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CAELIS GRUPO EDUCACIONAL

FACULDADE SÃO SALVADOR

APARECIDA DE FÁTIMA GOMES MACAÚBAS

ROBERVAL JUNIOR DE MORAES

FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES:

Reflexão e desafio na construção de novos saberes

MULUNGU DO MORRO-BA

2017
APARECIDA DE FÁTIMA GOMES MACAÚBAS

ROBERVAL JUNIOR DE MORAES

FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES:

Reflexão e desafio na construção de novos saberes

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Sociedade de Estudos Empresariais Avançados da
Bahia – SEEB/Faculdade São Salvador, como
requisito para avaliação final do curso de
Especialização em alfabetização e letramento
Orientador: Prof. André Nunes Loula Torres

MULUNGU DO MORRO-BA

2017
FOLHA DE AVALIAÇÃO DE TCC

ALFABETIZAÇÃO E LUDICIDADE:
Uma relação possível

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Sociedade de Estudos Empresariais Avançados da
Bahia – SEEB/Faculdade São Salvador, como
requisito para avaliação final do curso de
Especialização em alfabetização e letramento

Avaliação final: ____________________

Nota: _____________

Faculdade São Salvador

Avaliador
RESUMO

Este artigo propõe um olhar reflexivo sobre a contribuição do PNAIC-Programa de


Alfabetização na Idade Certa no município de Mulungu do Morro-Ba. Para a
elaboração deste trabalho, foi necessário retomar os sobre os conceitos de
alfabetização e letramento. Outro aspecto foi à importância da construção de
saberes dos professores neste espaço. Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de
observações e aplicação de questionários para professores alfabetizadores
participantes da formação do programa. A pesquisa objetivou investigar a
contribuição do PNAIC no ensino e aprendizagem das crianças no primeiro ciclo de
alfabetização. As principais ideias abordadas aqui foram baseadas nos autores:
FERREIRO (2010), SOARES (1998), NÓVOA (1995), PERRENOUD (2001) E TARDIF (2002).
Neste sentido o programa mobilizou os conhecimentos dos professores sobre o
conceito de alfabetização, possibilitando a reflexão e construção de saberes através
de uma estratégias que valorizava a teoria e articulação com a pratica.

PALAVRAS-CHAVES: Formação. Alfabetização. Letramento

ABSTRACT

This article proposes a reflective look at the contribution of the PNAIC-Literacy


Program in the Right Age in the municipality of Mulungu do Morro-Ba. For the
elaboration of this work, it was necessary to return to the concepts of literacy and
literacy. Another aspect was the importance of building teachers' knowledge in this
space. This research was developed based on observations and application of
questionnaires for literacy teachers participating in the program. The research aimed
to investigate the contribution of the PNAIC in teaching and learning of children in the
first cycle of literacy. The main ideas addressed here were based on the
authors:FERREIRO (2010), SOARES (1998), NÓVOA (1995), PERRENOUD (2001)
AND TARDIF (2002). In this sense, the program mobilized teachers' knowledge
about the concept of literacy, allowing the reflection and construction of knowledge
through strategies that valued theory and articulation with practice.
KEY WORDS: Formation. Literacy. Literature
INTRODUÇÃO

A formação continuada para professores alfabetizadores é um dos principais


desafios presentes no atual contexto. E é neste desafio que buscamos refletir,
ressignificar e recontextualizar a nossa prática como participante ativo desta
realidade. Esta pesquisa apresenta as contribuições do PNAIC- Programa de
Alfabetização na Idade Certa no Município de Mulungu do Morro- BA. Foram
quatro anos de experiências como orientadores de estudo do programa.
Momentos de grandes experiências provocadas a partir do contato com novos
saberes tanto do campo teórico como em prática vivenciadas durante os
acompanhamentos nas escolas. Portanto essa aproximação e o despertar para
a temática partem de motivações pessoais e profissionais, na dimensão em
que não se sabe onde uma começa, e a outra termina.

