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REVISTA TREINAMENTO DESPORTIVO 9 l

AUMENTO DE FORÇA E MASSA


MUSCULAR EM ATLETAS a

DE CULTURISMO
SUPLEMENTADOS COM PROTEINA i

INCREASE OF STRENGTH AND MUSCLE MASS IN


BODYBUILDERS g

WITH PROTEIN SUPPLEMENTATION r

Edilson Serpeloni Cyrino


Centro de Educação Física e Desportos – FEF/UEL

Nailza Maestá
Faculdade de Medicina – UNESP/Botucatu

Roberto Carlos Burini


Faculdade de Medicina – UNESP/Botucatu

— APOIO: CNPq/NutriSport do Brasil —

RESUMO RESUMO
O propósito deste estudo foi analisar o efeito de duas
situações alimentares distintas: dieta basal contendo 61 kcal/kg e 1,5 g de proteína/kg de peso
corporal/dia (D1) e dieta hiperprotéica contendo cerca de 80 kcal/ kg e 2,5 g de proteína/kg de
peso corporal/dia (D2), sobre os ganhos de massa e força muscular, em atletas de culturismo.
Para tanto, 6 atletas do sexo masculino (26,1 ± 3,0 anos e 91,3 ± 17,4 kg), foram previamente
selecionados. O período de aplicação de cada dieta foi de quinze dias consecutivos, dentro dos
quais os atletas se mantiveram em regime normal de treinamento (rotina de seis dias de
treinamento com um dia de descanso por semana, parcelada em peitoral, ombros e tríceps nos
dias 1 e 4; costas, bíceps e antebraço nos dias 2 e 5; coxas, panturrilha e abdômen nos dias 3 e
6). Avaliações antropométricas foram realizadas na véspera dos três momentos do estudo (M1,
M2 e M3). Da mesma forma, o teste de peso máximo (1RM) foi aplicado em cinco exercícios
(extensões de tríceps com barra, desenvolvimento pela frente, supino, levanta mento de terra e
agachamento), com a finalidade de avaliar os níveis de força. A associação treinamento de
força/suplementação protéica (M3/M1) resultou em ganhos significantes de força (14%) e massa
muscular (4,9% ou 2,840 kg). Estes achados demonstram que a ingestão protéica entre 1,5 e 2,5
g de proteína/kg de peso corporal/dia parece ser adequada para o aumento de força e massa
muscular, em atletas de culturismo.
Palavras chave: culturismo; proteína; massa muscular; força muscular; treinamento de força.

ABSTRACT
ABSTRACT
The purpose of this study was to analyze the effect of two different dietetics situations: basic diet
designed with 61 kcal/kg and 1.5 g protein/kg of body weight/day (D1), and higher protein diet,
designed with 80 kcal/kg and 2.5 g protein/kg of body weight/day (D2), on the gains of muscle
mass and strength in body builders. Thus, 6 male athletes (26.1 ± 3.0 years and 91.3 ± 17.4 kg)
were selected early. The period of application of each diet was 15 consecutive days, in which the
athletes performed their normal training (routine of six days of training and one day to rest per
week, the training divided into chest, shoulders and triceps exercises in days 1 and 4; back,
biceps and forearm in days 2 and 5; thigh, calves and abdominals in days 3 and 6).
Anthropometric evaluations were performed during the day before the three moments of the study
(M1, M2, M3). In the same way, the maximum weight test (1RM) was performed in five exercises
(supine triceps extensions, military press, bench press, deadlift and squat), in order to evaluate
the levels of strength. The association between resistance training and protein supplementation
(M3/M1) resulted in significant gains of strength (14%) and muscle mass (4.9% or 2.840 kg).
These findings showed that the protein intake between 1.5 and 2.5 g/kg of body weight/day
seems appropriate to the increase of strength and muscle mass in bodybuilders.
Key words: bodybuilding; protein; muscle mass; muscle strength; resistance training.
10 CYRINO, MAESTÁ & BURINI

