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031-8765-8810

Matemática.

Não se tem uma definição exata do que é a Matemática, o que se sabe é a importância dela na
evolução da sociedade.

Há certa aversão a matemática nos alunos de hoje, sempre perguntam por que estudar
matemática? Perguntam isso por que não conseguem perceber a presença dela em nossas
vidas.

Matemática é uma das ciências mais aplicada em nosso cotidiano. Se prestarmos atenção verá
que em simples atitudes utilizamos os nossos conhecimentos básicos de matemática, como:
olhar as horas; medir o comprimento de algum objeto; fazer relação de distância entre
cidades; entre outros.

A matemática é encontrada dentro de várias outras ciências, como a física e a química.


Imagine se não existissem os números. Lógico que a matemática não se baseia só na
aritmética (estudo dos números), mas eles são a base da matemática.

MATEMÁTICA
1. Conjunto Numéricos (Operações, propriedades, múltiplos e divisores, máximo e mínimo
divisor comum, radicais).

Conjunto é o agrupamento de elementos que possuem características semelhantes.


Os Conjuntos numéricos especificamente são compostos por números.
Divididos em:
• Conjunto dos Naturais (N),
• Conjunto dos Inteiros (Z),
• Conjunto dos Racionais (Q),
• Conjunto dos Irracionais (I),
• Conjunto dos Reais (R).

Noções Importantes sobre Conjunto.

►Conjunto unitário e conjunto vazio

Por exemplo:
A = { x | x é par e 4 < x < 8 }  ou  A = {6}
B = { x | 2x + 1 = 7 e x é inteiro }  ou  B = {3}

Os dois conjuntos acima são exemplos de conjuntos unitários. Pois possuem apenas um
elemento.

Dado o conjunto C = { y | y é natural e 2 < y < 3 } é um conjunto que não possui nenhum
elemento, esse tipo de conjunto é chamado de conjunto vazio.
Indicamos um conjunto vazio por {  } ou    , nunca por { }.
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►Igualdade de conjuntos

Dizemos que um conjunto é igual a outro se todos os elementos de um conjunto forem iguais
a todos os elementos do outro conjunto.

Exemplo:
Dados os conjuntos A = {0,1,2,3,4} e B = {2,3,4,1,0} como todos os elementos são iguais
podemos dizer que A = B.

►Relação entre dois conjuntos.

Quando vamos fazer a relação de elemento com conjunto utilizamos os símbolos de  


pertence e    não pertence .
Por exemplo:
Dado o conjunto dos números naturais o elemento 5  N 

 -8  N.

Agora quando relacionamos conjunto com conjunto utilizamos os símbolos de  está contido
e    não está contido .

Por Exemplo:
{1,2,3}  {1,2,3,4,5,6}
O conjunto dos N está contido dentro dos inteiros. N  Z e o conjunto dos inteiros não está
contido dentro do conjunto dos naturais  Z    N. 

♦ Todo conjunto está contido em si mesmo B B. 


♦ O conjunto vazio está contido em todo conjunto A.

Diagrama de VENN

Ele representa conjuntos da seguinte maneira:

a)
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b)

Relação de inclusão – Subconjunto

Dados dois conjuntos A e B, diz que A está contido em B ou que A é subconjunto de B,


somente se, todo elemento do conjunto A também for elemento de B. Isso será representado
da seguinte forma: A B.

Por Exemplo:

Observe que todo elemento pertencente ao conjunto A pertence também ao conjunto B. Por
isso, A está contido em B.
Simbolicamente

A  B “A está contido em B”.


B  A “B contém A”.

►Interseção

Os elementos que fazem parte do conjunto interseção são os elementos comuns aos conjuntos
relacionados.

Exemplo 1:
Dados dois conjuntos A = {5,6,9,8} e B = {0,1,2,3,4,5}, se pedimos a interseção deles
teremos:
A ∩ B = {5}, dizemos que A “inter” B é igual a 5.
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Exemplo 2:
Dados os conjuntos B = {-3, -4, -5, -6} e C = {-7, -8, -9}, se pedirmos a interseção deles
teremos:
B ∩ C = { } ou B ∩ C = , então B e C são conjuntos distintos.

Exemplo 3:
Dados os conjuntos D = {1,2,3,4,5} e E = {3,4,5}. A interseção dos conjuntos ficaria assim:
E ∩ D = {3,4,5} ou E ∩ D = E, pode ser concluído também que
E D.

►União
Conjunto união são todos os elementos dos conjuntos relacionados.

Exemplo 1:
Dados os conjuntos A = { x | x é inteiro e -1 < x < 2} e B = {1,2,3,4} a união desses dois
conjuntos é :
A U B = {0,1,2,3,4}

Exemplo 2:
Dados os conjuntos A = {1,2,3} e B = {1,2,3,4,5} a união desses conjuntos é:
A U B = {1,2,3,4,5}, nesse caso podemos dizer que A U B = B.
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►Diferença entre dois conjuntos.

Dados dois conjuntos A e B chama-se conjunto diferença ou diferença entre A e B o conjunto


formado pelos elementos de A que não pertencem a B.
O conjunto diferença é representado por A – B.

Exemplo 1:
A = {1,2,3,4,5} e B = {3,4,5,6,7} a diferença dos conjuntos é:
A – B = {1,2}

Exemplo 2:
A = {1,2,3,4,5} e B = {8,9,10} a diferença dos conjuntos é:
A – B = {1,2,3,4,5}

Exemplo 3:
A = {1,2,3} e B = {1,2,3,4,5}a diferença dos conjuntos é:
A–B=

Exemplo 4:
Dados os conjuntos A = {1,2,3,4,5,6} e B = {5,6}, a diferença dos conjuntos é:
A – B = {1,2,3,4}. Como B A podemos escrever em forma de complementar:

A–B= A B = {1,2,3,4}.

Divisão.

A resolução da operação de divisão envolvendo frações depende de algumas informações


importantes, como:

• A divisão de dois números inteiros pode ter seu quociente (resultado da divisão)
representado na forma de fração, desde que o divisor seja diferente de zero. Exemplo: a
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divisão dos números 10:13, pode ter seu quociente representado na forma de fração, assim:
.

• Ao efetuarmos a expressão: 45: (5x3) podemos resolvê-la da seguinte forma:

45 : (5x3) = 45:5:3

Resolvendo pela ordem das operações teremos:

45:(5x3) = 45:5:3 = 9:3 = 3.

Com base nessas duas informações veja como podemos chegar ao quociente de uma divisão
de duas frações.

Considere a divisão , observe cada passo tomado para a sua resolução.

A fração  pode ser representada pela operação da multiplicação da seguinte forma:

3=1x3
4    4

Assim escrevemos:

A divisão , pode ser resolvida da seguinte forma: 

Representamos em um mesmo inteiro as duas frações e percebemos que:

A fração 1/4 cabe duas vezes na fração 1/2, portanto, podemos dizer que:
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Substituindo na expressão  temos:

Dessa forma, a divisão 

Como base nessa demonstração podemos concluir que:

, que simplificado é igual a 2/3, dessa forma, podemos deduzir a seguinte


definição para encontramos o quociente de uma divisão com fração:

O quociente de duas frações é o produto da primeira pelo inverso da segunda.

Maximo e Minimo Divisor Comum.


O cálculo do mmc e mdc são conteúdos que aprendemos no 6º ano do ensino fundamental,
mas que muitos alunos chegam às séries mais avançadas sem saber como fazer tais cálculos.

Para o cálculo tanto do mmc e do mdc é necessário ter o conhecimento do que é os múltiplos
e divisores de um número natural.

Múltiplos

45 é múltiplo de 5, pois existe um número natural que multiplicado por 5 resulta em 45 (5 x 9


= 45).

Exemplo:
M(4) = 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,...
M(10) = 0, 10, 20, 30, 40, 50, 60,...
M(8) = 0, 8, 16, 24, 32, 40, 48, 56,...

Divisores

Para que um número natural seja divisível de outro é preciso, ao dividirmos os dois números,
que o resto seja igual a zero. Não é necessário que efetuemos a divisão em alguns casos para
que saibamos se é divisível ou não, podemos utilizar do critério de divisibilidade.

Exemplo:
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10,20
D(25) = 1, 5,25
D(100) = 1, 2, 4, 5, 10, 20, 25, 50, 100
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Mínimo múltiplo comum (mmc)

O próprio nome já diz, é o cálculo do menor múltiplo comum entre dois ou mais números
naturais.

Por exemplo: Se quisermos calcular o mínimo múltiplo comum de 40 e 30, devemos


encontrar os seus respectivos múltiplos.

M(40) = 0, 40, 80, 120, 160, 200, 240,...


M(30) = 0, 30, 60, 90, 120, 150,...

Observando os múltiplos encontrados, o menor múltiplo comum (não contamos com o zero) é
o 120, portanto o mmc (40,30) = 120.

Existe outra forma de calcular o mmc, é um processo que fazemos uso da decomposição em
fatores primos dos números e depois multiplicamos os valores primos encontrados na
fatoração, veja:

Máximo divisor comum (mdc)

No mmc precisamos encontrar os múltiplos de um número e no mdc é preciso encontrar os


divisores e depois encontrar o maior divisor comum entre eles.

Por exemplo: Para calcularmos o mdc de 50 e 15, devemos encontrar os seus respectivos
divisores.

D(50) = 1, 2, 5, 10, 25, 50.


D(15) = 1, 3, 5, 15.

Dentre os divisores de 50 e 15, o 5 é o maior divisor comum que eles têm, portanto o mdc
(50,15) = 5.

O cálculo do mdc também pode ser realizado com a fatoração em fatores primos.

Portanto, concluímos que ao fatorar dois ou mais números, o cálculo do mdc será calculado
com a multiplicação dos fatores primos comum aos termos.
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2. Polinômios.
Para polinômios podemos encontrar várias definições diferentes como: Polinômio é uma
expressão algébrica com todos os termos semelhantes reduzidos. Polinômio é um ou mais
monômios separados por operações.
As duas podem ser aceitas, pois se pegarmos um polinômio encontraremos nele uma
expressão algébrica e monômios separados por operações.

• 3xy é monômio, mas também considerado polinômio, assim podemos dividir os polinômios
em monômios (apenas um monômio), binômio (dois monômios) e trinômio (três monômios).
• 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica.

Como os monômios, os polinômios também possuem grau e é assim que eles são separados.
Para identificar o seu grau, basta observar o grau do maior monômio, esse será o grau do
polinômio.

Com os polinômios podemos efetuar todas as operações: adição, subtração, divisão,


multiplicação, potenciação.

Equação polinomial.

Equação polinomial ou algébrica é toda equação da forma f(x) = 0, em que f(x) seja um
polinômio.

Teorema Fundamental da Álgebra e Teorema da Decomposição

Diz que toda equação polinomial f(x) = 0, de grau n onde n ≥ 1, admite pelo menos uma raiz
complexa. Ex.

-1= √2x4 + kx³ - 5x² + x – 15 = 0


2.(-1)4+k.(-1)² + (-1) – 15 = 0
2 – k – 5 -1-15 =
K = -19

Multiplicidade de uma Raiz

Ocorre quando uma equação possui mais de uma raiz diferentes ou não. P(x) = (x-r) m . Q(x)
sendo Q (r) ≠ 0. Ex.

X³-4x²-3x+18 = 0
(x-3)². Q(x)→ x³-4x²-3x+18=
(x²-6x+9) . Q(x)
X³-4x²-3x+18 dividido por x²-6x+9= Q(x) = x+2
Q(x) = 0, temos x + 2 = 0 ou x = -2

Raiz Nula

Raiz nula é quando um polinômio f(x) for divisível por xm não sendo por xm+1. Ex.

X(x+1)(x-4) = 0 ou x³ - 3x²-4x = 0
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Relações de Girard

São relações entre suas raízes e seus coeficientes. Ex.

X³-9x²-14x-24 = 0 sendo:

A0 = 1, a1 = -9, a2 = -14 e a3 = -24

Raiz Racional

É quando os coeficientes inteiros admitem o número racional como raiz, fazendo com que an
seja divisível por p e a0 divisível por q. Ex.

Resolvendo a equação 2x4 - 3x3 - x2 + 8x - 6 = 0, sabendo que uma de suas raízes é racional.
Sendo a0 =2 e an = -6. P {-1,1,-2,2,-3,3,-6,6} As raízes racionais da equação são: {{1,2}e
Q -1,1,-2,2,-3,3,-6,6,-1/2,1/2,-3/2,3/2}.

Adição e subtração de polinômios

Considere os polinômios:
- 2x2 + 5x – 2 e - 3x3 + 2x – 1, agora vamos efetuar a adição deles e a subtração.

Adição
(-2x2 + 5x – 2) + (-3x3 + 2x – 1) -------- eliminar os parênteses.

-2x2 + 5x – 2  - 3x3 + 2x – 1 --------- como a operação é adição e o sinal de + não


altera nada, não é preciso fazer o jogo de
sinais, então vamos unir os termos
semelhantes, ficando:

-2x2 +5x + 2x – 2 – 1 – 3x3


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-2x2 + 7x – 3 – 3x3 --------- como o polinômio não tem termos semelhantes, vamos
ordenar com relação à potência de x.

-3x3 – 2x2 + 7x – 3

Subtração
(-2x2 + 5x – 2) - (-3x3 + 2x – 1) ---------- eliminar os parênteses, mas como
estamos subtraindo teremos que
fazer o jogo de sinal com o segundo
polinômio.

-------- jogo de sinal.

-2x2 + 5x – 2 + 3x3 – 2x + 1 ---------- unir os termos semelhantes.

-2x2 + 5x – 2x – 2 + 1 + 3x3

-2x2 + 3x -1 + 3x3 --------- como o polinômio não tem termos semelhantes, vamos
ordenar com relação à potência de x.

3x3 - 2x2 + 3x -1.

►Multiplicação de polinômio por monômio

Para entendermos melhor, observe o exemplo:

(3x2) . (5x3 + 8x2 - x) 


    ↓                      ↓
MONÔMIO   POLINÔMIO

(3x2) . (5x3 + 8x2 - x)


     ↓                   ↓
1º FATOR    2º FATOR  DA MULTIPLICAÇÃO

Como o 1º fator é um monômio, basta multiplicá-lo por cada termo do polinômio (2º fator),
utilizando a propriedade distributiva.

(3x2) . (5x3 + 8x2 - x) =

5x3 . 3x2 + 8x2 . 3x2 - x . 3x2 =


       ↓                 ↓            ↓
   15x5          + 24x4      - 3x3

15x5 + 24x4 - 3x3


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►Multiplicação de polinômio por polinômio

Para efetuarmos a multiplicação de polinômio por polinômio, também devemos utilizar a


propriedade distributiva. Veja o exemplo:

(x – 1) . (x2 + 2x - 6)
     ↓                      ↓
POLINÔMIO   POLINÔMIO
(1º FATOR)      (2º FATOR)

O 1º fator tem que multiplicar todos os termos do 2º fator.

(x – 1) . x2  +  (x – 1) . 2x  -  (x – 1) . 6 -------- agora temos multiplicações de monômio


por polinômio, para resolver cada uma
delas utilizamos a propriedade
distributiva.

------------ retirar dos parênteses os polinômios, unir


os termos semelhantes.

x3 - x2 + 2x2 - 2x - 6x + 6

x3 + x2 – 8x + 6 ------- como não tem mais termos semelhantes, o polinômio


já está reduzido ao máximo.

Concluímos que: para multiplicarmos polinômio por polinômio devemos multiplicar


cada termo de um por todos os termos do outro.

Divisão de polinômio por monômio

Sabemos que polinômio é uma expressão algébrica racional e inteira formada por “vários
monômios” separados pela operação da adição e subtração. Veja alguns exemplos de
polinômios:

x + 1          2x² - 3y -5        5xy + z

Veja agora exemplos de monômios:

a             a²b             xy           - 4z              -ab

►Divisão de polinômio por monômio

Para melhor explicar observe o exemplo:

Exemplo:
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Dado o polinômio 10x3 y2 – 20x2 y3 – 5x y2 e o monômio 5y2:

(10x3y2 – 20x2y3 – 5xy2) : (5y2) = ? 


              
   DIVIDENDO                     DIVISOR    QUOCIENTE

Como o divisor é um monômio devemos dividir cada monômio do nosso dividendo


(polinômio: vários monômios) por ele.

Para efetuar a divisão de monômio por monômio devemos dividir coeficiente com coeficiente
e parte literal com parte literal, ficando assim:

2x3 - 4x2y - x   →   quociente

Assim:
(10x3y2 – 20x2y3 – 5xy2)  :  (5y2)  =  2x3 - 4x2y - x

Prova real da divisão: quociente x divisor + resto = dividendo

A prova real da divisão: (10x3y2 – 20x2y3 – 5xy2)  :  (5y2)  é:

(2x3 - 4x2y - x)  .  (5y2) = (10x3y2 – 20x2y3 – 5xy2) 


                       ↓
          Propriedade distributiva:
              5y2 irá multiplicar
      cada monômio do polinômio.

3. Produtos Notáveis.

Produtos notáveis são produtos de expressões algébricas que possuem uma forma geral para
sua resolução.
Os produtos abaixo são exemplos, em forma geral, de produtos notáveis:

(a + b) . (a + b) = (a + b)2   Quadrado da soma

(a – b) . (a – b) = (a – b)2   Quadrado da diferença

(a + b) . (a – b)   Produto da soma pela diferença

(x + p) . (x + q)   Produto do tipo

(a + b) . (a + b) . (a + b) = (a + b)3  Cubo da soma

(a – b) . (a – b) . (a – b) = (a – b)3  Cubo da diferença


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O Quadrado da Soma.

Tem duas formas de provar como resolver o quadrado da soma.

A primeira é resolvendo algebricamente, veja como:

(a + b)2 é o mesmo que (a + b) . (a + b)

Então, utilizando a propriedade distributiva vamos calcular:

(a + b) . (a + b) ------ utilizando a propriedade distributiva.

a 2 + ab + ab + b 2 ------ operar os termos semelhantes.

a 2 + 2ab + b 2

Concluímos que:

(a + b) . (a + b) = (a + b)2

A segunda forma é geometricamente, veja como:

Observe o quadrado de lado (a + b) e calculemos a sua área.


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Da igualdade entre as áreas das figuras, temos:

Concluimos que (a + b)2 = a 2 + 2ab + b 2

(a + b)2 = quadrado do primeiro termo mais duas vezes o primeiro vezes o


segundo mais o quadrado do segundo termo. 

O Quadrado da Diferença.

Resolvendo algebricamente:

(a – b)2 é o mesmo que (a – b) . (a – b).

Utilizando a propriedade distributiva temos:


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(a – b) . (a – b) -------- propriedade distributiva.

a 2 – ab – ab + b2 -------- operar os termos semelhantes

a2 – 2ab + b2

Concluímos que:

(a – b)2 = a2 – 2ab + b2

(a - b)2 = quadrado do primeiro termo menos duas vezes o primeiro vezes o


segundo mais o quadrado do segundo termo.

►Produto da soma pela diferença


                      (a + b) . (a – b)

Resolvendo algebricamente, temos:

(a + b) . (a – b) -------- aplicando a propriedade distributiva.

a2 + ab – ab + b2 --------- cancelando os termos opostos –ab e +ab.

a2 – b2

Concluímos que:

(a + b) . (a – b) = a 2 – b2

(a + b) . (a – b) = quadrado do primeiro termo menos o quadrado do segundo termo.

►Produto da forma (x + p) . (x + q)

Resolvendo algebricamente, temos:

(x + p) . (x + q) ------- fazendo a propriedade distributiva


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x2 + xq + xp + pq -------- colocando o x em evidência dos termos xq e xp, temos:

x2 + x (q + p) + pq

Concluímos que:

(x + p) . (x + q) = x2 + x (p + q) + pq

Exemplo 1:

(x + 3) . (x + 5) ----- é um produto notável do tipo: (x + p) . (x + q), então:

Para p = 3 e q = 5

x2 + x(5 + 3) + 3 . 5

x2 + 8x + 15

Concluímos que (x + 3) . (x + 5) = x2 + 8x + 15.

Exemplo 2:

(x – 3) . (x – 4) ------- é um produto notável do tipo: (x + p) . (x + q), então:

Para p = - 3 e q = - 4

x2 + (-3 – 4)x + (-3) . (- 4)

x2 – 7x + 12

Concluímos que (x – 3) . (x – 4) = x2 – 7x + 12

Exemplo 3:

(x – 5) . (x + 4) ---------- é um produto notável do tipo: (x + p) . (x + q), então:

Para p = - 5 q = 4

x2 + (-5 + 4)x + (-5) . 4

x2 – x - 20

Concluímos que (x - 5) . (x + 4) = x2 - x - 20

Exemplo 4:

A área desse retângulo pode ser calculada, se for aplicado o produto notável
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(x + p) . (x + q). Calcule essa área em cm para o dado 3x -1 =5.

Resolução:
A área do retângulo é base vezes altura. No retângulo acima a
base = x + 7 e a
altura = x – 1, então podemos utilizar o produto notável (x + p) . (x + q).

A = (x + 7) . (x – 1)

A = x2 + (7 – 1)x + 7 . (-1)

A = x2 + 6x – 7, como 3x – 1 = 5, então podemos dizer que:

3x – 1 = 5
3x = 5 + 1
3x = 6
x=6:3
x=2

Como x = 2, para acharmos o valor da área, basta substituir o valor de x = 2 em


A = x2 + 6x – 7.

A = x2 + 6x – 7
A = 2 . 2 + 6 . 2 – 7
A = 4 + 12 – 7
A = 16 – 7
A = 9 cm2

4. Fatoração de Polinômios.

Em uma expressão algébrica podemos encontrar frações e em seus denominadores polinômios


diferentes, assim será preciso encontrar o mínimo múltiplo comum desses polinômios.

O cálculo do mmc de polinômios funciona basicamente da mesma forma quando calculamos


com números naturais, pois fatoramos cada polinômio separadamente e em seguida
multiplicamos todos os fatores sem repetir os comuns. Através dos exemplos podemos
perceber como é feito esse cálculo.

Exemplo: calcule o mmc dos polinômios 6x3 e 20x2. 


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Observando as fatorações percebemos que ambos possuem fatores comuns, dessa forma
iremos considerar o fator de maior expoente.

Portanto, o mmc (6x3 e 20x2) = 22 . x3 . 3 . 5 = 60x3

Para verificar se o cálculo do mmc ficou correto, basta verificar se a divisão do mmc pelo
polinômio é exata, ou seja, resto igual a zero:

60x3 : 6x3 = 10
60x3 : 20x2 = 3x

Exemplo: calcule o mmc dos polinômios 6x e 2x3 + 10x2 

A fatoração do binômio 2x3 + 10x2 é feita utilizando um dos seis casos de fatoração.