Neste sentido, a pesquisa foi realizada a partir da seguinte problematizarão: a


formação continuada do PNAIC- Programa de Alfabetização na Idade Certa
tem contribuído para aquisição de suporte teórico e prático para o
desenvolvimento de habilidades e competências da profissão de professor
alfabetizador, proporcionando ressignificação e recontextualização das práticas
e dos saberes destes profissionais para atuação como docentes na atualidade?
A partir deste questionamento foi estudado sobre os aspectos referentes aos
discursos e os saberes contextualizados nestes cursos, tomando como base a
importância e necessidade destas formações. Considerando que no contexto
específico do trabalho pedagógico alfabetizador, o professor vem dialogando
com diferentes e inusitados desafios propiciados pela vivência da prática
docente, é que ao longo desta pesquisa, busca-se enfatizar dois olhares, o
primeiro, analisar a adesão do programa por parte dos professores e discutir as
dificuldades enfrentadas por eles para participar efetivamente das formações, o
segundo quais as percepções dos professores alfabetizadores acerca do
programa PNAIC- Programa de Alfabetização na Idade Certa, e como eles
vêem a influencia no processo de ensino aprendizagem.

A pesquisa foi realizada a partir de estudos bibliográficos, questionários


aplicados aos professores alfabetizadores participante da formação e
observações direta dos próprios encontros. No discorrer deste artigo, foi
considerado como pontos relevantes a ênfase sobre os dois olhares referente à
formação dos professores alfabetizadores, um do professor e o outro do
orientador de estudo. Assim, as análises dos dados coletados nos
questionários e neste diálogo contribuíram para o debate e um repensar sobre
política de formação específica para esses educadores, na rede municipal de
ensino do Município de Mulungu do Morro, na qual atuamos.

1.0-PROGRAMA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

Criado em 2012, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic)


tem como principal desafio garantir que todas as crianças brasileiras até oito
anos sejam alfabetizadas plenamente. Para isso, o programa conta com a
participação e colaboração da União, estados, municípios e instituições de todo
o país. Vale destacar que o PNAIC busca uma formação continuada com os
professores alfabetizadores das redes públicas de ensino, dando-lhes um
suporte teórico e prático. O curso de aperfeiçoamento é de caráter presencial,
os professores têm acesso a vários materiais didáticos o que facilita a prática
pedagógica a partir das reflexões realizadas nos encontros.

1.1-A INSERÇÃO PNAIC/PACTO NO MUNICÍPIO DE MULUNGU DO


MORRO-BA

O programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa foi


implementado no município de Mulungu do Morro no ano de 2013. Quando o
município aderiu este programa, já acontecia formação para os professores do
1ºe 2º ano com o pacto estadual. O pacto estadual foi aderido em 2011, na
época foram realizadas as formações somente com os orientadores de estudo.
Em 2012 iniciou a formação com os professores e o trabalho com o material
didático dos alunos. Neste ano as turmas do 2º ano participaram das
formações, não porque eram destinados a eles, mas porque o município
escolheu atender também a estas turmas.

No ano de 2013 o trabalho com o PNAIC, foi destinado para todos os


professores do ciclo inicial de alfabetização e multisseriadas. O trabalho deste
primeiro ano foi voltado para a disciplina de língua portuguesa e os seus eixos.
As formações eram praticamente todos os sábados, uma vez que teve atraso
no inicio das atividades. Neste período foram realizadas em torno de 13
encontros. Nestes encontros, foram abordados temas como: apropriação do
sistema de escrita alfabética, direitos de aprendizagens, organização do
trabalho pedagógico na alfabetização, alfabetização e letramento, ludicidade e
alfabetização, heterogeneidade em sala de aula, leitura, produção de texto,
avaliação, dentre outros. Além das formações do PNAIC, eram realizados
separadas as formações do pacto estadual. Em 2014, os programas se uniram
em uma única formação, embora os dois se divergiam em alguns pontos, era
necessário argumentar sobre a importância de não separar as formações, já
que precisaria de mais tempo disponível pelos os professores e mais gastos
para o município.

O pacto estadual apresentava um caderno com sequências de atividades,


enquanto o PNAIC orientava o trabalho com sequências didáticas. Um deixa o
professor livre para planejar sua rotina e atividades de acordo com a
necessidade, outro deixava o professor preso, a uma coletânea de atividade o
qual deveria diversificar somente nas intervenções realizadas. A maioria dos
professores abraçava o pacto estadual, alguns não gostavam de alguns
aspectos, como por exemplo, na rotina exigida.