INTRODUÇÃO Vários autores (BUTTERFIELD &


CALLOWAY, 1984; DRAGAN et al., 1985;
A quantidade de proteína dietética LEMON et al., TARNO POLSKY et al., 1992;
recomenda da pela maioria dos comitês TARNOPOLSKY et al., 1988) advogam a
especializados em nutri ção tem variado entre suplementação protéica para melhoria do
0,8 (Canadian Department of National Health desempenho físico, tanto pelo poder energético
and Welfare, 1983; US Food and Nu trition dos aminoácidos (nos exercícios de resistência),
Board, 1989; Food and Agricultural Organiza como pela melhoria do processo anabólico,
tion, 1985), 1,0 (Australian National Health and aumen tando a disponibilidade de aminoácidos
Me dical Research Council, 1987; Dutch Nutrition essenciais para gerar acréscimo de massa
Board, 1988 - para mulheres) e 1,2 g/kg de peso muscular, aceleran do a taxa de recuperação
corporal/ dia (Dutch Nutrition Board, 1988 - para durante o treinamento (nos exercícios de força).
homens) para todos os indivíduos adultos
sadios, independente do estilo de vida, idade, Em 1994, KUHN realizou estudo sobre o
peso, composição corporal e tipo de atividade efei to do trabalho de carga no metabolismo dos
física (LEMON, 1991). ami noácidos em 8 indivíduos saudáveis e
verificou que o exercício intenso aumenta a
Atualmente, existem muitas controvérsias demanda do organis mo humano para a
so bre a utilização destas recomendações em ingestão de proteína dietética de alto valor
pratican tes regulares de atividades físicas biológico.
diferenciadas e, principalmente, em atletas de
culturismo, visto que estas recomendações Outros estudos (LEMON et al., 1992;
basearam-se, primeiramente, em cálculos do TARNOPOL SKY et al., 1992) em jovens do
balanço nitrogenado (nitrogênio consu mido sexo masculino suge
menos o excretado), porém, de indivíduos es rem maior necessidade protéica para praticantes
sencialmente sedentários. de treinamento com pesos ou contra-resistência
(força). Segundo tais autores, esta necessidade massa muscular e força, visto que o consumo de
seria em tor no de 1,2 a 1,7 g/kg de peso aminoácidos induzido pelo treinamen to
corporal por dia. estimularia o aumento da síntese protéica.
Uma justificativa que parece bastante Com base nas informações apresentadas
razoá vel para isso é que o esforço gerado pelo aci ma, o propósito deste estudo foi investigar as
treinamen to de força induz ao processo de possí veis adaptações nos níveis de força e
hipertrofia muscu lar (aumento da massa massa muscu lar geradas, em trinta dias de
muscular), mediante uma maior retenção de experimento, pela as sociação entre o
aminoácidos, que somente é pos sível pela treinamento com pesos e dois regi mes
obtenção de um balanço nitrogenado po sitivo. dietéticos diferenciados, contendo cerca de 1,5 e
Entretanto, nem todos os pesquisadores con 2,5 g de proteína/kg de peso corporal/dia respec
cordam com a necessidade de dietas tivamente, em atletas de culturismo.
hiperprotéicas (LEMON et al., 1992), preferindo
aceitar que a ativi dade física regular promove CASUÍSTICA E MÉTODOS
melhoria na economia total de nitrogênio,
facilitando sua fixação. Sujeitos

Segundo TARNOPOLSKY et al. (1988), Seis atletas de culturismo, na faixa etária


culturis tas de elite consumindo dietas altamente dos 22-29 anos (26,07 ± 2,98 anos), do sexo
protéicas (2,77 g/kg de peso corporal/dia) têm masculino, foram previamente selecionados para
demonstrado elevado balanço nitrogenado fazer parte do estudo. Como pré-requisitos para
positivo. Hipoteticamen te, este alto consumo de inclusão no expe rimento foram consideradas as
proteínas poderia resultar em maior ganho de seguintes condições: possuir experiência mínima
de 3 (três) anos de prá
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tica em exercícios de sobrecarga, estar em fase hipertrófico ou de aumento do volume muscular).