2x3 + 10x2 = 2x2 (x + 5)


Então, 2x3 + 10x2 = 2 . x2 . (x + 5)

Observando as duas fatorações iremos perceber que possuem fatores comuns, dessa forma
iremos considerar o fator de maior expoente.

Portanto, o mmc (6x e 2x3 + 10x2) = 2 . x2 . 3 . (x + 5) = 6x2 . (x + 5) = 6x3 + 30x2.

Exemplo: calcule o mmc do binômio x3 + 8 e do trinômio x2 + 4x + 4.

Iremos fatorar os polinômios utilizando um dos 6 casos de fatoração.

x3 + 8 = (x + 2) (x2 – 2x + 4).

x2 + 4x + 4 = (x + 2)2

Multiplicando as duas fatorações (sem levar em consideração os termos repetidos) teremos o


mmc é igual a (x + 2)2 (x2 – 2x + 4)
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5. Equação e Inequações de 1º e 2º graus.

Inequaçaõ do 1º Grau.

A equação é caracterizada pelo sinal da igualdade (=). A inequação é caracterizada pelos


sinais de maior (>), menor (<), maior ou igual (≥) e menor ou igual (≤).

• Dada a função f(x) = 2x – 1 → função do 1º grau.


Se dissermos que f(x) = 3, escreveremos assim:
2x – 1 = 3 → equação do 1º grau, calculando o valor de x, temos:
2x = 3 + 1
2x = 4
x=4:2
x = 2 → x deverá valer 2 para que a igualdade seja verdadeira.

• Dada a função f(x) = 2x – 1. Se dissermos que f(x) > 3, escrevemos assim:


2x – 1 > 3 → inequação do 1º grau, calculando o valor de x, temos:
2x > 3 + 1
2x > 4
x>4:2
x > 2 → esse resultado diz que para que essa inequação seja verdadeira o x deverá ser maior
que 2, ou seja, poderá assumir qualquer valor, desde que seja maior que 2.

Assim, a solução será: S = {x R | x > 2}

• Dada a função f(x) = 2(x – 1). Se dissermos que f(x) ≥ 4x -1 escreveremos assim:
2(x – 1) ≥ 4x -1
2x – 2 ≥ 4x – 1 → unindo os termos semelhantes temos:
2x – 4x ≥ - 1 + 2
- 2x ≥ 1 → multiplicando a inequação por -1, temos que inverter o sinal, veja:
2x ≤ -1
x≤-1:2
x ≤ -1→ x assumirá qualquer valor, desde que
        2        seja igual ou menor que 1.

Assim, a solução será: S = { x R | x ≤ -1}


                                                                        2

Podemos resolver as inequações de outra forma, utilizando gráficos, veja:


Vamos utilizar a mesma inequação do exemplo anterior 2(x – 1) ≥ 4x -1, resolvendo ficará
assim:
2(x – 1) ≥ 4x -1
2x – 2 ≥ 4x – 1
2x – 4x ≥ - 1 + 2
-2x – 1 ≥ 0 → chamamos -2x – 1 de f(x).

f(x) = - 2x – 1, achamos o zero da função, para isso basta dizer que f(x) = 0.
-2x – 1 = 0
-2x = 0 + 1
-2x = 1 (-1)
2x = -1
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x = -1
       2
Assim, a solução da função será: S = { x R | x = -1 } 
                                                                                           2

Para construirmos o gráfico da função f(x) = - 2x – 1 basta saber que nessa função
a = -2 e b = -1 e x = -1, o valor de b é onde a reta passa no eixo y e o valor de x é
                                    2
onde a reta corta o eixo x, assim, temos o seguinte gráfico:

Então, observamos a inequação -2x – 1 ≥ 0, quando passamos pra função achamos que
x ≤ – 1 , então chegamos a solução seguinte: 
          2

S = { x R | x ≤ -1 }
                             2

Algumas inequações apresentam, no 1º membro, produto de funções que para obter a


resolução dessas inequações é preciso fazer o estudo do sinal de todas as funções, a solução
seria a intersecção do estudo dos sinais das funções que pertencem à inequação.

Para compreender melhor como funciona o encontro do conjunto solução de uma inequação
produto acompanhe o raciocínio dos exemplos seguintes.

Exemplo 1:

Ache o conjunto solução da equação produto abaixo:


(-3x + 6) (5x -7) < 0

Primeiro o estudo do sinal de cada função:


-3x + 6 = 0
-3x = -6
-x = - 6 : (3)
-x = - 2
x=2
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5x – 7 = 0
5x = 7
x=7
      5

Fazendo o jogo de sinal com o estudo de sinal em cada coluna formada por uma função:

Como a inequação quer valores que sejam menores que 0 escrevemos que o conjunto solução
da inequação será:

S = {x  R / x < 5 ou x > 2}
                       7
Exemplo 2:

Ache o conjunto solução da equação produto abaixo:


(2x – 10) (x2 – 5x + 6) > 0

Primeiro o estudo do sinal de cada função:


2x – 10 = 0
2x = 10
x = 10 : 2
x=5
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x2 – 5x + 6 = 0
∆ = 25 – 4 . 1 . 6
∆ = 25 – 24
∆=1

x=5±1
         2

x’ = 3
x” = 2

Fazendo o jogo de sinal com o estudo de sinal em cada coluna formada por uma função:

Como a inequação quer valores que sejam maiores que 0 escrevemos que o conjunto solução
da inequação (2x – 10) (x2 – 5x + 6) > 0, será:

S = {x  R / 2 < x < 3 ou x > 5}

Exemplo 3:

x . (x – 1) (-x + 2) ≤ 0

x=0

x–1=0
x=1

-x + 2 = 0
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-x = -2
x=2

Fazendo o jogo de sinal com o estudo de sinal em cada coluna formada por uma função:

Como a inequação quer valores que sejam menores ou iguais a 0 escrevemos que o conjunto
solução da inequação
x . (x – 1) (-x + 2) ≤ 0, será:

{x  R / 0 ≤ x ≤ 1 ou x ≥ 2}.

6. Sistemas de equações de 1º e 2º graus.

Quando uma equação é do primeiro grau, mas com apenas uma incógnita, a sua forma geral
será ax + b = 0, onde x é a incógnita e a e b podem assumir qualquer valor real.

Agora, quando temos uma equação do 1º grau com duas incógnitas a sua forma geral será
ax + by = 0, com x e y as incógnitas a e b assumem qualquer valor real sendo que a ≠ 0 e b
≠ 0.

Veja alguns exemplos:

2x – 5y = 0 → a = 2 e b = - 5, com incógnitas x e y.

- r – t = 0 → a = - 1 e b = -1, com incógnitas r e t.

Para encontrarmos a solução da equação de 1º grau com uma incógnita, devemos atribuir
qualquer valor real para uma das incógnitas e substituir esse valor achando o valor da outra,
formando pares ordenados, pois são valores atribuídos para duas incógnitas. Podemos ter mais
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de uma solução ou vários pares ordenados.

Veja o exemplo:

2x – y = 2 essa é uma equação do 1º grau com duas incógnitas, para acharmos o valor das
incógnitas x e y devemos atribuir valores para uma das incógnitas.

Podemos dizer que a incógnita x poderá assumir os valores 0 ; - 1 ; 2, esses valores poderiam
ser diferentes, assim temos:

Quando x = 0, y será igual a:


2.0–y=2
0–y=2
- y = 2 (- 1)
y = -2

Quando x = -1
2 . (- 1) – y = 2
-2–y=2
-y=2+2
- y = 4 (- 1)
y=-4

Quando x = 2
2.2–y=2
4–y=2
-y=2–4
- y = - 2 (- 1)
y=2

Em cada valor encontrado foi formado um par ordenado. Como atribuímos apenas três valores
para x encontramos apenas três valores para y. Portanto, (-1, - 4), (0, -2) e
(2, 2) são pares ordenados da equação 2x – y = 2.

Para construirmos o gráfico dessa equação, temos que utilizar esses pares ordenados, onde o
primeiro valor de cada par ordenado é o valor de x e o segundo valor é sempre o valor de y.

A construção de qualquer gráfico é feita no plano cartesiano, que tem o eixo x e o eixo y.
Esses pares ordenados quando colocados no gráfico representam pontos do gráfico, veja:
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Equação do Primeiro Grau com uma Incógnita.

Uma equação do 1º grau é definida por uma forma geral


ax + b = 0, sendo que a, b pode assumir qualquer valor real sendo que a ≠ 0 e x é a
incógnita. O grau da expressão algébrica (toda equação é formada por uma expressão
algébrica e uma igualdade) deve ser de 1º grau. Veja: 

♦  2x – 1 = 0
a=2
b = -1

♦-x+2=0
a = -1
b = 2 

♦ 2x = 0
a=2
b=0

O resultado da equação pode ser chamado de raiz da equação ou de zero da equação, esse
resultado é o valor de x. Por exemplo: 

♦ 3x + 1 = 5
3x = 5 – 1
3x = 4
x = 4 → raiz da equação
      3 

♦  -2x = 5
-x = 5
       2
x = - 5 → raiz da equação 
        2 
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♦  5x = 12x + 49 → unir e operar os termos semelhantes.


5x – 12x = 49
- 7x = 49
- x = 49 → multiplica os dois membros por -1.
         7
x = - 7 

♦  16 + 8y = 3y + 81
8y – 3y = 81 – 16
5y = 65
y = 65
       5
y = 13 

♦  6x – 17 = 13(x – 1) – 4 → elimina os parênteses.


6x – 17 = 13x – 13 – 4
6x – 13x = - 13 – 4 + 17
-7x = 0 → multiplica os dois membros por -1.
x=0
      7
x=0

Equação do 2º Grau

Uma equação é formada por um polinômio e uma igualdade. O grau desse polinômio
determina o grau da equação. Por exemplo:

• 2x + 2 = 5 ↔ 2x – 3 = 0 → o polinômio 2x – 3 é do 1º grau, pois o seu monômio de maior


grau é 2x. Portanto, a equação é do primeiro grau.

• 3a3 + 5a – 1 = 0 → 3a3 + 5a – 1 é um polinômio de 3º grau, pois o monômio de maior grau é


3a3. Portanto, a equação é de 3º grau.

• 2y2 + 5 = 0 → 2y2 + 5 é um polinômio de 2º grau, pois o monômio de maior grau é 2y2.


Portanto, a equação é do segundo grau.

Toda equação do segundo grau pode ser escrita de uma forma geral:
ax2 + bx + c = 0

onde a , b, c poderá assumir qualquer valor real, mas para que a equação continue sendo do 2º
grau o valor de a deverá ser diferente de zero.

Veja como identificar os valores de a, b, c em uma equação do 2º grau.


• 2x2 + 5x – 1 = 0
a=2
b=5
c = -1

• x2 – 2x + 4 = 0
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a=1
b = -2
c=4

• (2 + 6y) (2 – 6y) = - 320, antes de identificarmos os valores dos coeficientes, devemos


organizar essa equação na forma geral de uma equação do 2º grau.

(2 + 6y) (2 – 6y) = - 320 → aplicando a propriedade distributiva, temos:

4 – 36y2 = - 320

- 36y2 +4 + 320 = 0

-36y2 + 324 = 0 → quando uma equação do 2º grau falta algum membro ela é dita incompleta
e o termo que está faltando dizemos que ele é igual a zero.

a = -36
b=0
c = 324

• - x2 – x = 0
a = -1
b = -1
c=0

Existem várias maneiras de resolvermos ou encontrarmos as raízes de uma equação do 2º


grau, ou seja, encontrarmos os valores de x, a mais conhecida é a fórmula de Báskara.

x = - b ± √∆
           2a

Veja a demonstração de como chegamos a essa fórmula:

Pegamos a forma geral de uma equação do 2º grau.


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Podemos dizer que b2 – 4ac = ∆.

Equação do 2º Grau Incompleta

A forma geral da equação do 2º grau é ax2 + bx +c = 0, sendo que a, b e c podem assumir


qualquer valor real, menos a que deve ser diferente de zero.
Assim, os coeficientes b e c podem assumir valor zero, isso significa que eles não estarão
presentes na equação. Portanto, quando b e c forem iguais a zero a equação será considerada
incompleta.
Veja alguns exemplos de equações completas e incompletas:

• y2 + y + 1 = 0 (equação completa)
• 2x2 – x = 0 (equação incompleta, pois falta o coeficiente c, ou seja, c = 0)
• 2t2 + 5 = 0 (equação incompleta, pois falta o coeficiente b, ou seja, b = 0)
• 5x2 = 0 (equação incompleta, pois os coeficientes a e b são iguais a zero)

Qualquer equação do segundo grau, seja ela incompleta ou completa, pode ser resolvida
utilizando Báskara:

X = - b ± √ ∆ sendo que ∆ = b2 – 4 . a . c
             2 . a

As equações incompletas podem ser resolvidas de outra forma, sem utilizar essa fórmula.
A equação será resolvida de acordo com o coeficiente que estiver faltando, veja:

►Quando b = 0
Quando o termo b for igual a zero, basta isolarmos a incógnita da equação. Por exemplo:
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2y2 – 50 = 0
2y2 = 50
y2 = 50 : 2 
y2 = 25

y = √25

y=±5

►Quando c = 0
Quando o termo c for igual a zero, basta colocarmos a incógnita em evidência, pois ela será
termo semelhante da equação. Por exemplo:

2x2 – x = 0 → x é um termo semelhante da equação, então podemos colocá-lo em


evidência.
x(2x -1) = 0 → quando colocamos um termo em evidência dividimos esse termo pelos
termos da equação.

Agora, temos um produto (multiplicação) de dois fatores x e (2x -1), a multiplicação desses
fatores é igual a zero, para essa igualdade ser verdadeira um dos fatores deve ser igual a zero,
como não sabemos se é o x ou o (2x -1), igualamos os dois a zero, formando duas equações
de 1º grau, veja:

x’ = 0 → podemos dizer que zero é uma das raízes da equação.


e
(2x -1) = 0
2x = 0+1
2x = 1
x’’ = 1 → é a outra raiz da equação.
        2 

► Quando b = 0 e c = 0
Quando em uma equação do segundo grau estiver apenas o coeficiente a, as suas raízes
sempre serão iguais a zero. Veja o exemplo:

10x2 = 0 → isolando o x, teremos:


x2 = 0 : 10 

x2 = 0

x = ± √0

x = 0.
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Raiz de uma equação do 2º Grau

Quando resolvemos uma equação, independente do seu grau, seu resultado é chamado de raiz
da equação, por exemplo, se tivermos que resolver a equação 2x2 – 1 = 0 o resultado
encontrado será o valor ou valores de x que também é conhecido como raiz da equação.

Especificamente no caso da equação do segundo grau, o resultado poderá ser duas raízes reais
iguais, duas raízes reais diferentes ou nenhuma raiz real.
Veja alguns exemplos de equações que irá obter uma, duas e nenhuma raiz real.

Antes de iniciarmos a resolução das equações vamos relembrar a fórmula utilizada na


resolução de equações do 2º grau, a fórmula de Báskara.

X = - b ± √ ∆ sendo que ∆ = b2 – 4 . a . c
           2 . a

Exemplo 1:
t2 – 6t = 0

Antes de resolver devemos retirar os coeficientes da equação:


a=1
b=-6
c=0

Agora vamos calcular o valor de ∆.


∆ = b2 – 4 . a . c (basta substituir os valores dos coeficientes)
∆ = (-6)2 – 4 . 1 . 0
∆ = 36 - 0
∆ = 36 (com o valor de ∆, basta substituir os valores dos coeficientes na fórmula)

X=-b±√∆
            2 . a

X = - ( -6) ± √36
               2 . 1

X=+6±6
             2

X’ = 6 + 6 = 12 = 6
           2         2

X’’ = 6 – 6 = 0 = 0
           2        2

Portanto, as raízes encontradas foram 6 e 0 (duas raízes reais diferentes).

Exemplo 2:

4x2 – 28x + 49 = 0
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Antes de resolver devemos retirar os coeficientes da equação:


a=4
b = - 28
c = 49

Agora, vamos calcular o valor de ∆.


∆ = b2 – 4 . a . c (basta substituir os valores dos coeficientes)
∆ = (-28)2 – 4 . 4 . 49
∆ = 784 - 784
∆ = 0 (com o valor de ∆, basta substituir os valores dos coeficientes na fórmula)

X=-b±√∆
           2 . a

X = - (-28) ± √0
             2 . 4

X = 28 ± 0
           8

X’ = 28 + 0 = 28 = 3,5
            8          8

X’’ = 28 – 0 = 28 = 3,5
             8          8

Portanto, as raízes encontradas foram 3,5 e 3,5 (duas raízes reais iguais).

Exemplo 3:
(y – 3)2 = - 1

Antes de indicar os coeficientes devemos organizar a equação:

y2+2 . y . (-3) + (-3)2 = - 1


y2 -6y + 9 + 1 = 0

y2 -6y + 10 = 0
Antes de resolver devemos retirar os coeficientes da equação:
a=1
b = -6
c = 10

Agora, vamos calcular o valor de ∆.


∆ = b2 – 4 . a . c (basta substituir os valores dos coeficientes)
∆ = 62 – 4 . 1 . 10
∆ = 36 – 40
∆ = - 4 (com o valor de ∆, basta substituir os valores dos coeficientes na fórmula)

X = - b ± √ ∆ 
           2 . a
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X = - 6 ± √-4 (não existe raiz real de índice par e radicando negativo)


             2

Portanto, essa equação não tem raiz real.

• Relação do valor de ∆ com as raízes da equação

O valor de ∆ indica quantas raízes reais terá a equação. Quando ∆ for:

∆ > 0 a equação terá duas raízes reais diferentes.

∆ < 0 a equação terá nenhuma raiz real.

∆ = 0 a equação terá duas raízes reais iguais.

Relação das raízes da equação de 2º grau

Quando o valor de ∆ é maior que zero ou igual a zero a equação possui duas raízes reais.
Quando isso acontece podemos fazer uma relação entre essas raízes, se somarmos as duas
raízes chegaremos à seguinte forma – b, e se multiplicarmos as duas raízes chegaremos à
seguinte forma c .                                                                                                      a
                                                                    a

Agora, como chegamos a essas formas? Veja a demonstração abaixo:

A forma geral de uma equação do segundo grau é ax2 + bx + c = 0, dessa forma tiramos duas
raízes:

X’ = - b + √∆    X’’ = - b - √∆
              2 .a                  2 .a

Se somarmos as duas raízes X’ + X’’, teremos:


X’ + X’’ = - b + √∆   +   - b - √∆    → √∆  e - √∆ = 0
                     2 .a              2 .a

X’ + X’’ = - 2b → simplifica o 2 do numerador com o do denominador.


                   2a

X’ + X’’ = - b 
                  a

Se multiplicarmos as duas raízes X’ . X’’, temos:

X’ . X’’ = (-b)2 + b√∆ - b√∆ - (√∆)2 → Eliminar os parênteses e operar termos


                                    4a2                               semelhantes.
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X’ . X’’ = b2 - ∆ → ∆ = b2 – 4ac
                  4a2

X’ . X’’ = b2 – (b2 – 4ac) → eliminar os parênteses


                         4a2

X’ . X’’ = b2 – b2 + 4ac → eliminar os termos opostos.


                        4a2

X’ . X’’ = 4ac
               4a2

X’ . X’’ = c 
               a

Dada a equação n2 – 7n +10 = 0, para saber qual é a soma e o produto das suas raízes não é
necessário que saibamos o valor delas, basta usar as demonstrações acima:

Primeiro devemos identificar seus coeficientes a = 1 ; b = -7 ; c = 10.

X’ + X’’ = - b = - (-7) = 7
                   a         1

X’ . X’’ = c = 10 = 10
              a      1

7. Sistema legal de unidade de medida.

Unidades de medida
Para realizarmos qualquer experimento em Química é preciso conhecer algumas unidades de
medida. A medida de uma grandeza é um número que expressa uma quantidade, comparada
com um padrão previamente estabelecido. O volume, a massa, a temperatura, a densidade e a
pressão são unidades de medida, vejamos cada uma em particular:

Volume

O volume de um corpo é a extensão que ele ocupa no espaço. A fórmula para se calcular o
volume de um objeto é:

V = comprimento • altura • largura

A unidade-padrão usada pelo Sistema Internacional (SI) para representar o volume é o metro
cúbico (m3).
Em nosso cotidiano e nos laboratórios, a unidade mais usada para se medir o volume é o litro
(L).
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Massa

A quantidade de matéria que existe num corpo é definida como massa. Ela é determinada pela
comparação da massa desconhecida com outra massa conhecida: o padrão. A unidade padrão
de massa dada pelo Sistema Internacional é o quilograma (Kg). Para medir a massa de um
objeto, usa-se um aparelho chamado balança.

Temperatura

É a relação da capacidade que um corpo tem de transmitir ou receber calor, está relacionada
também com o estado de agitação das partículas que formam o corpo.

O termômetro é o aparelho usado para determinar os valores de temperatura. A graduação do


termômetro permite visualizar a variação de temperatura, essa graduação é denominada escala
termométrica do aparelho.

A escala de graduação mais usada é a escala Celsius. Para elaborar esta escala foi preciso dois
pontos de referência: a ebulição da água e seu congelamento ao nível do mar, que corresponde
a 100°C e 0° C, respectivamente. A escala Kelvin é recomendada pelo Sistema Internacional
e conhecida como escala absoluta, mas não é muito usada em trabalhos científicos.

Pressão

A pressão é uma grandeza física, não vetorial, que relaciona a força exercida sobre uma dada
superfície e a área dessa superfície, de acordo com a fórmula:

P = F 
      S

Onde: P = pressão
F = força
S = área

Podemos perceber pela equação, que para uma dada força, quanto menor a área, maior a
pressão.

Densidade

É a razão que relaciona a massa de um material e o volume por ele ocupado. A expressão
seguinte permite calcular a densidade de um determinado material:

d = massa 
      volume

A densidade para sólidos e líquidos é expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3), para
gases é expressa em gramas por litro (g/L).

Você já observou que em regiões polares é comum ver grandes blocos de gelo (icebergs),
flutuando na água do mar? É devido à densidade do gelo (0,92 g/cm3) que é menor que a
densidade da água do mar (1,03 g/cm3).
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8. Razão e proporção, Grandezas diretas e inversamente proporcionais.

Proporcionalidade entre Grandezas.

A variação de uma grandeza pode variar outra grandeza, por exemplo: se observarmos os
quilômetros percorridos por um carro (1º grandeza) e o combustível gasto (2º grandeza) por
esse carro durante os quilômetros percorridos. A 2ª grandeza irá aumentar ou diminuir
dependendo se a 1ª grandeza irá aumentar ou diminuir também.

