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Laurann Dohner - Guerreiros de Zorn 02 - O Sequestro de Casey (Rev. PL)
Laurann Dohner - Guerreiros de Zorn 02 - O Sequestro de Casey (Rev. PL)
DISPONIBILIZAÇÃO: SORYU.
TRADUÇÃO: SUSANA.
EQUIPE DE REVISÃO: YASMIM, RUTE GONTIJO, SOO JEONG.
REVISÃO FINAL: KINHA.
LEITURA FINAL E FORMATAÇÃO: KINHA.
RESUMO
Tudo o que Casey queria era evitar ser presa pelas falsas
acusações de seu persistente ex-namorado. Correr pelo bosque para
escapar dos dois policiais parecera um excelente plano até que a
apanharam. Pensando que tudo tinha terminado, esperava ouvir o barulho
das algemas, mas em vez disso, o que escutou foi um rugido.
Um homem enorme, alto e musculoso veio para salvá-la. Ela
estava sendo resgatada pelo "Pé Grande" e ele era a coisa mais sexy que já
tinha visto. A atração entre eles foi instantânea e depois de passar algum
tempo juntos, Casey queria leva-lo para casa e ficar com ele. Mas havia
alguns problemas com esse plano. Ele não era a criatura legendária, e
definitivamente não era humano. Argernon era um guerreiro Zorn. Embora
tivessem um objetivo em comum: ele também queria leva-la para casa e
mantê-la. Só que em outro planeta
INFORMAÇÃO DA SÉRIE:
01 – A Mulher de Ral – Distribuído
02 – O Sequestro de Casey – Distribuído
03— Tentando Rever– Leitura Final
04— A Promessa de Berrr – Revisão Final
Capítulo Um.
¹Kick-ass: no sentido literal é “chutar a bunda”, sinônimo de “dar uma surra”. Mas é usada também
como gíria: “detonar”, “arrasar”. Então, quando algo é realmente muito bom, incrível, formidável,
impressionante... É kick-ass. Os Zorn são completos e perfeitos kick-ass, ou seja, “Fodões”...hehehe...
amplo e largo do que de qualquer pessoa que ela já tinha visto. Seus
lábios eram grossos e separados por dentes ameaçadores que se
sobressaíam, lhe recordando os caninos afiados de um cão. Com
essas presas tão afiadas afundando-se em seu lábio inferior talvez
fosse um vampiro, exceto que estavam em pleno dia, assim duvidava
disso.
Seus olhos eram surpreendentes. Assim que seu olhar se
encontrou com o dele não pôde afastá-los. Se Casey tinha alguma
dúvida de que não era humano, esta acabara de desaparecer. Seus
olhos eram de um, antinatural, azul elétrico que quase brilhava.
Largas e grossas pestanas negras os emolduravam, fazendo
o azul destacar-se ainda mais. Esses olhos eram a coisa mais
fascinante que já tinha visto.
Ele respirou profundamente antes que seus lábios se
fechassem repentinamente. A ação atraiu o olhar de Casey para sua
boca. Lábios masculinos se apertavam em uma linha firme antes dele
se inclinar sobre ela. Duas grandes mãos a alcançaram.
Casey queria gritar, queria correr o mais depressa possível,
mas não podia se mover. O pavor a congelou. Seus dedos nus e
bronzeados eram quentes quando se envolviam ao redor de seus
braços, logo abaixo de seus ombros. Seu contato era firme, mas
indubitavelmente suave enquanto a levantava lentamente do chão.
Não havia dúvidas de que ele era forte, desde que ela não o
ajudou a levantá-la. Casey estava muito confusa para por o seu corpo
para funcionar.
Suas pernas apenas sustentavam o peso de seu corpo
quando ele a levantou e a pôs de pé, fazendo-a notar que a parte
superior de sua cabeça nem sequer chegava a seus ombros largos,
quase trinta centímetros os separavam. Suas mãos firmes a
sustentaram enquanto ela olhava assombrada aos olhos que a
hipnotizavam com sua exótica beleza, seus olhares se prenderam, até
que ele finalmente desviou o dele.
Casey o observava atentamente enquanto ele estudava os
dois homens caídos. Seus olhares se encontraram outra vez quando
ele virou a cabeça de volta para ela. Os grossos lábios masculinos se
separaram ligeiramente enquanto ele lhe grunhia.
— Ai, Deus! — Abriu desmesuradamente os olhos. — O que é
você?
O estranho emitiu um suave grunhido sem ser uma ameaça.
Ela teria gritado se seu tom de voz fosse feroz, mas era mais como se
estivesse tentando se comunicar com ela. A verdade penetrou
lentamente dentro de Casey.
— Não pode falar, não é? — Limpou a garganta quando esta
ameaçou se fechar.
A frustração era evidente em seu rosto marcante. Tinha um
maxílar forte, maçãs do rosto salientes e seu nariz largo e plano
tremeram. Os incríveis olhos se entrecerraram com irritação.
Com um movimento de sua cabeça ela obteve a resposta.
— Sabe falar inglês? Sabe o que estou dizendo?
Ele assentiu com a cabeça.
— É uma garota?
Um grunhido surgiu de sua garganta imediatamente em
sinal de protesto. A irritação se acendeu em seu olhar brilhante
enquanto ele sacudia a cabeça com veemência. Seus dedos se
fecharam por um instante antes de se afrouxar de novo sobre sua
pele.
— Só estava testando para ver se realmente pode me
compreender. Sei que não é uma garota. — Teve que pigarrear de
novo. Tinha a garganta seca, seu coração pulsava com força. – O que
você é?
Ele a olhou durante o que pareceu uma eternidade. A
intensidade do estranho, mas bonito olhar se afastou dela para olhar
por cima de sua cabeça. Sua boca se abriu enquanto um baixo
grunhido escapava de sua garganta, era um som aterrador, cruel. A
raiva encheu sua expressão num piscar de olhos. Seu nariz chato
tremeu e seus dentes afiados se mostraram quando seus lábios se
abriram amplamente. Apertou seu agarre sobre Casey quase
dolorosamente quando seus dedos se tencionaram. Greg amaldiçoou
atrás dela.
Casey virou a cabeça para vê-lo. Sentado, Greg parecia
aterrorizado enquanto olhava estupidamente para o sujeito grande
que a segurava. As mãos trêmulas foram para a arma que estava em
seu flanco.
— Não. — Gritou Casey. — Não atire nele.
Greg a ignorou tirando a arma do coldre. Levou pouco
tempo para ele puxar o gatilho e tê-la pronta para disparar. A arma
tremia violentamente na sua direção. Casey se sentia horrorizada
diante do que estava acontecendo, mas impossibilitada para detê-lo.
As mãos soltaram os braços de Casey e se moveram para
seu quadril. Foi levantada violentamente de seus pés e o mundo virou
de cabeça para baixo em um piscar de olhos. O rápido movimento
deixou-a tonta. Ouviu-se um disparo com um ruído ensurdecedor.
O homem agarrou Casey, fechando seu braço atrás de seus
joelhos quando ele começou a correr, segurando-a firmemente.
Movia-se muito rápido. Casey estava dobrada sobre o corpo do
estranho e seu quadril foi firmemente sustentado sobre o ombro dele.
Não doía, mas isto tirava o ar de seus pulmões enquanto era
balançada por ele. O solo se passava abaixo de seus pés a um ritmo
alarmante, mas não gritou.
Outro disparo soou pelo bosque, mas a detonação não
parecia tão perto.
Foram ziguezagueando através das árvores. Greg gritou ao
longe, mas não se entendia claramente o que estava dizendo. Casey
imaginou que estava chamando reforços. Ben teria morrido? Tinha
escutado um estalo quando Ben se chocara contra a árvore. Tinha
sido seu corpo ou a árvore o que causara o som repugnante? Casey
afastou esse pensamento. Precisava preocupar-se com seu próprio
traseiro.
A grande criatura masculina, ou o que quer que fosse, abria
uma grande distancia entre ela e os dois policiais que tinham deixado
para trás. Casey estava sendo sequestrada. Teve medo de que ele
pudesse soltá-la enquanto se moviam nesse ritmo rápido ou que se
esgotasse pelo peso extra, mas ele não diminuiu a velocidade. Seja lá
o que ele fosse, era malditamente forte, já que parecia ser capaz de
correr por vários quilômetros. A respiração agitada era a única
indicação de que carregá-la era difícil para ele.
Diminuiu finalmente a velocidade quando o som de água
chegou aos seus ouvidos. Ela levantou a cabeça sacudindo o cabelo
para tirá-lo do rosto. Olhou ao seu redor vendo o mundo de cabeça
para baixo. À esquerda havia uma grande formação rochosa com o
rio à frente. Casey, de repente, soube exatamente em que parte de
sua propriedade se encontravam, mas estavam quase na fronteira
com um de seus vizinhos. A doze metros, uma cascata escondia uma
pequena caverna atrás da água que caía. Ela conhecia bem o local,
era um de seus lugares favoritos para nadar.
