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Farmacognosia Pura

UNIDADE II
Professora: MSc Laisla Rangel Peixoto
CONTEÚDO DA UNIDADE
▪ Aspectos gerais do metabolismo primário e secundário;

▪ Alcaloides;

▪ Polissacarídeos, resinas e lignanas;

▪ Cumarinas;

▪ Flavonoides.
O QUE É METABOLISMO VEGETAL?

Conjunto de reações químicas que acontecem


continuamente na célula vegetal, micro-
organismos ou animais diversos.

CLASSIFICAÇÃO

1.Metabólitos primários

2.Metabólitotos secundários
1. METABÓLITOS PRIMÁRIOS

➢Produto do metabolismo geral;

➢Amplamente distribuídos em plantas e animais;

➢Metabólitos essenciais (função definida)

A Bioquímica investiga a química de produtos naturais do


metabolismo primário, portanto estes metabólitos são
chamados de compostos do Bioquímico
EXEMPLOS DE METABÓLITOS
PRIMÁRIOS

➢ Lipídios, aminoácidos, proteínas, mono e polissacarídeos, ácidos


nucléicos
O
1
OCOR OH
2 O
R COO H2N
3 1
OCOR R OH
HO HO 4
Triacilglicerol O O
Aminoácido

OH HO
OH
O O
HO n=25-750
OH
HO HO Amilose a-1,4 e a -1,6

 -D-Glicose
2. METABÓLITOS SECUNDÁRIOS

➢ Produtos do metabolismo especial;

➢ Biossintetizados a partir de metabólitos primários;

➢ Geralmente apresentam estruturas complexas;

➢ Distribuição restrita a certas plantas e microorganismos;

➢ A espécie que os produz apresenta elevada capacidade biossintética, tanto em


relação ao número quanto à sua diversidade.
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS

As plantas defendem-se contra seus inimigos de diversas


maneiras.

Há defesas mecânicas, por exemplo: espinhos, toxinas,


pêlos.
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS

➢ Além das defesas mecânicas, as plantas possuem as defesas químicas

São substâncias que tornam as folhas (ou outras partes das plantas), indigeríveis,
impalatáveis, tóxicas ou impalatáveis e tóxicas.

➢ Muitas dessas substâncias acabam tornando-se princípios ativos. Isso acontece


quando as plantas que os contêm passam a ser usadas medicinalmente.
ALGUMAS FUNÇÕES ATRIBUÍDAS AOS
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS

➢ DEFESA DO VEGETAL: contra herbívoros, fungos, bactérias, vírus e plantas


a) Adstringência: sabor amargo
b) Toxinas: moléculas tóxicas
c) Alelopatia: competição entre vegetais por água, luz, nutrientes, mediada
por metabólitos secundários.

➢ PROTEÇÃO CONTRA EFEITOS FÍSICOS: luz UV, frio, evaporação


ALGUMAS FUNÇÕES ATRIBUÍDAS AOS
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS

➢ AGENTES DE COMUNICAÇÃO: se entre membros da mesma espécies


(atraente sexual) = Feromônios

➢ ATRAÇÃO (COR E ESSÊNCIA): polinizadores e dispersores de sementes:


insetos, pássaros, morcegos, etc
Metabólitos Secundários e sua atuação no
organismo humano

➢Interferência na produção de mediadores inflamatórios (metabólitos do ácido


araquidônico, peptídeos, citocinas, entre outros);

➢Produção ou ação de segundos mensageiros (como guanosina monofosfato cíclica


(GMPc), adenosina monofosfato cíclica (AMPc), etc.);

➢Expressão de fatores de transcrição (proteína ativadora-1 (AP-1), fator nuclear κB (NF-


κB), e proto-oncogenes (cjun, c-fos e c-myc);

➢Inibição ou ativando a expressão de células pró- inflamatórias (sintetase do óxido nítrico


(NOS), ciclooxigenases (COX), citocinas (interleucina (IL)-1β, fator de necrose tumoral (TNF)-
α, etc.
Metabolismo Basal x Metabolismo Essencial

➢ O metabolismo basal: inclui todos os


compostos e processos que são cruciais
para o crescimento e desenvolvimento de
uma espécie vegetal, sendo caracterizado
por apresentar semelhanças universais entre
os diversos organismos.

➢ O metabolismo especial: se restringe a


certas espécies, inclui todas as substâncias
e processos de interação de um organismo
com o meio ambiente e/ou diversos outros
organismos.
São vários os grupos de princípios ativos das plantas, e
esses podem ser separados por características físicas,
por propriedades químicas ou atividade biológica.

