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Teorema Da Integral de Gauchy
Teorema Da Integral de Gauchy
ou Teorema de Cauchy-Goursat
2 Definições Necessárias
Serão explicados nessa seção alguns conceitos necessários para a construção da prova
do Teorema de Cauchy-Goursart. Para todas as definições nessa seção, foi utlizado como
referência o livro Complex Variables and Applications [2].
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Figura 1: Augustin-Louis Cauchy a esquerda, Édouard Goursat a direita
tal que x(t) e y(t) são funções contínuas. Sendo as derivadas das funções da Equação 1
x0 (t) e y 0 (t) funções contínuas no intervalo, temos que a função z(t) é um arco diferenciável.
Definição 2.3.1. Se z(t) é um arco diferenciável e z 0 (t) 6= 0 no intervalo (a < t < b),
então o vetor tangente unitário
z 0 (t)
T= (2)
|z 0 (t)|
é bem definido para todo t nesse intervalo aberto, com ângulo de inclinação arg z 0 (t).
Além disso, quando T faz uma curva, ele a faz de maneira contínua, a medida que o
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parâmetro t varia no intervalo (a < t < b). Tal arco é dito suave.
2.4 Contorno
3 Teoremas
∂u ∂v ∂u ∂v
= e =− (3)
∂x ∂y ∂y ∂x
que são as condições de Cauchy-Riemann. Além disso, f 0 (z) é dada em termos de suas
derivadas parciais pela equação:
∂u ∂u ∂v ∂u
f 0 (z) = +i = −i (4)
∂x ∂x ∂y ∂y
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f 0 (z) = a + ib
Então,
∆f ∆u + i∆v
lim = = lim = = a + ib
∆z→0 ∆z ∆z→0 ∆x + i∆y
e também:
∆u + i∆v ∆u + i∆v
lim Re =a e lim Im =b
∆x→0,∆y→0 ∆x + i∆y ∆x→0,∆y→0 ∆x + i∆y
∂u ∂v
mostrando que as derivadas parciais ∂x
e ∂x
existem em (x0 , y0 ), e que:
∂u ∂v
=a e =b
∂x ∂x
∂u ∂v
= −b e =a
∂y ∂y
∂u ∂v ∂u ∂v
= e =−
∂x ∂y ∂y ∂x
Como f 0 (z) = a + ib, conclui-se que f 0 (z) pode ser expressada como f 0 (z) = ∂u
∂x
+ i ∂u
∂x
=
∂v
∂y
− i ∂u
∂y
, no ponto (x0 , y0 ).
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Teorema 3.2 (Teorema de Green). Seja C uma curva simples fechada derivável e D a
região do plano delimitada por C. Sejam P e Q duas funções reais de variável real com
derivadas parciais contínuas numa região contendo D, então:
Z ZZ
(P dx + Qdy) = (Qx − Py )dA
C D
Como o Teorema de Green não faz parte da ementa do curso, não será descrita sua prova.
Z
f (z)dz = 0
C
Z Z b
f (z)dz = f [z(t)]z 0 (t)dt
C a
Sendo que
f (z) = u(x, y) + iv(x, y) e z(t) = x(t) + iy(t)
No entanto, note que o integrando da equação acima pode ser expandido como:
Z Z b Z b
0 0
f (z)dz = (ux − vy )dt + i (vx0 + uy 0 )dt
C a a
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Em termos de integral de linha de funções reais de duas variáveis, temos:
Z Z Z
f (z)dz = (udx − vdy) + i (vdx + udy)
C C C
Z ZZ ZZ
f (z)dz = (−vx − uy )dA + i (ux − vy )dA
C R R
ux = vy , uy = −vx
Portanto, é fácil observar que ambos os integrandos das duas integrais duplas são zero
por todo R. Então,
Z
f (z)dz = 0
C
4 Exemplos
4.1 Exemplo 1
Z Z
f (z)dz = 0 =⇒ f (z)dz = 0
C −C
Z Z −a
f (z)dz = f [z(−t)]z 0 (−t)dt
−C −b
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fazendo a substituição
τ = −t =⇒ dt = −dτ
obtemos:
Z b Z
0
− f [z(τ )]z (τ )dτ = − f (z)dz = 0
a C
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Z Z
f (z)dz = − f (z)dz
−C C
então
Z Z
f (z)dz = 0 =⇒ f (z)dz = 0
C −C
4.2 Exemplo 2
zez
Z
dz = 0
C (z 2 + 16)4
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Referências
[1] Tom M. Apostol. Calculus, Vol. 2: Multi-Variable Calculus and Linear Algebra with
Applications to Differential Equations and Probability. (Inglês) [Cálculo, Vol. 2].
[2] James Ward Brown e Ruel V. Churchill. Complex Variables and Applications. (Inglês)
[Variáveis Complexas e Aplicações].
[3] Augustin-Louis Cauchy. Mémoire sur les intégrales définies, prises entre des limites
imaginaires. (Francês) [A Memorandum on definite integrals taken between imaginary
limits]. Paris, 1825. url: https://archive.org/details/mmoiresurlesin00cauc.