O sujeito parou e farejou o ar enquanto estudava o lugar.
Inclinando-se lentamente, relaxou o braço ao redor da parte posterior
de suas pernas enquanto sua outra mão a segurava pelas costas
quando a abaixou. Ficou completamente livre enquanto ele se
endireitava.
Casey olhou para o homem, sem palavras. Sua mão se
fechou sobre seu pulso e apontou com a cabeça para a água. Ela se
voltou para olhar o ponto mais alto do rio, vendo a água da cascata
cair para o lado mais estreito do rio, abaixo da queda. A mão em seu
pulso a apertou suavemente chamando sua atenção para ele.
— Quer que caminhe para a água?
Ele assentiu com a cabeça.
— Não pode falar, de verdade?
Ele negou com a cabeça.
O coração de Casey martelava em seu peito.
— Merda. Não pode dizer palavras, não é? Mas pode me
entender?
Ele assentiu e apontou com a cabeça em direção à água
uma vez mais.
Casey respirou fundo antes de se voltar e caminhar para o
rio. Ele manteve seu pulso preso, movendo-se a seu lado até a
margem da água. Parou para olhá-lo e percebeu, novamente, que era
realmente um filho da puta enorme. Devia medir, pelo menos, mais
de dois metros.
— Um gole de água cairia bem. — Disse dando um puxão no
pulso.
Ele franziu o cenho, negando com a cabeça e apontou para
a cascata. Ela seguiu a direção de seu dedo. Franzindo, também, o
cenho, encontrou seus olhos excepcionais. Não estava certa do que
ele queria que fizesse.
A irritação cruzou seu rosto. Deu um forte puxão que a fez
se chocar bruscamente com seu corpo enorme. Antes que pudesse
protestar terminou outra vez em seus braços. Levantou-a contra seu
peito embalando-a em seus braços e caminhou para dentro da água
levando-a para a cascata.
Um pressentimento percorreu Casey, acaso iria afoga-la?
Rodeou seu pescoço com os braços apertando-o fortemente quando
eles entravam nas profundezas. Ele continuou avançando até que a
água tocou seu queixo, antes de parar. Seus olhares se encontraram
quando soltou suas pernas. Seu corpo começou a flutuar afastando-
se dele e poderia tê-lo feito, exceto por ainda estarem presos um ao
outro. Ela suavizou seu abraço para segurar-se em seus ombros.
Estavam cara a cara, com apenas alguns centímetros entre seus
narizes.
Casey estudou seus traços com curiosidade. Isto era o mais
perto que tinha chegado a estar de seu rosto. Era bem atraente. Uma
pele bronzeada cobria ossos fortes e masculinos. Seus lábios grossos
se sobressaíam um pouco, fazendo-os parecer sensuais. A forma de
seu nariz era estranha, mas de algum modo ficava bem nele, tinha
vontade de deslizar seus dedos sobre ele. Pelas pequenas linhas de
seus olhos, calculava que estivesse em seus trinta e tantos anos,
poucos anos mais velho que ela. Eles se olharam fixamente. Ele a
estudava com curiosidade também, viu isso em seus extraordinários
olhos brilhantes.
Ele apontou para a cascata. Casey seguiu a direção de seu
dedo com o olhar antes de voltar sua atenção a ele outra vez. Ele lhe
grunhindo nesse tom suave que já estava começando a pensar que
era sexy.
— Quer que nade até a cascata?
Ele assentiu com a cabeça.
— Por quê?
A irritação brilhou de novo em seu rosto. Ele levantou a mão
livre até formar uma garra fazendo um gesto de escalar. Apontou
para a cascata e tudo teve sentido para Casey.
— Sabe da caverna que está atrás da cascata, não é? Quer
que nademos até lá para subir na caverna?
Ele assentiu com a cabeça. A frustração se desvaneceu de
suas feições e o braço que mantinha ao redor de suas costas relaxou.
Sacudiu a cabeça para a cascata antes de voltar o olhar para além da
margem, no bosque. Ele grunhiu tentando comunicar-lhe algo. Devia
estar preocupado com os policiais que os seguiam. Ninguém conhecia
a caverna, e Casey se perduntou como esse cara a tinha descoberto.
Ele a soltou completamente para que pudesse nadar através do rio
até onde ele queria que fosse.
Suas roupas pesavam enquanto nadava. Casey tampouco
queria que a encontrassem. Que a prendessem não estava em sua
lista de coisas que queria fazer de novo, assim nadou contra a
corrente dirigindo-se para a cascata. O rio era bastante profundo, ele
não tocava o fundo, assim por precaução nadou perto dela. A parte
mais difícil de alcançar a caverna era nadar sob a cascata, a água
caía com força encharcando sua roupa e fazendo afundá-la sob a
superfície. Sentiu alívio quando conseguiu deixar para trás a pesada
cortina de água e alcançar o outro lado.
Estava escuro atrás da cortina d’água, mas podia ver bem o
bastante para distinguir a área. Agarrando-se as rochas, começou a
sair da água para a caverna, cerca de um metro acima de sua
cabeça. O desconhecido surgiu debaixo da cascata enquanto ela
avançava subindo a rocha. Não era muito grande, mas estava mais
seco a cerca de um metro e meio, ou mais, em seu interior. Arrastou-
se para fora da beirada molhada para dar espaço. Sentou-se e
começou a observar o tipo enquanto a seguia para o fundo da
caverna. Sua atenção centrada em Casey.
Com o cabelo molhado jogado para trás, Casey pôde dar
outra boa olhada em seu rosto. Ele tinha características parecidas
com as humanas, mas seu nariz e sua boca com lábios grossos
estavam definitivamente fora do padrão. Na escuridão da caverna
seus olhos pareciam arrepiantes já que pareciam brilhar na
penumbra.
Ele apontou para trás dela, que se virou dando uma boa
olhada no fundo da caverna. Surpresa a golpeou. Ela não tinha vindo
na caverna durante meses. Havia um saco de dormir estendido ao
longo da parede do fundo com uma mochila ao lado. Nada disso tinha
estado ali em sua última visita.
Casey concentrou sua atenção nele.
— Está vivendo aqui?
Um grunhido confirmou sua suspeita. Levou sua mão até a
parte dianteira da camisa, abrindo o material molhado e descobrindo
seus músculos formidáveis revestidos em uma pele bronzeada. Ela
estava maravilhada demais para fazer outra coisa que não fosse ver
como o homem se livrava por completo da camisa. Casey inspecionou
seu peito, notando que ele tinha um pouco de pêlo ali, mas não era
excessivo. Uma linha rala de pêlo se estendia para baixo de seu
umbigo até desaparecer dentro de suas calças justas, suas mãos
grandes chegaram até a cintura enquanto tirava as botas.
Ele observou Casey olhando em silêncio. Ela não podia
afastar o olhar. Não havia dúvidas, decidiu que ele tinha o maldito
corpo mais espetacular que já vira em toda sua vida. Era semelhante
a um humano de poderosa constituição física do pescoço para baixo.
Nunca tinha visto um corpo mais definido. Cada músculo estava
marcado. A abertura na frente de suas calças deixava adivinhar mais
dessa pele bronzeada como ouro.
Casey não conseguia tirar os olhos dele enquanto ele
baixava lentamente o material de couro que se agarrava a sua pele.
As calças avançavam lentamente para baixo quando ele mexeu o
quadril. Usava ambas as mãos para empurrá-la para baixo, uma
polegada de uma vez. Casey deixou escapar um ofego quando seu
pênis se libertou de um salto.
Ele estava excitado. Sua boca se abriu involuntariamente.
Ele era grosso, definitivamente muito duro, e seu galo tinha uma
forma ligeiramente diferente da dos humanos. A pele de seu eixo era
mais avermelhada do que aquele bronzeado dourado que cobria sua
pele por toda parte. A cabeça em forma de cogumelo era mais grossa
que a suave união da cabeça ao eixo que a maioria dos meninos
possuía. Era proporcional a seu corpo grande. Ela nunca tinha visto
um homem tão grande, não é que tivesse muito com o que compará-
lo. Os poucos namorados que tinha tido eram imbecis em todos os
sentidos da palavra.
Casey sentiu que seu corpo respondia instantaneamente
enquanto olhava sua anatomia. Em um instante, imaginou como se
sentiria se ele penetrasse lentamente com essa ponta grossa e
áspera dentro dela. Sua vagina se contraiu em resposta à imagem
que cintilava em sua mente; sua essência filtrou-se entre suas coxas.
Fechou a boca de repente e rapidamente levantou a vista para seu
rosto.
Um lampejo de diversão brilhou em seus sensuais olhos, e
seus lábios se curvaram para cima em um sorriso de cumplicidade.