Podemos dizer que grandezas proporcionais são grandezas que a sua variação interfere na
variação de outra.

As grandezas proporcionais podem ser:


→ Grandezas inversamente proporcionais.
→ Grandezas diretamente proporcionais.

►Grandezas diretamente proporcionais

Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que:

São grandezas diretamente proporcionais se uma delas variar na mesma razão da outra.

Veja alguns exemplos:

Enquanto uma torneira enche um tanque, mede-se a altura da água de quando em quando.
Observe os dados da tabela.

Tempo (min) 12 24 36 48
Altura (cm) 25 50 75 100

a) Quando o tempo passa de 12 para 48 min, em que razão ele varia? E a altura? Essas razões
são iguais?
b) Quando o tempo passa de 12 para 36 min, em que razão ele varia? E a altura? Essas razões
são iguais?

Resolução:

De 12 min até 48 min temos a razão de 12 simplificando a razão temos que:


48
12 = 1.
48    4
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De 12 min até 48 min olhando a grandeza altura a razão será de 25 simplificando a


100
a razão teremos: 25 = 1. 
                               100   4

De 12 min até 48 min temos uma razão de 12 simplificando a razão temos:


36
12 = 1
36     3

De 12 min até 48 min olhando a grandeza altura temos a razão de 25 simplificando


48
a razão temos: 25 = 1.
                            48     3

Podemos concluir que as grandezas (tempo e altura) nessa situação problema são diretamente
proporcionais.

Se um carro percorre, em média, 90 km com 10L de álcool, esse carro consumirá 30L de
álcool, para percorrer 270 km. Relacione os espaços percorridos com quantidade de álcool
consumido para percorrê-los.

Observe que quanto mais gasolina ele gastou mais quilômetros ele havia percorrido.

Esquematizando isso ficará assim:

Passando as informações para forma de razão teremos:

90 = 10   as duas razões são iguais (proporcionais), pois o produto dos


270  30   meios é igual ao produto dos extremos.

Fazendo o produto temos:

Teremos: 90 . 30 = 270 . 10 resolvendo as multiplicações 2700 = 2700 realmente podemos


concluir que as grandezas são proporcionais.

As grandezas quilometro e volume de gasolina nessa situação são diretamente proporcionais,


pois crescem juntas.

►Grandezas inversamente proporcionais

Grandezas inversamente proporcionais, explicando de maneira informal, são grandezas que


quando uma aumenta a outra diminui e vice-versa. Podemos dizer também que:
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Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, variando uma delas, a outra
varia na razão inversa da outra.

Veja o exemplo abaixo:

Vários homens revestem uma parede e trabalham igualmente: um deles pode fazer todo o
serviço em 24 horas; dois podem revesti-la em menor tempo; três ou quatro, em menos tempo
ainda. Organizando numa tabela com as grandezas homem e horas, verifiquemos se são direta
ou inversamente proporcionais.

Homem 1 2 3 4
Horas 24 12 8 6

Se observarmos as grandezas iremos ver que quanto maior o número de homens menos tempo
eles gastaram para fazer o serviço. Podemos dizer que as duas grandezas são inversas. Agora
vamos provar que são proporcionais, para isso as suas razões nas duas grandezas devem ser
iguais.

Se de 1 a 3 homens trabalharem a razão será 1. 


                                                                                     3
A razão das horas de trabalho em relação a 1 a 3 homens trabalhando será de:
24 como é inversamente ficará 12 simplificando a razão teremos 12 = 1.
12                                                     24                                                          24    3

Podemos concluir que são inversamente proporcionais

Regra de três simples.


Algumas situações problemas envolvendo proporcionalidade (igualdade de duas razões)
podem ser resolvidas utilizando um mecanismo conhecido como regra de três, popularmente
conhecido como “multiplicar cruzado”.

Para compreender melhor como é feito esse tipo de cálculo observe os exemplos abaixo.

Exemplo 1:

Um pintor utilizou 18 l de tinta para pintar 60m2. Quantos litros de tintas serão necessários
para pintar 450 m2 da mesma forma como foram pintados os 60 m2?

Resolução:
Para resolver qualquer situação problema, o primeiro passo a ser tomado é retirar os dados
fornecidos no enunciado.

18 L pintou 60m2
450m2 serão pintados com uma quantidade de tintas que o problema não forneceu, assim,
podemos montar o seguinte esquema:

Litros de tinta                                                  m2 pintados


18 L                                                                       60 m2
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X L                                                                        450 m2

Com esse esquema podemos concluir que quanto maior a quantidade de m2 para ser pintada
maior será a quantidade de tinta gasta, assim, essa proporção é diretamente proporcional.

Então 18 L está para X L assim como 60 m2 está para 450 m2

18 = 60 multiplique cruzado:
  X    450

60 . X = 18 . 450

60x = 8100
x = 8100 : 60
x = 135 litros.

Portanto, para pintar 450 m2 é preciso de 135 litros de tinta.

Exemplo 2:

Márcia leu um livro em 4 dias, lendo 15 páginas por dia. Se tivesse lido 6 páginas por dia, em
quanto tempo ela leria o mesmo livro?

Resolução:

O primeiro passo a ser tomado é retirar os dados fornecidos no enunciado.

Em 4 dias Márcia terminou de ler o livro, lendo 15 páginas ao dia, lendo 6 páginas ao dia
terminou de ler o livro em uma quantidade de dias que o problema não forneceu, assim,
podemos montar o seguinte esquema:

Tempo gasto para ler o livro                      nº de páginas por dia


4 dias                                                                     15 páginas
X dias                                                                       6 páginas

Com esse esquema podemos concluir que quanto menor a quantidade de páginas lidas por dia
maior será o tempo gasto para ler o livro, assim essa proporção é inversamente proporcional.

Então, 4 dias está para x dias assim como 6 páginas está para 15 páginas.

4=6
X   15

6. x = 4 . 15
6x = 60
X = 60 : 6
X = 10

Portanto, se ela ler 6 páginas por dia irá gastar 10 dias para terminar a leitura do livro.
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Regra de três composta.


A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas,
direta ou inversamente proporcionais.

        Exemplos:

        1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas,


quantos caminhões serão necessários para descarregar 125m 3?

        Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de


mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem:

Horas Caminhões Volume


8 20 160
5 x 125

        Identificação dos tipos de relação:


        Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª
coluna).

        A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x.
        Observe que:
        Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de
caminhões. Portanto a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª
coluna).

        Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões.


Portanto a relação é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna).
Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões de
acordo com o sentido das setas.

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:


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Logo, serão necessários 25 caminhões.

        2) Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias.


Quantos carrinhos serão montados por 4 homens em 16 dias?

        Solução: montando a tabela:

Homens Carrinhos Dias


8 20 5
4 x 16

        Observe que:


        Aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta.
Portanto a relação é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão).

        Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a


relação também é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão).
Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões.

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, serão montados 32 carrinhos.

        3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura.
Trabalhando 3 pedreiros e aumentando a altura para 4m, qual será o tempo
necessário para completar esse muro?

        Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois
colocam-se flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais
com a incógnita e discordantes para as inversamente proporcionais, como mostra
a figura abaixo:

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:


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Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.

Proporção é o mesmo que estabelecer uma comparação.

Proporção é a igualdade de duas razões. 

  é uma proporção pois 12 : 32 = 6 : 16

Exemplo: 

♦   não é proporção pois 18 : 24 ≠ 4 : 3 

♦  é proporção pois 9 : 5 = 45 : 25
9, 5, 45, 25 são os termos da proporção acima.
Os termos 9 e 25 são os extremos e 5 e 45 são os meios.

Observe o esquema abaixo:

Forma Geral:
Proporção é a igualdade entre duas razões, onde temos quatro números reais a, b, c, d.
Nessa ordem termos:    
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                         ou a : b = c : d ; b , d ≠ 0

OBS:
Se pegarmos uma proporção qualquer e multiplicar os meios e depois os extremos esses terão
o mesmo resultado. 

        24 . 21 = 42 . 12

Exemplo:

Eduardo está mal em Biologia. A última prova do ano terá 56 questões. Para ser promovido

para a série seguinte o desempenho de Eduardo, nessa prova, deverá ser, no mínimo, .
Qual é o menor número de questões que ele deverá acertar nessa prova?
Resolução:
Quando resolvemos uma situação-problema o 1º passo é retirar os dados: 
♦ x ------- Número de questões acertadas. 

♦ ------ Significa acertar 5 questões de cada 8 questões da prova. 

♦ ---------- É a proporção do desempenho de Eduardo.

8x = 280

x = 280 : 8

x = 35

Concluímos que Eduardo deverá acertar, no mínimo, 35 questões

11. Funções.

Definição Formal
Considere dois conjuntos X e Y. Uma função f de X em Y:

relaciona com cada elemento x em X, um único elemento y=f(x) em Y.


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Outra maneira de dizer isto é afirmar que f é uma relação binária entre os dois conjuntos tal
que:

1. f é unívoca: se y = f(x) e z = f(x), então y = z.


2. f é total: para todos x em X, existe um y em Y tal que y = f(x).

Se a segunda condição é atendida, mas a primeira não, temos uma função multivalorada, o
termo função multívoca é, por vezes utilizado na mesma acepção.

Se a primeira condição é atendida, mas a segunda não, temos uma função parcial.

Considere as três funções seguintes:

Esta não é uma função,


pois o elemento 3 em X
é associado com dois
elementos (d e c) em Y
(a correspondência é
funcional). Este é um
exemplo de função
multivalorada.

Esta não é uma função,


pois o elemento 1 em X
não é associado com ao
menos um elemento em
Y. Este é um exemplo de
função parcial.
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Esta é uma função (no


caso, uma função
discreta). Ela pode ser
definida explicitamente
pela expressão:

Domínio, contradomínio e imagem


São três conjuntos especiais associados à função. O domínio é o conjunto que contém todos
os elementos x para os quais a função deve ser definida. Já o contradomínio é: o conjunto que
contém os elementos que podem ser relacionados a elementos do domínio.

Também define-se o conjunto imagem como o conjunto de valores que efetivamente f(x)
assume. O conjunto imagem é, pois, sempre um subconjunto do contradomínio.

Note-se que a função se caracteriza pelo domínio, o contra-domínio, e a lei de associação. A


função é diferente da função .

Funções sobrejetoras, injetoras e bijetoras


Os tipos de funções podem ser classificados de acordo com o seu comportamento com relação
à regra uma única saída para cada entrada. Como não foi dito nada sobre as entradas, ou se
as saídas tem que ser únicas temos que resolver estas ambiguidades. Ao fazer isto
encontramos apenas três tipos de classes de funções ( classe como em 'classificação' não
classe de equivalência):

 Funções inje(c)toras (ou inje(c)tivas)

Ver artigo principal: Função injectiva

São funções em que cada elemento da imagem (da saída) está associado a apenas um
elemento do domínio (da entrada), isto é uma relação um para um entre os elementos do
domínio e da imagem. Isto é, quando no domínio então no
contradomínio. A cardinalidade do contra-domínio é sempre maior ou igual à do domínio em
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uma função inje(c)tora. Ressalta-se portanto que podem haver mais elementos no contra-
domínio que no conjunto imagem da função. Exemplo:

 Funções sobrejetoras (ou sobrejetiva)

Uma função em que todos os elementos do contra-domínio (da saída) estão associados a
algum elemento do domínio (da entrada). Em outras palavras, isso significa que o conjunto
imagem é igual ao conjunto contra-domínio

 Funções bijetoras (ou bijetiva)

Se for sobrejetora e injetora, isto é, se todos os elementos do domínio estão associados a todos
os elementos do contra-domínio de forma um para um e exclusiva.

Funções compostas.
Imagem:Função composta.png
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A função composta é uma lei que relaciona directamente os elementos do conjunto A com os
do conjunto C, neste caso representada por f(g(x)).

São as funções em que o conjunto imagem de uma função f(x) serve de domínio para uma
outra função g(x), que por sua vez gera um conjunto imagem A. A função composta é uma
expressão que, dado um determinado número do domínio de f(x), nos leva directamente ao
conjunto imagem A. Exemplo: Dadas as funções f(x) = 2x + 3 e g(x) = f(x) - 1, uma função
composta pode ser g(f(x)) = 2x + 2. Existem várias maneiras de se criar funções compostas.
Podemos fazer f(g(x)), f(f(x)) etc. Note que o conjunto imagem de uma função serve sempre
de domínio para a outra.

Função inversa.
Somente as funções bijetoras apresentam inversa, pois qualquer número do domínio tem um
único correspondente no contra-domínio (injetora) e este tem todos os seus valores
relacionados uma única vez (sobrejetora). Assim, podemos estabelecer uma relação inversa,
transformando o contra-domínio em domínio, e o domínio em contra-domínio de uma função.
A expressão que representa essa troca é chamada de função inversa, e é representada por f
-1
(x). Ex:

1.
2.
3.
4.
5. Portanto,

Gráficos de função.

Gráfico

O gráfico de uma função é o conjunto dos pares ordenados em da forma


, ou seja:

ou equivalentemente:
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os termos deste par ordenado são chamados de abcissa e ordenada.

Uma função é determinada pelo seu gráfico e pela especificação do conjunto de chegada.
Assim, se duas funções têm o mesmo gráfico, uma poderá ser sobrejectiva e a outra não. No
entanto, a injectividade de uma função é completamente determinada pelo gráfico.

Embora o conceito de gráfico esteja relacionado ao conceito de desenho, pode-se falar do


gráfico de funções em espaços de dimensão infinita. Um importante teorema da análise
funcional é o teorema do gráfico fechado.

[editar] Gráfico em duas dimensões

Pontos marcados no plano cartesiano.

Uma das aplicações mais corriqueiras da idéia de gráfico de uma função é o traçado de uma
curva sobre o plano cartesiano de forma a explicitar as "principais" propriedades de uma
função.

O gráfico de muitas funções reais específicas recebem nomes especiais. O gráfico de um


função afim, ou polinômio do primeiro grau, é chamado de reta; de um polinômio do segundo
grau, de parábola; de um polinômio do terceiro grau, de parábola cúbica; da função
é uma catenária.

[editar] Exemplos

no intervalo [-10 10 -10 10]:


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12. Função Polinominal do 1º grau.


Uma função do 1º grau pode ser chamada de função afim. Pra que uma função seja
considerada afim ela terá que assumir certas características, como: Toda função do 1º grau
deve ser dos reais para os reais, definida pela fórmula f(x) = ax + b, sendo que a deve
pertencer ao conjunto dos reais menos o zero e que b deve pertencer ao conjunto dos reais.
Então, podemos dizer que a definição de função do 1º grau é:

f: R→ R definida por f(x) = ax + b, com a  R* e b  R.

Veja alguns exemplos de Função afim.

f(x) = 2x + 1 ; a = 2 e b = 1

f(x) = - 5x – 1 ; a = -5 e b = -1

f(x) = x ; a = 1 e b = 0

f(x) = - 1 x + 5 ; a = -1 e b = 5
            2                     2

Toda função a do 1º grau também terá domínio, imagem e contradomínio.

A função do 1º grau f(x) = 2x – 3 pode ser representada por y = 2x – 3. Para acharmos o seu
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domínio e contradomínio, devemos em primeiro estipular valores para x.


Vamos dizer que x = -2 ; -1 ; 0 ; 1. Para cada valor de x teremos um valor em y, veja:

x = -2                      x = - 1                     x = 0
y = 2 . (-2) – 3       y = 2 . (-1) – 3       y = 2 . 0 - 3
y = - 4 – 3              y = -2 – 3               y = -3
y = - 7                     y = - 5

x=1
y=2.1–3
y=2–3
y = -1

Os valores de x são o domínio e a imagem e o contradomínio são os valores de y. Então,


podemos dizer que Im = R.Estudo dos Sinais

Grau de uma função polinomial


O grau de uma função polinomial corresponde ao valor do maior expoente da variável do
polinômio.

o grau é 1 e é composto de dois monômios.

o grau é 2 e é composto de três monômios.

não há variável, mas pode-se considerar que o grau é zero

neste caso, é conveniente dizer que não há grau, ou que o grau é negativo
(menos infinito)

As definições acima são consistentes com as seguintes leis:

 O grau de f(x).g(x) é a soma do grau de f(x) e do grau de g(x)

 Se f(x) e g(x) têm grau diferente, então o grau de f(x) + g(x) é igual ao maior dos dois

 Se f(x) e g(x) têm o mesmo grau, então o grau de f(x) + g(x) é menor ou igual ao grau
de f(x)

Exemplo = A função f(x)= 1/3x³ - 7x + 2/3 expressa por um polinômio de grau 3, é uma
função polinomial de grau 3º.

Função constante
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Gráfico de uma função constante

Define-se função constante por :

Dado um número k,

Ou seja, o valor da imagem será sempre o mesmo, independente do valor do "x".

O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo x.

Função Afim
Uma função afim é definida como uma função que apresenta o expoente 1 como maior
expoente da variável independente. O seu gráfico é constituído por uma reta inclinada,
podendo determiná-lo apenas com dois pontos. É expressa por:

onde o "a" é denominado o coeficiente angular e o "b" o coeficiente


linear
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Função linear

Gráfico de uma função do 1º Grau

Uma função linear é aquela, cujo coeficiente linear é igual a 0. É expressa por:

Apresenta duas propriedades

 Aditividade:

;
 Homogeneidade:

Crescimento ou decrescimento da função afim

Uma função afim é crescente quando o valor do coeficiente angular for superior a 0 e
decrescente quando for inferior.

a > 0 - função crescente - ângulo agudo

a < 0 - função decrescente - ângulo obtuso

Função quadrática
Artigo Principal: Função quadrática
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Gráfico de uma função do 2º Grau

Uma função quadrática é definida como uma função que apresenta o expoente 2 como maior
expoente das variáveis. O seu gráfico é constituído por uma parábola. É expressa por:

Concavidade do gráfico da função quadrática

A concavidade é a abertura da parábola, que ora está voltada para cima e ora está voltada para
baixo. O sentido da concavidade depende do coeficiente a, se este for superior a 0, ou seja,
positivo, ela é voltada para cima, caso seja negativo ela é voltada para baixo.

Zeros (ou raízes) de uma função quadrática

Os zeros da função quadrática são os valores de x, para a imagem ser 0, ou seja onde o gráfico
corta o "eixo x". O número de zeros depende do valor do discriminante, ou delta, definido por
.

 Se , a função terá dois zeros.

 Se , a equação terá um zero apenas (com maior precisão, diz-se que a equação
tem dois zeros iguais)

 Se , não terá zeros (com maior precisão, diz-se que a equação não tem zero
reais, tendo dois zeros complexos conjugados).

Vértice da parábola

O vértice da parábola corresponde ao ponto mais extremo dela. É definido pelas seguintes
coordenadas:
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Crescimento e decrescimento de uma função quadrática

Em uma parábola, metade é crescente e a outra metade é decrescente.

 Concavidade voltada para cima:


o Decrescente do -infinito ao vértice
o Crescente do vértice ao infinito
 Concavidade voltada para baixo:
o Crescente do -infinito ao vértice
o Decrescente do vértice ao infinito

13. Função Polinominal do 2º grau (Função Quadrática).

   

Função Polinominal do 2º Grau.

A função do segundo grau mais simples é a função . Todo ponto de


seu gráfico é da forma , ou seja, a ordenada de cada ponto é o quadrado da
abscissa.
A curva obtida denomina-se parábola:

O objetivo aqui é o de descobrir como é o gráfico da função do segundo grau


y=ax2+bx+c, onde , quando comparado ao gráfico de y=x2, observando as
transformações realizadas, dependendo dos parâmetros a, b e c. Para adquirir essa
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compreensão, começamos com situações mais simples, tendo sempre como


referência o gráfico de y=x2.

Em primeiro lugar, consideremos uma função do segundo grau da forma


 onde k é uma constante real. Comparando seu gráfico ao da
2
função y=x , temos a questão: qual a ação da constante k no gráfico dessa nova
função quando comparado ao gráfico da função inicial ?

Ainda podemos pensar numa função do segundo grau que seja dada pela expressão
onde a é uma constante real, com . Observemos que, se a=0, a
função obtida não será do segundo grau, pois será a função constante nula.
Novamente, a questão é investigar a ação do coeficiente a quando comparamos o
gráfico de f2 ao de f0.

Construa o gráfico de , a partir do gráfico de y=x2, esboçando os


gráficos intermediários, todos num mesmo par de eixos, a fim de visualizar as
transformações realizadas. Em seguida, num outro par de eixos, construa o gráfico
de y=3x-2, observando também as transformações realizadas a partir de y=x.
Finalmente, “passando a limpo” os gráficos das duas funções, resolva a inequação

, verificando no gráfico, o significado das operações algébricas a


serem realizadas.

Uma questão que também se coloca é a consideração de funções do segundo grau


do tipo  onde m é um número real não nulo. Qual é a ação de m no
gráfico da função f3 quando comparado ao gráfico de f0, isto é à parábola inicial?

Se  desenhe seu gráfico, fazendo os gráficos intermediários,


todos num mesmo par de eixos.

Finalmente, podemos considerar funções do segundo grau do tipo


 examinando as transformações do gráfico  
quando fazemos y=(x+m)2, em seguida, y=a(x+m)2 e, finalmente, .
Observe que o coeficiente a não pode ser zero.
Por quê?

Se a=0, a função é constante igual a k.


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y=a(x+m)2+k

Conclusão: Conhecido o gráfico de y=x2, podemos desenhar y=(x+m)2, para, em


seguida, desenhar y=a.(x+m)2 e depois, y=a.(x+m)2+k.

Analisemos o que aconteceu:        

- em primeiro lugar, y=(x+m)2 sofreu uma translação horizontal de -m unidades, pois


x=-m exerce o papel que x=0 exercia em y=x 2;
      
- a seguir, no gráfico de y=a.(x+m) 2 ocorreu mudança de inclinação pois em cada
ponto a ordenada é igual àquela do ponto de mesma abscissa em
multiplicada pelo coeficiente a;
      
- finalmente, o gráfico de y=a.(x+m) 2+k sofreu uma translação vertical de k unidades,
pois, para cada abscissa, as ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.(x+m) 2+k
ficaram acrescidas de k, quando comparadas às ordenadas dos pontos do gráfico de
y=a.(x+m)2.

Assim, quando a função do segundo grau está dada nessa forma, temos claro o que
está acontecendo pois as operações a serem realizadas no gráfico ficam explícitas.
Entretanto, muitas vezes, nos defrontamos com uma função do segundo grau cuja
expressão é da forma y=ax2+bx+c, com a não nulo. A questão que emerge é: como
vamos entender seu gráfico em termos de transformações no plano quando fazemos
a comparação com o gráfico de y=x2, pois os movimentos a serem realizados não
estão claros.