Outra maneira de classificar os grupos de princípios ativos das plantas é através da


origem biossintética:

1. Via mevalonato (ácido mevalônico)


2. Via chiquimato (ácido chiquímico)
3. Via acetato (acetil-CoA)
VIA MEVALONATO

➢ Originam os esteróides e terpenóides;

➢ Formados a partir da união de unidades de isopreno (unidade ramificada derivada


do 2-metilbutadieno);

➢ Cada grupo oriundo desta via é resultado da condensação “cabeça-cauda” de um


número variável de unidades isoprências.
VIA MEVALONATO

➢ Formados mediante reações catalizadas pelo pirofosfato de isopentenila (IPP) e o


pirofosfato de dimetilalila (DMAPP)
VIA CHIQUIMATO

➢ É a via mais frequente para os compostos fenólicos; precursor de taninos


hidrolisáveis, cumarinas, alcaloides derivados dos aminoácidos aromáticos e
fenilpropanoides;

➢ Possuem pelo menos um anel aromático no qual, ao menos, um hidrogênio é


substituído por um grupamento hidroxila;

tirosina fenilalanina Ácido cinâmico


DERIVADOS DA VIA CHIQUIMATO + ACETATO

✓ FLAVONÓIDES

✓ TANINOS

✓ ANTRAQUINONAS
ALCALOIDES
ALCALOIDES

➢ São compostos que contém nitrogênio, em geral, apresentam atividade


terapêutica e distribuição limitada entre os seres vivos;

➢ Devido ao sabor amargo protegem a planta contra o ataque de animais ou


insetos. CH2OH

HO CH2OH

➢ Em sua maioria apresentam caráter básico; N


N
N

H
CH2CH2CH3

Lupinina Platinecina Coniína


(Grupo quinolizidínico) (grupo pirrolizidínico) (Grupo piridínico)

MeO
CH2N(CH3)2

N
MeO CH2COCH3
N N

H CH3
Gramina Higrina
(Grupo indólico) (Grupo pirrolidínico)
MeO

OMe
Papaverina
(grupo isoquinolínico)
ALCALOIDES

➢ Alcaloides verdadeiros: São derivados de


aminoácidos e contém pelo menos um
nitrogênio em um anel heterocíclico;

➢ Protoalcaloides: São derivados de


aminoácidos mas o nitrogênio não faz parte
de um anel heterocíclico;

➢ Pseudo alcaloides: Não são derivados de


aminoácidos, independe da localização do
nitrogênio no anel.
ALCALOIDES

➢ Via do ácido chiquímico: os aromáticos,


como fenilalanina, tirosina e triptofano;

➢ Via do acetil-CoA: são os aminoácidos


lisina e ornitina que servem como
precursores biossintéticos.
✓ Alcalóide Tropânico

Atropina Atropa beladona


✓ Alcalóide Pirrolidínico

Estaquidrina

Medicago sativa
✓ Alcalóide Pirrolizidínicos

Retronescina Senecio spp.


✓ Alcalóide Quinolizidínicos

Lupinina

Lupinus luteus L.
✓ Alcalóide Esteroidal

Solasodina

Solanum spp.
✓ Alcalóide Imidazólico

Pilocarpina
Pilocarpus spp.
✓ Alcalóide Isoquinolínico

Ocotea duckei
Métodos de extração e
fracionamento

✓Devido á presença do átomo de nitrogênio contendo um par de


elétrons não compartilhado, os alcalóides são substâncias com
caráter básico e possuem propriedades químicas que se
assemelham àquelas da amônia.
Métodos de extração e
fracionamento
✓Obtenção de sais de alcaloides:

1. Droga vegetal deve ser desengordurado com um


solvente de baixa polaridade (hexano ou éter de
petróleo).

2. O material é submetido à extração com água acidificada


(ou uma solução hidroalcoólica acidificada) para obter um
extrato com os sais de alcaloides.