Ela ruborizou um pouco, sentindo como o calor atingia seu rosto,
rezava para que ele não pudesse ler na expressão de seu rosto este
pensamento. Ele levantou uma mão bronzeada com um dedo
estendido, apontando-a. Ela piscou um par de vezes, forçando o ar a
entrar em seus pulmões, imaginando o que ele queria que ela fizesse.
— Ah, diabos. Não pense que vou me despir também.
Ele grunhiu em baixinho quando seu sorriso desapareceu.
Seus brilhantes olhos azuis se entrecerraram antes que se movesse.
Esse corpo musculoso se aproximava. Seu corpo era elegante,
poderoso e seus músculos se moviam com uma esguia beleza. Ela
estava fascinada com cada maldita polegada de sua pele.
Ele se aproximou tanto que seus olhos rapidamente
desceram até seu pênis de novo. Uma veia grossa saía da base de
seu eixo até a cabeça em forma de cogumelo. Ela estava perto o
bastante para tocar a carne que apontava diretamente para ela. Ele
se agachou lentamente, aproximando seu rosto cada vez mais ao
dela. A respiração de Casey se congelou em seus pulmões, seu
coração pulsava com força, enquanto o desejo disparava através
dela. Queria ter sexo com ela? Seu estado de excitação mostrava que
a desejava.
Mãos grandes a agarraram, rodeando seus braços acima
dos cotovelos. Sua pele era quente ao tato na sua, ainda fria pela
água gelada do rio. Ele estava a centímetros dela. Seus joelhos quase
paralisaram quando a obrigou a levantar-se. O intenso olhar azul
deslizou por seu corpo, parecendo devorá-la em cada centímetro, um
sexy e suave som saiu de seus lábios abertos antes que suas mãos a
soltassem. Ela inspirou profundamente, até que essas mãos se
dirigiram até a barra de sua blusa.
O material úmido foi arrancado de seu corpo. Casey tentou
afastar-se, mas ele era mais rápido. Um de seus braços envolvia sua
cintura puxando-a com força contra sua pele. Casey estava fria, mas
seu corpo era quente ao tato enquanto ela tentava escapar. Sua
ereção dura pressionava seu abdômen descoberto, ela não soube
como sua blusa foi parar no chão. Seus seios, cobertos por sutiã de
renda, chocaram-se contra seu peito musculoso. Ele aspirou meu
cheiro enquanto outro grunhido sexy surgia em seus lábios abertos e
seu pênis se agitava contra meu ventre, onde era firmemente
pressionado entre ambos.
Ele estava incrivelmente duro.
— Por favor, não me machuque.
Ele franziu o cenho, sacudindo a cabeça e um olhar de
frustração cruzou suas feições. Seu peito se expandia quando
respirava profundamente, por isso seus corpos se pressionavam mais
intensamente. Longos segundos transcorreram enquanto o coração
de Casey pulsava de maneira irregular. A pressão sobre seu corpo foi
se afrouxando pouco a pouco até que seus corpos deixaram de estar
pressionados um contra o outro. Centímetros se abriram entre eles.
Agora seu falo já não a tocava, mas ele não soltou seu braço. Seu
olhar desceu entre eles até seu membro protuberante.
Os olhos de Casey seguiram os dele. De uma maneira muito
próxima e pessoal, deu-se conta da espessura daquele pênis. Seu
interesse se converteu em medo diante do pensamento dele
penetrando-a com isso. Ele negou com a cabeça quando ela se
debateu com força enquanto dirigia sua atenção a seus olhos. Sua
mão a soltou lentamente para lhe mostrar a cama atrás dela.
— Que diabos esta tentando me dizer?
Ele recuou e sua mão apontou para o restante da sua roupa.
O longo dedo apontou para o piso e depois para o saco de dormir
enquanto imitava a forma de se cobrir. Lentamente se virou, dando-a
uma boa vista de sua, larga e bronzeada, costa. Casey viu uma
cicatriz fina e longa percorrendo suas costas da omoplata até abaixo
de suas costelas. Para ela era um total mistério como a tinha
conseguido, mas parecia uma lesão velha. Ele se afastou para a beira
da caverna olhando a queda d’água, de costas para Casey.
Casey ficou ali tremendo. Alguns de seus medos diminuíram
quando soube que ele estava de costas para lhe dar privacidade. Seu
olhar se manteve em seu corpo enquanto tirava o resto da roupa. Ele
tinha o corpo mais bonito que já vira. Ombros largos estreitando-se
até abaixo em suas costas fortes e esse traseiro fantástico. Afastou
os pensamentos de como se sentiria ao acariciar toda a extensão das
suas costas com as unhas.
Foi até o saco de dormir, meteu-se nele e cobriu seu corpo
congelado com um lençol. O saco de dormir era grosso e quente e
Casey, aos poucos, conseguiu relaxar e se aquecer até deixar de
tremer. Olhou novamente para aquelas costas larga e o fabuloso
traseiro. Ele era realmente perfeito e nunca vira um homem em
melhor forma. Uns bons três minutos transcorreram antes que o
sujeito finalmente se virasse. Ele caminhou até sua roupa no chão,
inclinando-se para recolher uma peça de cada vez.
Casey o observou colocar as peças de roupa sobre as rochas
para que secassem. Sua ereção dura havia murchado. Estava flácido,
o tipo era impressionante mesmo com essa carne sensual pendurava
entre suas coxas. Finalmente ele se voltou para ela e seus olhares se
encontraram.
Tinha que lhe dar um pouco de crédito, ele parecia estar
totalmente à vontade com sua nudez. Sua respiração ficou presa
quando ele se aproximou lentamente. Dobrou os joelhos e de
cócoras, ao lado do saco de dormir, inclinou um pouco a cabeça para
estudá-la. Seus belos olhos azuis estavam entrecerrados. Ele
observou seu rosto durante um longo minuto enquanto seus olhares
se mantiveram imóveis. Foi uma surpresa quando o sujeito grande se
equilibrou sobre ela repentinamente e Casey perdeu o fôlego.
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
²Água frutada: água saborizada com frutas Exemplo: água com rodelas de limão.
A irritação fervia em seu interior enquanto caminhava de
um lado a outro. Argernon não tinha o direito de sequestra-la e levá-
la para outro planeta. Tinha feito sexo com o sujeito e admitia que
fora espetacular, mas isso não lhe dava o direito de fazer dela o que
bem entendesse, não podia ficar com ela como se fosse um
cachorrinho. Sentada na cama, ajeitou o cabelo molhado por cima do
ombro. Tinha descoberto como funcionava a ducha quando ele saiu.
Estava furiosa com ele e não queria ter o cheiro dele ou da relação
sexual em seu corpo.
Argernon a deixou imediatamente após lançar a bomba
sobre ela. Havia dito que tinha deveres a cumprir. Que diabos
significava isso? O que planejava fazer, além de ter sexo com uma
desconhecida e sequestrá-la depois do ato consumado? Casey ardia
de fúria negando-se a se acalmar, sabia que ao passar a fúria o medo
a dominaria.
A ideia de ser levada a outro mundo e estar à mercê de um
alienígena a estava aterrorizando. Além do sexo incrível que tiveram,
não sabia quase nada a respeito de Argernon. Deus, ele poderia ser
agressivo ou cruel. Diabos, ela pensou, quando conhecera seu ex-
noivo achara que fosse perfeito só para depois descobrir o trapaceiro,
filho de cadela mentiroso que no final utilizara seu posto no trabalho
para quase violentá-la. Que horrível peculiaridade estaria Argernon
lhe escondendo, o que ela poderia descobrir quando chegassem a
Zorn? Não podia esquecer o fato de ser um sequestrador tampouco.
A porta de repente deslizou, se abrindo, assustando Casey.
Ela olhou o alienígena alto e forte enquanto este entrava no quarto.
Argernon a observava parado na porta que se fechava a suas costas.
A porta funcionava muito bem quando era para ele. Aquela porcaria
devia precisar de algo presente no corpo dele para se abrir. Argernon
a observava com evidente precaução. Seu olhar a deixou para dar
uma olhada ao redor do quarto. Sua atenção retornando a ela por
completo.
— Que arma encontrou?
Casey engoliu em seco.
— Nenhuma. Oxalá tivesse pensado em procurar.
Suspirando, Argernon avançou para o interior do quarto,
mantendo certa distância dela. Observava com atenção enquanto se
movia.
— Suponho que uma mulher inteligente, mas zangada, possa
ser um pouco perigosa, Casey. Me entregue às armas que encontrou.
Machucar-me não lhe servirá de nada. Há mais de uma dúzia de
homens nesta nave, quem não a deixaram voltar. Deixamos a órbita
de seu planeta e atracamos a nossa nave. Não há como escapar.
— Está mentindo.
—Não minto. Seria um esforço inútil e nada honroso.
— Ah, e sequestrar mulheres é um ato muito honroso?
