Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)

ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS (EFLCH)


DEPARTAMENTO DE LETRAS - ÁREA DE ESTUDOS CLÁSSICOS
UC: Introdução aos Estudos Clássicos 1o semestre de 2021
Profa. Dra. Bianca Fanelli Morganti

Antologia de Poesia “Lírica” Grega:


Mélica, Elegia e Jambo

I – Arquíloco de Paros (c. 680-640 a.C.)


(trad. Paula Corrêa)

(A) ELEGIAS
Fr. 1W

(a) Plutarco (séc. I-II d.C.), Fócion 7.6:

Eu queria retomar e reinstalar a política de Péricles, Aristides e Sólon, que era completa e
harmonizada em ambas as práticas [i.e. oratória política e comando militar], pois cada um
daqueles homens parecia, conforme Arquíloco,

ambos, servo do deus Eniálio1 e,


do amável dom das Musas, conhecedor,

ἀμφότερον, θεράπων μὲν Ἐνυαλίοιο θεοῖο,


καὶ Μουσέων ἐρατᾶν δῶρον ἐπιστάμενος,

e percebia que a deusa [i.e. Palas Atena] era ao mesmo tempo guerreira e política, e assim
era chamada.

(b) Ateneu (séc. II-III d.C.), Banquete dos Sofistas, 14.23.27-33:

Arquíloco, bom poeta que era, primeiro vangloriou-se de ser capaz de participar de disputas
civis e, em segundo lugar, recordou suas habilidades poéticas dizendo:

sou servo do senhor Eniálio e


das Musas o amável dom conheço.

εἰμὶ δ' ἐγὼ θεράπων μὲν Ἐνυαλίοιο ἄνακτος,


καὶ Μουσέων ἐρατὸν δῶρον ἐπιστάμενος.

(c) Autor anônimo, Antologia Palatina IX.389:

Sou, do bem-armado Eniálio, guerreiro


e sou também servo do heliônio Apolo,
entre seus primeiros homens armados colocado.

Εἰμὶ μὲν εὐθώρηκος Ἐνυαλίου πολεμιστής·


εἰμὶ δὲ καὶ θεράπων Ἑλικωνίου Ἀπόλλωνος
αὐτοῖς ἐν πρώτοισι λελεγμένος ἀσπιδιώταις.

1
i.e. o deus da guerra, Ares. cf. Homero, Ilíada 17.211, 20.69, 21.391.

1
Fr. 2W

In: Ateneu (séc. II-III d.C.), Banquete dos Sofistas, 1.56.12-15:

Arquíloco compara o vinho de Naxos ao néctar, ele que também diz:

Na lança, meu pão sovado2, na lança, o vinho


Ismárico3, e bebo na lança apoiado.

Ἀρχίλοχος τὸν Νάξιον τῷ νέκταρι παραβάλλει (fr. 151B49)· ὃς καί πού φησιν (fr. 2)·

ἐν δορὶ μέν μοι μᾶζα μεμαγμένη, ἐν δορὶ δ' οἶνος


Ἰσμαρικός· πίνω δ' ἐν δορὶ κεκλιμένος.

Fr. 216W

In: Escólio ao Eutidemo de Platão, 285c:

“O risco no cário”. Um provérbio sobre os que correm o maior perigo em terras estrangeiras,
pois os cários parecem ter sido os primeiros a receber recompensas, por isso também, na
guerra, se deve colocá-los na frente. Daí, também, por que alguns chamam guerreiros
pequenos de cariozinhos, e entendem a expressão “no lote do cário”, de Homero (Il. 9.378),
como referente ao que é de pouca importância. Arquíloco recorda-se dela ao dizer:

e de aliado, como um cário, serei chamado (Arq. fr. 216W)

ἐν Καρὶ ... ὁ κίνδυνος. ση<μείωσαι>. παροιμία, ἐν Καρὶ ὁ κίνδυνος (corr. τὸν κίνδυνον) ἐπὶ τῶν
ἀσφαλέστερον διακινδυνευόντων· Κᾶρες δὲ δοκοῦσι πρῶτοι μισθοφορῆσαι, ὅθεν καὶ εἰς πόλεμον
αὐτοὺς προέταττον. ἐντεῦθεν γὰρ καὶ τοὺς μικροὺς στρατιώτας τινὲς Καρίωνας προσηγόρευον· καὶ τὸ
παρ' Ὁμήρῳ δὲ (I 378) “ἐν Καρὸς αἴσῃ” ἐν τῷ τυχόντι τινὲς ἀκούουσιν. μέμνηται δὲ αὐτῆς Ἀρχίλοχος
λέγων (fr. 40 Diehl) –

καὶ δὴ 'πίκουρος ὥστε Κὰρ κεκλήσομαι

Fr. 4W

(a) In: Ateneu (séc. II-III d.C.), Banquete dos Sofistas,

Arquíloco assim também menciona a “caneca” [kōthōn] em suas elegias como uma vasilha
para bebida:

mas vai, de caneca pelos bancos da nau veloz4


corre e das cavas jarras arranca as tampas,
e toma o vinho rubro desde a borra, pois tampouco nós,
sóbrios, poderemos nesta vigília permanecer. (vv. 6-9)