Vale ressaltar que tanto um, como o outro contribui muito para a construção de
novos saberes dos professores alfabetizadores deste município. Sendo assim,
é válido afirmar que na historia da alfabetização de Mulungu do Morro Bahia,
foi de grande importância a implementação dos dois programas, eles
contribuíram muito para a evolução das mudanças de práticas pedagógicas
bem como no resultado, as aprendizagens dos alunos.
2.0-ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: DOIS PROCESSOS, UMA
UNIDADE

Historicamente, o conceito de alfabetização definia-se como o ensino


aprendizado do sistema alfabético de leitura e escrita, como desenvolvimento
das capacidades de decodificar os sinais e codificação dos sons em sinais
gráficos. Antes da década de 80 as escolas desconsideravam as vivencias que
as crianças tinham no mundo das letras e palavras. Quando chegava na escola
o trabalho é desenvolvido com base no conhecimento das letras uma a uma,
passava para as famílias silábicas, uma a uma até formar as palavras de duas
silabas, depois iam gradativamente aprendendo palavras maiores. Só depois
deste processo é que inseria os textos para a leitura, estes textos eram das
chamadas cartilhas e a maioria sempre trabalhavam palavras para focar em
uma determinada letra.

Atualmente considera-se o processo de alfabetização em seu sentido amplo,


ou seja, deve-se alfabetizar e letrar na perspectiva dos usos sociais da leitura e
da escrita. No início de década de 80, os resultados da pesquisa realizada
pelas estudiosas Emília Ferreiro e Ana Teberosky, descrevendo a psicogênese
da língua escrita tendo como referencia o pensamento piagetiano, provocaram
expressivas alterações na fundamentação teórica do processo ensino
aprendizagem da escrita, desarticulando seu eixo de "como se ensina" para
"como se aprende" a ler e a escrever.

Desde que nascem são construtoras de conhecimento. No esforço


de compreender o mundo que a rodeia, levantam problemas muitos
difíceis e abstratos e tratam, por si próprias, de descobrir respostas
para elas. Estão construindo objetos complexos de conhecimento e o
sistema de escrita é um deles (FERREIRO, 2010, p.64).

Na ótica dos estudos destas pesquisadoras, foi abordada a valorização do


processo cognitivo da criança, uma vez que estas constroem e reconstroem
hipóteses sobre a escrita mesmo antes de entrar na escola. Para elas pelo fato
de está inserido em um mundo letrado, as crianças desde muito pequenas já
criam suas hipóteses sobre o que a escrita representa, e por isso o trabalho do
professor deve ser pautado a partir destes conhecimentos. Nesta visão
considerou o como se aprende e não o como se ensina, porém a partir do
conhecimento de como se aprende, conclui-se que ficou claro o como se
ensina.
Em razão da divulgação desta pesquisa, hoje a alfabetização tem sido tema de
muitos estudos e debates, ressaltando que desde antes os estudos já
aconteciam e foi assim que a psicogênese da língua escrita surgiu só que a
partir dela os estudos se alastram.
Mesmo as crianças construindo hipóteses sobre a escrita antes de entrar na
escola, o processo de alfabetização inicia-se quando esta entra para a
instituição educacional, não ocorrendo de forma espontânea. É um trabalho
sistemático que diz respeito à reflexão que se faz sobre as características do
sistema alfabético, a promoção da análise fonológica, o reconhecimento das
relações fonema/grafema, dentre outras séries de aspectos analisados pelo
aprendiz acerca da língua. Esses conhecimentos não devem ser desmerecidos
ou colocados em segundo plano, como tem ocorrido hoje, pois a importância
de ensinar a ler e a escrever sempre se fará necessária e nunca perderá sua
particularidade e valor.
O letramento por sua vez, antecede ao da alfabetização, perpassa todo o
processo de alfabetização e permanece quando o indivíduo já se encontra
alfabetizado. De acordo com Soares (1998, p. 47), “o ideal seria alfabetizar
letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da
leitura e da escrita, de modo que os indivíduos se tornassem, ao mesmo
tempo, alfabetizados e letrados.” Isso significa levar o aluno a se apropriar do
código escrito e, ao mesmo tempo, viabilizar o seu acesso aos materiais
escritos presentes na sociedade, criando inclusive situações que tornem
necessárias e significativas práticas de leitura e de escrita.
A concepção teórica da formação do PNAIC deixa bem claro que ser de fato
alfabetizado, não significa que o educando tenha somente o domínio da leitura
e da escrita. Conforme justificado na citação abaixo:

