Você está na página 1de 3

TEMA 4

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de
sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
“Os obstáculos existentes na manutenção e melhoria do sistema de doação de órgãos e sangue no Brasil",
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO 1

Pandemia provoca queda de quase 50% na doação de sangue e plaquetas no INCA.


Um dos efeitos colaterais da pandemia da Covid-19 foi a redução do número de
doadores de sangue e plaquetas, uma vez que menos pessoas têm saído de casa. Para
manter o estoque do INCA abastecido e dar continuidade aos tratamentos são
necessárias 70 doações diárias, mas atualmente a média é de 30. Durante a pandemia,
algumas recomendações são especialmente relevantes: higienização de mãos ao entrar
e sair do Serviço de Hemoterapia, onde há disponível álcool em gel, água e sabão;
manter distância mínima de um metro de outras pessoas; e evitar apertos de mãos e
abraços são essenciais. Os locais de triagem, coleta e lanche (com o descarte de todos
os utensílios) estão sempre higienizados.
Por isso, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) chama a atenção
para a divulgação da tradicional campanha “Junho Vermelho”, que procura conscientizar a população
sobre a importância deste gesto nobre, que nunca foi tão fundamental. A escolha do mês de junho não é
aleatória: o sexto mês do ano é considerada a época de maior escassez nos estoques, que registram uma
diminuição no número de doadores no Brasil.

“Há ainda um aumento da incidência de infecções respiratórias, propiciado pela queda das temperaturas.
Com isso as pessoas se recolhem e ficam menos propensas a sair de casa. O fato de estarmos em isolamento
social também acaba sendo outro dificultador”, destaca o hematologista. João Paulo Guimarães, responsável
técnico pela Agência Transfusional do Hospital da Baleia Fundação Benjamim Guimarães, também faz
um apelo: “Com este período da pandemia, há uma redução significativa do volume de doadores no
Hemominas e, consequentemente, redução nos estoques dos hospitais que a instituição serve. No momento,
estamos conseguindo atender as principais demandas, como cirurgias oncológicas, pacientes de hemodiálise e
casos graves. Mas solicitamos a todos que, aptos a doar, procurem o Hemominas. Precisamos melhorar estes
estoques”.

Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2020/06/13/interna_gerais,1156320/medo-da-covid-19-
inibe-doacoes-de-sangue-queda-e-de-30.shtml

TEXTO 2

O que impede o Brasil de melhorar ainda mais seu índice de doação de órgãos

O primeiro semestre de 2017 apresentou um aumento significativo no número de doadores de órgãos no Brasil.
O período teve 15,7% mais doadores se comparado ao mesmo período de 2016. O crescimento segue duas
tendências opostas verificadas na última década. Uma, que as doações estão subindo. A segunda, que a recusa
dos familiares dos possíveis doadores continua sendo o principal entrave para que esse crescimento seja ainda
maior.
A fila de pacientes ativos que esperam por um órgão, por sua vez, diminuiu na primeira metade de 2017. Em
dezembro do ano anterior, 34.592 pessoas estavam na lista de espera, segundo a Associação Brasileira de
Transplantes de Órgãos. No fim de junho, o número já era de 32.956 — queda de 1.636 pessoas. O número de
crianças na fila também caiu no mesmo período, de 916 para 887. O número de órgãos doados é maior do que
o número total de doadores porque, na maioria dos casos (65%), uma mesma pessoa doa mais de um órgão.
Apesar da melhora nos indicadores, milhares de brasileiros ainda morrem enquanto esperam por um órgão no
país. No primeiro semestre de 2017, 1.158 pessoas morreram na fila. O Brasil poderia, mesmo com leis mais
rígidas, estar próximo dos países que mais efetivam doações de órgãos em seus sistemas de saúde, como a
Espanha, por exemplo. O país europeu é, há mais de uma década, o líder mundial no assunto — em 2016,
havia 43,4 doadores de órgãos para cada um milhão de habitantes que efetivamente tiveram seus órgãos
transplantados para outras pessoas. Por aqui, os hospitais identificaram 36,6 possíveis doadores para cada 1
milhão de pessoas, mas o número de pacientes que realmente tiveram seus órgãos doados foi de 16,2 a cada 1
milhão de pessoas.

