Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3- Onde surgiu o movimento ecumênico? E quais são as igrejas que fazem parte desse
movimento?
No sentido religioso ecumenismo é o movimento de unificar apesar das diferenças. Nesse
sentido são considerados movimentos ecuménicos todos os tratados intra ou inter religiões
que procuraram a unidade. O tratado de Niceia (381 dC) é por isso considerado um dos
primeiros documentos ecuménicos da história do cristianismo, uma vez que nele foram
discutidas diferenças que já se evidenciavam, havendo-se chegado a pontos de convergência e
unidade. Nos finais do séc. XVII lideranças luteranas e católicas deram início a trocas de
correspondência com objetivo de criar aproximação entre estes dois segmentos do
cristianismo. O movimento protestante, historicamente muito dividido, se beneficiou dos
esforços e da teologia de John Wesley (1703-1791) para criar laços de aproximação entre si,
criando um movimento ecuménico intra-religioso.
Até aos dias de hoje inúmeras denominações cristãs mantem conversações e esforços de
aproximação, entre as quais se destacam as igrejas cristãs católica, ortodoxa, luterana,
anglicana, entre outras). Estão sendo desenvolvidos esforços também de aproximação entre as
religiões cristãs e muçulmana.
5- Na sua opinião, a Igreja pode viver sem ecumenismo e ecumenismo sem Igreja? Porquê?
Se entendermos que ecumenismo é todo o esforço de aproximação entre os povos, podemos
dizer que sim, existe ecumenismo sem igreja, uma vez que este pode ser de origem social,
política, étnica ou cultural.
A igreja também tem vivido a maior parte da sua história sem o ecumenismo, cada uma
fechada em si mesma, desenvolvendo seus esforços de crescimento isoladamente e muitas
vezes em conflito aberto com as demais.
Porém as exigências do mundo moderno levam-nos a compreender facilmente que a demanda
social e política cobra das igrejas auxílios que isoladamente serão muito dificilmente
entregues.
Nesse sentido, os movimentos ecuménicos podem permitir a união de esforços, potenciando o
que nos une em detrimento do que nos separa, necessária para que ocupemos o papel social
que nos cabe, ajudando a sociedade a compreender o seu significado existencial.