3. Fase aquosa é alcalinizada e particionada com um


solvente orgânico de baixa ou média polaridade, a fim de
adquirir seletivamente os alcaloides como bases livres.
Métodos de extração e
fracionamento
✓Obtenção de bases de alcaloides:

1. Droga vegetal deve deve ser desengordurado com um


solvente apolar e, em seguida, umidificado com uma
solução aquosa alcalina para liberar os alcaloides.
2. A mistura é submetida a partir de extração, com o uso de
um solvente orgânico, como clorados e éter etílico. Este
solvente orgânico é submetido a uma partição (líquido-
líquido), utilizando-se como fase aceptora, uma solução
aquosa ácida que vai extrair os alcaloides na forma de
sal, deixando outros interferentes neutros na porção
orgânica.
3. Por fim, a porção aquosa ácida, contendo os sais de
alcaloides, é alcalinizada e particionada para se obter a
fração enriquecida com os alcaloides de interesse.
Métodos de extração e
fracionamento
✓ Extração por ultrassom: as ondas ultrassônicas promovem a lise celular, liberando o
conteúdo metabólico no solvente extrativo. Este método eleva a temperatura, o que pode
degradar alguns alcaloides;

✓ Extração por micro-ondas: o uso de temperatura, também, pode degradar os alcaloides de


interesse;

✓ Extração por fluído supercrítico: promove a extração dos alcaloides do material vegetal
por meio de solvente pressurizado.
Purificação
CC/óxido de alumínio CCDA e CCDP
Reações de identificação

1. Reagente de Mayer - Solução contendo Iodeto de mercúrio e potássio, e


após reação com alcalóide, dar um precipitado esbranquiçado;

2. Reagente de Dragendorff - Solução contendo subnitrato de bismuto e


iodeto de potássio, é um dos testesmais empregado, e a presença de
um precipitado vermelho tijolo, indica positividade;

3. Reagente de Wagner ou Bouchardat - Solução composta de Iodeto de


Potássio, e dar um precipitado vermelho tijolo;

4. Reagente de Bertrand - Solução contendo ácido silicotungstíco o teste


positivo dar um precipitado esbranquiçado
ALCALOIDES

APLICAÇÕES FARMACOLÓGICAS:

➢ ação curarizante,
➢ anestésicos locais (cocaína),
➢ agentes para o tratamento de fibrilação (quinidina),
➢ agentes antitumor (vinblastina, elipticina),
➢ antimalariais (quinina),
➢ antibacterianos (berberina)
➢ amebicidas (emetina).
Polissacarídeos, resinas
e lignanas
POLISSACARÍDEOS

➢ São polímeros de alto peso molecular com numerosas unidades de GLICOSE.


(Por Hidrólise - + de 10 mono).

➢ FUNÇÕES:

▪ Vegetais: estrutura de paredes celulares (plantas e algas) – celulose –


hemicelulose e pectina.
▪ Animais: quitina, mucopolissacarídeos.Reserva metabólicas – amido (V),
dextranas e xantanas (bactérias), carragenanas e Ágar-ágar (algas) e glicogênio.
POLISSACARÍDEOS

➢ Exemplos:

▪ Xantana ▪ Curdlana
▪ Escleroglucana ▪ Alginato bacteriano
▪ Zanflo ▪ Dextrana
▪ Gelana ▪ Glucanas de leveduras de panificação
▪ Goma PS-7
POLISSACARÍDEOS

➢ Classificação:

1 - Pela constituição química (tipo de açúcar) são divididos em:

1.1 - Homogêneos ou homoglicanos: resultantes da condensação de um grande


número de moléculas do mesmo açúcar, como o amido e a celulose que são polímeros
de glicose;

1.2 - Heterogêneos ou heteroglicanos: formados pela condensação de diferentes


tipos de açúcares, como o caso das gomas, mucilagens e pectinas.
POLISSACARÍDEOS

➢ Classificação:

2 - Pela solubilidade em água:

2.1 - Solúveis: gomas, mucilagens, pectinas, hemicelulose (algumas) e beta-


glucanas (maioria);

2.2 - Insolúveis: celulose, hemicelulose (maioria), beta-glucanas (minoria) e quitina.


POLISSACARÍDEOS

➢ Classificação:

3 - Pelo tipo de cadeia:

3.1 - lineares;

3.2 - ramificados.
POLISSACARÍDEOS

➢ Propriedades e aplicações clínicas dos polissacarídeos:

▪ Antitumoral, ▪ Hipoglicêmica,
▪ Imunomoduladora, ▪ Hipocolesterolemiante,
▪ Anti-inflamatória, ▪ Antioxidante,
▪ Anticoagulante, ▪ Antimicrobiana,
▪ Antitrombótica, ▪ Entre outras.
▪ Antiviral,
RESINAS

➢ São secreções de consistência variável que, em virtude disso, podem ser


classificados em diferentes tipos;

1. As óleo-resinas: resina sólida e fixa, além de um óleo essencial que, em função


do alto teor de óleo essencial, são menos viscosas. Ex.: os bálsamos;

2. As lacto-resinas: formam um grupo particular de emulsões leitosas (água,


resinas, óleos etc.) produzidas por laticíferos. Ex.: eufórbio;

3. As goma-resinas: correspondem a uma mistura natural de gomas e resinas,


sempre acompanhadas por uma pequena quantidade de óleo essencial.
RESINAS

➢ Atividades farmacológicas:

▪ Anti-inflamatórios,
▪ Antissépticos,
▪ Antioxidantes,
▪ Cicatrizantes e entre outras propriedades.

