Você está na página 1de 7

Instruções:

 GRIFE NA COR VERMELHA A ALTERNATIVA


Colégio Batista
Itabuna 07 de Maio de 2020 Série: 2º Ano – E.M Nota
CORRETA; Matheus Silva dos Santos
Alunos(as): Valor: 5 pontos
Professor(a):
 ABRIR UMANA MARIA
NOVO VIDALWORD PARA Disciplina: LITERATURA
ARQUIVO
APONTAR O ERRO DOS DISTRATORES EM CADA
QUESTÃO.
de Itabuna
”Apega-te a instrução e não largues; guarda-a,
porque ela é a tua vida.” – Provérbios 4.13

TESTE DE LITERATURA – I
BIMESTRE

1
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Questão 1) Outras moças, mas nuas e espantadas,
Soneto No turbilhão de espectros arrastadas,
Pálida à luz da lâmpada Em sombria,
ânsia e mágoa vãs!
Sobre o leito de floresE ri-se reclinada,
a orquestra irônica, estridente...
Como a lua por noite E embalsamada,
da ronda fantástica e serpente
Entre as nuvens do amor ela dormia! Faz doudas espirrais...
Era a virgem do mar, na escuma fria Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Pela maré das águas embalada! Ouvem-se gritos... o chicote estala.
Era um anjo entre nuvens d’alvorada E voam mais e mais...
Que em sonhos se banhava e se esquecia! Castro Alves

Era mais bela! o seio palpitando \"Navio negreiro\" é um dos principais


Negros olhos as pálpebras abrindo poemas da chamada Geração Condoreira
Formas nuas no leito resvalando do Romantismo brasileiro e foi escrito em
Não te rias de mim, meu anjo lindo!1868, 18 anos após a promulgação da Lei
Por ti - as noites eu velei chorando,Eusébio de Queiroz, que proibia o tráfico
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! negreiro. Observando ao longo da história
In: Álvares de Azevedo. Seleção de textos de Bárbara Heller, Luísda literatura
Percival brasileira, outros autores
L. Brito e Marisa
também se interessaram por temas
Lajolo. Sâo Paulo: Abril Educação, 1982. p. 22. Literatura Comentada.
Levando-se em conta o autor e a corrente sociais, como comprova
estética em que se enquadra o soneto a) a obra de Cecília Meireles, sempre
apresentado, pode-se afirmar que a figura preocupada com a realidade cotidiana e o
feminina é tratada compadecimento com os desvalidos.
a) de forma idealizada e sensualista, b) a obra de Augusto de Campos, que
como se vê na recorrência à ideia de voltava-se para uma preocupação com a
brancura, palidez e voluptuosidade. poesia e com a realidade concreta.
b) de forma sensualista e mórbida, como c) a obra de Álvares de Azevedo, escrita
referência a um cientificismo trágico que também no período do Romantismo e
também é comum na estética naturalista. marcada por forte visão crítica.
c) de maneira a sentir-se plena e d) a obra de Lima Barreto, cronista e
realizada na concretude dos sentimentos romancista carioca que retratou a vida dos
amorosos e integrada ao ser amado. habitantes do subúrbio de sua cidade e
d) sem rebuscamento ou idealização, já ironizou os desmandos do poder no país e
que há um profundo sentido de morbidez os vícios das elites.
que arremata o poema. e) a obra de Guimarães Rosa, principal
e) sem fantasia ou valorização representante do regionalismo social da
sensualista, uma vez que o década de 1930, também chamado de
ultrarromantismo vê a mulher a partir do segunda fase do Modernismo brasileiro.
binômio amor x morte.
Questão 3)
Questão 2) Texto III
Canto IV Senhor Deus dos desgraçados!
