O documento resume os primeiros sete parágrafos da seção I de "Investigação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral" de Hume. Hume discute as duas formas de filosofia moral - uma simples e outra abstrusa - e como cada uma é recebida pelo público. Ele também argumenta que o caráter perfeito se situa entre os extremos da ignorância e da filosofia abstrusa.
Descrição original:
Título original
1. Fichamento expresso - Investigação sobre o entendimento humano §§1-7
O documento resume os primeiros sete parágrafos da seção I de "Investigação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral" de Hume. Hume discute as duas formas de filosofia moral - uma simples e outra abstrusa - e como cada uma é recebida pelo público. Ele também argumenta que o caráter perfeito se situa entre os extremos da ignorância e da filosofia abstrusa.
O documento resume os primeiros sete parágrafos da seção I de "Investigação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral" de Hume. Hume discute as duas formas de filosofia moral - uma simples e outra abstrusa - e como cada uma é recebida pelo público. Ele também argumenta que o caráter perfeito se situa entre os extremos da ignorância e da filosofia abstrusa.
Hume, D. Investigação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. São
Paulo: Editora Unesp, 2004.
1) As duas formas da filosofia moral, suas características e as de seus
filósofos §§ 1-2 Hume inicia a obra afirmando que existem duas formas de se tratar a filosofia moral, ou ciência da natureza humana, sendo cada uma importante à sua maneira. São elas: (1) uma filosofia que trata das paixões, dos sentimentos e da ação humana, cujos filósofos, em acordo com seu intuito de inspirar os sentimentos de seus leitores, escrevem de forma simples, acessível ao público geral; e (2) uma outra espécie de filosofia, que se interessa pelo entendimento humano, sua capacidade racional e a natureza que dela resulta, sendo esta objeto de suas especulações. Filósofos deste último tipo buscam seu público não nas pessoas comuns, mas naqueles que são sábios e instruídos como eles mesmos.
2) A fama e a influência das duas formas de filosofia e seus filósofos diante
do erro §§ 3-4 Para o autor, a filosofia que denomina “simples” será, para o público amplo, sempre preferível àquela outra, chamada de “abstrusa”, por ser considerada mais útil e agradável, ao passo de que a influência da outra dificilmente é sentida na vida dos negócios e da ação. Além disso, Hume dirá que a fama alcançada pela primeira é mais justa do que a alcançada pela segunda, já que os filósofos desta estão mais propensos aos grandes erros, imersos que estão em seus pensamentos sutis, enquanto que os outros estariam mais dispostos a ser corrigidos pelo senso comum, não levando às últimas consequências um pensamento que de início estaria já errado.
3) Entre os extremos da ignorância e da filosofia abstrusa e por que o caráter
perfeito se situa entre eles §§ 5-6 Se dos filósofos puros, ou seja, os da filosofia abstrusa, supõe-se que nada contribuem para a sociedade, dos ignorantes não se tem visão muito diferente, dada a nobreza com que são investidas as ciências. Um caráter perfeito seria aquele que se encontra entre os dois termos, capaz tanto dos discernimentos do pensamento rebuscado, assim como da sociabilidade que resulta da convivência e dos negócios. Isso porque, para o autor, a natureza conferiu para o ser humano uma vida mista, onde ele possa realizar suas capacidades racionais, ativas e sociais, sendo a filosofia simples a mais adequada para instruir os homens nesse caminho de meios termos.
4) Sobre o desprezo em relação aos raciocínios recônditos, aprofundados, ou
a metafísica §§ 7 Hume nota que existe uma rejeição da filosofia abstrusa, que agora identifica como metafísica, e anuncia que irá, a partir deste parágrafo, considerar seus pontos favoráveis, já que entende que a preferência pela filosofia simples não deve suscitar um desprezo pela metafísica..
WESTPHAL, M. A Hermeneutica Enquanto Epistemologia. in GRECO, J SOSA, E (Orgs) - Compendio DeEpistemologia. Sao Paulo Ediçoes Loyola, 2008, Cap. 17, Pp.645-675.