de treinamento para hipertrofia muscular, não O protocolo adotado foi o classicamente
ser fu mante, não ser etilista, não fazer uso de
utili zado nos treinamentos de culturismo em
esteróides anabólicos ou similares, além de não
fase de hi pertrofia, envolvendo programação de
apresentar his tórico de doenças metabólicas.treinamento de seis dias consecutivos
Todos foram convenientemente informados intercalados por um de descanso. Este protocolo
sobre a proposta do estudo e procedimentos a englobou três programa ções de treinamento: A,
que seriam submetidos e assinaram declaração B e C.
de con sentimento esclarecido. Cada programação constou de três
exercícios por grupamento muscular, com quatro
Protocolo de treinamento séries para cada exercício. O número de
para hipertrofia repetições empregadas foi 12/ 10/8/6 RM,
O protocolo de treinamento foi aplicado respectivamente, sendo utilizado o méto do de
por seis semanas consecutivas, sendo que as treinamento com cargas variáveis, conhecido
duas sema nas iniciais (fase de pré-treinamento) como meia pirâmide (adaptado do método de
serviram para a equiparação dos níveis de pirâmi de crescente descrito por RODRIGUES &
condicionamento mus cular dos atletas e as ROCHA, 1985). As exceções foram os exercícios
quatro subseqüentes visaram o aumento da para os grupos mus culares da panturrilha (15-20
massa muscular (fase de treinamento repetições), antebraço (12-15) e abdômen (20-
30), por apresentarem carac terísticas distintas O intervalo de recuperação permitido entre
das dos demais grupamentos (con jugam força e as séries, em cada exercício, foi de sessenta a
resistência muscular). noventa segundos; entre os exercícios de um
As cargas utilizadas foram compatíveis mesmo grupa mento muscular, de dois a três
com o número de repetições máximas minutos; e entre os exercícios para grupamentos
estipuladas para cada exercício, o que musculares diferentes, nunca foi inferior a cinco
correspondeu a cerca de 70-85% de 1RM. minutos.
Todas as cargas foram aferidas individualmente
Teste de força muscular
em cada exercício através do teste de peso
máximo, na última semana da fase de pré- O teste escolhido para a avaliação dos
treinamento. Estas car gas sofreram reajustes níveis de força muscular, nos diferentes
momentos do es tudo (M1 - início; M2 - fim da
periódicos, de acordo com os ganhos
aplicação do 1o regime dietético; M3 - fim da
complementares de força e as adaptações pro
aplicação do 2o regime dieté tico), foi o teste de
vocadas pela seqüência de treinamentos. Desse peso máximo (1RM), descrito por CLARKE
modo, foram mantidas as intensidades iniciais (1973), por ser a técnica mais emprega da para
do trabalho. essa finalidade (MAYHEW et al., 1995).
A programação A foi composta por Para tanto, foram escolhidos cinco
exercícios para os grupamentos musculares do exercícios comumente utilizados nos programas
peitoral, om bros e tríceps, sendo repetida no de treinamen to de musculação de atletas de
primeiro e quarto dia de treinamento semanal. culturismo, de acor do com sua abrangência, ou
A programação B envolveu exercícios para seja, maior número de grupamentos e feixes
os grupamentos musculares das costas, bíceps musculares envolvidos na rea lização dos
braquial e antebraço, sendo repetida no segundo movimentos, permitindo assim a utiliza ção de
e quinto dia. Por fim, a programação C foi sobrecargas mais elevadas. Foram eles: ex
composta por exer cícios para os grupamentos tensões de tríceps com barra (supine triceps
musculares das coxas, pernas e abdômen, extensi ons), desenvolvimento pela frente
sendo repetida no terceiro e sex to dia de (military press),
treinamento semanal.
12 CYRINO, MAESTÁ & BURINI

supino (bench press), levantamento de terra musculares concêntrica e ex cêntrica),