[...] ser alfabetizado é muito mais do que dominar apenas os


rudimentos da leitura e escrita, mesmo sendo capaz de ler e escrever
todas as palavras. A pessoa alfabetizada é aquela capaz de ler e
escrever em diferentes situações sociais, de tal forma que isso lhe
permita inserir-se e participar ativamente de um mundo letrado,
enfrentando os desafios e demandas sociais. Para que isso aconteça,
não basta apenas o domínio dos conhecimentos relacionados à
linguagem: é necessário também um amplo domínio de outras
disciplinas como a matemática, no qual os números e o sistema de
numeração decimal são fundamentais, mas não são os únicos
aspectos que devem ser abordados na escola. (BRASIL, 2014, p. 10)

Desta forma, a alfabetização e o letramento são processos que se entrelaçam,


são inseparáveis e devem ocorrer de forma simultânea, pois a entrada da
criança no mundo da escrita deveria acontecer tanto pela aquisição do sistema
convencional de escrita quanto pelo desenvolvimento de capacidades de uso
desse sistema em atividades de leitura e escrita, intimamente ligadas às
práticas sociais.

3.0-REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE


PROFESSORES

A complexidade de fatores que permeiam a questão da formação continuada é


bastante abrangente e está ligada ao desenvolvimento da escola, do ensino, do
currículo e da profissão docente. Para além da aprendizagem da matéria a ser
dada em sala de aula, a formação de professores traz consigo aspectos
relevantes que constituem o ser professor. Sendo assim, a formação docente
não se restringe a fazer um curso de graduação para dar aula, ser professor
requer mais do que isso. É preciso adquirir toda uma bagagem de
conhecimentos, que quase sempre não se aprende só na universidade.

3.1-A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO BRASIL-


MARCOS LEGAIS

As políticas públicas para a Educação de alguns estados e municípios e a


promulgação da Constituição Federal, em 1988, favoreceram a explicitação das
condições do exercício da profissão docente. Diante disso, a “formação de
professores reflexivos compreende a um projeto humano emancipa- tório.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, em consonância com
o inciso V do art. 206 da Constituição, traz em seus artigos de 61 a 67, a
valorização do profissional da educação. Nesses dispositivos, são
estabelecidas diretrizes para a formação dos profissionais da educação básica,
para o exercício das funções de docência e de suporte pedagógico à docência.
A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de
Educação (PNE) e dá outras providências trata a formação do professor como
algo primordial, destacando, o principal objetivo, a qualidade da educação, ser
concretizada através da relação intrínseca entre qualidade do ensino e
formação docente. Nesta mesma perspectiva, outra lei relevante para a
estratégia de valorização do professor é a do Piso Salarial do Profissional
Nacional (Lei nº 11.738/2008) que, apesar de não ser uma ação amplamente
efetivada, demonstra o cuidado com a valorização do professor.
Desta forma, a formação docente é uma preocupação não só no discurso
educacional, mas amparada por diversas leis, mas com o mesmo foco, que se
resume, comprometimento com o contexto da universalização e qualidade do
ensino. A formação de profissionais da educação tornou-se uma prioridade,
especialmente quem atua na área da alfabetização, aja visto que esta
modalidade acaba definida o sucesso e o fracasso das demais modalidades do
ensino. Entretanto, para que o professor pratique uma educação emancipadora
é necessário que realize ações problematizadoras, visando à formação de
sujeitos conscientes, autônomos e críticos. Para tanto, o professor deve avaliar
sua prática, e o faz a partir da formação continuada, pois é nesse momento,
sob uma perspectiva crítico-reflexiva, que o professor irá analisar sua ação
docente.

3.2-AS NECESSIDADES DE FORMAÇÃO DO PROFESSOR


ALFABETIZADOR

A formação dos profissionais da educação atualmente é uma necessidade,


não mais uma escolha. O mundo de hoje, diferentes de outras décadas, exige
que o profissional esteja sempre atualizando. Para tanto este precisa além de
concluir um ensino superior, está em constante formação continuada. As
estratégias em sala de aula devem ser as mais diversificadas possíveis, por
isso é necessário participar sem perder a oportunidade de está sempre
buscando novos saberes. Saberes estes que os preparam para a educação do
presente, ampliando uma visão para o futuro incerto. Desta forma, entende-se
que uma formação continuada consistente, com foco na reflexão teórico-
prática, aliada à disponibilização de materiais didáticos, é fundamental para a
concretização de um ensino de qualidade para todas as crianças. Neste
sentido, Cró (1998,p.89) entende que:

Uma sociedade complexa, em constante mudança, requer


dinamismo na formação do professor seja alfabetizador ou não.
A formação meramente técnica, estática, deverá ceder espaço
para um processo dinâmico de formação de professor, no bojo
do qual a busca de autonomia, a capacidade de reconstrução
de saberes, de competência pedagógica e a atitude reflexiva,
sejam elementos norteadores.

