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Série:_______Curso:_______________________________________Data:____/____/____
Professora : Penha Gandini 8ª quinzena Valor : 10

Avaliação

Questão 1

(CESGRANRIO) Assinale a oração em que o termo cego(s) é um adjetivo:

a) Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem onde ir...


b) O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura da
alma…
c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.
d) Naquele instante era só um pobre cego.
e) ... da Terra que é um globo cego girando no caos.

Questão 2

(ITA-SP) Durante uma Copa do Mundo, foi veiculada, em programa esportivo de uma emissora
de TV, a notícia de que um apostador inglês acertou o resultado de uma partida, porque seguiu
os prognósticos de seu burro de estimação. Um dos comentaristas fez, então, a seguinte
observação:

"Já vi muito comentarista burro, mas burro comentarista é a primeira vez."

Percebe-se que a classe gramatical das palavras se altera em função da ordem que elas
assumem na expressão:

Assinale a alternativa em que isso não ocorre:

A. obra grandiosa

B. jovem estudante

C. brasileiro trabalhador

D. velho chinês

E. fanático religioso
Questão 3

(INSPER 2007) –

Os adjetivos são palavras que podem sofrer inúmeras variações e têm como principal função

caracterizar ou delimitar o substantivo

Considere as afirmações:

I. No primeiro quadrinho, a sequência dos adjetivos (esbelto, bonito, espirituoso) resulta na


intensificação progressiva de seus significados, dando origem à figura de estilo chamada de
hipérbole.

II. Se em vez de empregar o verbo “haver“ (para indicar tempo decorrido), Helga utilizasse o
verbo “fazer“, segundo a norma culta, o período deveria ser assim reescrito: o que aconteceu com
o marido esbelto, bonito e espirituoso com o qual casei fazem vinte anos?

III. A oração “com o qual casei“ é subordinada adjetiva restritiva.

Está(ão) correta(s):

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) I e II.

e) I e III.

Questão 4

(FAU/2016)

"Nunca esquecerei aquela noite..."

A noite, de Elie Wiesel, é um dos mais populares relatos da barbárie nazista

HELIO GUROVITZ

10/07/2016 - 10h00 - Atualizado 10/07/2016 10h00


Diante dos limites da linguagem para lidar com o horror, vários escritores sobreviventes do
nazismo escolheram o suicídio. O poeta Paul Célan se lançou no Rio Sena. O psicólogo Bruno
Bettelheim se asfixiou com um saco plástico. O escritor Primo Levi morreu ao cair – não por
acidente, segundo a polícia – da escadaria de seu prédio em Turim. Elie Wiesel não. Morreu de
causas naturais aos 87 anos, na semana passada. Mas não foi indiferente ao tormento.
Consumido pela culpa de não ter salvado o pai no campo de Buchenwald, ficou anos em silêncio.
Foi o escritor francês François Mauriac quem o convenceu a escrever. “Aquele olhar, como de um
Lázaro levantado dos mortos, mas ainda prisioneiro nos confins sombrios por onde vagara,
tropeçando entre os cadáveres da vergonha”, escreveu Mauriac sobre o primeiro encontro com
Wiesel. “E eu, que acredito que Deus é amor, que resposta poderia dar ao jovem questionador,
cujos olhos escuros ainda traziam o reflexo daquela tristeza angélica (…)?” Depois da conversa
com Mauriac, Wiesel escreveu, compulsivamente, algo como 800 páginas em iídiche, idioma
materno seu e da maioria dos judeus exterminados. O livro resultante, Un di velt hot geshvign (E
o mundo silenciou), não saiu na íntegra. Com uma fração do tamanho original, foi publicado em
francês em 1958, sob o título La nuit (A noite).

A noite, de Elie Wiesel é o livro da semana

Entre as quase 60 obras que Wiesel produziu, A noite é a mais conhecida. Tornou-se um dos
mais populares relatos da barbárie nazista, ao lado do Diário de Anne Frank e de É isso um
homem?, de Primo Levi. Não fez sucesso no lançamento, nem mesmo depois de traduzido para o
inglês, em 1960. Foi conquistando o público nos anos 1960 e 1970. Em 2006, voltou à lista de
mais vendidos, escolhido pelo clube do livro da apresentadora Oprah Winfrey. A noite foi escrito
com alta carga de sentimento – mas não é sentimental. Muito menos piegas. Não tem um olhar
religioso ou vingativo. É tão somente um testemunho e, por isso mesmo, mais contundente. Narra
o encontro de Wiesel, aos 15 anos, com o mal na forma mais absoluta. Do momento em que sua
família é arrancada de casa até o instante em que, libertado de Buchenwald, ele enfim olha no
espelho pela primeira vez em meses. “Das profundezas do espelho, um cadáver olhou de volta
para mim”, diz. “O olhar nos seus olhos, enquanto olhavam os meus, nunca me deixou.”

