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Os grandes
vinhos
dos 16 anos
de ADEGA
10 pratos
SDUɞ&KDUGRQQD\

Stellenbosch
$HVWUHOɞGɞ
IULFɞGR6XO

Napa Valley
E suas 16
denominações

9LQKRFDUR
vale a pena?
Lenda
Bordeaux
de 70 anos

J.L. Chave
O mestre de Hermitage

&RPRRterroir
GHWHUPLQɞR
VDERUGRYLQKR
Garrafas
inusitadas

Vinho é
Design
&DL[ɞSUHWɞ
QRYLQKHGR

investimento
Sobretudo no en primeur
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ESPANHA
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BRASIL
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 A maior referência
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Criada em 2005, a Revista ADEGA
nasceu com a missão de acelerar
a cultura do vinho no Brasil
através de informação, formação
e entretenimento de seus leitores.
Além da publicação mensal,
nossos leitores e o mercado
seguiram conosco numa jornada
que hoje vai muito além da revista
impressa, e envolve todo o
ambiente digital, mais clube de
vinhos, e-commerce, eventos,
guias e feiras.
Ao longo destes 16 anos de
história, superamos grandes
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marcas de audiência e atualmente
atingimos mais de 3 milhões de
interessados por vinho ao ano em
nosso ecossistema.
Acreditamos que os segredos
desta trajetória de sucesso
são servir o leitor em primeiro
lugar, manter a independência
editorial, zelar pela ética e
trabalhar muito.
Agradecemos a nossos
leitores e ao mercado por
nos consolidar como a
principal referência editorial
sobre vinhos no Brasil.
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Editorial
16 anos
QUANTO MAIS O TEMPO VAI
PASSANDO, mais a famosa frase da
Baronesa Philippine de Rothschild faz
sentido: “Só os primeiros 200 anos é
que são difíceis”. Nesta edição, ADEGA
completa 16 anos. Ainda falta muito para
os 200 e muitos desafios a enfrentar, mas
a boa videira se beneficia de um pouco
de stress para produzir seus melhores
vinhos. Acima de tudo nos mantivemos
fiéis a nossos valores e nossa missão e
Nossa jornada no temos certeza de que servir ao leitor e
mundo do vinho ao mercado (sempre nesta ordem), um
começou em 2005
time espetacular e muito trabalho nos
trouxeram até aqui e vão continuar a nos
levar adiante.
ADEGA nasceu em 2005 e, nesse
tempo, tornou-se muito mais do que
apenas uma referência de informações de
qualidade sobre todo o universo do vinho,
no meio físico ou digital. Hoje não somos
somente uma revista ou um site, mas um
conglomerado amplamente dedicado
ao vinho, que atua nas mais diversas
frentes com o intuito de entregar sempre o
melhor; desde a melhor informação até o
melhor vinho.
Em nossas páginas, nossos guias,
nosso clube de vinhos, nosso marketplace
COLABORADORES
André de Fraia, André Mendes, Christiane Miguez,
Felipe Granata Kosikowski, Guilherme Velloso, João Paulo Gentille,
Mauricio Leme e Luiz Gastão Bolonhez (texto)
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+55 (11) 3876-8200 – ramal 11
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etc., em tudo o que fazemos, seguimos sempre
com o mesmo compromisso de “servir o
leitor”. Além da revista e do site, publicamos
os Guias de Vinho ADEGA Brasil (que chega
à sua 11ª edição em 2021), ADEGA Portugal
(2ª edição) e ADEGA Espanha (lançamento);
somos sócios e responsáveis pela publicação
do Guia Descorchados no Brasil; mantemos
o site MelhorVinho.com.br com milhares de
avaliações de vinho; temos o Clube ADEGA
e agora o marketplace Adegaonline.com.
br; somos sócios da ProWine São Paulo; da
Coravin do Brasil e do Chile, etc.
Depois de tudo isso, com humildade, nos
tornamos a maior referência em conteúdo de
vinhos do Brasil. E tudo isso graças a você,
leitor. Porque nos consideramos editores
acima de tudo. Estamos muito felizes
por termos percorrido o trajeto até aqui,
desfrutando de tantos vinhos, conquistando
tantos amigos, vivendo intensamente esse
mundo maravilhoso e ajudando tantos
outros a se encantar por ele. Obrigado por
compartilhar conosco essa saborosa jornada,
que está apenas no começo.
Saúde,
Christian Burgos e Arnaldo Grizzo
CIRCULAÇÃO
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A Inner Editora não se responsabiliza por opiniões, ideias e concei-
tos emitidos nos textos publicados e assinados na revista ADEGA,
por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).
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Sumário
116 100
106
Grands
Domaines /LVWɞ
V&KDYHGɞ JDUUDIDVFRPIRUPDWRV
(VFROɞGR WUDJ©GLɞDR LQXVLWDGRV
vinho IHQ´PHQR
&RPRRWHUURLU
SRGHLQIOXHQFLDUR
VDERUGRYLQKR"

46
Harmonização
90 'H]SUDWRVSDUɞ
FRPELQDUFRP
&KDUGRQQD\
(VFROɞGRYLQKR
9LQKRFDURYDOHɞSHQD"
$VSRVV­YHLVUHVSRVWDV

36
Negócios do vinho

82
'LFDVGHFRPRLQYHVWLUHP

125
YLQKRHVSHFLDOPHQWHQR
VLVWHPɞHQSULPHXU

58 DOC
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Cave
Especial GHQRPLQD§µHV 8PɞVHOH§£RGHYLQKRV
2VPHOKRUHVYLQKRVGRV GR1DSɞ9DOOH\ DYDOLDGRVSHOɞQRVVɞHTXLSH
QRVVRVDQRV

e mais...

12 16 34 114 137
Cartas Mundovino Uvas 9LQKR©H[SHULªQFLɞ Clube ADEGA
0HQVDJHQVGRVQRVVRV 1RW­FLDVVREUH &XULRVLGDGHVVREUHɞ 3LFKRQ/DODQGH &RQ̛UɞDVQRYLGDGHVGR
OHLWRUHVFRPVXJHVWµHV DFRQWHFLPHQWRVJHUDLVGR %RQDUGDRXVHULɞ'RXFH DVVHQVD§µHVGHXP PªVGRQRVVRFOXEHGH
HORJLRVUHFODPD§µHVHWF PXQGRGRYLQKR 1RLUH" %RUGHDX[GHDQRV YLQKRV
 Cartas

Feel the wine

@feelthewinebr
'HVWDTXHV*XLɞ$GHJɞ(VSDQKɞ &ODUɞ0HL
#UHYLVWDDGHJɞ @clara_mei
+RMH©GLɞGHSDOHVWUDUɞFRQYLWHGɞ
#IUHL[HQHWEUDVLOSDUɞRJXLɞGHYLQKRV
Sur lie (VSDQKɞGɞ#UHYLVWDDGHJɞ
Peço a ajuda de vocês
esclarecendo o que seria o
Método Sur Lie e se vinhos
(espumantes) feitos desta
forma são de boa qualidade?
Minha dúvida surgiu ao
ver em um rótulo essa
informação e perceber
que a cor daquele vinho 5HVHUYD3DXOɞ'DLGRQH
estava turva. Acabei não @reserva85
comprando por receio de 8PɞYLDJHPSRU3RUWXJDOH(VSDQKD
receber um produto de baixa (VWɞVHPDQɞHVWɟDFRQWHFHQGRSURYDV
FRPHQWDGDVVREUHRVYLQKRVHP Manoel Beato
qualidade.
GHVWDTXHQRVJXLDVGɞUHYLVWɞ$GHJD$ @manoelbeato
5HQDWR6RX]ɞ GHJXVWD§£R©FRQGX]LGɞSHORVSU³SULRV %HORVWLQWRVHVSDQK³LVGRTXHHXFKDPR
SURGXWRUHVTXHHQWUDPDRYLYRSDUɞ GɞQRYɞWUDGL§£R5HVJDWDQGRXYDVH
H[SOLFDUɞSDUWLFXODULGDGHGHFDGɞU³WXOR FRPPHQRVH[WUD§£RHVWLORPDLVOHYH
Recentemente, na edição UHYLVWDDGHJɞ DLQGɞTXHFRPIRU§ɞIUHVFɞHFRUHV
187 da revista respondemos PHQRVFDUUHJDGDVUHYLVWDDGHJɞ
uma questão bastante
similar da leitora Lívia na
seção ADEGA Responde.
O método não determina
a qualidade da bebida. Sur
lie é apenas o espumante
feito em método tradicional
TXHDRƁQDOGDVHJXQGD
fermentação em garrafa, Arthur Piccolomini Azevedo
não passa por dégorgement, @artwine
ou seja, não são retiradas 0DVWHUFODVVGRVGHVWDTXHVGRV Thaís Dennucci
as leveduras mortas. Essas *XLDV$GHJɞGH(VSDQKɞH3RUWXJDO @adegadomundo
$FRPSDQKHDJRUɞSHOR<RXWXEHRX 8P̛PGHWDUGHHVSHWDFXODUQɞ
leveduras é que deixam o
SHOR,QVWDJUDP$VDSUHVHQWD§µHV #FDVDYL]HXFRPXPGRVOLYURVTXHWHP
O­TXLGRWXUYR0DVƁTXH GRVHQ³ORJRVV£RPXLWRLQWHUHVVDQWHV PHDFRPSDQKDGRSRUHVVHVGLDV$
tranquilo, pois não há HDJUHJDP³WLPRVFRQKHFLPHQWRV #UHYLVWDDGHJɞODQ§RXUHFHQWHPHQWHR
problema em ingeri-las. ,PSHUG­YHO$JRUDUHYLVWDDGHJɞ $GHJɞ(VSDQKɞ*XLɞGH9LQKRV

12|5HYLVWɞ$'(*$ (G
 ADEGA
Responde

Vinho seco
pode ser doce?
“Comprei um vinho que
estava escrito ‘seco’, mas senti
sabores adocicados nele. Achei
estranho. Isso pode ocorrer?”,
pergunta o leitor Júlio Castilho

PRIMEIRAMENTE, é
preciso entender o que diz a
regulamentação do vinho no
Brasil sobre o que é um vinho seco,
meio-seco, suave ou doce. Pelas
nossas regras, se a bebida tem até
4 gramas de glicose por litro, ela
pode ser chamada de “vinho seco”.
Se ela tiver de 4 a 25 gramas, recebe
o nome de meio-seco ou Demi-
VHF(SRUƁPVHWLYHUPDLVGH
gramas (até o limite de 80 gramas),
é considerada doce ou suave. Mas
um vinho dito “seco” pode ter tons
adocicados?
Sim, e isso não quer dizer
que ele está fora da lei. Alguns
vinhos secos podem ter um sabor
mais doce devido a alguns fatores
que fazem com que percebamos sensação de dulçor, mesmo que isso A questão da acidez também
o açúcar residual de forma mais  VYH]HVQ£RVHFRQƁUPHQRSDODGDU é relevante, pois a relação entre
acentuada. Um deles seria a acidez Notas de baunilha do carvalho, o açúcar e o pH contribui para
mais baixa, outro a própria por exemplo, podem estar muito determinar a sensação na boca,
maturação da fruta, pronunciadas nos aromas, levando tanto que, a International Riesling
outro ainda um nível nosso cérebro a compreender que Foundation, por exemplo, aponta
HQYLH VXDV GºYLGDV mais elevado de álcool estará diante de algo doce, mas, quatro categorias de doçura com
SDUɞ UHGDFDR# e também a presença QRƁPRVVDERUHVVHUHPVHFRV base na proporção entre açúcar
UHYLVWDDGHJDFRPEU mais marcante do Situação similar acontece com o HDFLGH](SRUƁPIUXWDVPXLWR
carvalho. álcool, que com o glicerol exalta maduras podem transmitir uma
Todos esses fatores a sensação de doçura tanto nos impressão de doçura mesmo em
tendem a nos dar a aromas quanto no paladar. um vinho dito seco.

14| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 indiscutivelmente o melhor produtor de vinhos da Umbria

“Uma das mais prestigiosas vinícolas não

só do sul da Itália, mas de todo o mundo”
Gambero Rosso
Os vinhos de Lungarotti estão entre as melhores compras de toda a Itália! Desde o Cadetto –
fresco, suculento e fácil de gostar até o consagrado Rubesco Vigna Monticchio, eleito o
melhor vinho italiano de 2020 em um ranking que computa as notas que os vinhos
receberam de todos os principais críticos da Itália, todos os vinhos de Lungarotti combinam
ótima tipicidade com um estilo gastronômico claramente italiano. Por sua alta qualidade, são
verdadeiros achados para quem quer descobrir os encantos dos vinhos e uvas da Itália.

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UMA DAS PERDAS MAIS lamentadas

da indústria do vinho nacional para a
Covid-19 certamente foi a morte de Celso
La Pastina em agosto do ano passado. Foi
uma perda precoce e muito sofrida para
toda a família e também para os amigos.
Entre esses amigos, inúmeros produtores
de vinho espalhados pelo mundo, cujos
rótulos são vendidos no Brasil pelo grupo
World Wine/La Pastina.
Durante anos, as relações da empresa
foram baseadas não somente em acordos de
negócios, mas especialmente na amizade
de Celso com cada um dos produtores que
importava, a maioria deles com ligações
de décadas. Agora, um dos nomes mais
importantes de catálogo da World Wine
e uma das grandes amizades de Celso, a
vinícola Marqués de Murrieta, prestou-lhe
uma homenagem.
“Pela parceria de 10 anos entre Marqués de Murrieta & World Wine e em homenagem ao amigo Celso La Pastina,
impulsionador desta união, presenteamos o Brasil com uma edição especial limitada do Marqués de Murrieta Reserva 2017”,
GLVVH9LFHQWH'DOPDX&HEUL¡Q6DJDUULJD$'(*$WHYHDRSRUWXQLGDGHGHSURYDUHVVHYLQKRHVSHFLDOFRQƁUD

AD MARQUÉS DE MURRIETA RESERVA

93 (',&,“1(63(&,$/&(/62/$3$67,1$̬̪̫̱
0DUTX©VGH0XUULHWD5LRMD(VSDQKɞ:RUOG:LQH57LQWRFRPSRVWRɞSDUWLUGH
7HPSUDQLOOR*UDFLDQR0D]XHORH*DUQDFKDFRPHVW¡JLRGHPHVHVHPEDUULFDV
GHFDUYDOKRDPHULFDQR)OXLGRHEDODQFHDGRPRVWUɞIUXWDVYHUPHOKDVPDGXUDVQRSRQWRFHUWR
DFRPSDQKDGDVGHQRWDVIORUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDVGRFHVTXHVHFRQ̛UPDPQRSDODWR0DV
©QɞERFɞTXHPHUHFHDWHQ§£RFRPVHXVWDQLQRV̛QRV̛UPHVHSROLGRVVXɞYLEUDQWHDFLGH]HVHX
̛QDOYHUWLFDOHSHUVLVWHQWHFRPWRTXHVWHUURVRVGHFHUHMDVHGHJUD̛WHTXHFRQYLGDPɞPDLVXP
JROHOFRRO(0

16| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

APRECIE COM MODERAÇÃO

M ARIO S A LTO N

ada pelos valores das gerações

O melhor da vida
adas, a Família Salton presta
é passado de geraç
m aos líderes que bravamente
para geração íram essa história centenária.

MARIO SALTON
O Estrategista

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 Centenários
com 100 garrafas
Cantão suíço dá uma garrafa de vinho
para cada ano de seus cidadãos que
completam 100 anos

COMPLETAR 100 ANOS de vida é sempre

especial. Imagine na data ainda receber 100
garrafas de vinho? É assim que o cantão de
Friburgo na Suíça está parabenizando seus
centenários.
Há opções não-alcoólicas – um buquê de
flores, uma cadeira de balanço, voucher para gastar
nas lojas locais ou uma doação para instituições de
caridade – mas, claro, fazem bem menos sucesso.
“Em 2020, comemoramos 27 centenários. Cinco
deles optaram pela doação e dois pelo vale-
presente”, diz Claude Freiburghaus, representante
do cantão. Os demais escolheram os vinhos.
Outros cantões suíços também presenteiam
seus centenários com vinho, porém são bem
menos generosos. Genebra, por exemplo,
oferece três garrafas e um buquê de flores. Já
Vaud envia 12 garrafas de vinho.
Champagne perde
Para quem for “centenar” em Neuchâtel,
cantão vizinho a Friburgo, a dica é: pegue um 60% da safra
barco e atravesse o lago que separa as duas Produtores já preveem a menor
regiões. Por lá, os centenários têm que se safra em 40 anos
contentar com flores e uma carta.
ASSIM COMO BOA parte da Europa, e
especialmente a França, Champagne passou
por maus bocados durante a safra 2021. Geadas
na primavera que duraram incríveis 12 dias,
chuvas incessantes fora de época que, junto com
o calor, causaram propagação de fungos e, para
finalizar, uma tempestade de granizo que destruiu
completamente 250 hectares de vinhedos.
A soma desses desastres levou a região a
registrar a menor safra em 40 anos com uma
colheita média de 7 toneladas por hectare. Para
se ter uma ideia, a média no século XX é de 12,5
toneladas por hectare. Número mais baixo só foi
visto em 1981 quando más condições climáticas
na floração levaram os produtores a colher 4,3
toneladas por hectare.
Este ano as casas de Champagne estavam
liberadas pelo Comité a colher até 13,1 toneladas por
hectare, a maior quantidade dos últimos anos e visa
a reposição das reservas que caíram recentemente
com a pandemia e um aumento inesperado nas
vendas com a reabertura comercial.

18 | Revista ADEGA - Ed.192

 Jerez
passa por
mudanças
Aprovada pelo
Conselho Regulador
da DO, revisão é
considerada a maior
em 86 anos da
organização
O CONSELHO
REGULADOR da
Denominação de Origem
Jerez aprovou uma vasta
mudança em suas regras.
Segundo o órgão, as
alterações são as maiores
nos 86 anos da organização e englobam questões de aumentar em muito o número de empresas que
produção e até novas – ou mais ou menos novas – poderão rotular seus vinhos como DO Jerez.
uvas serão permitidas. O Conselho também aprovou o retorno de castas
A regra que mais está causando polêmica que eram amplamente utilizadas antes da filoxera.
é o fim do “Triangulo del Jerez” formado entre Mantúo Castellano, Mantúo de Pilas, Vejeriego,
as cidades de Jerez de la Frontera, Sanlúcar Perruno, Cañocazo e Beba caíram no esquecimento,
de Barrameda e El Puerto de Santa Maria. Até mas agora serão reintroduzidas.
então, o vinho de Jerez poderia ser produzido As classificações Fino e Manzanilla poderão
em qualquer lugar da região demarcada, porém ser utilizadas para vinhos não fortificados, desde
o envelhecimento nas tradicionais Soleras que haja no mínimo um teor alcóolico de 15°. Essa
obrigatoriamente devia ser feito dentro do alteração vem na esteira das mudanças climáticas
Triângulo. Agora qualquer vinícola dentro da e da maior concentração de açúcar nas uvas,
DO poderá fazer o envelhecimento, o que deve possibilitando a produção de vinhos mais alcoólicos.

O fim do fino de Sanlúcar

As vinícolas de Sanlúcar de Barrameda produzem historicamente tanto o Fino quanto o Manzanilla. A cidade é a
única das três clássicas que possuem as condições climáticas essenciais para a produção dos dois estilos. Fato que
não ocorre em Jerez de la Frontera ou em El Puerto de Santa Maria.
Tanto que, desde 1964, as duas deixaram de produzir o Manzanilla, que passou a ser uma exclusividade
de Sanlúcar de Barrameda. Porém, a recíproca não foi uma demanda na época.
Esta falta de regulação específica estava ainda causando problemas na Comissão Europeia, órgão que
regula a comercialização dos produtos com indicação de origem produzidos no continente, que via dois
vinhos sem diferenças técnicas com dois nomes.
Nos últimos 10 anos, essa discussão causou diversas desavenças entre as vinícolas da região e agora
o Conselho decidiu acabar com a produção de Fino em Sanlúcar. A regra, no entanto, terá um período de
transição de 10 anos para que os estoques das vinícolas possam ser eliminados.

20 | Revista ADEGA - Ed.192

 NBA no
Oregon
Jogador CJ McCollum
e sua esposa dão passo
decisivo na vitivinicultura
QUANDO SE FALA em NBA
e vinhos, é impossível deixar
CJ McCollum de fora. O astro
do Portland Trail Blazers e sua
esposa Elise têm uma parceria
com a Adelshein, vinícola do
Oregon, e já colhe os frutos. A
linha McCollum Heritage 91 debutou em 2020 com o
Chehalem Mountains Pinot Noir 2018.
Agora, o casal anunciou a aquisição de uma
propriedade na AVA (American Viticultural Area,
como são chamadas as denominações de origem nos
Estados Unidos) Yamhill-Carlton, no Oregon. “Após
consideração cuidadosa e aprendizado durante meu
tempo com a Adelsheim, parecia que era a decisão certa
e o próximo passo em nossa progressão para crescer
e deixar nosso legado duradouro aqui”, disse CJ em
entrevista à Wine Spectator.
A propriedade levará o nome de Heritage 91 e
a parceria com a vinícola Adelshein por enquanto
Frescobaldi
também em
Montepulciano
Família agora tem nove propriedades
na Toscana
A GIGANTE ITALIANA Marchesi di Frescobaldi
adquiriu a Corte alla Flora, vinícola em Montepulciano,
na Toscana. Com a negociação, que não teve seus
valores divulgados, os Frescobaldi agora possuem nove
22 | Revista ADEGA - Ed.192
continuará com o lançamento da safra 2019
programada para esse ano ainda.
CJ McCollum diz que tem grandes objetivos para
essa sua “segunda carreira” e que o vinho se tornou uma
paixão e uma forma de conexão do casal. “Tenho grandes
objetivos e grandes aspirações de transformar isso em
um vinhedo de classe mundial com vinho de classe
mundial. A razão pela qual entrei no negócio do vinho
em primeiro lugar foi porque Elise me apresentou ao
vinho há 10 anos, e eu senti que esta era a oportunidade
perfeita para crescermos juntos e deixarmos nosso legado
e continuarmos a construir para nossas famílias e as
gerações que virão depois de nós”, finaliza o astro.
propriedades na tradicional região italiana.
O negócio surpreendeu pela velocidade, foram
menos de duas semanas de negociação. “Acontece que
este senhor queria vender, então decidimos comprá-lo”,
disse Lamberto Frescobaldi, presidente da empresa à
Wine Spectator sobre Sergio Cragnotti, empresário que
já foi dono da Lazio, um dos maiores times de futebol da
Itália. “Isso veio até nós e nós agarramos”.
Localizada na zona Cervognano di Montepulciano,
considerada uma das melhores da região, a propriedade,
que faz cerca de 23.000 caixas de vinho por ano, é
composta por 148 hectares, dos quais 60 são plantados
com Sangiovese, Merlot, Cabernet Sauvignon, a rara
Pugnitello e Petit Verdot.
A compra inclui ainda as safras de 2019 e 2020
que estão amadurecendo em barricas e garrafas. “Os
vinhos são muito bons. Faremos algumas seleções,
mas estamos muito felizes”. A empresa familiar,
que está na sua trigésima geração em mais de 700
anos, é proprietária na Toscana de ícones como
CastelGiocondo em Montalcino, Castello Nipozzano
que produz o Chianti Rufina e os supertoscanos
Ornellaia e Luce, entre outros.
 Vinho
combustível
em Le Mans
Empresa petroquímica com sede
em Paris faz biocombustível à
base de resíduos de vinificação
A EMPRESA petroquímica
TotalEnergies, com sede
em Paris, anunciou
que disponibilizará
um biocombustível
à base de resíduos
de vinificação para
impulsionar os carros
na famosa corrida das
24 horas de Le Mans em
2022. A corrida número 90
da maior prova de endurance do
mundo ocorrera no circuito de La Sarthe
na cidade de Le Mans, na França, no dia 11
e 12 de junho de 2022.
“Nossa ambição é ser um player
importante na transição energética
e chegar a emissões de carbono zero
até 2050”, declarou Patrick Pouyanné,
presidente e CEO da TotalEnergies. O
biocombustível batizado de “Excellium
Racing 100” é 100% renovável e utilizará
borra de vinho e bagaço de uvas
provenientes de vinícolas francesas
misturados a um subproduto do etanol
chamado Éter Etil Terbulítico ou ETBE.
De acordo com a companhia, o motor
terá maior eficiência e reduzirá a emissão
de carbono em pelo menos 65%, além de
dar um destino aos resíduos das vinícolas
francesas.
Para finalizar uma curiosidade: foi lá
no La Sarthe, em Le Mans, que se iniciou
a história de espocar o espumante. Reza
a lenda que, após uma prova no icônico
circuito, o vencedor, o suíço Jo Siffert,
recebeu uma garrafa de Champagne que,
devido ao calor, expeliu a rolha e deu um
banho em todos. A “ideia” foi um sucesso
imediato e até hoje segue como um dos
ritos das provas de automobilismo.
24 | Revista ADEGA - Ed.192
Angelina x Brad
Angelina Jolie teria tentado tirar o ex-marido
Brad Pitt da venda de Miraval
DE ACORDO COM documentos judiciais, Angelina
Jolie supostamente tentou tirar o ex-marido Brad Pitt de
um negócio lucrativo envolvendo a venda do Château
Miraval em Provence. Ela foi acusada de tentar vender
sua participação de 50% na propriedade de US$ 164
milhões sem dar a Pitt a opção de comprá-la.
De acordo com o processo, Pitt e Jolie detinham
ações de Miraval em sociedades separadas: Quimicum,
de propriedade de Pitt, e a empresa de Jolie, Nouvel.
Pitt originalmente detinha 60% das ações de Miraval,
enquanto Jolie detinha os 40% restantes. Em 2016, o ator
transferiu 10% da propriedade para Nouvel, tornando o
casal acionista por igual.
Na época, o casal concordou em informar um ao outro
se algum dia quisessem vender suas ações. O processo, no
entanto, alega que Jolie tentou vender suas ações sem dar
a Pitt o direito de preferência. “Nos últimos quatro anos,
a Nouvel não agiu no melhor interesse da Quimicum,
atrasando sistematicamente a aprovação das contas
anuais e a renovação do gestor”, afirma a ação.
“Entendemos que, por trás dessa obstrução
sistemática, o verdadeiro propósito da Nouvel e de sua
acionista [Jolie] é vender sua participação no Château
Miraval de uma forma que contornasse o direito de
preferência, obtendo, como resultado, um ganho de
capital arrecadado graças ao investimento da Mondo
Bongo (subsidiária da Quimicum) e para o qual o Nouvel
não contribuiu”, acrescentou.
Miraval foi o palco do casamento de Jolie e Pitt em uma
cerimônia secreta em 2014. Jolie pediu o divórcio em agosto
de 2016 citando “diferenças irreconciliáveis”, solicitando a
custódia primária de cinco de seus seis filhos.
 Yali Plus
Um assemblage que nasceu de uvas colhidas à mão, a partir de uma

by Aldeia.biz
seleção primorosa de Cabernet Sauvignon, Carménère, Merlot e Syrah.

Uma marca ecologicamente

responsável que expressa o máximo
potencial do terroir de Colchagua
com cuidado e respeito pelo solo.
Descubra esse verdadeiro clássico.

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 Rosé coral
Venda de rosé espanhol ajuda a proteger recifes de coral
AS BODEGAS PEÑASCAL, em Valladolid, lançou um rosé
“carbono zero” que doa 10% de seus lucros para a conservação
dos recifes de coral. De acordo a vinícola, o Coral Ethical é um
rosé “elegante e delicado” orgânico e vegano, embalado em uma
garrafa “ultraleve” que usa materiais reciclados e recicláveis.
Comprometida com a sustentabilidade, a marca doa 10% do
seu lucro para a restauração e conservação dos recifes de coral,
que representam 25% da biodiversidade marinha. “Em todas
as fases do processo, pretendemos fazer as melhores escolhas
para o meio ambiente, desde a obtenção de uvas cultivadas
organicamente até o acondicionamento em materiais leves
e sustentáveis e a doação de 10% dos lucros para projetos de
restauração de corais”, disse o diretor de marketing, Daniel
Moreno.
Coral Ethical Rosé trabalha com a Coral Restoration
Foundation, que gerencia o maior projeto de restauração de
recifes de coral do mundo. Nos próximos três anos, a meta é
cultivar mais de um milhão de corais para recuperar 93 mil m2 de
recifes – o equivalente a 52 campos de futebol.

Vinho grego no rio

Vinicultores gregos estão submergindo centenas de garrafas
CERCA DE 22 VINICULTORES da cidade de
Naoussa estão usando o rio Arapitsa como uma “cave
subaquática” e começaram a envelhecer seus vinhos
na água corrente fria. Um guindaste baixou uma
grande caixa de metal contendo cerca de 500 garrafas
de vinho da margem do rio, enquanto os habitantes
locais tocavam canções gregas cerimoniais para
celebrar a ocasião.
“As garrafas são colocadas a 12 metros de
profundidade e pretendemos mantê-las lá por pelo
menos 12 anos”, disse George Fountoulis, presidente
da cooperativa de vinhos Vaeni Naoussa, que
representa metade da produção de vinho da região.
Ele explicou que anualmente são feitos testes para
verificar a evolução do processo, destacando que faz parte de uma tendência dos últimos anos dos enólogos testar os
benefícios de uma imersão profunda no envelhecimento do vinho.
Segundo o prefeito de Naoussa, Nikolas Karanikolas: “Esta é uma experiência e vamos esperar para ver como a
identidade do vinho evoluirá nestas condições”. Os vinhedos de Naoussa estão nas encostas do Monte Vermio e produzem
predominantemente Xinomavro. Ela é uma variedade nativa da Grécia e frequentemente comparada à Nebbiolo.

26 | Revista ADEGA - Ed.192

 Jancis “vendida”
Recurrent Ventures adquire o site
da crítica Jancis Robinson
A RECURRENT VENTURES, empresa de mídia digital
com sede em Miami, adquiriu o site da famosa crítica
inglesa Jancis Robinson, por uma quantia não revelada.
“Jancis é uma das vozes mais respeitadas no mundo do
vinho e estamos entusiasmados por ela ter selecionado a
Recurrent para conduzir sua marca ao próximo capítulo.
Estamos entusiasmados com o histórico de sucesso da
JancisRobinson.com, fornecendo o suporte, os recursos
e a experiência de que a marca precisa para crescer sem
alterar sua missão editorial e integridade”, disse o CEO da
Recurrent, Lance Johnson.
Fundado em 2000, o site oferece guias abrangentes
e gratuitos para regiões vinícolas, variedades de uvas e
safras. O conteúdo permanecerá de acesso livre com seu
novo proprietário, e haverá um foco maior nos vinhos
dos Estados Unidos. Os membros têm acesso a mais de
200.000 análises de vinhos, um fluxo constante de artigos
e uma versão exclusiva da The Oxford Companion to Wine.
Robinson permanecerá como editora-chefe e
continuará a supervisionar sua equipe de mais de
15 colaboradores globais, incluindo sete Masters of
Wine. “Estou extremamente orgulhosa de tudo o que
JancisRobinson.com se tornou. Estamos agora no ponto
em que precisamos de uma plataforma maior para ver
o site atingir todo o seu potencial. Essa parceria vai me
permitir focar no que mais gosto: provar e escrever sobre
vinhos”, disse Robinson, de 71 anos.
Assim, uma das mais famosas críticas de vinho do
mundo dá um passo semelhante ao do colega americano
Robert Parker que, em 2012, vendeu seu site e editora
Wine Advocate por cerca de US$ 15 milhões. Ele continuou
escrevendo para a publicação, mas atualmente está
aposentado.