O professor, após a formação inicial, necessita de formação continuada em


uma perspectiva de permanência, realizando uma articulação entre a teoria e a
prática, uma relação de aprendizagens, desconstrução de conceitos, diálogos
e, posteriormente, praticando, unindo a aprendizagem ao trabalho pedagógico,
realizando efetivamente a práxis pedagógica. Para Sartori (2011, p. 31), As
possibilidades de articulação entre teoria e prática podem facilitar o
redimensionamento da ação pedagógica, especialmente no que se refere à
busca da superação da fragmentação do fazer pedagógico.
Sendo assim, a formação continuada é o caminho para auxiliar o professor em
seu trabalho docente. É na formação continuada que a reflexão sobre sua
prática pedagógica, e o conhecimento de novas metodologias, aliada a prática
vivenciada, acontece, ocorrendo assim um melhor resultado em sala de aula.
Assim, fica claro o tamanho da importância desta formação para o professor
Alfabetizador. Somente com neste espaço de formação continuada é possível
uma reflexão da ação tornando assim a ação- reflexão- ação uma realidade
necessária. Portanto, a mudança na postura do professor acontecerá a partir
de da participação ativa nesta formação, a qual valoriza o saber docente e que,
além de possibilita pensar e repensar em sua prática pedagógica, adquirida em
sala de aula, proporciona trocas de saberes, ou seja, elementos que de fato os
levem a reflexão, a abrir espaços na escola para o diálogo em torno do ensino
e aprendizagem.

3.3-A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR ALFABETIZADOR:


SUPERANDO DESAFIOS
Alfabetizar nunca foi fácil, e atuar, hoje, na alfabetização de crianças se tornou
mais difícil, pois exige uma formação bem mais ampla e consolidada, que inclui
novas posturas e novos saberes para serem utilizados e mobilizados no
processo de ensino-aprendizagem. A sala de alfabetização no momento é
cheia de tarefas para o professor dar conta. Diferente de outros tempos que
ensinava somente a técnica da escrita, hoje há diversos direitos de
aprendizagens para serem consolidadas neste período. Direitos estes, que vão
além de ler e escrever, mas sim de ler o mundo, se posicionando diante da
realidade vivenciada. Deste modo, os professores alfabetizadores de crianças
necessitam dominar, dentre a amplitude de saberes, os relacionados às
metodologias específicas e ao conhecimento dos níveis e hipóteses da
aprendizagem da leitura e da escrita; saber vivenciar com as crianças as
funções sociais da leitura e da
Assim, o processo de alfabetizar não é mais concebido apenas como a
apropriação de um código de forma mecânica, mas compreendido como um
processo contextualizado que leva em consideração as transformações
socioeconômicas e culturais da sociedade nas quais a criança está inserida e
vivenciando as práticas de letramento. Sendo assim, é indiscutível que o
professor alfabetizador tem muitos desafios que necessita e exige um
constante repensar de seu fazer pedagógico, o que pode acontecer de maneira
consciente, desejada ou não. Assim como relata Nóvoa (1995 pág. 21).

A formação não se constrói por acumulação de cursos, de


conhecimentos ou de técnicas, mas sim através de um trabalho de
reflexividade crítica sobre as práticas e de (re) construção
permanente de uma identidade pessoal. Por isso, é tão importante
investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência.

Estes desafios vão além do domínio de conhecimentos e saberes que


viabilizam uma prática pedagógica com maior qualidade no que diz respeito ao
desenvolvimento dos estudantes. Neste processo, muitos são os desafios que
o professor precisa enfrentar na construção de sua identidade, principalmente
de ser capaz de mobilizar tais conhecimentos e efetivá-los em prática docente
que promova a construção do conhecimento com seus alunos. Esta afirmativa
permeia o desafio de pensar a formação docente e o professor como um
individuo transformador, capaz de repensar e reestruturar a ação docente, pois,
na prática pedagógica, diferentes saberes são utilizados. Diante disso, o
desafio é ter uma jornada extensa de trabalhos com o aluno, planejamento e
ainda freqüentar as formações, conciliar estas atividades não é tarefa fácil.
Portanto, o professor alfabetizador terá que superar mais este desafio para
poder colocar em práticos os novos saberes que se resume em, trabalhar a
partir do saber dos educando, problematizá-lo e confrontá-lo com os saberes
da experiência e científicos.