2
Correa 1998, p. 99: “Maza (“pão sovado”) é uma 'pasta', ou 'massa' não cozida de cevada, feita na
hora. Inferior ao artos, seria o pão comum que fazia parte da ração de soldados e escravos.”
3
Vinho ofertado por Odisseu a Polifemo no Canto IX da Odisseia (vv. 196-ss.).
4
Epíteto homérico (cf. Il. 1.260; Od. 1.260; 10.176; 10.244; 12.320).

2
chamando assim kyliks de kōthōn5.

μνημονεύει αὐτοῦ καὶ Ἀρχίλοχος ἐν Ἐλεγείοις ὡς ποτηρίου οὕτως (fr. 4 B49)·

ἀλλ' ἄγε σὺν κώθωνι θοῆς διὰ σέλματα νηὸς


φοίτα καὶ κοίλων πώματ' ἄφελκε κάδων,
ἄγρει δ' οἶνον ἐρυθρὸν ἀπὸ τρυγός· οὐδὲ γὰρ ἡμεῖς
νήφειν ἐν φυλακῇ τῇδε δυνησόμεθα,

ὡς τῆς κύλικος λεγομένης κώθωνος.

(b) Papiro Oxirrinco 854:



estrangeiros[
e ceia [
nem a mim impelir[ (vv. 1-5)

Fr. 5W

(a) WEST, M. Iambi et Elegi Graeci. Oxford, 1971:

Com um escudo um saio6 ufana-se, o qual junto à moita,


arma irrepreensível, deixei sem querer,
mas salvei-me. Que me importa aquele escudo?
Que vá! Arranjo outro, não pior.

ἀσπίδι μὲν Σαΐων τις ἀγάλλεται, ἣν παρὰ θάμνωι,


ἔντος ἀμώμητον, κάλλιπον οὐκ ἐθέλων·
αὐτὸν δ' ἐξεσάωσα. τί μοι μέλει ἀσπὶς ἐκείνη;
ἐρρέτω· ἐξαῦτις κτήσομαι οὐ κακίω.

(b) Aristófanes, A Paz (421 a.C.), vv. 1298-1304:

2° Menino: “Com um escudo um saio ufana-se, o qual junto à moita,


arma irrepreensível, deixei sem querer”...
Trigeu: Diz, taludo, cantas para teu pai?
2° Menino: “mas salvei a vida”.
Trigueu: para a vergonha dos pais.
Mas vamos, bem sei que o que sobre o escudo cantaste, jamais

5
Kyliks é uma taça de vinho usada habitualmente dentro de casa e nos banquetes. kōthōn não é
atestado em Homero; o escólio a Aristófanes (Eq. 600) o define como “uma espécie de copo de
terracota, ou de caneca lacedemônia militar”. Portanto, trata-se de um recipiente mais rústico e
adequado às expedições militares (Correa 1998, p. 103).
6
Segundo os geógrafos antigos, citando esses versos de Arquíloco, “saios” eram antigos trácios que
vieram a habitar a ilha de Samos, cujo nome proviria justamente desse povo.

3
esquecerás, sendo filho de tal pai.

{ΠΑΙΔΙΟΝ Βʹ}
Ἀσπίδι μὲν Σαΐων τις ἀγάλλεται, ἣν παρὰ θάμνῳ
ἔντος ἀμώμητον κάλλιπον οὐκ ἐθέλων –
{ΤΡ.} Εἰπέ μοι, ὦ πόσθων, εἰς τὸν σαυτοῦ πατέρ' ᾄδεις;
{Π. Βʹ} ψυχὴν δ' ἐξεσάωσα –
{ΤΡ.} καταισχυνάς γε τοκῆας.
Ἀλλ' εἰσίωμεν· εὖ γὰρ οἶδ' ἐγὼ σαφῶς
ὅτι ταῦθ' ὅσ' ᾖσας ἄρτι περὶ τῆς ἀσπίδος
οὐ μὴ 'πιλάθῃ ποτ' ὢν ἐκείνου τοῦ πατρός.

(c) Plutarco (séc. I-II d.C.), Ditos dos Espartanos (In: Plutarchi moralia, vol. 2.1”, Ed.
Nachstädt, Leipzig: Teubner, 1935), 235b5-11:

Os espartanos expulsaram imediatamente o poeta Arquíloco, pois reconheceram que ele


havia composto aquele poema segundo o qual é melhor abandonar as armas do que morrer:

Com um escudo um saio ufana-se, o qual junto à moita,


arma irrepreensível, deixei sem querer,
< mas eu próprio escapei ao termo da morte>. Aquele escudo
que se vá! Arranjo outro, não pior.