Ele franziu o cenho.
— Eu não planejei isso, Casey. Estava no bosque de seu
planeta a procura de vida selvagem. Sou um caçador por natureza e
desejava explorar. Nunca planejei vê-la fugindo daqueles homens ou
ter que salvá-la.
— Levou-me até a caverna. Planejou isso.
— Desejei-a, mas isso foi depois de tê-la resgatado. Atraiu-
me. Ainda me atrai. Desejo-a agora mesmo. Nenhuma mulher me faz
sentir como você faz. Não posso resistir a você.
Os olhos de Casey desceram até a frente de suas calças de
couro negro ajustadas. Estava extremamente excitado. A silhueta de
seu pênis era inconfundível. Não estava mentindo sobre desejá-la,
definitivamente. Ela levantou seu olhar até seu rosto.
— Deve ser bem ruim para você que eu não seja como
algumas das vadias sem cérebro que ao verem um pau grande se
esquecem de tudo para foder com um homem. Deixe-me ir,
Argernon. Quero voltar para a Terra. Foi divertido, muito bom, até
que me disse que não poderia retornar para casa. Não sou uma coisa
para que você leve para casa ou adote. Sou uma pessoa e tenho uma
vida.
— Entregue as armas que encontrou em meu quarto.
Olhando-o, moveu-se ao redor da cama, deixando-a entre
eles.
— Não sei do que está falando. Não sou um guerreiro. Sou
uma mulher. Deixe-me ir para casa, Argernon. — Decidiu mudar de
tática. Suavizou a voz. Não estava a cima de um pouco de
mendicância. — Por favor?
Ele arqueou uma sobrancelha.
— E o que aconteceria se levasse minha descendência?
Nossa semente é muito poderosa. Por isso, em meu planeta só a
damos a nossas prometidas. Controlamos em quem plantamos a
nossa descendência, é impossível acontecer de outra maneira. Cada
vez que um de nossos cientistas se aproximava com um tipo de
medicação para controlá-la, nossa semente se sobrepunha. Somos
uma raça muito forte. Mesmo plantando a semente Zorn em uma
humana criará raízes. Meu irmão deu vida ao ventre humano de sua
vinculada.
A cor desapareceu do rosto de Casey.
— Se sabia disto, então por que diabo não se retirou?
Inferno, de qualquer forma isso não funciona muito bem em todas?
Muitas humanas ficam grávidas usando esse método contraceptivo na
Terra.
— Retirar antes de derramar nossa semente funciona para os
Zorn. Somente depois do orgasmo nossa semente é viável para ter
descendência.
— Então, por que não tirou?
Ele tinha o cenho franzido. Argernon suspirou, deixando cair
os braços ao longo do corpo. Suas mãos esfregavam as coxas
nervosamente. Seu intenso olhar azul se encontrou com o de Casey,
parecia quase infeliz.
— Não pude resistir. Parece que tenho pouco ou nenhum
controle quando estou dentro de você. — Ele fez uma pausa. — Você
é uma anomalia.
— Olha quem fala. — Ela murmurou. — Bem. Parece que é
uma espécie avançada. Construíram uma nave e vieram até aqui.
Tem todo tipo de merda, que nem sequer posso identificar, neste
cômodo. Evidentemente, possuem mais tecnologia que minha
espécie, faça um teste ou exame para saber se estou grávida ou
então me deixe voltar.
Ele franziu o cenho.
— Seus termos são... Estranhos. Acho que entendi o que
quis dizer. Não quero que volte. Ficará comigo se minha semente
criou ou não raízes. Estou comprometido com você, Casey. Aprendi
um ditado popular da vinculada de meu irmão. — Entrecerrou seus
brilhantes olhos azuis. — Aprenda a viver com isso.
— Seu filho de uma cadela! — Queria esbofeteá-lo.
— Devo prevenir que seus insultos não alcançam o resultado
desejado. Não me sinto ofendido por esse tipo de comentário.
— Foda-se.
Ele sorriu de repente.
— Com muito prazer. — Estendeu a mão para frente de suas
calças.
— Não! Não foi isso o que quis dizer. Não é uma oferta ou
um pedido. É... Ah, inferno. — Casey estava furiosa. — Mantenha sua
calça fechada. De maneira alguma vou permitir que me toque de
novo. ―Foda-se‖ é um insulto. Significa algo ruim, seu grande
extraterrestre idiota.
Os dedos de Argernon se congelaram sobre a parte dianteira
de suas calças. Grunhiu baixinho para ela.
— Eu a desejo e você também me deseja. Entendo que
esteja furiosa e até que sinta que de algum jeito traí sua confiança
por mantê-la comigo. Mas isso não muda o fato de que me vinculei a
você e que agora é minha. Virá comigo para casa. Você gostando ou
não da ideia. Podemos brigar por isso, mas no final o resultado será o
mesmo. Viverá em minha casa como minha vinculada.
— Terá que dormir em algum momento, Argernon.
Ele inclinou a cabeça ligeiramente.
— Todos dormem. O que quer dizer com essa expressão?
Ela o olhou.
— Significa que se quiser viver uma vida longa deveria
reconsiderar e me levar de volta. Além disso, não pode ficar atento
durante todo o tempo e quando está dormindo fica vulnerável. Pode
ser maior e mais forte que eu, mas não vou facilitar a sua vida.
A raiva alterou suas feições.
— Está ameaçando me matar?
— Merda. — Casey murmurou em um gemido, o medo a
envolvendo. O tipo era enorme e um guerreiro. Era malditamente
forte, nunca deveria esquecer que a tinha carregado por vários
quilômetros como se não pesasse nada. — Por favor, só me deixe ir.
— Disse em voz baixa.
Ele se moveu com rapidez espantosa para um homem do
tamanho dele. Casey o viu chegar num piscar de olhos, mas não
tinha por onde escapar. Ela gritou quando ele a agarrou pelos braços,
seus pés deixaram o chão antes que ela voasse pelos ares, para cair
de cara sobre a cama, com força. Esperava que houvesse dor, mas
não houve nenhuma. Suas mãos foram puxadas para trás de suas
costas. Uma das mãos dele segurava seus pulsos juntos. Casey
escutou o som de tecido se rasgando. Não podia ver o que ele estava
fazendo com seu cabelo. Virou a cabeça, esfregando o rosto no
colchão, tentando tirar as mechas de cabelo dos olhos.
— Solte-me! — Ela tentou se levantar, mas um joelho
abaixou sobre seu traseiro. Não doeu. Ele só aplicava peso suficiente
em suas costas para mantê-la imobilizada em sua cama. — Maldito!
Saia de cima de mim!
Um tecido foi enrolado em seus pulsos. Lutava, mas não
conseguia se soltar, estava amarrada. Então ele soltou suas mãos,
levantou seu joelho afastando-se da cama. Casey se apoiou sobre seu
flanco, lutando para se levantar.
— Deixe-me ir, maldito! — Ela gritou
Argernon grunhiu, agarrou a parte da frente na camisa pelo
pescoço, dando um forte puxão para baixo. O tecido se rasgou ao
longo da camisa, deixando os seios e o abdômen de Casey expostos.
Casey gemeu enquanto se afundava na cama. Ela se curvou sobre o
abdômen, escondendo seus seios. Jogou a cabeça para trás, tirando
os cabelos do rosto, seu olhar fixo nele.
— Se me forçar, vou matá-lo, filho da puta.
Seu olhar se afastou dela enquanto olhava o quarto. Sua
atenção retornou à cama. Um grunhido saiu de sua garganta. Casey
pensou que o tradutor não estava funcionando bem ou não existiam
palavras para os sons de fúria que Argenon emitia. Ele arrancou a
manta que se amontoava sobre a cama. Os travesseiros deslizaram
com ela. A adaga caiu no chão produzindo um som agudo. Os olhos
furiosos de Argernon passaram rapidamente da faca para ela.
— Nenhuma arma, Casey? E o que é isso?
— Não tenho a menor ideia. Não é como algo que tenha visto
antes. Estava em seu banheiro. Você que me diga que merda é.
Ele voltou a grunhir, pegando o objeto afiado. Levantou e
caminhou até a porta. Esta se abriu. Casey o observava com terror
enquanto ele atirava a arma no corredor. Ela viu outro homem
parando, com o olhar fixo dentro do quarto. Era outro guerreiro Zorn,
um que nunca vira antes. Tinha os cabelos negro azeviche, pele
bronzeada, era tão grande quanto Argernon, e vestia quase o mesmo
traje negro. Os olhos do homem aterrorizaram Casey, ainda mais,
enquanto lhe devolvia o olhar. Eram totalmente negros, lhes dando
uma aparência maligna.
Argernon grunhiu ao homem no corredor.
— Siga seu caminhando, Dar.
O homem apartou o olhar de Casey para franzir o cenho a
Argernon.