3.4 -A FORMAÇÃO CONTINUADA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O


PROFESSOR ALFABETIZADOR

A formação inicial não dá conta de sozinha, oportunizar os saberes necessários


ao futuro profissional para que este atue de maneira segura. Sendo assim,
diante das discussões realizadas anteriormente, podemos compreender que a
prática pedagógica é uma atividade contínua e necessita que o professor
pesquise e reflita suas maneiras e procedimentos realizados no desenvolver do
seu papel como professor alfabetizador. Para tanto, faz-se necessário que
aconteça constantemente, momentos para estudos e discussões teóricos a
partir da reflexão e do pensamento crítico, gerando uma oportunidade de
adequação para a prática dos educadores. A formação continuada se faz
necessário, pois “a formação continuada dos docentes é o processo que ocorre
na vida profissional, depois da formação inicial”. (BRASÍLIA, 2012. P. 51).
Nas formações do PNAIC foram muitos as oportunidades destinados para a
reflexão -ação- reflexão. Os encontros eram divididos em dois momentos, o
primeiro reservado para os estudos de aprofundamentos teóricos e em
segundo a articulação destes estudos com a prática, onde os professores
planejavam as atividades para aplicação em sala de aula, sendo que no
próximo encontro ocorreria a socialização das atividades aplicadas, chamada
de rede de experiências. As discussões possibilitaram a troca de experiências
a partir dos relatos dos professores em consonância com os teóricos
estudados.

Nesse contexto, o PNAIC vem possibilitar subsídios relativos aos


conhecimentos e práticas alfabetizadoras para favorecer práticas significativas
de aprendizagem. Diante das transformações que vem ocorrendo na educação
brasileira que contribuem para consolidar um cenário em que a tarefa do
pedagogo também se modifica e sua profissão se torna estratégica. Sendo
assim, a formação continuada vem se constituindo como um elemento
indispensável na formação do professor alfabetizador, contribuindo para seu
desenvolvimento enquanto sujeito ativo e reflexivo, como afirma BRITO (2007,
p. 49). Discutir a formação de professores (as) implica revisar a compreensão
de prática pedagógica. Significa refletir sobre a necessidade de articulação
entre teoria e prática, compreendendo a trajetória profissional, vivenciada no
contexto da sala de aula, como possibilitadora de aprendizagens sobre a
profissão.

Desta forma, é importante ressaltar o quão é grande a importância que tem a


formação continuada do professor na área da educação. Neste sentido, o
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, trouxe uma formação de
qualidade e mudanças no que concerne: novas concepções acerca da
alfabetização; um grande e significativo aporte teórico; um quantitativo
expressivo de novas práticas de alfabetização. Neste sentido pode se afirmar
que o programa contempla a fala de Perrenoud quando afirma que:

O profissional do ensino, voltamos a insistir, é um praticante reflexivo.


Ele revê mentalmente seu trabalho e a situação criada: ele retorna,
sempre em pensamento, para contemplar-se dentro da situação
criada. A reflexão sustenta o progresso; ao mesmo tempo, é sua
consequência. É graças a essa dinâmica de reciprocidade, e porque
ela é orientada e mediatizada pela percepção do papel, que ela
constitui o fundo, o final e o investimento de toda formação.
(PERRENOUD, 2001, p. 44)

Com isso, os educadores precisam constantemente adquirir novas


compreensões que é preciso haver mudanças em sua prática também favorece
contribuições para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, objetivando
uma educação de qualidade que proporcione o desempenho e compreensão
satisfatória dos estudantes.

Dessa forma, o pacto ressalta que a formação Continuada contribui na


intervenção do professor quando ele realiza a reflexão sobre e na prática
pedagógica. Ampliando o seu conhecimento em relação às mudanças
conceituais que podem vir a ocorrer durante o seu desenvolvimento
profissional, abrindo perspectivas de profissionalidade, evolução da profissão,
oportunizando uma (re) construção e formação de conceitos, e também
mudanças nas práticas pedagógicas, e novas formas de compreender a
educação. As orientações do programa para novas metodologias, vai desde o
organização do planejamento até aos a grupamentos produtivos, considerando
a escola em todos o seu contexto.

