive com outras crianças é basicamente formado por adultos, não
tendo outras crianças para brincar e interagir.
Em relação a antecedentes familiares ressalta-se que um tio da menor tentou suicídio,
dois anos atrás e E.C. presenciou o fato. O mesmo é depressivo e hoje segundo a mãe a
criança não tem mais contato. E.C. tem uma cicatriz na testa, próximo ao globo ocular
esquerdo, a mãe conta que caiu de moto com a bebê, que cortou a testa e por isso a cicatriz.
Sua saúde em relatos da mãe é boa. A aluna foi encaminhada pelo Cmei a atendimento
psicológico no início do ano, devido o comportamento apresentado, porém sem devolutiva.
Observa-se preocupação na fala da mãe em relação à aprendizagem da menor e a
confiança na instituição na qual se encontra regularmente matriculada.
atividades que exijam atenção, por exemplo, tem dificuldade de montar quebra cabeça
simples (3 peças), responder a mais de um comando quando solicitado.
Como se refere a uma criança de quatro anos, os instrumentos que nortearam o
processo de avaliar o desempenho foram a Tabela Portage, juntamente com Provas Projetivas.
Dentro delas se observou as áreas de socialização, cognição, linguagem, autocuidados,
desenvolvimento motor e a área lógico matemática.
Observa-se que a menor, tem grande facilidade á distração, por muitas vezes “vive no
mundo da lua” (Mattos, 2003) sendo assim para findar qualquer atividade necessita de
constante estimulo. No eixo que se refere à área lógico-matemática, tem noções básicas de
grande/pequeno, muitos/ poucos, cheio/vazio, bem como realiza classificação por cores
(nomeando) e tamanhos. Realiza contagem até cinco, identificando alguns numerais. Não
apresenta compreensão de sequência lógica, nem faz reconhecimento de formas geométricas.
Na área de auto cuidados necessita de ajuda para se manter organizada. Tem controle de
esfíncteres, porém necessita ser lembrada para limpar o nariz, tirar o casaco quando faz calor,
pegar a mochila ou qualquer objeto pessoal.
E.C. apresenta momentos de oscilação em seu saber, hora respondendo hora não.
Tem noção de pertencimento ao grupo, mas grande dificuldade de interagir e seguir as
regras do mesmo. E.C. é uma criança feliz, que demonstra dificuldade em sua socialização e
percepção, mas busca construir sua identidade e ser reconhecida.
5.2.7 Encaminhamentos
- Classe comum com intervenção individual e mais próximo da professora.
- Acompanhamento psicopedagógico.
- Encaminhamento a neurologista, psicóloga.
- Orientação a familiar.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
PERES, C., TDA-H. Da teoria á prática. 3. ed., Rio de Janeiro: Wab, 2018.
ANEXOS