Navio negreiro Dizei-me vós, Senhor Deus!
Era um sonho dantesco... o tombadilho Se é mentira... se é verdade
Que das luzernas avermelha o brilho. Tanto horror perante os
Em sangue a se banhar. céus?...
Tinir de ferros... estalar de açoite... Ó mar! por que não apagas
Legiões de homens negros como a noite, Co’a esponja de tuas vagas
Horrendos a dançar... De teu manto este borrão?...
Negras mulheres, suspendendo às tetas Astros! noites! tempestades!
2
Rolai das imensidades! A lagartixa
Varrei os mares, tufão!
A lagartixa ao sol ardente vive
Quem são estes desgraçados, E fazendo verão o corpo espicha:
Que não encontram em vós, O clarão de teus olhos me dá vida,
Mais que o rir calmo da turba Tu és o sol e eu sou a lagartixa.
Que excita a fúria do algoz?... Amo-te como o vinho e como o sono,
Quem são? Se a estrela se cala, Tu és meu copo e amoroso leito...
Se a vaga à pressa resvala Mas teu néctar de amor jamais se esgota,
Como um cúmplice fugaz, Travesseiro não há como teu peito.
Perante a noite confusa... Posso agora viver: para coroas
Dize-o tu, severa Musa! Não preciso no prado colher flores;
Musa libérrima, audaz! Engrinaldo melhor a minha fronte
Nas rosas mais gentis de teus amores.
São os filhos do deserto Vale todo um harém a minha bela,
Onde a terra esposa a luz, Em fazer-me ditoso ela capricha...
Onde vive em campo aberto Vivo ao sol de seus olhos namorados,
A tribo dos homens nus... Como ao sol de verão a lagartixa.
São os guerreiros ousados,
Poesias completas, de Álvares de Azevedo.
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão...
Álvares de Azevedo, autor desse poema, é
Ontem simples, fortes, bravos...
um dos principais representantes da
Hoje mísero escravos
segunda geração do Romantismo
Sem ar, sem luz, sem razão...
brasileiro. Levando-se em conta as
In: O navio negreiro – Castro Alves. características dessa geração e o texto
É próprio da poesia de Castro Alves tratar lido, podemos afirmar que
do tema da escravidão. Clamando em a) esse poema reflete de forma bem
verso pelos oprimidos, recebeu o epiteto fidedigna as convenções da estética
de \"O poeta dos escravos\". Tal alcunha romântica.
justifica-se no poema por meio da b) a caracterização do amante
linguagem ("lagartixa") e da amada ("clarão", "sol",
a) denotativa, que evidencia o aspecto de "vinho", "sono", "copo", "leito", "néctar de
crônica do cotidiano presente no texto. amor") cria uma atmosfera sarcástica,
b) hiperbólica, para sensibilizar o leitor ironizando a falsa harmonia entre os
para a urgência do tema e denunciar as amantes.
autoridades pela inércia diante da c) a imagem da lagartixa, prosaica e
escravidão. esdrúxula, por contraste às imagens líricas,
c) referencial, para fazer o leitor assimilar gera estranheza e comicidade ao texto.
a necessidade de reformas liberais através d) a melancolia, o ar sombrio e fúnebre,
de uma poesia condoreira. marcas da poética da segunda geração
d) conotativa, que mescla versos ora romântica, estão presentes no poema "A
exclamativos, ora interrogativos, ora lagartixa".
reticentes para exprimir ideais libertários. e) a pieguice amorosa e a frustração
e) rebuscada de adjetivos macabros que amorosa, temáticas frequentes na estética
evidenciam elementos próprios do mundo romântica, são amplamente exploradas
romântico à época do "mal-do-século". nesse poema.