Sem álcool também vale?

Estudo diz que vinho sem álcool “tem os mesmos benefícios para a saúde do coração”

UMA NOVA PESQUISA
de Rudolph Schutte, da
Anglia Ruskin University,
apresentada no British
Science Festival, aponta
que o consumo de vinho
sem álcool tem os mesmos
benefícios para a saúde
cardíaca que beber
quantidade moderada de
vinho “verdadeiro”.
Estudos têm mostrado
uma relação benéfica de
proteção entre o vinho e as
doenças cardíacas, contudo,
ele alega que “[esta] relação
também é observada para
vinhos sem álcool, o que
sugere que os benefícios
se devem aos polifenóis do
vinho, e não ao álcool”.
A pesquisa de
Shutte girou em torno
do projeto UK Biobank,
compreendendo cerca
de 450.000 pessoas cujas
escolhas de estilo de vida e
saúde foram monitoradas
ao longo de sete anos. Os
participantes que beberam
uma quantidade moderada
de vinho se beneficiaram
de uma redução de 40% no
risco de doença coronariana
em comparação com a
média do grupo. No entanto,
o consumo moderado de
cerveja, sidra ou destilados
aumentou o risco em 10%.
“As recomendações
atuais no Reino Unido são
de não beber mais do que
14 unidades de álcool por
semana. Isso equivale a
sete litros de cerveja de teor
médio, cerca de nove copos
de 125 ml de vinho ou 14
doses de destilados”, disse
Schutte. “No entanto, nossas
descobertas mostram que
mesmo baixos níveis de
consumo de álcool podem
ser prejudiciais à nossa
saúde.”
Ele também acredita
que os estudos que mostram
que bebedores moderados
podem ter riscos menores
para a saúde do que seus
colegas abstêmios podem
apresentar falhas. “Um
grupo de não bebedores
conterá indivíduos que se
abstêm de álcool devido
a vários motivos de saúde
pré-existentes, tornando
este grupo de referência
surpreendentemente de alto
risco”, disse. “Comparar um
grupo de bebedores baixos
a moderados a este grupo
de referência ‘de risco’ de
não bebedores pode indicar
erroneamente que o álcool
é benéfico para a saúde”,
finaliza.

28 | Revista ADEGA - Ed.192

O MAIOR NOME DO VINHO CHILENO
Viña Montes é o melhor produtor do Chile. Montes foi a vinícola
que deu início à revolução do vinho no Chile nos anos 1980 ao
criar o consagrado Montes Alpha, primeiro vinho chileno de alta
qualidade, inspirado nos melhores Bordeaux. Desde essa época,
Montes vem lançando ícone após ícone e vinhos de enorme
sucesso, entre os mais pontuados e elogiados do Novo Mundo.

É por tudo isso que Hugh Johnson usa uma frase apenas para
descrever a Viña Montes: "The best in Chile!"
Descubra os melhores vinhos chilenos, assinados pela melhor
vinícola do Chile: Montes.

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 Doença de Pierce
Pesquisadores desenvolvem tratamento orgânico para uma praga dos vinhedos

O PRIMEIRO TRATAMENTO ORGÂNICO do mundo

para a doença de Pierce (DP) em videiras foi desenvolvido
por um grupo de pesquisadores do Texas. Em vinhas com
diagnóstico de DP, anteriormente eram necessários inseticidas
para reduzir a propagação da bactéria. No entanto, até agora,
os vinhedos afetados não conseguiram permanecer orgânicos.
“No caso da DP, a bactéria envolvida é vetorada por um
inseto, que se alimenta de tecidos vegetais, então é um vetor
que, às vezes, pode ser controlado por pesticidas sistêmicos”,
diz o pesquisador e microbiologista Carlos Gonzalez. Mas
as novas descobertas resultaram em um remédio orgânico
injetável que cura a planta por dentro. “Como acontece com
qualquer produto biológico, se você confiar em pesticidas
que não são sistêmicos e chover, não vai adiantar muito.
Desenvolvemos um tratamento bacteriófago que funciona
para curar a planta por dentro, em vez de um produto
químico que mata os insetos vetores do patógeno”.
O novo tratamento foi usado em vinhedos de teste do
norte da Califórnia e, após duas temporadas, reduziu a
extensão da DP em vinhedos com alta pressão de doenças
em quase 60%. “É aprovado como orgânico e muitos
produtores de vinho querem cultivar dessa forma para que
possam controlar doenças e ainda permanecer orgânico”,
disse Gonzalez. Nenhuma cura, além de pesticidas, havia
descoberta para tratar a DP até agora.

Questão russa Champagne decidiram voltar a vender para o país

Produtores de Champagne retiram embargo
à Rússia, mas querem mudança na lei
Após a polêmica envolvendo a lei que estipulava que
somente os espumantes russos poderiam usar o termo
“Shampanskoye”, uma tradução direta de Champagne,
em seus rótulos, a região de Champagne reagiu com
um embargo de vendas. Contudo, os produtores de
O Comité Champagne, porém, disse que a luta contra
a nova lei de rotulagem russa está longe de terminar. O
grupo havia pedido a suspensão das exportações para
a Rússia em julho, depois de criticar uma nova lei que
obrigaria os fabricantes de Champagne a usar o termo
“vinho espumante” nos rótulos das garrafas. Agora,
todavia, disse que sua recomendação para reiniciar os
embarques foi motivada pelo desejo de “não penalizar
os clientes e consumidores russos”, que estarão ansiosos
para beber Champagne nas festas de fim de ano.
As vendas para a Rússia somaram 35 milhões de
euros em 2020, um aumento de quase 2% em relação
a 2019, tornando-o o 15º maior mercado de exportação
em valor para Champagne.
O Comité disse que continua determinado a
derrubar as novas regras de rotulagem da Rússia.
“O setor de Champagne continua a exigir o
reconhecimento total de sua denominação na Rússia e
a alteração desta lei a fim de fornecer aos consumidores
informações claras e transparentes”.

30 | Revista ADEGA - Ed.192

 Pontos
James Suckling

Conheça
o vinho perfeito
Don Melchor 2018

Para entender por que Don Melchor recebeu a pontuação perfeita,

basta sentir seu aroma único, que equilibra flores, groselha negra,
framboesa e pêssego, ou observar como seu corpo é amplo e refinado
BEBA COM MODERAÇÃO

ao mesmo tempo. Ao apreciar, você sentirá taninos delicados,

a beleza do terroir de Puente Alto e um final prolongado, que explica
por que ele é um dos melhores Cabernet Sauvignon do mundo.
 UVAS

Doce negro
Curiosidades sobre uma das variedades tintas mais comuns da Argentina
por Arnaldo Grizzo

Bonarda é a segunda variedade tinta mais cultivada na sua origem (assim como a da Malbec) é francesa e seu
Argentina, depois da Malbec obviamente. Ela é uma nome “de batismo”. Sendo assim, vamos elencar alguns
casta tão tradicional por lá que muitos ignoram que fatos e curiosidades sobre essa uva eclética.

Douce Noire Doce negro

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Vinhos Avaliados
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 NOVOS OLHARES
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Desafios
e tradições
BellaQuinta se propôs a ir além do vinho
de mesa tradicional em São Roque
por Arnaldo Grizzo
A CERCA DE UMA HORA DE
São Paulo, São Roque sempre foi um
dos polos do vinho paulista. Já na
década de 1930, o bisavô de Gustavo
de Camargo Borges, chamado Brasil,
fazia suas primeiras vindimas e criou
a vinícola “Vinhos Brasil”. Os anos se
passaram e, desde criança, Gustavo
trabalhou na empresa da família.
Decidiu deixar isso um pouco de lado
para fazer faculdade de administração.
Mas, mesmo em um período longe
da viticultura, seu pensamento se
manteve no vinho, vislumbrando
a possibilidade de trabalhar com
vinhos finos e não apenas de mesa,
tradicionais na região.
Assim, juntamente com a esposa,
Bruna Reviglio de Góes, também de
família de vinhateiros locais, começou
o projeto da BellaQuinta. O primeiro
rótulo foi feito em 2005 (apesar de
a empresa só ter se oficializado em
2008). Para encontrar uvas finas,
Gustavo precisou apelar para parcerias
no Rio Grande do Sul, aproveitando
antigas amizades de família. Foram
para Flores da Cunha e fizeram seu
primeiro Cabernet Sauvignon com
uvas da safra 2005. E aguardaram até
2008 para lançar – com a mentalidade
de criar um vinho de qualidade
“Reserva” logo em sua estreia.
Nesse período, eles arrendaram
34 | Revista ADEGA - Ed.191
um prédio que era do avô de Bruna
para montar sua operação em São
Roque. “E, por volta de 2015, comecei
a pensar em vinificação natural”, diz
Gustavo.
Desafio
Ele conta que já produzia um vinho
licoroso de vinificação natural, feito
com uvas Niágara. Contudo, em 2016,
Lis Cereja, restaurateur e defensora do
movimento de vinhos naturais, visitou
a BellaQuinta e o desafiou a produzir
um vinho com “zero intervenção”.
Apesar do receio (“Não tenho margem
para o erro”), ele se propôs a fazer e
conseguiu bons resultados. “Temos
uma parceria muito forte em Caxias
do Sul com o enólogo Ivan de Sá.
Fazemos vinhos lá e alguns são feitos
com uvas de São Miguel Arcanjo.
Eu ainda não sou produtor de uva”,
explica Gustavo.
Mas, além da questão da
vinificação natural, a BellaQuinta
experimenta em outros campos,
como em parcerias musicais. Seus
vinhos de reserva ficam seis meses
envelhecendo em barricas, sendo
que três deles ouvindo música.
“Nossa primeira parceria foi com Eric
Silver, cantor de Nashville, que nos
cedeu uma música, e o segundo foi o
Guarabira, da dupla Sá & Guarabira,
que nos cedeu a música Dona”,
diz. Para ele, mais do que possíveis
efeitos da música no vinho, o mais
importante é interação do público
com a arte (um QR code no rótulo
leva para o clipe da música). Para este
ano, está programado o lançamento
de mais um “rótulo musical”, desta
vez em parceria com Almir Sater.
Sem medo
Outro desafio que Gustavo aceitou e
vem dando resultado é a criação de
um vinho “de garrafão”. Segundo ele,
a somméliere Gabriela Monteleone,
do Dalva e Dito, queria um serviço
à camponesa no restaurante, com
vinho servido como faziam os
antigos colonos. E assim nasceu o
“Palha”, uma mistura de Cabernet
Franc com a híbrida Corbina (Seibel
II) envasada em garrafão de 2 litros
artesanalmente envolvido por vime.
“A gente brinca que a BellaQuinta
está em constante evolução, a
gente não para...”, diz Gustavo, já
adiantando que está em processo
de lançar vinhos em ânfora, por
exemplo. E isso tudo em meio à
recepção dos turistas que visitam a
vinícola todos os finais de semana.
“A gente herdou isso dos avós” e faz
questão de manter essa essência
familiar.
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DO V I N HO

VINHO É
INVESTIMENTO
O que você precisa saber para poder investir
em compras en primeur?

por Christian Burgos

UM BOM INVESTIMENTO é fato de que tomaremos, no futuro,

aquele que, com o tempo, devolve
mais do que o montante investido.
Quanto maior o retorno, melhor o
investimento. Sob qualquer ótica,
o vinho de qualidade é um grande
investimento, pois apresenta enormes
retornos emocionais, sensoriais e até
ƁQDQFHLURV
Em termos emocionais,
compartilhar um bom vinho com
amigos, família e pessoas amadas
tem um valor impossível de
TXDQWLƁFDU2XWURDVSHFWRQRVERQV
vinhos refere-se à sua evolução e ao
um vinho melhor do que o mesmo
vinho na data que o compramos.
Estes são, na nossa opinião, os
retornos mais importantes e
reconhecidos por nossos leitores ao
investir em uma garrafa de vinho.
Mas recebemos vários contatos
de leitores querendo saber se
uma garrafa (ou quais garrafas) se
valorizará economicamente com o
tempo a ponto de se constituir numa
reserva de valor e investimento
ƁQDQFHLUR(DW©QHVWHFRQWH[WR
grandes vinhos podem ser um

5HYLVWɞ$'(*$ (G | 37

 Para investir, o
momento de excelente investimento. Mas quais vinhos e em
maior atividade
que condições?
de compra se dá
no “en primeur”
de Bordeaux Ferramentas
Você certamente já viu preços astronômicos
pagos por determinados vinhos, como a
garrafa de Domaine de La Romanée-Conti 1945
arrematada por 558 mil dólares em um leilão
da Christie’s recentemente. Além da raridade,
contribuíram para isso, o enorme prestígio do
Para quem quer vinho, a qualidade da safra de 1945, além do
saber mais sobre o
contexto histórico do fim da II Guerra Mundial.
que é o sistema en
primeur, acesse: Não precisamos ir a estes extremos para
reconhecer que o vinho como investimento se
encontra na interseção do metal precioso com
uma obra de arte. Existe até uma plataforma de
informações, chamada Liv-ex, que acompanha
a valorização (ou desvalorização) do preço de
vinhos pelo mundo, uma espécie de Bloomberg
dos grandes rótulos.
Para investir, o momento de maior atividade
de compra se dá no “en primeur” de Bordeaux,
38 | Revista ADEGA - Ed.192
quando vinhos que ainda serão lançados são
degustados, comprados e vendidos pelos
“négociants” em Bordeaux.
A cada ano, entre março e abril, são
comercializados os vinhos da safra do ano anterior,
e que serão entregues apenas dois anos depois.
Assim em 2021, aconteceu o en primeur dos
vinhos da safra de 2020, que serão efetivamente
entregues aos compradores em 2022.
Como é o en primeur
Para decidir se você continua interessado, narro
minha própria experiência como comprador
de en primeur aqui no Brasil. No ano passado,
dadas as incertezas da crise do Covid-19, vi que
os preços históricos estavam muito baixos e fiz
alguns investimentos. Comprei vinhos “normais”
apenas para consumo futuro e outros para
consumo ou investimento. Estudei as pontuações
dadas por grandes críticos que degustam os
vinhos ainda não prontos. Também analisei a
safra 2019 em Bordeaux frente a outras safras,

e de que regiões sairiam os melhores vinhos
pensando em seu potencial de evolução e minha
preferência pessoal.
Dessa forma, como compra para tomar
belos vinhos sem pagar seu preço no futuro
aponto como exemplo:
Château Potensac 2019 do Médoc: 50 Euros
por garrafa que recebeu 90-92+ pontos Parker.
E, para investir, elegi alguns vinhos, entre eles:
Château Clinet 2019 do Pomerol: 174 Euros
por garrafa que recebeu 95-97 pontos Parker.
Valorização da safra 2019 do ano passado até
Clinet e
Pontet-Canet
este ano: 53% acima do valor de lançamento. se mostraram
Valor de lançamento de 2020: grandes
27% mais caro que 2019 oportunidades
na safra 2019
Château Pontet-Canet 2019 de Pauillac:
194 Euros por garrafa que recebeu 98-100
pontos Parker. Para mim este vinho era
claramente a melhor compra do ano, pois estava
com o preço excessivamente baixo para sua
pontuação e seu histórico.
Valorização da safra 2019 do ano
passado até este ano: 82% acima do
valor de lançamento.
Valor de lançamento de 2020: 28%
mais caro que 2019.

Revista ADEGA - Ed.192 | 39

 Cave do Château
Pape Clément
Estratégias
Estamos próximos da abertura das vendas no
Brasil dos vinhos comprados por importadores
no en primeur da safra 2020 de Bordeaux.
Para escrever este artigo (e também decidir
por minhas compras deste ano), consultei
longamente Caroline Falk e André Zangerolamo,
respectivamente gerente de produto e head
sommelier da importadora World Wine, a
principal importadora de vinhos en primeur
no Brasil. Ambos foram muito generosos em
compartilhar suas estratégias de análises e
compras conosco.
O ano de 2020 foi bastante ativo para vinhos
de alto valor agregado no Brasil e inclusive para
a venda do en primeur 2019. A safra 2020, como
2019, foi uma safra com produção moderada,
e será seguida por uma com produção
comprometida por questões climáticas em
ANTECIPADO
Existem diversas outras formas de você fazer compras que
carreguem as características de bons investimentos, como
vinhos muito bem avaliados, de pequena produção e pequena
alocação para o mundo, e especialmente para o Brasil. Para
isso, o acesso aos importadores é fundamental, como acontece
ao degustarmos antes e solicitarmos uma alocação de garrafas
especialmente para nosso clube.
40 | Revista ADEGA - Ed.192
Campanha é a
forma como nos
referimos ao período
de duração do en
primeur em um ano
2021. O ano de 2020 foi quente e as regiões com
maior capacidade de retenção de água foram
beneficiadas. Por isso, em Bordeaux, a Margem
Direita desempenhou melhor que a Esquerda.
Assim Saint-Émilion brilha em 2020. A
campanha da safra 2020 veio com valor superior
à de 2019, mas ainda abaixo historicamente,
sobretudo se comparada aos preços recordes da
safra 2018.
A safra 2020 se lançou com preço 5% acima
do ano anterior e, ao final da campanha, já
estava 30% acima do ano anterior. As condições
climáticas que comprometeram a produção de
2021 devem gerar escassez e já colocam pressão
de preços da campanha de 2020. Também
devem ajudar a valorizar os vinhos dos anos
anteriores.

Entendendo o contexto
criado fora da curva de 2019
Participar deste mercado exige uma história de
relacionamento com os négociants de Bordeaux.
Sobretudo nos grandes vinhos e nas safras com
menor produção, pois os negociantes sempre
oferecem e privilegiam compradores com um
histórico de relacionamento, e sobretudo os
compradores do ano anterior, na chamada
allocation (ou quantidade dedicada a cada
comprador).
Com a pandemia fechando fronteiras,
o procedimento de críticos e importadores
irem a Bordeaux para avaliar os vinhos
ficou impossibilitado e contribuiu para uma
A safra 2019 foi
grande incerteza. Dessa forma, os primeiros muito fora da
lançamentos foram precificados bem abaixo curva e veio
após uma safra
de seus patamares históricos. Pontet-Canet foi muito boa e
um dos primeiros a serem lançados, com um muito cara, que
posicionamento de preço muito baixo para a foi 2018
qualidade e fama desse produtor. Quem teve a
coragem de comprar naquele momento fez um
dos melhores investimentos do ano.
A safra 2019 foi muito fora da curva e
veio após uma safra muito boa e muito cara,
que foi 2018, algo que por si só já gera alguma
desvalorização por receio de que grandes
consumidores estejam sobre-estocados após uma
safra especial. Alguns vinhos foram vendidos em
2019 pela metade do preço de 2018.
Revista ADEGA - Ed.192 | 41
 No en primeur
da safra 2020 E a safra 2020?
houve uma Agora no en primeur da safra 2020 houve
revalorização
uma revalorização média de 14% em relação
média de 14% em
relação ao valor ao valor de partida de 2019. Alguns vinhos,
de partida de especialmente os Premier Grand Cru Classés
2019 se valorizaram ainda mais. O Château Margaux
valorizou 31%; e Château Haut-Brion e Château
Mouton-Rothschild foram lançados 53%
acima do valor do ano anterior. Ainda assim
se apresentaram como boas oportunidades,
pois tendem a continuar se valorizando com
o tempo, além de ainda terem sido lançados
em patamares inferiores a safras como 2015 e
2016, que servem como benchmark, e tiveram
pontuação inferior a 2020.
Os anos de 2015 e 2016 são reconhecidos
como safras quentes e muito boas,
embora não históricas como 2000 e 2010.
Elas servem como referência para 2020,
sobretudo como benchmark para vinhos da
melhor margem de cada ano. Vale apontar
que 2016 foi melhor na Margem Esquerda e
2015 melhor na Margem Direita.
Os vinhos de 2020 têm um perfil com mais
estrutura de boca e menos álcool. O Château
42 | Revista ADEGA - Ed.192
Lafite 2020, por exemplo, foi lançado com
graduação de 12,8%. Já 2018 é uma safra muito
bem avaliada pelos críticos, mas possivelmente
não tem o mesmo potencial de longevidade
de 2019. O ano de 2020 não tem o mesmo
potencial de guarda de 2019, mas tem um estilo
mais clássico e sutil. Para 2020, a comparação
escolhida pela World Wine foi 2016, que já
conta com um horizonte temporal que permite
analisar sua curva de valorização, e que, em seu
lançamento, estava num mercado crescente que
culminou com o recorde de preços de 2018.
Já em 2019 foi melhor para a Margem
Esquerda, e 2020 foi melhor para Saint-Émilion
e Pomerol. A campanha durou dois meses,
sendo que o primeiro vinho de Saint-Émilion
foi lançado em 4 de maio de 2020, o Grand Cru
Bellefont-Bellcier, que apesar da pontuação
importante, chegou sem aumento. Uma semana
depois, no dia 11, o Château Cheval Blanc
chegou com 3% de aumento em relação ao ano
anterior. A partir daí muitos dos melhores foram
lançados no final da campanha com aumentos
superiores a 30%. Esse mesmo comportamento
aconteceu em 2016.
 &859$'(35(‡26Ό/,9Ό(;

&XUYɞGHYDORUL]D§£RGR&K¢WHDX0DUJDX[

QRY PDL QRY PDL QRY PDL QRY PDL

&XUYɞGHYDORUL]D§£RGR&K¢WHDX&DQRQ

Valorizações
2&K¢WHDX/DƁWH5RWKVFKLOG
pontos Robert Parker) foi lançado no dia 11 de
junho com 20% de aumento com relação ao en
primeur da safra 2019. Já seria um aumento
considerável, inclusive acima de 2015 e 2016, QRY PDL QRY PDL QRY PDL QRY PDL

mas ainda 40% abaixo da safra 2010. Duas

semanas após o lançamento, os mesmos
négociants já estavam ofertando este vinho 16%
mais caro, e hoje, três meses depois, na Liv-ex, &XUYɞGHYDORUL]D§£RGR&K¢WHDX/D̛WH
já está 30% mais caro que no lançamento. Outro
GDGRLQWHUHVVDQWH©YHULƁFDUDYDORUL]D§£RGD
safra 2016 que até este momento é de 80%.
Os négociants já esperavam um aumento em
torno de 20% na safra 2020 por conta da ruptura
de 25% da produção, que afetou sobretudo a
Margem Direita e seus Cabernet Sauvignon.
Some-se a isso a esperada quebra da safra de 2021
e muitos Châteaux, neste ano, disponibilizaram
para os négociants um volume 40% menor do que QRY PDL QRY PDL QRY PDL QRY PDL
o ano passado. Sendo assim, mesmo quem teve
prioridade por ter comprado no ano anterior, não
conseguiu repetir a compra com facilidade.
Para os importadores, a campanha é uma &XUYɞGHYDORUL]D§£RGR&K¢WHDX6PLWK+DXW/D̛WWH
FRUULGDHPWHPSRUHDO$ƁQDORVYLQKRVQ£R
são lançados todos ao mesmo tempo e muito
menos organizados em grupos comparativos
GHUHSXWD§£RFODVVLƁFD§£RRXUHJL£R
Inclusive, nenhum négociant oferece uma
lista comparável aos demais em sortimento
e quantidade disponível de cada vinho. É
comum comprar o mesmo vinho de diversos
négociants para chegar à quantidade desejada
de garrafas, sendo algumas vezes impossível QRY PDL QRY PDL QRY PDL QRY PDL
atingir o volume almejado.

5HYLVWɞ$'(*$ (G | 43

Château Montrose Château Saint-Pierre

ALGUNS DESTAQUES DE 2020

MARGEM DIREITA MARGEM ESQUERDA
Saint-Émilion Saint-Julien
O foco está na Margem Direita, sobretudo nos principais Na Margem Esquerda vale olhar Saint-Julien
rótulos de Saint-Émilion. Todos subiram significativamente
em relação ao ano anterior, e ainda devem ter boa INVESTIMENTO:
valorização. Château Saint-Pierre: 94-96 pontos Parker
e 94 pontos Decanter e 123 Euros
INVESTIMENTOS:
Château Canon 2020: BEST BUY:
98-100 pontos Parker, por volta de 260 Euros Château Langoa Barton: 93-95 pontos Parker,
92 pontos Decanter e 97 Euros
Château Bélair-Monange 2020:
95-97 pontos Parker e 99 pontos Decanter, 330 Euros Saint-Estèphe
INVESTIMENTO:
BEST BUY: Château Montrose: 98 pontos Decanter e 422 Euros
Château Laroque: 2020 94-96 pontos
Parker e apenas 61 Euros BEST BUY:
Petit Château, Lilian Ladouys
Château Pierre Premier: 90-92 pontos 91-93 pontos Parker, 93 pontos Decanter e apenas 40 Euros
Parker e apenas 39 Euros
Péssac-Léognan
Pomerol Em Péssac-Léognan chamou atenção o Château Smith-Haut
Também foram bem as áreas mais Lafitte (98-100 pontos Parker e 97 pontos Decanter e 317 Euros),
argilosas do Pomerol que teve aumento de quase 50% em relação ao ano passado.
Contribuíram para isso, além do nome e do bom histórico de
INVESTIMENTO: valorização, os 98-100 pontos Parker. Um bom custo-benefício
Château Hosanna 2020: comparando outros Péssac. O Château Haut-Brion tem a mesma
96-98 pontos Parker e 238 Euros pontuação de Smith-Haut Lafitte e custa cinco vezes mais.

Pauillac INVESTIMENTO:
Em Pauillac, os Grand Cru Classés Ainda destaco em Péssac-Léognan, o Château Pape Clément
foram bem superiores aos demais 96-98 pontos Parker e 94 pontos Decanter e 206 Euros

Margaux Château Doisy-Védrines:

Château Margaux :teve pontuação muito alta, 97-99 Para que gosta de vinhos de sobremesa, uma das melhores
pontos Parker e 99 pontos Decanter, similar a 2019 e preço relações custo x avaliação está no Château Doisy-Védrines:
de 1.426 Euros 95 pontos Decanter e 75 Euros.

44 | Revista ADEGA - Ed.192


E os segundos e terceiros vinhos?
2020 foi um ano muito quente e o
amadurecimento de taninos foi a grande
questão desta safra. Alguns críticos comentam
para tomar cuidado com os Second Vins, já
que naturalmente, após as melhores uvas
serem usadas nos primeiros rótulos, as demais
vão para os segundos e terceiros. Em safras
desafiadoras, isso coloca uma pressão adicional
na qualidade destes últimos, mas há boas
oportunidades para quem fizer uma análise
criteriosa.
Entre os bons segundos estão Le Petit
Ducru e, de Saint-Julien, o Clos du Marquis
estão com uma relação qualidade-preço muito
boa. Em Saint-Julien, o Clos du Marquis tem
93-95 pontos Parker a 123 Euros.
Outras razões para avaliar o en primeur
É uma grande oportunidade de comprar um
vinho que estará bem mais caro quando ocorrer
A plataforma Liv-
seu lançamento oficial em dois ou três anos, ex acompanha a
inclusive comparando com o descaminho. É valorização (ou
instrutivo e prazeroso poder abrir uma garrafa desvalorização)
do preço de
do mesmo vinho de tempos em tempos e
vinhos pelo
acompanhar sua evolução. No en primeur, mundo
você consegue comprar seus garrafas (1 caixa),
visto que os melhores vinhos chegam em
quantidade tão limitada que a venda costuma
ser restrita por pessoa.
Para quem coleciona, saber que as garrafas
ficaram na vinícola e de lá vieram direto
a você é uma segurança de qualidade de
armazenamento nesta rota do vinho até sua
adega. Há ainda a questão da exclusividade
em garantir um vinho disputado e difícil de
comprar no futuro. Da minha parte, estou feliz
por tomar meus Pontet-Canets 2019 por um
preço muito mais barato do que se deixasse
para comprá-lo no futuro, ou ainda, em saber
que, se optar por vender meia caixa, poderei
tomar a outra metade da caixa de graça.
Revista ADEGA - Ed.192 | 45
 HARMON IZ AÇÃO

Um branco
para acompanhar
Uma seleção de 10 pratos que
combinam com Chardonnay

por Arnaldo Grizzo

CHARDONNAY É A UVA BRANCA
mais conhecida do planeta. Para alguns,
ela é praticamente sinônimo de vinho
branco tamanha a fama. Vale lembrar
que ela é da família de uvas Noirien e,
portanto, descendente direta da Pinot Noir,
juntamente com outro antigo varietal,
Gouais Blanc. Embora tenha se originado na
região da Borgonha, é uma das variedades
mais plantadas no mundo e, ao contrário da
Pinot Noir (que é uma casta mais complexa
para se aclimatar), a Chardonnay se adapta
facilmente a distintos ambientes.
Por ser tão difundida, essa variedade é
capaz de dar origem a uma enormidade de
estilos de vinhos, dependendo de seu terroir
de origem e também dos mais diversos
métodos de vinificação. Ou seja, podemos
encontrar Chardonnay de corpo leve e
extremamente fresco, assim como podemos
ter um bastante denso e encorpado. E o
melhor é que isso nos abre um grande leque
para harmonizações.
Não dá para pensar o Chardonnay de forma
unidimensional. É preciso entender que essa
cepa tradicional, cujos principais exemplares
certamente nascem na Borgonha, oferece um
grande leque de possibilidades. Quando se
fala na Borgonha, aliás, muitos logo pensam
em Chablis – que por anos e anos meio que se
tornou sinônimo de Chardonnay ao redor do
mundo, até a União Europeia regulamentar e
proibir o uso do nome fora de sua comuna. Mas
mesmo os vinhos de Chablis e outras tantas
denominações de Chardonnay consagradas,
como Montrachet, Corton-Charlemagne,
Meursault, Pouilly-Fuissé etc., apresentam
nuances que podem casar com inúmeros pratos
diferentes. Se em um lugar “tão pequeno”
podemos encontrar tanta variedade, imagine
um mundo de possibilidades? Pois bem, nós
listamos aqui algumas excelentes.

46 | Revista ADEGA - Ed.192

 Vol-au-vent
Se você tiver à mão um Chardonnay bem frutado, sem
passagem por madeira – ou apenas um estágio sutil –, de
regiões mais frias do Chile, da Nova Zelândia, ou mesmo
da Europa, um vinho de excelente frescor, certamente
vai poder combinar com uma série de “entradas” estilo
canapé. A bebida vai limpar o paladar depois de cada
bocada. Uma excelente dica para acompanhar esse
estilo de Chardonnay seriam os clássicos vol-au-vent, as
pequenas iguarias francesas feitas com massa folhada
e recheadas geralmente com algum creme que pode
WHUXPDLQƁQLGDGHGHLQJUHGLHQWHVLQGRGHFDUQHVD
cogumelos. A crocância da massa em harmonia
com a sutileza do recheio (que pode ter camarões,
ou cogumelos, ou palmito talvez) cria uma
conjunção perfeita para a complementaridade da
acidez e das frutas do vinho.