— Está tendo problemas com sua humana? Precisa de uma
mão? Sou bom seduzindo às mulheres.
Argernon rugiu antes que ele desse um passo a mais. A
porta se fechou, impedindo os curiosos olhos negros de Dar, parado
no corredor. Argernon deu a volta e grunhiu com fúria.
— É isso o que quer? Devo entrega-la a outro, me acha tão
desagradável que precisa me matar com minha própria Shara?
— Não sei o que é um shara e não se atreva a deixar que
alguém mais me toque. — O terror a percorreu ao pensar que
Argernon deixaria outro homem se aproximar dela. As lágrimas
encheram seus olhos. — Por favor, não deixe que alguém me
machuque.
A respiração dele estava irregular. Inspirou profundamente
e depois explicou.
— Um Shara é para cortar o cabelo quando está muito longo
e é também uma boa arma para se ter a mão em caso de ataque.
Não te entregaria a outro homem. Estou furioso. Você é minha.
Mataria a qualquer um que a tocasse. Se os homens de seu planeta
compartilham suas mulheres, então sou muito diferente deles.
Estamos entendidos?
O alívio a dominou.
— Sim.
— Bom. — Ele começou a tirar a roupa. Ainda parecia
zangado. — Pare de me olhar dessa maneira.
— Por que está tirando a roupa? — Sua ira se desvaneceu
rapidamente para ser substituída pelo medo. Argernon estava
despindo-se. — Por favor, pare de tirar a roupa.
— É impossível fazê-la me desejar estando os dois vestidos.
Nossa roupa só poderia nos atrapalhar.
Casey teve um mau pressentimento.
— Vai me forçar?
Argernon lhe lançou outro olhar de irritação.
— Nunca. Te machucar seria a ultima coisa que faria com
você, Casey. Não quero te causar dor. — Seus incríveis olhos azuis se
entrecerraram, seus lábios grossos se apertaram dentro de um quase
sorriso de satisfação. — Sinto-me confiante de que posso fazê-la me
desejar.
— Ah, merda. — Murmurou Casey.
Ela também estava certa que ele pudesse fazê-lo. A ira a
consumia e o medo se afastava. Ela se sentia como em uma
montanha russa, carregada de emoções. Ela só queria que a
libertasse e não da maneira sexual que Argernon certamente estava
disposto a fazer.
Ela o observava com receio, ele já estava nu. Seus olhos
fixos em seu corpo musculoso e perfeito. Ver Argernon com seus
músculos e seu comprido cabelo sexy a excitava. Ela tinha, diante de
si, um alienígena muito excitado e quente parado ao lado da cama.
Os olhos dele vagaram para seu traseiro. Enquanto se inclinou,
lentamente, sobre ela e seus olhares se cruzavam.
— Embora me sinta seduzida não vou perdoa-lo por isso. —
Ela disse em voz baixa. — Estou muito zangada e não o desejo. Isto
deveria ser o bastante para que respeitasse meus sentimentos, por
não querer fazer isso.
Argernon teve o descaramento de rir.
— Os mwchos humanos acreditam quando as mulheres
humanas dizem estas coisas?
Casey lhe lançou um olhar acima do ombro. Seu pescoço
começava a doer por forçar a cabeça para ver atrás dela.
— Sim, acreditam.
Seus olhos brilharam com diversão.
— Está me fazendo achar que seus machoss não são lá
muito inteligentes por não serem capazes de controlar uma mulher
zangada. — Ele agarrou a parte rasgada da camisa ainda presa a seu
corpo e acabou de tira-la, lançando-a por cima do ombro para o chão
atrás dele.
Ela tentou rolar para longe, mas Argernon a segurou
imobilizando-a pelo abdômen com suas mãos. Ele a agarrou de
repente pelo quadril com as mãos grandes para levantá-la, forçando-
a com seus joelhos. Com as mãos presas às costas ela não podia
sustentar a parte superior do corpo. Sua cabeça e seios estavam
sobre a cama e o seu traseiro no ar, mantendo-a nessa posição.
— Fique assim.
— Vai para o inferno, Argernon. Você me sequestrou. Não
me deixa voltar para a Terra. Não quero que me toque.
Suas mãos grandes acariciaram a pele branca. Um calafrio a
percorreu, quando sua pele áspera e calosa a provocava deslizando
por seu traseiro, agarrando-o com firmeza para mantê-la naquela
posição. Um dos dedos deslizou ao longo da fenda entre suas coxas e
o mesmo dedo encontrou seu clitóris. Tocou a protuberância sensível.
Com a outra mão a mudou de posição, arqueando ainda mais seu
traseiro, o polegar dessa mão encontrou a entrada de sua vagina, se
introduziu e começou a esfregar para frente e para trás.
Casey apertou os olhos, os fechando. Seu corpo
correspondia ao grande Zorn. Ele se inclinou mais sobre ela. Seu
corpo grande pressionava o seu corpo dobrado. O cabelo comprido de
Argernon a provocava onde caiu sobre suas costas nuas. O hálito
quente se espalhou sobre sua pele quando se ele aproximou de seu
pescoço.
Seus lábios sussurraram ao lado de seu ouvido.
— Agora você é minha, Casey. Não posso permitir que fuja
de mim. Não posso. Estamos unidos. Não pode negar o que há entre
nós. Acredita, realmente, que posso voltar ao meu planeta deixando-
a para trás e a esquecer? Acha que poderia realmente se esquecer de
mim?
Ela odiava o fato de ele estar certo sobre um ponto. Ela
nunca poderia esquecer Argernon. Eram perfeitos quando estavam
unidos. Se ele fosse humano e vivesse na Terra, ela não pensaria
duas vezes para mudar de sua casa, estado ou país só para mantê-lo
em sua cama. Mas ele não era humano e a estava levando a outro
planeta.
— Argernon, leve-me para a Terra. Você não pode me
afastar de tudo o que conheço e esperar que esteja feliz com isto.
Ele mordeu ligeiramente seu ombro com os dentes afiados.
— Eu sou tudo o que deve conhecer. Serei tudo para você
como você é tudo para mim. Nunca estará só e jamais retornará a
seu planeta. Vou lhe deixar tão viciada em meu corpo como sou no
seu. É minha agora e sempre. — Seu dedo grosso trabalhou dentro
dela um pouco mais fundo, descobrindo a evidência de seu prazer e
usando a umidade encontrada em sua vagina para começar a fodê-la
lentamente, com movimentos razos. — Vou lhe provar que nos
pertencemos. Aceite ser minha vinculada.
Casey conteve um gemido. Ela negava com a cabeça. Se ela
cedesse, estaria renunciando a sua vida na Terra. Nunca voltaria a
ver seu lar novamente. Terminaria em algum planeta, casada com
Argernon e diante da incerteza total. Ela estremeceu quando as mãos
e a boca dele continuavam sobre ela provocando-a. Sua mente se
relindava, mas seu corpo cedia com o argumento de Argernon. Seu
polegar se movia mais rápido e profundo, entrando e saindo dela com
facilidade, provocando mais necessidade.
— Não. Quero voltar. Não pode andar por aí sequestrando
mulheres.
Argernon congelou. Levantou-se se afastando do corpo dela.
Grunhindo.
— Sou um guerreiro, Casey. Nunca recuaria em uma batalha.
Nunca vou deixa-la.
— Foda-se.
— Não quero ter prazer sozinho. Tomou banho enquanto eu
não estava. Não sinto meu cheiro em você. Fez de propósito, não foi?
Casey decidiu apegar-se à Quinta emenda, não disse uma
única palavra. Ela não podia vê-lo naquela posição, também não
podia usar os braços para levantar a parte superior de seu corpo da
cama. Escutou o Zorn a farejando antes de grunhir baixo. Irritado,
tirou o polegar de sua vagina, sua outra mão se afastava de seus
clitóris. Mas a agarrou pelo quadril, mantendo-a dobrada.
— Se banhou para tirar meu cheiro de propósito. Limpou-se
por dentro também. Está úmida. Cheiro sua excitação, mas não sinto
o cheiro de minha semente em você. E não pude saborea-lo
tampouco. — Grunhiu mais alto. — Eu não gostei disso. Você é minha
e eu gosto que tenha o cheiro de minha semente e de meu coito.
— E eu quero que me leve de volta ao meu planeta. —
Gritou. – A vida é uma cadela quando não se consegue o que quer,
hein?
Ele resmungou baixo. O tradutor ficou em silêncio. Imaginou
que isso fosse o som de sua ira. O pânico surgiu em Casey. Poderia
machucá-la? Rezava para que não fosse assim. Ela estava indefesa e
vulnerável naquela posição. Com o corpo dobrado e os pulsos presos
às costas.
— Não me machuque, Argernon.
— Estou decidindo seu castigo. Se fosse uma mulher Zorn
poderia açoitá-la primeiro, depois excitaria seu corpo, sem permitir
que chegasse ao clímax até que suplicasse por isso. É assim que elas
aprendem a lição. Os homens da Terra controlam suas mulheres
assim?