ENTREVISTA E TESTES Caso os familiares


concordem com a doação, respondem uma série de
perguntas sobre os hábitos do doador que possam
inviabilizar o aproveitamento de algum de seus
órgãos. Mesmo assim, a equipe médica realiza
testes. Só então os órgãos são retirados e
transportados para o paciente de destino.
O governo federal foi responsável por pagar 95% de
todos os transplantes de órgãos em 2015 por meio do
Sistema Único de Saúde, o SUS. Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córneas, veias, ossos e
tendões podem ser doados. Em alguns casos o doador pode ser vivo, mas precisa ser familiar do receptor ou
contar com uma permissão judicial para fazer a doação.

Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/30/O-que-impede-o-Brasil-de-melhorar-ainda-
mais-seu-

TEXTO 3
Doação de órgãos cai durante pandemia e fila de espera por rins e córneas aumenta no RN
Doações de sangue também caíram de abril a junho e estoque de bolsas está com 30% do ideal, segundo o
Hemonorte.

Durante a pandemia do novo coronavírus, o número de doações de órgãos caiu no Rio Grande do Norte,
de acordo com dados da central de transplante do estado. Com isso, as filas de pacientes à espera de órgãos
como rins e córneas aumentou no último trimestre.
De abril a junho, de 25 famílias entrevistadas, apenas seis aceitaram que os órgãos de seus entes falecidos
fossem doados - uma redução de 85% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 40 famílias
aceitaram realizar doações.
Com a diminuição da oferta, o número de pacientes esperando por doação de córnea saltou de 280 no
ano passado para atuais 325 - aumento de 16%. Os pacientes renais, que já esperavam em média dois anos por
uma doação, devem esperar ainda mais. São atuais 219 na fila contra 180 no ano anterior - um acréscimo de
21%.
De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Rogéria Medeiros, há pelo menos duas
explicações para a redução das doações. A primeira é que, com o isolamento social, houve redução de acidentes
e mortes por trauma - de onde surge grande parte dos doadores. "Isso não foi apenas no estado, mas em todo
o país. Houve uma redução do número de possíveis doadores", afirma.
Outro motivo é a negativa das famílias, preocupadas com a demora para liberação do corpo para
sepultamento, visto que o processo pode levar três dias a mais. Além dessas razões, existem as recusas que
ocorrem normalmente, por questões de crença ou desinformação sobre o processo de doação.
Além de córneas e rins, a central de transplante do Rio Grande do Norte trabalha com doações de medula
óssea. Porém o processo de doação de medula ocorre de maneira diferente, visto que o doador é vivo e doa
uma amostra de sangue para um banco nacional de dados. Com o surgimento de um paciente cujas
características genéticas sejam compatíveis, ele é convocado.
Sangue
Em junho, o Hemonorte, que recebe doações de sangue usado para transfusões em pacientes de cirurgias
eletivas e urgências também passou a convocar doadores porque estava com "estoque crítico". Nesta sexta-
feira (17), o estoque contava com apenas 241 bolsas, cerca de 30% do ideal, já que a entidade estima que são
necessários de 800 a 1.000 bolsas diariamente.
"Os bancos de sangue do país nunca estiveram em uma situação tão grave. O Hemonorte nunca vivenciou uma
situação de os estoques serem tão baixos por tanto tempo", afirmou o diretor geral do Hemonorte, Rodrigo
Villar.
De acordo com ele, qualquer pessoa saudável, com idades entre 16 a 69 anos, pode procurar uma das unidades
no estado para fazer doação. Durante a pandemia, as doações estão sendo agendadas através do site da
instituição.
Fonte: https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/
noticia/2020/07/17/doacao-de-orgaos-cai-durante-pandemia-e
-fila-de-espera-por-rins-e-corneas-aumenta-no-rn.ghtml

TEXTO 4

Você também pode gostar