Ἀρχίλοχον τὸν ποιητὴν ἐν Λακεδαίμονι γενόμενον αὐτῆς ὥρας ἐδίωξαν, διότι ἐπέγνωσαν αὐτὸν
πεποιηκότα ὡς κρεῖττόν ἐστιν ἀποβαλεῖν τὰ ὅπλα ἢ ἀποθανεῖν· (I 213 D.)

’ἀσπίδι μὲν Σαΐων τις ἀγάλλεται, ἣν περὶ θάμνῳ


ἔντος ἀμώμητον κάλλιπον οὐκ ἐθέλων·
<αὐτὸς δ' ἐξέφυγον θανάτου τέλος·> ἀσπὶς ἐκείνη
ἐρρέτω· ἐξαῦθις κτήσομαι οὐ κακίω.’

(d) Sexto Empírico (séc. II-III d.C.), Hipotiposes Pirrônicas, 24.3.216:

Mas também o homem covarde e o que abandona o escudo são punidos por lei em muitas
regiões. Por isso, quando a espartana entregava o escudo ao seu filho que partia para a
guerra, dizia: “Tu, filho, (volta) com ele, ou sobre ele”. Mas Arquíloco, como se estivesse
vangloriando-se para nós de ter fugido após abandonar o seu escudo, diz de si próprio em
seus poemas:

Com um escudo um saio ufana-se, o qual junto à moita,


arma irrepreensível, deixei sem querer,
mas eu próprio escapei ao termo da morte.

ἀλλὰ καὶ ὁ δειλὸς καὶ ὁ ῥίψασπις ἀνὴρ κολάζεται παρὰ πολλοῖς νόμῳ διὸ καὶ ἡ τὴν ἀσπίδα τῷ παιδὶ
ἐπὶ πόλεμον ἐξιόντι διδοῦσα Λάκαινα ‘σὺ’ ἔφη, ‘τέκνον, ἢ ταύταν ἢ ἐπὶ ταύταν’. Ἀρχίλοχος δέ, ὥσπερ
σεμνυνόμενος ἡμῖν ἐπὶ τῷ τὴν ἀσπίδα ῥίψας φυγεῖν, ἐν τοῖς ποιήμασι περὶ ἑαυτοῦ φησὶν

ἀσπίδι μὲν Σαΐων τις ἀγάλλεται, ἣν παρὰ θάμνῳ


ἔντος ἀμώμητον κάλλιπον οὐκ ἐθέλων,
αὐτὸς δ' ἐξέφυγον θανάτου τέλος.

Fr. 13W (trad. José Cavalcante de Souza)

Mágoas doloridas, Péricles, nenhum cidadão


arguindo em festas se alegra nem a cidade;
pois tais homens o fluxo do multiespraiado mar

4
submergiu e inundados em dor temos
o peito; mas os deuses aos incuráveis males,
amigo, ânimo firme sobrepuseram
como remédio; outra vez outro sofre; pois agora
é nossa vez, sangrenta chaga gememos,
que de novo a outros passará; mas vamos, rápido
reagi, feminina dor repelindo.

κήδεα μὲν στονόεντα Περίκλεες οὔτέ τις ἀστῶν


μεμφόμενος θαλίηις τέρψεται οὐδὲ πόλις·
τοίους γὰρ κατὰ κῦμα πολυφλοίσβοιο θαλάσσης
ἔκλυσεν, οἰδαλέους δ' ἀμφ' ὀδύνηις ἔχομεν
πνεύμονας. ἀλλὰ θεοὶ γὰρ ἀνηκέστοισι κακοῖσιν
ὦ φίλ' ἐπὶ κρατερὴν τλημοσύνην ἔθεσαν
φάρμακον. ἄλλοτε ἄλλος ἔχει τόδε· νῦν μὲν ἐς ἡμ<έα>ς
ἐτράπεθ', αἱματόεν δ' ἕλκος ἀναστένομεν,
ἐξαῦτις δ' ἑτέρους ἐπαμείψεται. ἀλλὰ τάχιστα
τλῆτε, γυναικεῖον πένθος ἀπωσάμενοι.

5
(B) JAMBOS
Fr. 114W

Não gosto do grande general, nem do que anda a largo passo,


nem do que é vaidoso de seus cachos, nem do bem barbado,
mas que me seja pequeno e com pernas tortas de se ver,
plantado firme sobre os pés, cheio de coragem.

οὐ φιλ<έω> μέγαν στρατηγὸν οὐδὲ διαπεπλιγμένον


οὐδὲ βοστρύχοισι γαῦρον οὐδ' ὑπεξυρημένον,
ἀλλά μοι σμικρός τις εἴη καὶ περὶ κνήμας ἰδεῖν
ῥοικός, ἀσφαλ<έω>ς βεβηκὼς ποσσί, καρδίης πλέως.