AD J. BOUCHON RESERVA
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(0

Barriga de porco
Se na sua taça estiver um Chardonnay mais encorpado,
maduro, de uma safra mais quente, com passagem por
barrica já relevante, que traz sustentação para uma
estrutura imponente – quem sabe um exemplar espanhol
ou então siciliano, talvez argentino ou ainda brasileiro –,
você pode experimentá-lo ao lado de uma bela preparação
suína, inclusive as mais gordurosas como a barriga de porco
com acompanhamentos que podem ir de purês levemente
adocicados (sem exageros para não tornar a harmonização
enjoativa) até molhos cítricos, castanhas e amêndoas, ou
ainda legumes salteados. Esse estilo de vinho vai cair muito
bem com a tenra carne de porco, quebrar levemente
a gordura, e, dependendo dos acompanhamentos,
pode criar uma sinergia de sabores espetaculares.

AD SALTON VIRTUDE
90 &+$5'211$<̬̪̫̳
6DOWRQ &DPSDQKɞ*DºFKD%UDVLO5%UDQFR
HODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGH&KDUGRQQD\
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VDOLQRVHGHDEDFD[LOFRRO(0

48| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 Cogumelos
Ainda na linha de Chardonnay mais maduro e,
principalmente, envelhecido em barricas, tal qual alguns
exemplares clássicos da Borgonha ou ainda da Austrália ou
África do Sul ou Estados Unidos, que possuem uma enorme
riqueza de aromas e sabores, além de geralmente uma
densidade mais pronunciada, uma boa dica é harmonizá-
los com pratos que levem cogumelos ou ainda trufas. Os
tons umami dos cogumelos encontram aqui uma paridade
interessante, mas isso não quer dizer que eles precisam
necessariamente predominar na receita. Você pode sim
acompanhar um belo prato de cogumelos salteados, tipo
shitake ou shimeji, por exemplo, mas eles podem apenas
escoltar algumas carnes, massas, risotos ou também
vegetais e já serão uma excelente ponte para esse
estilo de Chardonnay mais encorpado.

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93 0‚&21Ό&+$51$<̬̪̫̲
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DFLGH]HWH[WXUɞ̛UPHFUHPRVD7HP̛QDOFKHLRH
SHUVLVWHQWHFRPWRTXHVVDOLQRVHF­WULFRVOFRRO
(0

Culinária japonesa
Não estamos falando apenas de peixe cru. Deixe de lado
um pouco o pensamento do “rodízio” – que, sim, pode
ser acompanhado de cabo a rabo com um excelente
exemplar de Chardonnay, especialmente um bem
fresco e frutado – e parta para algo mais voltado para
o conceito de izakaya, os famosos bares japoneses,
onde se preparam comidas geralmente bem intensas
para acompanhar o saquê. Diversas carnes grelhadas e/
ou fritas, molho de soja, massas (incluindo o clássico
yakisoba), algumas conservas, preparações com tofu,
além obviamente de sashimis e sushis dos mais variados
estilos, tudo isso vai compor uma gama de sabores que
ƁFDDLQGDPDLVLQWHUHVVDQWHQDFRPSDQKLDGHXP
belo Chardonnay, com personalidade, mas sem deixar
de lado o frescor. Se quiser pensar em Chardonnay
“de outra maneira”, aqui há espaço para um grande
espumante Blanc de Blancs.

AD VIGNOBLE BRISEBARRE
92 VOUVRAY BRUT
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WRTXHVF­WULFRVHGHFDPRPLODOFRRO$0

50| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 Saiba mais sobre REPRESENTANTE
Louis Michel & Fils. OFICIAL NO BRASIL

Um dos mais tradicionais produtores da

região, Louis Michel & Fils produz vinhos
no coração de Chablis desde 1850.

São reconhecidos como pioneiros e um dos

expoentes da produção de Chablis sem
passagem por madeira, pois acreditam que
em um terroir tão rico e único como o de
Chablis, o vinho é “feito” no vinhedo. Sua
produção, toda sustentável, resulta em
vinhos de incrível pureza, elegância e
frescor, em todas as apelações de Chablis.

www.elevagebrasil.com /elevagebr vendas@elevagebrasil.com

 Caranguejos, lagostas e camarões
Quando se abre aquele saboroso Chardonnay com tons
mais amanteigados – talvez um exemplar argentino,
ou norte-americano, por exemplo –, esses tons da fruta
amalgamados por uma textura arredondada certamente
fazem lembrar alguns preparos célebres com frutos do
mar. Na hora lagostas, caranguejos e camarões surgem
no pensamento. A carne macia, suculenta, delicada
desses crustáceos raramente pede uma preparação muito
elaborada, pois bastam as sensações mais simples de suas
texturas e sabores para agradar o paladar, tanto que, muitas
vezes, são apenas salteados na manteiga ou ainda cozidos
no vapor com uma leve pitada de sal e, quem sabe, algum
outro condimento sutil. Casar essas iguarias
com um Chardonnay com esse estilo mais rico é
espetacular, uma combinação sem erros.

AD .$,.(18/75$&+$5'211$<̬̪̫̱
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Peixes com crostas de amêndoas

Diversos peixes em diversas preparações podem abarcar
um Chardonnay. Se o pescado for de sabor mais sutil e sem
muitas interferências de molhos ou cremes pesados, opte
por um Chardonnay mais leve e fresco. Se tiver uma carne
mais saborosa com sabor intenso e molhos mais impactantes,
pode-se escolher um Chardonnay um pouco mais robusto.
Mas se quiser um prato “coringa” para experimentar com
qualquer estilo de Chardonnay, uma alternativa interessante é
acrescentar uma crosta de amêndoas ou castanhas ou pistache,
por exemplo, a um peixe de sabor delicado. Aqui, tanto um
estilo de vinho mais fresco quanto um com mais corpo
e madeira podem funcionar bem, cada um ressaltando
uma característica do prato. Experimente um Saint Peter
apenas com azeite e amêndoas ao lado do seu Chardonnay
preferido.

AD DE LOS CERROS SELECCIÓN

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52| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 ˜
BEBA COM MODERAÇÃO

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@ casillerodeldiablobrasil
 Vitela
É possível combinar carne vermelha com vinho branco?
Em algumas situações, sim. Para que o vinho possa não ser
totalmente sobrepujado pelo prato, é necessário que a carne
seja muito, muito tenra. Há quem não se importe combinar
cortes de carne na brasa com um branco encorpado, com
importante presença de barrica, que de certa forma ajuda
a destacar os tons defumados, mas a intensidade da carne
certamente atropela a do vinho. Opções mais interessantes
estão no lado do cru ou quase cru. Um carpaccio, por
exemplo, pode casar lindamente com um Chardonnay. No
entanto, é possível ir um passo além e combinar com uma
vitela mal passada ou ao ponto. Essa carne tenra, em uma
preparação delicada, pode ganhar um par excepcional ao
lado de um Chardonnay estruturado. Dependendo dos
acompanhamentos, como legumes e cogumelos, a
FRPELQD§£RSRGHƁFDUDLQGDPDLVULFD

AD MARQUÉS DE CASA
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Espaguete ao vongole
Esse tradicional prato italiano, a massa com amêijoas
ou mariscos, como também chamamos, tem tudo
para harmonizar perfeitamente com um Chardonnay,
especialmente um mais fresco de regiões mais frias (tente
um piemontês). A receita pode variar, mas costuma ser
preparada apenas com azeite, alho, condimentos e, às
vezes, um pouco de vinho branco, ou então acrescentando
tomate e manjericão fresco. Os mariscos cozidos em azeite
deixam uma nota aromática impactante e essa combinação
de tons marinhos e minerais com a massa leve e sem muitas
interferências é o palco ideal para um Chardonnay com
esse mesmo estilo, com acidez crocante e notas minerais,
quem sabe um Chablis de estirpe, ou ainda um Meursault.
Escolha o seu preferido e não tenha medo de errar.

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93 0RUH\&R̘QHW%RUJRQKD)UDQ§ɞ:RUOG:LQH5
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&KDUGRQQD\DGYLQGDVGDVSDUFHODV/HV&KHYDOL¨UHVH/HV
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EDUULFDVGHFDUYDOKRIUDQFªVVHQGRQRYDV0RVWUɞ
QRWDVIORUDLVGHFDPRPLODGHHUYDVHGHHVSHFLDULDV
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PDLVPDGXUD0DV©QɞERFɞTXHPHUHFHDWHQ§£RFRP
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WRTXHVGHIUXWRVVHFRVHGHPHOOFRRO(0

54| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 BEBA COM MODERAÇÃO.

@sangredetoro
www.sangredetoro.com
 Coelho na mostarda
Para um Chardonnay super leve, jovem, talvez um
Petit Chablis ou algo do gênero, quanto mais simples
os preparos, melhor. Saladas com frutos do mar. Peixes
levemente cozidos ou então fritos. Legumes salteados.
E mesmo quando há alguns molhos mais intensos, a
combinação funciona. Uma das boas harmonizações com
Chardonnay são as pastas de mostarda. O vinho ajuda a
quebrar a textura e casa bem com a acidez. Sendo assim,
um prato que costuma ser acompanhado com rótulos
desse estilo – busque frescor e leveza – é o clássico francês:
coelho na mostarda. Tudo funciona bem aqui, pois a carne
do coelho não é demasiadamente intensa e isso
cria uma combinação vencedora. Mas você pode
optar também por um lombo de porco ou ainda
camarões com molho de mostarda.

AD 18,721Ό%($812<%285*2*1(
90 5‰6(59(&+$5'211$<̬̪̫̲
1XLWRQ%HDXQR\%RUJRQKD)UDQ§ɞ&DQWX5
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VHFRVWXGRHTXLOLEUDGRSRUDFLGH]UHIUHVFDQWHH
WH[WXUɞ̛UPHHFUHPRVD7HP̛QDODJUDG¡YHOFRP
WRTXHVF­WULFRVOFRRO(0

Ostras
Não podia faltar a mais clássicas das harmonizações com
Chardonnay. Ostras e Chablis é um combinação tão natural
que nunca deve ser esquecida. Essa iguaria geralmente é
comida crua, apenas com um toque de sal e limão. Simples
assim. Os tons salinos e minerais encontram pares perfeitos
nos Chardonnay dessa região da Borgonha. Há quem diga
que o solo Kimmeridgiano – geralmente muito marcado por
uma marga escura calcária relativamente uniforme, embora
também com calcário delgado contendo ricas camadas
de conchas – dá ao Chablis o frescor, a mineralidade e as
notas marinhas e, por isso, existe essa conexão
incrível entre o vinho local e as ostras. Mas você
não precisa necessariamente ter um exemplar
borgonhês. Há ótimos rótulos em regiões mais
frias e, muitas vezes, próximas ao mar, como no
Chile ou Nova Zelândia, por exemplo.

AD %,//$8'Ό6,021&+$%/,6̬̪̫̮
91 %LOODXG6LPRQ%RUJRQKD)UDQ§ɞ0LVWUDO86
 SDUɞ ɞVDIUɞ2JUDQGHSURGXWRU%LOODXG
6LPRQ GHPRQVWUɞDTXLXPFO¡VVLFR&KDEOLVFRPWRGɞ
ɞLQWHQVLGDGHHYLYDFLGDGHGɞ&KDUGRQQD\QHVWɞ
UHJL£R(PERFDFRQWUDEDODQFHLɞVXɞLQWHQVɞDFLGH]
FRP³WLPRFRUSRP©GLRDOWRHVDERUHVLQWHQVRVGH
IUXWDVEUDQFDV$OLDGRɞHVWDVFDUDFWHU­VWLFDVDLQGɞ
WHPRVVXɞPDUFDQWHPLQHUDOLGDGHHVHXORQJR̛QDOGH
ERFDOFRRO06/

56| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 (63(&,$/

AS NOSSAS
GRANDES
ESCOLHAS
Em nosso 16º aniversário, rememoramos alguns dos
mais vinhos mais marcantes de nossa história

por Arnaldo Grizzo

EM 16 ANOS DE HISTÓRIA, SÃO melhores rótulos com que nos deparamos e

incontáveis os vinhos que já passaram por
ADEGA. Para se ter uma ideia, nossa base de
dados do site MelhorVinho.com.br tem mais
de 12 mil resenhas cadastradas. Só neste ano,
que ainda está longe de terminar, já são mais
de 1.800 vinhos avaliados por nossa equipe.
Por isso, com o tempo, além de retratar uma
boa parcela desses vinhos – que merecem ser
conhecidos – em nossas páginas, passamos a dar
espaço a eles em outras plataformas.
O site MelhorVinho.com.br é uma delas,
mas surgiram outras tantas, como o Guia de
Vinhos ADEGA Brasil, em que passamos a
compilar o melhor da produção nacional e
hoje, prestes a lançar a 11ª edição, é um marco
na história da avaliação de vinhos brasileiros,
mostrando um amplo panorama da indústria,
acompanhando seu desenvolvimento e
apontando os melhores. No mesmo ano do
lançamento deste primeiro guia, também
começamos a fazer nosso compêndio anual dos
top 100 vinhos degustados por nossa equipe no
ano, uma forma de dar destaque a alguns dos
ajudar os leitores a montarem suas adegas com
uma seleção de respeito.
Nesse tempo, até chegar aos próximos
guias, houve ainda o lançamento do nosso clube
de vinhos, onde mensalmente pinçamos as
melhores escolhas em cada faixa de preço para
que os associados possam desfrutar de ótimos
momentos. Ou seja, o Clube ADEGA também
não deixa de ser uma lista de grandes rótulos. No
ano passado, lançamos o guia de vinhos ADEGA
Portugal, que já está em sua segunda edição e,
neste ano, a primeira versão do ADEGA Espanha.
Então, além de um minucioso trabalho para,
todos os meses, degustar e selecionar os rótulos
que aparecem em nossas páginas, ADEGA tem
VHGHGLFDGRFRPDƁQFRSDUDSURSRUVHOH§µHV
rigorosas de vinhos brasileiros, portugueses e
HVSDQK³LVQHVVHVJXLDVHQRƁPGHFDGDDQR
ainda reavaliar tudo isso para resumir em 100
rótulos fenomenais.
Sendo assim, para comemorar esses 16 anos,
vamos resgatar alguns dos melhores momentos
dessas imperdíveis seleções de vinho.

58| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 ADEGA # 63
Os melhores de 2010
Em nossa primeira edição do Top 100, preferimos distribuir os
PHOKRUHVYLQKRVGRDQRSRUIDL[DGHSUH§R6HQGRDVVLPFODVVLƁFDPRV
espumantes, brancos, rosés, tintos e doces em categorias distintas de
valores, apontando os melhores em suas faixas. Ainda assim, podemos
destacar alguns dos campeões daquele ano.

AD VINHA DA PONTE
97 ̬̪̪̱
4XLQWɞ GR&UDVWR'RXUR
3RUWXJDO(VWɞVDIUɞIRLJUDQGLRVɞ
QR'RXUR9LQKHGRFHQWHQ¡ULR'H
FRUPXLWRHVFXUD6HXVDURPDV
AD 62/$,$̬̪̪̱ V£RIDEXORVRVHVSHWDFXODUHV
97 $QWLQRUL7RVFDQD 8PɞURFKɞGHW£RSURIXQGR
,W¡OLD 6XEOLPHHVSHWDFXODU
9HUGDGHLUɞH[SUHVV£RGHHVVªQFLɞ
SURIXQGRHWF(VWDVIRUDP
GHIUXWDVPDGXUDVDPHL[DV
DVSULPHLUDVVHQVD§µHV
FHUHMDVHVSHFLDULDVFDUJɞ
TXDQGRGRSULPHLURDWDTXH
IORUDOYLROHWDVH̛QDOPLQHUDO
QRROIDWR2VGHVWDTXHV
*XVWDWLYDPHQWHFRQ̛UPɞɞ
DURP¡WLFRVV£RIUXWɞQHJUɞ
IRU§ɞGRQDUL]VHJXLGRGHXP
DEXQGDQWHSUHVHQ§ɞ
GHOLFLRVRFRQMXQWRFRPɞIUXWD
PLQHUDOFDUYDOKRLPSHF¡YHO
ɞDFLGH]HRVWDQLQRVHPWRWDO
HWRVWDGRVGHOLFLRVRV6HXV
KDUPRQLD0XLWRFRQFHQWUDGR
WDQLQRVV£RTXDVHSHUIHLWRV
FRP̛QDOGHERFɞTXDVHLQ̛QLWR
8PYLQKRSHUWRGɞ
8PɞREUɞGHDUWH$LQGɞHVWɟ
SHUIHL§£R$EVROXWDPHQWH
PXLWRMRYHP0DLVGRLVDQRVGH
GHOLFLRVR8PɞREUɞGHDUWH
JDUUDIɞY£RID]HUEHP'HSRLV
LWDOLDQɞFRPɞDOPɞFDVWDV
FRQWLQXDUɟHYROXLQGRSRUPDLV
TXDVHWRGɞIUDQFHVɞ
DQRV,QHVTXHF­YHOFROHFLRQ¡YHO
&DEHUQHW6DXYLJQRQ
GHLQVSLUD§£RHGHPHGLWD§£R
H&DEHUQHW)UDQF
&RQVXPR/*%
FRPSOHPHQWDGRVSRU
GH6DQJLRYHVH&RQVXPR
/*%

60| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 ADEGA # 75
Os melhores de 2011
Novamente, a divisão dos melhores vinhos do ano foi feita por faixa de preço.
Espumantes, brancos, rosés, tintos e doces em categorias distintas de valores,
apontando os melhores em suas faixas. Também destacamos as melhores compras, ou
VHMDRVEHVWEX\V&RQƁUDDOJXQVGRVFDPSHµHVGDTXHOHDQR

AD ARMANDO PARUSSO
96 %$52/2%866,$̬̪̪̰
$UPDQGR3DUXVVR3LHPRQWH,W¡OLD
8Pɞ GDVPDLVHVSHWDFXODUHVVDIUDVGR
3LHPRQWH'HHVWLORPRGHUQRVREUɞ AD 25(12̬̪̪̱
HOHJ¢QFLɞQRFRQMXQWRDURP¡WLFRFRP 96 7HQXWɞ6HWWH3RQWL
XPFDU¡WHUIORUDODVURVDVGɞƨPDUFDƩ 7RVFDQD,W¡OLD22UHQR
1HEELRORHVW£RSUHVHQWHVPLQHUDO  IRL HODERUDGRFRP
PDUFDQWHHVVªQFLɞGHFHUHMDVHXP 6DQJLRYHVH
WRTXHGHDOFD§X]*XVWDWLYDPHQWH 0HUORWH&DEHUQHW
VHQWHVHɞIUXWɞPDGXUɞHRFDUYDOKR 6DXYLJQRQ8PQ©FWDUQRV
HVWDJLɞSRUPHVHVTXHOKH DURPDVFRPXPɞFDUJɞGH
FRQFHGHWRTXHVGHFDQHOɞHEDXQLOKD IUXWɞLPSUHVVLRQDQWH$
)LQDOL]ɞFRPXPɞYLEUDQWHDFLGH] FHUHMɞQHJUɞPDUDVFKLQR
$EVROXWDPHQWHGHOLFLRVR&RQVXPR HVWɟHPGHVWDTXHFRP
/*% FDPDGDVGHFDUJɞIORUDO
PLQHUDOHDTXHOHWRTXH
O¡FWHR̛QDOSURYHQLHQWHGɞ
PDGHLUɞQRYD(PERFD©
XPɞSRWªQFLD3RUXPODGR
OHPEUɞXPEORFNEXVWHU
ADEGA BRASIL HSRURXWURSULPɞSHOɞ
HOHJ¢QFLD8PYLQKR
GUIA DE VINHOS PXLWRFRPSOH[RHULFR
2 DQR GH  WDPE©P FRQWRX &ROHFLRQ¡YHO&RQVXPR
FRP R ODQ§DPHQWR Gɞ SULPHLUɞ HGL§£R /*%
GR *XLɞ $'(*$ GH 9LQKRV GR %UDVLO
TXH DJRUɞ VH FKDPɞ $'(*$ %UDVLO
*XLɞ GH 9LQKRV &RQ̛Uɞ RV U³WXORV
GH GHVWDTXH GH 
AD
90
$GROIR /RQɞ %UXW 5RVH &KDUPDW
$OPDºQLFɞ 6\UDK 
Angbeben Teroldego 2005
Bueno Cuvée Prestige 2008
Churchill Cabernet Franc 2008
Don Giovanni Ouro
Miolo Lote 43 2008
Pizzato DNA 99 2005
Suzin Zelindo 2008
8WRSLɞ 

62| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 ADEGA # 87
Os melhores de 2012
Ainda mantendo a divisão dos melhores vinhos do ano por faixa de preço. Espumantes,
brancos, rosés, tintos e doces em categorias distintas de valores. Também destacamos as
melhores compras, ou seja, os best-buys e alguns vinhos inesquecíveis – raridades que
Q£RVHHQFRQWUDPHPPHUFDGR&RQƁUDDOJXQVGRVFDPSHµHVGDTXHOHDQR

DESTAQUES
AD *$-$63(566̬̪̪̱
AD 3(686̬̪̪̰ 97 $QJHOR*DMD3LHPRQWH
99 +HUPDQRV6DVWUH ,W¡OLD 8PYLQKRIHQRPHQDOGHVWHR
5LEHUɞ GHO'XHUR(VSDQKD SULPHLURDFHVVRQRVDURPDVDW©RVHX
‰ XP GRVPDLVGHQVRV UHWURJRVWR6XSHUODWLYRHPWRGRVRV
XQWXRVRVHSURIXQGRV TXHVLWRV$URPDWLFDPHQWHWHPWXGR
YLQKRVGLVSRQ­YHLVHP QɞPHGLGɞFHUWɞFRPɞIUXWɞQHJUɞ
WRGRSODQHWD8Pɞ PDGXUɞWRWDOPHQWHLQWHJUDGɞFRP
H[SHULªQFLɞLQFRPXPHP XPWRTXHGHDOFD§X]HXPɞSUHVHQ§ɞ
WRGRVRVVHQWLGRV1ɞFRU PLQHUDO4XDQGRHPERFDDO©PGR
TXDVHWLQJHɞWD§DFRP HTXLO­EULRTXDVHSHUIHLWRHQWUHɞ
O¡JULPDVLPSUHVVLRQDQWHV IUXWDR¡OFRROHɞDFLGH]RTXHVH
$URPDWLFDPHQWH© QRWɞ©ɞTXDOLGDGHGHVHXVWDQLQRV
IHQRPHQDO8PɞPDVVɞ 2FRQMXQWRHPERFɞ©GHWLUDUR
GHIUXWDVQHJUDVPDGXUDV I´OHJR7HPHVWUXWXUɞSDUɞFRQWLQXDU
FRPSOHPHQWDGDVSRUXPɞ HYROXLQGRSRUPDLVDQRV/*%
QXDQFHIORUDOGHOLFLRVD
7HPDLQGɞWRTXHV AD 5(',*$)),̬̪̪̲
HVSHFLDGRVDOFD§X] 97 7Xɞ5LWD7RVFDQD,W¡OLD2
FDUYDOKRSUHVHQWHH  © XPGRVPHOKRUHV5HGLJD̘
XP̛QDOPLQHUDO%RFɞ GH WRGRVGHVVHPLOªQLR$VFHUHMDV
ULTX­VVLPDFRPWDQLQRV QHJUDVHRVWRVWDGRVV£RRV
TXDVHSHUIHLWRV)LQDOGH GHVWDTXHVGRHTXLOLEUDGREXTXª(P
ERFɞTXDVHLQ̛QLWR6Xɞ ERFD©SRUWHQWRVRLQWHQVRULFRH
HVWUXWXUɞ©SDUɞFRQWLQXDU FRPIDEXORVR̛QDO2TXHUHDOPHQWH
HYROXLQGRSRUDQRV/*% LPSUHVVLRQɞ©RHVSHWDFXODUHTXLO­EULR
HQWUHɞIRU§ɞGɞIUXWDFDUYDOKR
¡OFRRODFLGH]HJUDQGHPDUFɞ
PLQHUDO,QHVTXHF­YHO&RQVXPR
/*%

AD QUINTA DO VALLADO
97 $'(/$,'(̬̪̪̱
4XLQWɞ GR9DOODGR'RXUR3RUWXJDO2
$GHODLGHIRLHODERUDGRSHOɞSULPHLUɞ
ADEGA BRASIL YH]HP(VWH©RVHJXQGR
(ODERUDGRɞSDUWLUGHYLQKDVYHOKDV
GUIA DE 1RQDUL]©ERPE¡VWLFRGHWLUDUR
VINHOS I´OHJR5HSOHWRGHIUXWDVPDGXUDV
VHJXLGDVGHWRTXHVPLQHUDLVWRQV
IORUDLVHXPɞOHYHQXDQFHO¡FWHD
AD Don Giovanni $PDUFɞPLQHUDOWDPE©PHVWɟ
91 Brut Ouro SUHVHQWHFRQFHGHQGRDREXTXªXPɞ
AD 'RQɞ %LWɞ FRPSOH[LGDGHTXDVHLQ̛QLWD%RFɞ
91 Champenoise DSHWLWRVDFRPPXLWɞSUHVHQ§ɞH
SHUVRQDOLGDGH/RQJR̛QDOGHERFD
AD Maximo Boschi &RQVXPR/*%
91 Merlot 2004

64| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 ADEGA # 98
Os melhores de 2013
A partir desta edição, os vinhos não mais foram divididos por categorias de preço, mas
passamos a fazer a seleção dos 100 melhores de forma global – um momento em que
combinamos nossa paixão com aspectos racionais de pontuação, disponibilidade e
SUH§R&RQƁUDRYHQFHGRUHDOJXQVRVGHVWDTXHV

DESTAQUES
AD CHÂTEAU VALANDRAUD
97 ̬̪̪̳
AD ADELAIDE -HDQ/XF7KXQHYLQ%RUGHDX[)UDQ§D
100 TRIBUTA PORTO (VVɞ JDUUDIɞ©PDLVXPɞS©UROɞGHVVɞ
&2/+(,7$̫̲̰̰ VDIUɞTXHYHPVHFRQVROLGDQGRFRPRXPɞ
4XLQWɞ GR 9DOODGR'RXUR GDVPDLVHVSHFLDLVGRVºOWLPRVDQRV2V
3RUWXJDO(VWH3RUWR&ROKHLWWɞ %RUGHDX[GHHVWLUSHV£RFKHLRVGH
©XPɞKRPHQDJHPDRR IUXWDPXLWRYLYRVHFRPULTXH]ɞLQFRPXP
DQLYHUV¡ULRGH'RQɞ$QW³QLɞɞ 6£RPDLVPDGXURVHDOHJUHVTXDQGRMRYHQV
$GHODLGH)HUUHLUɞ 6HQVDFLRQDODVVHQVD§µHVDURP¡WLFDV‰
WHWUDY³GRVDWXDLVSURSULHW¡¡ULRV XPPLVWRGHJHOHLɞGHIUXWDVYHUPHOKDVH
,PSUHVVLRQDQWHFRU¢PEDU QHJUDVFRPWRTXHVGHDOFD§X]HPDGHLUɞ
SURIXQGɞHGHWH[WXUɞYLVFRVD PXLWRSUHVHQWH(PERFɞ©ORQJRIDEXORVR
OHPEUDQGRXPɞ̛QɞFDOGD )LQDOTXDVHLQ̛QLWR&RQVXPR
2VDURPDVFRPSOH[RVV£R /*%
GHIUXWRVVHFRVHQYROWRV SRRU
QRWDVWRVWDGDVGHPHODGR H AD 3,1*86̬̪̪̳
GHFKRFRODWHDO©PGHWRTXHHV 97 3LQJXV5LEHUɞGHO'XHUR(VSDQKD
WHUURVRVHGHHUYDVVHFDV ([FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGHXYDV7HPSUDQLOOR
TXHHYROXHPSDUɞDVSHFWRV DGYLQGDVGHGRLVSHTXHQRVYLQKHGRV
PHGLFLQDVHEDOV¢PLFRV (P P GHPDLVGHDQRVFRQYHUWLGRVSDUɞ
ERFD©H[WUHPDPHQWH DJULFXOWXUɞELRGLQ¢PLFɞGHVGHFRP
FRQFHQWUDGRSRWHQWH HVW¡JLRGHPHVHVHPEDUULFDVGHFDUYDOKR
HXQWXRVRWHPXPɞ IUDQFªV$SUHVHQWɞSURIXQGɞFRUYHUPHOKR
YLEUDQWHDFLGH]TXH UXELGHUHIOH[RVYLRO¡FHRVHDURPDVGHIUXWDV
HTXLOLEUɞSHUIHLWDPHQWH YHUPHOKDVPDGXUDVHQYROWRVSRUDJUDG¡YHLV
WRGDVVXɞGR§XUD HH[XEHUDQWHVQRWDVIORUDLVEHPFRPR
GHL[DQGRXPUHWURJRVWR WRTXHVKHUE¡FHRVPLQHUDLVHGHHVSHFLDULDV
ORQJRPXLWRORQJR GRFHVDO©PGHWRTXHVGHDOFD§X]HWDEDFR
0HPRU¡YHOVREHUER (PERFD©HTXLOLEUDGRLQWHQVRSURIXQGR
ºQLFRHHPRFLRQDQWH(0 SXURFRQ̛UPDQGRHVVHHVWLORGHIUXWɞPDLV
PDGXUDPDVSHUIHLWDPHQWHVXVWHQWDGɞSRU
XPɞDFLGH]YLEUDQWH³WLPɞHVWUXWXUɞW¢QLFD
PXLWɞHOHJ¢QFLɞHXP̛QDOORQJRHFRHVR
OHPEUDQGRJUD̛WH'HOLFLRVRVXFXOHQWRHDR
PHVPRWHPSRPXLWRDXVWHUR,PSDFWDQWH
(0

AD QUINTA DO NOVAL VINTAGE

97 ̬̪̫̫
4XLQWɞ GR1RYDO3RUWR3RUWXJDO1R
QDUL] XPSULQF­SLRGHFDSLPYHUGHH
ADEGA BRASIL WRTXHGHPXVJR1ɞERFDSURIXQGLGDGH
GUIA DE VINHOS &KHLɞGHWHQV£R7DQLQRVSURWDJRQL]DP
HOHJDQWHPHQWH$FRPSDQKDGRVSHOɞDFLGH]
AD OHYDPRYLQKROɟHPFLPɞDQWHVGH̛QDOL]DU
92 Pizzato DNA 99 Merlot FRPHOHJ¢QFLD$DFLGH]WDPE©PHVFROWɞ
2008 OLQGDPHQWHɞGR§XUɞGɞIUXWɞHSUHSDUɞ
AD Sesmarias 2011 RSDODGDUSDUɞXPSU³[LPRJROH&RP
92 UHWURJRVWRGHIUXWDVFHUHMDVHXPWRTXH
GHS³OYRUD1RSULPHLURLPSDFWRSDUHFLɞ
XPGRVPHQRVSURQWRVPDVQɞKRUɞTXH
FRQWHPSODYɞɞHOHJ¢QFLɞGRUHWURJRVWRHVVɞ
LPSUHVV£RGHVDSDUHFHX&%
66| 5HYLVWɞ$'(*$ (G
 ADEGA # 110
Os melhores de 2014
&RPRRQRVVRWRS©XPDVHOH§£RGHHGLWRUQ£RƁFDPRVUHVWULWRV VLPSOHVRUGHPGHFUHVFHQWH
de pontos, embora a pontuação, sim, a nosso ver, sendo nossa expressão numérica da qualidade
do vinho, é o fator principal a ser analisado. Acreditamos que o preço vai ganhando importância
quanto menor a singularidade do que se degusta e, dessa forma, as indicações de best buys
PHUHFHPVHXSHVRHPQRVVDVDYDOLD§µHV&RQƁUDFDPSH£RHGHVWDTXHV

