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COORDENAÇÃO DE MEDICINA

DISCIPLINA: OBSTETRÍCIA (SÉTIMO PERIODO)


PROFESSORA: DRA. MARIA DA CONCEIÇÃO R. SIMÕES

APS N2 – 2023/2

NOME:Iasmin Damasceno de Oliveira. RA: 1201820689 DATA: 08/11/23

1. P.A.C, 18 anos, G1P0A0, com 33 semanas de gestação, chega a maternidade com queixas
de cefaleia, náuseas e dor epigástrica em barra. Ao exame físico: PA = 170X110mmHg,
AFU = 29cm, BCF = 120 bpm, metrossitoles ausentes, útero com tônus normal e colo
uterino posterior, grosso e fechado. Qual a hipótese diagnóstica e a conduta terapêutica.

Resposta: Pré-eclâmpsia precoce grave/crise hipertensiva gestacional. Conduta


expectante, para estabilizar a paciente: a internaria e a colocaria e a em repouso com
decúbito lateral esquerdo como dorso elevado por pelo menos 1 hora para aumentar o
fluxo sanguíneo renal, aumentando a natriurese diminuindo a PA, garantiria o acesso
venoso com soro glicosado a 5%. Prescreveria hidralazina ampola 20 mg/mLV, com dose
de 5 mg a cada 20 minutos. Esperaria a redução da PA de 20 a 30%. Monitoraria de forma
cuidadosa a PA, Faria a cardiotocografia fetal e Doppler velocimetria para avaliação da
hemodinâmica fetal. Caso não ocorra a diminuição da PA com hidralazina após atingido a
máxima de 30 mg, escolheria como outra opção medicamentosa o nitroprusseto de sódio
0.25- 10 ug/kg/min IV. Também administraria sulfato de magnésio IM como profilaxia
das convulsões e neuroproteção fetal. Em caso complicação e se for necessário o parto:
Corticoterapia para maturação pulmonar fetal com betametasona12mg IM a cada 24 horas
por 48 horas.Além disso pediria os exames laboratoriais como hemograma, função renal e
hepática. Reavaliaria a paciente a procura de sinais e sintomas de deterioração clínica e/ou
laboratorial, me atentaria a sinais e sintomas de eclâmpsia e síndrome de HELLP e
avaliaria novamente minha conduta.

2. A.B.S, 29 anos, G5P3A1, com 39 semanas, procura atendimento na maternidade devido


dor no baixo ventre, tipo cólicas, Relata não ter tido acompanhamento pré-natal. Ao exame:
colo dilatado para 6 cm, contrações 3/10’/40”,apresentação cefálica, bolsa das águas
integras. O teste rápido para HIV, na triagem, apresenta resultados positivos em 2 amostra.
Qual a melhor conduta obstétrica, terapêutica e cuidados com seu recém-nascido, após o
parto.
Resposta: Conduta expectante parto vaginal evitando a ruptura prematura de membranas,
pediria aferição da carga viral, iniciaria com AZT EV, 2 mg/kg como dose de ataque e
como manutenção, 1mg/kg de peso/hora até o nascimento. Evitaria a cardiotocografia
interna e amostras de sangue fetal para avaliação do pH. O cordão deve ser clampeado
rapidamente, as vias aéreas do RN devem ser limpas com cuidado e suavidade. Se na
avaliação houver a necessidade de aspiração, ela deve ser feita evitando traumatismos na
mucosa orofaríngea e banhar o bebê assim que possível. A mãe deve ser orientada sobre a
utilização de forma contínua a TARV, caso não aceite deverá utilizar o ARV,
contraindicaria o aleitamento materno e prescreveria cabergolina 0,5 mg VO DU para a
inibição da lactação além de evitar o contato de seus lóquios com a criança. Para o RN:
AZT em xarope VO 4 mg/kg/dose 12/12 horas por 6 semanas + 3 doses de nevirapina, a
primeira logo após o nascimento a segunda após 48 horas da primeira dose e a terceira
após 96 horas da segunda dose. A dose é de acordo com o peso ao nascer: se 1,5-2,0 kg é 8
mg/dose, se maior que 2,0 kg é 12 mg/dose.

Referências:
URBANETZ A. A. Ginecologia e Obstetrícia FEBRASGO para o médico residente. 2ª
edição. Barueri: Manole, 2021.
ZUGAIB M. ZUGAIB Obstetrícia. 3ª edição. Barueri, São Paulo: Manole, 2016.

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