Desenhe o gráfico da função dada por y=3x 2-5x+4, explicitando as transformações


realizadas a partir do gráfico de y=x2.

Se , y=ax2+bx+c pode ser escrita na forma  .


Podemos verificar como é o gráfico dessa função, comparando-a com a função mais
simples y=x2 e realizando translações ou mudança de inclinação.

Conclusão: A função do segundo grau f(x)=ax2+bx+c, com a não nulo, tem como
domínio o conjunto R, pois a variável independente pode assumir qualquer valor. A
imagem é o conjunto

ou

conforme a>0 ou a<0, respectivamente. De fato, é a ordenada do vértice da


parábola.

O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na resolução de equações ou


inequações, pois as operações algébricas a serem realizadas adquirem um
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significado que é visível nos gráficos das funções esboçados no mesmo referencial
cartesiano.

14. Função Exponencial.

Função exponencial
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A função exponencial é uma das mais importantes funções da matemática. Descrita,


normalmente, como exp(x) ou ex (onde e é a constante matemática neperiana, base do
logarítmo neperiano), pode ser definida de duas maneiras equivalentes: a primeira, como uma
série infinita; a segunda, como limite de uma seqüência:

A curva ex jamais toca o eixo x, embora apresente tendência a se aproximar deste.

Aqui, n! corresponde ao fatorial de n e x é qualquer número real ou complexo.

Se x é real, então ex é sempre positivo e crescente. Conseqüentemente, sua função inversa, o


logarítmo neperiano, ln(x), é definida para qualquer valor positivo de x. Usando o logarítmo
neperiano, pode-se definir funções exponenciais mais genéricas, como abaixo:

ax = exlna

Para todo a > 0 e .


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A função exponencial também gera funções trigonométricas (como pode ser visto na equação
de Euler para análises complexas), e as funções hiperbólicas. Então, tem-se que qualquer
função elementar, exceto as polinomiais são criadas a partir da função exponencial.

As funções exponenciais "transitam entre a adição e a multiplicação" como é expressado nas


seguintes leis exponenciais:

a0 = 1
a1 = a
ax + y = axay

axbx = (ab)x

Estas são válidas para todos os números positivos reais a e b e todos os números reais x.
Expressões envolvendo frações e raízes podem freqüentemente serem simplificadas usando-se
a notação exponencial porque:

Índice
[esconder]
 1 Função exponencial e equações diferenciais
 2 Função exponencial no plano complexo
 3 Função exponencial para matrizes e álgebras de Banach
 4 Mapa exponencial nas álgebras de Lie

 5 Ver também

[editar] Função exponencial e equações diferenciais

A maior importância das funções exponenciais nos campos das ciências é o fato de que essas
funções são múltiplas de suas próprias derivadas:

Se a taxa de crescimento ou de decaimento de uma variável é proporcional ao seu tamanho,


como é o caso de um crescimento populacional ilimitado, juros continuamente computados ou
decaimento radiativo, então a variável pode ser escrita como uma função exponencial do
tempo.

A função exponencial então resolve a equação diferencial básica


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e é por essa razão comumente encontrada em equações diferenciais. Em particular a solução


de equações diferenciais ordinárias pode freqüentemente ser escrita em termos de funções
exponenciais. Essas equações incluem a equação de Schrödinger e a equação de Laplace
assim como as equações para o movimento harmônico simples.

[editar] Função exponencial no plano complexo

Quando considerada como uma função definida no plano complexo, a função exponencial
retém as importantes propriedades:

ez + w = ezew
e0 = 1

para todos z e w. A função exponencial no plano complexo é uma função holomórfica que é
periódica com o período imaginário 2πi que pode ser escrita como

ea + bi = ea(cosb + isinb)

onde a e b são valores reais. Essa fórmula conecta a função exponencial com as funções
trigonométricas, e essa é a razão que estendendo o logaritmo neperiano a argumentos
complexos resultam na função multivalente ln(z). Nós podemos definir como uma
exponenciação mais geral:: zw = ewlnz para todos os números complexos z e w.

Isto é também uma função multivalente. As leis exponenciais mencionadas acima


permanecem verdade se interpretadas propriamente como afirmações sobre funções
multivalentes.

É fácil ver, que a função exponencial descreve qualquer curva no plano complexo a uma
espiral logarítmica no plano complexo com centro em 0, nada como o caso de uma reta
paralela com os eixos reais ou imaginários descrevem uma curva ou um círculo.

[editar] Função exponencial para matrizes e álgebras de Banach

A definição de função exponencial exp dada acima pode ser usada palavra por palavra para
cada álgebra de Banach, e em particular para matrizes quadradas. Neste caso temos

ex + y = exey

se xy = yx (deveríamos adicionar a fórmula geral envolvendo comutadores aqui)

e0 = 1
ex é inversível com inverso e-x
a derivada da exp no ponto x é aquela descrição linear que transforma u em u·ex.

No contexto das álgebras de Banach não comutativas, como as álgebras de matrizes ou


operadores no espaço de Banach ou de Hilbert, a função exponencial é freqüentemente
considerada como uma função de um argumento real:
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f(t) = etA

onde A é um elemento fixo da álgebra e t é qualquer número real. Essa função tem
importantes propriedades:

f(s + t) = f(s)f(t)
f(0) = 1
f'(t) = Af(t)

[editar] Mapa exponencial nas álgebras de Lie

O "mapa exponencial" que passa uma álgebra de Lie a um grupo de Lie compartilha as
propriedades acima, o que explica a terminologia. De fato, desde que R é uma álgebra de Lie
de um grupo de Lie de todos os números positivos reais com multiplicação, a função
exponencial para argumentos reais é um caso especial da situação da álgebra de Lie.
Similarmente, desde que a álgebra de Lie M (n, R) de todas as matrizes reais quadradas
pertence ao grupo de Lie de todas as matrizes quadradas inversíveis, a função para matrizes
quadradas é um caso especial do mapa exponencial da álgebra de Lie.

Função exponencial é uma função na qual a variável (incógnita) se encontra no expoente.

A função exponencial pode ser escrita de forma geral, veja como:


f : R → R*+ tal que f(x) = ax, sendo que a R*+ e a ≠ 1.

Essa representação significa: dada uma função dos reais para os reais positivos, menos o zero,
sendo que a função exponencial terá base a onde a só poderá assumir valores positivos
diferentes de zero e diferentes de 1.

Veja alguns exemplos de funções exponenciais:

f(x) = 3x, função exponencial de base 3 e expoente x (variável).

f(y) = 3 y, função exponencial de base 3 e expoente y (variável). 


         5

f(x) = 0,5x, função exponencial de base 0,5 e expoente x (variável).

f(x) = √5x, função exponencial de base √5 e expoente x (variável).

• Gráfico de função exponencial

A construção de gráficos de função exponencial segue dois modelos, quando o valor da base é
maior que 1 e quando o valor da base está entre 0 e 1. Veja esses modelos esboçados:

Dada a função f(x) = ax, veja como ficarão os gráficos dependendo do valor de a (base).
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• Esse gráfico representa uma função exponencial crescente onde a > 1.

• Imagem e domínio: x1 e x2 são os valores do domínio dessa função e os valores de y1 e y2


são os valores da imagem dessa função, sendo que a imagem será sempre (quando o valor da
base é maior que 1) um valor real positivo diferente de zero.

• Esse gráfico representa uma função exponencial decrescente onde


0 < a < 1.

• Imagem e domínio: x1 e x2 são os valores do domínio dessa função e os valores de y1 e y2


são os valores da imagem dessa função, sendo que a imagem será sempre (quando o valor da
base é maior que 1) um valor real positivo diferente de zero.

Os dois tipos de gráficos possuem características semelhantes, essas são características para
qualquer gráfico de função exponencial.

• O gráfico (curva) nunca irá interceptar o eixo x, pois a função exponencial não possui raiz.

• O gráfico (curva) irá cortar apenas o eixo y e sempre será no ponto 1, sendo que os valores
de y sempre serão positivos.
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15. Função Logarítmica.

Função Logarítmica

            A Escala Richter mede a magnitude de um terremoto. Os terremotos originam-se do


movimento das placas tectônicas. O atrito de uma placa contra outra forma ondas mecânicas.
Estas ondas são responsáveis pelas vibrações que causam o terremoto. O sismógrafo mede a
amplitude e a freqüência dessas vibrações, utilizando uma equação logarítmica, pode calcular
a magnitude do terremoto.

            A amplitude está associada a altura (tamanho) da onda e freqüência com a quantidade
de ondas num determinado intervalo de tempo. Podemos observar estes dados no gráfico de
distância d em metros em função do tempo t em segundos.

                   d(m)

 
                                                                                                      
t(s)

            Durante o terremoto, o sismógrafo registra a magnitude de um terremoto durante um


pequeno intervalo de tempo:

                         A

                                                      
                                                                   t

            A magnitude do terremoto pode ser calculada pela equação logarítmica:


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Ms= log10 (A . f) + 3.30

Magnitude do terremoto              Amplitude do movimento da onda    freqüência da onda

     na escala Richter                      registrada no sismógrafo (em µm)          (em hertz)

 Suponhamos que um terremoto teve como amplitude 1000 micrometros e a freqüência a


0,1Hz. Qual a magnitude deste terremoto?

            Ms= log10 (A . f) + 3,30

            Ms= log10 (1000 . 0,1) + 3,30

            Ms= log10 100 + 3,30

            Ms= log10 100 + 3,30

           

                                        Log10 100 = x                   10x = 100                 10x = 102


   x= 2

            Ms= 2 + 3,30

            Ms= 5,3 na escala Richter.

            Para ser calculado a intensidade de um terremoto, foi necessário a utilização da função
logarítmica. Alexander Graham Bell, inventor do telefone, usou a função logarítmica para
calcular o nível sonoro, o qual chamamos de decibel. Porém, calcule o nível sonoro permitido
pela BPTran aos sons dos carros, sabendo que a intensidade é de 10 -10W/cm2 e o limiar da
percepção é igual a 10-16W/cm2.

            Solução:

             β= 10.log I             Β= 10.log10-10        β= 10.log(10-10+16)              

                             Io                               10-16

               
Β= 10.log106           β= 10.6.log10          β= 60dB.

                                                             = 1

A FUNÇÃO LOGARITMICA:
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Considere a função exponencial, y= ax,  onde a base a é um número positivo e


diferente de 1, definida para todo x real.

Observe que nestas condições, ax é um número positivo, para todo x Î R, onde R é o


conjunto dos números reais.

Denotando o conjunto dos números reais positivos por R+* , poderemos escrever a função
exponencial como segue:
                                             f: R -> R+* ; y = ax , 0 < a ¹ 1

Esta função é bijetora, pois:


a) é injetora, ou seja: elementos distintos possuem imagens distintas.
b) É sobrejetora, pois o conjunto imagem coincide com o seu contradomínio.

Assim sendo, a função exponencial é BIJETORA e, portanto, é uma função inversível,


OU SEJA, admite uma função inversa.

uma função inversa de G é aquela que faz o processo contrário de G 

 Processo algébrico para cálculo da função inversa:

Exemplo: Achar a expressão que representa a inversa da função y = x +2

1º Passo)Trocamos x por y:                 x = y + 2

2º Passo)Isolamos y:                           y = x - 2

Resposta: y = x - 2 é a expressão que representa a inversa da função y = x + 2

 Vamos determinar a função inversa da função y= ax, onde 0< a1 1:

            Trocando x por y temos: logax.

        Pode-se observar que o inverso da função exponencial é  a função logarítmica.


Portanto, logaritmo é o expoente a que se deve elevar um núnero constante para se obter
outro número.

Definição de Logaritmo

Dados os números reais b (positivo e diferente de 1), N (positivo) e x , que satisfaçam a


relação bx= N, dizemos que x é o logaritmo de N na base b. Isto é expresso simbolicamente da
seguinte forma: logbN = x. Neste caso, dizemos que b é a base do sistema de logaritmos, N é o
logaritmando ou antilogaritmo e x é o logaritmo.

Exemplos:
a) log28 = 3 porque 23 = 8.
b) log41 = 0 porque 40 = 1.
c) log39 = 2 porque 32 = 9.
d) log55 = 1 porque 51 = 5.
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 Exemplo: Se a curva da figura representa o gráfico da função y= logx, com x>0, o valor da
área hachurada é:

                y                                                     Solução:

                                                                                  O gráfico é uma função


logarítmica que pode

                                                                       ser calculado pela soma das áreas do retângulo


(base

                                                                       x altura):                      +          +

                                                                   (1.log 2)
+ (1.log 3)                                                                                                    
1     2      3     4                                                                      log 2 + log 3      

                                                                            log 2.3

                                                                             log 6

                                                                      

Notas:

1 - quando a base do sistema de logaritmos é igual a 10 , usamos a expressão logaritmo


decimal e na representação simbólica escrevemos somente logN ao invés de log10N. Assim é
que quando escrevemos logN = x , devemos concluir pelo que foi exposto, que 10x = N.

Existe também um sistema de logaritmos chamado neperiano (em homenagem a John Napier
- matemático escocês do século XVI, inventor dos logaritmos), cuja base é o número
irracional
e = 2,7183... e indicamos este logaritmo pelo símbolo ln. Assim, logeM = ln M. Este sistema
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de logaritmos, também conhecido como sistema de logaritmos naturais, tem grande aplicação
no estudo de diversos fenômenos da natureza.

Exemplos:
a) log100 = 2 porque 102 = 100.
b) log1000 = 3 porque 103 = 1000.
c) log2 = 0,3010 porque 100,3010 = 2.
d) log3 = 0,4771 porque 100,4771 = 3.
e) ln e = 1 porque e1 = e = 2,7183...
f) ln 7 = loge7

2 - Os logaritmos decimais (base 10) normalmente são números decimais onde a parte inteira
é denominada característica e a parte decimal é denominada mantissa .

Assim por exemplo, sendo log20 = 1,3010, onde 1 é a característica e 0,3010 a mantissa. As
mantissas dos logaritmos decimais são tabeladas.

Consultando a tábua de logaritmo (qualquer livro de Matemática traz) , podemos escrever por
exemplo que log45 = 1,6532. As tábuas de logaritmos decimais foram desenvolvidas por
Henry Briggs, matemático inglês do século XVI. Observe que do fato de termos log45 =
1,6532 , podemos concluir pela definição de logaritmo que  101,6532 = 45.

3) Da definição de logaritmo, infere-se (conclui-se) que somente os números reais positivos


possuem logaritmo. Assim, não têm sentido as expressões log3(-9) , log20 , etc.

4) É fácil demonstrar as seguintes propriedades imediatas dos logaritmos, todas decorrentes


da definição:

P1) O logaritmo da unidade em qualquer base é nulo, ou seja:


                                                    logb1 = 0 porque b0 = 1

P2) O logaritmo da base é sempre igual a 1, ou seja:

                                        logbb = 1 , porque b1 = b.

P3) logbbk = k , porque bk = bk .

P4) Se logbM = logbN então podemos concluir que M = N. Esta propriedade é


muito utilizada na solução de exercícios envolvendo equações onde aparecem logaritmos
(equações logarítmicas).

P5) blogbM = M ou seja: b elevado ao logaritmo de M na base b é igual a M.

PROPRIEDADES OPERATÓRIAS DOS LOGARITMOS

P1 - LOGARITMO DE UM PRODUTO

O logaritmo de um produto é igual a soma dos logaritmos dos fatores, ou seja:


logb(M.N) = logbM + logbN
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Exemplo: log20 =log(2.10) = log2 + log10 = 0,3010 + 1 = 1,3010. Observe que como
a base não foi especificada, sabemos que ela é igual a 10.

Função Exponencial                                     Função Logarítmica

       am . an = am+n                                           loga(A.B) = logaA + logaB

P2 - LOGARITMO DE UM QUOCIENTE

O logaritmo de uma fração ordinária é igual a diferença entre os logaritmos do


numerador da fração e do denominador, ou seja:
logb(M/N) = logbM - logbN

Exemplo: log0,02 = log(2/100) = log2 - log100 = 0,3010 - 2,0000 = -1,6990. Do


exposto anteriormente, podemos concluir que, sendo log0,02 = -1,6990 então 10-1,6990 = 0,02.

Da mesma forma podemos exemplificar: log5 = log(10/2) = log10 - log2 = 1 - 0,3010


= 0,6990.

Função Exponencial                                     Função Logarítmica

       am   = am - n                                              loga(A/B) = logaA - logaB

                   an

Observação: a não indicação da base, subtende-se logaritmos decimal (base 10).

Nota: Chamamos de cologaritmo de um número positivo N numa base b, ao logaritmo do


inverso multiplicativo de N, também na base b. Ou seja:
cologbN = logb(1/N) = logb1 - logbN = 0 - logbN = - logbN.
(menos log de N na base b).
Exemplo: colog10 = -log10 = -1.

P3 - LOGARITMO DE UMA POTENCIA

Temos a seguinte fórmula, facilmente demonstrável: logbMk = k.logbM.


Exemplo: log5256 = 6.log525 = 6.2 = 12.

Função Exponencial                                     Função Logarítmica

       (a . b)n = an . bn                                       logaAn = n. logaA

P4 - MUDANÇA DE BASE
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Às vezes, para a solução de problemas, temos necessidade de mudar a base de um sistema de


logaritmos, ou seja, conhecemos o logaritmo de N na base b e desejamos obter o logaritmo de
N numa base a . Esta mudança de base, muito importante na solução de exercícios, poderá ser
feita de acordo com a fórmula a seguir, cuja demonstração não apresenta dificuldades,
aplicando-se os conhecimentos aqui expostos.

Exemplos:
a) log416 = log216 / log24 (2 = 4:2)
b) log864 = log264 / log28 (2 = 6:3)
c) log25125 = log5125 / log525 = 3 / 2 = 1,5. Temos então que 251,5 = 125.

Notas:
1 - na resolução de problemas, é sempre muito mais conveniente mudar um log de uma base
maior para uma base menor, pois isto simplifica os cálculos.

2 - Duas conseqüências importantes da fórmula de mudança de base são as seguintes:


a) logbN = logN / logb (usando a base comum 10, que não precisa ser indicada).
b) logba . logab = 1

Exemplos:
a) log37 . log73 = 1
b) log23 = log3 / log2 = 0,4771 / 0,3010 = 1,5850

Gráficos da função logarítmica


            Para se obter o gráfico de funções logarítmicas, atribuem-se valores à variável
independente x.

            Exemplo1:

Dada a função logarítmica: y= f(x) = log2x, construa o gráfico desta função.

x Y= log2x

¼
½
1

2
4
8

                                              

            Exemplo 2:
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                        Dada a função logarítmica: y= f(x)= log1/2x, construa o gráfico desta função.

           

x Y= log1/2x

¼

½
1
2
4
8

            O que você pode observar nos dois gráficos anteriores? Existe alguma relação
importante? Então você percebeu que a função logarítmica y= f(x)= logax, pode ser crescente
ou decrescente. Mas, qual informação nos mostra a característica do gráfico?

            Conseguimos obter essas informações analisando a base da função logarítmica:  logax,
a base desta função está representada pela letra a.

            Logo, quando a base for maior do que um (a>1) será uma função crescente, e quando a
base for maior do que zero e menor do que um (0<a>1) será uma função decrescente.

 Assim, podemos analisar os gráficos das funções exponencial (y= ax) e logaritmica
(y= logax), para os casos a>1  e  0< a1. Observe que, sendo as funções, inversas, os seus
gráficos são curvas simétricas em relação à bissetriz do primeiro e terceiro quadrante, ou seja,
simétricos em relação a reta y= x.

                

Da simples observação dos gráficos anteriores, podemos concluir que:

1 - para a > 1, as funções exponencial e logarítmica são CRESCENTES.


2 - para 0 < a ¹ 1, elas são DECRESCENTES.
3 - o domínio da função y = logax é o conjunto R+* .
4 - o conjunto imagem da função y = logax é o conjunto R dos números reais.
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5 - o domínio da função y = ax é o conjunto R dos números reais.


6 - o conjunto imagem da função y = ax é o conjunto R+* .
7 - observe que o domínio da função exponencial é igual ao conjunto imagem da função
logarítmica e que o domínio da função logarítmica é igual ao conjunto imagem da função
exponencial. Isto ocorre porque as funções são inversas entre si.

Alguns exemplos de funções crescentes e decrescentes

1) y = log2x ,    y = log4x ,  y = log8x ,  y = log10x

Para y = log2x X 1 2 4 8
  Y 0 1 2 3
Para y = log4x X 1 4 16 64
  Y 0 1 2 3
Para y = log8x X 1 8 64 512
  Y 0 1 2 3
Para y = log10x X 1 10 100 1000
  Y 0 1 2 3

2) y = log(1/2)x , y = log(1/4)x , y = log(1/8)x , y = log(1/10)x

Para y = log(1/2)x X 1 ½ 1/4 1/8


  Y 0 1 2 3
Para y = log(1/4)x X 1 ¼ 1/16 1/64
  Y 0 1 2 3
Para y = log(1/8)x X 1 1/8 1/64 1/512
  Y 0 1 2 3
Para y =
X 1 1/10 1/100 1/1000
log(1/10)x
  Y 0 1 2 3

Podemos perceber nos gráficos acima que a função logaritmo sempre passa pelo ponto
(1,0)

Podemos concluir então que :

A função logax é crescente quando a>1 (veja o gráfico)

A função logax é decrescente quando 0<A<1  (veja o gráfico)

 Vamos agora, resolver os seguintes exercícios sobre logaritmos:

1) Sendo logba = 4 e logbc = 1 encontre o valor de 

     a) logb(ac)

         Solução:

usando as propriedades de logaritmos, temos

logb(ac) = logba + logbc


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logb(ac) = 4 + 1 

logb(ac) = 5

      b) logb(a/c)

           Solução: 

usando as propriedades de logaritmos, temos:

logb(a/c) = logba - logbc

logb(a/c) = 4 - 1

logb(ac) = 3

2) Dado logxA = 2.logxM + logxN, calcular A em função de M e N.

    Solução:

logxA = 2.logxM + logxN

logxA = logxM2 + logxN

logxA = logx(M2 . N)

logo

A = (M2 . N)

3) Calcule o log101,4, dados log102 = 100,301 e log107 = 100,845

    Solução:

1,4 = 10x 

(2.7) / 10 = 10x 

log10(2.7) / 10 = log10x

usando as propriedades de logaritmos, temos:

log102 + log107 - log1010 = log10x

usando os dados do exercício, temos

0,301 + 0,845 - 1 = x

x = 0,146
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4) Se um cavalo engorda 10% ao mês. A partir de um peso inicial (x), quando ele irá
dobrar o seu peso(x) ? Dados log1,1 = 0,041 e log 2 = 0,301.

