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Primeiros Socorros Básico

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Socorrista

• Socorrista é a pessoa tecnicamente capacitada e


habilitada para, com segurança, avaliar e identificar
problemas que comprometam a vida. Cabe ao socorrista
prestar o adequado socorro pré-hospitalar e o transporte
do paciente sem agravar as possíveis lesões já
existentes.

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Socorrista Profissional

• Temos profissionais treinados e dedicados


profissionalmente ao socorro e resgate:
– Bombeiro Profissional Civil
– Profissionais do SAMU
– Médicos
– Militares do Corpo de Bombeiros Militares
– Bombeiros Voluntários
– Brigadistas
– Técnicos de Segurança do Trabalho
– Engenheiros de Segurança do Trabalho
– Enfermeiros
– Técnicos de Enfermagem

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IT 12

• 4.2 Brigadista orgânico: membro da população fixa da


edificação ou espaço destinado ao uso coletivo em que
se desenvolvem as atividades da ocupação, que embora
não seja contratado para a execução de prevenção e
combate a incêndio, atua de forma extraordinária no
combate a princípio de incêndios, abandono da
edificação e prestação de primeiros socorros, possuindo
atuação restrita aos limites da edificação, espaço
destinado a uso coletivo ou evento temporário para o
qual houve o curso de formação.

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IT 12

• 4.3 Brigadista profissional: profissional que, habilitado


nos termos da Portaria 50/2020, exerce, em caráter
habitual, função remunerada, exclusiva ou não de
prevenção e combate a incêndio no âmbito da brigada
de incêndio da edificação, espaço destinado ao uso
coletivo ou evento temporário.

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Primeira Providência

• Qual a primeira providência a ser tomada pelo socorrista


em um local de acidente?

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Importante

• Ao deparar-se com uma emergência, o socorrista


deverá responder a três perguntas:
• 1º - O que está acontecendo aqui?
• 2º - Até onde isso pode chegar?
• 3º - O que vou fazer para resolver isso?

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Contato com Vítima

Atitudes tomadas até conseguir contato com a vítima:


• Reconheça a emergência
• Garanta a segurança do local e a sua
• Providencie apoio se necessário
• Avalie os sinais vitais da vítima e veja a necessidade de
remoção de emergência em caso do local apresentar
risco a vida da vítima

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Início

• Objetivo : Garantir a segurança do socorrista


• Método: Avaliar o local
• Verificar a necessidade e tipo de apoio
• Número de Vítimas
• Tipo de Acidente
• Materiais Necessários ao Socorro
• Acionar os órgãos necessários

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Cena

• Analise a Cena
• Sinalize o local

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Segurança no Local

• Não entre em local inseguro.


• Identificar o agente causador
• Bloquear o agente
• Isolar e Sinalizar o local
• Afastar curiosos
• Não fique de costas para o local
• Fique com o sentido dos ventos batendo nas costas

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Cena segura. Socorrista protegido.

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Atendimento Externo

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Defesa Civil

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Qual o número – Ramal?

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Não faça Trote

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Tempo de Socorro

Probabilidade de recuperação da vítima de


choque elétrico após a parada cardíaca

100
95%
Chances de recuperação da vítima em %

90 90%
80
75%
70
60 60%
50
40
30
25%
20
15%
10 10%
5%
0 0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Tempo em minutos para iniciar a reanimação cardio-


pulmonar

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Sinais Vitais

• Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática


diária, destacam-se pela sua importância e por nós
serão abordados:
– a pressão arterial,
– o pulso,
– a temperatura e
– a respiração.

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FC: Frequência Cardíaca - Pulso

• Pulso (FC) É a ondulação exercida na parede dos


vasos (arteriais) provocada pela contração do coração e
bombeamento do sangue.
• BPM: Batimentos Por Minuto

Idade Normal Alterado


Adulto 60 a 100 BPM Menor 60 maior 100
Criança 100 a 120 BPM Menor 80 maior 130
Bebê 120 a 140 BPM Menor 100 maior 160
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Pontos de Pulsação

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Medição de Pulso

• Com os dedos: indicador e médio, localizar a Artéria


Radial na face interna do punho, do lado do polegar do
cliente. Palpar a Artéria Radial e contar os batimentos
por 1 minuto.