Questão 4) Questão 5)
Leia o texto: A POESIA
Ah se não houvesse a poesia,

3
se não houvesse a poesia, não haveria água, VIII
nem madeira, nem caminho, nem céu, nem corpo\"Tu choraste em presença da morte
atraindo outro corpo. Ah, se não houvesse a poesia Na presença de estranhos choraste
eu simplesmente não seria um zé garcia atravessado Não descende o cobarde do forte
na garganta de deus e do diabo, eu não seria um zé, Pois choraste, meu filho não és
um Zé Garcia Chuva de Manga, não um camaradaPossas tu, descendente maldit
atravessado de nuvens e de tantas mulheres felizes, De uma tribo de nobres guerreiros
eu não seria, engraçada, uma tempestade muda.Implorando cruéis forasteiros
GARCIA, José Godoy. Poesias. Brasília: Thesaurus, 1999. p.
Seres presa de vis Aimorés.
25.

\"Possas tu, isolado na terra,


UM CADÁVER DE POETA Sem arrimo e sem pátria vagando,
[...] Rejeitado da morte na guerra,
A poesia é de certo uma loucura; Rejeitado dos homens na paz,
Sêneca o disse, um homem de renome. Ser das gentes o espectro execrado;
É um defeito no cérebro... Que doidos! Não encontres amor nas mulheres,
É um grande favor, é muita esmola Teus amigos, se amigos tiveres,
Dizer-lhes bravo! à inspiração divina... Tenham alma inconstante e falaz!
E, quando tremem de miséria e fome, \"Não encontres doçura no dia,
Dar-lhes um leito no hospital dos loucos... Nem as cores da aurora te ameiguem,
Quando é gelada a fronte sonhadora E entre as larvas da noite sombria
Por que há de o vivo que despreza rimas Nunca possas descanso gozar:
Cansar os braços arrastando um morto, Não encontres um tronco, uma pedra,
Ou pagar os salários do coveiro? Posta ao sol, posta às chuvas e aos ventos,
A bolsa esvaziar por um misérrimo, Padecendo os maiores tormentos,
Quando a emprega melhor em lodo e vício! Onde possas a fronte pousar.
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. São Paulo: FTD, 1994.
p. 127. \"Que a teus passos a relva se torre;
Os poemas transcritos tratam do mesmo Murchem prados, a flor desfaleça,
tema, o fazer poético, mas apresentam E o regato que límpido corre,
diferentes concepções a respeito dessa Mais te acenda o vesano furor;
temática. Tal diferença se expressa na Suas águas depressa se tornem,
contraposição entre as ideias de que a Ao contacto dos lábios sedentos,
poesia é Lago impuro de vermes nojentos,
a) produto da observação da natureza, no Donde fujas como asco e terror!
primeiro poema; e fruto da inspiração [...]
In: Poemas de Gonçalves Dias. Seleção de Péricles Eugênio da Silva Ramos. Rio d
divina, no segundo. Janeiro. Ediour
b) decorrente dos temas explorados pelo A força dramática do canto VIII de \"I -
poeta, no primeiro poema; e resultado da Juca Pirama\", analisada sob a ótica
insanidade de quem a produz, no segundo. indianista do romantismo brasileiro,
c) inspirada nos sentimentos amorosos, decorre
no primeiro poema; e responsável pelas a) das imagens utilizadas na maldição do
dores vividas pelo poeta, no segundo. pai, segundo o filho passaria a ser ente
d) forma de conhecimento para o poeta, solitário e errante.
no primeiro poema; e motivo de b) das sugestões visuais e táteis do texto,
sofrimento para quem a cria, no segundo. que sugerem a superioridade dos timbiras
e) gênese da criação, no primeiro poema; sobre o guerreiro tupi.
e resultado de distúrbios emocionais do c) das representações sinestésicas do
poeta, no segundo. texto, que, de acordo com as palavras de
um pai envergonhado, sugerem o ato de
Questão 6)
fraqueza do filho.
I - Juca Pirama
4
d) das ideias discutidas ao longo, e) com base no mito do "bom selvagem",
principalmente, da segunda estrofe do mostrando que eles nunca entravam em
texto, em que as mulheres e amigos de I- conflitos entre si.
Juca Pirama também são amaldiçoados.
e) das organizações estruturais das Questão 8)
estrofes, marcadas recorrentemente pelo Navio negreiro I
rigor e pelo uso do solene verso ‘Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
decassílabo. Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Questão 7) Como turba de infantes inquieta.
Texto I Texto II [...]
Canção do tamoio Berimbau ‘Stamos em pleno mar... Dois infinitos
(...) Porém se a fortuna, Ali se estreitam num abraço insano,
Quem é homem Azuis, de bem dourados,
não trai plácidos, sublimes...
Traindo teus passos,
O amor que lhe Qual quer dos seudous
bem. é o céu? qual o oceano?...
Te arroja nos laços
Quem diz muito que vai não vai
‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas
Do imigo falaz!
E, assim como nãoAovai, não vem.
quente arfar das virações marinhas,
Na última hora
Quem de dentro Veleiro de si brigue
não saicorre à flor dos mares,
Teus feitos memora,
Vai morrer sem Como amar roçamninguém, na vaga as andorinhas...
Tranquilo nos gestos,
O dinheiro de Donde quem vem? não ondedá vai? Das naus errantes
Impávido, audaz.
É o trabalho de Quem quem não sabe tem,
o rumo se é tão grande o
E cai como o tronco
Capoeira que é espaço? bom não cai
Do raio tocado,
E, se um dia eleNeste cai, saara
cai bem!os corcéis o pó levantam,
Partido, rojado
Por larga extensão; Galopam, voam, mas não deixam traço.
Assim morre o forte! [...]
Castr
No passo da morte o
Triunfa, conquista Alves

