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Selemane Chale
Universidade Rovuma
2021
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Selemane Chale
universidade Rovuma
2021
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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Fenomenologia..................................................................................................................5
A vertigem da liberdade....................................................................................................6
O desamparo essencial......................................................................................................7
Conclusão........................................................................................................................10
Referências Bibiograficas................................................................................................11
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Introdução
Objectivo Geral
Objctivos especificos
Descrever a Hermeneutica
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Fenomenologia
Embora algumas das reflexões contidas no Existencialismo sejam tão antigas quanto o
nascimento da própria consciência humana, foram necessários muitos séculos desde o
surgimento da Filosofia para que surgisseo conjunto de ideias que configuraram a
doutrina existencial. Essa doutrina que põe em foco o existir em si mesmo, para além de
meras elucubrações sobre o que é o homem e sua essência.
humanos reais, quer nas trajetórias peculiares de seus autores, quer em suas produções
escritas. Estas transpuseram os limites da Filosofia, ampliando suas produções para a
literatura, terreno fértil onde puderam encontrar uma maior correspondência com a vida
humana em si, em toda a sua complexidade.
Nisso reside a busca pelo si mesmo, apesar das muitas prescrições sociais que versam
sobre quem é o homem e o que ele deve fazer.
Esta busca pelo meu lar, ó Zaratustra, tu sabes que esta busca tem sido
a minha provação e está me consumindo. ‘onde fica – o meu lar?’
Pergunto, procuro e procurei-o sem encontrá-lo. A eterna busca em
todos os lugares, a eterna busca em lugar nenhum - ó eterno em vão!
(NIETZSCHE, 2014, p. 366).
A vertigem da liberdade
Será isso a liberdade? Ele agiu, agora não pode mais voltar atrás; deve
parecer-lhe estranho sentir atrás de si um ato desconhecido, que ele já
não compreende e que vai transformar-lhe a vida. (SARTRE, 1979, p.
363)
Se escolher não é fácil, assumir as consequências decorrentes disso é algo ainda mais
desafiador. Embora o homem deseje ser livre, emerge uma grande angústia da
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O desamparo essencial
Ele então ia para seus aposentos, deitava-se e outra vez ficava a sós
com ela. Cara a cara com ela. E não havia nada que ele pudesse fazer
com ela, a não ser olhar e estremecer. (TOLSTÓI, 2014, p. 67)
O horrível, terrível ato de sua morte, ele via, estava sendo reduzido
por aqueles que o rodeavam ao nível de um acidente fortuito,
desagradável e um pouco indecente (mais ou menos como se
comportam com alguém que entra em uma sala de visitas cheirando
mal), e agiam assim em nome do mesmo decoro ao qual ele próprio
subjugara-se a vida inteira. (p. 73)
Não conheço o parece. Não é apenas o meu manto negro, boa mãe,
Minhas roupas usuais de luto fechado, Nem os profundos suspiros, a
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Schwandt (2006:195) nos lembra que no centro das reações dos historiadores e dos
sociólogos alemães neokantistas ao positivismo e ao positivismo lógico, entre o fim do
século XIX e o início do século XX, estava a defesa de uma diferença entre as ciências
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Com os idealistas alemães da escola de Baden (Windelband, Lask, Rickert) surge uma
importante distinção entre as ciências nomotéticas (que operam leis ou que procedem de
forma generalizadora) e as ciências idiográficas, de procedimento individualizador.
Schwandt cita nominalmente Dilthey, Rickert, Windelband, Simmel e Weber como
representantes dessa tradição do Verstehen nas ciências humanas, que teria dado origem
ao interpretativismo e à hermenêutica. Eu citaria mais um, Ernst Cassirer, da escola
neokantista de Marburgo.
Conclusão
O conceito de hermenêutica mudou muito ao longo dos séculos. Na Grécia antiga, era
considerada a arte e a teoria de interpretar textos. Na Idade Média, vira sinônimo de
exegese bíblica. Em sua versão moderna, toma para si a defesa das ciências humanas
enquanto forma de conhecimento distinta das ciências naturais, calcada na interpretação
e não na explicação. Essa tradição avança com Schleiermacher e com Dilthey, mas só
ganharia um status ontológico a partir de Heidegger e seu discípulo Gadamer. É quando
deixa de ser tratada como método e passa a ser encarada em sua amplitude, referindo-se
ao todo da experiência do ser humano no mundo.
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Referências Bibiograficas
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. O duplo. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34,
2011.
NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém.
Tradução de Carlos Duarte e Ana Duarte. São Paulo: Martin Claret, 2014.
SARTRE, Jean-Paul. A idade da razão. Tradução de Sérgio Milliet. São Paulo: Abril
Cultural, 1979.
TOLSTÓI, Leon. A morte de Ivan Ilitch. Tradução de Vera Karan. Porto Alegre:
L&PM, 2014.