(dea dlift) e agachamento (squat). mantendo-se a técnica de execução consi
Para a obtenção de 1RM, em cada derada correta.
exercício, foram utilizadas um máximo de três
Ingestão alimentar
tentativas, res peitando-se um intervalo de
recuperação entre cada uma de 3 a 5 minutos,
e protocolo dietético
no intuito de garantir a efici ência do teste Com a finalidade de conhecer a
mediante o restabelecimento das fon tes alimentação diária de cada um dos atletas foram
energéticas primárias utilizadas durante o esfor utilizados os métodos de recordatório de 24
ço, ou seja, o sistema dos fosfagênios (ATP- horas e registro ali mentar de 3 dias, avaliando-
CP). se a quantidade e quali dade dos alimentos
ingeridos, a partir de tabelas de composição
A carga máxima foi definida como sendo
química dos alimentos (FRANCO, 1989).
aque la que pudesse ser deslocada apenas uma
única vez, em uma amplitude completa de A partir daí, conhecidos os hábitos alimenta
movimento (combi nação entre as ações res dos atletas, coube a uma nutricionista a
elabora ção de duas dietas, comuns aos hábitos Os atletas receberam cada uma das dietas
alimentares destes. A primeira, de composição du rante 15 (quinze) dias consecutivos,
habitual, deno minada de D1, continha cerca de iniciando-se por D1. Durante todo o experimento
61 kcal/kg de peso corporal/dia e 1,5 g/kg de a ingestão de água foi ad libitum.
peso corporal/dia de pro teína (integral). A
segunda (D2), elaborada a partir de D1, foi
acrescida de carboidratos acompanhados da Avaliação antropométrica
suplementação de 1 g/kg de peso corporal/dia O peso corporal (P) e a estatura (A) foram
de aminoácidos (Amino 2000), resultando em 2,5 afe ridos de acordo com os procedimentos
g de proteína/kg de peso corporal/dia e 80 descritos por GORDON et al. (1988). A partir das
kcal/kg de peso corporal/dia. A ingestão de medida de peso e estatura calculou-se o índice
proteína dietética fora calculada assumindo-se de massa corpórea (IMC) por meio do quociente
que cada grama de ni trogênio eqüivale a 6,25 g peso corporal/estatura2, sen do o peso corporal
de proteína. expresso em quilogramas (kg) e a estatura em
A dieta D1 foi elaborada com arroz, feijão, metros (m).
fran go grelhado, batata cozida, alface, óleo de
A composição corporal foi obtida pela técni
soja, leite, nescau, pão, margarina, fécula, mel,
ca de espessura do tecido celular subcutâneo.
banana, laranja e suco de laranja, contendo
cerca de 10,2% de prote ína, 12,2% de lipídeos Para tanto, foram aferidas as seguintes dobras
e 77,6% de carboidratos. cutâne as: abdominal (AB), suprailíaca (SI),
A dieta D2, por sua vez, ofereceu subescapular (SE), tricipital (TR), perna-medial
aproximada mente 13% de proteína, 13% de (PM) e coxa (CX) de acordo com as técnicas
lipídeos e 74% de carboidratos a partir dos descritas por HARRISON et al. (1988), com
alimentos mencionados em D1, com o acréscimo exceção da dobra abdominal de terminada
de macarrão caseiro cozido, alho, azeite de oliva paralelamente ao eixo longitudinal do corpo,
e goiabada. Todos os alimentos foram aproximadamente dois centímetros à direita da
selecionados, adquiridos, temperados, cozidos, borda lateral da cicatriz umbilical (GUEDES,
por cionados e distribuídos individualmente aos 1994). O percentual de gordura foi estimado pela
atletas, pela nutricionista, para serem fórmula de SIRI (1961), a partir da equação espe
fracionados em 6 (seis) refeições diárias cífica de Guedes (1985) para o cálculo da
(desjejum, colação, almoço, lanche, jantar e densida de corporal.
ceia). As eventuais sobras foram computa das Foram avaliadas também as
no cálculo da ingestão diária. circunferências de braço relaxado (CB), braço
contraído (CBC), ante
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braço (CAT), abdômen (CAB), perna (CP) e A área muscular do braço (AMB) foi
coxa (CC) de acordo com as técnicas calculada a partir da seguinte equação
convencionais, descritas por CALLAWAY et al. (FRISANCHO, 1984):
(1988). As exceções foram as circunferências de
AMB (cm2) = {[CB (cm) - p.TR (cm)]2/4.p} - 10
coxa, tomada no ponto meso-fe mural
(RODRIGUES & ROCHA, 1985) e braço contra A massa muscular (MM), em gramas, foi
ído, tomada no ponto meso-umeral, no final de calcu lada de acordo com a equação proposta
uma contração voluntária máxima do bíceps, de por MARTIN et al. (1990):
acordo com a técnica descrita por FRANÇA & MM = A(0,0553.Gt2 + 0,0987. Gf2 + 0,0331Gc2) -
VÍVOLO (1987). 2445
onde A é a estatura, Gt é a circunferência medidas repetidas (ANOVA). O teste de Scheffé
de coxa corrigida pela sua respectiva dobra foi empregado para a localização das diferenças
cutânea, G
entre os tratamentos nos diferentes momentos,
aplicação do protocolo dietético D1), M2 (no
sendo adotado como nível de significância p <
último dia de aplicação de D1) e M3 (no último
0,05.
dia de apli cação de D2).