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FR: Frequência Respiratória

• Respiração (FR) – É a sucessão rítmica dos


movimentos de expansão e retração pulmonar
com a finalidade de efetuar as trocas gasosas
entre o organismo e o meio ambiente
promovendo a obsorção e a eliminação de gás
carbônico.
• IPM= incursões por minuto
Idade Normal Alterado
Adulto 12 a 20 IPM Menor 8 maior 28
Criança 15 a 30 IPM Menor 10 maior 35

Bebê 25 a 50 IPM Menor 25 maior 60

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Medição

• Contar a frequência respiratória durante 1 minuto,


observando a expansão da caixa torácica e os
movimentos abdominais, no momento da inspiração.

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Pressão Arterial - PA
• Pressão Arterial (PA) É a pressão que o sangue exerce
na parede das artérias.

• Pressão Máxima (Sistólica) 110 a 140 mm hg


• Pressão Mínima (Diastólica) 60 a 90 mm hg

• Medir com esfignomanômetro e estetoscópio.


• Obs.: Como regra para situações de emergência,
considerar:

• Sistólica maior 150 mm hg – Alta


• Sistólica menor 80 mm hg - Baixa

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Pressão Arterial

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Hipertensão

• A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença que


ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e
pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a
medida da pressão se mantém frequentemente acima
de 140 por 90 mmHg.

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Fator de Risco de Hipertensão

• A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos,


mas há vários fatores que influenciam os níveis de
pressão arterial, entre eles:
– Fumo
– Consumo de bebidas alcoólicas
– Obesidade
– Estresse
– Grande consumo de sal
– Níveis altos de colesterol
– Falta de atividade física

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Fator de Risco de Hipertensão

• Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência


da hipertensão é maior na raça negra, aumenta com a
idade, é maior entre homens com até 50 anos e entre
mulheres acima de 50 anos, é maior em diabéticos.

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Temperatura
Temperatura (TAX) Indicação do calor produzido, ou
perdido pela atividade metabólica do organismo em um
determinado momento.

Obs.: Use o dorso da mão e perceba se a pele do paciente


parece normal, quente, fria ou gelada. Ao mesmo
tempo, observe se a pele está seca, Úmida ou com
suor pegajoso.

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Medição Temperatura

• Padrão normal em adultos “temperatura axilar” : entre


36º C e 37,5º C (normotérmico)
• Temperatura menor que 36º C – Hipotermia
• Temperatura maior que 37,5ºC (hipertérmico)
• Temperatura maior que 40ºC (hipertermia grave).

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Medição Temperatura

• Desinfetar o termômetro com algodão embebido em


álcool 70%.
• Enxugar a axila do paciente com papel toalha
• Colocar o termômetro com o bulbo na região axilar,
orientando o paciente para que não movimente o braço
até o término do controle.
• Manter o termômetro até que o mesmo emita um som
“bip” de alerta.
• Retirar o termômetro e proceder à leitura.
• Desinfetar novamente o termômetro com Álcool a 70%.

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SBV

• SBV – Suporte Básico à Vida

• Sequência padronizada para situações de emergência


com objetivo de aumentar a eficiência do socorro.
• Evita ações desnecessárias
• Melhorar o tempo de resposta

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Suporte Básico de Vida (RCP E DEA)

• Suporte Básico de Vida são as medidas iniciais e


imediatas aplicadas a uma vítima fora do ambiente
hospitalar, executadas por pessoa(s) treinada(s) para
realizar a manutenção dos sinais vitais e evitar o
agravamento das lesões. São os cuidados que têm
como objetivo identificar urgências clínicas e/ou
traumáticas e manter a viabilidade dos órgãos vitais até
a chegada do serviço de urgência ou atendimento
avançado (médico).

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Avaliação e Atendimento

• A avaliação é o pilar fundamental para o melhor


tratamento ao doente politraumatizado ou de
emergências clínicas, sendo a base para todas as
decisões de atendimento e transporte. A primeira meta
na avaliação é determinar a condição atual do doente.
Para a realização desta avaliação o socorrista deverá
observar o consentimento explicito e implícito.

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Atendimento Cardiovascular de
Emergência

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1- Avaliação Preliminar

• Avalie o local
• Avalie os riscos
• Sinalize o local
• Garanta a sua segurança

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2- Abordagem a Vítima

• Vítima inerte, suspeita de parada cardíaca. Siga os


passos:
– Aproxime da vítima lateralmente
– Segure pelo ombro
– Falar com a vítima : “ Você está bem?”
– Verifique se a vítima respira e como respira
– Se a vítima não responder ou movimentar, acionar a
equipe de socorro

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3- Manobras de Reanimação
CardioPulmonar (RCP)
• O sistema agora é definido como CAB-D
– Circulação
– Abertura das vias Aéreas
– Boa Respiração
– Desfibrilação

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3.1 - Circulação

• 1 – Definir a Área de Compressão


– Localizar o apêndice xifóide com o dedo indicador da
mão esquerda.
– Colocar dois dedos da mão direita ao lado do
indicador da mão esquerda.

