MENINGITE BACTERIANA

Processo inflamatório e infeccioso purulento

das meninges e do espaço subaracnóide.
As meninges são membranas que envolvem
o cérebro e a medula espinhal.
As principais funções das meninges são
proteger o encéfalo de impactos, sustentar a
estrutura e completar uma cavidade preenchida
por liquido, o espaço subaracnóide.
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As meninges são formadas por três

membranas:
São camadas de tecido conjuntivo que
reverte o SNC.
Duramadre
Aracnoides
Piamadre
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As meningites podem ser:
Infecciosa
Não Infecciosa

Infecciosa:
• Bacteriana
• Viral
• Fúngica
• Parasitaria
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Não infecciosa:
• Hemorrágica
• Aneurisma
• Traumatismo
• Neoplasias
• Fármacos
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No Brasil, qualquer forma de meningite é

doença de notificação compulsória, ou seja,
cada vez que um médico faz o diagnóstico de
meningite ele é obrigado a notificar. É desta
forma que pode se identificar uma epidemia de
meningite
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Como é a transmissão:
De Pessoa para pessoa através de gotículas
de saliva ou secreção expelidas por indivíduos
infectados ao falar, tossir, espirrar ou beijar.
As crianças com menos de 1 ano são as mais
suscetíveis às meningites, pois ainda não
desenvolveram anticorpos capazes de combater
os vírus e as bactérias que causam a doença.
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A infecção do sistema nervoso central é

geralmente precedida por colonização das vias
aéreas pelo agente infeccioso, por disseminação
hematogênica.
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Etiologia
A etiologia vai modificar de acordo com a
faixa etária.
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O período de incubação é, em média, de 3 a

4 dias.
A maioria dos pacientes é internado 24
horas após o aparecimento dos primeiros
sintomas.
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Manifestações Clinicas
As manifestações clinicas é dividida em 3
síndrome.
Síndrome Toxêmica
Síndrome da Hipertensão Intracraniana
Síndrome Meníngea
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Síndrome Toxêmica
Síndrome febril acompanhada de
rebaixamento do nível de consciência e do
estado geral e delirium.
Pode apresentar sinal de Faget.
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Quando apresenta uma meningite causada
por Neisseria Meningitidis e que evolua para
meningococcemia, o paciente pode apresentar
petéquias e esquimoses pelo corpo.
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Síndrome de Hipertensão Intracraniana
É caracterizado pelo aumento de pressão
dentro do crâneo.
Manifesta-se por:
 Cefaleia
 Náuseas
 Vómito
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Tem outros sinais de HIC como por exemplo a
papiledema, mas nem sempre vai está presente.
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Síndrome Meníngea
Irritação miníngea que vai ser gerada por
conta desse processo inflamatório.
Quais são os sinais de irritação meníngea:
 Rigidez de Nuca
 Sinal de Kernig
 Sinal Brudzinski
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Rigidez de Nuca
Paciente em decúbito dorsal
Flexionar o pescoço até o esterno
A manobra é positiva quando tem uma
resistência a esta flexão.
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Rigidez de Nuca
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Sinal de Kernig

Paciente em decúbito dorsal

Com o membro inferior fletido
Procede a extensão passiva do joelho.
Será positivo se houver dor ou resistência à
extensão.
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Sinal de Kernig
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Sinal Brudzinski:

• Paciente em decúbito dorsal

• Com os membros inferiores estendidos
• Agarra a cabeça e inclina até o esterno e
automaticamente uma flexão da patela.
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Sinal Brudzinski:
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Diagnóstico

Punção liquórica (LCR Líquido

Cefalorraquidiano).
Tomografia Computorizada
Hemograma completo
Proteína C reativa – PCR
Hemocultura
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Punção Liquórica
Exame fundamental no diagnóstico da
meningite.
Avaliar o líquor desse paciente e pesquisar
basicamente 4 tipos de alterações. São eles:
o Celularidade
o Predomínio de células
o Glicose
o Proteínas
o cor
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INTERPRETAÇÃO DO LCR NA MENINGITE BACTERIANA

Celularidade Leucócitos >500 mm3

Predomínio de células Neutrófilos

Glicose Hipoglicorraquia <45mg/dl

Proteínas Hiperproteinoraquia >500mg/dl

Com uma clínica de meningite, conseguimos

confirmar que é uma meningite bacteriana
através do líquor.
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Punção Lombar
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Punção Lombar
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Tomografia Computorizada
Não é indicado de rotina, deve preceder o
exame do líquor no risco de hipertensão
intracraniana grave. Pelo seguintes sinais:
• Rebaixamento do nível de consciência
• Convulsões
• Papiledema
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Hemograma Completo
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Tratamento:
O tratamento das meningites é considerado
uma emergência grave, principalmente se a
suspeita for bacteriana.
Deve ser iniciado o mais rápido possível com
antibióticos administrados por via endovenosa.
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O tratamento modifica de acordo com a faixa
etária.

IDADE AGENTES 1ª LINHA ALTERNATIVAS

Estreptococo do grupo B Ampicilina

0 a 3 meses Listeria Monocytogenes +
Gram negativos entericos Ceftriaxona
Neisseria meningitidis Ceftriaxona Meropenem
3 meses a 18 anos Streptococcus pneumoniae Ou
Haemophilus influenzae tipo B Cefotaxima
Streptococcus pneumoniae Ceftriaxona Meropenem
18 anos a 50 anos Neisseria meningitidis Ou
Haemophilus influenzae tipo B Cefotaxima
Streptococcus pneumoniae Ampicilina Ampicilina
>50 anos Listeria Monocytogenes + +
Gram negativos entericos Ceftriaxona Fluoroquinolona
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Administrar Dexametasona 0,15mg/kg EV de
6/6 horas, por 2 a 4 dias.
Iniciar a dose antes ou durante a
administração da primeira dose do antibiótico.
Isolamento respiratório por 24 horas caso o
agente for miningococo e Hib.
Elevar a cabeceira da cama.
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Profilaxia:
Meningite Meningococo
• Para todos os contactantes íntimos (familiares;
pessoas de convívio diário; creche; escola;
trabalho).
• Profissionais de saúde que entraram em
contato com secreção respiratória.
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Criança:
• Rifampicina 10mg/kg em 12/12 horas por 2
dias.
Adulto:
• Rifampicina 600mg em 12/12 horas por 2 dias.
Gravidas:
• Ceftriaxona 200mg IM dose única
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Meningite por Hemófilo
• Para todos os contactantes íntimos (familiares;
pessoas de convívio diário; creche; escola;
trabalho), desde que haja uma criança < 4
anos não vacinada ou indivíduos
imunocomprometidos.
• Profissionais de saúde que entraram em
contato com secreção respiratória.
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Criança:
• Rifampicina 20mg/kg/dia por 4 dias.
Adulto:
• Rifampicina 600mg por 4 dias.
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Profilaxia
As vacinas são fundamentais para prevenir
alguns tipos de meningite.
Entre elas estão disponíveis no calendário de
vacinação da criança.
 BCG
 Pentavalente
 Miningocócica C