DESTAQUES
AD PAOLO SCAVINO BAROLO
95 %5,&'(/),$6&̬̪̪̯
3DROR 6FDYLQR3LHPRQWH,W¡OLD%ULFGHO
)LDVF IRLXPGRVSULPHLURVYLQKHGRVGH
%DURORɞVHUYLQL̛FDGRHPVHSDUDGRR
AD DOW’S TXHDFRQWHFHGHVGH$SUHVHQWɞFRU
98 VINTAGE PORT YHUPHOKRUXELYLYRHDURPDVGHIUXWDV
̬̪̫̫ YHUPHOKDVPDLVPDGXUDVFRPQRWDV
'RZƦV 'RXUR3RUWXJDO PLQHUDLVIORUDLVGHIXPDGDVHGHWDEDFR
$SUHVHQWɞFRUYHUPHOKR DO©PGHWRTXHVWHUURVRVHGHHUYDVVHFDV
YLROHWɞIHFKDGD,QWHQVR (PERFD©DXVWHURWHPLPSUHVVLRQDQWH
HH[XEHUDQWHQRVDURPDV HVWUXWXUD3URIXQGRORQJRLQWHQVR
OHPEUDQGRFDVVLV FODVVXGR3RWHQWHHHOHJDQWHDRPHVPR
DPHL[DVFRPQRWDVIORUDLV WHPSRFRPORQJɞHVWUDGɞSDUɞSHUFRUUHU
KHUE¡FHDVHHVSHFLDGDV (0
&RQFHQWUDGRHLQWHQVR
FRPRXP9LQWDJHQRYR AD %8(12Ό&,35(662
GHYHVHU7HP³WLPɞ 95 BRUNELLO DI
WH[WXUDEDVWDQWHIUHVFRU 0217$/&,125,6(59$̬̪̪̮
H̛QDOFKHLRHORQJRFRP %XHQR :LQHV7RVFDQD,W¡OLD2VDURPDV
WRTXHVO¡FWHRVPLQHUDLV HVEDQMDPFRPSOH[LGDGH(VSHFLDULDV
HGHFKRFRODWH&KHLR GRFHVQRWDVWHUURVDVGHIXPDGDVGH
GHFDPDGDVPDLVDLQGɞ FDUQHGHDOFD§X]HGHFHUHMDVDROLFRU
IHFKDGR6XEOLPH3DUɞ DO©PGHWRTXHVGHD]HLWRQDV(PERFD
HVTXHFHUQɞDGHJD(0 WHPɞ̛QHVVHHɞLQWHQVLGDGHDOLDGDVFRP
HOHJ¢QFLDEHPFRPRSRWªQFLDHVWUXWXUɞ
HYROXPHGHERFDWXGRQXPFRQWH[WRGH
PDGXUH]HPROGXUDGRSRU³WLPɞDFLGH]
TXHDSRUWɞXPIUHVFRUKHUE¡FHRDR
FRQMXQWR,PSUHVVLRQɞSHOɞWH[WXUɞVHGRVɞ
HGHJU£RV̛QRVGHVHXVWDQLQRV6HP
GºYLGD XPJUDQGH%UXQHOOR(0

AD POL ROGER BLANC DE

ADEGA BRASIL 95 %/$1&69,17$*(̬̪̪̪
3RO 5RJHU&KDPSDJQH)UDQ§D
GUIA DE %UDQFR HVSXPDQWH%UXWHODERUDGR
VINHOS H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGHXYDV
&KDUGRQQD\DGYLQGDVDSHQDVGHYLQKHGRV
*UDQG&UXQɞ&´WHVGH%ODQFVFRPQRYH
/XL] $UJHQWɞ
AD DQRVGHFRQWDWRVREUHDVOHYHGXUDVDQWHV
91 Merlot Uvas GHVHUODQ§DGR&RPSOH[RVDURPDVGH
Desidratadas IUXWDVEUDQFDVHGHFDUR§REHPFRPR
2009 FDWLYDQWHVQRWDVPLQHUDLVGHS£RHGH
Maximo IUXWRVVHFRV1RSDODWRFRQ̛UPɞHVVɞ
AD Boschi Brut IUXWDHVWɟYLYRFODVVXGRHOHJDQWHORQJR
91 XPJUDQGHYLQKRTXHPHUHFHWHPSRSDUɞ
Speciale 2008 VHUSURYDGR(0

68| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 Destaque Adega Portugal
Guia de Vinhos 2021
ESTE PRODUTO É DESTINADO A ADULTOS

AD AD
93 93

De ótima tipicidade, mostra a Impressiona pelo frescor

força de taninos, a concentração e tensão do conjunto, com sua
e as notas de ervas da variedade, acidez vibrante e sua textura
tudo sustentado por refrescante ƁUPHDSRUWDQGRVXVWHQWD§£R
acidez. Paciência com ele na a sua fruta lembrando
taça e na garrafa para que pêssegos e peras. Fluido,
mostre todo seu potencial. Está preciso e muito gostoso de
muito bom agora, mas tem tudo EHEHUWHPƁQDOFKHLRHORQJR
SDUDƁFDUDLQGDPHOKRUQRV com toques cítricos, de frutos
próximos 15 anos. secos e de especiarias doces.

R$ 1128,00 R$ 710,00

Herdade da Aldeia de Cima Herdade da Aldeia de Cima

Alyantiju Tinto 2018 Alyantiju Branco 2018
Herdade Aldeia de Cima, Alentejo, Portugal Herdade Aldeia de Cima, Alentejo, Portugal
 ADEGA # 122
Os melhores de 2015
Em nosso décimo ano de atividades, a seleção do nosso top 100 foi ainda mais especial,
pois contou com vinhos do International Tasting, degustação vertical de grandes rótulos
que elaboramos para celebrar nossos 10 anos, compartilhando vinhos com nossos leitores.
Ş,QHVTXHF­YHLVşHŞEHVWEX\VşWDPE©PIRUDPOLVWDGRV&RQƁUDRPHOKRUGRDQRHRVGHVWDTXHV

AD VEGA SICILIA
97 UNICO GRAN
5(6(59$̬̪̪̮ DESTAQUES
7(03269HJɞ6LFLOLD AD CHÂTEAU
5LEHUɞGHO'XHUR(VSDQKD 97 9$/$1'5$8'̬̪̫̪
8PYLQKRHPRFLRQDQWH -HDQ/XF7KXQHYLQ%RUGHDX[
$QWHVGHWHQWDULQWHUSUHWDU )UDQ§D 0RVWUɞɞDXVWHULGDGHGR
RVDURPDVYDOHVHQWLOR PDVQXPHVWLORGHIUXWɞ
HPERFD,QFU­YHOYLEUD§£R PDLVIUHVFɞHYLEUDQWH1RQDUL]
)D]QRVDJUDGHFHU DSUHVHQWɞQRWDVWHUURVDVGHYLROHWD
RIDWRGHQHPWRGRV GHHVSHFLDULDVGRFHVHSLFDQWHV
VHJXLUHPDVWHQGªQFLDV DO©PGHWRTXHVGHDOFD§X]3UHFLVR
'HPRQVWUɞTXHKɟXP FRPSDFWRSURIXQGRHHVWUXWXUDGR
HVSD§RUHVHUYDGRSDUɞ WHPWDQLQRVGHWH[WXUɞ̛Q­VVLPD
RVFO¡VVLFRVQRPXQGR UHIOHWLQGRXPDQRPDLVHTXLOLEUDGR
,QFU­YHODFLGH]HWDQLQRV ,PSUHVVLRQDQWHXPɞV­QWHVHGɞ
TXHV£RɞºQLFɞFRLVɞ IUXWɞH[XEHUDQWHGRFRPɞ
MXYHQLOQHVWHYLQKR8Pɞ DXVWHULGDGHHYHUWLFDOLGDGHGR
FHVWɞGHDPHL[DVFRPXP 6HJXUDPHQWHHQWUHDVPHOKRUHV
WRTXHGHSLPHQWɞEUDQFD VDIUDVMɟSURGX]LGDV-ɟHVWɟ
8PYLQKRSDUɞGHJXVWDU H[FHSFLRQDOPDVFRPPDLVDOJXP
SHQVDQGRQRSDVVDGRH WHPSRGHJDUUDIɞSRGHFKHJDUDLQGɞ
ROKDQGRSDUɞRIXWXUR&% PDLV SHUWRGɞSHUIHL§£R(0
AD BENJAMIN ROMEO
97 &217$'25̬̪̫̪
%RGHJɞ &RQWDGRU5LRMD(VSDQKD
 7HPSUDQLOORH*DUQDFKD
IHUPHQWDGRHPWRQ©LVGHɞPLO
ADEGA BRASIL OLWURVDOJXQVURWDWLYRVGHSRLVHVWDJLɞ
GUIA DE VINHOS PHVHVHPEDUULFDVQRYDVGH
FDUYDOKRIUDQFªV8PJUDQGHDQRSDUɞ
&DVɞ 9DOGXJɞ &RQWDGRUPXLWRMRYHPDLQGɞIHFKDGR
AD HUHWUD­GRQRQDUL]PDVFRPRWHPSR
92 *UDQ 5HVHUYɞ GHFRSRSDVVɞɞPRVWUDUQRWDV
Nature 60 meses
IORUDLVGHFDVVLVDPHL[DVHDPRUDV
2009 1RSDODWR©VXSHUHVWUXWXUDGRFRP
AD Estrelas do Brasil ɞPDGHLUɞWHQGRSDSHOLPSRUWDQWH
92 Brut Rosé 2010 9LQKRVXSHUODWLYRFRPRVHWRGRVRV
HOHPHQWRVHVWLYHVVHPQRPDLVDOWR
Pizzato DNA 99
AD YROXPHPDVHPSHUIHLWRHTXLO­EULR
92 6LQJOH 9LQH\DUG 3UHFLVɞGHWHPSRSDUɞPRVWUDU
Merlot 2011 WRGɞVXɞWHQV£RHYLEUD§£RHH[LJH
AD Pizzato Vertigo FRQFHQWUD§£RHFRQWHPSOD§£RSDUɞ
92 Nature 2013 GHVYHQGDUWRGDVDVVXDVFDPDGDV
(0

70| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 Se você quer beber
vinhos diferentes,
deve ter taças
diferentes!
A Riedel é uma empresa com mais de 250 anos, a história dessa marca familiar é muito
conhecida na Europa, onde é intitulada como o “Rei do Cristal”, e chegou no Brasil
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que a cada ano traz novos modelos de taças e decanters emblemáticos da marca.

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 ADEGA # 134
Os melhores de 2016
Um ano de grandíssimos vinhos, tanto que a seleção foi duríssima. Tão dura que decidimos que
não poderia se resumir a um só rótulo e, por isso, apontamos quatro grandes como os melhores da
WHPSRUDGD(WDQWRVRXWURVDLQGDƁFDUDPGHIRUDGRQRVVRWRS&RQƁUDRVTXDWURPHOKRUHV

AD QUINTA DOS
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96 $OPDYLYD0DLSR&KLOH7LQWRFRPSRVWR 4XLQWɞ GRV0XU§DV'RXUR3RUWXJDO
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FDUYDOKRIUDQFªV0RVWUɞQRWDVIORUDLVPLQHUDLV GɞYLQKɞYHUWLFDOPDLVDQWLJɞGR'RXUR
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DFLGH]WDQLQRV̛UPHVHGHJU£RV̛QRVH̛QDO LQG­JHQDVHPODJDUHVGHSLVɞɞS©FRP
ORQJRFRPWRTXHVGHJUD̛WH0DLVYHUWLFDO HVW¡JLRGHPHVHVHPEDUULFDVXVDGDV
HFKHLRGH̛QHVVHFRPWXGRPXLWREHP GHFDUYDOKRIUDQFªV$XWªQWLFR'RXUR
LQWHJUDGRLPSUHVVLRQDQGRSHORHTXLO­EULR DLQGɞHVWɟMRYHPPDVMɟPRVWUɞ
HYLEUD§£RGRFRQMXQWR&RPSDUDGɞ H[XEHUDQWHVQRWDVGHYLROHWDTXH
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FDPLQKDQGRHPGLUH§£RɞPDLVIUHVFRU GHIXPRHGHDOFD§X]5HGRQGR
HWHQV£RPDVPDQWHQGRVHRHVWLORMɟ HTXLOLEUDGRHH[WUHPDPHQWH
FRQVDJUDGRGRYLQKR(0 HOHJDQWHWHPWDQLQRVGHH[FHOHQWH
WH[WXUDDFLGH]UHIUHVFDQWHH̛QDO
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96 5(6(59$(63(&,$/̬̪̪̯ SRWªQFLDIRU§DWHQV£RH̛QHVVH
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7LQWR FRPSRVWRGH7HPSUDQLOORH
0D]XHORDGYLQGRVGHXPºQLFRYLQKHGR
YHOKRFRPHVW¡JLRGHPHVHVHP AD TAYLOR’S
EDUULFDVGHFDUYDOKRDPHULFDQRSDUɞR 96 SINGLE HARVEST
7HPSUDQLOORHIUDQFªVSDUɞR0D]XHOR 3257 ̫̳̰̰
HSRVWHULRUGHVFDQVRHPJDUUDIɞSRU 7D\ORUƦV 'RXUR3RUWXJDO
PDLVPHVHV0RVWUɞDURPDVGHIUXWDV 7LQWRIRUWL̛FDGRGRFH
YHUPHOKDVPDLVPDGXUDVHQYROWDVSRU XQLFDPHQWHGɞFROKHLWɞ
QRWDVHVSHFLDGDVGHHUYDVVHFDVHGH HVWɞHGL§£ROLPLWDGD
IORUHVQXPHVWLORPDLVDXVWHURQRQDUL] ODQ§DGɞUHFHQWHPHQWHIRL
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SRUDFLGH]YLEUDQWHH³WLPɞWH[WXUɞGHWDQLQRV DQWHVGHVHUHQJDUUDIDGD
1XPHVWLORPDLVFRPSDFWRSUHFLVRSURIXQGRH (PVXɞWHUFHLUɞYHUV£Rɞ
UH̛QDGR(0 P­WLFɞVDIUɞGL]ɞTXH
YHLRQXPYLQKRYLEUDQWHH
LQFULYHOPHQWHMRYHPSDUɞ
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ADEGA BRASIL XQWXRVLGDGHWXGRHQYROWR
GUIA DE VINHOS SRUQRWDVPHGLFLQDLVGH
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AD VHFRV0XLWRUH̛QDGR©ORQJR
93 &DVɞ 9DOGXJɞ *UDQ 6WRULɞ
HSURIXQGRDSUHVHQWDQGR³WLPR
Merlot 2011
AD HTXLO­EULRHQWUHDFLGH]HGR§XUD(0
93 /XL] $UJHQWɞ %UXW  PHVHV

72| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 ADEGA # 146
Os melhores de 2017
Mais uma série de grandes vinhos passaram por nossas taças. São inúmeras as
degustações na editora, mas também em eventos ao longo do ano. Em 2017, um vinho
GHVWDFRXVHVREUHPDQHLUDPDVRXWURVWDQWRVWDPE©PƁ]HUDPERQLWR1RYDPHQWH
Q£RIRLXPDVHOH§£RI¡FLO&RQƁUDRFDPSH£RHRGHVWDTXH

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98 BEAUCASTEL DESTAQUE
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-$&48(63(55,1̬̪̪̫
98 SINGLE
+$59(673257̫̳̰̱
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)UDQ§D'HVGH-HDQ3LHUUHH $7D\ORUƦV©UHVSRQV¡YHO
)UDQ§RLVGHFLGLUDPFULDUXPYLQKR SRUGXDVLPSRUWDQWHV
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GHOHVTXHIDOHFHXHP7LQWR VHFRHLQWURGX§£RGR
FRPSRVWRGH0RXUY¨GUH HVWLOR/%9/DWH%RWWOHG
*UHQDFKH&RXQRLVHH 9LQWDJH1RHQWDQWRHOHV
6\UDK$S³Vɞ̛QDOL]D§£RGɞ WDPE©PLQDXJXUDUDPɞ
PDORO¡WLFɞ©UHDOL]DGRREOHQGTXH FDWHJRULɞ9HU\2OG3RUW
HVWDJLɞHQWUHHPHVHVHP 7DZQ\DRFULDUVXɞV©ULHGH
IRXGUHVGHFDUYDOKR([XEHUDQWHH 6LQJOH+DUYHVW3RUWGH
FRPSOH[RQRVDURPDVDSUHVHQWɞ DQRVGHHGL§£ROLPLWDGD
WUXIDVFRJXPHORVHVSHFLDULDV XPɞGDVPDLVDFODPDGDV
DOFD§X]WDEDFRHFDPXU§D SHORVHQWXVLDVWDV
,PSUHVVLRQɞSHOɞMXYHQWXGHDOLDQGR 7LQWRIRUWL̛FDGRGRFH
GHIRUPɞKDUP´QLFDRSXOªQFLɞGH XQLFDPHQWHGɞFROKHLWɞ
IUXWɞHWDQLQRVGHH[FHOHQWHWH[WXUɞ HVVɞHGL§£ROLPLWDGɞ
FRPPLQHUDOLGDGHSHUVLVWªQFLɞH IRLHQYHOKHFLGɞGXUDQWH
SURIXQGLGDGH0DLVGHVHJXQGRV DQRVHPFDVFRV
GHSHUPDQªQFLɞQɞERFD3RHVLɞ GHPDGHLUɞDQWHVGH
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DFLGH]HH[XEHU¢QFLɞ
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ADEGA BRASIL WHQV£RLQWHQVLGDGHH
GUIA DE VINHOS SURIXQGLGDGHGR2X
VHMDXPFRQMXQWRTXDVH
Orus Edição SHUIHLWRGH̛QDOORQJRH
AD SURIXQGRFRP̛JRVVHFRV
93 (VSHFLDO 6LOYLɞ W¢PDUDVPDUURPJODFª
1972 Nature Rosé DO©PGHWRTXHVPLQHUDLV
Clair PHGLFLQDLVHGHIUXWRV
AD Pizzato Nature VHFRV(0
93 2014

74| 5HYLVWɞ$'(*$ (G


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 ADEGA # 158
Os melhores de 2018
1HVWDHGL§£RƁ]HPRVPDLVXPDLQRYD§£RQDVHOH§£RGRWRS'HVWDYH]FRORFDPRV
os 20 primeiros vinhos em ordem. Ao todo foram mais de 8 mil rótulos avaliados
por nossa equipe em 2018 e, portanto, essa foi uma tarefa hercúlea, mas também
SUD]HURVD&RQƁUDRVWUªVSULPHLURVFRORFDGRV

AD CASTELLO DI AMA
97 /Ʀ$33$5,7$̬̪̫̭
&DVWHOORGL$PD7RVFDQD,W¡OLD$R
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96 PIEDRA INFINITA 6HEDVWLSURSULHW¡ULɞGRKLVW³ULFR
̬̪̫̯ &DVWHOORGL$PDFRQWɞTXH/Ʀ$SSDULWɞ
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GHVVHYLQKRIRLDLQGɞPHOKRU
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GHVGH8PU³WXORTXH
FHUWDPHQWHVHWRUQDUɟXP
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(0
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95 VIGNA DELLE
CONCHIGLIE CHIANTI
5,6(59$̬̪̪̲
3RJJLRWRQGR7RVFDQD,W¡OLD
3RJJLRWRQGR©RSURMHWR
IDPLOLDUGRFRQVXOWRUHHQ³ORJR
$OEHUWR$QWRQLQLHVXɞHVSRVɞ
ADEGA BRASIL $OHVVDQGUD$YLQ­FROɞIRL
GUIA DE VINHOS KHUGDGɞGRSDLTXHDGTXLULXɞ
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AD 9LFWRULɞ *HLVVH &XYH© &RQFKLJOLHƩHRƨ9LJQɞGDOƩ9LJQɞGHOOH&RQFKLJOLHWHPHVVH
93 6R̛ɞ ([WUɞ %UXW
QRPHSHOɞJUDQGHFRQFHQWUD§£RGHI³VVHLVPDULQKRVQRVRORH©
Vintage 2013 FKHLRGHWLSLFLGDGH(TXLOLEUDVHHQWUHɞWUDGL§£RHɞUHYROX§£R
AD &DVɞ 9DOGXJɞ 6XU /LH ,PSUHVVLRQɞSHORHTXLO­EULRHSUHFLV£RGRFRQMXQWRVHPSUH
93 30 meses Nature VXVWHQWDGRSRUWDQLQRVGHH[FHOHQWHWH[WXUDUHIUHVFDQWHDFLGH]
H̛QDOSHUVLVWHQWHHSURIXQGRFRPWRTXHVGHJL]HGHIUXWDV
YHUPHOKDVDROLFRU(0

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 ADEGA # 170
Os melhores de 2019
Novamente, dois vinhos “empataram” como os melhores do ano, mas, pela primeira
YH]XPEUDQFRPHUHFHXHVVDKRQUDULD0DVDVHTXªQFLDGRWRSUHXQLXXPDV©ULHGH
oito vinhos que receberam a mesma pontuação. Também decidimos lançar outra lista,
chamada de “100 AD 90+ por 100 ou menos”. Ela reúne 100 vinhos que receberam
$'SRQWRVRXPDLVHFXVWDP5RXPHQRV&RQƁUDRVGRLVFDPSHµHVGRDQR

AD DOMAINE VALETTE
97 “LE CLOS DE
MONSIEUR NOLY”
328,//<Ό)8,66‰
9,(,//(69,*1(6̬̪̪̯
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PHUFDGR(VWHIRLJXDUGDGR GR3RUWRHGHSRLVGɞ
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GHQR]HVDPªQGRDVWRQV DQRHFXULRVDPHQWH
WHUURVRVHFLQ]DV0XLWR RXWUɞQRDQRVHJXLQWH
PLQHUDO3R©WLFR DOJRUDU­VVLPRHP
$DFLGH]©XPVRFRVHJXLGRGH VHWUDWDQGRGH9LQWDJHV
XPFDULQKRDQRVGHYLGɞH (VWH3RUWRHVWɟPXLWR
PXLWRVSHOɞIUHQWHPDVɞºQLFɞ MRYHPDLQGDFRPR©GH
IRUPɞGHUHVLVWLUɦWHQWD§£R VHHVSHUDUHPXP9LQWDJH
HHVSHUDU©FRORFDUɞJDUUDIɞ TXHWHQGHɞVXSRUWDUDQRV
QXPFRIUHHMRJDUɞFKDYHIRUD HDQRVGHJXDUGɞFRP
CB SDFLªQFLɞHKDUPRQLD
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HRSXOHQWRPRVWUɞ
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SURIXV£RDFRPSDQKDGRV
GHQRWDVIORUDLVHGH
HVSHFLDULDVGRFHV
1­WLGRHPXLWRSUHFLVR
OHPEUɞRTXDQGR
ADEGA BRASIL MRYHPPDVRIHUHFHQGR
GUIA DE VINHOS PDLVSURIXQGLGDGHH
SHUVLVWªQFLD7HPWXGR
SDUɞ̛FDUPXLWRPHOKRU
/XL] $UJHQWɞ QRVSU³[LPRVDQRV(0
AD
93 Cave Rosé
Nature 48 meses
AD Elegance Nature
93

78| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 ADEGA # 182
Os melhores de 2020
Em um ano marcado pela pandemia e distanciamento social, precisamos rever nossa
metodologia de degustação e passamos a incorporar novos protocolos, incluindo o
Coravin, que permitiu que vários degustadores provassem da mesma garrafa de
IRUPDDVV­QFURQD1HVWHDQRWLYHPRVWUªVYLQKRVHPSDWDGRVQDSULPHLUDSRVL§£R
FRPR0HOKRUGR$QR&RQƁUD

AD '210(/&+25̬̪̫̲
97 'RQ0HOFKRU0DLSR&KLOH$VDIUɞ
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97 3257̬̪̫̱ WLQWR FRPSRVWRGH&DEHUQHW6DXYLJQRQ
&URIW 'RXUR3RUWXJDO7LQWR &DEHUQHW)UDQF0HUORWH3HWLW9HUGRW
IRUWL̛FDGRGRFHHODERUDGR FRPHVW¡JLRGHPHVHVHPEDUULFDVGHFDUYDOKR
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W­SLFDVGR'RXURFRPHVW¡JLR 0RVWUɞFDVVLVHPLUWLORVHVFROWDGRVSRU
HPEDUULVGHFDUYDOKR QRWDV IORUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDV
9LROHWDVDOJRGHHVSHFLDULDV DO©P GHWRTXHVWHUURVRV%HQH̛FLDGR
GRFHVVºWLOHVWHYDWXGRHP SRU XPDQRPDLVIUHVFRFRPSDUDGRDR
PHLRɞPXLWDVIUXWDVQHJUDV TXHQWHWHPUHIUHVFDQWHDFLGH]
OHPEUDQGRDPHL[DVHDPRUDV H WDQLQRV̛Q­VVLPRVTXHWUD]HP
&KDPɞDWHQ§£RSHOɞDFLGH] VXVWHQWD§£RDRFRQMXQWRHHTXLOLEUDP
YLEUDQWHSHORVWDQLQRV̛UPHV R SHƯOFRVWXPHLUDPHQWHPDGXUR
PDVSULQFLSDOPHQWHSHOɞ HQFRQWUDGRQɞIUXWɞGHVVHFO¡VVLFR
SURIXQGLGDGHHSHUVLVWªQFLD GH 3XHQWH$OWR7HP̛QDOSHUVLVWHQWH
0LVWRGɞHOHJ¢QFLɞHIUHVFRU YHUWLFDOHGHQVRFRPWRTXHVGH
GRFRPɞRSXOªQFLɞH DOFD§X]HGHJUD̛WH$PDLVSUHFLVɞH
LQWHQVLGDGHGR(0 UH̛QDGɞVDIUɞGHVVHYLQKRHQWUHDV
PHOKRUHVVHQ£RɞPHOKRUHGL§£R
SURYDGɞDW©RPRPHQWR(0

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97 $11(;86
ADEGA BRASIL *5(1$&+(̬̪̫̰
GUIA DE VINHOS -RKQ 'XYDO:LQHV%DURVVɞ
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SURGX]LGDVGHVWHYLQKR
AD 130 Special Edition YªPGHYLGHLUDVFRPPDLV
93 Blanc de Blanc Brut GHDQRVGHLGDGH0DLV
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AD &DVɞ 3HGUXFFL
6HJXQGR-RKQ'XYDO©XP
93 Millésime Brut 2018
ƨDSSURDFKƩGH3LQRW1RLU
SDUɞɞ*UHQDFKH$IUXWɞ
ADEGA PORTUGAL WHPYLEUD§£RHHOHJ¢QFLɞ
GUIA DE VINHOS HQFDQWDGRUDV‰FRPREHEHU
DOJRTXHHVWɟVXVSHQVR
AD QRDU3XUH]ɞ©ɞSDODYUɞ
96 &KU\VHLɞ  TXHRGH̛QHFRPFODUH]ɞGHIUXWɞ
DFRPSDQKDGɞGHHUYDVHIORUHV8P
AD Buçaco Reservado
YLQKRSDUɞRVDPDQWHVGHJUDQGHV
96 Branco 2014
1HEELROR&%

80| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 AGENDA
de
CURSOS
ONLINE E PRESENCIAL

THE WINE SCHOOL

19 DE OUTUBRO
INTRODUÇÃO
AO VINHO ONLINE

WSET 23 DE OUTUBRO

N1 CUIABÁ

WSET 30 DE OUTUBRO

N1 JOÃO PESSOA

WSET 30 DE OUTUBRO

N1 SÃO PAULO

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 DOC
Os vários Napa
O Napa Valley tem nada menos que 16
denominações diferentes em sua área
por Arnaldo Grizzo
A VITIVINICULTURA dos Estados
Unidos não nasceu na Califórnia,
mas é inegável que ali a indústria se
desenvolveu a ponto de monopolizar
os nossos pensamentos quando
falamos de vinho norte-americano.
Diz-se que os primeiros grandes
vinhedos foram plantados por missões
religiosas no século XVIII, mas o
grande boom se deu verdadeiramente
dois séculos depois, ao fim da Lei
Seca e da II Guerra Mundial. Pode-se
apontar que 1976 foi um marco para os
vinhos californianos, especialmente
os do Napa Valley, tornarem-se
referência após baterem, em prova às
cegas, clássicos franceses no famoso
Julgamento de Paris.
Desde então, não somente os
norte-americanos, mas enófilos de
todo o planeta passaram a voltar
os olhos para uma região até então
pouco comentada no mundo do
vinho, que basicamente abastecia o
mercado interno. Ali, em um vale de 48
quilômetros de comprimento e pouco
mais de 8 km de largura (delimitado a
oeste pelas montanhas Mayacamas e a
leste pela cordilheira Vaca), localizado
80 km ao norte de São Francisco e 55
km a leste do Oceano Pacífico, nascem
alguns dos vinhos mais célebres dos
Estados Unidos.
O Vale do Napa foi declarado a
primeira Área Vitícola Americana,
ou AVA, da Califórnia em 1981.
Dentro dele, há 16 sub-AVAs, ou seja,
microdenominações específicas.
Apesar da fama mundial e do
desenvolvimento de uma indústria
pioneira, o Napa é uma região bastante
pequena, representado apenas 4%
da colheita da Califórnia e com um
sexto da área de uvas plantada de
Bordeaux, por exemplo. A maioria das
vinícolas é de porte pequeno a médio
e 95% são propriedades familiares.
No total, existem aproximadamente
475 vinícolas produzindo cerca de 9
milhões de caixas de vinho por ano.
Revista ADEGA - Ed.192 | 83
 Viticultura se concentra em
um vale de 48 quilômetros de
comprimento e pouco mais de
8 km de largura
Terroir
O vale tem uma combinação de diversos solos,
com clima mediterrâneo e elevações também
distintas. Ali há uma das maiores diversidades
de solo encontradas em qualquer região vinícola
do mundo, com mais de 100 variações. O clima
geralmente é caracterizado por longo e seco
período de cultivo e marcado por dias quentes
e noites frescas influenciadas por um padrão
recorrente de nevoeiro marinho, ideal para que
as uvas amadureçam lentamente. A falta de
chuvas de verão contribui para a consistência
das safras. A topografia varia de estuários
ao nível do mar no sul até o vale do rio com
leques aluviais e colinas no meio, que levam a
montanhas de quase 1000 metros de cada lado.
A Cabernet Sauvignon é a uva mais
plantada, respondendo por mais de 50% da
área de produção, com quase 10 mil hectares. A
Chardonnay vem em segundo lugar, com 14%
e cerca de 2,5 mil ha, seguida pela Merlot com
10% e 1,7 mil ha. Pinot Noir, Sauvignon Blanc
e Zinfandel completam a lista das castas mais
relevantes, apesar de haver mais de 40 cepas
distintas cultivadas na região.
84 | Revista ADEGA - Ed.192
As subdenominações
Com o tempo e uma compreensão dos diversos terroirs
dentro do vale, os produtores passaram a solicitar ao
governo a criação de áreas definidas de cultivo, dando-
lhes nomes que refletem suas designações regionais. O
Napa Valley é uma AVA abrangente, mas, dentro dela,
há outras 16, que devem ser conhecidas. Confira.
HISTÓRIA
A história do vinho no Napa Valley começou em 1838-39, quando
George Calvert Yount plantou os primeiros vinhedos comerciais.
Após a corrida do ouro na Califórnia em 1849, a população da costa
oeste explodiu e os imigrantes europeus chegaram ao Napa. Charles
Krug estabeleceu a primeira vinícola comercial em 1861. No final do
século, as empresas prosperaram, mas houve problemas a superar,
como a filoxera, o terremoto de San Francisco de 1906, a profunda
recessão, a I Guerra Mundial, a Lei Seca, a Grande Depressão e a
II Guerra Mundial. Alguns vinicultores perseveraram e a indústria do
vinho do Napa Valley se levantou lentamente com nomes como
Louis M. Martini Winery, Beringer e Beaulieu, e o lendário enólogo
Andre Tchelistcheff, John Daniel Jr. de Inglenook, Joe Heitz e Robert
Mondavi, entre outros. O Julgamento de Paris de 1976 foi um marco
fundamental. Nos anos seguintes, o Napa Valley cresceu firmemente,
estabelecendo-se como uma das principais regiões vinícolas do
mundo.
5HYLVWɞ$'(*$ (G | 85