     Solução:

Lembre que quando omitimos a base do logaritmos estamos supondo que ela vale 10

Como o cavalo engorda 10% do seu peso ao mês, temos

x + 10%x = 1x + 0,1x = 1,1x

O cavalo deve dobrar o seu peso, logo

log102x = log101,1xn 

onde n é o tempo necessário para a dobra do peso

usando os dados do exercício, temos:

0,301 = 0,041n

n = 0,301 / 0,041

n = 7,301

Isto é, 7 meses e 0,341 de mês

Fazendo uma regra de três simples, transformamos 0,341 em dias.

Um mês está para 30 dias, assim como 0,341 de mês está para x

x = 10,23

Então o cavalo irá dobrar o seu peso em 7 meses e 10 dias

5) Se S é a soma das raízes da equação log2 x - logx - 2 = 0 , então calcule o valor


de 1073 - 10S.

    Solução:
Façamos logx = y; vem:
y2 - y - 2 = 0
Resolvendo a equação do segundo grau acima, encontramos: y = 2 ou y = -1.
Portanto,
logx = 2 OU logx = -1

Como a base é igual a 10, teremos:


log10x = 2 \ x = 102 = 100
log10x = -1 \ x = 10-1 = 1/10
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As raízes procuradas são, então, 100 e 1/10.


Conforme enunciado do problema, teremos:
S = 100 + 1/10 = 1000/10 + 1/10 = 1001/10

Logo, o valor de 1073 - 10S será:


1073 - 10(1001/10) = 1073 - 1001 = 72
Resp: 72

6) Calcule o valor de y = 6x onde x = log32 . log63 .

    Solução:
Substituindo o valor de x, vem:
y = 6log32 . log63 = (6log63)log32 = 3log32 = 2
Na solução acima, empregamos a propriedade blogbM = M , vista anteriormente.
Resp: 2

7) UEFS - Sendo log 2 = 0,301, o número de algarismos de 520 é:


a) 13
b) 14
c) 19
d) 20
e) 27

    Solução:
Seja n = 520 . Podemos escrever, usando logaritmo decimal:
log n = log 520 = 20.log5

Para calcular o valor do logaritmo decimal de 5, ou seja, log5, basta lembrar que podemos
escrever:
log 5 = log (10/2) = log 10 - log 2 = 1 - 0,301 = 0,699

Portanto, log n = 20 . 0,699 = 13,9800


Da teoria vista acima, sabemos que se log n = 13,9800, isto significa que a característica do
log decimal vale 13 e, portanto, o número n possui 13 + 1 , ou seja 14 algarismos.
Portanto, a resposta correta é a letra B.

8) UFBA - Considere a equação 10x + 0,4658 = 368. Sabendo-se que


log 3,68 = 0,5658 , calcule 10x.

    Solução:
Temos: 10x + 0,4658 = 368
Daí, podemos escrever:
log 368 = x + 0,4658 \ x = log 368 - 0,4658
Ora, é dado que: log 3,68 = 0,5658, ou seja:
log(368/100) = 0,5658

Logo, log 368 - log 100 = 0,5658 \ log 368 - 2 = 0,5658 , já que
log 100 = 2 (pois 102 = 100).
Daí, vem então:
log 368 = 2,5658
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Então, x = log 368 - 0,4658 = 2,5658 - 0,4658 = 2,1


Como o problema pede o valor de 10x, vem: 10.2,1 = 21
Resp: 21

9) Se log N = 2 + log 2 - log 3 - 2log 5 , calcule o valor de 30N.

    Solução:
Podemos escrever:
logN = 2 + log2 - log3 - log52
logN = 2 + log2 - log3 - log25
logN = 2 + log2 - (log3 + log25)
Como 2 = log100, fica:
logN = (log100 + log2) - (log3 + log25)
logN = log(100.2) - log(3.25)
logN = log200 - log75
logN = log(200/75)

Logo, concluímos que N = 200/75


Simplificando, fica:
N = 40/15 = 8/3
Logo, 30N = 30(8/3) = 80
Resp: 30N = 80

16. Seqüências.

Seqüência é sucessão, encadeamento de fatos que se sucedem.


É comum percebermos em nosso dia-a-dia conjuntos cujos elementos estão dispostos em certa
ordem, obedecendo a uma seqüência.
Por exemplo:
Todos nós sabemos que o Brasil é penta campeão mundial de futebol e os anos, em ordem
cronológica, em que ele foi campeão mundial são: 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Essas
datas formam um conjunto com os elementos dispostos numa determinada ordem.
O estudo de seqüência dentro da matemática é o conjunto de números reais dispostos em certa
ordem. Assim chamado de seqüência numérica.

Exemplo:
• O conjunto ordenado (0, 2, 4, 6, 8, 10,...) é a seqüência de números pares.
• O conjunto ordenado (7, 9, 11, 13,15) é a seqüência de números impares ≥ 7 e ≤ 15.
• O conjunto ordenado (2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, 200) é uma seqüência de números que
começa com a letra D.

Matematicamente quando temos uma seqüência numérica qualquer, representamos o seu 1º


termo por a1 assim sucessivamente, sendo o n-ésimo termo an.
Exemplo:
• (2, 4, 6, 8, 10) temos: a1 = 2; a2 = 4; a3 = 6; a4 = 8; a5 = 10

A seqüência acima é uma seqüência finita sua representação geral é (a1, a2, a3,..., an ), para as
seqüências que são infinitas a representação geral é (a1, a2, a3, an, ... ).

Para determinarmos uma seqüência numérica precisamos de uma lei de formação.


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Exemplo:
A seqüência definida pela lei de formação an = 2n² - 1, n  N*, onde n = 1, 2, 3, 4, 5, ... e an é
o termo que ocupa a n-ésima posição na seqüência. Por esse motivo, an é chamado de termo
geral da sequência.
Utilizando a lei de formação an = 2n² - 1, atribuindo valores para n, encontramos alguns
termos da seqüência.
• n = 1 → a1 = 2 . 1² - 1 → a1 = 1
• n = 2 → a2 = 2 . 2² - 1 → a2 = 7
• n = 3 → a3 = 2 . 3² - 1 → a3 = 17
• n = 4 → a4 = 2 . 4² - 1 → a4 = 31
.
.
.
Assim a seqüência formada é (1, 7, 17, 31, ...)

17. Progressões Aritméticas e Geométricas.


Em vários momentos percebemos a presença de uma seqüência, por exemplo: quando um
professor planeja a sua aula, nesse momento com certeza ele estará seguindo uma seqüência
de raciocínio, quando iniciamos a nossa vida escolar todo o nosso conhecimento segue uma
seqüência de aprendizado, a ordem que os números são dispostos em uma reta seguem
também uma seqüência, os apartamentos são numerados conforme uma seqüência, as
numerações dos livros também seguem uma ordem, dentre outras.
A progressão é um tipo de seqüência que envolve apenas números. Podendo dizer então que
progressão, matematicamente dizendo, é uma seqüência de números que estão dispostos
conforme uma determinada regra, veja o exemplo:

Dada a seguinte seqüência numérica: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, esses números obedecem a
uma ordem que é de dois em dois, então a regra da progressão é que os números que estão na
seqüência devem ser de dois em dois.

Por existir essas regras das seqüências numéricas que existem dois tipos de progressão:
- Progressão aritmética
- Progressão geométrica

Cada uma assume uma regra (razão) diferente.

Progressão Aritimetica.

Observe a seqüência abaixo:


( 2, 5, 8, 11, ...)
Notemos que a diferença entre um termo qualquer dessa seqüência e seu antecedente é sempre
igual a 3:
5 – 2 = 3
8–5=3
11 – 8 = 3
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Assim:

Progressão Aritmética (P.A) é uma seqüência de números reais em que a diferença entre um
termo qualquer ( a partir do segundo) e o tremo antecedente é sempre a mesma (constante).
Essa constante é chamada de razão da P.A representada por r.
Exemplos:
• (-5, -3, -1, 1, 3, 5, 7, ...) é P.A de razão r = 2.

• (23, 20, 17, 14,...) é P.A de razão r = -3.

• (5, 5, 5, 5,...) é P.A de razão r = 0.

A razão tem algumas particularidades como:


• r > 0, dizemos que a P.A é crescente
• r < 0, dizemos que a P.A é decrescente
• r = 0, todos os termos da P.A são iguais, ou seja, a P.A é constante.

                                                         TERMO GERAL DA P.A.

Considerando a P.A (a1, a2, a3, a4, ...., an) de razão r. Temos:
• a2 - a1 = r      →      a2 = a1 + r

• a3 - a2 = r      →      a3 = a2 + r      →      a3 = a1 + 2r

• a4 – a3 = r     →      a4 = a3 + r      →      a4 = a1 + 3r


             .                              .                                   .

             .                              .                                   .

             .                              .                                   .
Assim: 

                                                                an = a1 + ( n – 1) . r

Essa fórmula acima é conhecida como a fórmula do termos geral de uma P.A.

Exmplo:
Vamos calcular o 20º termo da P.A (26, 31, 36, 41, ...):
Para efetuarmos os calulos é necessário que retiremos os dados necessários.
Como: a1 = 26 e r = 31 – 26 = 5
Utilizando a fórmula do termo geral caculemos o 20º termo da P.A.
a20 = 26 + ( 20 – 1) . 5
a20 = 26 + 19 . 5
a20 = 26 + 95
a20 = 121
Conclimos que o 20º termo dessa P.A é 121.
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                                                           NOTAÇÕES ESPECIAIS

Para determinar uma P.A apartir de seus elementos utilizamos de algumas notações que
facilitam a resolução de alguns exercícios.

 • Para três termos em P.A, podemos escrever:


                               ( x – r , x , x + r )

• Para cinco termos em P.A, podemos escrever:


                      (x – 2r , x – r , x , x + r , x – 2r )

Exemplo:
Determine três números em P.A, sabendo que o elemento central é 4 e o produto entre eles é
28.
Para efetuarmos os calculos é necessário que retiremos os dados:
Como a P.A tem 3 termos ( x – r , x , x + r ) e x = 4
(x – r) . x . (x + r) = 28.
Então:
(4 – r) . 4 . (4 + r) = 28
r = +3 e r = -3
Assim iremos obter duas P.A
Para r = +3 a P.A será ( 1, 4, 7)
Para r = -3 a P.A será ( 7, 4, 1)

                                         SOMA DOS n PRIMEIROS TERMOS DE UMA P.A

A fórmula que nos permite calcular a soma dos n primeiros termos de uma P.A qualquer é
preciso:
Considere a P.A (a1, a2, a3, ..., an - 2, an – 1 , ... , an, … ) Indiquemos a soma dos n primeiros
termos por Sn. Temos então:

Sn = a1 + a2 + a3 + ... + an – 2 + an - 1 + an               ou
Sn = an + an - 1 + an - 2 + ... +a3 + a2 + a1

Somando essas igualdades membro a membro, obtemos:

                                                                        

Progressao Geometrica.
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P.G representada em uma função gráfica.

Progressão Geométrica

Observe a seqüência:
( 3, 6, 12, 24, 48, ... )
Notemos que, dividindo um termo qualquer dessa seqüência pelo termo antecedente, o
resultado é sempre igual a 2:

a2   :   a1  =  6  : 3  =  2


a4   :   a3  =  24  : 12  =  2
a5   :   a4  =  48  : 24  =  2

Progressão Geométrica (P.G) é a seqüência de números reais não nulos em que o quociente
entre um termo qualquer (a partir do 2º) e o termo antecedente é sempre o mesmo (constante).

Essa constante é chamada de razão, representada pela letra q.


Exemplos:

• (2, 6, 18, 54,...) é uma P.G de razão q = 3


• (-5, 15, -45, 135,...) é uma P.G de razão q = -3 

       TERMO GERAL DE UMA P.G

Vamos agora encontrar uma expressão para obtermos o termo geral de uma P.G conhecendo
apenas o primeiro termo (a1) e a razão (q).
Isso é possível graças à lei de formação específica da P.G.:
Seja ( a1, a2, a3, ... , an) uma P.G de razão q. Temos:

a2   :   a1  =  q    →    a2  =  a1  .  q

a3   :   a2  =  q    →    a3  =  a2  .  q    →   a3 = a1 . q²

a4   :   a3  =  q    →    a4  =  a3  .  q    →   a4 = a1 . q³ 
             .                               .                               .
             .                               .                               .
             .                               .                               .            
Seguindo chegaremos ao termo an, que ocupa a n-ésimo posição da P.G. Dada pela
expressão: 
 
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an = a 1 . q n – 1

Essa expressão é conhecida como a fórmula do termo geral de uma P.G..


Exemplo:

Vamos determinar o 10º termo da P.G ( , 1, 3, 9, ... ):


Sabendo que a1 = 1   e   que   q = 3.
Assim, pela expressão do termo geral da P.G, podemos escrever:
a10   =  a1 . q9             →             a10 =  1  . 39         →          a10 = 19683

    SOMA DOS n PRIMEIROS TERMOS DE UMA P.G

Para somarmos os elementos de uma P.G, considere a seqüência como uma P.G (a1, a2, a3, ...,
an) de razão q ≠ 1.

Somando todos os termos dessa P.G:


Sn = a1 + a2 + a3 + ... + an-1 + an       (I)
Multiplicando os dois membros da igualdade acima por q, e lembrando a formação dos
elementos de uma P.G., vem:

q . Sn = q (a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an - 1 + an) = a1 . q + a2 . q + a3 . q + … + an-1 . q + an .

q . Sn = a2 + a3 + a4 + … + an + an .q      (II)

Fazendo (II)   –   (I), temos:


q  .  Sn – Sn  = ( a2 + a3 + … + an-1 + an + an . q) - (a1 + a2 + a3 + … + an-1 + an)
Sn .  (q – 1)   =  an . q – a1
Como an =  a1  .  qn – 1 , vem:
Sn . (q – 1 )  =  a1 qn – 1  .  q  -  a1, isto é,

Praticando as progressões
Seja (a1, a2, a3, ... , ak, ... , a50) uma progressão aritmética. Se a2 = 14, a5 – a3 = 18 e

ak = 239, então k é igual a:

Resolução:
Retirando os dados do problema temos:

a2 = 14
a5 – a3 = 18
ak = 239
k=?
Para o calculo de k deveremos utilizar a equação ak = a1 + (k – 1) . r , mas para darmos
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continuidade devemos achar o valor de a1 e de r, então observe os cálculos abaixo:

Utilizando o termo geral da P.A, an = a1 + (n-1) . r podemos dizer que:


a2 = a1 + r
14 = a1 + r

Utilizando novamente o termo geral da P.A, podemos dizer que:


a5 = a1+ 4r e a3 = a1 + 2r

Substituindo no dado do problema a5 – a3 = 18, temos:

a1 + 4r - a1 - 2r = 18 → unindo os termos semelhantes.

a1 - a1 + 4r - 2r = 18 → operando os termos semelhantes.

2r = 18

r = 18 : 2

r=9

Agora devemos descobrir o valor de a1, para isso substituiremos o valor de r = 9 na equação
14 = a1 + r:

a1 + 9 = 14

a1 = 14 – 9

a1 = 5

Agora que sabemos que a1 = 5 e r = 9 podemos calcular qual é o termo de k:

ak = a1 + (k – 1) .r → Substituído os dados na equação.

239 = 5 + (k – 1) . 9

239 = 5 + 9k – 9 → unindo os termos semelhantes.

239 -5 + 9 = 9k
243 = 9k

k = 243 : 9

k = 27

Assim descobrimos que ak é o vigésimo sétimo termo da P.A.

Uma P.G de razão 3 foi formada introduzindo–se três termos entre o 2º termo e 486. Qual o 1º
termo da P.G?

Resolução:
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q=3
Como foram introduzidos três termos entre o 2º termo e 486 podemos então concluir que 486
é o sexto termo da minha P.G.

a1 , a2, a3, a4, a5, 486

a3 , a4 e a5 são os três termos introduzidos.

Então podemos dizer que a6 = 486, utilizando o termo geral de uma P.G
an = a1 . qn - 1, temos:

a6 = a1 . qn – 1 → Substituindo os dados.

486 = a1 . 36 – 1

486 = a1 . 35

486 = a1 . 243

a1 = 486 : 243

a1 = 2

18. Determinantes.
Determinante é o valor numérico de uma matriz quadrada (que tem o mesmo número de
linhas e de colunas).

• Determinantes de matrizes de ordem 1

A matriz e os determinantes não são encontrados apenas no estudo da matemática, mas


também na engenharia, informática, tabelas financeiras, e dentre outras. Uma matriz é um
conjunto ordenado de elementos dispostos em linhas e colunas representadas respectivamente
por m e n, onde n ≥ 1 e m ≥ 1.
Para representar essas linhas e colunas devemos obedecer as regras, dependendo do número
de linhas e colunas a matriz recebe um nome e podemos também aplicar nelas as quatro
operações.

Determinante é um tipo de matriz, mas essa deverá ter o mesmo numero de linhas e o mesmo
número de colunas que é chamada de matriz quadrada. Nele não aplicamos as quatro
operações, mas tem as suas propriedades, como achar o valor numérico de um determinante.

Matriz de ordem 1 é uma matriz que possui apenas uma linha e uma coluna.
Por exemplo:
A = (1)
B = [-5]

O valor do determinante desse tipo de matriz é o próprio elemento da matriz de ordem 1,


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assim podemos concluir que o determinante das matrizes A e B serão:

det A = | 1 | = 1

det B = | -5 | = -5

OBSERVAÇÃO: As duas barras que limitam os elementos de um determinante não devem


ser considerados módulos, é apenas um símbolo que representa os determinantes.

• Determinantes de matrizes de ordem 2

Para calcular o determinante de uma matriz quadrada de ordem 2, basta multiplicar os


elementos da diagonal principal e diminuir pelo produto dos elementos da diagonal
secundária.

Dada uma matriz de ordem 2:

O seu determinante será = a11 . a22 – a21 . a12.

Exemplo:

Dada a matriz B de ordem 2x2  . Calcule o seu determinante:

= -3 . 0 – 1 . 2 = 0 – 2 = -2, portanto det B = -2

• Determinantes de matrizes de ordem 3

O cálculo do determinante de matriz de ordem 3 é feito utilizando um processo diferente.


Veja como é feito.

Dada a matriz A de ordem 3x3  , o seu determinante será calculado da


seguinte forma:

Escrevemos o seu determinante, repetindo as duas primeiras colunas à direita da matriz A:


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Agora devemos multiplicar os elementos conforme o esquema montado abaixo, sabendo que
os produtos da direita conservaram os sinais e os produtos da esquerda inverteram os sinais,
veja:

Depois de ter feito as multiplicações devemos somar os seus produtos.

det A = 0 – 40 + 0 – 15 + 0 – 4 = -59, portanto det A = -59

Esse processo é chamado de regra de Sarrus.

PROPRIEDADES.

Para facilitar os cálculos dos determinantes foram observadas algumas propriedades.

• O valor numérico de uma matriz quadrada se igual ao valor numérico da matriz transposta:

det A = det At

• Dada uma matriz B quadrada se todos os elementos de uma linha ou de uma coluna de uma
matriz forem iguais a zero, isso resultará em um determinante igual a zero.
• Dada uma matriz C quadrada, se multiplicarmos uma linha ou uma coluna dessa matriz por
um valor real k qualquer, iremos obter uma segunda matriz D (diferente de C). Calculando os
determinantes de C e D percebemos que o determinante de C será igual ao determinante D,
sendo esse multiplicado pelo valor real k.

det B = k . det A

• Considere uma matriz G quadrada e um número real k, então:

det (k . G) = kn det A

• det B = - det A é verdade se, somente se, B for uma matriz quadrada retirada da matriz A e
se trocarmos de posição duas filas dessa matriz A.

• Dada uma matriz quadrada A de ordem maior que 2. Se tiver duas filas paralelas iguais o
seu determinante será igual a zero.
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• Dada as matrizes A e B de mesmas ordens, o determinante do produto das duas é igual à


multiplicação do determinante A pelo determinante B.

det (A.B) = (det A) . (det B)

19. Sistemas Lineares.

Um sistema linear é formado pelo conjunto de duas ou mais equações lineares. Nesse caso, o
conjunto solução de uma equação deverá ser o mesmo para todas as outras equações que
pertencer ao mesmo sistema linear.

Veja o exemplo:

Dado o sistema  , o conjunto (2, 3, 5) será solução da equação se satisfazer


a todas as equações.

5.2 +3.3 – 2.5 = 9 → 10 + 9 – 10 = 9 → 9 = 9 (verdadeira)


4.2 + 5.3 – 3.5 = 8 → 8 + 15 – 15 = 8 → 8 = 8 (verdadeira)
3.2 - 4.3 + 4.5 = 14 → 6 -12 + 20 = 14 → - 6 + 20 = 14 → 14 = 14 (verdadeira)

Como o conjunto solução satisfez todas as equações, dizemos que o conjunto solução desse
sistema é (2, 3, 5).

Observações:
• Quando o termo b assumir valor igual a zero a equação linear será homogênea, portanto,
quando os valores numéricos de todas as equações de um sistema linear forem iguais a zero o
sistema é chamado de sistema linear homogêneo.
• Conjunto solução ou conjunto verdade é o conjunto dos valores de todas as incógnitas de um
sistema de equações lineares.

Ao resolvermos um sistema linear iremos perceber que em relação à quantidade de solução o


sistema poderá assumir uma única solução, infinitas soluções ou nenhuma solução.

Podemos assim classificar os sistemas lineares em:

• Sistema Possível e Determinado pode ser escrito de maneira abreviada S.P.D. Um sistema
será identificado como S.P.D se após o desenvolvimento encontrarmos uma única solução, ou
seja, o sistema obtiver como solução um único par ordenado.

Exemplo: é um sistema SPD, pois possui como solução apenas o par ordenado
(3,1), ou seja, as incógnitas x e y só poderão assumir respectivamente os valores 3 e 1.

• Sistema possível indeterminado pode ser escrito de maneira abreviada S.P.I um sistema
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será considerado S.P.I se após a sua resolução obtiver mais de uma solução, ou seja, um
sistema que obtiver mais de um par ordenado como solução.

Exemplo: é um sistema SPI, pois poderá assumir como solução mais de um par
ordenado (1, 3) ou (2, 2) ou (3, 1) e etc., ou seja, as incógnitas x e y poderão assumir mais de
um valor.

• Sistema impossível pode ser escrito de maneira abreviada S.I, um sistema será considerado
S.I se após a sua resolução for impossível obter alguma solução.

Exemplo: é um sistema SI, pois não existe valor que as incógnitas x e y poderão
assumir para que as igualdades sejam verdadeiras.

Podemos montar o seguinte esquema:

Dado um sistema linear M ele poderá ser:

20. Análise Combinatória.

Fatorial.