Fr. 126W

Uma grande coisa sei:


a quem me faz mal, responder com terríveis males

ἓν δ' ἐπίσταμαι μέγα,


τὸν κακῶς <μ'> ἔρδοντα δεινοῖς ἀνταμείβεσθαι κακοῖς.

Fr. 128W

“Coração, coração, por inelutáveis males conturbado,


ergue-te e, sendo hostil, defende-te lançando um peito
adverso, perto de inimigos emboscados permanecendo
firme. Nem vencendo, abertamente exultes,
nem vencido, caído em casa lamentes, 5
mas com alegrias alegra-te, e os males lastima.
Sem excesso: pois reconhece qual ritmo regra os homens”.

θυμέ, θύμ', ἀμηχάνοισι κήδεσιν κυκώμενε,


†ἀναδευ δυσμενῶν† δ' ἀλέξ<εο> προσβαλὼν ἐναντίον
στέρνον †ἐνδοκοισιν ἐχθρῶν πλησίον κατασταθεὶς
ἀσφαλ<έω>ς· καὶ μήτε νικ<έω>ν ἀμφάδην ἀγάλλεο,
μηδὲ νικηθεὶς ἐν οἴκωι καταπεσὼν ὀδύρεο,
ἀλλὰ χαρτοῖσίν τε χαῖρε καὶ κακοῖσιν ἀσχάλα
μὴ λίην, γίνωσκε δ' οἷος ῥυσμὸς ἀνθρώπους ἔχει.

Fr. 172W

Pai Licambes, como pensaste tal coisa?!


Quem privou-te da razão
que antes tinhas firme? Agora pareces ser motivo
de muito riso para os cidadãos.

⊗ πάτερ Λυκάμβα, ποῖον ἐφράσω τόδε;


τίς σὰς παρήειρε φρένας
ἧις τὸ πρὶν ἠρήρησθα; νῦν δὲ δὴ πολὺς
ἀστοῖσι φαίνεαι γέλως.

6
Fr. 191W

pois tal desejo de amor, enroscado sob o coração


muita névoa sobre os olhos vertia,
furtando o frágil juízo do peito.

τοῖος γὰρ φιλότητος ἔρως ὑπὸ καρδίην ἐλυσθεὶς


πολλὴν κατ' ἀχλὺν ὀμμάτων ἔχευεν,
κλέψας ἐκ στηθ<έω>ν ἁπαλὰς φρένας.

Fr. 193W

mísero estou, com desejo,


sem vida, com dores atrozes, por vontade divina,
trespassado até os ossos.

δύστηνος ἔγκειμαι πόθωι,


ἄψυχος, χαλεπῆισι θεῶν ὀδύνηισιν ἕκητι
πεπαρμένος δι' ὀστέων.

Fr. 196W

mas o desejo solta-membros, ó companheiro, subjuga-me

ἀλλά μ' ὁ λυσιμελὴς ὦταῖρε δάμναται πόθος.

7
II – Safo de Lesbos (c. 630-580 a.C.)
(trad. Giuliana Ragusa)

Fr. 1 (ou Hino a Afrodite)


Πο˼ικιλόθρο˻ν’ ἀθανάτ’ Ἀφρόδιτα, De flóreo manto furta-cor, ó imortal Afrodite,
παῖ˼ Δ˻ί˼ος δολ˻όπλοκε, λίσσομαί σε, filha de Zeus, tecelã de ardis, suplico-te:
μή μ’˼ ἄσαισι ˻μηδ’ ὀνίαισι δάμνα, não me domes com angústias e náuseas,
πότν˼ια, θῦ˻μον,4 veneranda, o coração,

ἀλλ˼ὰ τυίδ’ ἔλ˻θ’, αἴ ποτα κἀτέρωτα mas para cá vem, se já outrora –


τὰ˼ς ἔμας αὔ˻δας ἀίοισα πήλοι a minha voz ouvindo de longe – me
ἔκ˼λυες, πάτρο˻ς δὲ δόμον λίποισα atendeste, e de teu pai deixando a casa
χ˼ρύσιον ἦλθ˻ες 8 áurea a carruagem

ἄρ˼μ’ ὐπασδε˻ύξαισα· κάλοι δέ σ’ ἆγον atrelando vieste. E belos te conduziram


ὤ˼κεες στροῦ˻θοι περὶ γᾶς μελαίνας velozes pardais em torno da terra negra –
πύ˼κνα δίν˻νεντες πτέρ’ ἀπ’ ὠράνω αἴθε- rápidas asas turbilhonando, céu abaixo e
ρο˼ς διὰ μέσσω· 12 pelo meio do éter.