— Por favor, não faça isso.
— Presumo que não o fazem. Sua pele é muito delicada,
poderia causar dor. — Uma das mãos soltou seu quadril, a outra
esfregou a parte posterior de sua coxa. — Nunca machucaria sua pele
ou seu corpo, minha pequena. Você me deseja. Está muito excitada.
É o pensamento da punição, eu amarrando-a ou a lembrança de meu
corpo unindo-se ao seu que faz com que me deseje?
— Vá para o inferno.
— Não conheço esse lugar, mas estou certo de que não é
agradável. — Baixou a cabeça e o cabelo comprido roçou seu corpo
nu uma vez mais. Inalou se cheiro. Um grunhido rouco saiu de sua
garganta, retumbando em seu peito. — Cheira a desejo está excitada
por mim. Reclama meu corpo.
Soltou-a, afastando-se dela na cama. Casey se virou,
observando Argernon enquanto caminhava para um armário de
parede. Perguntando-se o que ele ia fazer. Inclinou-se, revirando em
uma gaveta, antes de se virar.
Seu pênis se sobressai, duro, em pé e volumoso
demonstrando realmente o quão excitado estava. Ela afastou os olhos
da ereção dura para dar atenção ao que ele segurava nas mãos. Sua
boca se abriu com surpresa, vendo Argernon segurar o que parecia
ser um par de algemas feitas de couro grosso e uma corrente de
metal que as unia.
— Fique calmo, isso não será necessário. — Murmurou. —
Não teria usado essa Shara contra você. Por isso estava na cama e
não comigo. Não sou uma guerreira. Eu nem sequer sabia que
poderia ser usada em uma luta. Eu estava de saco cheio, é...
Zangada, muito zangada e só o pus na cama. Por favor, Argernon.
Não precisa ser violento.
Ele sorriu, mostrando os dentes.
— Não acredita quando digo que não posso machuca-la? Em
Zorn, nós usamos a frustração sexual para castigar nossas mulheres
quando elas não se submetam.
— Isso não parece doloroso. Mas o que vai fazer com essas
coisas?
Inclinou-se sobre ela, entrecerrando os brilhantes olhos
azuis.
— Tudo o que eu quiser, linda. Vou convencê-la de que você
me pertence. É minha vinculada. Dou-lhe minha semente, minha
casa e minha proteção. Irei cuidar de você, alimenta-la e fazê-la feliz.
A ensinarei a apreciar tudo o que faço por você, a não brigar comigo
e a se submeter a minha vontade.
Casey o olhou com assombro.
— Não sou um animal para ser domada.
— Não quero doma-la. Quero que me deseje tanto quanto eu
a desejo.
Argernon a agarrou e a empurrou até fazê-la deitar-se sobre
o abdômen. Um joelho pressionou suas costas com peso suficiente
para imobilizar sem ferir. As algemas tilintaram sobre a roupa de
cama quando caíram. Ele desamarrou-lhe as mãos para agarrar seu
pulso e o prender. Mrxeu-se, aliviando o peso de seu joelho sobre ela
se virou tentando golpeá-lo com a mão livre.
Uma mão grande se fechou em seu pulso, pegando-o antes
que ela tivesse a oportunidade de atingi-lo. Argenon forçou seu outro
pulso para dentro das algemas com uma expressão divertida em seu
rosto. Agora estava de frente, presa com apenas um pé de distancia
entre seus braços, ele a pegou pelo meio e, inclinando-se para fora
da cama, puxou-a pelo quadril.
As algemas eram surpreendentemente confortáveis. Eram
preenchidas por algo maciu. Casey deu um chute em Argernon
quando a levantou. Ele se esquivou do pé nu com uma risada. Com
um puxão a levantou pelos braços colocando-os acima da cabeça,
alto o bastante para pô-la nas pontas dos pés enquanto lhe sorria.
— É voluntariosa, Casey. Eu gosto disso.
— Ah espere e verá. Vou lhe mostrar o quão voluntariosa
posso ser, seu imbecil. O que lhe parece isso como insulto? Sabe o
que é um imbecil?
Seus olhos se estreitaram e seu sorriso sumiu.
— Sei. E eu não sou um imbecil.
— Depende a quem você pergunta. Me solte, Argernon.
Agora. Isso não é engraçado.
— Ah, mas você vai acabar achando bem divertido.
Ele se moveu, dando mais alguns passos pela cama.
Forçada pelas algemas, ela teve que segui-lo. Bem, até agora não lhe
fizera nenhum mal, mas o que planejara fazer com ela de pé sobre a
cama?
Argernon olhou para o teto. Ela seguiu seu olhar. Havia um
gancho preso nas vigas do teto acima da cama. Entendeu seu plano
ao contemplar o metal curvo. Seus olhos se fixaram em Argernon que
estava com a cabeça baixa. Seus olhos se encontraram com os dela.
— De forma alguma você... — Ela gritou enquanto ele a
levantava do colchão pelos pulsos algemados. — Não!
Ele riu.
Casey chutava o ar. Estava a centímetros do colchão e
pendurada no teto. Não sentia dor, mas não se sentia muito
confortável em estar suspensa por seus braços. Seus olhos voaram
para Argernon, que deu um passo atrás para estudar sua obra
assentindo com a cabeça com prazer. Seus olhos até estavam
entrecerrados.
— Desça-me agora.
Ele negou com a cabeça.
— As mulheres Zorn são mais altas. Seus pés deveriam estar
tocando o colchão. Girou a cabeça olhando ao seu redor antes de se
voltar e olhá-la. — Não vejo solução para este problema. Os dedos de
seus pés deveriam tocar o colchão como apoio, mas não parece
muito desconfortável tampouco.
— Droga, Argernon. Isto não é divertido. Desça-me. Isso dói.
Inspirou profundamente e franziu o cenho.
— Nunca minta para mim. Sinto o cheiro de excitação e ira
em você, mas não dor. — Ele se aproximou mais até alcançá-la.
Tocou suas mãos e examinou seus pulsos. — Não há dor. Agora
saberá o que é um castigo de forma voluntária.
Ela tentou chuta-lo novamente. Era difícil fazê-lo sem um
apoio. Argernon evitava seu pé facilmente. Repentinamente, caiu de
joelhos em frente a ela na cama, suas mãos se apoderando de suas
panturrilhas. Casey ficou sem fôlego quando ele separou suas coxas,
pondo cada uma delas sobre seus ombros e colocando o rosto entre
elas. Prevendo sua ação seguinte, ela olhou-o agitada. Seus olhares
se encontraram.
— Eu não a soltarei até que me suplique para me afundar em
você.
Ele levantou os braços, segurou seu traseiro e aproximou o
rosto, baixou uma das mãos e a colocou entre seus corpos. Seus
dedos separaram os lábios vaginais abrindo-os para lhe dar completo
acesso ao seu sexo, deixando-a exposta e vulnerável a sua boca.
Estava pendurada, não podia fazer nada além de balançar seus
quadris tentando evitar seu contato íntimo. Não funcionou. Argernon
grunhiu profundamente em sua garganta enquanto se aproximava
mais. Sua respiração quente a atingiu um instante antes que sua
língua estivesse sobre ela.
Casey olhava-o estarrecida enquanto o homem a olhava.
Sua boca estava aberta. Uma língua grossa e úmida estimulava seu
clitóris. A sensação a fez trincar os dentes para evitar gemer quando
os espasmos começaram. Com sua língua, dava-lhe lambidas curtas e
rápidas. O prazer a dominava com a sensação que ele provocava
nela. Ele parou e afastou seus olhos dela. Os intensos olhos agora
estavam fixos em seu sexo. A língua de Argernon a penetrou. Aquela
língua grossa e comprida a invadiu lentamente e então se retirou.
Grunhiu antes de repetir o procedimento várias vezes, só parando
para atormentar seus clitóris com breves lambidas.
Era uma tortura. Casey desejava gozar urgentemente.
Então, cada vez que ela pensava que ele poderia parar e deixar de
tocá-la, fitando seu clitóris vibrante e inchado. Aí, soprava ar quente
sobre ela. Sua língua podia penetrá-la ou estimular seu palpitante
casulo de novo. A expectativa era angustiante. O suor provocava
arrepios por seu corpo.
Sua garganta estava seca por tanto gemer e ofegar. Ele
queria que implorasse para fodê-la. Deus, estava mais do que pronta
para fazê-lo. Começava a ferir seus pulsos tentando se soltar para
convencê-lo a terminar o que ele havia começado. Ela sabia que ele
poderia fazer com que chegasse ao clímax e Casey precisava gozar
agora. A língua foi retirada de seu corpo.
— Rende-se a mim, linda? Me aceita?
— Imbecil.