Sendo n um número natural maior que 1, definimos como fatorial de n (n!) o número:

Lê-se n! como n fatorial. Observe os exemplos a seguir:

7! = 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5040

3! = 3 . 2 . 1 = 6

Por definição, para n = 0, temos 0! E, para n = 1, 1! = 1

Principio fundamental da contagem


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Por meio do princípio fundamental da contagem, e podemos determinar quantas vezes, de


modo diferente, um acontecimento pode ocorrer.

Se um evento (ou fato) ocorre em n etapas consecutivas e independentes, de maneira que o


número de possibilidades:

Na 1a etapa é k1,
Na 2a etapa é k2,
Na 33 etapa é k3,
..........................
Na enésima etapa é kn, então o número total de possibilidades de ocorrer o referido evento é o
produto k1, k2, k3 ... kn.

Análise combinatória é um estudo realizado na matemática e na lógica, é responsável pela


análise das possibilidades e das combinações. Observe alguns exemplos de exercícios que são
resolvidos utilizando análise combinatória.

Se quiser saber quantos números de quatro algarismos são formados com os algarismos 1, 2,
3, 4, 5, 6, 7 e 9, é preciso aplicar as propriedades da análise combinatória.

Um homem possui cinco camisas, quatro calças, três paletós e dois pares de sapatos. De
quantos modos diferentes pode se vestir? Para saber essas combinações é necessário utilizar
as propriedades da análise combinatória.

Para efetuar os cálculos desses problemas devemos estudar algumas propriedades da análise
combinatória:

- Princípio fundamental da contagem


- Fatorial
- Arranjos simples
- Permutação simples
- Combinação
- Permutação com elementos repetidos

Permutação simples
Permutação é um tipo de arranjo simples. Assim, relembrando que arranjo simples é um
subconjunto de um conjunto A de n elementos. Os elementos que formam os arranjos podem
se diferenciar pela natureza ou pela ordem de seus elementos.

Quando todos os arranjos simples formados de um conjunto qualquer se diferenciar


apenas pela sua ordem, dizemos que além de ser um arranjo simples é também uma
permutação simples, ou seja, esse tipo de arranjo simples, onde todos os seus elementos
se diferenciam apenas pela ordem, pode ser resolvido por permutação simples.
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Para efetuarmos o cálculo de uma permutação simples utilizaremos a seguinte fórmula:

P = n!

Exemplo 1: quantos anagramas podem ser formados com a palavra PROBLEMAS, seguindo
as seguintes determinações:

a) que começam e terminam em vogal?

A palavra PROBLEMAS possui 9 letras, que representaremos por traços, veja:

PROBLEMAS

As letras podem variar de lugar, ou seja, formar vários anagramas. Nesse caso o anagrama
deverá começar e terminar com vogais. Como a palavra possui 3 vogais, se iniciarmos o
anagrama com uma das 3 vogais irá sobrar apenas 2 vogais para terminar o anagrama, e ainda
irá sobrar 7 posições para colocar as outras letras, então montaremos a seguinte permutação:

3 ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ 2


                         P7

3 . P7 . 2 = 3 . 7! . 2 = 30240

Portanto, obedecendo a essa regra teremos 30.240 possibilidades.

b) que começam com vogal e terminam com consoante?

A palavra PROBLEMA possui 3 vogais e 6 consoantes, como deve começar com vogal e
terminar com consoante irá sobrar 7 espaços, assim a permutação ficará da seguinte forma:

3 ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ 6


P7

3 . P7 . 6 = 3 . 7! . 6 = 90720

Portanto, obedecendo a essa regra teremos 90720 possibilidades.

Permutações simples

Os arranjos simples, de classe n, de n elementos distintos são denominados permutações


simples desses n elementos.
Por exemplo, se A = {1, 2, 3}, as permutações simples de seus elementos são: 123, 132, 213,
231, 312 e 321.
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Permutações com elementos repetidos

Vamos considerar o número de anagramas da palavra Banana. Cada anagrama solicitado é


uma permutação das letras B, A, N, A, N, A. Temos 6 letras; se todas fossem diferentes,
teríamos P6= 6! = 720 anagramas.

Fixando a letra A em 3 dessas posições, assim teremos um único anagrama, pois há


permutação de 3 letras. A entre si não cria novos anagramas.

     
A A A

Portanto o número de anagramas da palavra BANANA é:

Consideremos n elementos:

O número Pn (n1: n2: ...: nk) de permutações desse elementos será calculado por:

Permutação de elementos repetidos.

Permutação de elementos repetidos deve seguir uma forma diferente da permutação, pois
elementos repetidos permutam entre si. Para compreender como isso acontece veja o exemplo
abaixo:

A permutação da palavra MATEMÁTICA ficaria da seguinte forma:

Sem levar em consideração as letras (elementos) repetidas, a permutação ficaria assim:

P10 = 10! = 3.628.800

Agora, como a palavra MATEMÁTICA possui elementos que repetem, como a letra A que
repete 3 vezes, a letra T repete 2 vezes e a letra M repete 2 vezes, assim a permutação entre si
dessas repetições seria 3! . 2! . 2!. Portanto, a permutação da palavra MATEMÁTICA será:
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Portanto, com a palavra MATEMÁTICA podemos montar 151200 anagramas.

Seguindo esse raciocínio podemos concluir que, de uma maneira geral, a permutação com
elementos repetidos é calculada utilizando a seguinte fórmula:

Dada a permutação de um conjunto com n elementos, alguns elementos repetem n1 vezes, n2


vezes e nn vezes. Então, a permutação é calculada:

Exemplo 1:
Quantos anagramas podem ser formados com a palavra MARAJOARA, aplicando a
permutação teremos:

Portanto, com a palavra MARAJOARA podemos formar 7560 anagramas.

Exemplo 2:
Quantos anagramas podem ser formados com a palavra ITALIANA, aplicando a permutação
teremos:

Portanto, com a palavra ITALIANA podemos formar 3360 anagramas.

Exemplo 3:
Quantos anagramas com a palavra BARREIRA podem ser formados, sendo que deverá
começar com a letra B?

B ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___


↓                          ↓
1                       P2,37

1 . P2,37 =   7!    = 420


                  2! . 3!

Portanto, com a palavra BARREIRA podemos formar 420 anagramas.

Arranjo e Combinaçao Simples;


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Arranjos Simples

Sendo A um conjunto com n elementos distintos e p um número natural, de modo que p ≤ n,


denominamos de arranjos simples dos n elementos de A, tomados p a p, os agrupamentos
ordenados de p elementos diferentes que é possível formar com os elementos de A.

O número p é denominado de ordem ou classe do arranjo. Indicamos o número de arranjos de


n elementos, p a p, por An,p ou Apn. A fórmula de arranjos simples é:

Combinações Simples

Sendo A um conjunto com n elementos distintos e p um número natural e modo que p ≤ n,


denominamos de combinações simples dos n elementos, tomados p a p, os agrupamentos de p
elementos distintos e que diferem entre si somente pela natureza de seus elementos.

O número p é denominado classe ou ordem da combinação. O número de combinações


simples, de classe p, de n elementos é denotado por Cn, p ou Cnp. A formula geral é:

Combinação Simples.

Combinação é um tipo de agrupamento de elementos onde a ordem deles não interfere na


combinação formada.

Para compreender o que seja uma combinação simples de elementos de um conjunto


qualquer, temos que relembrar que os arranjos são diferenciados pela natureza de seus
elementos e pela ordem de seus elementos, assim os arranjos que diferenciarem somente
pela natureza de seus elementos serão considerados combinações simples.

Portanto, a combinação simples é um subconjunto de um conjunto qualquer com n elemento.


Considerando p um número natural menor ou igual a n, a combinação simples de p elementos
de um conjunto, todo subconjunto formado por p elementos.

A representação de uma combinação simples de um conjunto de n elementos unido de p em p


é: C n , p. Sendo que, para efetuar o seu cálculo teremos que utilizar a seguinte fórmula:

C n , p    =   n!
              p! (n – p)!

Exemplo 1:

Calcule: C7,5 – C5,3


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Primeiro calculamos cada combinação separadamente.

C7,5   =   7!
          5! (7 – 5)!

C7,5 = 7 . 6 . 5!
              5! . 2!

C7,5 = 7 . 6
            2 . 1

C7,5 = 42
              2

C7,5 = 21

C5,3   =  5!
         3! (5 – 3)!

C5,3 = 5 . 4 . 3!
               3! . 2!

C5,3 = 5 . 4 
            2 . 1

C5,3 = 20
              2

C5,3 = 10

Agora, substituindo os valores encontrados na expressão teremos:

C7,5 – C5,3 = 21 – 10 = 11

Exemplo 2:
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n=0

n–5=0
n=5
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Dos dois valores obtidos, o que iremos considerar é n = 5, pois n é a quantidade de elementos
do conjunto que deve ser maior ou diferente de zero.

A análise combinatória estuda dois tipos de agrupamentos: Arranjos e combinações. Sendo


que diferem em arranjos simples, combinações simples.

Arranjos são agrupamentos que a ordem dos seus elementos faz a diferença, por exemplo, os
números de três algarismos formados pelos elementos {1,2 e 3} são:

312, 321, 132, 123, 213, 231

Esse agrupamento é um arranjo, pois a ordem dos elementos 1, 2 e 3 diferem. E é considerado


simples, pois os elementos não se repetem.

Para que tenhamos arranjos simples é preciso ter um conjunto de elementos distintos com
uma quantidade qualquer de elementos, sendo que os arranjos simples formados irão possuir n
elementos, sendo que essa quantidade será igual ou menor que a quantidade de elementos do
conjunto.

Veja o exemplo abaixo:

Dado o conjunto B = {5,6,7}, veja os possíveis agrupamentos formados com 2 elementos de


B.

Então, os agrupamentos formados com 2 elementos do conjunto b são: 56,57,65,67,75,76.


Esse agrupamento é formado por arranjos simples pelos elementos do conjunto B.

Nesse exemplo percebemos que é possível formar 6 arranjos, essa quantidade pode ser
representada da seguinte forma: A3,2 (três elementos distintos formados de dois a dois).
Utilizando o processo do princípio fundamental da contagem, calculamos a quantidade de
elementos:

A3,2 = 3 . 2 . 1 = 6

Se em um agrupamento compararmos os arranjos simples formados perceberemos que eles se


diferem de duas maneiras diferentes: pela ordem de seus elementos ou pela natureza de seus
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elementos. Por exemplo:

Se compararmos os arranjos 56 e 65 do exemplo anterior, perceberemos que eles são


diferentes pela ordem dos seus elementos.

Se compararmos os arranjos 75 e 76 do exemplo anterior, perceberemos que eles são


diferentes pela natureza de seus elementos, pois são diferentes.

Considerando n a quantidade de elementos de um conjunto qualquer e p um número natural


menor ou igual a n. p será a classe ou a ordem do arranjo. Indicado da seguinte forma: A n , p

A fórmula geral utilizada no cálculo da quantidade de arranjos simples é:

Exemplo 2:
Quantas “palavras” (com sentido ou não) de 5 letras distintas podemos formar com as 20
primeiras letras do nosso alfabeto?

Não é necessário montar todas os arranjos possíveis para saber a sua quantidade, basta aplicar
a fórmula

A n , p =    n!
            (n – p)!

Sendo que o conjunto é formado por 20 elementos (n = 20) que serão unidos de 5 em 5 (p =
5). Substitua a fórmula.

Portanto, a quantidade de arranjos formados com as 20


primeiras letras do nosso alfabeto unidas de 5 em 5 é 1860480.
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Arrajo ou Combinação ?

Ao resolvermos uma situação problema de análise combinatória encontraremos um


agrupamento, é nesse momento que aparece a seguinte dúvida: “esse agrupamento é uma
combinação ou um arranjo?”.
É preciso identificar corretamente que tipo de agrupamento o exercício está trabalhando, para
isso é possível utilizar o seguinte critério:

Escrevemos um dos agrupamentos que o exercício sugere, mudamos a ordem dos seus
elementos. A partir dessa mudança iremos concluir que:

• Será um arranjo se essa mudança alterar o agrupamento original, pois sabemos que
um arranjo pode ser diferenciado tanto pela natureza de seus elementos como pela
ordem desses elementos.

• Será uma combinação se essa mudança não alterar o agrupamento original, pois
sabemos que uma combinação é um arranjo que se difere apenas pela alteração na
natureza de seus elementos.

Veja o exemplo de como fazer essa verificação.

Exemplo:
Um pintor, dispondo de cinco cores diferentes de tinta pretende misturar três delas, em
quantidades iguais, para obter uma nova cor. Quantas novas cores ele poderá obter?

Verificando se os agrupamentos sugeridos são arranjos ou combinações:


Vamos supor que as cinco cores que o pedreiro possui são: amarelo, branco, verde, vermelho,
azul.

Escolhendo um dos agrupamentos formados pela combinação de 3 tintas teremos:

{azul, amarelo, branco}, se mudarmos a ordem desses elementos {amarelo, branco, azul} não
irá alterar o agrupamento, portanto os agrupamentos montados serão combinações simples.

Pra encontrar a quantidade de combinações possíveis basta aplicar a fórmula:

C5,3 =   5!
        3! (5 – 3)!

C5,3 = 5 . 4 . 3!
              3! . 2!

C5,3 = 20
              2

C5,3 = 10

Portanto, é possível montar 10 combinações de 3 tintas com o grupo de 5 tintas.


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21. Binômio de Newton.

Para calcular (a + b)4, podemos prosseguir com o mesmo procedimento:

(a + b)4 = (a + b)3 (a+b) = (a3 + 3a2b + 3ab2 + b3) (a+b) = a4 + 4a3b + 6a2b2 + 4ab3 + b4

De modo equivalente, podemos calcular as quintas e sextas potências e, de um modo geral,


obter o desenvolvimento da potência  a partir da anterior, ou seja, de
.

No entanto quando o valor de n é maior, este processo gradativo de cálculo é muito difícil. Há
um método para desenvolver a enésima potência de um binômio, conhecido como binômio de
Newton.

Para esse método é importante saber o que são coeficientes binomiais, algumas de suas
propriedades e o triângulo de Pascal.

Termo Geral

Pode-se chegar à fórmula do termo geral do desenvolvimento do binômio de Newton da


seguinte maneira:

• 

• 

• ...

• 

Exemplo:
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Determinando o 5º termo de .

Daí podemos escrever:

22. Probabilidade.

Conceito

Consideremos a experiência do lançamento de uma moeda e leitura da face voltada para cima.
Ao realizarmos n vezes a experiência, se obtivermos m vezes o resultado “cara” é  . É
claro que lançada a moeda o resultado é imprevisível, pois não podemos dizer com absoluta
certeza que o resultado será “cara”, pois nada impede que dê “coroa”.
A Experiência provou que conforme se aumenta n, ou seja, à medida que mais lançamentos da

moeda são feitos, a freqüência relativa  tende a estabilizar-se em torno de  .

Exemplo:
Em 1000 lançamentos (n = 1000), 529 resultados foram favoráveis (m = 529), o que nos dá
para  o valor de 0,529.
Em 4040 lançamentos, 2048 resultados foram favoráveis o que nos da  = 0,50693, isso

significa que no lançamento de uma moeda “honesta” a probabilidade de se obter “cara” é  .


Essa experiência foi realizada por Kerrich e Buffon.
A definição que permite calcular teoricamente a probabilidade de um evento, sem realizar a
experiência é:

Dado um espaço amostral S, com n (S) elementos, e um evento a de S, com n(A) elementos, a
probabilidade do evento A é o P(A) tal que:
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Propriedades

Sendo S ≠  um espaço amostral qualquer, A um evento de S e  o complementar de A em


S, valem as seguintes propriedades: 

► P(  ) = 0 
► P(S) = 1 
► 0 ≤ P(A) ≤ 1 

► P(A) + P( ) =1

A probabilidade de um evento (A) de espaço amostral (S) qualquer é calculado pela fórmula:

P(A) = n (A)
            n (S)

Dependendo do espaço amostral e do seu evento ou das quantidades de elementos do espaço


amostral e do evento, a probabilidade irá obedecer algumas propriedades, veja:

• Quando o evento for vazio ( ) a sua probabilidade será zero.


P( ) = 0 , pois P( ) = n( ) = 0 = 0
                                    n(E)       n(E)

OBSERVAÇÃO: evento  é o mesmo que evento impossível.

• A probabilidade de um espaço amostral (S) será igual a um.


P(S) = 1, pois P(S) = n(S) = 1
                                      n(S)

OBSERVAÇÃO: quando o espaço amostral coincide com o evento dizemos que o espaço
amostral é um evento certo.

• O valor de uma probabilidade será maior ou igual a zero ou menor ou igual a 1.


0 ≤ P(A) ≤ 1, pois o um elemento vazio está contido no evento que está contido em um espaço
amostral, assim, o número de elementos vazios deve ser menor ou igual ao número de
elementos do evento que deve ser menor ou igual ao número de elementos de um espaço

amostral; logo,

• Se somarmos a probabilidade de um evento com a probabilidade do complementar do


evento obteremos como resultado 1.
P(A) + P( ) = 1

OBSERVAÇÃO: complementar de um evento é o espaço amostral menos o evento, veja o


diagrama abaixo:
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Generalidades:

O lançamento de dados é um exemplo de probabilidade.

Espaço Amostral

Consideremos uma experiência onde pode ocorrer n resultados possíveis. Cada um dos n
resultados possíveis será chamado ponto amostral, e o conjunto S de todos os resultados
possíveis, ou seja, o conjunto S de todos os pontos amostrais será chamado espaço amostral
da experiência.

Cada bola representa um resultado possível.

Exemplo: 
► Lançamento de uma moeda:
Existem dois resultados possíveis, portanto S = {“cara”, “coroa”}
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► Lançamento de um dado:
Existe 6 resultados possíveis, portanto S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6}

Evento

Chama-se evento qualquer subconjunto A do espaço amostral S.

A está contido em S

Exemplo: 
► No lançamento de um dado, o evento “número ímpar” é A = { 1; 3; 5} 
► Na experiência “retirar uma bola de uma urna” que contém três bolas brancas (b1, b2, b3), e
duas bolas pretas (p1, p2), o espaço amostral é:
S = {b1, b2, b3, p1, p2}, onde o evento “bola branca” é: {b1, b2, b3}

Evento Impossível e Evento Certo

O conjunto vazio também é um subconjunto de S (  está contido em S), portanto,


também é um evento;  é chamado evento impossível, pois nunca ocorre.
O conjunto S é subconjunto de si próprio, portanto S também é um evento; S é chamado de
evento certo, pois sempre acontece.
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Evento Complementar

Chama-se de evento complementar de um evento A num espaço amostral S, ao evento  tal


que  =  S – A.

 está de verde.

Notemos que A ∩ C =  e           A   U  =   S

Exemplo:
No lançamento de um dado, o evento complementar do evento “número ímpar” é o evento
“número par”
A = { 1, 3, 5}
 = {2, 4, 6}

Probabilidade de união de dois eventos.


Dados dois eventos A e B de um espaço amostral S a probabilidade de ocorrer A ou B é dada
por:

P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)

Verificação:
O Número de elementos de A U B é igual à soma do número de elementos de A com o
número de elementos de B, menos uma vez o número de elementos de A ∩ B que foi contado
duas vezes (uma em A e outra em B). Assim temos:

n(AUB) = n(A) + n(B) – n(A∩B)


Dividindo por n(S) [S ≠ ] resulta

P(AUB) = P(A) + P(B) – P(A∩B)


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Exemplo:
Numa urna existem 10 bolas numeradas de 1 a 10. Retirando uma bola ao acaso, qual a
probabilidade de ocorrer múltiplos de 2 ou múltiplos de 3?

A é o evento “múltiplo de 2”.


B é o evento “múltiplo de 3”.

P(AUB) = P(A) + P(B) – P(A∩B) = 

Eventos Independentes.

A probabilidade condicional é encontrada sobre o evento de outro evento e eventos


independentes são eventos separados de um único espaço amostral. A probabilidade desse
tipo de evento será:

Dado um espaço amostral qualquer, se dele tirarmos dois eventos e se eles forem
independentes, então a sua probabilidade será calculada separadamente.

P(B|A) = P(B) e P(B|A) = P(A)

Exemplo:
Uma moeda é lançada duas vezes. Calcule a probabilidade de obtermos cara no segundo
lançamento.

Indicamos por C e K as faces cara e coroa, respectivamente, temos que o espaço amostral E é:

E = {(C,C) , (C, K) , (K,K) , (K,C) }, n(E) = 4.

O evento que queremos é:

A = {(C,C) , (K,C) }, n(A) = 2

Logo: P(A) = n(A) = 2 = 1


                        n(E)   4     2

Agora, calcule a probabilidade de obtermos cara no segundo lançamento sabendo que


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obtivemos cara no primeiro lançamento.

Temos dois eventos a considerar: cara no primeiro lançamento, B = {(C,C) , (C,K)}, e cara no
segundo lançamento, A = {(C,C) , (K,C)}. Como sabemos que ocorreu o evento B, temos que
o evento A só pode ter ocorrido na intersecção de A e B:

P(A|B) = n(A ∩ B) = 1
                    n(B)        2

Observando as respostas das duas probabilidades, temos:

P(A|B) = P(A) = 1
                            2

Por isso, dizemos que A e B são eventos independentes.

Probabilidade Condicional.

Probabilidade condicional é um segundo evento de um espaço amostral que ocorre em um


evento depois que já tenha ocorrido o primeiro.

Para melhor compreensão do que seja probabilidade condicional, considere um espaço


amostral S finito não vazio e um evento A de S, se quisermos outro evento B desse espaço
amostral S, essa nova probabilidade é indicada por P(B | A) e dizemos que é a probabilidade
condicional de B em relação a A.

Essa probabilidade condicional irá formar um novo espaço amostral, pois agora o espaço
amostral será A e os elementos do evento B irão pertencer a B ∩ A.

Para calcular a probabilidade P(B | A) deve-se seguir o mesmo raciocínio da fórmula

, portanto 
                                                                                                                                                        
              
P(B | A) = n(B ∩ A) ou P(B | A) = P(B ∩ A) 
                     n(A)                              P(A)

E para calcular a probabilidade P(B∩A) basta multiplicar as probabilidades de A e B:

P(B∩A) = P(A) . P(B)


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23. Equações Polinomiais e algébricas.

Denominamos equações polinomiais ou algébricas, às equações da forma:


P(x) = 0, onde P(x) é um polinômio de grau n > 0.

Teorema Fundamental da Álgebra

Toda a equação algébrica P(x) = 0 de grau n > 0, admite pelo menos uam raiz real ou
complexa
OBS:
Equações de 5º grau ou maiores não possuem fórmulas para a sua solução direta.

Teorema da Decomposição

Todo o polinômio de grau n tem exatamente n raízes reais e com plexas.