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Área de Compressão

Esterno

Área de Compressão

Apêndice xifóide 40
Mãos no tórax para Compressões
Torácicas

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Posicionamento Correto

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Compressões Torácicas

Comprima 5 cm

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Compressões

• Relação compressão / ventilação 30 x 02


30 Compressões Torácicas - 02 Insuflações

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3.1 - Circulação

• Deve ser feita com a vítima deitada em superfície rígida,


de preferência no chão
• Socorrista deve ficar ajoelhado ao lado da vítima na
linha do ombro da vítima
• O ritmo das compressões deve ser superior a 100 por
minuto
• A RCP só consegue produzir um fluxo de sangue de
30% do normal, portanto não pode ser interrompido

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3.2 – Abertura das Vias Aéreas

• Vias aéreas é o caminho do ar até os pulmões.

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3.2 – Abertura das Vias Aéreas

• Quando a vítima fica inconsciente, fica com os músculos


relaxados, inclusive a língua que fica obstruindo a via
respiratória, principalmente quando está deitada de
costa. Sendo esta uma condição de risco de morte
elevada.

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3.2 – Abertura das Vias Aéreas

• Deve o socorrista proceder a abertura das vias aéreas


através da extensão da cabeça
– Incline a cabeça da vítima para trás com a palma da
mão sobre a testa
– Com a outra mão puxe a cabeça da vítima para cima
e abra a boca da vítima

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3.3 Boa Respiração CAB-D

• O socorrista treinado poderá executar duas insuflações.


• Caso o socorrista não possua equipamentos adequados
para realizar a respiração, deve fazer as compressões
torácicas , mantendo as vias aéreas abertas . Devendo
interromper para aplicar o desfibrilador ou a chegada de
socorro profissional.

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3.3 Boa Respiração CAB-D

• Ventilação Boca a Boca


• Risco de contaminação elevada. Evite fazer sem as
proteções
– Pinçar as narinas da vítima com a mesma mão que
inclina a cabeça
– Aplicar a boca sobre a boca da vítima e soprar com
força moderada
– Liberar a boca e as narinas
– Deixar o ar sair sozinho

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Efetue 02 Insuflações - Respiração
Boca a Boca

Respiração
de Resgate

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Insuflações com Máscara Pocket

52
Insuflações com Ambu

53
Insuflações com Máscara Descartável

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Desfibrilação CAB -D

• A fibrilação é uma frequência cardíaca irregular e


frequentemente muito rápida.
• Isso pode causar sintomas como palpitações, fadiga e
falta de ar.
• Pode causar um AVC ou insuficiência cardíaca e
impactar negativamente sua qualidade de vida

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Desfibrilação CAB -D

• Desfibrilador Externo Automático


• Identifica automaticamente o ritmo
• Choque só para situações onde o choque está
recomendado
• Orienta por voz o que deve ser feito
• Segue o estabelecido em protocolos (sequência,
intensidade de carga, etc.)

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Desfibrilação CAB -D

• Utilização do DEA – Desfibrilador Externo Automático


– Colocar o aparelho próximo a vítima
– Aplicar as pás autoadesivas na vítima
– Ligar o aparelho
– Seguir as instruções do aparelho
– Não utilizar em vítimas com tórax molhado

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Desfibrilação CAB -D

• Caso tórax muito peludo, afixar com pressão as pás.


DEA pode emitir a mensagem “ verifique os eletrodos”
• Caso a vítima possua marca-passo pode utilizar o DEA,
mas não sobre o marca-passo

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Locais do DEA

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Posição de Recuperação

• Vítima retornou as condições normais deve ser colocada


em posição de recuperação

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Posição de Recuperação

• Coloque a vítima inconsciente que esteja respirando na


posição de recuperação, desta forma as vias aéreas
permanecem liberadas permitindo a eliminação de
fluídos pela boca, evitando também aspiração de
conteúdo do estômago caso venha a vomitar.

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Algoritmo SBV Adulto Simplificado

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Hemorragias
Hemorragia é a perda de sangue ocasionada por
rompimento de artérias, veias e capilares.

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Hemorragias
Volume de sangue de um adulto corresponde a
aproximadamente 7% de seu peso corporal.
Uma pessoa com 70 kg tem por volta de 5 litros de
sangue.
Na criança, o volume é calculado em 8% a 9% do peso,
algo em torno de 80 a 90 ml/kg.

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Classificação das Hemorragias.