➢ Na aromaterapia, podem ser utilizados puros ou em sinergia com óleos


essenciais, além de outros preparados cosméticos e fitoterápicos
LIGNANAS

➢ São dímeros de C6-C3;

➢ Lignanas: as unidades C6-C3 (álcoois cinamílicos e ácidos cinâmicos) estão ligadas


na posição -‘ e assim são oxigenadas nos C- e C-‘.

➢ A origem biossintética: via metabólica do chiquimato.


LIGNANAS

➢ Neolignanas: são dímeros oxidativos de alilfenóis e de propenilfenóis entre si ou


cruzados e não apresentam o c-γ oxigenado;

➢ Alolignanas: são dímeros mistos de arilpropanoides. Consistem de uma designação


meramente estrutural, não possuindo conotação biossintética;

➢ Norlignanas: são quaisquer substâncias pertencentes a um dos grupos anteriores,


com um átomo de carbono a menos no esqueleto de um dos precursores primários;

➢ Oligolignoides: são os oligômeros de lignoides, ou seja, os produtos resultantes da


condensação de três a cinco unidades fenilpropanoídicas;

➢ Heterolignoides: são constituídos de moléculas de estruturas diversas.


LIGNANAS

➢ Como atividades farmacológicas das Neolignanas e lignanas:

▪ Anti-inflamatória, ▪ Anti-hepatotóxica,
▪ Antiplaquetária, ▪ Relaxante muscular,
▪ Antioxidante, ▪ Antiprotozoária,
▪ Antifúngica, ▪ Inseticida,
▪ Antiviral (anti-HIV), ▪ Anticonvulsivante,
▪ Antitumoral, ▪ Antiespasmódica,
▪ Antisséptica urinária, ▪ Antialérgica,
▪ Imunossupressora, ▪ Entre outras.
Cumarinas
CUMARINAS, CROMONAS E XANTONAS

➢ Estruturas básicas das cumarinas, cromonas e xantonas;


O O
5 4 5 5 4

6 3 6 3 6 3
7 7
B A 2
7
O O O O
8 8 8 1
1 1

cumarina cromona xantona

➢ Muitas cumarinas possuem odor característico e por algumas terem caráter tóxico,
vêm sendo utilizadas nas indústrias de produtos de limpeza e cosméticos.
CUMARINAS, CROMONAS E XANTONAS
CUMARINAS, CROMONAS E XANTONAS
CUMARINAS, CROMONAS E XANTONAS
CUMARINAS, CROMONAS E XANTONAS
Métodos de extração e identificação
das cumarinas

▪ As cumarinas possuem um anel lactônico, em meio alcalino, ocorre a abertura desse


anel, proporcionando a obtenção das substâncias na forma de sais solúveis em água.

▪ Extração em solventes como etanol, metanol, benzeno, clorofórmio, éteres etílico e de


petróleo ou suas combinações;

▪ O isolamento: Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE/UV), Cromatografia


Gasosa (CG), Espectro Ultravioleta (UV).
CUMARINAS

▪ Propriedade antibiótica,
▪ Anticoagulante,
▪ Antitrombótica,
▪ Broncodilatadora,
▪ Antiedematogênica,
▪ Anti-inflamatória,
▪ Analgésica;
▪ Tratamentos contra o câncer.
Flavonoides
FLAVONOIDES

➢ São compostos considerados como C6-


C3-C6, onde C6 é originado da via do
acetato e C6-C3 do chiquimato.