Neblina matinal
devido à influência
marinha é uma
das características
marcantes da região
86 | Revista ADEGA - Ed.192
Los Carneros
Denominação mais ao sul, com clima frio e ventos
marinhos predominantes da Baía de San Pablo
e através da Fenda Petaluma a oeste. Aqui há a
precipitação mais baixa do Napa Valley em solos
dominados por argila, em geral muito rasos. As
principais variedades são Chardonnay, Merlot e
Pinot Noir.
Coombsville
Aqui o clima é moderado por sua proximidade com
a Baía de San Pablo então os picos de calor tendem
a ser menos severos. Os solos são principalmente
de rocha vulcânica intemperizada e depósitos
aluviais da cordilheira Vaca que circunda a região.
A Cabernet Sauvignon predomina nas encostas
com Merlot, Chardonnay, Syrah e Pinot Noir nos
locais mais baixos e mais frios.
Wild Horse Valley
Devido à altitude e proximidade da Baía de San
Pablo, é a mais fria de todas as denominações do
Napa. A massa de ar que passa sobre Carneros
resfria no momento em que sobe para esta AVA.
Seus solos de origem vulcânica, basáltica, são rasos
com retenção limitada de água, por isso a irrigação
muitas vezes é essencial. Aqui a Pinot Noir e a
Chardonnay se dão melhor.
Mount Veeder
Já mais ao centro do vale, ao norte de Los Carneros,
nas Mayacamas, Mount Veeder tem clima frio
moderado, com a maioria dos vinhedos acima
da linha de neblina, o que significa noites mais
quentes e dias mais frios. Isso, combinado com
solos de base sedimentar, fundo marinho, com
textura arenosa ou franco-arenosa, favorece
variedades como Cabernet Sauvignon, Merlot,
Zinfandel, mas também Chardonnay.
Oak Knoll District
Ao leste de Mount Veeder, aqui o clima também
é moderadamente frio, mas com névoa atuante
até o fim da manhã. Frequentemente ocorrem
brisas de fim de tarde, mantendo as temperaturas
ligeiramente mais frias do que o vale superior. O
solo é marcado pelo leque aluvial formado pelo
Dry Creek. As principais variedades são Merlot,
Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Sauvignon
Blanc e Riesling.
Yountville
Também ao leste de Mount Veeder, mas ao norte
de Oak Knoll, Yountville – de altitudes mais baixas
– tem clima moderado, com influência marinha
fria e nevoeiro contribuindo para as manhãs frescas
de verão e as fortes brisas da Baía de San Pablo
mantendo as tardes mais amenas do que as regiões
mais acima. O solo é principalmente de cascalho
argiloso, de origem sedimentar, também com solos
aluviais de cascalho com rocha, moderadamente
férteis. As principais variedades são Cabernet
Sauvignon e Merlot.
Stags Leap District
Famoso distrito no centro do vale, com clima mais
quente, com ventos marinhos à tarde amenizando
o ar mais quente que irradia das rochas nuas de
Stags Leap e das encostas ao redor. Os solos são de
cascalho vulcânico na base do vale, com encostas
rochosas e fertilidade baixa a moderada devido
aos subsolos de argila dura. Cabernet Sauvignon e
Merlot destacam-se entre as tintas e a Sauvignon
Blanc entre as brancas.
Atlas Peak
Com clima influenciado pela montanha, aqui
estão as temperaturas mais frias da base do vale
no verão. A região fica acima da linha de nevoeiro,
com pouca variação entre as temperaturas do
dia para a noite. Os solos também são de origem
vulcânica, basáltica, rasos e com retenção limitada
de água, por isso a irrigação é muitas vezes
essencial. Cabernet Sauvignon e Chardonnay são
as variedades de maior destaque.
Oakville
Denominação icônica do Napa, origem de vinhos
míticos. Oakville tem clima moderadamente
quente, que também é fortemente afetado pela
noite e nevoeiro matinal, o que ajuda a manter
os bons níveis de acidez. Os solos tendem a ser
sedimentares, argilosos de cascalho aluvial no lado
ocidental, com solos mais vulcânicos, mas mais
pesados no lado oriental. Cabernet Sauvignon,
Cabernet Franc e Merlot, além de Sauvignon Blanc
são as variedades principais.

Rutherford
Logo ao norte de Oakville, com clima também
moderadamente quente, ainda que marginalmente
influenciado pelo nevoeiro matinal. O lado
ocidental tem solo sedimentar, de cascalho arenoso
e aluvial, com boa retenção de água e fertilidade
moderada. O lado oriental possui solos mais
vulcânicos, moderadamente profundos e mais
férteis. As principais variedades são Cabernet
Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Zinfandel.

Santa Helena
Aqui já temos um clima mais quente, devido
à maior proteção das colinas ocidentais, com
menos nevoeiro ou incursões de vento. A parte
mais estreita do Napa Valley fornece mais calor
nas encostas. Os solos das fronteiras sul e oeste
são mais sedimentares, de cascalho argiloso, com
menor fertilidade. Mais ao norte e ao leste, os solos
são predominantemente de origem vulcânica e
mais profundos e férteis. Cabernet Sauvignon,
Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Zinfandel e
Sauvignon Blanc destacam-se.
Chiles Valley
Com mais influência das cordilheiras Vaca, aqui
há dias de verão bastante quentes, mas, devido à
maior altitude e nevoeiro de verão, faz bastante
frio à noite. Isso geralmente atrasa a colheita. Na
base do vale, predominam os solos aluviais de
composição silto-argilosa de origem marinha,
com boa fertilidade. As encostas mostram uma
composição mais franco-argilosa e pedregosa,
principalmente de origem marinha. As principais
variedades são Cabernet Sauvignon, Merlot,
Cabernet Franc e Zinfandel.
A Cabernet
Diamond Mountain District Sauvignon é a uva
Aqui tem-se um clima de temperaturas mais plantada, com
mais de 50% da área
moderadamente quentes com temperaturas
de produção, quase
máximas mais baixas e temperaturas mínimas 10 mil hectares
mais altas do que na base do vale. Os solos são de
origem vulcânica, frequentemente avermelhados
e de granulação muito fina, com textura arenosa.
As principais variedades são Cabernet Sauvignon e
Cabernet Franc.
Calistoga
Um clima bastante quente, mas que pode ser
moderado à noite devido às brisas frescas da tarde e
da noite vindas de Chalk Hill Gap do Pacífico. Com
solos quase completamente de origem vulcânica,
que variam de limo rochoso e pedregoso nas
encostas, a argila pedregosa nas bases aluviais,
e silto-argilosa mais pesados nas áreas centrais,
Calistoga tem como variedades principais Cabernet
Sauvignon, Zinfandel, Syrah e Petite Sirah.

Spring Mountain District Howell Mountain

Aqui, a maioria dos vinhedos fica acima da linha
de neblina, proporcionando noites mais quentes
e dias mais frios do que na base do vale. Os solos
são principalmente sedimentares; arenito/xisto,
argiloso e de textura friável. A drenagem é alta e
fertilidade, baixa. Cabernet Sauvignon, Cabernet
Franc, Merlot e Zinfandel destacam-se entre as
tintas. Chardonnay reina entre as brancas.
Localizada acima da linha de neblina no lado
leste do vale, essa denominação é a mais quente
e seca de todas, com mais horas de sol e pouca
ou nenhuma influência marinha. Possui solos
predominantemente vulcânicos, rasos e inférteis. A
drenagem é alta e a fertilidade, baixa. As principais
variedades são Cabernet Sauvignon, Merlot,
Zinfandel, Chardonnay e Viognier.

Revista ADEGA - Ed.192 | 87

 VINHOS AVALIADOS

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90 | Revista ADEGA - Ed.192
 ESCOL A
DO VI N HO

Vale o
quanto pesa
Qual a diferença entre um vinho de R$ 100 para
um de R$ 1.000? O mais caro vale a pena?

por Arnaldo Grizzo

TALVEZ A QUESTÃO que toda a equipe de

ADEGA – e não somente nós, mas todos os
críticos de vinho do planeta – mais “enfrenta”
é: “Esse vinho vale a pena?”. Como especialistas
em vinho e também críticos, essa é a pergunta
que mais ouvimos quando alguém nos interpela
em qualquer situação, seja em uma loja de
vinhos, seja em um supermercado, seja em um
restaurante etc. Todos, especialmente os que
estão iniciando sua jornada de descobrimento
nesse fantástico mundo do vinho, querem saber
se o que estão bebendo é bom e, mais ainda,
se a relação qualidade-preço, o famoso custo-
benefício, daquele rótulo também é bom.
Algumas vezes, as pessoas nem sempre
estão preocupadas com o valor. Elas podem estar
tomando vinhos que chamamos “de entrada”,
com preços baixos, mas ainda assim querem

Valor de um saber se há uma “aprovação”, ou se por acaso
encontraram uma “joia perdida” nas prateleiras
vinho não do supermercado, algo que possa, em suas
cabeças, equivaler a um rótulo muito mais caro.
se resume Quem sabe encontrar um novo “Petrus” por R$
apenas ao 50? Lamentamos dizer, essa é uma ideia pueril
em nossos dias.
“custo” da Outra situação ainda mais comum
uva, garrafa, encontrada é quando, em uma loja que ostenta
rótulos icônicos e com preços obviamente
rótulo etc. altos, alguém se dirige até nós com uma garrafa
bastante cara em mãos e questiona: “Você
já tomou esse vinho? E aí? Vale a pena?” É
uma pergunta capciosa, mas, na maioria da
vezes, equivocada. Pois geralmente ela parte
de algumas premissas erradas. Então vamos
detalhar isso.
O valor é o custo?
A maioria das pessoas que questionam se um
vinho “caro” vale a pena tendem a partir do
pressuposto de que ele nada mais é do que
uma bebida à base de uva fermentada, ou
seja, supostamente teria um patamar máximo
de valor – e talvez sabor – que poderia ser
alcançado. O patamar de valor se daria pelos
custos de produção. Um estudo de custos de
produção da Embrapa de 2006, por exemplo,
trazia algumas aproximações sobre os diversos
valores gastos pelos produtores e o quanto isso
92 | Revista ADEGA - Ed.192
representaria no custo mínimo de uma garrafa –
considerando uma produção de 35 mil garrafas.
Com uvas custando R$ 1,5 o quilo, na época, a
estimativa do valor mínimo de uma garrafa era
de aproximadamente R$ 6. Alguns, ao ver isso,
falarão da suposta “ganância” de produtores e
suas “enormes margens de lucro”, ignorando
diversas outras questões que compõem o preço
final de uma garrafa de vinho.
Mas falando ainda de custos de produção,
podemos discorrer sobre os valores de uva, mão
de obra e materiais em diferentes locais. Por
exemplo, em Champagne, o preço do quilo da
uva pode ultrapassar 8 euros. Ou seja, em valores
atuais, somente de matéria-prima básica, ou
seja, uva (sem contar tantas outras coisas, como
garrafa, rolha, rótulos etc.) um Champagne já
parte de mais de R$ 70 de custo. “Mesmo assim,
o que justifica os preços astronômicos?”, alguém
questionará.
Em seu curioso livro “Cork Dork”, a
jornalista Bianca Bosker aponta que, em termos
de custo, puro e simples, pode até existir um
patamar máximo. Para isso, ela questionou
Orley Ashenfelter, professor de econometria da
Universidade de Princeton – que entre outras
coisas criou uma fórmula para prever o valor
de alguns vinhos icônicos no futuro. “Qualquer
coisa que custe US$ 500 não se trata de vinho.
Você não está comprando vinho. Isso é um
item de coleção”, afirma Ashenfelter. Deixando
de lado a especulação ou o valor sentimental,
segundo ele, quando se trata de sabor, “não
há justificativa para uma garrafa de vinho de
US$ 500. Garanto que posso conseguir um que
custará apenas US$ 100 e você não conseguirá
distinguir a diferença”, garante o professor.
Vinho é só vinho?
Pois bem, aí está a prova de que não vale a pena
gastar muito em um vinho, certo? Errado. “Mas
eu não quero um vinho para colecionar, quero
para beber. E se não há diferença entre eles,
posso optar por um mais barato”. Se o seu deleite
está apenas na fruição de uma bebida alcoólica,
talvez. Mas o vinho para você é só isso? Para
quem entra nesse mundo, raramente é. “Saber
que vinho você está bebendo faz parte do prazer
do vinho”, aponta o enófilo e neurocientista
Daniel Salzman, da Universidade de Columbia.
Ou seja, há muito mais envolvido.
Quando compramos uma garrafa de um
Mouton-Rothschild, por exemplo, mais do que
pelo líquido, pagamos por uma história secular,
de um produtor que construiu sua reputação
de criar grandes vinhos ao longo de muitos e
muitos anos, valorizando sua marca para que
hoje ela pudesse se diferenciar – especialmente
em termos de preço. Além disso, tornar-se um
benchmark para diversas outras que surgiram e
ainda surgem.
No caso de Mouton, por exemplo, cada
garrafa evoca a memória de alguns feitos de
seus produtores, como terem sido pioneiros
no engarrafamento de seus vinhos no próprio
château, isso sem contar o lado artístico
dos rótulos que são elaborados por artistas
comissionados exclusivamente para cada safra.
Ou seja, com o tempo, Mouton transformou seu
produto em algo que vai muito além de uma
bebida, criando algo comparável a uma obra de
arte, de série limitada, o que, de certa forma,
justifica seu preço. Mas há muito mais As sensações
coisas envolvidas.
não
Catarse? Epifania? Êxtase? dependerão
Ao abrir uma garrafa de um ícone “caro”
e sorver seu líquido, qual a sensação? do sabor do
Entra-se em um estado de êxtase? O líquido em
sabores são tão divinos que nos levam a
um estado de catarse? Há uma sensação si, mas da
de descobrimento tal qual uma epifania?
Se é isso o que você espera, talvez não seja
experiência
vinho o que pretende encontrar na garrafa, que se está
mas alguma droga alucinógena. Ainda
assim, para os apreciadores, as sensações vivendo
serão sublimes e não dependerão do sabor
do líquido em si, mas da conjuntura da
experiência que estão vivendo.
Como assim? Há diferentes níveis
qualitativos que podemos encontrar nos
vinhos. Eles não são todos iguais e seu nível
de qualidade não depende exclusivamente
do preço. Pode-se encontrar vinhos de
Revista ADEGA - Ed.192 93

Qual a diferença entre
um carro popular e
uma Ferrari? A mesma
lógica vale para o vinho.
Aprenda a desfrutar
do momento e saberá
se o valor daquela
experiência vale a pena
ou não
94 | Revista ADEGA - Ed.192
excelente qualidade pelos mais variados valores.
Daí a tentativa dos críticos de quantificar essas
referências por meio de notas. Uma forma
objetiva de comparação. Ou seja, acreditamos
que vinhos de 95 pontos, por exemplo, possuem
qualidades similares. Se um custa R$ 200 e outro
R$ 2.000, a relação qualidade-preço está clara.
Isso significa que o de R$ 2.000 está “caro” e
deve ser relegado? Ou significa que encontramos
um novo futuro ícone por uma bagatela? Nem
um, nem outro. Mesmo com “qualidades
equivalentes”, sua experiência diante deles pode
ser completamente diferente.
Você pode pensar que aquele vinho “caro e
famoso” pode “não valer o quanto pesa”, mas ele
vai deixar uma marca. Geralmente são vinhos
que “dizem algo”, algo que vai muito além do
sabor da bebida – raramente decepcionante
deve-se frisar. Quanto vale degustar um clássico
do ano de seu nascimento no seu aniversário de
40 anos, por exemplo? Será que você não teria
uma sensação diferente, não sentiria algo além
do que o próprio sabor da bebida é capaz de
proporcionar? Degustar um vinho raro da safra
do nascimento do seu filho quando ele completa
18 anos, não significaria nada além de abrir uma
simples garrafa?
Há quem diga que se decepcionou diante
de um vinho “caro” acreditando que talvez não
o tenha compreendido. Mas a verdade é que o
que a pessoa não compreendeu não foi o vinho
em si, mas a vivência do momento. Acredite,
abrir um vinho consagrado traz uma epifania,
uma revelação que se dá por algo que vai além
do líquido, uma relação com uma história,
um momento, uma experiência, um estado de
espírito, coisas que suplantam sensações básicas
de paladar.
Uma questão equivocada
Qual a diferença real entre um carro popular
e uma Ferrari? Os dois não servem a um único
propósito: transporte? Por que então o preço
de uma Ferrari é tão mais alto? A diferença
de motor? Os acessórios? Mas o custo desses
materiais justifica um valor tão diferente?
Certamente não. Então onde está a resposta? Por
que alguém compraria uma Ferrari no lugar de
um carro popular?
A sensação que você teria ao dirigir uma
Ferrari seria a mesma? Se sentar no banco de
couro e fazer roncar o motor não lhe dá um
arrepio, não leva sua mente a outros lugares,
talvez ter um carro de luxo não seja a sua praia e
você – por diferentes razões – não se importe com
isso. O mesmo vale para o vinho. Se as sensações
que você tem ao abrir garrafas icônicas são as
mesmas que teria ao abrir vinhos mais simples,
talvez isso não seja suficientemente importante
para você a ponto de levá-lo a investir em uma
experiência diferente.
Um escrito do pensador francês Michel de
Montaigne diz um pouco sobre essa relação de
“indiferença” de alguns diante de “grandezas”
inalcançáveis: “Visto que não podemos alcançar
as grandezas, depreciamo-las por vingança;
se é que descobrir defeitos em alguma coisa a
deprecia, pois não há coisa que não os tenha,
por mais bela e desejável que seja. [...] Acho que
damos às grandezas mais importância do que
merecem, e também que valorizamos demasiado
a resolução dos que as desprezam ou a elas
renunciam espontaneamente”.
Ou seja, para muitos, que não compreendem,
ou por alguma razão não querem compreender
certas “grandezas”, é mais fácil depreciá-las.
Portanto, questionar se “este vinho vale a pena”?
não faz sentido. Todo o vinho é uma descoberta.
Não se deve buscar uma “compreensão” na
bebida, mas em si mesmo. A “resposta” não
estará dentro da garrafa, mas de você. Aprecie,
desfrute, viva o momento e certamente ele valerá
a pena.
São Paulo, 27-29 Setembro 2022
International Trade Fair
for Wines and Spirits.
www.prowinesaopaulo.com

Realização Local Organização

 DOC

STELLENBOSCH
Os fatos e os vinhos da mais comentada
região vitivinícola sul-africana

por Arnaldo Grizzo

STELLENBOSCH, A SEGUNDA colônia

europeia mais antiga na África do Sul, está
situada a cerca de 50 quilômetros da Cidade
do Cabo (a mais antiga). Mas, quando se fala
da vitivinicultura do país, a região é a mais
comentada, com vinícolas históricas e alguns
dos nomes mais famosos do vinho sul-africano.
A história de Stellenbosch remonta a 1679,
quando este nome foi dado a uma pequena ilha
no rio Eerste por Simon van der Stel, o então
governador do Cabo. O rio Eerste, que permeia
Stellenbosch, recebeu esse nome porque foi
o primeiro (‘Eerste’) rio que os colonizadores
holandeses encontraram depois de deixar sua
base na Cidade do Cabo.
Com uma área fértil, os primeiros colonos
logo estabeleceram uma cidade movimentada.
O edifício mais antigo de Stellenbosch data
de 1689 e ainda pode ser visto na histórica
vinícola de Muratie. Na própria cidade, surgiram

96 | Revista ADEGA - Ed.192


Devido à sua diversidade de terroir,
Stellenbosch tornou-se conhecida
na África do Sul como o “Reino de
Cabernet”
edifícios sólidos de gesso branco e as ruas foram
plantadas com carvalhos, dando-lhe o nome de
Eikestad (cidade de carvalhos), que ainda hoje é
usado para descrever a cidade.
A região vitivinícola se desenvolve ao redor
da histórica cidade e sua tradição vinícola
remonta ao final do século XVII. Stellenbosch
é ainda o centro educacional e de pesquisa
das vinícolas, pois lá está a única universidade
na África do Sul que oferece um diploma em
viticultura e enologia. O distrito de Stellenbosch
foi dividido em várias regiões vitícolas menores,
incluindo Banghoek, Bottelary, Devon Valley,
Jonkershoek Valley, Papegaaiberg, Polkadraai
Hills, Simonsberg-Stellenbosch e Vlottenburg.
Solos e clima
As colinas em Stellenbosch não são íngremes,
o que significa que os agricultores podem
plantar vinhas até o topo, algumas das quais
chegam a 250 metros acima do nível do mar.
Stellenbosch fica em um vale montanhoso
com uma altitude média de 136 metros acima
98 | Revista ADEGA - Ed.192
do nível do mar. A montanha Stellenbosch
está ao sul da área, enquanto as montanhas
Jonkershoek, Drakenstein e Simonsberg estão
no leste e sudeste. O ponto mais alto de elevação
é Victoria Peak com 1.590 metros. A montanha
Simonsberg separa Stellenbosch de Paarl,
enquanto a cordilheira Hottentot Hollands a
separa de Walker Bay. False Bay fica a cerca 20
quilômetros ao sul.
A área de Stellenbosch, devido à
sua diversidade de terroir, tornou-se
carinhosamente conhecida na África do Sul
como o “Reino de Cabernet”. Há uma grande
variedade de tipos de solo, que chegam a 50
formações diferentes. Predominantemente
há uma mistura de solos vermelho e amarelo-
marrom Tukulu e Oakleaf, bem como solos
estruturados Swartland, Klapmuts e duplex
Kroonstad. Eles são ácidos com granito
decomposto nas vinhas da montanha e solos
aluviais em bases argilosas nos vales.
O clima em Stellenbosch apresenta invernos
mais frios e úmidos e os verões quentes e secos,
característicos de um clima mediterrâneo. A
temperatura média é de 16,4ºC. Embora as
vinhas sofram em temperaturas extremamente
quentes, o clima marítimo com a proximidade
dos oceanos Índico e Atlântico significa que o
vento frio predominante do sul permite algum
alívio durante os meses de verão. Esses ventos
também inibem o desenvolvimento de doenças
nas vinhas. A precipitação anual é de 600 mm a
800 mm.
A África do Sul tem atualmente cerca
de 100 mil hectares de vinhas, dos quais
aproximadamente 18% são plantados na região
de Stellenbosch. A Cabernet Sauvignon é a
variedade de uva mais cultivada na região
e costuma ser combinada com Merlot para
criar vinhos no estilo dos blends de Bordeaux.
Mas na região também se cultiva Sauvignon
Blanc, Shiraz e Chenin Blanc em quantidade.
Stellenbosch também é notável por ser o local
de nascimento da Pinotage (um cruzamento de
Pinot Noir e Cinsault) em 1924. Embora a África
do Sul seja classificada como um produtor de
vinho do Novo Mundo, estilisticamente seus
vinhos têm um caráter do Velho Mundo; são
bastante austeros, com taninos secos e um
caráter ligeiramente herbáceo.
 9,1+26$9$/,$'26

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94 6WHOOHQUXVW6WHOOHQERVFKIULFɞGR6XO 89 6(0,Ό6:((7:+,7(̬̪̫̰
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AD KLEINE RUST
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BLANC SAUVIGNON 91 PINOTAGE
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5HYLVWɞ $'(*$  (G 99
 LISTA

Clássico?
Tô foraa
Confira 10 garrafas que fogem do estilo
padrão que estamos acostumados
padrã

por $QGU© 'H )UDLɞ

ESQUEÇAM AS bordalesas, cresceu e se alongou enquanto

borgonhesas ou renanas. Em
alguns casos, esqueçam até
mesmo o vidro. As garrafas de
vinho estão entre nós há alguns
séculos e, apesar de uma pequena
alteração aqui e ali, elas se mantêm
no mesmo formato clássico com
pouquíssimas variações.
Vale lembrar que o vidro
foi introduzido na indústria do
vinho no século XVII. Muitos
consideram Sir Kenelm Digby,
XPDƁJXUDSROªPLFDFRPR
o “pai da garrafa moderna”.
No início, as garrafas tinham
fundos grossos e gargalos curtos,
mas, com o tempo, o gargalo
o fundo se estreitou. Na década
GHVXDVIRUPDVƁFDUDP
mais similares às garrafas de
vinho de hoje. Em 1821, uma
empresa chamada Rickets of
Bristol recebeu a patente de uma
máquina que fabricava garrafas
de tamanhos idênticos.
Foi assim que as garrafas
se tornaram padrão. Mas, nos
últimos anos, temos visto as
empresas soltarem a criatividade
e criarem peças inusitadas, e
algumas verdadeiras obras de
arte. ADEGA separou 10 garrafas
que mostram a inovação no
mundo do vinho.

100| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

Design inovador das
garrafas atualmente
chama a atenção
 Cascina Eugenia
Parece ter saído dos laboratórios, ma as
a garrafa utilizada para os vinhoss da
italiana Cascina Eugenia
genia ffoi pensada no
Lacrimarum
arum – um recipiente romano
qu
que era utilizado para guardar lágrimas!
– e na forma do Homem Vitruviano,
famoso desenho de Leonardo da Vinci.
Até por isso a garrafa ganhou o apelido
de Leo. Segundo o produtor, a maior
GLƁFXOGDGHIRLDGDSWDUDDGHJDSDUDHVVH
formato de garrafa.

Cardassian
C
Kanar Red Wine
Blend
A linha Star Trek Wines
nes
tem diversas
rsas garrafas
g
Garçon Wines inusitadas, mas a
inu
Sustentabilidade. Essa a é a palavra
p Cardassian Kanar Red
que levou a britânica
britâ Garçon Wines Wine Blend se supera.
D FUL
FULDU D ƂDW ERWWOH XPD JDUUDID Inspirada no Kanar, licor
plana que, segundo os produtores, é Cardassiano presente
87% mais leve que a convencional e em Star Trek: Deep
ocupa apenas 40% do espaço. Com Space Nine e Star Trek:
essas características, cada garrafa The Next Generation,
economiza 500 gramas de carbono o vinho é um blend de
na sua cadeia. E mais, ela não é feita Cabernet Sauvignon,
de vidro, mas de PET. Os produtores Merlot, Petite Sirah e
garantem que ela não altera o vinho Petit Verdot que vem em
e o único porém, é que a curta vida uma garrafa em formato
útil, apenas um ano. de serpente, assim como
é servida a bebida no seu
planeta natal Cardassia
Prime.

102| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

Gem Pays D’OC
Rouge
A Gem, francês para
“gema” do mundo das joias,
jo
é um blend ded Grenache e
Syrah que traz uma garrafa
em forma de um diamante
lapidado. Segundo o
produtor, assim como uma
pedra é trabalhada até a
criação da joia, o terroir
precisa ser lapidado para
dar um bom vinho.
Infiltrado
Este tinto 50% Syrah, 40%
Monastrellll e 10% Garnacha é
fermentado em barrica, sem
ferm
TXDOTXHUWLSRGHƁOWUD§£R
Daí seu nome e também o
formato inusitado da garrafa,
que, segundo o produtor,
funciona como um decanter
desde que usada conforme as
instruções do contrarrótulo.
ADEGA já fez o teste e o
formato realmente funciona.
 Just The Tipsy
Produzido pela Champenis,
aglutinação de Champagne
e pênis, o Just The Tipsy é
um espumante rosé dos mais
inusitados já vistos. Elaborado
em Napa nan Califórnia, ele
foi pensado para a as fe
festas
de despedida de solteiro e,
segundo Matthew Shore,
CEO da empresa, o vinho está
fazendo grande sucesso após
um processo de produção que
segundo ele foi “duro”!

Limerick Lane Cellar

Esqueçam o vidro, a vinícola Limerick Lane Cellar
de Sonoma na Califórnia resolveu inovar e utiilizar
alumínio. A ideia surgiu depois que a empresa a aderiu ao
Luiz Argenta projeto 1% for the Planet, iniciativa que pede
p que seus
Gewürztramiineer membros dediquem p lo menos
pelo me 1% do seu faturamento
Entre outras coisas, es sustentáveis.
para atitudes sus A garrafa é feita 100% de
a vinícola gaúcha alumínio reciclável e, segundo a empresa, é ideal para
alum
é reconhecida pelo levar a locais como uma trilha ou mesmo à praia.
design
ign diferente
di de suas
garrafas – feitas pela
empresa Bruni Glass.
O Gewürztraminer,
no formato chamado
Hector, é um dos que
mais se destacam. Mas
há ainda outros como o
“Dois fundos” do Syrah, o
“Audrey” para o rosé etc.

104| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

S
Santero Dilé D.
B
Bianco
O blend italiano de
Chardonnay
C y e Sauv
Sauvignon
Blanc
B lanc é um mero detalhe
em um vinho que facilita a
pegada. O vinho, disponível
também em tinto, rosé e até
um Moscato Blu, vem em
uma garrafa com a forma
da mão. Segundo relatos, as
garrafas são bem ergonômicas
e os dedos encaixam com
perfeição.
Stratuss Cabernet
Franc D
Decant
A garrafa do Stratus
Cabernet Franc Decant
parece que foi quebrada
e reunida dde uma forma
bem desleix xada. A ideia,
deia,
segundo o a vinícola,
v
vi é trazer
à vista do consumidor
D ƁORVRƁD SRUWU¡VGD
produção do vinho, ou seja,
diversos elementos naturais
que, unidos, formam um
conjunto único.
 ESCOL A
DO VI N HO

O gosto
da rochas
Como fatores no solo podem
determinar qualidades em um vinho?

por Guilherme Pinz

PLANTAMOS VIDEIRAS PARA FAZER

sucos e vinhos há mais de 5.000 anos e isso
significa que tivemos várias experiências
positivas e negativas no processo. Isso implicou
na evolução dos aspectos tecnológicos e
conhecimento mais apurados das coisas que
se relacionam a este mundo fascinante. Não
cabe elencar aqui elementos históricos dessa
evolução, mas há um termo que continuamente
movimenta empolgadas e acaloradas discussões
no mundo vitícola: o terroir.
Uma pequena palavra que tem origem
linguística no latim e expressa/explica de uma
maneira bem simples a configuração de um
determinado espaço geográfico para a produção
de um gênero agrícola. Este termo é aplicado
para outros cultivares, mas ao longo do tempo,
colou nos aspectos da vitivinicultura.