Análise estatística RESULTADOS


Os resultados antropométricos encontram-
Os resultados obtidos nos três momentos
se nas tabelas 1 e 2. Dados relativos à
do estudo foram agrupados em valores de média
composição corporal: peso (P), estatura (A),
e des vio-padrão e as diferenças foram
índice de massa corpórea (IMC),
contrastadas medi ante análise de variância para

é a circunferência máxima de é a cir braço (AMB), massa muscular


antebraço e Gc percentagem de gordura corporal (MM) e
f
(% gordura), área muscular do
cunferência máxima de panturrilha corrigida pela percentagem de massa muscular (% MM),
dobra cutânea de perna medial, sendo todas as encontram se na tabela 1. Os valores das dobras
me didas em cm. As correções das cutâneas tricipi tal (TR), suprailíaca (SI),
circunferências foram feitas sendo elas abdominal (AB), subesca pular (SE), perna
subtraídas por p vezes as respecti vas dobras medial (PM) e de coxa (CX) e das
cutâneas (JELLIFFE & JELLIFFE, 1969). circunferências de braço relaxado (CB), braço
contra ído (CBC), antebraço (CAT), abdômen
Todas essas medidas foram aferidas nos
(CAB), perna (CP) e coxa (CC) são
três momentos do estudo: M1 (na véspera do
apresentados na tabela 2.
início da

Tabela 1 – Características antropométricas de atletas de culturismo nos três momentos

Momentos Dietéticos
dietéticos. Parâmetros M3

M1 M2

91,27 ± 17,40 94,03 ± 17,54 a

179,25 ± 9,20 179,25 ± 9,20

28,18 ± 3,28 29,05 ± 3,26 a

16,22 ± 4,62 16,66 ± 4,83

100,32 ± 17,26 102,90 ± 16,96

58,51 ± 7,74 59,91 ± 7,93

64,72 ± 4,43 64,29 ± 4,17


P (kg) 95,70 ± 18,12 b, c A (cm) 179,25 ± 9,20 IMC (kg/m2) 29,55 ± 3,34 b, c %

Gordura 17,41 ± 4,65 b, c AMB (cm2) 107,13 ± 19,06 b

MM (kg) 61,35 ± 8,80 b % MM 64,59 ± 3,84


Diferenças significativas: aM2¹ M1; bM3¹ M1; cM3¹ M2 (p < 0,05) – Onde: P = peso corporal, A =
estatura, IMC = índice de massa corporal, AMB = área muscular do braço, MM = massa muscular.
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CYRINO, MAESTÁ & BURINI

Tabela 2 – Dobras cutâneas e circunferências de atletas de culturismo nos três momentos