Hemorragia Interna
Não tem como visualizar

Hemorragia Externa

• Sangue que sai das veias flui uniformemente e possui


coloração escura.
• Sangue que sai das artérias é vermelho vivo e esguicha.
• Quando o sangue sai dos capilares flui bem devagar.

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Hemorragia

• Hemorragia Classe I: perda de até 15% do volume


sanguíneo.
• Hemorragia Classe II: perda de 15% a 30% do volume
sanguíneo.
• Hemorragia Classe III: perda de 30% a 40% do volume
sanguíneo.
• Hemorragia Classe IV: perda de mais de 40% do
volume sanguíneo.

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Procedimentos no Atendimento
• Usar luvas para evitar contato com sangue.
• Não retirar objetos empalado.
• Fazer pressão direta sobre o ferimento com pano limpo.
• Não fazer torniquete
• Avaliar constantemente A B C.
• Fazer elevação do membro.
• Chamar socorro adequado ou transporte ao hospital.

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Queimaduras

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Queimaduras
• Lesão no tecido de revestimento do corpo, causada por
agentes térmicos, químicos, radioativos ou elétricos.
• Uma queimadura pode destruir total ou parcialmente a
pele e seus anexos, e até atingir camadas mais
profundas. (músculos, tendões e ossos)

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Queimaduras

• Agentes causadores de queimaduras


• As queimaduras podem ser classificadas e avaliadas em
sua gravidade de acordo com
• Agente causador – térmicos, químicos, radiativos e
elétricos.
• A extensão – área corpórea atingida

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Queimaduras

Agente causal Fonte


Térmica Chamas ou calor do fogo, vapor,
líquidos quentes, objetos aquecidos.
Química Diversos ácidos e bases
Radiação / Luz Luz ultravioleta, infravermelha,
radiações nucleares
Elétrica Correntes alternadas, continuas ou
raios

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Extensão Área Corpórea

• Considera–se grande queimado, qualquer vitima com


mais de 20% de sua superfície corporal queimada.

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Limpeza

• Lave o local com água na temperatura Ambiente.

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Primeiro Grau
• Atinge somente a epiderme. Nessa queimadura, a pele
apresenta-se em hiperemia (avermelhada), edemaciada
(inchada) e há ardor no local dessa queimadura.

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Segundo Grau
• Atinge a epiderme estendo-se até a derme. Caracteriza-
se pela presença das bolhas. A vítima também
apresenta dor local intensa, hiperemia e pele
edemaciada.

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Terceiro Grau
• Atinge todas as camadas da pele e hipoderme. É
considerada grave pois pode provocar lesões que vão
desde músculos até ossos. Caracteriza-se por
apresentar coloração escura ou esbranquiçada, uma
lesão seca, dura e indolor e estéril.

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Primeiros Socorros em Queimaduras.
• Interrompa a fonte causadora.
• Use cobertores ou lençóis para interromper as chamas.
• Nunca remova o resto das roupas.
• Use água fria para interromper o ardor.
• Jamais aplique spray, manteiga, cremes, óleos, pasta de
dente, vaselina etc.
• Previna hipotermia.

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Primeiros Socorros em Queimaduras

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Não Faça

• Passar pasta de dente, pomadas, ovo, manteiga, óleo


de cozinha... apenas água fria é permitido. Gelo também
não pode.
• Furar as bolhas.
• Retirar a pele morta
• Arrancar a roupa grudada na área queimada
• Apertar o ferimento

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Obstrução Respiratória

• É um quadro em que algum objeto ou alimento, causa


obstrução ou dificulta a passagem do ar para dentro dos
pulmões da vítima.
• Pode Ser Parcial ou Total.

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Aparelho Respiratório

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Vítima

• Pergunte para a vítima:


• Você está engasgado?
• Posso te ajudar?

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Manobra de Heimlich

• Coloque-se atrás da vítima e posicione as mãos para a


Manobra de Heimlich.

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Manobra de Heimlich

• Efetue Repetidas Compressões no Abdome da Vítima,


até a desobstrução, ou até a chegada de socorro
adequado, ou até a vítima ficar inconsciente.

85
Manobra de Heimlich

• Se não respira e persiste a obstrução, repita os passos


anteriores até a desobstrução, inconsciência da vítima
ou chegada de socorro adequado.

86
Manobra de Heimlich

Obstrução respiratória em gestantes ou obesos efetue as


compressões no osso Esterno (aonde localiza o X).

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Crianças

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Colocação do Colar Cervical

• P= 4 dedos
• M= 4,5 dedos
• G= 5 dedos
• Nota: Regulável

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