Grunhiu. Seus lábios cobriram seus clitóris, sua boca
envolveu totalmente seu casulo. Chupou-o com força, a língua o
açoitando, indo e vindo, rápida e quente. A pressão fez Casey gritar.
Seu corpo estava quase a beira do clímax, quase explodindo.
Argernon afastou a boca dela e grunhindo outra vez.
— Posso fazer isto durante horas. Você poderá aguentar?
As lágrimas encheram seus olhos, mas ela os manteve bem
fechados. Ninguém poderia sobreviver a este tipo de tortura sexual.
Não tinha dúvidas de que ele pudesse estimulá-la e excitá-la durante
horas. Seu corpo estava literalmente dolorido pela cruel necessidade.
Seu clitóris pulsava com frenesi entre suas pernas. Ela negou com a
cabeça. Seus olhos se abriram. Teve que piscar várias vezes para
limpar suas lágrimas.
— Por favor, Argernon. Não posso.
Algo brilhou em seus olhos. Afrouxou o abraço sobre suas
coxas antes de retirar cada um de seus ombros até que ela estivesse
pendurada com as pernas fechadas. Ela lutou contra um soluço. Ele
só queria deixa-la excitada e sexualmente frustrada. Não quisera ser
mau nem frio. Subiu à cama. Levantou os braços, seus olhos se
encontraram com os dela enquanto agarrava a algema para tirá-la do
gancho.
Gemeu quando ele a ajudou a descer até que seus pés
tocaram a cama. Ela o contemplava. Seus olhos se suavizaram. Ela
gemeu quando o fluxo de sangue começava a voltar. Suas mãos
grandes começaram a massagear seus braços e mãos. Baixou seu
corpo para sentar-se na cama e a ajudou a se acomodar.
— Eu não gosto de te castigar, linda. — Um brilho de
arrependimento fulgurou em seus olhos. Manteve o contato visual
com ela enquanto esfregava seus membros. — Me dói fazê-lo. Sofri
também. Senti tanta necessidade quanto você. — Piscou. — Quer que
a faça gozar?
Ela se limitou a olhá-lo. A dor em seus braços desvaneceu,
ele os esfregava lhe devolvendo a circulação até suas mãos. Ela o viu
apertar os dentes um segundo antes que suas mãos a soltassem e a
empurrasse sobre as costas. O movimento a surpreendeu. Uma das
mãos separavam suas coxas abrindo-as. Ela olhava para baixo
enquanto ele se movia entre suas pernas e seus joelhos.
— Fêmea humana obstinada. — Grunhiu em voz baixa.
Casey jogou a cabeça para trás enquanto Argernon
apanhava seus clitóris com a boca sem nenhum aviso. Os cotovelos
dele empurraram suas coxas para separá-las, seus dedos abrindo
mais seu sexo para sua língua. Dois dedos da outra mão deslizaram
profundamente em sua vagina. Casey gritou e explodiu. O clímax
passava brutalmente através dela enquanto Argernon chupava seus
clitóris, penetrando-a grosseiramente com os dedos. Ela gozou com
tanta força que estava certa de que foi mais de uma vez.
Soltando seus clitóris. Retirou lentamente seus dedos.
Casey relaxou e fechou os olhos. Ela ofegava de cansaço. Argernon
moveu a parte superior de seu corpo para colocar-se acima dela,
tomando cuidado de não esmagá-la. Abrindo os olhos, Casey
encontrou seu intenso olhar.
— Estou nas mesmas condições e precisando de seu corpo.
— Gemendo, a penetrou.
Casey estremeceu quando o pênis grosso e duro de
Argernon entrava em seu interior. A vagina estava inchada,
escorregadia e quente, o que facilitou a entrada nela, mesmo sendo
malditamente grande e grosso. Ela sabia que estava encharcada. Só
entrar nela e dar uma investida foi o bastante para ele. Sentiu seu
pênis pulsar profundamente dentro dela enquanto derramava seu
sêmen nela. Estremeceu com a força de sua ejaculação, um grunhido
escapou de seus lábios, ela observava seu rosto quando ele explodiu.
O suor escorria por sua fronte e seus olhos se abriram.
Olharam um para o outro. Casey esticou os braços, as
algemas chacoalharam, envolvendo o rosto dele com ambas as mão.
Ela sabia que deveria lhe dar uma bofetada, mas em lugar disso ela
só desejava tocá-lo. Seus olhares se encontraram. Não conseguia
entender, mas acreditava que ele tinha sofrido tanto quanto ela
naquele castigo. O homem gozou imediatamente após penetrá-la e
ela também.
— Não gosto de castiga-la. — Sussurrou. — Ambos
sofreremos. Entende?
Mesmo que não fizesse sentido, ela compreendeu que era
um sofrimento compartilhado pelos dois.
— Então, por que fazê-lo?
Ele piscou.
— Sou um Zorn. Você é minha vinculada. Compreenderá
com o tempo.
Casey duvidava que isso viesse a acontecer, mas não o
disse em voz alta. Argernon se moveu sobre ela. Um gemido saiu dos
dois quando ele começou a mover-se lentamente, fodendo-a de novo.
Ela cruzou os tornozelos ao redor de seu traseiro, levantando os
pulsos algemados sobre sua cabeça e envolvendo os braços ao redor
de seu pescoço, para simplesmente apreciar ao que ele estava
fazendo a seu corpo. Afastou a vista de seu olhar intenso. Não podia
encara-lo quando a olhava fixamente, penetrando-a sem pressa. Foi
emocionalmente intenso. Sua boca foi até sua garganta, beijando e
lambendo a pele.
Gozou de novo antes que se retirasse lentamente de seu
corpo. Ele não a libertou das algemas. Em vez disso, saiu da cama.
Ela estava esgotada. Viu-o caminhar nu para a gaveta de novo, tirar
outro par de algemas, estas mais longas. Ela não ficou com medo.
Estava cansada demais até para ficar nervosa com o que ele tinha em
mente. Viu que subiu de novo na cama. Em silencio ela o observou
prender um dos lados na cabeceira da cama e o outro nas algemas
que prendiam seus pulsos. Ela se limitou a olhá-lo. Estava
efetivamente presa à cama.
— Não confio em você e estou cansado, Casey. Entristece-
me ter que fazer isto. — Abraçou-a pelas costas e suspirou
profundamente. — Controle, luzes apagadas.
O quarto ficou às escuras. O grande e quente corpo de
Argernon a aconchegou com seu calor. Tinha espaço bastante para
que as algemas não a incomodassem e as mãos dele sobre seus seios
deixou-a mais tranquila. Fechou seus olhos caindo num sono
exausto.
Capítulo Seis
Capítulo Sete
*****
Capitulo Nove.
Capítulo Dez.
******
Casey se deu conta de que estava sendo infantil. Olhou para a
porta. A tinha bloqueado com uma cama e uma mesa. Sentiu-se
culpada por ter uma Ariel grávida no corredor que continuava
tentando convencê-la a abrir a porta. Admitiu que poderia ter lidado
melhor com isso. Encaminhou-se para a porta.
— Ariel?
— Estou aqui.
— Está sozinha? Se abrir a porta só você entrará?
— Prometo.
Suspirando, Casey afastou tudo da porta para abri-la. Olhou
para o corredor para ver Ariel, sozinha, sorrindo para ela.
— Ninguém está aqui, só eu. Mandei todos embora. Podemos
conversar?
Casey deixou-a entrar, mas trancou a porta atrás delas.
— Sinto muito. Não aceitei bem isso.
— Não te culpo. — Ariel sentou em uma cadeira. Massageou a
barriga distraidamente. — Ficaria chateada também. Argernon ferrou
tudo, de verdade.
— Ele deveria ter me contado.
— Sim. Deveria tê-las despachado. Sabia que se vinculasse
com uma de nós teria que desistir das outras mulheres. Disse como é
o nosso tipo.
— Dói. Pensei que se importava comigo e que era especial para
ele. Caí feito uma idiota. — Casey admitiu em voz baixa. — No
começo fiquei brava quando percebi que não voltaria para casa. Na
primeira vez que me sequestrou eu...
— Ele o quê?
Casey explicou como conheceu Argernon e como acabou a
bordo da nave. Piscou para Ariel.
— Então fomos atacados e achei que ele ia morrer. Fiquei ao
seu lado na cama minúscula por três dias, rezando para que ele
vivesse para que eu pudesse dezer-lhe que o amava. Fui uma
perfeita idiota. Deveria ter sabido. Éramos de mundos diferentes,
literalmente, e não é como se realmente o conhecesse. Afinal, como
poderia ter me apaixonado tanto e tão rápido por alguém?
— Eu entendo. Me apaixonei assim por Ral. Juro que me
apaixonei na primeira vez que fez amor comigo. Ele foi incrível. Era
tão protetor e másculo. E me consolou. Fui sequestrada por uma raça
de pessoas-lagarto e Ral lutou com um monte de homens Zorn para
me ganhar.