αἶ˼ψα δ’ ἐξίκο˻ντο· σὺ δ’, ὦ μάκαιρα, De pronto chegaram. E tu, ó venturosa,


μειδιαί˻σαισ’ ἀθανάτωι προσώπωι sorrindo em tua imortal face,
ἤ˼ρε’ ὄττ˻ι δηὖτε πέπονθα κὤττι indagaste por que de novo sofro e por que
δη˼ὖτε κ˻άλ˼η˻μμι 16 de novo te invoco,

κ˼ὤττι ˻μοι μάλιστα θέλω γένεσθαι e o que mais quero que me aconteça em meu
μ˼αινόλαι ˻θύμωι· τίνα δηὖτε πείθω desvairado coração. “Quem de novo devo
persuadir
.˼.σ̣άγην ˻ἐς σὰν φιλότατα; τίς σ’, ὦ (?) ao teu amor? Quem, ó
Ψά˼πφ’, ˻ἀδικήει; 20 Safo, te maltrata?

κα˼ὶ γ˻ὰρ αἰ φεύγει, ταχέως διώξει, Pois se ela foge, logo perseguirá;
αἰ δὲ δῶρα μὴ δέκετ’, ἀλλὰ δώσει, e se presentes não aceita, em troca os dará;
αἰ δὲ μὴ φίλει, ταχέως φιλήσει e se não ama, logo amará,
κωὐκ ἐθέλοισα. 24 mesmo que não queira”.

ἔλθε μοι καὶ νῦν, χαλέπαν δὲ λῦσον Vem até mim também agora, e liberta-me dos
ἐκ μερίμναν, ὄσσα δέ μοι τέλεσσαι duros pesares, e tudo o que cumprir meu
θῦμος ἰμέρρει, τέλεσον, σὺ δ’ αὔτα coração deseja, cumpre; e, tu mesma,
σύμμαχος ἔσσο. 28 ⊗ sê minha aliada de lutas.

Fr. 2

.ανοθεν κατιου[σ- ...


†δευρυμμ̣εκρητα̣σ̣.π[.]ρ[ ]. † ναῦον 1 †Para cá, até mim, de Creta [.][ ]† templo
ἄγνον ὄππ[αι ] χάριεν μὲν ἄλσος sagrado on[de ] e agradável bosque
μαλί[αν], βῶμοι δ’ ἔ<ν>ι θυμιάμε- de macieir[as], e altares ne<l>e são esfume-
νοι [λι]βανώτω<ι>· 4 ados com [in]cens<o>.

ἐν δ’ ὔδωρ ψῦχρον κελάδει δι’ ὔσδων E nele água fria murmura por entre ramos
μαλίνων, βρόδοισι δὲ παῖς ὀ χῶρος de macieiras, e pelas rosas todo o lugar
ἐσκίαστ’, αἰθυσσομένων δὲ φύλλων está sombreado, e das trêmulas folhas
κῶμα †καταιριον· 8 torpor divino †desce.

8
ἐν δὲ λείμων ἰππόβοτος τέθαλε E nele o prado pasto-de-cavalos viceja
†τω̣τ...ι̣ριννοις† ἄνθεσιν, αἰ <δ’> ἄηται † † com flores, <e> os ventos
μέλλιχα πν[έο]ισιν [ docemente so[pr]am [
[     ] 12 ...

ἔνθα δὴ σὺ †συ.αν† ἔλοισα Κύπρι Aqui tu † † tomando, ó Cípris,


χρυσίαισιν ἐν κυλίκεσσιν ἄβρως nos áureos cálices, delicadamente,
<ὀ>μ<με>μείχμενον θαλίαισι νέκταρ néctar, mi<st>urado às festividades,
οἰνοχόεισα 16 vinho-vertendo …

Fr. 16 (ou Ode a Anactória)


Ο]ἰ μὲν ἰππήων στρότον οἰ δὲ πέσδων Uns, renque de cavalos, outros, de soldados,
οἰ δὲ νάων φαῖσ’ ἐπ[ὶ] γᾶν μέλαι[ν]αν outros, de naus, dizem ser, sobre a terra negra,
ἔ]μμεναι κάλλιστον, ἔγω δὲ κῆν’ ὄτ- a coisa mais bela; mas eu, o que quer
τω τις ἔραται· 4 que se ame.

πά]γχυ δ’ εὔμαρες σύνετον πόησαι Inteiramente fácil tornar compreensível a


π]άντι τ[ο]ῦ̣τ’, ἀ γὰρ πόλυ περσκέθοισα todos isso, pois a que muito superou
κάλλος̣ [ἀνθ]ρώπων Ἐλένα [τὸ]ν ἄνδρα em beleza os homens, Helena, o marido,
τὸν̣[     αρ̣]ιστον 8 o mais nobre

κ̣αλλ[ίποι]σ̣’ ἔβα ’ς Τροΐαν πλέοι̣[σα tendo deixado, foi para Troia navegando,
κωὐδ[ὲ πα]ῖδος οὐδὲ φίλων το[κ]ήων até mesmo da filha e dos queridos pais
π̣ά[μπαν] ἐμνάσθη, ἀλλὰ παράγαγ' αὔταν de todo esquecida, mas desencaminhou-a ...
[         ]σαν 12 ...

[      ]αμπτον γὰρ [ ... pois ...