Momentos Dietéticos
dietéticos. Parâmetros M3

M1 M2

10,07 ± 2,01 9,83 ± 1,88

15,52 ± 9,61 17,43 ± 10,31a

19,93 ± 6,70 20,12 ± 7,64

18,85 ± 4,87 19,53 ± 4,81

12,10 ± 4,64 12,53 ± 5,00

19,92 ± 9,05 19,50 ± 8,77

40,28 ± 3,32 40,65 ± 3,23

41,98 ± 3,35 42,55 ± 3,41

91,60 ± 8,13
92,65 ± 8,28 a

31,85 ± 1,83 32,31 ± 1,66

65,20 ± 5,01 65,78 ± 5,05

41,10 ± 2,91 41,52 ± 2,87

TR (mm) 10,33 ± 2,66 SI (mm) 19,32 ± 10,28 b, c AB (mm) 20,38 ± 7,53 SE


(mm) 19,20 ± 4,77 PM (mm) 13,80 ± 6,08 CX (mm) 20,38 ± 8,60 CB (cm)

41,48 ± 3,47 b, c CBC (cm) 43,28 ± 3,66 b, c CAB (cm) 94,42 ± 8,28 b, c CAT (cm)

32,75 ± 1,80 b CC (cm) 66,65 ± 5,41 b, c CP (cm) 42,08 ± 2,95 b, c

Diferenças significativas: aM2¹ M1; bM3¹ M1; cM3¹ M2 (p < 0,05)


Onde: TR = dobra cutânea tricipital, SI = dobra cutânea suprailíaca, AB = dobra cutânea
abdominal, SE = dobra cutânea subescapular, PM = dobra cutânea de perna medial, CX =
dobra cutânea de coxa, CB = circunferência de braço relaxado, CBC = circunferência de braço
contraído, CAB = circunferência abdo minal, CAT = circunferência de antebraço, CC =
circunferência de coxa, CP = circunferência de panturrilha.

Aumentos significativos, entre cada momen 2840 g (4,9%), dos quais 1440 g (2,5%) no perío
to do estudo, foram encontrados nas variáveis P, do de suplementação protéica (M3/M2),
IMC, SI e CAB. De forma idêntica, o % gordura, enquanto a área muscular do braço aumentou
AMB, MM, CB, CBC, CC e CP também sofreram 6,8% (M1/M3). Esses aumentos foram
eleva ções significativas ao longo dos trinta dias acompanhados da elevação de cerca de 1,2
de ex perimento; contudo, as diferenças se pontos percentuais na adiposidade corpórea
deram entre M3/M2 e/ou M3/M1. Vale ressaltar (tabela 1), sendo a maioria (0,75) no úl timo
que o aumento da massa muscular no período momento dietético (M3/M2), conseqüente ao
experimental foi de acúmulo suprailíaco (tabela 2).

Tabela 3 – Ingestão dietética de atletas de culturismo antes e durante o estudo.

Parâmetros Momentos Dietéticos


Pré Experimento M1/M2

5014,17 ± 701,45 5505,40 ± 920,02

55,39 ± 3,47 60,59 ± 2,33a

139,01 ± 25,06 140,45 ± 24,01

1,53 ± 0,05 1,54 ± 0,05

M2/M3 kcal/dia 7499,68 ± 1287,94b, c kcal/kg de PC/dia 79,96 ± 1,76b, c g proteína/dia


235,65 ± 41,18b, c g prot/kg de PC/dia 2,51 ± 0,05b, c

Dif. Sig.: aM1/M2¹ ≠ Pré Experimento; bM2/M3¹ ≠ Pré Experimento; cM2/M3¹ ≠ M1/M2 (p < 0,05)
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O maior ganho de peso corporal ocorreu no respectivamente, para os momentos M1, M2 e