— Uau.
Ariel sorriu.
— Não que não tivemos nossos altos e baixos, temos, mas o
amo. Para mim é como o ar que respiro. Ele fará qualquer coisa para
me fazer feliz e se assegura de que eu saiba o quanto me ama.
Tristeza caiu sobre Casey.
— Argernon disse que iria me fazer feliz.
— São diferentes dos caras humanos. Mas com Ral acho que é
maravilhoso. Sinto muito, Casey. Talvez ele fosse mandá-las para
outro lugar. Você poderia falar com ele.
Ela sacudiu a cabeça.
— Deixe-o falar com Bara, Din ou Valle. Ele tem três delas.
— Eles têm uma grande energia sexual. Posso atestar isso.
Homens Zorn são ereções andantes. — Um sorriso separou os lábios
de Ariel. — Isso tem suas vantagens. Confie em mim. Minha vida
sexual está em alta e nunca diminui ou fica chato. — Esfregou o
ventre. — Tinha medo de que Ral perdesse o interesse em mim
quando minha barriga crescesse, mas ele acha que quanto maior
estou mais sexy fico. O homem me viciou a transar a cada poucas
horas todos os dias. — Ariel olhou para Casey. — É uma coisa da
cultura daqui o porquê de Argernon ter três mulheres em sua casa.
— Não é mais do que uma promiscuidade masculina.
— Ele é o segundo na linha de sucessão do governo deste
planeta. É como um príncipe. Aprendi muito desde que cheguei a
Zorn. Quando cheguei aqui achei que as mulheres eram maltratadas
no nível de condição escrava, mas isso não era verdade. As mulheres
têm muito mais poder e controle sobre suas vidas do que parece.
Elas são criadas sem inveja pelas outras mulheres Zorn com quem
partilham a casa. Seus corpos não podem lidar com sexo tanto
quanto os homens precisam, assim, de acordo com as mulheres Zorn
com quem falei, gostam de ter outras mulheres para tomar este
fardo. — Ariel bufou. — Elas chamam de fardo ninfomaníaco. Acho
que não desfrutam disso tanto quanto nós.
— Para elas isso incomoda.
Ariel riu.
— Provavelmente. As mulheres Zorn só tem inveja das
vinculadas porque lhes são permitido ter filhos e estão no comando
da casa. A maioria delas estão dispostas a abrir mão disso para ser
ajudantes de casa, porque para elas estar em uma boa casa é
sinônimo de poder e prestigio.
— Como limpar a casa e ser uma esquenta cama de alguém
pode te fazer alcançar poder e prestigio?
— Estou contigo, mas pense em todas as mulheres que se
casam com homens ricos por dinheiro. Aqui é da mesma forma. As
mulheres Zorn poderiam vincular-se aos homens se quisessem, mas
a verdade é que a maioria delas preferem viver em uma casa com
uma ou duas mulheres, se o homem tiver dinheiro suficiente.
Conseguem as melhores casas, a melhor comida, o melhor de tudo. E
gostam de dividir as tarefas com as outras.
Casey olhou para Ariel com o cenho franzido.
— Tem ajudantes de casa na sua casa? Deixa que outras
mulheres o toque? Não vou te julgar nem nada. Espero não estar
sendo intrometida. Simplesmente não me vejo vivendo dessa forma e
sendo feliz. E você?
Uma risada escapou de Ariel.
— Temos uma ajudante de casa. Estou muito feliz que ela
esteja lá. É uma mulher mais velha, bem mais velha e ela me trata
como a filha que sempre quis ter. Quanto à infidelidade, bem, se Ral
tocar em outra mulher o castro. — Ela piscou um olho. — Não que ele
fosse. Não posso ter o suficiente dele. Não há motivos para ser infiel.
— Tinha ajudantes quando você veio para cá?
— Ele as tinha mandado para uma das casas de seus irmãos.
Seu pai mandou uma para a nossa casa depois que cheguei. Na
verdade, ela tirou a roupa e ficou de quatro empurrando a bunda
para cima esperando que meu marido a montasse. Fiquei muito
brava. Não podíamos nos comunicar porque os malditos tradutores
ainda não conseguiam ler inglês. Foi tão frustrante. Tentei dizer ao
cara que se ele montasse a cadela, a qual estava empurrando a
bunda para ele no chão, nunca mais deixaria que me tocasse
novamente fazendo gestos com as mãos. — Ariel bufou. — Foi um
inferno e saí furiosa. Ele me seguiu e nunca a tocou.
— Tenho um filho dele. Minha vida está tão fodida.
Ariel suspirou.
— Fale com ele. Coloque os pés no chão, diga-lhe do que você
precisa. Ele poderia ter te levado de volta para a Terra. Inferno, ele
não tinha que trazê-la com ele. Te carregou pelo bosque e a raptou.
Se o pai dele descobre que te trouxe contra sua vontade, ele vai
estar na merda. Infringiu a lei te trazendo aqui.
Casey ficou chocada.
— O quê?
— Todas as mulheres humanas vinculadas tem que fazê-lo de
bom grado. É contra a lei sequestrar uma mulher que não quer ser
trazida para Zorn. Ele a tomou e se vinculou com você sem lhe dar
escolha, Casey. Se quiser arrancar suas bolas, deveria dizer ao seu
pai o que ele fez.
— Seu pai me mandaria de volta para a Terra?
Os olhos de Ariel caíram sobre sua barriga.
— Não. Não vou mentir para você. — Olhou para cima. — Não
consigo ver o pai dele deixando-a ir com seu neto e, diabos, seu bebê
não estaria à salvo na Terra. Você sabe disso. Quando me dei conta
de que estava grávida soube que não importa o que aconteesse com
Ral não poderia voltar para casa de novo. Meu filho seria uma
aberração. Pode imaginar o frenesi da mídia? Todo mundo tentando
usá-lo como um degrau para a fama, seria um verdadeiro inferno
para ele. — Ela esfregou a barriga. — Aqui em Zorn meu filho é como
todas as outras crianças. Para eles não importa que eu seja humana
ou que ele será parte humano. Sabem sobre as outras raças em
outros planetas e as aceitam. Em sua cultura ser só uma parte Zorn o
torna totalmente Zorn.
— O que eu devo fazer, então? Ir para a casa de Argernon e vê-
lo foder essas três mulheres? Talvez possamos tirar a sorte e ver
quem fica com ele em seu tempo livre. — Casey odiava a pitada de
amargura em sua voz. — Ouvi que desde que sou sua vinculada
posso dormir na cama e não no chão. Uhu. Que sorte a minha.
Ariel sacudiu a cabeça.
— Não. Você pode ser direta com o filho da puta. É só você ou
vai encontrar outro homem. Deixe-me te dizer uma coisa: somos a
melhor mercadoria neste maldito planeta. Há milhares de homens
bons em Zorn que saltariam sobre todos os obstáculos que você
coloque se você concordasse em se vincular a um deles. Seriam leais
e nunca a maltrataria.
— Bara fez algo a ele para acordá-lo.
Ariel suspirou.
— Eu sei. Fui eu quem teve que transmitir seu recado a Ahhu,
após a ter enviado para impedir que isso acontecesse.
— Não posso esquecer isso. Desculpe-me, eu deixei, mas não
posso esquecê-lo.
Ariel assentiu.
— Me deixe falar com Ral. Ele conhece um monte de homens
bons. Precisa encontrar um neste planeta para protegê-la. Vou fazer
com que Ral a deixe voltar para casa com agente e vamos te
apresentar a cada homem que meu marido conhece até encontrar por
quem se apaixone. Conseguiremos te vincular a alguém que possa te
fazer feliz e segura. Precisa disso agora. Pense no seu bebê.
Casey olhou para a barriga.
— Argernon deixará que seu filho se vá?
Ariel ficou de pé.
— Você foi forçada a abandonar a Terra. E ele se vinculou a
você sem o seu consentimento, uma vez que não tinha a menor ideia
do que significava quando ele gozou dentro de você. Ele quebrou a
lei. E essa é a maldita verdade. Enquanto o bebê estiver em Zorn e
seguro, não vejo como o pai pode protestar. Hyvin Berrr poderá ver o
seu neto, sem importar o homem que o crie. Há um monte de
homens bons em Zorn, Casey. Você poderia ser feliz aqui.
Isso quebrou seu coração, mas Casey assentiu.
— Não posso ficar com Argernon novamente. Não posso deixar
que me magoe mais do que já magoou.
— Vou falar com Ral e te levaremos para casa com agente.
Sinto muito mesmo, Casey. Argernon foi um verdadeiro idiota e
espero que sofra por tudo o que te fez.
Casey observou a mulher ir embora. Baixou a cabeça. Tudo o
que sabia era que Bara estava fodendo Argernon neste exato
momento. Doía muito.
Capítulo Onze
Capítulo Treze