[     ]... κούφως τ[         ]οη.[.]ν̣ ...
..]με̣ νῦν Ἀνακτορί[ας ὀ]νέμναι- ... agora traz-me Anactória à lembrança,
σ’ οὐ ] παρεοίσας, 16 a que está ausente, ...

τᾶ]ς <κ>ε βολλοίμαν ἔρατόν τε βᾶμα Seu adorável caminhar quisera ver,
κἀμάρυχμα λάμπρον ἴδην προσώπω e o brilho luminoso de seu rosto,
ἢ τὰ Λύδων ἄρματα κἀν ὄπλοισι a ver dos lídios as carruagens e a armada
πεσδομ]άχεντας. (20 infantaria.
(...) (...)

Fr. 31

φαίνεταί μοι κῆνος ἴσος θέοισιν Parece-me ser par dos deuses ele,
ἔμμεν' ὤνηρ, ὄττις ἐνάντιός τοι o homem, que oposto a ti
ἰσδάνει καὶ πλάσιον ἆδυ φωνεί- senta e de perto tua doce
σας ὐπακούει fala escuta,

καὶ γελαίσας ἰμέροεν, τό μ' ἦ μὰν e tua risada atraente. Isso, certo,
καρδίαν ἐν στήθεσιν ἐπτόαισεν, no peito atordoa meu coração;
ὠς γὰρ ἔς σ' ἴδω βρόχε' ὤς με φώναι- pois quando te vejo por um instante, então
σ' οὐδ' ἒν ἔτ' εἴκει, falar não posso mais,

9
ἀλλ' ἄκαν μὲν γλῶσσα †ἔαγε λέπτον mas se quebra minha língua, e ligeiro
δ' αὔτικα χρῶι πῦρ ὐπαδεδρόμηκεν, fogo de pronto corre sob minha pele,
ὀππάτεσσι δ' οὐδ' ἒν ὄρημμ', ἐπιρρόμ- e nada veem meus olhos, e
βεισι δ' ἄκουαι, zumbem meus ouvidos,

†έκαδε μ' ἴδρως ψῦχρος κακχέεται† τρόμος δὲ e água escorre de mim, e um tremor
παῖσαν ἄγρει, χλωροτέρα δὲ ποίας de todo me toma, e mais verde que a relva
ἔμμι, τεθνάκην δ' ὀλίγω 'πιδεύης estou, e bem perto de estar morta
φαίνομ' ἔμ' αὔται· pareço eu mesma.

Fr. 32

αἴ με τιμίαν ἐπόησαν ἔργα ... elas (as Musas) me fizeram honrada com os dons de
τὰ σφὰ δοῖσαι seus trabalhos ...

Fr. 39

... πόδας δὲ “... e cobria


ποίκιλος μάσλης ἐκάλυπτε, Λύδι- seus pés sandália furta-cor, belo
ον κάλον ἔργον. trabalho lídio ...”

Fr. 44 (ou “Bodas de Heitor e Andrômaca” )

... Chipr(e ?/ Ciprogênia?)[ ... – 22 letras perdidas - ...](...);


Veio o arauto (...)[ - 10 letras perdidas - ](...) [...](...)
Ideu (...)[..](...) , veloz mensageiro:
< > 3a
e do resto da Ásia (...)[.](...) glória imperecível.
Heitor e os companheir[o]s a de vivos olhos trazem 5
de Tebas sacra e da Plácia de [fo]ntes perenes – ela,
delicada Andrômaca –, nas naus, sobre o salso
mar. E muitos [bra]celetes áureos e vestes
de púrpur[a] fragr[an]tes, adornos furta-cor,
incontáveis cálices prateados e marfins”. 10
Assim ele falou; e rápido ergueu-se o p[a]i querido;
e a nova, cruzando a ampla cidade, chegou aos amigos.
De pronto os troianos às carruagen[s] de boas rodas
atrelaram as mulas, e nelas su[b]iu toda a multidão
de mulheres e junto as virgen[s] (...?)tornozelos, 15
mas apartadas as fil[h]as de Príamo[
e cava[los] os homens atrelaram aos ca[rros
[ ](...) moços solteiros, e por um largo espa[ç]o [
[ ](...) os condutores das carruagens [.....].[
[ ](...)[ 20
< falta número desconhecido de versos >
s]ímeis aos deuse[s
] sacro, em multidõ[es
rumou [ ](...) em direção a Íli[o
e a flauta de doc[e] som [ ] se mistur[ou
e o s[o][m das c]astanhol[as ] e então as vir[gens 25

10
cantaram uma canção sac[ra e che]gou aos céus
eco divino (...)[
e em toda parte estava ao longo das ru[as
crateras e cálices (...)[...](...)[..](...)[.].[
mirra e cássia e incenso se misturavam, 30
e as mulheres soltavam alto brado, as mais velha[s,
e todos os homens entoavam adorável e alto
peã invocando o Arqueiro hábil na lira,
e hineavam Heitor e Andrômaca, aos deuses síme[is. ⊗

Parte do papiro Oxyrhynchus 1232, em que o fr. 44 de Safo está preservado.


