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ECUMENISMO

1- O que significa ecumenismo?


No sentido geral ecumenismo refere-se  ao processo de busca pela união apesar das
diferenças. Dentro do cristianismo representa os esforços feitos para unir os diferentes
segmentos da religião cristã, valorizando mais o que nos une do que os que nos distancia.

2- Qual o principal objetivo do diálogo inter-religioso?


A humanidade facilmente cria conflitos entre si potenciando princípios, valores e crenças que
nos diferenciam. Em consequência as crenças religiosas têm sido usadas historicamente como
justificativa, por vezes apenas como capa, para viabilizar guerras entre os povos. Por de trás
desses conflitos estão ambições expansionistas de sobreposição de uns sobre os outros. A
própria religião tem muitas vezes originado ambições de domínio e sobreposição sobre as
demais.
O diálogo inter-religioso, conversações entre religiões de diferentes referenciais teológicos,
têm como objetivo esvaziar essa tendência das religiões serem fonte de conflito, antes poder
contribuir para evitar que situações conflituosas se extremem terminando em guerras entre os
povos.

3- Onde surgiu o movimento ecumênico? E quais são as igrejas que fazem parte desse
movimento?
No sentido religioso ecumenismo é o movimento de unificar apesar das diferenças. Nesse
sentido são considerados movimentos ecuménicos todos os tratados intra ou inter religiões
que procuraram a unidade. O tratado de Niceia (381 dC) é por isso considerado um dos
primeiros documentos ecuménicos da história do cristianismo, uma vez que nele foram
discutidas diferenças que já se evidenciavam, havendo-se chegado a pontos de convergência e
unidade. Nos finais do séc. XVII lideranças luteranas e católicas deram início a trocas de
correspondência com objetivo de criar aproximação entre estes dois segmentos do
cristianismo. O movimento protestante, historicamente muito dividido, se beneficiou dos
esforços e da teologia de John Wesley (1703-1791) para criar laços de aproximação entre si,
criando um movimento ecuménico intra-religioso.
Até aos dias de hoje inúmeras denominações cristãs mantem conversações e esforços de
aproximação, entre as quais se destacam as igrejas cristãs católica, ortodoxa, luterana,
anglicana, entre outras). Estão sendo desenvolvidos esforços também de aproximação entre as
religiões cristãs e muçulmana.

4- Qual a relação entre Igreja e ecumenismo?


Embora no sentido geral ecumenismo seja todo o esforço de aproximação entre os povos, a
palavra tem hoje uma conotação fortemente religiosa. Na verdade tem sido a aproximação
entre as religiões que tem criado os principais movimentos ecuménicos da humanidade.

5- Na sua opinião, a Igreja pode viver sem ecumenismo e ecumenismo sem Igreja? Porquê?
Se entendermos que ecumenismo é todo o esforço de aproximação entre os povos, podemos
dizer que sim, existe ecumenismo sem igreja, uma vez que este pode ser de origem social,
política, étnica ou cultural.
A igreja também tem vivido a maior parte da sua história sem o ecumenismo, cada uma
fechada em si mesma, desenvolvendo seus esforços de crescimento isoladamente e muitas
vezes em conflito aberto com as demais.
Porém as exigências do mundo moderno levam-nos a compreender facilmente que a demanda
social e política cobra das igrejas auxílios que isoladamente serão muito dificilmente
entregues.
Nesse sentido, os movimentos ecuménicos podem permitir a união de esforços, potenciando o
que nos une em detrimento do que nos separa, necessária para que ocupemos o papel social
que nos cabe, ajudando a sociedade a compreender o seu significado existencial.

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