➢ Ocorrem nas plantas, na forma livre ou


como glicosídios (ligados a açúcar) sendo
abundante em Leguminosae. OH

OH

HO O
HO O HO O Ar

OH
OH
OH O
OH O OH O
Quercetina
(Flavonol) (Flavona) (Flavanonol)

HO O HO OH Ar HO OH

CH CH Ar

O OH O OH O
(Isoflavona) OH
(Diidrochalcona) (Chalcona)
Classificação dos flavonoides
Chalconas

•O termo caracteriza uma família de compostos possuindo como


núcleo fundamental o 1,3-diarilpropano;

Contribuem à coloração amarela da corola das


flores;
Classificação dos flavonoides
Auronas

•O termo auronafoi propostoem razãoda cor de ouro e da semelhança estrutural com


as flavonas;
•São derivadas da 2-benzilidenocumaranona;

O
A C

O
Classificação dos flavonoides

Flavonas, flavonóis e seus


O-heterosídeos
B
O
Flavona (R=H)
A C
Flavonol
R (R=OH)
O

•Mais comuns.
•Suas cores variam do branco ao amarelo.
•As flavonas e flavonóis naturais são frequentemente oxigenados,
substituídos com hidroxilas e/ou metoxilas.
Classificação dos flavonoides
Flavanonas e Flavanonol
•Possuem uma ligação simples entre os carbonos 2 e 3;
•Possuem funçõesde proteçãocontra doenças causadas por microorganismos
em plantas;
•Alguns representantes dessa classe podem reagir com enzimas,
interferindo em processos biológicos;
B B
O O

A C A C
OH
O O

Flavanonas Flavanonol
( ou di- (ou 3-hidróxi-
hidroflavonas) flavanonas)
Classificação dos flavonóides

FLAVANOL FLAVANDIOL ANTOCIANO


(Catequina) (Leucocianidina)

ISOFLAVONÓIDE BIFLAVONÓIDE NEOFLAVONÓIDE


FLAVONOIDES
Extração
FLAVONOIDES
- Óleos
Hexâno - flavonóides com alto grau de
- Gorduras metilação das hidroxilas.
- Pigmentos

Clorofórmio ou - Agliconas hidroxiladas ou poli-hidroxiladas


Acetato de etila

N-butanol - Heterosídeos ou glicosídeos favonoídicos.


FLAVONOIDES

•Purificação

-cromatografia em coluna (de sílica gel, sephadex ou poliamida),


-cromatografia em camada delgada preparativa (CCDP)
-cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE = HPLC).

•Identificação

- Ultra violeta, infra vermelho, ressonância magnética nuclear de hidrogênio e carbono treze.
FLAVONOIDES
Reações de identificação
- Reação de cianidina (reação de shinoda – Mg + HCl) Consiste
em acrescentar ácido clorídrico a uma solução alcoólica da amostra, em
um tubo de ensaio, na qual se colocou previamente um pequeno
fragmento de magnésio. O resultado positivo gera uma coloração
avermelhada. Baseia-se no fato de que os derivados flavônicos de cor
amareladas são reduzidos a antociânicos avermelhados.
OH OH
Cl

HO O HO O
Mg
HCl
OH OH

OH O OH

Cloreto de cianidina
Flavonóide
FLAVONOIDES

Reações de identificação

- Reação com cloreto de alumínio (AlCl3) Adiciona-se soluçao de cloreto de alumínio à


amostra e a mesma em caso positivo forma um complexo florescente sob luz UV.

- Reação oxalo-bórica (H3BO3 + ácido oxálico) Consiste em adicionar à amostra, em um tubo


de ensaio, pequenas quantidades de ácido bórico e ácido oxálico, levando por alguns minutos
ao banho-maria. Em seguida expõe-se o tubo a luz UV. Caso existam flavonóides na amostra,
aparecerá uma fluorescência amarelo-esverdeada.
FLAVANOIDES

APLICAÇÕES FARMACOLÓGICAS:

➢ Atividade semelhante à da vitamina P: capacidade de reduzir a fragilidade e


permeabilidade capilar;

➢ Potenciação do ácido ascórbico: “cofator da vitamina C”;

➢ Inibição da histamina e anti-inflamatória;

➢ Ação sobre o tempo de coagulação e sangria.


Especialidades farmacêuticas que empregam flavonoides
Nome Princípio Emprego
comercial ativo
Venalot Etilrutina Varizes, hemorróidas, úlceras da
perna, flebites, tromboflebites...
Rutamin Rutina Em todos os casos de fragilidade
capilar.
Genurin S Cloridrato de Anti-séptico urinário
flavoxato

Insuficiência venosa crônica, funcional e


Citrus spp orgânica dos membros inferiores.
Inibição do PAF e sequestro de radicais
Ginkgo biloba L.
livres
Passiflora spp. (maracujá) Propriedades sedativas,
antiespasmódicas e ansiolítica

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