(https://en.wikipedia.org/wiki/Sappho_44)
a

Fr. 47

... Eros sacudiu meus sensos,


qual vento montanha abaixo caindo sobre as árvores …

Ἔρος δ' ἐτίναξέ μοι


φρένας, ὠς ἄνεμος κὰτ ὄρος δρύσιν ἐμπέτων.

Fr. 55

Morta jazerás, nem memória alguma futura


de ti haverá, nem desejo, pois não partilhas das rosas
de Piéria; mas invisível na casa de Hades
vaguearás, esvoaçada entre vagos corpos...

κατθάνοισα δὲ κείσηι οὐδέ ποτα μναμοσύνα σέθεν


ἔσσετ’ οὐδὲ †ποκ’†ὔστερον· οὐ γὰρ πεδέχηις βρόδων
τὼν ἐκ Πιερίας, ἀλλ’ ἀφάνης κἀν Ἀίδα δόμωι
φοιτάσηις πεδ’ ἀμαύρων νεκύων ἐκπεποταμένα

11
Fr. 81

.. e tu, ó Dica, cinge teus cachos com amáveis guirlandas,


tramando raminhos de aneto com tuas mãos macias;
pois as Cárites – as Graças! – voltam-se às coisas floridas,
mas dão as costas ao não coroado ...

σὺ δὲ στεφάνοις, ὦ Δίκα, πέρθεσθ' ἐράτοις φόβαισιν


ὄρπακας ἀνήτω συναέρραισ' ἀπάλαισι χέρσιν·
εὐάνθεα †γὰρ† πέλεται καὶ Χάριτες μάκαιραι
μᾶλλον †προτερην†, ἀστεφανώτοισι δ' ἀπυστρέφονται.

Fr. 94

... “... morta, honestamente, quero estar;


τεθνάκην δ' ἀδόλως θέλω· ela me deixava chorando
<⸏>ἄ με ψισδομένα κατελίμπανεν
πόλλα καὶ τόδ' ἔειπ.[ muito, e isto me disse:
ὤιμ' ὠς δεῖνα πεπ[όνθ]αμεν, ‘Ah!, coisas terríveis sofremos,
⸏Ψάπφ', ἦ μάν σ' ἀέκοισ' ἀπυλιμπάνω. Ó Safo, e, em verdade, contrariada te deixo’.
τὰν δ' ἔγω τάδ' ἀμειβόμαν·
χαίροισ' ἔρχεο κἄμεθεν E a ela isto respondi:
⸏μέμναισ', οἶσθα γὰρ ὤς σε πεδήπομεν· ‘Alegra-te, vai, e de mim
αἰ δὲ μή, ἀλλά σ' ἔγω θέλω te recorda, pois sabes quanto cuidamos de ti;
ὄμναισαι[...₍.₎].[..₍.₎]..αι
⸏..[ ] καὶ κάλ' ἐπάσχομεν· se não (sabes) ... – mas quero te
πο̣[ ]οις ἴων lembrar ...
καὶ βρ[όδων ]κ̣ίων τ' ὔμοι ... e coisas belas experimentamos;
⸏κα..[ ] πὰρ ἔμοι περεθήκαο
καὶ πό̣[λλαις ὐπα]θύμιδας pois com muitas guirlandas de violetas
πλέκ[ταις ἀμφ' ἀ]πάλαι δέραι e de rosas ... juntas
⸏ἀνθέων .[ ] πεποημμέναις ... ao meu lado puseste,
καὶ π.....[ ]. μύρωι e muitas olentes grinaldas
βρενθείωι̣.[ ]ρ̣υ[..]ν trançadas em volta do tenro colo,
<⸏>ἐξαλείψαο κα̣[ὶ βας]ι̣ληίωι de flores ... feitas;
καὶ στρώμν[αν ἐ]πὶ μολθάκαν e ... com perfume
ἀπάλαν πα.[ ]...ων de flores ...
⸏ἐξίης πόθο̣[ ].νίδων digno de rainha, te ungiste,
κωὔτε τις[ ]..τι
ἶρον οὐδυ[ ] e sobre o leito macio
<⸏>ἔπλετ' ὄππ̣[οθεν ἄμ]μες ἀπέσκομεν, tenra ...
οὐκ ἄλσος .[ ].ρος saciavas (teu) desejo ...
[ ]ψοφος
<⸏>[ ]...οιδιαι Não havia ... nem
... santuário, nem ...
do qual estivéssemos ausentes,

nem bosque ...’ ”

Fr. 102

Ó doce mãe, não posso mais tecer a trama –


domada pelo desejo de um menino, graças à esguia Afrodite …

12
Γλύκηα μᾶτερ, οὔτοι δύναμαι κρέκην τὸν ἴστον
πόθωι δάμεισα παῖδος βραδίναν δι’ Ἀφροδίταν

Fr. 130

Ἔρος δηὖτέ μ' ὀ λυσιμέλης δόνει, Eros de novo – o solta-membros – me agita,


γλυκύπικρον ἀμάχανον ὄρπετον doce-amarga inelutável criatura ....