Portando, pode afirma categoricamente, como participante ativo do programa


que, os resultados das análises dos dados sinalizam para a demanda de uma
formação continuada com saberes específicos, orientada pela prática,
evidenciando a importância do programa no município. As mudanças
formações focou sobre o processo de alfabetizar, de ensinar a ler e a escrever
trazendo assim, importantes contribuições na prática docente do(a)
alfabetizador(a), desvelando novos conhecimentos, tanto nos aspectos teórico
quanto metodológico, como também mudanças na postura profissional no
contexto da sala de aula.

4.0-SABERES DOCENTE E A FORMAÇÃO CONTINUADA DE


PROFESSORES

O tema — saberes dos professores — tem sido bastante discutido por


diferentes autores tornando -se necessário situar de qual ponto de vista será
tratada esta questão pois as visões são muitas e variadas. O conhecimento
profissional dos professores é um conjunto de saberes teóricos e experienciais
que vem sendo adquiridos desde a condição de aluno na formação inicial. É
nas situações sobrevindas na prática revelam caminhos na formação docente,
haja vista que a prática pedagógica representa compartilhamento de
experiências e saberes. Sendo assim, a formação continuada de docente
produz assim um novo perfil de professor, tendo em vista o conhecimento que
ele utiliza em sua pratica cotidiana. Neste sentido a formação passou a ser o
grande desafio e a grande considerável possibilidade de formar professor na
atualidade, pois exige do professor dedicação, tempo e muita determinação
para poder conciliar a administração da formação, sua vida e o trabalho.
Corroborando com este pensamento, Tardif (2002, p.15): “o saber dos
professores é profundamente social e é, ao mesmo tempo, o saber dos atores
individuais que o possuem e o incorporam à sua prática profissional para ela
adaptá-lo e para transformá-lo”. Partindo deste ponto de vista, É importante
perceber que os saberes e fazeres docentes, resultantes das experiências
práticas, também são necessários e relevantes, tendo em vista que os saberes
que têm sua fonte na experiência de trabalho. Por esse motivo, é importante
considerar e mobilizar a diversidade de saberes docentes construídos para
construir estratégias para lidar com as situações diárias de sala de aula.
É importante destacar que, durante as formações do PNAIC, o espaço para a
construção do conhecimento entre os pares professor e professor, professor e
mediador, mediador e professor, se dá a construção do conhecimento
colaborando assim, para a formação de uma identidade de professor
alfabetizador que transforma sua prática a partir de sua própria atividade como
afirma Tardif.

Seremos reconhecidos socialmente como sujeitos do conhecimento e


verdadeiros atores sociais quando começarmos a reconhecer-nos
uns aos outros como pessoas competentes, pares iguais que podem
aprender uns comos outros (TARDIF, 2002, p. 244).

Pensando assim, é na integração de saberes entre as partes, que passam a


ser coletivos e por isso validado, e mais importante, são saberes advindos de
experiências docentes, reconhecidos e legitimados pelos por todos os
envolvidos no processo. A valorização dos saberes da prática permite às
professoras se localizarem como autoras do processo de construção
profissional e reconhecer a importância da teoria na condução da prática,
compreendendo que este sujeito é:

[...] é um ator no sentido forte do termo, isto é, um sujeito que assume


sua prática a partir dos significados que ele mesmo lhe dá, um sujeito
que possui conhecimentos e um saber-fazer provenientes de sua
própria atividade e a partir dos quais ele a estrutura e a orienta
(TARDIF, 2002, p. 230).

Nos encontros do programa há sempre espaços abertos para a valorização dos


saberes docentes e um entendimento de que professor pode produzir
conhecimento a partir da prática docente. No trabalho desenvolvido nos
encontros com os professores, buscou aguçar o espírito de um professor
pesquisador, aquele que saiba articular a relação entre teoria e prática, ou seja,
como diz Pimenta (2002, p. 135) ter consciência de que a experiência docente
é espaço gerador de produtor de conhecimento, mas isso não é possível sem
uma sistematização que passa por uma postura crítica do educador sobre as
próprias experiências.
Entendendo-se que esta é a melhor maneira de formar professores, a partir da
análise da própria prática, o programa demonstra uma preocupação buscar
desenvolver com os professores, uma visão crítica- reflexiva para interagir com
o conhecimento, gerar novos saberes, e com isso, reconstruir a identidade do
professor. Portanto todas as formações do programa realizadas com o grupo
de professores alfabetizadores, contribuiu para a formação de uma nova
identidade de professores alfabetizadores deste século.