106 | Revista ADEGA - Ed.192

 O processo de
assimilação do
Em termos técnicos, o terroir realmente
substrato estimula
um start bioquímico exige um esforço de entendimento, pois envolve
que libera e um universo de variáveis físicas e bióticas para
formata a estrutura se consolidar. Estas variáveis estão vinculadas
da característica ao contexto da geologia, geoquímica, solos,
organoléptica futura
do vinho água, clima e a própria planta da uva. Cada
planta se sente melhor no lugar que mais
lhe agrada; assim como nós humanos, que
escolhemos um lugar para morarmos e ali
vivermos e nos abastecermos das coisas que
precisamos para nos mantermos vivos. E este
lugar é o terroir em que ela efetivamente se
adapta.
Cada casa, um sabor
Este terroir correto é o que lhe dá a possibilidade
de melhor se desenvolver. Naquele local, a
própria planta desenvolve um sistema radicular
que se desenvolve conforme a necessidade de
suprir suas carências nutritivas. Esse processo
de assimilação do substrato estimula um start
bioquímico que libera e formata a estrutura da
característica organoléptica futura do vinho.
108 | Revista ADEGA - Ed.192
Ou seja, traz o DNA do substrato do local com
toda a cartela de elementos químicos desde
a rocha até a fruta; numa espécie de “estrada
química-orgânica”. Outrossim, particularmente,
cada varietal capta e processa os elementos
necessários para o seu desenvolvimento (de sua
família). Isso implica que cada um precisa estar
no seu ambiente de terroir correto para o seu
pleno desenvolvimento.
Temos que ter em mente que o fator terroir
é nada mais que uma relação de troca entre a
planta e o local onde ela está plantada. Essa
relação envolve mudanças iônicas, açucares,
seiva, água, minerais, aminoácidos e outros
tantos. E essas são diferentes conforme o
contexto local. Por exemplo, locais onde existem
rochas calcárias no substrato devem liberar mais
cálcio e magnésio para a planta. Locais onde
existem granitos tendem a liberar mais potássio e
alumínio. Locais onde existem rochas vulcânicas
(basalto) tendem a liberar mais ferro e manganês,
e assim sucessivamente.
Essa relação de troca ocupa espaços
 geográficos distintos – que podem ir de poucos
metros a dezenas de metros quadrados, nunca
a centenas. Esses espaços se devem à formação
dos solos oriundos do “apodrecimento” das
rochas. Esse processo gera uma gama de
minerais e elementos químicos que ficam
disponíveis no solo, e eles se compartimentam
em espaços não muito grandes. E aí entra o
termo microterroir.
As rochas
Em uma simplificação e generalização, os
distintos terroirs no planeta estão sobre quatro
grandes compartimentos geológicos (rochas):
• Ígneas: têm origem no manto profundo da
terra, se formam do magma rapidamente ou
Fermentar numa
garrafa, gerar elegância
e ser extraordinário,
só mesmo um espumante.
Fausto, método tradicional,
muito sabor e frescor.
muito lentamente (granitos, basaltos,
gabros etc.);
O vinho
refletirá
• Metamórficas: rocha ou sedimento
anterior (pretérito) transformado/ o DNA do
metamorfizado em uma nova rocha (xisto, substrato
ardósia, mármore, quartzito etc.);
do local com
• Sedimentares: sedimentos soltos na
superfície transformados posteriormente
toda a cartela
em rochas num processo muito lento de elementos
(arenitos, calcários, folhelhos etc.);
químicos
• Depósitos sedimentares: sedimentos
soltos na superfície que podem também
formar solos (aluvião, colúvio, morena,
planícies etc.).
CONSUMIR MODERADAMENTE
 Cada tipo de rocha
libera diferentes
elementos para a
planta

Todas as regiões vitivinícolas no mundo estão O impacto das diferentes

sobre um ou outro compartimento acima listado. Cada rochas nos vinhos
compartimento gera vários tipos de solo devido à Então, quando estiverem visitando um
alternância de minerais que ali na rocha existem, formando determinado terroir, sugiro utilizar a seguinte
“bolsões” geoquímicos. Cada compartimento possui a lógica:
tendência de disponibilizar elementos químicos padrões
em cada um deles, ou seja, é possível saber com isso o tipo Compartimento ígneo: solos pobres e pouco
de rocha que existe lá embaixo só com a identificação dos espessos no geral. Solos ricos e espessos nos
elementos químicos disponíveis no solo. basaltos somente. Possuem muito silício,
Ainda, o solo pode ter as seguintes granulometrias alumínio, potássio, magnésio e sódio (são os
(tamanho dos grãos minerais): predominantes, com o ferro predominando
nos basaltos). São elementos que facilitam a
Textura / Granulometria Definições populares circulação de nutrientes pelo cilindro vascular
(mm) da planta. Isso implica em transmitir aos
Argila <0,002 Argilosos, limo, vinhos estrutura, complexidade, mineralidade
carbonáceos, marga, e aromas de elementos naturais vegetais e
micoso, terra rossa terrosos.
Silte/limo 0,002 a <0,06 -
Areia fina, média a grossa Arenosos, friável Compartimento metamórfico: solos
0,06 a < 2
pobres e pouco espessos e que possuem
Grânulo 2 a < 60 Granulosos
muito ferro, magnésio, alumínio, cálcio
Seixo/cascalho 60 a <200 Pedregoso, cascalhento
e boro (predominantes). São elementos
Mas os solos podem ter inúmeras denominações que favorecem muito os aromas frutados,
mundo afora. Se alguém quiser ir mais a fundo sugiro complexidade e definem a estrutura de
pesquisar a “Classificação Brasileira de Solos – Embrapa um vinho. De maneira geral intensificam a
(2006)”. presença da cadeia de ácidos e polifenóis.

110 | Revista ADEGA - Ed.192

 ONDE ENCONTRAR?
É possível termos alguns comparativos de terroir dentro dessa lógica de
compartimentação? De maneira básica e geral, sim. Confira.

COMPARTIMENTO: ÍGNEO
Região/Varietal Organoleptia
Yarra/Sauvignon Blanc Herbáceos, frutados,
complexidade
Colchagua/Sauvignon Blanc Mineralidade, florais, frutados
Hunter Valley/ Shiraz Estrutura, mineralidade, frutados
compotados
Serra da Mantiqueira-MG/Syrah Complexidade, frutais, estrutura e
longevidade
Compartimento sedimentar: locais onde Napa Valley/Pinot Noir Complexidade, corpo, potência,
há calcário, tem-se solos espessos e ricos. Nas mineralidade
outras rochas, os solos são pobres e pouco Campos de Cima-RS/Pinot Noir Frutados, elegância, especiaria
espessos. Predominam o cálcio, manganês,
silício e alumínio. Também aqui estes
elementos facilitam a circulação de nutrientes
COMPARTIMENTO: SEDIMENTAR
pelo cilindro vascular da planta. Propiciam uma Região/Varietal Organoleptia
destacada mineralidade e marcante estrutura Vale d Uco/Malbec Mineralidade, corpo, estrutura,
aos vinhos. complexidade
Colchagua/Malbec Frutados, herbáceos, estrutura
Compartimento de depósitos sedimentares:
Borgonha/Pinot Noir Complexidade, mineralidade, fineza
é o mais complexo de todos devido ao fato
de ali no substrato conter de tudo um pouco. Maipo/Pinot Noir Frutados, compotados, herbáceos
Essa complexidade do solo leva aos vinhos a
uma complexidade organoléptica e estrutura COMPARTIMENTO: METAMÓRFICA
marcantes. Geralmente possuem solos Região/Varietal Organoleptia
argilosos a pedregosos espessos e muito ricos.
Toscana/Sangiovese Complexidade, corpo, potência,
Há grandes regiões vitivinícolas nestes locais.
mineralidade
Para se “prever” os vinhos, pode-se ver a
São Joaquim-SC/Sangiovese Frutados, herbáceos, estrutura
predominância de tipos/pedaços de rocha que
existem no perfil do solo. Se tiver pedaços de Priorat/Tempranillo Potência, complexidade, corpo,
mineralidade
calcário, deve acontecer algo parecido com o
compartimento de rochas sedimentares, por Vale do Maipo/Tempranillo Frutados, compotados, herbáceos,
exemplo. corpo

Revista ADEGA - Ed.192 111

 (63(&,$/
GUIAS
Portugal
e Espanh
Lançamentos dos guias é refeerência
para consumidores e mercaddo
por Arnaldo Grizzo
COMO REUNIR UM TIME com
enólogos portugueses do gabarito de
Rui Cunha, Alexandre Relvas, Pedro
Ribeiro, Carlos Lucas, João Nicolau
de Almeida, Jorge Alves, Francisco
Olazabal etc. e mais os espanhóis Alvar
de Dios, Miquelángel Cerdà, Juan
Antonio Ponce, Rafael Vivanco, Diego
Magaña, Telmo Rodriguez, Maria José
López de Heredia, entre tantos outros?
Uma das repostas está na tecnologia que
nos propicia integrar tantos talentos
em um único evento, que, no caso, foi o
lançamento dos Guias de Vinho ADEGA
Portugal e ADEGA Espanha.
112| 5HYLVWɞ$'(*$ (G
Nos dias 14 e 15 de setembro, todos
esses nomes e mais outros tantos “se
reuniram” para as masterclasses de
apresentação dos rótulos de destaque
dos guias para uma limitada plateia
de convidados no restaurante Praça
São Lourenço. O evento também foi
transmitido pela internet e, mesmo de
casa, o público pôde acompanhar cada
explicação dos produtores sobre seus
fabulosos vinhos. Quem perdeu pode
acompanhar no canal TV ADEGA no
Youtube (veja QR Code).
Os guias ADEGA Portugal e
ADEGA Espanha trazem os destaques
os desses dois países
entre os rótulo
disponíveis no
Ou seja, é uma
o mercado brasileiro.
a ferramenta de
FRQVXOWD H[FHOOHQWHSDUDRVHQ³ƁORV
mas também para
p restaurateurs,
elier etc., que “descobrem” as
p i pais novidades portuguesas
spanholas. “Guias como esses
têm importân ncia capital, pois o
consumidor ainda está muito
distante de um conhecimento maior
e acaba se restringindo às mesmas
marcas, países, etc. Aqui vemos
uma grande diversidade nos vinhos
espanhóis e portugueses, que a
maioria desconhece. Então é um guia
para abrir novas perspectivas e novas
experiências de vinho”, aponta José
Luis Borges, diretor da ABS-SP.
“Os guias são fundamentais,
especialmente no momento em que
vivemos, em que os brasileiro está
gostando mais de vinho e muita gente
ainda não tem um conhecimento
aprofundado. Então, para o
consumidor ter referência, nada

melhor do que guias feitos por gente
que sabe selecionar e valorizar o que é
importante”, completa o especialista
Didu Russo. “Há uma enorme
variedade de vinhos da Espanha e de
Portugal no nosso mercado, e poder
escolher algo com o respaldo de
alguém do ramo é essencial”, completa
o jornalista Beto Duarte.
“Os guias da revista ADEGA
são uma oportunidade de viajar por
Espanha e Portugal e conhecer bons
vinhos sem sair de casa”, resume o
expert Sergio W. Bruxo. “Esses guias
são um verdadeiro norte num mar de
vinhos, referência tanto para quem
está começando quanto para quem já
Perdeu as masterclasses?
Reveja aqui:
está no mercado”, diz Eduardo Sartori,
da ABS-Campinas.
Quem corrobora essa opinião é
ninguém menos que o sommelier
Manoel Beato: “Há uma enorme
importância em pesquisar o que é
bom e nos certificar do que há de
melhor no mercado. Isso vale para Para comprar os guias,
o consumidor e mesmo para mim, acesse:
que sou especialista e procuro checar www.adegaonline.com.br
diversas fontes, pois não posso
provar tudo. É uma oportunidade de
conhecer novos produtos também.
Para o consumidor, é sempre válido
ter uma orientação sobre o que há de
novo. Os guias numa vanguarda da
literatura enológica”.
 V I N HO É
( ;3(5, Š1&,$

Château Pichon
Lalande 1951
Bordeaux de 70 anos emociona, mesmo
não sendo de uma safra consagrada

por Luiz Gastão Bolonhez

NADA MELHOR DO QUE estrear é muito melhor”. Assim, a história

esta seção com um vinho de 70
anos. Neste novo espaço, ADEGA
se propõe a contar experiências
de sua equipe com vinhos raros e
icônicos, rótulos e situações que
provavelmente nunca mais serão
UHSHWLGDVHTXHƁFDPJUDYDGDVQD
memória de quem participa – e,
obviamente, merecem ter suas
histórias compartilhadas para que
nossos leitores possam se inspirar.
Aqui mostraremos como o vinho
pode emocionar e criar experiências
únicas.
Para muitos amigos, costumo
dizer: “Vinho é sempre bom”,
“Vinho com comida é melhor”,
“Vinho com comida e companhia
é melhor ainda”, e, por último,
DƁUPRSURYRFDQGRŞ9LQKRFRP
comida, companhia e um propósito
do rótulo aqui retratado começa
com um amigo que estava para
celebrar 70 anos em meados de
2021. Para isso, ele foi buscar
vinhos de sua safra.
$TXLWXGRƁFRXPXLWRPDLV
complicado, pois a safra 1951 foi
bastante difícil em todas as regiões
vitivinícolas do mundo, ou seja, a
maioria dos vinhos já “passaram
do ponto” há muitos anos. Mas,
quem procura, encontra. E ele
comprou alguns Bordeaux 1951
em leilões no exterior. Pois bem, o
dia chegou. E a garrafa do Château
Pichon Comtesse de Lalande 1951
estava em excelente estado. Ao
retirar a cápsula, vimos que a rolha
estava em boas condições. E, sim,
saiu perfeita. Um alívio. Mas como
estaria o vinho?

OS DOIS PICHON AD CHÂTEAU PICHON

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%RUGHDX[ &KDPDGRV GH ƨIDOVRV
JªPHRVƩ /RQJXHYLOOH &RPWHVVH
de Lalande e Longueville Baron
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&K¢WHDX /DWRXU 2 %DU£R -RVHSK
GH 3LFKRQ /RQJXHYLOOH PRUUHX H
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GH /DODQGH WRUQDQGRVH DVVLP
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/RQJXHYLOOH &RPWHVVH GH /DODQGH
DOFDQ§RX R VWDWXV GH 6©FRQG
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GH /DODQGH%RUGHDX[)UDQ§D
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XP%RUJRQKD4XHH[SHULªQFLD
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HTXLOLEUDG­VVLPR%RFɞH[WUDRUGLQ¡ULD
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inspirou no Hotel de Lalande em
114| 5HYLVWɞ$'(*$ (G
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FRPSURYDVHTXHXPJUDQGHSURGXWRU
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Coloque o Coravin® Incline a garrafa como faria Retire o Coravin® puxando-o

na parte superior da garrafa.
Pressione para baixo
para que a agulha atravesse
a rolha.
normalmente ao servir.
Pressione e solte o gatilho
para servir o vinho. Retorne
a garrafa à posição vertical
para parar de servir.
para cima. A rolha voltará
ao seu estado original e sua
garrafa pode voltar à
sua adega.
 GR AN DS
DOMAI N ES

CHAVE
Da adversidade ao sucesso, a história
do Domaine J.L. Chave

por Arnaldo Grizzo

NÃO É FÁCIL ENCONTRAR. NÃO HÁ

pompa nem circunstância. Mesmo sendo
em Hermitage, uma das mais famosas
denominações do Rhône, não há um castelo,
com torre e portões de ferro ou jardins bem
cuidados. Ao longo da estrada principal na
aldeia de Mauves, passa-se por casas geminadas
sem pintura até chegar a uma placa enferrujada,
dobrada e ilegível. Ali, entra-se em um pátio
dominado por um castanheiro. Acredite, você
está no Domaine J.L. Chave, um dos maiores
nomes do vinho do vale do Rhône e o grande
mestre dos blends de Hermitage.
Sim, até hoje, 16 gerações após os primeiros
Chave se dedicarem à viticultura, tudo parece
se manter com a humildade dos camponeses de
séculos atrás. Os ancestrais de Jean-Louis Chave
começaram a cultivar uvas em 1481, quando um
nobre local os presenteou com uma fazenda e
um vinhedo em Bachasson. A família manteve
o vinhedo por séculos, mas na década de 1870,

116 | Revista ADEGA - Ed.192


)DP­OLɞSHUGHX
RYLQKHGRHP
6DLQW-RVHSK
HDFDERX
FRPSUDQGRWHUUDV
HP+HUPLWDJH
YHLRDƁOR[HUDŞ(PDQRVHOHVSHUGHUDP
tudo. Foi uma mudança brutal. Foi visto como
uma maldição... A encosta foi abandonada, a
família mudou-se para Mauves, para o vale –
uma fazenda muito pobre onde tinham algumas
cabras, alguns cereais. Foi uma tragédia”, conta
Jean-Louis Chave.
Desgraça e sorte
No entanto, foi graças a esse infortúnio que os
Chave alcançaram muito mais do que pobres
DƁOR[HUDHHOHVUHLQYHVWLUDPVHXGLQKHLUR
em indústrias nascentes, como têxteis, seda,
papel, couro. Eles deixaram Hermitage – e foi
assim que minha família conseguiu comprar
WHUUDVşUHFRUGDŞ6HPDƁOR[HUDVHU­DPRV
vignerons em Saint-Joseph. Poderíamos ter
tido vinhas, ou talvez cabras para queijo. A
ƁOR[HUDQRVFXVWRXRYLQKHGRHP%DFKDVVRQ
que cultivamos por 400 anos. Mas isso abriu as
portas para Hermitage”, diz.
Foi o bisavô de Jean-Louis quem primeiro
adquiriu uma parte dos 163 hectares de
vinhedos de Hermitage. E, em 1983, o pai
de Jean-Louis, Gérard, teve a oportunidade
de comprar o Domaine de l’Hermite, uma
propriedade de 4 hectares espalhada por
alguns dos melhores lieux-dits da colina. Com
a fama crescente dos vinhos, nunca mais os
Chave tiveram a chance de adquirir terras no
local.
0HUFDGRƁQDQFHLUR
Jean-Louis Chave é considerado um dos
mais talentosos enólogos do Rhône. De suas
mãos surgem vinhos célebres, cultuados
por especialistas, safra após safra com notas
altíssimas dos críticos. Mas, apesar de ter
nascido em uma família de vinhateiros, seu
GHVWLQRTXDVHIRLRPHUFDGRƁQDQFHLUR
“Minha paixão quando criança pode
parecer um pouco estranha, mas eram as
ƁQDQ§DV0LQKDDY³FXLGDYDGDVƁQDQ§DV
da família e adorava o mercado de ações.
Lembro-me que, quando voltava da escola, não
tínhamos permissão para conversar, porque
DVQRW­FLDVƁQDQFHLUDVHVWDYDPQRU¡GLRHHOD
ouvia e tomava notas”, lembra. Então, aos 14
anos, ele passou a se interessar por ações. “Eu
não criei um clube de degustação de vinhos,
criei um clube de investimentos”, aponta.
(HQW£RIRLID]HUXP0%$HPƁQDQ§DV
indo parar na Universidade de Connecticut por
meio de um programa de intercâmbio. Como
precisava prestar serviço militar obrigatório na
França, decidiu se matricular na Universidade
da Califórnia em Davis (onde estudou análise
FDPSRQHVHVVRQKDULDPŞ$W©DƁOR[HUDR*UDQG VHQVRULDOHYLQLƁFD§£RSDUDWHQWDUDGLDU
Cru [de Hermitage] era totalmente reservado vestir a farda. Mas, quando voltou para casa
para a elite, a igreja ou a nobreza. Muitas em 1992, precisou para passar um ano com os
famílias importantes perderam suas vinhas para “Caçadores alpinos”, o regimento de elite das

118| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

montanhas do exército francês. Depois disso, se
juntou ao domaine da família definitivamente
em 1993.

Essência
Hoje os Chave têm 14 hectares em Hermitage.
Apenas três vinhos do domaine são lançados a
cada safra – Hermitage, Hermitage Blanc e Saint-
Joseph. Ocasionalmente, o domaine lança um Jean-Louis Chave faz parte da
16a geração de sua família na
Hermitage especial chamado Ermitage Cuvée vitivinicultura do Rhône
Cathelin (em homenagem ao artista Bernard
Cathelin, um amigo da família). Quando as
condições climáticas são favoráveis, produzem
também um Hermitage Vin de Paille – vinho de
palha – em que as uvas brancas são secas durante
três meses antes da fermentação em barrica.
Mais recentemente, o domaine lançou uma
cuvée de Saint-Joseph de um único vinhedo,
chamada Clos Florentin, engarrafada pela
primeira vez em 2015.
A elegância de vinhos se baseia na pureza da
fruta de seus vinhedos cultivados organicamente,
na vinificação pouco intervencionista, com cada
parcela fermentada separadamente em uma
combinação de barricas de madeira e cimento,
e na expertise do blend, construído sobre cinco
séculos de conhecimento transmitido de geração
em geração. A cada safra, diferentes parcelas de
cada lugar são cuidadosamente combinadas para
os Hermitage (tintos e brancos) e também para Florentin é um vinhedo murado nos arredores
seus Saint-Joseph. de Mauves, que ele comprou em 2009, e que era
Jean-Louis Chave administra ainda uma cultivado organicamente por seus proprietários
empresa négociant chamada JL Chave Sélection, anteriores. Ele também tem restaurado
que lança uma variedade de vinhos do norte do Bachasson, o lote original da família, onde os
Rhône, incluindo um tinto (Offerus) e um branco Chave começaram a cultivar vinhas há mais de
(Céleste) de Saint-Joseph, um tinto (Silène) e um 500 anos. Em 1996, ele iniciou a árdua tarefa de
branco (Sybile) de Crozes-Hermitage, e um tinto reconstruí-lo, junto com outros lotes esquecidos.
(Farconnet) e um branco (Blanche) de Hermitage. “As vinhas precisam envelhecer um pouco
Há também um Côtes du Rhône tinto chamado mais e os solos precisam ser trabalhados tão bem
Mon Coeur. quanto em Hermitage; a viticultura precisa ser
boa. E esse é o desafio. É muito caro cultivar, mas
De volta à casa o preço de um Saint-Joseph não é o mesmo que
Defensores do blend, os Chave nunca lançaram um Côte-Rôtie, um Hermitage ou mesmo um
um vinho parcela única de Hermitage. E, apesar Cornas, então as pessoas precisam investir mais
de sua fama estar toda calcada nesse Grand para poder cobrar mais. Mas isso vai acontecer. O
Cru espetacular, Jean-Louis vem investindo objetivo final de um domaine familiar é transmiti-
mais fortemente no terroir de origem de sua lo”, aponta Jean-Louis. “Aqui, começamos tudo de
família, Saint-Joseph, que sequer fica à sombra novo. Essa é a nossa aventura. Vai demorar, talvez,
da reputação de Hermitage. Ainda assim, suas toda a minha geração, mas eu acredito fortemente
apostas lá são cada vez mais altas. Seu Clos neste lugar”, finaliza.

Revista ADEGA - Ed.192 119

 ARQUITE TUR A
CAIXA PRETA
Design moderno “esconde” detalhes
minimalistas e uma cave de 200 anos
por Arnaldo Grizzo
LANGENLOIS, NA REGIÃO DE KAMPTAL,
é um local de vinícolas tradicionais na
Áustria. Mas, desde o ano 2000, há algo
que destoa na paisagem. Não que seja
muito chamativo, pois, na verdade, meio
que se esconde entre os vinhedos e passa
despercebido aos desavisados. À primeira
vista, a vinícola Loimer não passa de uma
caixa preta. E a ideia era essa mesmo.
Foi exatamente o que Fred Loimer – um
irrequieto enólogo, herdeiro de uma vinícola
tradicional – pediu ao arquiteto Andreas
Burghardt – responsável, entre outras
coisas, pelo espetacular projeto da Quinta
de Nápoles, de Dirk Niepoort. Trabalhando
com a mentalidade de vinhos naturais e
cultura biodinâmica, ele solicitou que fosse
feito “um edifício com terraço, moldado
em cimento, vidro e madeira. Tinha que ser
leve”. E assim foi feito.
“É tão simples. Você não a vê tão
facilmente nos vinhedos e não se destaca”,
aponta Loimer. Sua “caixa preta”, além
de ser discreta, contrasta com seus
vizinhos que contam com arquiteturas de
120 | Revista ADEGA - Ed.192
prédios antigos e coloridos, muito mais
“chamativos”.
O conceito de “caixa preta” permeia
toda a propriedade, na forma da própria
vinícola, sala de degustação e escritório, e
um antigo celeiro reformado. No meio da
sala de degustação há uma mesa de oito
metros de comprimento com tampo de
vidro branco que destaca as nuances de
cor dos vinhos brancos – especialidade
de Loimer obviamente. Por mais fechada
que pareça a fachada externa do edifício
em forma de L, seus limites internos são
permeáveis. Uma fachada de vidro pode
ser totalmente aberta e isso permite a
entrada de luz natural do jardim interno,
que, além da sala de degustação, também
contém o escritório e algumas outras salas.
Burghardt usa como metáfora a
comparação do edifício da vinícola com
uma garrafa de vinho, cuja estrutura
escurecida é semelhante, e “parece
inicialmente hermeticamente fechada e
cuja plenitude especial pode se desdobrar
gradualmente ao ser aberta”.
 Arquiteto Andreas
Burghardt também
é responsável pelo
projeto da Quinta
de Nápoles, de Dirk
Niepoort

Tesouro subterrâneo
E o mais curioso dessa arquitetura moderna é que
ela “esconde” também um tesouro, uma cave de 200
anos. Pouco abaixo da vinícola abrem-se duas grandes
portas que vão dar em longos corredores abobadados,
cujo carácter original foi reforçado pela descoberta e
restauração cuidadosa da antiga estrutura de tijolos.
Curiosamente, a adega já foi usada para produzir
munições durante a II Guerra Mundial. Hoje, além
de armazenar vinhos também serve para conectar
dois dos edifícios modernos da propriedade. As
modificações na Loimer também permitiram a criação
de uma nova vinícola de três níveis. Assim, o seu
design permite processar o vinho sem a necessidade
do uso de bombas.
A justaposição de designs tradicionais e
modernos serve como um reflexo da atitude de seu
proprietário em relação à produção de vinho: a união
de ideais clássicos e contemporâneos.

122 | Revista ADEGA - Ed.192

Cave de 200 anos,
cujo carácter original
foi reforçado pela
descoberta e restauração
da antiga estrutura de
tijolos

Revista ADEGA - Ed.192 | 123

 CAVE&$'(512'($9$/,$‡ƒ2'(ADEGA

Avaliações por
(GLWRUGHYLQKR
(GXDUGR0LODQ(0

$QGU©0HQGHV$0
&KULVWLDQ%XUJRV&%
&KULVWLDQH0LJXH]&0
)HOLSH*UDQDWɞ.RVLNRYVNL)*.
*XLOKHUPH9HOORVR*9
-R£R3DXOR*HQWLOOH-3*
-XOLDQɞ7URPEHWɞ5HLV-75
H0DXULFLR/HPH06/ %(67%8<
melhor custo-benefício
ZZZ0HOKRU9LQKRFRPEU
2VSUH§RVV£R
DSUR[LPDGRVQRYDUHMR
'HJXVWD§µHVUHDOL]DGDVQRUHVWDXUDQWH HVXMHLWRVɦYDULD§£R
3UD§ɞ6£R/RXUHQ§RFRPDMXGɞGR
VRPPHOLHU*XVWDYRGRV6DQWRV%DUURV
9,1+26
'(*867$'26
(02&$6,•(6
(63(&,$,6
lançamentos e
raridades
HSRUWDQWRQ£R
 VFHJDV

Tabela de avaliação
$SRLR: Classificação Pontos
Extraordinário 95 a 100
Excelente 91 a 94
Ótimo 89 a 90
Muito Bom 87 a 88
Bom 85 a 86
Regular 82 a 84
Fraco abaixo de 82