Fr. 132

“Tenho bela menina, portando forma símil


à das áureas flores – Cleis, filha única;
por ela eu não (trocaria?) toda a Lídia, nem a amável (Lesbos?) ...”

ἔστι μοι κάλα πάις χρυσίοισιν ἀνθέμοισιν


ἐμφέρην ἔχοισα μόρφαν Κλέις ἀγαπάτα,
ἀντὶ τᾶς ἔγωὐδὲ Λυδίαν παῖσαν οὐδ' ἐράνναν ...

Fr. 140

“Morre, Citereia, delicado Adônis. Que podemos fazer?”


“Golpeai, ó virgens, vossos seios, e lacerai vossas vestes ...”

κατθνα<ί>σκει, Κυθέρη', ἄβρος Ἄδωνις· τί κε θεῖμεν;


καττύπτεσθε, κόραι, καὶ κατερείκεσθε κίθωνας.

EPITALÂMIOS

Fr. 105

οἶον τὸ γλυκύμαλον ἐρεύθεται ἄκρωι ἐπ' ὔσδωι, .. como o mais doce pomo enrubesce no ramo ao alto,
ἄκρον ἐπ' ἀκροτάτωι, λελάθοντο δὲ μαλοδρόπηες, alto no mais alto ramo, e os colhedores o esquecem;
οὐ μὰν ἐκλελάθοντ', ἀλλ' οὐκ ἐδύναντ' ἐπίκεσθαι não, não o esquecem – mas não podem alcançá-lo …

οἴαν τὰν ὐάκινθον ἐν ὤρεσι ποίμενες ἄνδρες


como o jacinto que nas montanhas homens, pastores,
πόσσι καταστείβοισι, χάμαι δέ τε πόρφυρον ἄνθος
esmagam com os pés, e na terra a flor purpúrea ...

Fr. 111

ἴψοι δὴ τὸ μέλαθρον· Ao alto o teto –


ὐμήναον· Himeneu! –
ἀέρρετε τέκτονες ἄνδρες· levantai, vós, carpinteiros! –
ὐμήναον. Himeneu! –
γάμβρος †εἰσέρχεται ἴσος† Ἄρευι, o noivo chega, igual a Ares –
<ὐμήναον,> Himeneu! –
ἄνδρος μεγάλω πόλυ μέζων. muito maior do que um homem grande ...
<ὐμήναον.> Himeneu!

Fr. 114

13
(noiva) – Virgindade, virgindade, aonde vais, me abandonando?
(virgindade) – nunca mais a ti voltarei, nunca mais voltarei

{(νύμφη).} παρθενία, παρθενία, ποῖ με λίποισα †οἴχηι;


{(παρθενία).} †οὐκέτι ἤξω πρὸς σέ, οὐκέτι ἤξω†.

BIBLIOGRAFIA

(A) Arquíloco

Edição dos fragmentos:


WEST, M. L. (ed.). Iambi et elegi Graeci. Oxford: Oxford University Press, 1998. vols. 1-2. [1a
ed.: 1971].

Bibliografia das traduções:


CORRÊA, P. da C. Armas e varões. A guerra na lírica de Arquíloco. São Paulo: Editora da
Unesp, 1998.
____. Um bestiário arcaico: fábulas e imagens de animais na poesia de Arquíloco.
Campinas: Unicamp, 2010.
____. “Os quereres em Arquíloco”. In: G RAMMATICO, G. et alii (eds). Querer, poder, deber, en
la Antiguedad.
Santiago: Universidad Metropolitana de Ciencias de la Educación / Centro de
Estudios Clásicos, 2001,
pp. 105-114.
____. “Arquíloco 191 e 193 IEC2”. Revista Órganon 31, 2016, pp. 47-62.
SOUZA, J. C. de. “Safo, Sólon, carmina popularia, Tirteu, Hino dos Kuretas, Alcmano,
Arquíloco”. RM 4, 1984,
pp. 71-92.

(B) Safo

Edição dos fragmentos:


VOIGT, E.-M. (ed.). Sappho et Alcaeus. Amsterdam: Athenaeum, Polak & Van Gennep, 1971.

Bibliografia das traduções:

RAGUSA, G. Fragmentos de uma deusa: representação de Afrodite na lírica de Safo.


Campinas: Editora da Unicamp, 2005. (Apoio: Fapesp) (Anexos)
____. (org., trad.). Safo de Lesbos. Hino a Afrodite e outros poemas. São Paulo: Hedra,
2011.
____. (org., trad.). Lira grega: antologia de poesia arcaica. São Paulo: Hedra, 2013.

14

Você também pode gostar