5.0-ANÁLISE E DISCUSSÃO DAS FALAS DOS PROFESSORES


CURSISTAS

Para realização da pesquisa, com o intuito de compreender as contribuições do


PNAIC, foi escolhido como corpus vinte professores alfabetizadores do
município de Mulungu do Morro- Ba. O resultado não pode ser analisado
envolvendo o programa no geral, mas sim, numa investigação local, utilizando
como instrumento questionários, onde foram levantadas questões a respeito do
programa e observações diretas dos diálogos ocorridos durante as formações.
Os dados obtidos foram analisados, cada questionário em si mesmo, para
entender melhor o ponto de vista dos professores.
Os professores participantes desta pesquisa atuam nas turmas do ciclo inicial
de alfabetização (1º ao 3º ano) e turmas mutisseriadas. Todos eles participam
das formações dos dois programas mencionados neste trabalho, desde 2012.
Estes foram convidados para contribuir com este trabalho devido ter mais
tempo no programa.
Alguns professores envolvidos nesta pesquisa sinalizaram que já participaram
de outras formações, porém destacaram que embora contribuíssem para seu
trabalho em sala de aula, as formações eram em curto prazo. A maioria
destacou que antes de participarem das formações do PNAIC, suas aulas não
eram tão lúdicas e que hoje suas metodologias se tornaram diversificada. Em
relação à dinâmica adotada pelo programa, todos os professores pesquisados
consideraram muito boa. Os conteúdos abordados foram visto por eles de
grande relevância para sua vida profissional e que depois de participarem das
formações, ampliaram a concepção de alfabetização compreendendo melhor a
relação entre alfabetização e letramento e como trabalhar esses conceitos.
Vale ressaltar que o único ponto negativo do programa na visão dos
professores é o atraso no inicio das formações tornando assim muito cansativo.
Diante da resposta da educadora, fica nítido que o processo de formação
oferecido no PNAIC proporcionou momentos significativos para a formação dos
professores participantes, fundamentalmente propiciou momentos de
socialização eficazes entre teoria e práticas pedagógicas, o que permitiu
ampliar o conhecimento dos professores acerca de atividades direcionadas ao
processo de alfabetização e letramento dos educando.
Em análise, com base nas respostas dos professores participantes da
pesquisa, o que se nota é que a opinião é unânime no que diz respeito às
contribuições promovidas pela formação continuada. Segundo os relatos, o que
tem peso significativo são as sugestões de trabalho e a socialização das
experiências vividas em sala de aula em turmas que compõe o ciclo de
alfabetização. Em suma, o PNAIC é um programa que vale a pena dá
continuidade, uma vez que há necessidade de sempre retomar com outro olhar
o que antes já foi estudado e discutido.

Considerações finais

O intuito da pesquisa foi coletar informações que demonstra as contribuições


do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa no processo ensino e
aprendizagem no ciclo de alfabetização. A pesquisa mostrou que as
professoras cursistas se envolveram com o curso, aperfeiçoaram sua prática e
encontraram novos caminhos para a alfabetização. Segundo Freire (2009,
p.39) “[...] na formação permanente dos professores, o momento fundamental é
o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje
ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”.

Na perspectiva dos sujeitos desta pesquisa, a formação continuada tem como


objetivo capacitar professores com o intuito de favorecer a reflexão e inovação
de sua prática de ensino através da aquisição de novos conhecimentos
didáticos metodológicos que atendam as necessidades da escola como um
todo.

Neste sentido, compreende-se que a prática de ensino deve pautar por um


aperfeiçoamento constante e reflexivo além de uma formação de qualidade.

Sendo assim, ao analisar a prática formativa realizada no ano de 2013, 2014,


2015 e 2016 conclui-se que a formação continuada em 2017 precisa ampliar e
aprofundar os estudos teóricos sobre alfabetização e letramento, articulando-os
aos estudos acerca da alfabetização matemática, de modo a contribuir para
avanços nos processos de ensino e aprendizagem no ciclo de alfabetização.

REFERÊNCIAS

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Nacional – LDB.
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica.
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http://portal.mec.gov.br/seb/index. Acesso em: janeiro de 2017.
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