Espumantes Brancos Rosés Tintos Doces

p. 126 p. 126 p. 128 p. 128 p. 135

5HYLVWɞ$'(*$ (G | 125

 ESPUMANTES
AD SALTON OURO
90 (;75$%587
Salton, Serra Gaúcha, Brasil (R$
60). Espumante branco brut
elaborado pelo método Charmat
longo (12 meses em contato com as
leveduras) a partir de 70%
Chardonnay, 20% Pinot Noir e 10%
Riesling Itálico. Fresco, mostra
fruta branca e cítrica
DFRPSDQKDGDGHQRWDVƂRUDLVHGH
ervas, tudo sustentado por textura
ƁUPHHDFLGH]UHIUHVFDQWH$XVWHUR
e de bom volume de boca, tem
ƁQDOWHQVRHFUHPRVRFRPWRTXHV
de limão tahiti e de frutos secos.
Uma ótima estreia desse novo
integrante da tradicional linha
Ouro de espumantes da vinícola.
Álcool 12%. EM
AD
SEGURA VIUDAS
90 RESERVA BRUT
Segura Viudas, Catalunha, Espanha
(Freixenet R$ 90). Cava branco brut
elaborado pelo método tradicional
composto de Macabeo, Parellada e
Xarel-lo, com mínimo estágio de 15
meses em contato com as leveduras.
Mostra frutas brancas e cítricas
HQYROWDVSRUQRWDVWRVWDGDVƂRUDLVH
de especiarias doces, que aparecem
tanto no nariz quanto na boca. No
palato, tem bom volume de boca,
vibrante acidez, textura cremosa e
ƁQDOP©GLRORQJRFRPWRTXHVGH
limão siciliano e de frutos secos.
Álcool 12%. EM
%5$1&26
AD AURORA PINTO
90
BANDEIRA
CHARDONNAY 2020
Aurora, Pinto Bandeira, Brasil (R$
65). Branco elaborado exclusivamen-
te a partir de Chardonnay, parcial
126| 5HYLVWɞ$'(*$ (G
mente fermentado em madeira,
com posterior estágio de três meses
em barricas de carvalho americano.
Fragrante e de boa tipicidade,
PRVWUD IUXWDV WURSLFDLV ƂRUDLV H
ervas, que se repetem no palato.
Tem um estilo de fruta madura,
mas bem equilibrada com a acidez
refrescante e textura cremosa, além
GH ƁQDO P©GLR H FKHLR FRP QRWDV
GH DEDFD[L H GH ƂRU GH ODUDQMHLUD
Álcool 13%. AM
AD BENEFIZIO POMINO
94 BIANCO RISERVA 2018
Frescobaldi, Toscana, Itália (Wine-
brands R$ 729). Branco elaborado
exclusivamente a partir de Chardon-
nay, com estágio em barricas de
carvalho. Exuberante, mostra frutas
WURSLFDLV PDGXUDV ƂRUDO HVSHFLD-
rias e delicado toque cítrico (lem-
brando casca de laranja). Estrutura-
do e opulento, tem deliciosa textura,
DFLGH] YLEUDQWH H ƁQDO ORQJR H
persistente, com notas de frutos
secos e de baunilha. Um vinho cheio
de camadas que alia untuosidade,
profundidade e tensão. Álcool
14,5%. AM
AD BERINGER MAIN & VINE
89 CHARDONNAY 2017
Beringer, Califórnia, Estados Unidos
(La Pastina R$ 132). Branco elabora-
do exclusivamente a partir de
Chardonnay, sem passagem por
madeira. Atraente nos aromas,
PRVWUDQRWDVƂRUDLVHHVSHFLDULDV
doces envolvendo sua fruta tropical
e de caroço, tudo sustentado por
gostosa acidez e textura cremosa.
7HPƁQDODJUDG¡YHOFRPWRTXHVGH
abacaxi. Muito bem feito nesse
estilo de maior madurez e untuosi-
dade, ideal para acompanhar peixes
mais gordurosos ou carnes de porco.
Álcool 13%. EM
AD
BRESESTI LINHA
HISTÓRICA EGITO
88 SAUVIGNON BLANC
2020
Família Bresesti, Canelones, Uruguai
(My Winery R$ 99). Branco elaborado
exclusivamente a partir de uvas
Sauvignon Blanc, fermentadas em
tanques de concreto, sem passagem
por madeira. Mostra frutas cítricas e
brancas frescas, seguidas de notas
KHUE¡FHDVHƂRUDLV1RSDODWR©OHYH
WHP³WLPDDFLGH]HƁQDOFRPWRTXHV
salinos e de limão tahiti. Álcool 12,5%.
EM
AD
CASA VALDUGA
90
TERROIR
GEWÜRZTRAMINER 2021
Casa Valduga, Serra do Sudeste,
Brasil (R$ 88). Branco elaborado
exclusivamente a partir de Gewürz-
traminer, sem passagem por madei-
ra. Sempre consistente, mostra
W­SLFDVQRWDƂRUDLVHGHHVSHFLDULDV
permeando sua fruta branca e de
FDUR§RTXHVHFRQƁUPDQDERFDWXGR
equilibrado por gostosa acidez e
WH[WXUDFUHPRVD7HPƁQDOFDWLYDQWH
com toques de lichias e de pimenta
branca, que pedem a companhia de
pratos da culinária oriental. Álcool
13%. EM
AD
91
CATARINA BRANCO 2019
Bacalhôa, Península de Setúbal,
Portugal (Portus Cale R$ 109). Branco
composto a partir de Arinto, Char-
donnay e Fernão Pires, com fermen-
tação e estágio parcial (somente a
Chardonnay) de cinco meses em
barricas novas de carvalho francês.
0RVWUDQRWDVƂRUDLVGHHUYDVHGH
especiarias doces envolvendo sua
IUXWDEUDQFDHGHFDUR§RGHSHUƁO
mais maduro, com sua acidez
YLEUDQWHHVXDWH[WXUDƁUPHH
cremosa trazendo certo equilíbrio ao
FRQMXQWR7HPƁQDOFKHLRHSHUVLVWHQ-
te, com toques cítricos, salinos e de
pêssegos. Álcool 13%. EM
 AD CLOS DES LUNES LUNE
92 D'ARGENT 2018
Clos des Lunes, Bordeaux, França
(Élevage R$ 310). Branco composto de
Sauvignon Blanc e Sémillon, com
breve passagem por madeira. Uma
muito boa versão desse vinho, mostra
QRWDVƂRUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDV
picantes envolvendo sua fruta branca
HGHFDUR§RTXHVHFRQƁUPDQRSDODWR
Cremoso e de bom volume de boca,
WHPDFLGH]UHIUHVFDQWHHƁQDOFKHLRH
persistente, com toques cítricos e de
frutos secos. Ainda está jovem e tem
WXGRSDUDƁFDUDLQGDPHOKRUQRV
próximos cinco anos. Álcool 13%. EM
AD CODICI MASSERIE
88 FIANO 2019
MGM Mondo del Vino, Puglia, Itália
(Cantu R$ 80). Branco elaborado
exclusivamente a partir de Fiano, sem
passagem por madeira. Mostra frutas
brancas e de caroço seguidas por
QRWDVƂRUDLVHGHHUYDV1RSDODWRWHP
FRUSRP©GLRDFLGH]UHIUHVFDQWHHƁQDO
também médio, com toques salinos e
de limão siciliano, que pedem a
companhia de pescados brancos
grelhados. Álcool 12,5%. EM
AD DEFESA DO ESPORÃO
89
ROUPEIRO ARINTO
ANTÃO VAZ 2019
Esporão, Alentejo, Portugal
(Qualimpor R$ 114). Corte branco
composto de Roupeiro, Arinto e
Antão Vaz, sem passagem por
madeira. Exuberante no nariz,
mostra frutas cítricas e de caroço
PDGXUDVVHJXLGDVSRUQRWDVƂRUDLV
Harmonioso e refrescante, tem
DFLGH]DƁDGDERDWH[WXUDHƁQDO
médio e agradável, com toques
VDOLQRVHGHƂRUGHOLPRHLUROFRRO
14%. AM
AD JOSMEYER
91 MUSCAT 2019
Josmeyer, Alsácia, França (Élevage
R$ 335). Branco elaborado
exclusivamente a partir de Muscat,
com parte da fermentação e
estágio entre um e quatro meses
em contato com sua lias em
foudres centenários de carvalhos
francês. Sedutor nos aromas e
cativante nos sabores, mostra
QRWDVƂRUDLVHGHHUYDVHQYROYHQGR
sua fruta, lembrando maçãs e
peras. De boa tipicidade e
refrescante, tem corpo médio,
textura cremosa, ótima acidez e
ƁQDOWDPE©PP©GLRFRPWRTXHV
salinos e cítricos. Álcool 12,5%. EM
AD PANDOLFI PRICE
90
LARKÜN CHARDONNAY
2018
3DQGROƁ3ULFH,WDWD&KLOH:LQH-
brands R$ 197). 100% Chardonnay,
sem passagem por madeira, mas
mantido em contato com as lias por
12 meses em tanques de aço inoxidá-
YHO([LEHXPSHUƁOGHIUXWDVEUDQFDV
e tropicais mais maduras, seguidas
por notas de especiarias doces e de
ervas. Tem boa estrutura, acidez
SURQXQFLDGDWH[WXUDFUHPRVDHƁQDO
cheio e suculento. Álcool 14%. AM
AD PLATEIA SELECTION
89 BRANCO 2019
Monte do Álamo, Alentejo, Portugal
(Vinci R$ 106). Branco composto a
partir de Verdelho e Roupeiro, cultiva-
das em Évora, no Alentejo. Mostra
frutas brancas e de caroço seguidas de
QRWDVƂRUDLVHGHHUYDVWXGRHTXLOLEUD-
do por gostosa acidez e textura cremo-
sa. Gostoso de beber e fácil de agradar,
pede a companhia de pescados brancos.
Álcool 12,5%. EM
 AD SEASIDE CELLARS
88 PINOT GRIGIO 2018
Wineforces, Vêneto, Itália (Vai Vinho R$
73). Branco elaborado exclusivamente a
partir de Pinot Grigio, sem passagem
por madeira. Mostra frutas brancas e de
FDUR§RDFRPSDQKDGDVGHQRWDVƂRUDLVH
de ervas, com sua boa acidez e sua
WH[WXUDƁUPHHFUHPRVDWUD]HQGR
HTXLO­EULRDRFRQMXQWR7HPƁQDO
agradável, que pede a companhia de
saladas ou de entradas leves. Álcool
12%. EM
AD TRIVENTO RESERVE
87 WHITE MALBEC 2020
Trivento, Mendoza, Argentina (VCT R$
68). Branco elaborado exclusivamente a
partir de uvas Malbec fermentadas sem
contato com as peles e sem passagem
por madeira. Fresco, direto e cheio de
frutas brancas e vermelhas seguidas de
QRWDVƂRUDLVHGHHUYDVTXHDSDUHFHP
tanto no nariz quanto na boca. Leve,
tem acidez pulsante, textura cremosa e
ƁQDOFRPWRTXHVF­WULFRVOFRRO
EM
AD VIU MANENT GRAN
90
RESERVA CHARDONNAY
2019
Viu Manent, Colchagua, Chile (Asa
Gourmet R$ 99). Branco elaborado
exclusivamente a partir de Chardonnay,
sem passagem por madeira, mas
PDQWLGRFRPVXDVERUUDVƁQDVGXUDQWH
seis meses. Fresco, cativante e de boa
WLSLFLGDGHPRVWUDQRWDVƂRUDLVHGH
ervas envolvendo sua fruta tropical e de
caroço, que aparece tanto no nariz
quanto na boca. De corpo médio, tem
DFLGH]QDPHGLGDWH[WXUDƁUPHH
FUHPRVDHƁQDOWDPE©PP©GLRFRP
toques de limão siciliano e de abacaxi.
Álcool 14%. EM
ROSÉS
AD BUÇACO RESERVADO
94 ROSÉ 2017
Palácio do Buçaco, Bairrada, Portugal
(Mistral R$ 683). Esse rosado 100%
128| 5HYLVWɞ$'(*$ (G
Baga, fermentado e estagiado durante
VHLV PHVHV FRP VXDV ERUUDV ƁQDV HP
barricas de carvalho, esbanja frutas
vermelhas acompanhadas por notas
terrosas, de ervas e de frutos secos, tudo
sustentado por acidez refrescante e
WH[WXUD ƁUPH 7HQVR H YLEUDQWH DOLD
concentração e verticalidade. Preciso e
UHƁQDGR WHP ƁQDO ORQJR FRP WRTXHV
cítricos, salinos e de frutos secos.
Diferente, inusitado, mas acima de tudo
um grande vinho, independentemente
de seu estilo ou de sua cor. Álcool 12%.
EM
AD
GARZÓN ESTATE PINOT
90 ROSÉ DE CORTE 2020
Bodega Garzón, Maldonado, Uruguai
(World Wine R$ 118). Rosado elaborado
exclusivamente a partir de Pinot Noir,
sem passagem por madeira, mas
mantido em contato com as borras
entre três e seis meses. Sempre consis-
tente, essa é a mais nova edição desse
YLQKR 1HVVD VDIUD PRVWUD SHUƁO GH
frutas brancas e vermelhas mais
maduras acompanhadas de notas
ƂRUDLV H GH HUYDV TXH VH FRQƁUPDP QR
palato. Tem acidez refrescante e textura
ƁUPH H FUHPRVD TXH WUD]HP FHUWR
HTXLO­EULR DR FRQMXQWR 2 ƁQDO ©
agradável, com toques salinos e cítricos,
que pedem uma segunda taça. Álcool
13,5%. EM
TINTOS
AD
ANAKENA
WINEMAKER’S
89
SELECTION RED BLEND
2019
Aromo, Maule, Chile (Cencosud R$
Anakena, Cachapoal, Chile (Wine-
brands R$ 82). Tinto composto de
Cabernet Sauvignon, Merlot, Carménè-
re e Syrah, sem passagem por madeira.
Sempre consistente, versátil e fácil de
DJUDGDUPRVWUDQRWDVƂRUDLVGHHUYDVH
de especiarias picantes envolvendo sua
fruta lembrando ameixas, tudo equili-
brado por refrescante acidez e taninos
PDFLRV7HPƁQDOP©GLRORQJRFRP
toques terrosos e de amoras, que
convidam a uma segunda taça. Álcool
13%. EM
AD
91
BOM JUIZ RESERVA 2017
CARMIM, Alentejo, Portugal (Casa
Flora/Porto a Porto R$ 180). Tinto
composto a partir de 40% Aragonez,
40% Alicante Bouschet e 20% Syrah,
com estágio de 18 meses parte em
tanques, parte em barricas de
carvalho francês. Suculento e repleto
de frutas vermelhas e negras acom-
SDQKDGDVGHQRWDVƂRUDLVGHHUYDVH
de especiarias doces, que aparecem
tanto no nariz quanto na boca. Tem
³WLPDDFLGH]WDQLQRVƁQRVHJUDQXOD-
GRVHƁQDOSHUVLVWHQWHHFKHLRFRP
toques terrosos e de ameixas. Álcool
15%. EM
AD
CALCU FOTEM
94
CABERNET SAUVIGNON
2018
Calcu, Colchagua, Chile (Doc Wine
R$ 599). Tinto composto a partir
de uvas 88% Cabernet Sauvignon,
10% Cabernet Franc e 2% Carménè-
re, cultivadas em Marchigüe, com
estágio de 18 meses em barricas de
carvalho francês. Impressiona pelo
SHUƁOGHWDQLQRVƁUPHVHJUDQXODGRV
com acidez pulsante e muita fruta
vermelha fresca. Persistente e longo,
FRPWRTXHVVDOLQRVDRƁQDO&DWLYDQ-
te e gostoso de beber, é repleto de
cassis e de mirtilos seguidos de notas
especiadas, de violetas e de alcaçuz,
convidando a uma segunda taça.
Álcool 14%. EM
AD CARM MARIA DE
93 LOURDES TINTO 2015
CARM, Douro, Portugal (World Wine
R$ 570). Tinto composto a partir de
70% Touriga Nacional e 30% Touriga
Franca, com estágio de 24 meses em
barricas de carvalho francês. Estrutu-
rado e denso, esbanja frutas negras
maduras, lembrando cassis e amoras,
EHP HTXLOLEUDGDV SRU WDQLQRV ƁUPHV H
acidez refrescante. As notas de alcaçuz,
GH ƂRUHV H GH HUYDV VHFDV FRQIHUHP
complexidade a esse vinho que ainda
HVW¡ MRYHP H WHP WXGR SDUD ƁFDU DLQGD
melhor nos próximos 10 anos. Um
ótimo exemplo de vinho potente,
XQWXRVR H WDPE©P UHƁQDGR OFRRO
14%. EM
AD
CHAKANA
92
SOBRENATURAL TINTO
2019
Chakana, Mendoza, Argentina (La
Pastina R$ 133). Tinto elaborado
majoritariamente a partir de uvas
Tannat e mais 20% de Malbec, todas
advindas de vinhedos orgânicos e
ELRGLQ¢PLFRV 1D YLQLƁFD§£R VXD
abordagem é natural e sem
intervenção, a fermentação é
espontânea (sem leveduras
exógenas) e não há adição de SO2.
Mais uma ótima edição desse vinho,
que tem rica textura, lembrando giz
H JUDƁWH WUD]HQGR VXVWHQWD§£R D
toda sua fruta negra madura, com
sua acidez refrescante aportando
vivacidade ao conjunto. Fluido, tem
ERP YROXPH GH ERFD H ƁQDO
suculento e carnudo, com toques
terrosos, especiados, de amoras e de
ervas. Álcool 13%. EM
AD CONDOR
88 CARMÉNÈRE 2019
Millaman, Curicó, Chile (Adega
Alentejana R$ 47). Tinto elaborado
majoritariamente a partir de Carménè-
re, sem passagem por madeira. Sempre
consistente e de boa tipicidade, mostra
notas de ervas e de especiarias picantes
envolvendo sua fruta negra madura,
que aparecem tanto no nariz quanto na
boca. De corpo médio, tem boa acidez,
WDQLQRVPDFLRVHƁQDODJUDG¡YHOFRP
toques de ameixas. Álcool 12,7%. EM
AD CONO SUR 1551
88
CABERNET SAUVIGNON
2019
Cono Sur, Vale Central, Chile (La
Pastina R$ 52). O número 1551 é uma
menção ao ano de introdução das
primeiras vinhas plantadas no Chile.
Tinto elaborado exclusivamente a
partir de Cabernet Sauvignon, sem
passagem por madeira. Direto, fácil
de entender e gostoso de beber,
mostra ameixas e amoras acompa-
nhadas de notas de ervas e de especia-
rias. No palato, tem corpo médio, boa
DFLGH]WDQLQRVƁQRVHƁQDOWDPE©P
P©GLRFRPWRTXHVƂRUDLVHGHFDVVLV
Álcool 12,8%. EM
AD
89
DIABLO DARK RED 2020
Concha y Toro, Maule, Chile (VCT R$
80). Blend de variedades tintas não
reveladas, com estágio de cerca de
seis meses em barricas de carvalho
francês e americano de diversos usos.
Macio, acessível e fácil de agradar,
tem boa acidez e taninos aveludados,
que trazem equilíbrio a sua fruta
YHUPHOKDHQHJUDGHSHUƁOPDLV
PDGXUR7HPƁQDOFKHLRHFDWLYDQWH
com toques de ameixas, de cacau e de
especiarias doces. Álcool 13,5%. EM
AD DOMAINE ROLET
93
ARBOIS TROUSSEAU
2015
Domaine Rolet, Jura, França (Belle
Cave R$ 275). Tinto elaborado
exclusivamente a partir de uvas
Trousseau, cultivadas em vinhedos de
60 anos, com estágio de 15 meses em
foudres de carvalho. Complexo nos
DURPDVPRVWUDQRWDVWHUURVDVƂRUDLV
e de ervas secas acompanhando sua
fruta vermelha madura, tudo equili-
EUDGRHVXVWHQWDGRSRUWDQLQRVƁUPHV
 e granulados e vibrante acidez.
*DVWURQ´PLFR WHP ƁQDO ORQJR H
cheio, com toques de ameixas, de
carne e de cogumelos. Álcool 13%.
EM
AD
ELEMENTAR
89 MERLOT 2020
Arteviva, Serra Gaúcha, Brasil (R$
150). Tinto elaborado exclusivamen-
te a partir de uvas Merlot, com fer-
mentação em barricas de carvalho
francês, com posterior estágio de 12
meses também em barricas de car-
valho francês, americano e esloveno
e outra parte em barrica de jequitibá
URVD 0RVWUD QRWDV ƂRUDLV GH HUYDV
de especiarias e da passagem por
madeira, com sua ótima acidez e
VHXV WDQLQRV ƁUPHV H SROLGRV WUD]HQ-
do equilíbrio ao conjunto. O jequiti-
bá rosa traz notas mais adocicadas
tanto no nariz quanto na boca, que
o tornam mais acessível agora, em
VXD MXYHQWXGH 7HP ƁQDO FDUQXGR
e persistente, com toques tostados,
de ameixas, de cacau e de baunilha.
Álcool 14,5%. EM
AD
ERIC ROMINGER
92 PINOT NOIR 2019
Domaine Rominger, Alsácia, França
(Belle Cave R$ 254). Adepto aos
preceitos da biodinâmica, o
domaine elabora esse tinto exclusi-
vamente a partir de Pinot Noir, com
estágio de 12 meses em foudres de
carvalho. Num estilo mais corpulen-
to e exuberante, mas mantendo a
tipicidade da variedade, mostra
frutas vermelhas maduras seguidas
GH QRWDV HVSHFLDGDV ƂRUDLV H GH
HUYDV TXH VH FRQƁUPDP QR SDODWR
Chama atenção pela vibrante acidez
H SHORV WDQLQRV ƁUPHV H WHQVRV TXH
FRQIHUHP ƂXLGH] H SURIXQGLGDGH DR
YLQKR 7HP ƁQDO SHUVLVWHQWH FRP
toques terrosos e de cerejas. Álcool
13,5%. EM
AD
FAUSTO DE PIZZATO
88
CABERNET SAUVIGNON
2019
Pizzato, Serra Gaúcha, Brasil (R$
65). Tinto elaborado exclusivamente
130| 5HYLVWɞ$'(*$ (G
estágio de nove meses em barricas
XVDGDVGHFDUYDOKR1XPSHUƁOPDLV
JDVWURQ´PLFRWHPWDQLQRVƁUPHVH
vibrante acidez, que envolvem sua
IUXWDYHUPHOKDGHSHUƁOPDLVIUHVFR
e pedem a companhia de carnes
YHUPHOKDVJUHOKDGDV7HPƁQDO
médio/longo, com toques especia-
dos, terrosos, de ameixas e de ervas.
Álcool 13%. EM
AD
FINCA AMADEO
88
CABERNET SAUVIGNON
2020
Bodegas Marañon, Mendoza,
Argentina (Adega Alentejana R$
55). Tinto elaborado a partir de
Cabernet Sauvignon, com breve
passagem por madeira. Mostra as
típicas notas de ervas e de
especiarias da cepa envolvendo
sua fruta vermelha e negra de
SHUƁOPDLVPDGXUR&DWLYDQWHH
descompromissado, tem acidez na
PHGLGDWDQLQRVDYHOXGDGRVHƁQDO
agradável, com toques de ameixas.
Para a tábua de embutidos. Álcool
14%. EM
AD
J. BOUCHON BLOCK
91
SERIES CABERNET
SAUVIGNON 2016
J. Bouchon, Maule, Chile (World
Wine R$ 142). Rica groselha e
LQWHQVRƂRUDO(PERFDUHIRU§DD
suculenta fruta fresca e mirtilo. É
vibrante, com deliciosos taninos e
XPVDERURVRƁPGHERFDOHPEUDQGR
ervas e chocolate. O uso de foudres
certamente colabora para que tenha
essa estrutura e untuosidade sem
marcar o vinho. Tem 14% de álcool.
CB
AD KAIKEN INDÓMITO
90 CABERNET FRANC 2019
Kaiken Wines, Mendoza, Argentina
(Qualimpor R$ 120). Tinto elaborado
exclusivamente a partir de Cabernet
Franc, com estágio de 10 meses,
sendo 80% em tanques de concreto
e 20% em barricas de carvalho
IUDQFªV0RVWUDQRWDVƂRUDLVGH
ervas e de especiarias picantes
envolvendo sua fruta lembrando
ameixas e cassis, tudo equilibrado
SRUDFLGH]QDPHGLGDHWDQLQRVƁQRV
HWHQVRV7HPƁQDOVXFXOHQWRFRP
toques terrosos e de tabaco. Álcool
14,5%. EM
AD KOYLE CERRO
93 BASALTO 2018
Koyle, Colchagua, Chile (Master
Dealer R$ 299). Tinto elaborado
segundo os preceitos da biodinâmi-
ca e composto de uvas 38% Monas-
trell, 32% Garnacha, 24% Cariñena e
6% Syrah, cultivadas em Los
Lingues, com estágio de 18 meses
em barris de carvalho em ovos de
FRQFUHWR)UHVFRƂXLGRHPXLWR
gostoso de beber, chama atenção
SHORVWDQLQRVWHQVRVHƁUPHVHSHOD
ótima acidez, que envolvem sua
fruta lembrando amoras e groselhas.
7HPƁQDOSHUVLVWHQWHHVXFXOHQWR
FRPWRTXHVƂRUDLVWHUURVRVGH
ervas e de especiarias doces. Álcool
14,5%. EM
AD
LA DONCELLA DE LAS
91
VIÑAS TEMPRANILLO
2018
Familia Conesa - Pago Guijoso,
Castilla-La Mancha, Espanha (Edega
R$ 170). Tinto elaborado exclusiva-
mente a partir de uvas Tempranillo,
com estágio de oito meses em
barricas usadas de carvalho francês.
De ótima tipicidade, mostra notas
terrosas, de ervas e de especiarias
doces, que aparecem tanto no nariz
quanto na boca, tudo sustentado por
YLYDDFLGH]HWDQLQRVƁUPHVHGH
JU£RVƁQRV7HPƁQDOFDWLYDQWHFRP
toques de cerejas e de couro. Álcool
13,5%. EM

AD
93
LA MASSA 2016
Fattoria La Massa, Toscana, Itália
(World Wine R$ 328). Tinto composto
de 60% Sangiovese, 30% Merlot e 10%
Cabernet Sauvignon, com estágio de
10 meses em barricas de carvalho
francês, sendo 20% novas. A safra
2016 na Toscana produziu excelentes
vinhos e esse não é diferente. Mostra
típicas notas terrosas, de ervas e de
especiarias envolvendo toda sua fruta
lembrando amoras e cerejas. Preciso e
UHƁQDGR WHP WDQLQRV GH ³WLPD
WH[WXUD UHIUHVFDQWH DFLGH] H ƁQDO
profundo e persistente, com toques
GHIXPDGRV H ƂRUDLV OFRRO  (0
AD
LUIS PATO BAGA
91
TOURIGA NACIONAL
2016
Luis Pato, Bairrada, Portugal (Mistral
R$ 163). Tinto composto a partir de
60% Baga e 40% Touriga, sem
passagem por madeira. Uma ótima
versão desse tinto, que esbanja
ameixa e amoras frescas escoltadas
SRU QRWDV ƂRUDLV GH HUYDV H GH
especiarias, tudo equilibrado por
ƂRUDLVHGHHUYDVTXHVHFRQƁU-
mam no palato. Vertical, tem
taninos granulados, acidez
UHIUHVFDQWHHƁQDOSHUVLVWHQWHH
VXFXOHQWRFRQƁUPDQGRRQDUL]
Álcool 14%. EM
AD MARCHIORI & BARRAUD
92 CORTE 2016
Marchiori & Barraud, Mendoza,
Argentina (Oceana R$ 882). Tinto
composto a partir de 53% Caber-
net Sauvignon, 35% Malbec e 12%
Cabernet Franc, com estágio de 18
meses em barricas novas e usadas
de carvalho francês. Muito bem
feito em seu estilo de maior
madurez e de concentração de
fruta vermelha e negra, com sua
ERDDFLGH]HVHXVWDQLQRVƁUPHVH
GHJU£RVƁQRVWUD]HQGRHTXLO­EULR
e sustentação ao conjunto. Tem
ƁQDOFDUQXGRHORQJRFRPWRTXHV
de ameixas, de violetas e de
especiarias doces. Ainda está
MRYHPHWHPWXGRSDUDƁFDUDLQGD
melhor nos próximos 10 anos.
Álcool 14,5%. EM
AD MIGUEL TORRES
89
ÁNDICA GRAN RESERVA
CARMÉNÈRE 2019
Torres, Maule, Chile (Qualimpor
acidez vibrante e taninos tensos. Tem
ƁQDO VXFXOHQWR H SHUVLVWHQWH FRP
toques terrosos. Atenção com ele.
Aqui menos é mais. Álcool 12%. EM
AD MARAÑONES
93 TINTO 2016
Bodega Marañones, Madrid,
Espanha (World Wine R$ 342). Tinto
elaborado exclusivamente a partir
de Garnacha, com estágio de 12
meses em barris de carvalho francês
de 500 litros. Tenso e vibrante,
mostra cerejas e framboesas
maduras seguidas de notas terrosas,
57LQWRRUJ¢QLFRHFHUWLƁFD-
do, elaborado exclusivamente a
partir de Carménère, com estágio
de 50% do vinho em barricas
usadas de carvalho durante oito
meses. Apresenta as notas de
pirasina da cepa no ponto certo (o
que é muito bem-vindo), além
disso, mostra ameixas e amoras
maduras escoltadas por toques
ƂRUDLVHGHHVSHFLDULDVSLFDQWHV
No palato, tem acidez refrescante,
WDQLQRVDYHOXGDGRVHƁQDOFDUQX-
do. Tem 13,5% de álcool. EM
AD MOLINO VIEJO RESERVA
90
DA FAMILIA CABERNET
SAUVIGNON 2017
Molino Viejo, Maipo, Chile
(Winebrands R$ 140). Tinto
elaborado exclusivamente a partir
de Cabernet Sauvignon, com

estágio em barricas de carvalho
francês e americano. Gostoso de
beber, mostra fruta vermelha e
negra de qualidade, acompanhada
de típicas notas de ervas e de
HVSHFLDULDV TXH VH FRQƁUPDP QD
boca. Redondo, tem boa acidez,
WDQLQRV GH ƁQD WH[WXUD H ƁQDO
persistente, com toques de
ameixas, de violetas e de alcaçuz.
Álcool 13,7%. EM
AD
MONTAÑA
93 GRACIANO 2012
Marqués de Tomares, Rioja,
Espanha (Casa Flora/Porto a Porto
R$ 326). Tinto elaborado exclusi-
vamente a partir de Graciano, com
estágio de 24 meses em barricas
de carvalho francês. O tempo de
garrafa fez bem a esse tinto, que
ainda se mostra vivo e cheio de
IUXWD FRP WDQLQRV ƁQRV H DYHOX-
dados e acidez refrescante. Fluido,
gastronômico e muito gostoso de
EHEHU WHP ƁQDO SHUVLVWHQWH H
balanceado, com toques terrosos,
de cerejas e de especiarias doces,
que pedem a companhia de carnes
vermelhas assadas lentamente.
Álcool 13%. EM
AD MONTES OUTER
92 LIMITS SYRAH 2019
Montes, Aconcágua, Chile
(Mistral R$ 360). Tinto elaborado
exclusivamente a partir de Syrah,
com estágio de 12 meses, sendo
65% em ovos de concreto e 35%
em carvalho francês. De boa
tipicidade, esbanja ameixas e
amoras acompanhadas de notas
defumadas, de ervas e de
especiarias picantes, com sua
132| 5HYLVWɞ$'(*$ (G
acidez vibrante e seus taninos
aveludados envolvendo o
conjunto. Mostra concentração
de fruta em harmonia com
tensão e frescor, o que o torna
cativante e muito gostoso de
beber. Álcool 14%. EM
AD
ODFJELL CAPITULO
91 BLEND 2018
Odfjell, Vale Central, Chile
(World Wine R$ 160). Tinto
composto de 32% Malbec, 25%
Carignan, 23% Cabernet
Sauvignon e 20% Syrah, com
estágio de 30% do vinho em
barricas de carvalho de terceiro
uso durante quatro meses.
Fluido e gostoso de beber,
chama atenção pelos taninos de
ƁUPHWH[WXUDHSHODYLEUDQWH
acidez, que aportam profundi-
dade e sustentam toda sua fruta
vermelha e negra madura no
SRQWRFHUWR7HPƁQDOSHUVLV-
tente, com toques especiados,
terrosos e de ervas. Álcool
13,5%. EM
AD
91
OMBÚ TANNAT 2019
Bracco Bosca, Canelones,
Uruguai (Cantu R$ 137). Tinto
elaborado exclusivamente a
partir de uvas cultivadas na
zona de Atlántida, em
Canelones, sem passagem por
madeira. Mais uma ótima safra
desse Tannat de carteirinha,
que mostra amoras e ameixas
DFRPSDQKDGDVGHQRWDVƂRUDLV
especiadas e terrosas, com
acidez pulsante e taninos
ƁUPHVHWHQVRVTXHFRQIHUHP
equilíbrio e profundidade ao
FRQMXQWR7HPƁQDOGHQVRH
persistente, com toques
frutados e de ervas. Álcool
13,6%. EM
AD
92
PETIT CARO 2017
Bodegas Caro, Mendoza,
Argentina (Mistral R$ 177). Tinto
composto de 65% Malbec, 32%
Cabernet Sauvignon e 3%
Cabernet Franc, com estágio de
50% do vinho durante 12 meses
em barricas de carvalho francês.
Mostra exuberantes aromas de
ameixas acompanhados de notas
ƂRUDLVHGHHVSHFLDULDVGRFHVTXH
VHFRQƁUPDPQDERFD&KDPD
atenção pela refrescante acidez e
SHORVWDQLQRVƁQRVHGHƁUPH
textura, que trazem sustentação
DWRGDVXDIUXWDHƂXLGH]DR
YLQKR7HPƁQDOSURIXQGRH
persistente, com toques terrosos
e de cerejas. Álcool 14%. EM
AD PILANDRO 110
91 E LODE MERLOT 2015
Pilandro, Vêneto, Itália (Bella
Itália R$ 230). Tinto elaborado
exclusivamente a partir de
Merlot, com estágio em botti de
carvalho. Mostra notas de
violetas, de ervas e de especiarias
doces, que envolvem sua fruta
lembrando ameixas e amoras
maduras. Apesar do estilo mais
concentrado e de a madeira ter
papel importante, tem taninos
ƁUPHVH³WLPDDFLGH]TXH
FRQIHUHPƂXLGH]DRYLQKRH
equilíbrio ao conjunto. Para os
dias mais frios, de preferência na
companhia de queijos curados.
Álcool 15%. EM
AD QUE SE FODA 2020
88
MERLOT SHIRAZ PETIT
VERDOT 2015
QSF Vinhos, Flores da Cunha,
Brasil (R$ 175). Corte tinto
composto de 60% Merlot, 30%
Shiraz e 10% Petit Verdot, com
estágio de nove meses em
barricas de carvalho francês.
Mostra frutas vermelhas e negras
PDGXUDVƂRUDOHVSHFLDULDV
picantes e ervas, que se
FRQƁUPDP QR SDODWR 7HP DFLGH]
pronunciada, taninos intensos e
GH ERD WH[WXUD H ƁQDO P©GLR H
suculento. Álcool 13.5%. AM
AD
QUINTA DO CRASTO
92 TINTA RORIZ 2015
Quinta do Crasto, Douro, Portugal
(Qualimpor R$ 1011). Produzido
exclusivamente a partir de Tinta
Roriz, com estágio em barricas
novas de carvalho francês. Exibe
boa complexidade, com frutas
vermelhas e negras maduras,
empireumático, especiarias e
ervas. Estruturado e potente, tem
³WLPD DFLGH] WDQLQRV ƁUPHV H GH
ERD WH[WXUD H ƁQDO SHUVLVWHQWH
com notas de ameixas, de alcaçuz
e de cedro. Álcool 14,5%. AM
AD
RAMIRANA TRINIDAD
93 VINEYARD 2017
Ventisquero, Maipo, Chile (Cantu
R$ 218). Tinto composto de uvas
64% Syrah, 28% Cabernet
Sauvignon e 8% Carménère,
cultivadas em Maipo Costa,
distante cerca de 35 quilômetros
do mar, com estágio entre 12 e 14
meses em barricas de carvalho
francês de 225 e 300 litros.
Sedutor e muito gostoso de beber,
mostra frutas vermelhas e negras
DFRPSDQKDGDV GH QRWDV ƂRUDLV
especiadas e de ervas frescas,
tudo equilibrado por taninos de
ótima textura e vibrante acidez.
7HP ƁQDO FDUQXGR H ORQJR FRP
toques defumados e de ameixas.
Álcool 14%. EM
AD
RA PRIVATE SELECTION
91 GRAN MALBEC 2018
RA Wines, Mendoza, Argentina
(RA Wines R$ 350). Tinto elabo-
rado exclusivamente a partir de
uvas Malbec cultivadas em Los
Chacayes, no vale do Uco, com es-
tágio de 15 meses em barricas no-
vas de carvalho. Apresenta notas
de violetas, de especiarias doces e
de ervas envolvendo sua fruta ne-
gra madura, lembrando ameixas
e amoras, tudo sustentado por ta-
QLQRVƁUPHVHERDDFLGH]*UDQGH
em todos os sentidos, é potente,
XQWXRVRHWHPƁQDOFKHLRFRP
toques licorosos, de cassis e de
giz. Álcool 14,6%. EM
AD REAL COMPAÑIA DE
89
VINOS TEMPRANILLO
2018
Muriel Wines, Castilla y León,
Espanha (Winebrands R$ 76).
Tinto elaborado exclusivamente a
partir de Tempranillo, sem
passagem por madeira. De boa
tipicidade, mostra notas terrosas,
HVSHFLDGDVƂRUDLVHGHHUYDV
escoltando toda sua fruta
vermelha. No palato, tem ótima
DFLGH]WDQLQRVƁUPHVHGHERD
WH[WXUDHƁQDODJUDG¡YHOFRP
toques de cerejas. Fluido e gostoso
de beber, pede a companhia de
carnes vermelhas menos
gordurosas. Álcool 14%. EM
AD
SANTA RITA
FLORESTA
94
CABERNET
SAUVIGNON 2018
Santa Rita, Maipo, Chile
(Quanthus R$ 220). Tinto
elaborado exclusivamente a partir
de Cabernet Sauvignon, com
estágio de 14 meses em foudres de
carvalho francês. Mostra notas de
ervas e de especiarias picantes
envolvendo toda sua fruta
YHUPHOKDHQHJUDGHSHUƁOPDLV
maduro, mas bem equilibrada por
acidez vibrante e taninos tensos e
de ótima textura, que conferem
SURIXQGLGDGHHƂXLGH]DRYLQKR
Cativante e muito gostoso de
beber, apresenta uma visão
frutada e alegre de Alto Jahuel,
mas também complexa e
profunda. Álcool 14%. EM