pri meiro período dietético (M2/M1), embora o M3.
maior gan ho de massa muscular tenha ocorrido
Em todos os exercícios estudados houve
no segundo (M3/ M2) (tabela 1). O incremento
ponderal total atingiu 4430 g, ou seja, 1370 g/m 2 um aumento significativo nos níveis de força
de superfície corpórea. muscular, o que ficou evidenciado pela elevação
das cargas no teste de peso máximo (1RM). A
A ingestão dietética habitual dos atletas no variação foi signifi cante principalmente entre
pré experimento acha-se na tabela 3, assim M1/M3, atingindo 14% (tabela 4). O incremento
como a inges tão calculada nos três momentos verificado entre os momen tos M3 e M1
do estudo. A ingestão calórica e protéica total, obedeceu à seguinte ordem: agacha mento
bem como a relativa ao peso corporal, aumentou (17%) > levantamento de terra (11,2%) >
significativamente a partir do se gundo protocolo extensões de tríceps (11%) > supino (10,4%) >
dietético (D2), ao passo que a pro porção de senvolvimento pela frente (5,8%).
kcal/proteína ingerida foi de 36,3; 39,2 e 31,9,
De forma semelhante, o índice de força interfe rências da dieta precedente sobre os
relati va dos atletas estudados (IF), representado resultados.
pela rela
A superestimação do balanço nitrogenado
ção entre a carga total levantada nos cinco
pode refletir adaptação insuficiente à dieta e é
exercíci os (CL) e o peso corpóreo (tabela 1)
relativa mente comum em todos os estudos
elevou-se signi ficativamente em 8,9% durante o
dessa natureza. Segundo HEGSTED (1975),
experimento (M3/ M1) (tabela 4).
períodos adaptativos de dez dias são,
provavelmente, adequados quando da
DISCUSSÃO diminuição da ingestão protéica. Por outro lado,
Devido ao número reduzido de atletas períodos iguais ou superiores a duas semanas
seleciona dos, optou-se pela aplicação de dois são necessários para estabilização metabólica
regimes dietéticos diferentes, de forma quando a ingestão protéica é aumentada. No
consecutiva e não no sistema cru zado (cross- entanto, quando o incremento protéico for
over). No entanto, houve a preocupação de que pequeno (< 1 g/kg de peso corporal/dia) e,
o período de aplicação de cada regime dietético principalmente, na forma de pó, dez dias são
fosse de quinze dias, para que fossem evitadas suficientes (TARNOPOLSKY et al., 1988).

Tabela 4 – Força absoluta e relativa de acordo com o teste de 1RM em atletas de culturismo
nos três momentos do estudo.

Momentos Dietéticos Parâmetros


M3
M1 M2

54,33 ± 11,20 58,00 ± 10,51a

91,33 ± 7,66 93,00 ± 7,24

108,67 ± 16,52
118,00 ± 16,00 a

155,00 ± 24,81
165,00 ± 24,55 a

172,33 ± 20,37 190,00 ± 17,89

570,00 ± 44,07
624,00 ± 38,80 a

6,38 ± 0,94 6,79 ± 0,99

Extensões de tríceps (kg) 59,67 ± 10,54 b Desenvolvimento (kg) 96,67 ± 6,41 b, c

Supino (kg) 120,00 ± 15,75 b

Levantam. de terra (kg) 172,33 ± 22,89 b Agachamento (kg) 201,60 ± 25,63 b CL

(kg) 650,33 ± 44,44 b IF 6,95 ± 1,01 b

Diferenças significativas: aM2¹ ≠ M1; bM3¹ ≠ M1; cM3¹ ≠ M2 (p < 0,05)