Demonstração
Pelo teorema fundamental, P(x) tem pelo menos uma raiz. Seja ela r1. Logo:
P(x) = (x - r1) . Q(x)
Q(x) é um novo polinômio de grau n-1, que possui, também, pelo menos uma raiz. Seja ela r2.
Logo:
Q(x) = (x - r2) . Q1(x)
Fazendo o mesmo procedimento com q1(x) e continuando até a n-ésima expressão temos
Qn-1(x) = (x - rn) . Qn(x)
Em Qn o grau do polinômio será zero e Qn será igual a uma constante que chamamos de an
Substituindo todas as equações obtidas na decomposição de P(x), teremos:
P(x) = an.(x-r1).(x-r2). ... (x-rn)
Exemplo:
Compor o polinômio, sabendo que suas raízes são 1, 2 e 4
Como existem 3 raízes, n=3, então o polinômio é da forma:
P(x) = an.(x-r1).(x-r2).(x-r3)
Fazendo an = 1, temos que:
P(x) = 1. (x-1).(x-2).(x-4)
P(x) = x3 - 7x2 + 14x - 8

Multiplicidade de uma raiz

Quando ao decompormos P(x) uma mesma raiz ocorre mais de uma vez a denominamos de
raiz múltipla de P(x).
Exemplo:
Se P(x) = (x-1)2.(x-3)
Dizemos nesse caso que das 3 raízes de P(x), a raiz 1 tem multiplicidade 2 enquanto que 3 é
uma raiz simples

Teorema das raízes complexas

Se uma equação P(x) = 0 ,de coeficientes reais, apresentar uma raiz complexa (a+bi),
podemos afirmar que o seu conjugado (a-bi) também será raiz de P(x), e com a mesma
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multiplicidade.
Consequência
Num polinômio P(x) com coeficientes reais e grau ímpar há, no mínimo, uma raiz real
Exemplo:
Calcular as raízes da equação:
x4 - x3 - 5x2 + 7x + 10 = 0,
sabendo que (2+i) é uma das raízes

Se (2+i) é uma das raízes, o seu conjugado (2-i) também é raiz da equação. Usando a forma:
P(x) = (x-r1).(x-r2).Q(x) = 0
temos que:
P(x) = [x - (2+i)].[x - (2-i)].Q(x) = 0
P(x) = [(x-2) + i]. [(x-2) - i].Q(x) = 0
P(x) = [(x-2)2 - i2].Q(x) = 0
P(x) = [(x2 - 4x +4) - (-1)].Q(x) = 0
P(x) = (x2 - 4x + 5).Q(x) = 0
Como o polinômio dado é de grau n=4 e sabemos, agora, que é divisível por x2 - 4x + 5,
restam duas raízes a se descobrir. Essas raízes produzem um polinômio do tipo ax2 + bx + c.
Assim, podemos dizer que:
x - x -5x + 7x + 10 = (x2 - 4x + 5).(ax2 + bx + c)
4 3 2

ou ainda que:
x - x -5x + 7x + 10 =ax + (b-4a)x3 + (c - 4b + 5a)x2 + (-4c + 5b)x + 5c
4 3 2 4

Igualando os termos correspondentes temos que


a=1
b - 4a = -1 , logo b=3
c - 4b + 5a = -5 , logo c =2
Logo Q(x) = x2 + 3x + 2
Fazendo Q(x) = 0, temos que x1 = -2 e x2 = -1
Assim, as raízes da equação são S = { -2, -1, 2+i, 2-i}

Relações de Girard

São chamadas as relações estabelecidas entre raízes e coeficientes de uma equação algébrica.
Consideremos a equação algébrica:
(I) anxn + an-1xn-1 + an-2xn-2 + ... + a2x2 + a1x + a0 = 0
Se fizermos a decomposição polinomial obteremos:
(II) anx + (r1+r2+...+rn)xn-1 + (r1r2+r1r3+...+rn-1rn)xn-2 + ... + (-1)nanr1r2...rn
n

Igualando-se (I) e (II) , temos que:


r1 + r2 + .... + rn = - an-1 / an
r1r2+r1r3+ ... + rn-1rn = an-2 / an
.......................................
r1r2 ..... rn = (-1)n . a0 / an
Exemplo:
Determinar as relações entre as raízes e os coeficientes da equação
2x3 - 4x2 + 6x + 10 = 0
Temos que
n=3
an = a = 2
an-1 = b = -4
an-2 = c = 6
an-3 = d = 10
Pelas relações de Girard, temos que:
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Soma das raízes: -b /a = 4/2 = 2


Soma dos produtos 2 a 2: c/a = 6/2 = 3
produto das raízes: (-1)3. d/a = -10/2 = -5

Raízes Racionais

Seja a equação polinomial de coeficientes inteiros:


anxn + an-1xn-1 + ... + a1x + a0 = 0, com a diferente de 0
Se o racional p/q, (p e q primos entre si) é raiz dessa equação, então: p é divisor dea0 e q é
divisor de an.
Demonstração
Como p/q é raiz da equação, temos que
an(p/q)n + an-1(p/q)n-1 + ... + a1(p/q) + a0 = 0
Multiplicando ambos os membros por qn, temos:
an.pn + an-1.pn-1.q + ... + a1.p.qn-1 + a0.qn = 0
Isolando anpn e colocando q em evidência temos
(I) anpn = -q(an-1pn-1 + ... + a1pqn-2 + a0qn-1
Por outro lado, isolando a0qn e colocando p em evidência, temos
(II) a0qn = -p(anpn-1 + an-1pn-2.q + ... + a1qn-1
Como todos os coeficientes a0, a1, ..., an, assim como p e q são inteiros, os valores de k e l, por
exemplo, também são inteiros, logo de (I) e (II), temos que:
anpn = -q. k ou seja, anpn / q = -k
a0qn = - p.l, ou seja a0qn / p = -l
Então
anpn é divisível por q.Como pn e q são primos entre si, logo an é divisível por q.
Da mesma forma, a0qn é divisível por p. Como qn e p são primos entre si, logo a0 é divisível
por p.
OBS
O teorema não nos garante a existência de raízes racionais de uma equação de coeficientes
inteiros. Apenas, em caso de existirem raízes racionais, ele nos mostra todas as possibilidades
de tais raizes.
Exemplo:
Resolver a equação x3 - 5x2 + 9x - 5 = 0
Pesquisemos alguma raiz racional, sabendo que:
p pertence a {+1, -1, +5, -5} e q pertence {+1, -1}, onde
p/q pertence {+1, -1, +5, -5}
Logo
f(1) = 0, f(-1) = -20, f(5) = 40, e f(-5) = -300
Então a única raiz inteira da equação é 1
Então
(x3 - 5x2 + 9x - 5) / (x-1) = x2 - 4x + 5
Calculando as outras duas raízes, temos que, se x2 - 4x + 5 = 0 as raízes são:
x1 = 2 - i e x2 = 2 + i
Finalmente, o conjunto solução será:
S = { 1, 2+i, 2-i}
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Equações Algébricas

Equações Algébricas e Transcendentes

Uma equação algébrica real na variável x é uma relação matemática que envolve apenas um
número finito de operações de soma, subtração, produto, divisão e radiciação de termos
envolvendo a variável x.

Exemplos

1. 2x²+3x+7=0
2. 3x²+7x½=2x+3

A função exponencial exp(x)=ex pode ser escrita como um somatório com infinitos termos
contendo potências de x:

ex = 1 + x +x²/2! + x³/3! + x4/4! + x5/5! +...

assim, a equação

x²+7x=ex

não é uma equação algébrica, o que equivale a dizer que esta equação é transcendente.

Quando a equação é da forma:

p(x) = 0

onde p é um polinômio real em P[x], ela será chamada equação polinomial.

Quando uma equação possui a variável sob um sinal de radiciação ela é chamada equação
irracional.

Exemplo: 2x²+3x+7 =0 e 3x²+7x½=2x+3 são equações algébricas. A primeira é polinomial,


mas a segunda não é polinomial. Esta segunda é uma equação irracional.

Observação: Uma equação algébrica irracional sempre poderá ser colocada na forma de uma
equação polinomial. Quando uma equação algébrica irracional é transformada em uma
equação polinomial, as raízes da nova equação poderão não coincidir com as raízes da
equação original e as raízes obtidas desta nova equação que não servem para a equação
original são denominadas raízes estranhas.

Exercício: Apresentar uma equação irracional que tenha raízes estranhas.

Métodos de resolução algébrica

Alguns tipos especiais de equações podem ser resolvidos.


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Equação do 1o. grau: A equação ax+b=0 com a diferente de zero, admite uma única raíz
dada por:

x = -b/a

Equação do 2o. grau: A equação ax²+bx+c=0 com a diferente de zero, admite exatamente
duas raízes no conjunto dos números complexos, dadas por:

x1=(-b+R[b²-4ac] / 2a
x2=(-b- R[b²-4ac]/ 2a

onde R[z] é a raiz quadrada de z.

Nesta página há dois links que tratam sobre o assunto: Equações do Segundo grau que dá um
tratamento mais detalhado sobre o assunto e Cálculo de raízes de uma Equação do 2o.grau
que é um formulário onde você entra com os coeficientes e obtém as raízes sem muito
esforço.

Equação cúbica: A equação ax³+bx²+cx+d=0 com a não nulo, admite exatamente três raízes
no conjunto dos números complexos que podem ser obtidas pela fórmula de Tartaglia
(Cardano).

Veja o nosso link O método de Tartaglia (Eq. do 3o.grau) onde você poderá encontrar
material mais aprofundado sobre o assunto.

Para obter apenas o cálculo das três raízes de uma equação do 3o. grau, vá ao nosso link
Raízes de uma Equação do 3o. grau.

Equação quártica: A equação ax4+bx³+cx²+dx+e=0 com a não nulo, admite exatamente


quatro raízes no conjunto dos números complexos que podem ser obtidas pela fórmula de
Ferrari.

Equação quíntica: Para equações de grau maior ou igual a 5, não existem métodos
algébricos para obter todas as raízes, mas existem muitos métodos numéricos que
proporcionam as raízes de tais equações com grande precisão.

Existe uma versão da planilha Kyplot disponível gratuitamente na Internet, que dispõe de um
mecanismo capaz de calcular com grande precisão raízes de equações polinomiais de grau n.

Em Português, há um excelente livro que trata sobre Equações Algébricas e a história da


Matemática subjacente: "O Romance das Equações Algébricas, Gilberto G. Garbi, Makron
Books, São Paulo, 1999."

Teorema Fundamental da Álgebra

Teorema (Gauss): Toda equação algébrica polinomial com coeficientes reais ou complexos,
admite no conjunto dos números complexos, pelo menos uma raiz.
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Teorema equivalente: Toda equação algébrica polinomial de grau n, com coeficientes reais
ou complexos, admite exatamente n raízes, no conjunto dos números complexos.

Consequência: Toda equação algébrica polinomial real de grau n, admite no máximo n


raízes, no conjunto dos números reais.

Algumas identidades polinomiais

Ver o link Produtos Notáveis nesta mesma página onde existem 33 identidades polinomiais,
sendo algumas não triviais.

Algumas desigualdades polinomiais

Algumas desigualdades bastante comuns que podem ser obtidas a partir das identidades
polinomiais:

1. a²+b² > 2ab


2. (a+b)/2 > R[a.b]

3. a²+b²+c² > ab+ac+bc

onde R[x] é a raiz quadrada de x e o símbolo > significa maior ou igual.

Há vários livros de Matemática dedicados somente a desigualdades pois uma grande parte da
Matemática é construída através deste conceito. Áreas onde existem muitas aplicações para as
desigualdades são a Análise Matemática e a Programação Linear.

24. Geometria Analítica.

Geometria analítica
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Sistema cartesiano de coordenadas.

A geometria analítica, também chamada geometria de coordenadas e que antigamente


recebia o nome de geometria cartesiana, é o estudo da geometria através dos princípios da
álgebra. Em geral, é usado o sistema de coordenadas cartesianas para manipular equações
para planos, retas, curvas e círculos, geralmente em duas dimensões, mas por vezes também
em três ou mais dimensões. Alguns pensam que a introdução da geometria analítica constituiu
o início da matemática moderna.

Por aquilo que dela é ensinado nos livros escolares, pode-se explicar a geometria analítica de
uma forma mais simples: a disciplina procura definir formas geométricas de modo numérico e
extrair informação numérica dessa representação. O resultado numérico também pode, no
entanto, ser um vector ou uma forma.

25. Geometria Plana.


ÂNGULOS.

Representação gráfica Notação

Lê-se: ângulo AOB e são lados do ângulo.


O ponto O é o seu vértice.

Bissetriz de um ângulo

È a semi-reta de origem no vértice de um ângulo e que o divide em dois ângulos congruentes. 


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Alguns ângulos notáveis

Ângulos de duas paralelas cortadas por uma transversal


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Nomenclatura Propriedades
Correspondentes | a e e; b e f; c e g; d e h| Congruentes
Colaterais internos | e e f; d e e| Suplementares
Colaterais externos | a e h; d e g| Suplementares
Alternos externos | a e g; b e h| Congruentes
Alternos internos | c e e; d e f| Congruentes

ÂNGULOS DA CIRCUNFERÊNCIA.

Elementos da circunferência 

Arco: qualquer uma das duas partes em que uma circunferência fica dividida por dois
quaisquer de seus pontos .
Corda: Segmento de reta que une dois pontos quaisquer de uma circunferência.
Diâmetro: Qualquer corda que passa pelo centro de uma circunferência.

Ângulo central

Um ângulo é central em relação a uma circunferência se o seu vértice coincide com o centro
da mesma.
- Quando um arco é interceptado por um ângulo central, ele é chamado de arco
correspondente ao ângulo.
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Ângulo inscrito

É inscrito numa circunferência somente se o seu vértice é um ponto da circunferência e cada


um de seus lados contém uma corda dessa circunferência.

Obs: A medida de um ângulo inscrito é igual à metade da medida do arco correspondente ele.

ÁREA DE UM TRIANGULO.

Sabemos que a área de um triângulo é calculada utilizando as dimensões da base e altura do

triângulo através da fórmula , mas essa fórmula só facilita o cálculo da 

área de triângulos retângulos, triângulos eqüiláteros ou triângulo isósceles. Para o cálculo da


área de um triângulo qualquer podemos utilizar outras formas de cálculo como:

• Área de um triângulo com base o semi-perímetro.

Dado o triângulo ABC de lados a,b,c:


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A área de um triângulo qualquer pode ser calculada utilizando a seguinte fórmula:

Onde os valores de a, b, c correspondem aos lados do triângulo e o valor de p é o valor do


perímetro (soma de todos os lados de um triângulo).

• Área do triângulo utilizando o seno de um dos seus ângulos.

Dado o triângulo ABC de lados a,b,c:

Observando o ângulo A podemos calcular a sua área através do seno de A, veja:

A = b . c . sen Â
                     2

Se levarmos em consideração o ângulo C, o cálculo da área será feito através da seguinte


fórmula:

A = a . b sen Ĉ
              2

Se levarmos em consideração o ângulo B, o cálculo da área será feito através da seguinte


fórmula:

A = a . c sen B
            2

Área de um triângulo eqüilátero


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Um triângulo eqüilátero é um triângulo que possui todos os lados iguais, portanto o cálculo da
sua área é feito utilizando a mesma fórmula para qualquer triângulo, mas se substituímos
alguns valores, particulares do triângulo eqüilátero, podemos tornar a fórmula

mais prática quando o triângulo for eqüilátero.

Veja como ficaria a fórmula do cálculo da área de um triângulo adaptada às particularidades


do triângulo eqüilátero.

Dado o triângulo ABC de lado a e altura h.

Para calcularmos a sua área precisamos do valor da base, que é a, e o valor da altura, que
iremos calcular da seguinte forma:

A altura de um triângulo eqüilátero divide-o em dois triângulos retângulos, assim, se


pegarmos um desses triângulos e aplicarmos o Teorema de Pitágoras obteremos o valor da
altura:
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Agora, substituindo na fórmula o valor da base por a e o valor da altura por


a√3 = h:
 2

A∆ = a . a√3
                  2
                  2

A∆ = a2 √3 . 1 
              2      2

Portanto, a fórmula mais prática para o cálculo da área de um triângulo eqüilátero é igual a:

A∆ = a2 √3
             4

SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS.

Congruência de triângulos

Dois ou mais triângulos são congruentes somente se os seus lados e ângulos forem ordenados
congruentes. 

O emprego da congruência de triângulos em demonstração

Com o auxilio da congruência de triângulos é que se demonstra grande parte dos teoremas
fundamentais da geometria.

Semelhança de triângulos

Dois triângulos são semelhantes somente se, existe uma correspondência biunívoca que
associa os três vértices de um dos triângulos aos três vértices do outro, de forma que:
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I) lados opostos a vértices correspondentes são proporcionais.


II) Ângulos com vértices correspondentes são congruentes. 

Casos de semelhança de triângulos

Critérios utilizados para que haja semelhança de triângulos

1) Caso AA (ângulo, ângulo)Dois triângulos são semelhantes somente se, têm dois ângulos
respectivamente congruentes. 

2) Caso LAL (lado, ângulo, lado)Dois triângulos são semelhantes somente se, têm dois lados,
respectivamente, proporcionais; e são congruentes os ângulos formados por esses lados. 

3) Caso LLL (lado, lado, lado) Dois triângulos são semelhantes somente se, têm os três lados,
respectivamente, proporcionais. 

Relações Métricas no triângulo Retângulo


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Caso ABC seja um triângulo retângulo em A, traçando-se a altura AH, relativa à hipotenusa,
ficam definidos os seguintes elementos.

CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍGONOS.

Vamos ressaltar a definição de polígono:


Polígono é uma região plana de uma linha poligonal fechada com o conjunto de seus
pontos interiores.
Essas linhas são chamadas de lados e a união delas é chamada de vértice e a união dos
vértices é chamada de diagonal. O único polígono que não possui diagonal é o triângulo.

Dependendo do número de lados de um polígono ele receberá uma nomenclatura diferente, ( o


menor número de lados para que seja formado um polígono são três lados) veja abaixo:

3 lados triangulo ou trilátero


4 lados quadrângulo ou quadrilátero
5 lados pentágono ou pentalátero
6 lados hexagonal ou hexalátero
7 lados heptágono ou heptalátero
8 lados octógono ou octolátero
9 lados eneágono ou enealátero
10 lados decágono ou decalátero
11 lados undecágono ou undecalátero
12 lados dodecágono ou dodecalátero
15 lados pentadecágono ou pentadecalátero
20 lados icoságono ou icosalátero

Além de classificar um polígono pelo seu número de lados, podemos também classificá-lo
conforme a congruência de seus lados e ângulos internos.

♦Quando o polígono tem todos os lados e ângulos internos congruentes eles recebem o nome
de polígonos regulares.

♦Quando o polígono não tem nem lados e nem ângulos congruentes recebe o nome de
irregulares.

♦Para que um polígono seja regular ele tem que assumir ser: eqüilátero, ter todos os lados
congruentes e ser ao mesmo tempo eqüiângulo, ter os ângulos congruentes.

Na construção de um polígono é preciso utilizar um transferidor para medir os ângulos


corretamente e uma régua para medir os lados corretamente.

Um polígono é formado por arestas (lados do polígono) que são interligadas por vértices e as
uniões dos vértices opostos formam as diagonais, assim, quanto maior o número de lados
maior a quantidade de diagonais.

Como as diagonais são a união dos vértices opostos, o único polígono que não possui
diagonal é o triângulo, assim iremos iniciar pelos quadriláteros (polígonos de 4 lados). Veja a
tabela abaixo que faz uma relação entre o número de lados de um polígono, o número de
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diagonais que parte de cada vértice e o total de diagonais que possui cada polígono.

Observando a tabela percebemos que a quantidade de diagonais que partem de cada vértice é
sempre 3 unidades a menos que o número de lados de um polígono. Se um polígono possui 4
lados e de cada um parte 1 diagonal, então o total de diagonais deveria ser 4 e não 2 como
indica a tabela. Considere o polígono ABCD para compreender por que o número de
diagonais é dividido por 2:

A diagonal AC é a mesma diagonal CA. Não as contamos duas vezes, por isso que
percebemos pela tabela que o total de diagonais de um polígono convexo é a metade do total
de diagonais que partem e todos os vértices.

Levando em consideração todas as observações feitas acima, podemos concluir que a fórmula
que iremos utilizar para o cálculo do número total de diagonais de um polígono convexo é:

d = n(n – 3)
             2

É convexo somente se, quaisquer que sejam os pontos x e y do seu interior, o segmento de
reta xy está inteiramente contido em seu interior.

Soma dos ângulos internos de um polígono


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- A soma dos ângulos internos de um polígono de n lados é:

Soma dos ângulos externos de um polígono

Em qualquer polígono convexo, a soma das medidas dos ângulos externos é constante e igual
a 360º.
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É todo quadrilátero que possui os lados opostos respectivamente paralelos.

Paralelogramos Notáveis
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Teorema de Tales
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O teorema de Tales é determinado por feixes de retas paralelas (determinado por três ou mais
retas paralelas) cortadas por transversais que formarão segmentos de retas correspondentes.

Para compreender melhor o que o teorema de Tales representa, considere o feixe de retas
paralelas formado pelas retas r, s, t, cortadas pelas retas transversais v, u.

As retas u e v formam com as r, s e t segmentos de retas correspondentes.

Os pontos A, B, C, A’, B’, C’ formam os segmentos de retas AB, BC, AC, A’B’, B’C’, A’C’,
esses obedecem à seguinte correspondência:

AB = BC = AC
A’B’  B’C’  A’C’

Exemplo: Encontre o valor de x e y indicado em cada feixe de retas paralelas abaixo:


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2x – 3 = x + 2
     5          6

5x + 10 = 12x – 18

5x -12x = - 18 – 10

-7x = -28

x=4

y+1=5
2y – 1 = 3

3y + 3 = 10y – 5

3y – 10y = -5-3

3y – 10y = -8

-7y = -8

y = 8/7

5=x–6
3      4
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3x – 18 = 20

3x = 38

x = 38/3

Proporções aplicadas no Teorema de Tales

O Teorema de Tales descreve a seguinte definição: Um feixe de retas paralelas cortadas


por transversais, forma segmentos proporcionais. Dessa forma, considere o feixe de retas
paralelas cortadas por transversais abaixo e veja as possíveis proporções que podemos montar
com os segmentos formados.