SUA EMPRESA CONECTADA
COM SEU PÚBLICO.
E SUA COMUNICAÇÃO,
COM O SEU TEMPO.
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comunicação estratégica eficiente
para clientes dos segmentos
de enogastronomia, gastronomia,
alimentos e bebidas.
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tempo, na construção de imagem
junto a imprensa, influenciadores,
colaboradores e consumidores.
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AD SIGNUS COLLECTION
89
AQUARIUS CABERNET
FRANC 2015
Don Giovanni, Pinto Bandeira,
Brasil (WineMania R$ 131). Tinto
elaborado exclusivamente a partir
de Cabernet Franc, com estágio de
12 meses em barricas de carvalho.
0RVWUD SHUƁO GH IUXWDV QHJUDV
maduras, com a madeira tendo
papel importante, tanto nos
aromas quanto nos sabores, mas
com acidez pulsante e taninos
macios, que trazem equilíbrio ao
FRQMXQWR &RPSOH[R WHP ƁQDO FRP
toques de tabaco, de couro e de
especiarias. Álcool 12,5%. EM
AD SUSANA BALBO
94
SIGNATURE CABERNET
SAUVIGNON 2018
Susana Balbo, Mendoza,
Argentina (Cantu R$ 188). Tinto
elaborado majoritariamente a
partir de uvas Cabernet
Sauvignon, advindas de
Gualtallary, no vale de Uco, com
estágio de 13 meses em barricas de
carvalho francês, sendo 30%
novas. Nítido e cativante, mostra
QRWDV ƂRUDLV GH HUYDV IUHVFDV H GH
especiarias envolvendo sua fruta,
lembrando amoras e cassis. Mas, é
na boca que merece atenção. Seu
SHUƁO UHƁQDGR H SUHFLVR FRQYLYH
em harmonia com seus taninos
WHQVRV H GH ƁQD WH[WXUD VXD DFLGH]
YLEUDQWH H VHX ƁQDO VXFXOHQWR H
vertical, com toques de alcaçuz,
de giz e de cinzas frias. Uma das
melhores, se não a melhor edição
desse tinto provada até o
momento. Álcool 14%. EM
AD SUTIL LIMITED
91 RELEASE SYRAH 2018
Sutil, Limarí, Chile (Ricex R$ 160).
Tinto elaborado exclusivamente a
partir de Syrah, com estágio de 12
meses em foudres e barricas de
carvalho francês, sendo 25%
novas. De boa tipicidade, mostra
notas especiadas, defumadas e de
ervas envolvendo sua fruta
lembrando ameixas e cassis.
Estruturado e denso, tem acidez
refrescante, taninos de boa
WH[WXUDHƁQDOFKHLRH
persistente, com toques terrosos.
Álcool 14,5%. EM
AD TAPADAS DA PENNA
89 PREMIUM TINTO 2018
Adega de Cantanhede, Beira
Atlântico, Portugal (Domno R$
79). Tinto composto de 50%
Baga, 30% Touriga Nacional e
20% Castelão, sem passagem por
madeira. Mostra frutas
vermelhas frescas seguidas de
QRWDVWHUURVDVƂRUDLVGHHUYD
secas e de especiarias, que
aparecem tanto no nariz quanto
na boca. Gostoso em sua
rusticidade, tem vibrante acidez
e taninos marcantes, que pedem
uma tábua de embutidos para
escoltá-lo. Álcool 13%. EM
AD TARAPACÁ GRAN
94
RESERVA ETIQUETA
AZUL RED BLEND 2018
Tarapacá, Maipo, Chile (Épice R$
329). Tinto composto a partir de
78% Cabernet Sauvignon, 10%
Cabernet Franc, 7% Petit Verdot
e o restante de Syrah, com
estágio em foudres e barricas
novas e usadas de carvalho. Mais
um ótimo exemplo da qualidade
excepcional da safra 2018 no
Chile. Paciência com ele na taça,
para que mostre todas as suas
camadas de aromas e de sabores.
Chama atenção pelos taninos
ƁUPHVHWHQVRVHSHODUHIUHVFDQWH
DFLGH]TXHWUD]HPƂXLGH]DR
vinho e sustentação a sua fruta
lembrando cassis e amoras. Tem
ƁQDOSURIXQGRHYLEUDQWHFRP
WRTXHVƂRUDLVGHHUYDVHGH
JUDƁWH$LQGDHVW¡MRYHPHGHYH
ƁFDUDLQGDPHOKRUQRVSU³[LPRV
10 anos. Álcool 14%. EM
AD TENUTA FRESCOBALDI
92 CASTIGLIONI 2017
Frescobaldi, Toscana, Itália
(Winebrands R$ 399). Corte tinto
composto de Cabernet Sauvignon,
Merlot, Cabernet Franc e
Sangiovese, com estágio de 12
meses em barricas de carvalho
francês. Repleto de frutas
vermelhas e negras maduras
seguidas por notas
empireumáticas, balsâmicas e de
especiarias doces. No palato, a
acidez vibrante realça ainda mais a
elaborado exclusivamente a partir
de Moscatel de Alexandria, sem
passagem por madeira. Sedutor
QRVDURPDVPRVWUDQRWDVƂRUDLVH
de ervas, que envolvem suas
frutas brancas e de caroço
maduras. Tem ótima acidez, que
traz certo equilíbrio ao seu dulçor.
Leve e despretensioso, é ideal para
acompanhar salada de frutas.
Álcool 11,8%. EM
AD BELLA ROCCIA LUZ
89
MOSCATO GIALLO
FORTIFICADO 2005
Laércio Carra, Serra Negra, Brasil
qualidade de sua fruta, tem
WDQLQRVƁQRVHGH³WLPDWH[WXUDH
ƁQDOIUHVFRHORQJRFRPWRTXHVGH
cerejas e de café torrado. Álcool
13%. AM
AD TORRES CELESTE
92 CRIANZA 2017
Torres, Ribera del Duero, Espanha
(Cantu R$ 180). Tinto elaborado
exclusivamente a partir de
Tempranillo, com estágio de 12
meses em barricas de carvalho.
6XUSUHHQGHSHORSHUƁOGHIUXWDV
vermelhas mais frescas, pela
acidez vibrante e pelos taninos de
ótima textura, que conferem
HTXLO­EULRDRFRQMXQWRHƂXLGH]H
YHUWLFDOLGDGHDRYLQKR7HPƁQDO
persistente, com toques terrosos,
ƂRUDLVHVSHFLDGRVHGHJUDƁWH
Uma das melhores edições desse
tinto, se não a melhor até o
momento. Álcool 14,5%. EM
'2&(6
AD AIMÉ SWEET MOSCATEL
88 DE ALEJANDRÍA 2020
Ruca Malen, Mendoza, Argentina
(La Pastina R$ 61). Branco doce
5)RUWLƁFDGRHODERUDGR
exclusivamente a partir de uvas
Moscato Giallo, cultivadas na
região de Serra Negra, em São
Paulo. Apresenta boa
complexidade, com frutos secos,
casca de laranja, mel e notas
ƂRUDLV1RSDODWRDDFLGH]HVW¡
bem equilibrada com o álcool, tem
ERDFRQFHQWUD§£RGHVDERUHƁQDO
persistente, com toques cítricos e
de amêndoas. AM
AD BLANDY'S 15 YEARS
94 OLD RICH MALMSEY
Blandy's, Ilha da Madeira,
Portugal (Mistral R$ 915). Branco
IRUWLƁFDGRGRFHHODERUDGR
exclusivamente a partir de
Malvasia (Malmsey), com estágio
mínimo de 15 anos em cascos de
carvalho americano segundo o
processo tradicional de canteiro
(estufagem natural). Um ótimo
exemplo do estilo rich, mostra
excelente equilíbrio entre sua
acidez vibrante e sua doçura, tudo
envolto por frutos secos e em
compota. Untuoso, profundo e
LQWHQVRWHPWH[WXUDƁUPHH
FUHPRVDHƁQDOORQJRHGHQVR
com toques salinos, de casca de
laranja, de amêndoas, de avelãs,
de cacau e de especiarias doces.
Álcool 19%. EM
 SAÚDE

Vinho, flavonoides,
pressão
'LHWDULFDHPƂDYRQRLGHVHVW¡DVVRFLDGD 
redução da pressão arterial

CIENTISTAS DESCOBRIRAM que os trilhões de os pesquisadores se concentraram em seis diferentes

micróbios que vivem em nosso trato digestivo, VXEFODVVHVGHƂDYRQRLGHVƂDYDQRQDVDQWRFLDQLQDV
conhecidos como microbioma ƂDYDQROV ƂDYRQRLGHVƂDYRQ³LVƂDYRQDV
intestinal, são parcialmente H ƂDYRQRLGHV SROLP©ULFRV7RGRVV£R
responsáveis pela associação compostos orgânicos encontrados
entre o consumo moderado nas plantas. Segundo Aedín
de vinho e a redução Cassidy, principal autor e
da pressão arterial. professor da QUB School
Esta é a pesquisa of Biological Sciences,
que examina como mo o
os estudos sugerem
a microbiota que as principais
intestinal pode subclasses associadas
fornecer uma aos benefícios
ligação entre a cardiovasculares são
pressão arterial as antocianinas (uvas
mais baixa e HJURVHOKDVƂDYRQ³LV
comer e beber (chocolate preto, chá,
alimentos ricos maçãs e vinho tinto) e
HPƂDYRQRLGHV ƂDYRQ³LVFHERODFK¡
como frutas u
uva e vinho tinto).
vermelhas e vinho Os pesquisadores
tinto. descobriram que o maior
O estudo, na FRQVXPRGHƂDYRQRLGHV
Hypertension, coletou estava associado à redução
dados da coorte PopGen da pressão arterial sistólica,
do norte da Alemanha, que enquanto o maior consumo de
incluiu mais de 1.000 participantes ƂDYRQ³LV H ƂDYRQDVHVWDYDDVVRFLDGR 
com idades entre 25 e 82 anos. Equipes redução da pressão de pulso. O maior consumo
de pesquisa da Queen’s University Belfast (QUB) e de frutas vermelhas e vinho tinto também foi associado a um
da Kiel University na Alemanha conduziram exames de PLFURELRPDLQWHVWLQDOPDLVGLYHUVLƁFDGR
acompanhamento, preenchendo questionários detalhados Beber 250 ml de vinho tinto por semana, cerca de duas
sobre as dietas dos participantes, coletando DNA bacteriano taças, foi associado a uma média de 3,7 mm Hg mais baixa na
fecal por meio de amostras de fezes e medindo a pressão pressão arterial sistólica, dos quais 15% podem ser explicados
arterial sistólica e diastólica três vezes por sessão com pelo microbioma intestinal. “Nosso microbioma intestinal
monitores digitais. desempenha um papel fundamental no metabolismo dos
Os cientistas encontraram ligações entre os polifenóis ƂDYRQRLGHVSDUDDXPHQWDUVHXVHIHLWRVFDUGLRSURWHWRUHV
em alimentos vegetais e vinhos e uma melhor saúde Este estudo fornece evidências que sugerem que esses
cardiovascular. Mas uma questão chave é como o efeitos de redução da pressão arterial são alcançáveis com
corpo metaboliza essas substâncias. Para este estudo, mudanças simples na dieta diária”, diz Cassidy.

136| 5HYLVWɞ$'(*$ (G

 INFORMATIVO

COMEMOREMOS

Como você já viu, ADEGA acaba de completar

16 anos. Datas como estas sempre nos deixam
UHƂH[LYRVHVREUHWXGRJUDWRVDRVQRVVRVOHLWRUHVPDV
especialmente a você, sócio do clube. Que jornada!
Sempre regada a belos vinhos e excelente companhia!

Neste ano, você já recebeu de presente os guias

Descorchados, ADEGA Espanha, ADEGA Portugal,
e agora o ADEGA Brasil em seu lançamento. Além
disso, neste mês de aniversário, como no ano passado,
temos uma série de promoções especiais para você.
São campanhas diárias de Compre 3, Leve 4 e outras
com desconto especial nos sellers. Esperamos que
você aproveite e celebre conosco.

Caso ainda não tenha feito, renovo o convite para

TXHYRFªVHLQVFUHYDHPQRVVRSURJUDPDƁGHOLGDGH
o ADEGA Rewards. Por tempo limitado, os sócios
do clube recebem um upgrade automático para a
categoria mais alta do programa.

Mais uma vez obrigado, e saúde!

Christian Burgos e Eduardo Milan

 AD
96 Solo
100% uvas Malbec advindas
de uma seleção de cerca de 5
hectares do vinhedo Adrianna,
em Gualtallary, plantadas em
solos profundos, franco arenosos,
TXHWHPXPDFDPDGDƁQDOGH
calcário.
Adrianna Vineyard
Fortuna Terrae Malbec 2015
Catena Zapata, Mendoza,
Argentina (Mistral R$ 1.027).
Esbanja frutas como ameixas e
DPRUDVVHJXLGDVGHQRWDVƂRUDLV
e de ervas, tudo sustentado por
UDGLDQWHDFLGH]HWDQLQRVƁQRVHGH
excelente textura. EM
Sorte
6HXQRPHVLJQLƁFDŞ6RUWHGD7HUUDşHPODWLP$
vinícola Catena Zapata foi uma das responsáveis
pelo ressurgimento da Malbec, dando protagonismo
e ajudando a transformar essa variedade na cepa
emblemática da Argentina.
AD
95
Mistura
75% Touriga Nacional, 15%
Tinta Roriz e 10% Rufete
e outras castas da região,
com estágio de 24 meses em
EDUULFDVGHFDUYDOKRIUDQFªV
Quinta da Falorca
Garrafeira Old Vines 2015
Quinta da Falorca, Dão,
Portugal (World Wine R$ 984).
Impressiona pela precisão
e equilíbrio do conjunto,
tudo envolto por muita fruta
vermelha e negra madura,
sustentadas por acidez vibrante
e taninos tensos. EM
Quinta
A Quinta Vale das Escadinhas também é conhecida como
Quinta da Falorca, designação atribuída ao rótulo de seus
vinhos. A vinícola lançou o primeiro vinho com marca
própria em 1999.
 BLACK
AD
94
Tinta
/RFDOL]DGDSU³[LPD 5LEHUD
del Duero, Toro produz tintos
em que prevalecem a Tinta
de Toro, como a Tempranillo
é conhecida por lá.
Aciano 2017
Alvar de Dios, Toro, Espanha
(World Wine R$ 422).
Potente, concentrado, mas
WDPE©PWHQVRHƁUPHFRP
boa acidez e taninos de ótima
WH[WXUDTXHFRQIHUHPƂXLGH]
ao vinho. EM
Pé franco
100% uvas Tempranillo advindas de vinhedos em
pé franco de mais de 100 anos, fermentado com os
engaços e estagiado durante 12 meses em barricas
HHPIRXGUHVGHFDUYDOKRIUDQFªV
AD
93
Predominante
Majoritariamente elaborado
a partir de uvas Merlot de
vinhedos de mais de 50 anos
cultivadas em Lussac Saint-
Émilion.
Château Croix du Rival 2011
Château Croix du Rival, Bordeaux,
França (Belle Cave R$ 354).
7HPWDQLQRVƁQRVUHIUHVFDQWHDFLGH]
HƁQDOSHUVLVWHQWHHSURIXQGRFRP
toques mentolados, de violetas, de
JUDƁWHHGHDOFD§X](0
Lussac
Localizado na comuna de Lussac, perto de Saint-Émilion,
Didier Miqueu e Stephan Von Neipperg, compraram o
Château Croix du Rival em 2007.
 PLATINUM

Fonte de Pinot Cinema

De Limarí, no norte Vallisto é um
do Chile, estão projeto de
saindo alguns dos Pancho Lavaque
melhores Pinot Noir e Hugh Ryman,

AD produzidos no país. FXMD H[SHULªQFLD

92 Personalidade
de vida inspirou
o diretor Ridley
6FRWW QR ƁOPH Ş8P ERP DQRş FRP
Marcelo Retamal, enólogo Russel Crowe como ator principal.
chefe da vinícola, é um dos
responsáveis por colocar a
De Martino entre as
AD
92
melhores e mais consistentes
vinícolas chilenas da atualidade. Malbec
100% Malbec, fermentado
sem adição de leveduras,
De Martino Legado Gran
com estágio de 12 meses,
Reserva Pinot Noir 2019
sendo 1/3 em barricas novas
De Martino, Limarí, Chile
GH FDUYDOKR IUDQFªV H R
(Winebrands R$ 245).
restante em tanques cônicos
Tem taninos de rica texturra,
r
de cimento.
DFLGH] UHIUHVFDQWH H ƁQDO
vertical e persistente, com
m
toques terrosos, salinos,
Vallisto Malbec 2018
de ervas, de especiarias
Vallisto, Salta, Argentina
e de cerejas. EM
AD (World Wine R$ 176).

92 Repleto de frutas vermelhas

H QHJUDV GH SHUƁO PDLV
fresco escoltadas por notas
Raúl ƂRUDLV H GH HUYDV 8PD
Venta La Vega, LQWHUSUHWD§£R UHƁQDGD H
pertencente ƂXLGD GH &DID\DWH R TXH ©
ao grupo muito bem-vindo. EM
MGWines, é um
projeto focado
na Garnacha
Blend
Tintorera e conta com a assessoria do
Composto de uvas
reputado enólogo espanhol Raúl Pérez.
Garnacha Tintorera
(60%) e Monastrell
Adaras Huella Garnacha (40%), provenientes
Tintorera Monastrell 2017 de vinhedos de 30 e 40
MGWines, Castilla-La Mancha, Espanha anos respectivamente,
(La Pastina R$ 179). localizados a uma
Tenso e vertical, tem acidez vibrante, taninos altitude média de 850
ƁQRVHƁQDOSURIXQGRHVXFXOHQWRFRPWRTXHV metros.
salinos, de cerejas escuras e terrosos. AM
 GRAN GOLD GRAN GOLD
PLUS

Orgânico
Blend tinto orgânico
AD
de Garnacha Tintorera
91
e Syrah, com estágio de
WUªVPHVHVHPIRXGUHV
GHFDUYDOKRIUDQFªV

AD
92 Jazz
Josè Rallo, uma das proprietárias da vinícola
Donnafugata, também é solista, tendo
inclusive já gravado dois álbuns ao vivo,
um deles contando com a colaboração de dois
nomes famosos do Jazz, Eliot Zigmund e
Bill Morning.
Adaras Aldea
Garnacha Tintorera Syrah 2019
MGWines, Castilla-La Mancha, Espanha
(La Pastina R$ 114).
Mostra frutas vermelhas acompanhadas de notas
ƂRUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDVGRFHVTXHVH
FRQƁUPDPQDERFD3DUDRVHPEXWLGRV(0
Você sabia que...
estudos de DNA comprovaram que a

La Bella Sedàra 2019 AD Primitivo, também conhecida como

Donnafugata, Sicília, Itália 90 Zinfandel nos Estados Unidos, tem

RULJHPQD&UR¡FLDH©LGªQWLFD 
(World Wine R$ 196).
variedade ancestral e quase extinta
Fluido e vibrante, tem acidez refrescante
Crljenak Kastelanski?
HWDQLQRVƁQRVHƁUPHVHƁQDOVXFXOHQWRH
persistente, com toques terrosos e balsâmicos. EM
Codici Masserie
Primitivo di Manduria 2019
MGM Mondo del Vino, Puglia, Itália
(Cantu R$ 120).
Franco e de boa tipicidade, apresenta frutas
YHUPHOKDVPDGXUDVƂRUDOHVSHFLDULDVGRFHV
ervas e cacau. AM

Maipo
AD Alguns dos melhores

92 Cabernet Sauvignon
do Chile e do mundo, AD
Filial
Braço argentino da gigante chilena Concha como Don Melchor e o 90
\7RURD7ULYHQWRFRQWDFRPƁQFDVSU³SULDV Santa Rita Casa Real
em distintas partes de Mendoza,que somam vem do Maipo.
quase 1.300 hectares.

Trivento Golden Reserve Malbec 2018
Trivento, Mendoza, Argentina (VCT R$ 160).
Mais uma ótima edição desse vinho, mostra
notas de violetas, de ervas e de especiarias
doces envolvendo sua fruta lembrando ameixas
e amoras. EM
De Martino Estate
Reserva Cabernet Sauvignon 2019
De Martino, Maipo, Chile (Winebrands R$ 119).
Uma boa introdução ao estilo preciso
e de fruta nítida da vinícola, mostra ameixas
e amoras seguidas de típicas notas de ervas e de
especiarias. EM
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orvinho.com.br
 GOLD GOLD
PLUS

Alentejano AD
Blend de Touriga Nacional, Syrah, Alicante 91
Bouschet, Cabernet Sauvignon, advindas de
vinhas de mais de 30 anos, com estágio de 9 meses
HPEDUULFDVGHFDUYDOKRIUDQFªV

Conto Reserva Tinto 2014

Magnum Vinhos, Alentejo, Portugal
(Winebrands R$ 93).
AD Armador
0RVWUDDPHL[DVGHSHUƁOPDLVIUHVFR

91 Fundada há pouco mais de 20 anos

DFRPSDQKDGDVGHQRWDVƂRUDLVGHWDEDFRGH
HUYDVHGHHVSHFLDULDVGRFHVTXHVHFRQƁUPDP
SHORDUPDGRUQRUXHJXªV'DQ2GIMHOO
no palato. EM
a vinícola conta atualmente com mais
de 80 hectares de vinhedos, todos
orgânicos e parte se convertendo para
Bio
agricultura biodinâmica.
Fundada em 1986
AD por Rafael e José
Armador Cabernet Sauvignon 2018 89 Guilisasti, a Viña
Odfjell, Maipo, Chile (World Wine R$ 115). Emiliana é adepta
Cabernet amável e suculento, que esbanja da cultura orgânica
frutas maduras lembrando ameixas e biodinâmica.
DFRPSDQKDGDVGHQRWDVƂRUDLVGHHUYDVH
de especiarias. EM

Adobe Limited Edition Red Blend 2020

Emiliana, Vale Central, Chile (La Pastina R$ 83).
%HPIHLWRHPVHXSHUƁOGHPDLRUPDGXUH]GH
fruta vermelha e negra, com sua boa acidez e seus
WDQLQRVGHJU£RVƁQRVFRQIHULQGRHTXLO­EULRDR
conjunto. EM

Mosteiro
AD A Torrevento está

91 localizada num
renovado mosteiro do AD
Rioja
Fundada em 1918, Bodegas Navajas é
século XVIII, marcado 89
por grossas paredes de
uma vinícola familiar localizada em pedra seca e equipada
Navarrete, Rioja, e possui 30 hectares de com antigas caves,
vinhedos próprios. situadas a 8 metros de
profundidade.
Navajas Crianza 2016
Bodegas Navajas, Rioja, Espanha Primo Primitivo 2019
(Belle Cave R$ 135). Torrevento, Puglia, Itália (La Pastina R$ 83).
Mostra ameixas e cerejas, com sua pulsante Mostra frutas vermelhas e negras maduras,
DFLGH]HVHXVWDQLQRVƁUPHVHWHQVRVDSRUWDQGR HVFROWDGDVSRUQRWDVƂRUDLVKHUE¡FHDVHGH
equilíbrio ao conjunto. EM HVSHFLDULDVTXHVHFRQƁUPDPQDERFD(0
 SILVER SILVER
PLUS

AD
Pizza
Descompromissado
88
e versátil, pode
ser servido como
aperitivo, mais
refrescado, ou na companhia de pizzas em geral.

AD I Heart Cabernet Sauvignon

89
Siciliana
A Nero d’Avola é uva mais importante e a
mais plantada da Sicília e seu nome é uma
UHIHUªQFLDDFRUHVFXUDTXDVHQHJUDGH
sua casca.
Freixenet, Castilla-La Mancha, Espanha
(Freixenet R$ 50).
Apresenta profusão de frutas negras maduras
DFRPSDQKDGDVGHQRWDVƂRUDLVGHHUYDVHGH
especiarias. EM

Varietal
Baglio Re Nero d'Avola 2018 100% uvas Malbec
Cusumano, Sicília, Itália (World Wine R$ 89).
AD cultivadas em
Gastronômico, mostra frutas vermelhas
seguidas de notas terrosas, de couro e de
88 Mendoza, na
Argentina, com
HVSHFLDULDVGRFHVTXHVHFRQƁUPDPQDERFD estágio de 6 meses
Para as massas ao molho tipo ragu. EM em barricas de
FDUYDOKRIUDQFªVH
americano.

Salton Intenso Malbec 2018

Salton, Mendoza, Argentina (R$ 45).
Você sabia que...
0RVWUDQRWDVƂRUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDV
a região de vinhos de Lisboa
envolvendo sua fruta lembrando amoras e
até 2009 era conhecida
ameixas. EM
por Estremadura?

AD Harmonização
89 Companhia perfeita
AD
para carnes
vermelhas na brasa.
88
Prove e comprove.

Urbanista Tinto 2019 San Telmo Cabernet Sauvignon 2021

Parras Wines, Lisboa, Portugal San Telmo, Mendoza, Argentina (Cantu R$ 56).
(Domno R$ 65). 0RVWUDDPHL[DVVHJXLGDVGHQRWDVƂRUDLV
Tem acidez refrescante, taninos de boa textura herbáceas e de especiarias. Tem acidez na medida,
HƁQDODJUDG¡YHOHFDWLYDQWHFRPWRTXHVGH WDQLQRVDYHOXGDGRVHƁQDOFRPWRTXHVWHUURVRVH
amoras. Aqui menos é mais. EM de amoras. EM

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 BRANCO

La Mancha AD
Blend branco orgânico 90
de Verdejo e Sauvignon
Blanc, sem passagem
por madeira.

Adaras Lluvia
Verdejo Sauvignon Blanc 2020 Sócio do
MGWines, Castilla-La Mancha, Espanha
(La Pastina R$ 114). Clube ADEGA,
Destaca-se pela tensão e pela vivacidade, além de tem mais
JRVWRVDWH[WXUDDFLGH]DƁDGDHƁQDOSHUVLVWHQWH
com toques salinos e de toranja. AM
um benefício
exclusivo:
Trento
Os primeiros
imigrantes da
ADEGA Rewards
AD é o primeiro programa
90 família Valduga
desembarcaram de fidelidade do mundo
QR%UDVLOQRƁQDO do vinho.
do século XIX, vindos da cidade de Rovereto,
no norte da Itália.
Todas as compras feitas no AdegaOn-
Casa Valduga
line.com.br valem pontos que podem
Terroir Gewürztraminer 2021 ser trocados por produtos ou descontos
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pimenta branca, que pedem a companhia de
pratos da culinária oriental. EM Os sócios ativos do Clube ADEGA
pontuam dobrado em todas as suas
compras.
Mar
Refrescante e gostoso
de beber, tem toques AD APROVEITE mais este benefício!
cítricos e salinos, que 90
pedem a companhia
de frutos do mar.

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Devil's Collection White 2019
Concha y Toro, Casablanca, Chile
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brancas envolvendo sua fruta lembrando
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regiões portuguesas.
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Não existe um clube

de leitura se não houver
vinho”
/DXULH)UDQNHOQRYHOLVWɞ

“Não sigo fórmulas, nem

porcentagens, pois se
adicionar algo no vinho não
contribui para levantá-lo,
não há porque fazê-lo”
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“Beba quando tem sede, mas
deguste com um propósito”
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“Uma velha cabaça “A cerveja embota a memória, o

quebrada com vinho é uísque a incendeia, mas o vinho
melhor aos meus olhos do é o melhor para o anseio de um
que cem taças de ouro” coração dolorido”
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APRECIE COM MODERAÇÃO.

O maior guia de rótulos sul-americanos reconheceu a excelência Vale dos Vinhedos – Bento Gonçalves
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