Dos quatro filhos da família Wiesel, Eliezer era o único menino. Na aldeia judaica de Sighet,
passa seu tempo entre estudos rabínicos e as conversas com o zelador da sinagoga, que lhe dá
acesso ao estudo da cabala, então proibido a quem tivesse menos de 30 anos. O zelador some,
levado pelos nazistas. Por milagre, escapa dos campos e volta à aldeia, onde relata o extermínio.
Ninguém acredita nele. Pensam que está louco. Pouco depois, os alemães segregam os judeus
em dois guetos. A família Wiesel embarca então no trem da morte. Ao chegar ao complexo de
Auschwitz Birkenau, na Polônia ocupada, a mãe e a irmã de 7 anos são separadas. As duas vão
direto para as câmaras de gás (outras duas irmãs se salvariam). Pai e filho escapam, na seleção
comandada pelo facínora Josef Mengele. São enviados ao campo de trabalho de Buna, onde
sobrevivem a uma rotina de fome, tortura, doença e escravidão. Com a aproximação das tropas
soviéticas, são levados numa marcha forçada de centenas de quilômetros. A maioria morre de
exaustão. Na chegada a Buchenwald, o pai de Wiesel está doente, à beira da morte. O filho faz
de tudo para tentar acudi-lo. Também exausto, acaba por largá-lo. Na noite fatídica, 29 de janeiro
de 1945, Shlomo Wiesel é levado ao forno crematório.

Dez anos se passariam até que Elie entendesse a única coisa que poderia dar sentido a sua vida
depois: prestar testemunho; manter viva a memória. Silêncio e indiferença diante do mal, dizia,
são um pecado maior. Sua voz se tornou, desde então, “a consciência da humanidade” e se fez
ouvir por toda parte onde os mesmos crimes voltavam a ser cometidos – da Bósnia ao Camboja,
de Ruanda a Darfur. Era a mesma voz daquele menino que, diante do mal absoluto, soube
encontrar as palavras mais belas e pungentes: “Nunca esquecerei aquela noite, a primeira noite
no campo, que transformou minha vida numa longa noite, sete vezes maldita e sete vezes selada.
Nunca esquecerei aquela fumaça. Nunca esquecerei os pequenos rostos das crianças, cujos
corpos vi tornados em coroas de fumaça sob um céu azul em silêncio. Nunca esquecerei aquelas
chamas que consumiram minha fé para sempre. Nunca esquecerei o silêncio noturno que me
despojou, por toda a eternidade, do desejo de viver. Nunca esquecerei aqueles momentos que
assassinaram meu Deus e minh’alma e transformaram meus sonhos em pó. Nunca esquecerei
isso, mesmo que seja condenado a viver tanto quanto o próprio Deus. Nunca”.

Adaptado: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/heliogurovitz/noticia/2016/07/nunca-
esquecerei-aquela-noite.html, acesso em 10 de jul, de 2016.

Marque a alternativa correta em relação à classificação das palavras sublinhadas, na ordem em


que aparecem na frase:

“Morreu de causas naturais aos 87 anos, na semana passada. Mas não foi indiferente ao
tormento”.

a) artigo, numeral, adjetivo, advérbio.


b) preposição, numeral, substantivo, advérbio.
c) conjunção, numeral, adjetivo, preposição.
d) preposição, numeral, adjetivo, conjunção.
e) preposição, numeral, adjetivo, advérbio.

Questão 5

Leia a frase abaixo e escolha a alternativa onde a flexão de plural está correta.

Tenho uma blusa verde-água

a) Tenho umas blusas verdes-águas


b) Tenho umas blusas verde-águas
c) Tenho umas blusas verdes- água
d) Tenho umas blusas verde-água

Questão 6

ENEM 2013

Mal secreto

Se a cólera que espuma, a dor que mora


N’aIma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse, o espírito que chora,


Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,


Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

(CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasilia: Alhambra, 1995.)

Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o


soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas
em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que:

a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada.


b) o sofrimento intimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social.
c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja.
d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar-se do próximo.
e) a transfiguração da angústia em alegria é um artifício nocivo ao convívio social.

Questão 7

ENEM 2015

A pátria
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera,
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha…
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás pais nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
(BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929)
Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se com um projeto ideológico em construção na
Primeira República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que:

a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza.

b) a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo.

c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais.

d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento.

e) a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.

Questão 8

ENEM 2014

Abrimos o Brasil a todo o mundo: mas queremos que o Brasil seja Brasil! Queremos conservar a
nossa raça, a nossa história, e, principalmente, a nossa língua, que é toda a nossa vida, o nosso
sangue, a nossa alma, a nossa religião.
(Olavo Bilac. Últimas conferências e discursos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1927)

Nesse trecho, Olavo Bilac manifesta seu engajamento na constituição da identidade nacional e
linguística, ressaltando a:

a) transformação da cultura brasileira.

b) religiosidade do povo brasileiro.

c) abertura do Brasil para a democracia.

d) importância comercial do Brasil.

e) autorreferência do povo como brasileiro.

Questão 9

(UFPE) – É incorreto afirmar que, no Parnasianismo:

a) a natureza é apresentada objetivamente;


b) a disposição dos elementos naturais (árvores, estrelas, céu, rios) é importante por obedecer a
uma ordenação lógica;
c) a valorização dos elementos naturais torna-se mais importante que a valorização da forma do
poema;
d) a natureza despe-se da exagerada carga emocional com que foi explorada em outros períodos
literários;
e) as inúmeras descrições da natureza são feitas dentro do mito da objetividade absoluta, porém
os melhores textos estão permeados de conotações subjetivas.

Questão 10

(PUC-MG) –

“Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,

Casualmente, uma vez, de um perfumado

Contador sobre o mármor luzidio,

Entre um leque e o começo de um bordado.” trecho do poema em destaque é parnasiano.

Ele revela um poeta:

a) distanciado da realidade.

b) engajado.

c) crítico.

d) irônico.

e) informal.

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