As retas a // b//c formam um feixe e as retas s e r são transversais, formando as seguintes


proporções:

Seguindo essas proporções e outras que podem ser encontradas, encontre o valor de x e y em
cada feixe de retas paralelas cortadas por transversais abaixo:

Exemplo 1: Determine os valores de x e y sabendo que a//b//c, com s e t são as retas


transversais e o segmento AC = 42.
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Como AC = 42 então x + y = 42, dessa forma podemos montar a seguinte proporção:

42 = x
21    9

21x = 378
x = 378 : 21
x = 18

42 = y
21   12

21y = 504
y = 504 : 21
y = 24

Soma dos ângulos internos e externos de um polígono


convexo

A soma dos ângulos internos de um polígono convexo qualquer é calculada levando em


consideração que a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°.

Veja como é feita essa relação:

Considerando as diagonais traçadas por apenas um dos vértices de um polígono, é possível


perceber que elas formam triângulos. Conforme aumentamos os lados de um polígono a
quantidade de triângulos aumenta, veja:

Em um polígono de quatro lados (quadrilátero) formamos 2 triângulos.


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Cada triângulo tem a soma dos ângulos internos iguais a 180°, como são dois triângulos a
soma dos ângulos internos de um quadrilátero será 180° + 180° = 360°

Em um polígono de cinco lados formamos 3 triângulos.

Como são 3 triângulos a soma dos ângulos internos de um quadriláteros será 180° + 180° +
180° = 540°

Em um polígono de seis lados formaremos 4 triângulos.

Como são 4 triângulos a soma dos ângulos internos de um quadriláteros será 180° + 180° +
180° + 180° = 720°

Percebemos que a diferença do número de triângulos formados e o número de lados dos


polígonos é sempre 2, então concluímos que:

n = 3 ; Si = (3-2) . 180º = 1 . 180° = 180°

n = 4 ; Si = (4-2) . 180° = 2 . 180° = 360°

n = 5 ; Si = (5-2) . 180° = 3 . 180° = 540°

n = 6 ; Si = (6-2) . 180° = 4 . 180° = 720°

n = n ; Si = (n – 2) . 180°

Portanto, a soma dos ângulos internos de qualquer polígono poderá ser calculada utilizando a
seguinte fórmula:

Si = (n – 2) . 180°

A Soma dos ângulos externos de qualquer polígono convexo, independentemente da


quantidade de lados, é igual a 360°.

Semelhança de Polígonos

Dois polígonos ABCDE... e A’ B’ C’ D’ E’..., com o mesmo número de vértices, são


semelhantes somente se,;

a) seus ângulos correspondentes (ou homólogos) são congruentes.


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b) Seus lados homólogos são proporcionais, isto é:

Relações Métricas

Triângulo Retângulo

Num triângulo ABC, retângulo em A, indicamos por:


A a medida da hipotenusa BC
B a medida do cateto AC
C a medida do cateto AB
H a medida de AH, altura relativa a BC
M a medida de HC, projeção ortogonal de AC sobre BC
N a medida de BH, projeção ortogonal de AB sobre BC.

• A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa, ou seja,


b² + c² = a² (teorema de Pitágoras).
• O quadrado da medida de um cateto é igual ao produto da medida da hipotenusa pela
medida da projeção ortogonal desse cateto sobre a hipotenusa, ou seja,
b² = a . m
c² = a . n
• O produto das medidas dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela altura relativa à
hipotenusa, ou seja,
b.c=a.h.
• O quadrado da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto dos segmentos que ela
determina na hipotenusa, ou seja,
h² = m . n

Triângulo Equilátero

Num triângulo eqüilátero ABC, cujo lado tem medida a:


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• AH é altura, mediana e bissetriz relativa ao lado BC; sua medida h é dada por:

• O baricentro (ponto de intersecção das medianas), o ortocentro (ponto de intersecção das


retas suportes das alturas), o incentro (ponto de intersecção das bissetrizes internas) e o
circuncentro(ponto de intersecção das mediatrizes dos lados) coincidem.
• O baricentro divide cada mediana em duas partes tais que a que contém o vértice é o dobro
da outra.

Quadrado

Num quadrado, cujo lado tem medida a, a medida d de uma diagonal é dada por:

d = a √2

26. Geometria Espacial.


Geometria Espacial é o estudo da geometria no espaço, onde estudamos as figuras que
possuem mais de duas dimensões, essas figuras recebem o nome de sólidos geométricos ou
figuras geométricas espaciais, são conhecidas como: prisma (cubo, paralelepípedo),
pirâmides, cone, cilindro, esfera.

Se observarmos cada figura citada acima, iremos perceber que cada uma tem a sua forma
representada em algum objeto na nossa realidade, como:
Prisma: caixa de sapato, caixa de fósforos.
Cone: casquinha de sorvete.
Cilindro: cano PVC, canudo.
Esfera: bola de isopor, bola de futebol.
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Essas figuras ocupam um lugar no espaço, então a geometria espacial é responsável pelo
cálculo do volume (medida do espaço ocupada por um sólido) dessas figuras e o estudo das
estruturas das figuras espaciais.

Os Alguns axiomas de enlace

Para os estudos da Geometria e da Matemática, de um modo geral, consideram-se dois tipos


de proposições: os axiomas e os teoremas.
Os axiomas, também chamados postulados, são proposições aceitas sem demonstração. Os
teoremas são todas as proposições que podem ser demonstrados a partir dos axiomas.
Entre os axiomas, há um grupo que estabelece as relações existentes entre o ponto, a reta e o
plano. Por isso, são chamados axiomas de enlace ou de associação.

Por dois pontos distintos A e B passa uma e uma só reta a.

Por três pontos não alinhados A, B e C passa um único plano α.

Se dois pontos distintos de uma reta pertencem a um plano, então todos os pontos dessa reta
pertencem a esse plano.
Nesse caso, dizemos que a reta está contida no plano.

Axioma de Euclides

Num plano, consideremos uma reta r e um P não pertencente a r. Nesse plano, existe uma
única reta s que passa por P e não intercepta a reta r.
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Posições relativas de duas retas

Duas retas distintas têm no máximo um ponto comum.

De fato, vamos admitir que retas distintas, r e s, tenham dois pontos comuns A e B, distintos:

Com isso, as possíveis posições relativas de duas retas distintas no espaço são as seguintes.

*concorrentes

São duas retas que têm um único ponto comum.

A ∩ b = {P}

*paralelas

São duas retas coplanares que não têm ponto comum.


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*reservas

São duas retas não coplanares

Retas perpendiculares

Duas retas r e s são perpendiculares se, e somente se, são concorrentes e formam ângulos
“retos” entre si.

Indicamos que r e s são perpendiculares por:

Reta perpendicular a plano

Uma reta r secante a um plano α é perpendicular a α se, e somente se, todas as retas do plano
α que concorrem com r são perpendiculares a r.
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Indicaremos que r é perpendicular a α por r ┴ α ou por α ┴ r.

Planos perpendiculares

Definição

Dois planos são perpendiculares se, e somente se, existe um reta contida em um deles e
perpendicular ao outro.

Indicamos que um plano α é perpendicular a um plano β pelo símbolo α ┴ β ou β ┴α.

27. Trigonometria no triângulo retângulo.

Sobre a trigonometria
Dois triângulos são ditos similares se um pode ser obtido pela expansão uniforme do outro.
Este é o caso se, e somente se, seus ângulos correspondentes são iguais. O fato crucial sobre
triângulos similares é que os comprimentos de seus lados são proporcionais. Isto é, se o maior
lado de um triângulo é duas vezes o maior que o lado do triângulo similar, então o menor lado
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será também duas vezes maior que o menor lado do outro triângulo, e o comprimento do lado
médio será duas vezes o valor do lado correspondente do outro triângulo. Assim, a razão do
maior lado e menor lado do primeiro triângulo será a mesma razão do maior lado e o menor
lado do outro triângulo.

Usando estes fatos, definem-se as funções trigonométricas, começando pelos triângulos


retângulos (triângulos com um ângulo reto (90 graus ou π/2 radianos)). O maior lado em um
triângulo qualquer é sempre o lado oposto ao maior ângulo e devido a soma dos ângulos de
um triângulo ser 180 graus ou π radianos, o maior ângulo em um triângulo retângulo é o
ângulo reto. O maior lado nesse triângulo, consequentemente, é o lado oposto ao ângulo reto,
chamado de hipotenusa e os demais lados são chamados de catetos.

Dois triângulos retângulos que compartilham um segundo ângulo A são necessariamente


similares, e a razão entre o lado oposto a A e a hipotenusa será, portanto, a mesma nos dois
triângulos. Este valor será um número entre 0 e 1 que depende apenas de A. Este número é
chamado de seno de A e é escrito como . Similarmente, pode-se definir o cosseno (ou
co-seno) de A como a razão do cateto adjacente a A pela hipotenusa.

Círculo Trigonométrico

Círculo trigonométrico
Ver artigo principal: Círculo trigonométrico

É uma circunferência orientada de raio unitário, centrada na origem dos eixos de um plano
cartesiano ortogonal. Existem dois sentidos de marcação dos arcos no ciclo: o sentido
positivo, chamado de anti-horário, que se dá a partir da origem dos arcos até o lado terminal
do ângulo correspondente ao arco; e o sentido negativo, ou horário, que se dá no sentido
contrário ao anterior.

Seno
Seno é a projeção no eixo vertical do segmento de reta que parte do centro do círculo
trigonométrico e vai até a circunferência.

Como o seno é uma projeção, e esta projeção está no interior do ciclo trigonométrico e este
possui raio unitário, segue que, , ou seja, a imagem do seno é
o intervalo fechado [ − 1,1].

Seno de um ângulo agudo, é a razão entre a medida cateto oposto e a medida da hipotenusa.
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Co-seno
Co-seno é a projeção no eixo horizontal do segmento de reta que parte do centro do círculo
trigonométrico e vai até a circunferência. Como o cosseno é uma projeção, e esta projeção
está no interior do ciclo trigonométrico e este possui raio unitário, segue que,
, ou seja,a imagem do cosseno é o intervalo fechado [ − 1,1].

Co-seno de um ângulo agudo , é a razão entre a medida do cateto adjacente e a medida da


hipotenusa.

Tangente
Tangente é o segmento de reta formado entre o ponto de cruzamento de seu eixo com a reta
definida pelo centro do círculo trigonométrico e o ângulo com sua origem.

Tangente de um ângulo agudo, é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto
adjacente.

Ângulos Notáveis
Utilizando um triângulo equilátero e um quadrado podemos obter os valores de senos,
cosenos e tangentes para os ângulos de 30, 45 e 60 graus.

- Obtendo os valores dos ângulos de 30 e 60 graus:

Visualize a imagem a seguir, é um triângulo equilátero e A cortando ao meio o triângulo


equilátero, obteremos dois triângulos retângulos com ângulos de 30º e 60º.

Imagem:Triângulo Isóceles Dividido.jpg

Tomando o lado como um Valor Chamado de L, teremos a hipotenusa do triângulo retângulo


igual a L a parte cortada como valor L/2 (L dividido por dois) e por Pitágoras chegamos ao
valor do outro cateto que será a raiz quadrada de três multiplicada por L e tudo divido por
dois, como podemos observar na figura a seguir.
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A partir desse triângulo retângulo obteremos todos os valores notáveis:

Seno 30º = ½; porque L/2 (o cateto oposto) dividido pela Hipotenusa L resulta em ½.

Cosseno 30º = Raiz de 3 dividido por dois; porque o cateto adjacente dividido pela hipotenusa
resulta nesse valor.

Tangente de 30º = Raiz de três dividido por Três; Porque raiz de 3 dividido por 2 vezes L tudo
isso dividido por L dividido por 2, resultando em Raiz de três dividido por Três.

De Maneira Análoga obtemos o Cosseno e o seno de 60º, descubra-os utilizando a figura


anterior.

- Obtendo os valores do ângulo de 45º

Observe o quadrado abaixo, ele foi dividido pela diagonal em dois triângulos retângulos com
ângulos de 45º.
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No triângulo amarelo podemos descobrir o valor da hipotenusa sabendo o dos lados que serão
L, resultando em L MULTIPLICADO pela raiz de dois.(e nao dividido como no desenho!)

Vamos analisar o ângulo C de 45 graus: O seno de 45 graus será cateto oposto dividido pela
hipotenusa resultando em um dividido pela raiz de dois que racionalizado fica raiz de dois
dividido por dois, o mesmo ocorre com o cosseno, já a tangente é cateto oposto dividido pelo
cateto adjacente que valem L resultando em um.

Algumas relações

Estas são as mais importantes funções trigonométricas; outras funções podem ser definidas
tomando as razões dos outros lados de um triângulo retângulo, mas podem ser expressas em
termos de seno e cosseno. São elas a tangente, secante, cotangente, e cossecante.
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O círculo unitário

As razões seno, cosseno e tangente podem ser lembradas por SOH CAH TOA (seno-oposto-
hipotenusa cosseno-adjacente-hipotenusa tangente-oposto-adjacente). Veja mnemônicos
trigonométricos.

Até então, as funções trigonométricas tem sido definidas por ângulos entre 0 e 90 graus (0 e
π/2 radianos) apenas. Usando um círculo unitário, pode-se estendê-los para todos argumentos
positivos e negativos (veja função trigonométrica).

Relógio de sol

Uma vez que as funções seno e cosseno tenham sidos tabuladas (ou computadas por uma
calculadora), pode-se responder virtualmente todas questões sobre triângulos arbitrários,
usando a lei dos senos e a lei dos cossenos. Estas leis podem ser usadas para calcular os
ângulos restantes e lados de qualquer triângulo bem como dois lados e um ângulo ou dois
ângulos e um lado ou três lados conhecidos.

Alguns matemáticos acreditam que a trigonometria foi originalmente inventada para calcular
relógios de sol, um tradicional exercício em antigos livros. Isto é também muito importante
para a agrimensura.

Teorema de Pitágoras
O teorema de Pitágoras estabelece que "A soma do quadrado das medidas dos catetos (lados
que formam o ângulo de 90°, neste caso a e b) é igual ao quadrado da medida da hipotenusa
(lado oposto ao ângulo de 90°, ou c)". Assim: c ² = a ² + b ². Um corolário desse teorema é
que se os dois catetos forem de mesmo tamanho, a hipotenusa vale o produto do cateto pela
raiz quadrada de 2.

Aplicações da trigonometria
Existem diversas aplicações da trigonometria e das funções trigonométricas. Por exemplo, a
técnica da triangulação é usada em astronomia para estimar a distância das estrelas próximas;
em geografia para estimar distâncias entre divisas e em sistemas de navegação por satélite. As
funções seno e cosseno são fundamentais para a teoria das funções periódicas, as quais
descrevem as ondas sonoras e luminosas.

Campos que fazem uso da trigonometria ou funções trigonométricas incluem astronomia


(especialmente para localização de posições aparentes de objetos celestes, em qual a
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trigonometria esférica é essencial) e portanto navegação (nos oceanos, em aviões, e no


espaço), teoria musical, acústica, óptica, análise de mercado, eletrônica, teoria da
probabilidade, estatística, biologia, equipamentos médicos (por exemplo, Tomografia
Computadorizada e Ultrassom), farmácia, química, teoria dos números (e portanto
criptologia), sismologia, meteorologia, oceanografia, muitas das ciências físicas, solos
(inspeção e geodesia), arquitetura, fonética, economia, engenharia, gráficos
computadorizados, cartografia, cristalografia e desenvolvimento de jogos.

Fórmulas Comuns
Algumas equações envolvendo funções trigonométricas são verdade para todos os ângulos e
são conhecidas como "identidades trigonométricas". Muitas expressam relações geométricas
importantes. Por exemplo, as identidades Pitagoreanas são uma expressão do Teorema de
Pitágoras. Aqui há algumas das identidades mais cumumente utilizadas, assim como as
fórmulas mais importantes conectando ângulos e lados de um triângulo arbitrário.

Identidades Trigonométricas

Fórmula fundamental da trigonometria e seus corolários

Identidades de soma e subtração


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Fórmulas da duplicação do ângulo

Fórmulas da divisão do ângulo em dois

Note que está correto, isso significa que pode haver qualquer dos dois sinais, dependendo
do valor de A / 2.

Identidades triangulares

As identidades que se seguem referem-se a um triângulo com ângulos A, B e C e lados de


comprimentos a, b e c, como na figura ao lado. Repare que o lado oposto ao ângulo A é o de
comprimento a, o lado oposto ao ângulo B é o de comprimento b e o lado oposto ao ângulo C
é o de comprimento c.
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Lei dos senos

A lei dos senos para um triângulo arbitrário diz:

ou equivalentemente:

Lei dos cossenos

A lei dos cossenos (também conhecida como fórmula dos cossenos) é uma extensão do
teorema de Pitágoras para triângulos arbitrários:

ou equivalentemente:

o teorema de pitágoras (que não é de Pitágoras) é um caso particular da Lei dos


Cossenos, quando o cosseno de 90°é 0.

Lei das tangentes

A lei das tangentes:

28. Matemática Financeira.


Matemática Financeira é a parte da matemática mais utilizada por nós. Um exemplo comum
é quando compramos algo em uma loja no crediário ou cartão, financiamos uma casa ou carro
ou quando fazemos emprestimo onde será aplicado sobre o valor um taxa de juros, que é
calculada com a ajuda da matemática financeira. Taxas bancárias também são calaculadas
com o auxílio da matemática financeira. Além, de calcular operações de estatística como a
porcentagem.
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JUROS SIMPLES.
O regime de Juros Simples é aquele no qual os juros sempre incidem sobre o capital inicial.
Atualmente as transações comerciais não utilizam dos juros simples e sim o regime de juros
compostos.

A fórmula utilizada para o cálculo dos juros simples é:

J=C.i.n

J = juros
C = capital
i = taxa da aplicação
n = tempo que durou a aplicação

Exemplo 1:
Um comerciante contraiu de um amigo um empréstimo de R$ 600,00, comprometendo a
pagar a dívida em 3 meses, á taxa de juros simples de 5% ao mês (a.m).
Para calcularmos os juros a serem pagos, fazemos:

1º) em um mês, os juros são de:


5% de 600,00 = 0,05 x 600 = 30,00

2º) como o prazo é de 3 meses o comerciante deverá pagar:


J = 3 x 30,00 = 90,00

Assim ao final dos 3 meses o comerciante deverá pagar:


600,00 + 90,00 = 690,00

O valor total a ser pago (R$ 690,00) é chamado de montante.

e montante M igual a :
M = C + J = C + C i n → M = C ( 1 + in)

Observação importante: a taxa deve ser sempre compatível com a unidade de tempo
considerada. Por exemplo, se a taxa for de 4%a.m., para um prazo de 60 dias adotaremos n =
2 (2 meses).

JUROS COMPOSTOS.

O regime de juros compostos é conhecido como “juro sobre juro”, pois o juro incide sempre
no capital anterior contrário dos juros simples. As financeiras, bancos, optam pela aplicação
dos juros compostos, pois há uma possibilidade maior de lucro.

Imagine a seguinte aplicação: Vamos supor que aplicamos um capital qualquer em um banco.
Esse capital irá render uma taxa qualquer, assim, de período em período renderá um montante.
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Iremos representar: C = capital; i = taxa; n = tempo; M = montante.

Sabendo que o montante é o capital mais a taxa vezes o capital aplicado (M = C + i . C)

Veja agora como ficaria essa aplicação de período em período:

Ao término do 1º período:
Iremos resgatar o primeiro montante M1 = C + i . C

Ao término do 2º período:
Como se trata de regime de juros compostos o capital aplicado nesse segundo período da
aplicação será o montante do período anterior e não o capital inicial como é feito no regime de
juros simples. Portanto, o segundo montante será: M2 = M1 + i . M1.

Ao término do 3º período:
Seguindo a mesma regra do segundo período teremos: M3 = M2 + i . M2.

Com a aplicação nesses três períodos obtivemos três fórmulas:


M1 = C + i . C                 M2 = M1 + i . M1                   M3 = M2 + i . M2

Colocando os termos em evidência teremos:


M1 = C (1 + i) M2 = M1 (1 + i) M3 = M2 (1 + i)
Substituindo o montante 1 no segundo montante os termos:
M2 = C (1 + i) (1 + i)
M2 = C (1 + i)2
Substituindo o montante 2 no terceiro montante os termos:
M3 = C (1 + i)2 (1 + i)
M3 = C (1 + i)3
Se seguirmos essa seqüência veja as aplicações seguintes:
Ao término do 4º período:
M4 = C (1 + i)4
Ao término do n-ésimo período:
Mn = C (1 + i)n
Então, para fazermos o cálculo do montante do juro compostos, utilizamos a seguinte
fórmula:

► Ao final do n-ésimo período: Mn = C(1 + i)n

Exemplo 1:
Joana aplicou R$ 400,00 num investimento que rende 2% a.m. a juros compostos.
► O montante, ao final de 3 meses, é dado por:

M3 = 400 (1 + 0,02)3 = 400 . 1,061 = 424,48

► Ao final de 6 meses:

M6 = 400 (1 + 0,02)6 = 400 . 1,126 = 450,46

► Ao final de 1 ano (12 meses):

M12 = 400 (1 + 0,02)12 = 400 . 1,26 = 507,29


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29. Noções de Estatística.

O estudo da estatística é separado em medidas, distribuição de freqüências e representação


gráfica.

Dentro de medidas estudamos centralização (que é o estudo da variância e desvio padrão) e


centralização (que é o estudo da média, mediana e moda).

Na distribuição de freqüência estudamos freqüência absoluta e freqüência relativa.

Ao representarmos os dados estatísticos em um gráfico teremos as seguintes opções: Gráficos


de barras, histograma, gráfico de setores e pictograma.

A estatística é um conteúdo considerado matemático bastante aplicado no nosso cotidiano, ao


foliarmos uma revista ou jornal percebemos a presença de várias pesquisas, todas elas são
feitas embasadas em um estudo estatístico.

Podemos concluir que a estatística é a união de todos os meios dispostos para alcançar a
obtenção de dados e informações para a construção de gráficos e tabelas.

Média aritmética
Em uma turma do 6º ano do ensino fundamental a professora de matemática aplicou uma
avaliação que tinha valores de 0 a 10,0. Corrigiu todas as provas e queria fazer uma média das
notas dessa turma. Então precisa saber quantos alunos essa turma tem e qual a nota de cada
um deles.

Vamos supor que essa turma do 6º ano tenha 20 alunos e a nota de cada um está exposta no
quadro abaixo: 
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A nota que teve maior freqüência absoluta foi 7,0, com freqüência igual a 4.

Agora para encontrar a média dessas notas devemos somar todas elas e dividir pela
quantidade de alunos que fizeram a prova. As soma das notas é 1192 dividindo pelo número
de alunos 1192 : 20 = 59,2 essa é a média aritmética das notas das provas de matemática dos
alunos do 6º ano.

Média aritmética (x) dos valores de uma população é o quociente entre a soma dos seus
elementos e o seu número total n.

X = x1 + x2 + x3 + ..... + xn
                         n

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