Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho Ev045 MD1 Sa7 Id2494 15082015102333
Trabalho Ev045 MD1 Sa7 Id2494 15082015102333
Resumo
Abstract
This paper aimed to analyze the continuing training of the Special Education teachers of state
schools and a specialized center of Regional Specialized Center of Regional Coordination of
Education in the capital of Alagoas state, Maceió, as well analyze the evaluation of teacher
about actions in the scope of continuing training offered by the Special Education Management
of the State of Alagoas and the same they felt prepared to act in the Special Education Services.
The research was qualitative, using the semi-structured interview as data collection technique.
The participants were 24 Special Education Services teachers of state schools and a Specialized
Center of CRE in the city of Maceió-AL. The results showed that contracts of employment were
temporary and the Regional Coordination has professionals with diverse backgrounds to
operations in the AEE, although most of the initial training was in Pedagogy. The majority had
Lato Sensu specialization courses, even they were different areas and participated in actions
under the continuing training, which assessed positively, despite being critical of the amount of
courses and practical uses in teaching activity.
Keywords: Special Education Services.. Continuing training. Special Education
Introdução
1Em países, como a Espanha, lugar de origem de Gonzáies, o termo integradora tem o significado similar
com o termo inclusivo. Diferentemente no Brasil onde integração tem significado diferente de inclusão.
Sendoassim, estamos mantendo o sentido proposto pelo autor.
O presente artigo abrange a análise da entrevista de vinte e quatro professores do
Atendimento Educacional Especializado de nove escolas Estaduais e um Centro
Especializado de uma Coordenadora Regional do Estado (CRE), no Município de
Maceió-AL.
A abordagem de pesquisa adotada foi aqualitativa. De acordo com Flick (2009,
p.16), essa “usa o texto como material empírico (ao invés de números) e parte da noção
da construção social das realidades em estudo, está interessada nas perspectivas dos
participantes, em suas práticas do dia a dia e em seu conhecimento cotidiano em relação
ao estudo”.
Para a coleta de dados, usamos a técnica de entrevista semiestruturada.
Appolinário (2006) afirma que esse tipo de entrevista consiste em seguir um roteiro
previamente estabelecido, mas também possibilita ao entrevistador que acrescente ou
improvise caso sinta necessidade.
Na análise dos dados utilizamos a técnica da análise de conteúdo. Em
conformidade com Silva e Fossá (2013, p.2) “Na análise do material, busca-se
classificá-los em temas ou categorias que auxiliam na compreensão do que está por trás
dos discursos”, ou seja, separamos todas as entrevistas por temas relacionados e
analisamos a respostas que se repetem e as que se diferem entre si.
Este plano de trabalho está vinculado ao Observatório Nacional de Educação
Especial: Estudo em Rede Nacional sobre as Salas de Recursos Multifuncionais das
Escolas Comuns. A pesquisa visa analisar a implantação e o funcionamento das Salas
de Recursos Multifuncionais em todo o país.
Dividimos os profissionais estudados em três grupos. O grupo 1 (G1) foi
constituído pelos profissionais que trabalhavam nas salas de recursos multifuncionais e
eram formados em Pedagogia; o grupo 2 (G2) era dos professores contratados para atuar
nas SRM e tinham formação inicial diferente a do curso Pedagogia e, por fim, o grupo 3
(G3) eram os profissionais que trabalhavam no centro especializado, independente da
formação inicial.
Resultados e discussão
Essa é uma questão bastante particular das escolas da Rede Estadual de Alagoas.
Fazendo uma análise comparativa com as Escolas Municipais da mesma cidade,
Maceió, de acordo com Calheiros e Fumes (2012) não existiam outros atendimentos
para os alunos do público alvo da Educação Especial nas escolas da rede municipal.
Com isso, o único serviço oferecido era aquele realizado nas SRM e os profissionais
dessas escolas tinham a formação definida pela Resolução n.º 4/2011.
Ainda em relação à formação inicial, perguntamos aos professores se nos
percursos acadêmico os mesmos tiveram contato com disciplinas relacionadas à
Educação Especial/ Inclusiva.
No Grupo 1, sete profissionais tiveram contado com estas disciplinas, três
professores disseram que não e um não respondeu. Neste grupo, muitos dos
participantes que responderam ter essa proximidade com conteúdos relacionados ao
AEE mencionaram ter cursado duas disciplinas no curso – uma como eletiva, de
Educação Especial e a outra como obrigatório – Libras. Os que afirmaram não ter
contato, estavam formados havia mais de 10 anos e não se falava de inclusão em
instituição escolar na época da sua formação.
No Grupo 2 contabilizamos mais pessoas que não haviam tido o primeiro
contato com disciplinas relacionadas à Educação Especial/ Inclusiva do que nos outros
dois grupos, por haver profissionais provenientes de outras áreas de formação e não
vinculadas à docência. Dos oito profissionais, apenas 3 tiveram contato no curso de
graduação com disciplinas relacionadas à Educação Especial.
Já, no Grupo 3 apenas uma pessoa não teve um primeiro contato com disciplinas
concernente à Educação Especial/Inclusiva na formação inicial, pois esta já era formada
havia muito tempo.
Para uma atuação profissional que promova a inclusão de alunos da Educação
Especial consideramos que seria desejável que todos os professores tivessem
aproximação com conteúdos relacionados à Educação Especial/ Inclusiva, porém, nem
sempre isso acontece, ainda hoje, ou então a formação fica restrita a umas poucas
disciplinas específicas. Barros (2010, p.32) afirma que:
[...] muitos professores desconhecem a temática da Educação
Especial, esta que deveria perpassar todas as disciplinas dos cursos de
licenciatura como meio necessário e fundamental para que os futuros
professores compreendam e saibam lidar com a heterogeneidade de
alunos que estão presentes na realidade educacional brasileira.
BRASIL. Lei Estadual nº 5.538, de 26 de julho de 1991. Institui o Regime jurídico único dos
servidores públicos civis do estado de Alagoas, das autarquias e das fundações públicas estaduais.
Disponível em< http://www.educacao.al.gov.br/legislacao-1/regime%20juridico%20nico.pdf> Acesso em
29 Jul, 2015.
GATTI B A. Análise das políticas para formação continuada no Brasil, na última década.
Revista Brasileira de Educação, Campinas: Autores Associados, jan/abr 2008; 13(37):57-69.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo, Atlas, 2008.
LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E .D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo,
Editora Pedagógica e Universitária, 1986.
TORRES G. J.A. Educação e diversidade: bases didáticas e organizativas/ José Antônio Torres
Gonzáles; Trad. Ernani Rosa-Porto Alegre: ARTMED2002.