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POPULAÇÃO

Manejo da tuberculose na APS PRIVADA DE


LIBERDADE

EXAMES DE CONTROLE PARA O TRATAMENTO DE ADULTOS

Para o controle bacteriológico, é fundamental, a realização de baciloscopia mensal nos casos de TB pulmonar,
para o monitoramento da efetividade do tratamento. Espera-se a negativação da baciloscopia a partir do final da
segunda semana de tratamento. Entretanto, pacientes podem persistir com baciloscopia positiva sem que isso
signifique falha terapêutica. Pacientes com baciloscopia positiva ao longo do tratamento ou que positivam após
negativação devem ser avaliados quanto a adesão, falência e/ou resistência. O TRM-TB não deve ser utilizado para
controle de tratamento, podendo ser realizado somente para investigação da resistência à rifampicina.

Quando a baciloscopia for positiva ao final do segundo mês do tratamento, deve-se


solicitar cultura para micobactéria com teste de sensibilidade, prolongando a fase de
ataque (RHZE) por mais 30 dias, e reavaliar o esquema de tratamento com o resultado
do TS (CAMINERO; VAN DEUN; FUJIWARA, 2013; FARGA; CAMINERO, 2011). Após 30 dias,
caso o TS resultar em sensibilidade às drogas de primeira linha ou ainda sem resultado,
especialmente em pacientes com boa evolução clínica e/ou bacteriológica, iniciar fase de
manutenção (RH) por mais 4 meses. Pacientes com evolução insatisfatória (não melhora
clínica e/ou persistência de baciloscopia associada ou não, com aspecto radiológico
evidenciando atividade de doença) devem ser encaminhados para uma referência de
tuberculose para avaliação.

Em locais que tenham disponível o TRM-TB, esse teste deve ser solicitado, além da cultura
e TS para rastreio de resistência à rifampicina. Caso o TRM-TB evidencie resistência à
rifampicina, encaminhar para referência terciária (ver capítulo de tratamento de TB
DR) e, em caso de sensibilidade à rifampicina, prolongar a primeira fase do tratamento
(RHZE) por mais 30 dias, reavaliando o esquema de tratamento com o resultado do TS.

Quando o paciente referir ausência de expectoração, o profissional de saúde deverá orientá-lo sobre como obter
uma adequada amostra de escarro para exame. Quando disponível, a indução do escarro pode ser realizada (ver
capítulo Diagnóstico do Manual de Recomendações Para o Controle da tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde).

Pacientes inicialmente com exame bacteriológico positivo deverão ter pelo menos duas baciloscopias negativas na
fase de manutenção para comprovar cura, uma no decorrer da fase de manutenção e outra ao final do tratamento
(5º ou 6° mês).

O controle radiológico pode ser realizado após o segundo mês de tratamento, para acompanhar a regressão
ou ampliação das lesões iniciais, especialmente nos casos pulmonares com exames bacteriológicos negativos e
na ausência de expectoração para controle bacteriológico. Na vigência de evolução clínica favorável, outro exame
radiológico pode ser realizado somente ao final do tratamento. Também deve ser realizado em qualquer momento
do tratamento a critério clínico.
POPULAÇÃO
Manejo da tuberculose na APS PRIVADA DE
LIBERDADE

EXAMES DE CONTROLE PARA O TRATAMENTO DE ADULTOS


(cont.)

Quadro 1. Consultas clínicas e exames de seguimento do tratamento da TB adultos.


Procedimentos 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês Observações

Maior frequência a critério


Consultas X X X X X X
clínico.

Caso não seja possível


Oferta de teste para
X no primeiro mês, realizar
diagnóstico do HIV
durante o tratamento.

Avaliação da adesão X X X X X X

Baciloscopias de Recomendação para casos


X X X X X X
controle pulmonares.

Especialmente nos
casos com baciloscopia
Radiografia de tórax X X negativa ou na ausência
de expectoração. Repetir a
critério clínico.

Glicemia, função No início e repetir a critério


X
hepática e renal clínico.

Fonte: CGPNCT/SVS/MS.

(texto extraído)

FONTE: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Departamento de vigilância das doenças transmissíveis. Coordenação
geral do programa nacional de controle da tuberculose. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. 2. ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2019. p. 122-124.

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