Mais alto brasão. (...) O contexto histórico, social e político no


qual se enquadra boa parte da poética de
(Gonçalves Dias) (Vinicius deCastro
Moraes eAlves permite considerá-lo um autor
Baden Powell)
No fragmento poético de Gonçalves Dias, a) parnasiano, pelo rigor formal e pela
um pai explica ao filho como se comporta eloquência dos versos.
um guerreiro no momento da morte. Esse b) modernista da primeira fase, por conta
conselho demonstra que os românticos do caráter cotidiano de sua poética.
viam os índios c) romântico da terceira fase, pelo caráter
a) como retrato de uma sociedade em ideológico e pelo compromisso social.
crise, pois eles estavam sendo dizimados d) romântico da segunda fase, em virtude
pelos colonizadores europeus, que tinham do pessimismo escatológico de seus
grande poder militar. versos.
b) de modo cruel, uma vez que, em lugar e) modernista da segunda fase, pela
de criticar as constanteslutas entre tribos focalização da realidade social brasileira
rivais, eles preferiam falar dos aspectos em linguagem concisa.
positivos da violência.
c) de modo idealizado, com valores Questão 9)
próximos aos das Cruzadas europeias, Leia a seguir um excerto retirado do
quando era nobre morrer por uma causa ensaio \"Sobre a poesia em geral\", do
considerada justa. escritor inglês William Hazlitt.
d) como símbolos de um país que surgia, \"A poesia é a linguagem da imaginação e
sem nenhuma influência dos valores das paixões. Ela diz respeito a tudo o que
europeus e celebrando apenas os proporciona prazer ou causa dor ao
costumes dos povos nativos da América. espírito humano. Instala-se no coração e
5
nas ocupações dos homens, pois nada c) trata do tom byroniano da poesia de
senão o que assim neles se instala de mais Álvares de Azevedo.
geral e inteligível pode ser tema para a d) nega o indianismo de escritores como
poesia. A poesia é a linguagem universal Gonçalves de Magalhães.
que o coração conserva com naturalidade e) identifica elementos presentes nos
e consigo mesmo.\" autores das três gerações poéticas do
HAZLITT, William. Sobre a poesia em geral. In: SOUZA, Romantismo.
Roberto
Acízelo de. Uma ideia moderna de literatura: textos
seminais para
os estudos literários (1688-1922). Chapecó: Argos,
2011.
A essa definição de poesia, pode-se
associar a seguinte característica da
estética romântica:
a) formalismo.
b) obscuridade.
c) subjetivismo.
d) arte pela arte.
e) liberdade formal.

Questão 10)
(...) qualquer que seja a preferência
temática: contemplação panteísta e
sentimento religioso, no sentido da
associação panteísta e sentimento
religioso, no sentido da associação de
Deus à natureza: lirismo pessoal que
concilia a sua experiência sentimental com
o ideal amoroso revestido de significação
autobiográfica; indianismo e inspiração
medievalista, isto é, de reconsideração de
ideias e visões tomadas à tradição
medieval. Nesse caso, deve-se entender a
sua poesia indianista como antevisão lírica
e épica das nossas origens revigorando as
intenções nacionalistas do Romantismo.
Do ponto de vista da expressão, deu
exemplo de extraordinário equilíbrio e
sobriedade, resultantes sobretudo de longa
experiência com a tradição poética em
língua portuguesa. É de fato o nosso
primeiro poeta romântico a se identificar
imediatamente com a sentimentalidade de
seu povo e a dar um exemplo fecundo à
nossa criação literária.
CÂNDIDO, Antônio; CASTILHO, José Aderaldo. Presença da
literatura brasileira. São Paulo: Difel, 1979.
Podemos afirmar que o texto acima
a) refere-se ao poeta da primeira geração
romântica, Gonçalves Dias.
b) alude de forma velada à poesia
condoreira de Castro Alves.
6
1) De forma sensualista e mórbida, no suas emoções pessoais, em fazer
poema ele fala bem de sua amada delas temática sempre retomada
significando sensualismo, e em sua obra.
mórbido porque é um poema triste.

10) Biografia de Gonçalves Dias.

2) Porque as obras de Lima barreto


é caracterizada por tipos de textos
populares, ligados aos subúrbios.

3) Conotativo, pois esse poema


está escrito em sentido figurado.

4)

5) No primeiro texto, o autor está


glorificando quem criou a poesia, e
no segundo está contando fatos de
sofrimento e desgraças.

6) No poema retrata um poema de


um pai envergonhado pelo filho
sobre sua fraqueza de ficar triste
por tudo

7) Os índios nunca entravam em


conflito entre sí, respeitando o mito
‘’bom selvagem’’ que significa
caminhos para reconduzir a espécie
humana à felicidade.

8) Caracteriscas do autor na poesia

9) O romancista trata dos assuntos


de forma pessoal, de acordo com
sua opinião sobre o mundo. O
subjetivismo pode ser notado
através do uso de verbos na
primeira pessoa. Trata-se sempre
de uma opinião parcelada, dada por
um individuo que baseia sua
perspectiva naquilo que as suas
sensações captam. Com plena
liberdade de criar, o artista
romântico não se acanha em expor
7

Você também pode gostar