Onde IF = CL/P, sendo IF = índice de força relativa, CL = carga total levantada (kg) e P = peso corporal (kg)
16 O aumento da força e da massa no protocolo de treinamento
CYRINO, MAESTÁ & BURINI muscular com empregado. Experimen
a utilização de dietas hiperprotéicas, em atletas entre o gan ho de força (14%) e massa muscular
de força, tem sido relatado em alguns estudos (4,9%) no perí odo estudado (30 dias) não se
(DRA GAN et al., 1985; DRAGAN et al., 1992; pode concluir sobre o efeito ergogênico da
LEMON et al., 1992; TARNOPOLSKY et al., suplementação de aminoácidos
1988; TARNOPOL SKY et al., 1992). No entanto, tos semelhantes realizados por outros autores
existem grandes con trovérsias sobre esse mos traram ganhos de força muscular inferiores
assunto, visto que a quanti dade de proteína (DRAGAN et al., 1985) ou superiores (KRAUT e
utilizada, o tempo de aplicação da dieta, os cols apud BUC CI, 1993) ao presente estudo.
protocolos de treinamento emprega dos, a
Segundo FLECK & KRAEMER (1997) a
composição da amostra, o tempo de prática dos
força muscular pode aumentar em decorrência
indivíduos estudados, além de outros fatores
de dois fa tores, hipertrofia muscular e
intrínsecos e extrínsecos, se apresentam de
adaptações neurais. Já em 1964, WARD & FISH
manei ras bastante distintas.
demonstraram que mudan ças nas
A elevação da ingestão protéica em 69,5% circunferências dos membros não acompa
e da relação proteína/energia em 16,3% nhavam os aumentos de força muscular. Logo, o
observada no presente estudo resultou em au mento de força produzido entre M1/M2, no
ganho significativo de massa muscular (2840 g), presente estudo, pode ser atribuído muito mais
embora o período de apli cação das dietas tenha às possíveis adaptações neurais ao treinamento
sido relativamente curto. Segundo RASH & do que propria mente ao processo de hipertrofia
PIERSON (1962), muitos estudos apontam a muscular, visto que o maior desenvolvimento
necessidade de períodos superiores a 8 muscular foi verificado sub seqüentemente,
semanas para que se manifestem modificações entre M2/M3.
neste sentido. Alterações semelhantes às A razão ganho de massa muscular : ganho
verificadas neste trabalho, porém relacionadas de massa gorda foi de 1,79. Entretanto, o que
ao ganho de massa corporal magra, foram chamou a atenção foi a magnitude em que
observadas por CONSOLAZIO et al. (1975); ocorreram esses ganhos, tendo em vista o curto
DRAGAN et al. (1985); DRAGAN et al. (1992); e período de aplicação de cada dieta (quinze dias
LEMON et al. (1992), em protocolos físi consecutivos), embora se tratasse de dietas
cos/dietéticos similares. altamente hipercalóricas, o que teoricamente
Os 4,9% de ganho de massa muscular facilitaria sensivelmente o aumento da massa
observa dos nos trinta dias de protocolo corporal total.
físico/dietético fo ram associados ao ganho de Um outro aspecto extremamente relevante
força muscular (14%). É interessante discriminar é que os ganhos de força e massa muscular
que 50,7% do ganho mus cular foi obtido na foram verificados em atletas que já possuíam um
última quinzena, ou seja, na vi gência da desen volvimento muscular bastante acentuado
suplementação de aminoácidos na propor ção no início do experimento, muito superior ao da
de 31,9 kcal/g de proteína ingerida. população de esportistas de outras modalidades
ou de não es portistas (SPENST et al., 1993), o
Por outro lado, o maior aumento nos níveis
que poderia vir a reduzir sensivelmente os
de força muscular ocorreu entre M1/M2 (9,5%).
resultados, por possíveis limitações genéticas.
Assim, embora tenha havido boa concordância
Nesse sentido, vários estudos causar modificações na força e na composi ção
desenvolvidos por pesquisadores europeus corporal em atletas de força, durante um ou dois
(HÄKKINEN, 1985; HÄKKI NEN et al., 1987; anos de treinamento, é muito mais difícil do que
HÄKKINEN et al., 1988) comprova ram que em
REVISTA TREINAMENTO DESPORTIVO 17

indivíduos não treinados ou moderadamente CONSOLAZIO, G.F.; JOHNSON, H.L.; NELSON,


treina dos, submetidos a apenas 10 ou doze R.A.; DRAMISE; J.G.; SKALA, J.H. Protein
metabolism during intensive physical training in the
semanas de treinamento com pesos, tendo em young adult. American Journal of Clinical
vista que os pata mares em que esses se Nutrition, v.28, p.29-35, 1975.
encontram são bastante dife renciados. Logo, os
DRAGAN, G.I.; VASILIU, A.; GEORGESCU, E.
primeiros estão aparentemente muito mais Effects of increased supply of protein on elite
próximos dos seus limites (se é que es ses weightlifters. In: GALESLOOT, T.E.; TINBERGEN,
realmente existem) do que os demais. B.J., eds. Milk Proteins ‘1984’. Wageningen:
Pudoc, 1985. p.99-103.
culturismo em períodos não competitivos (fase
CONCLUSÃO de treinamento hipertrófico), quando o principal
Os dados encontrados neste estudo obje tivo é gerar aumento significativo no volume
sugerem que a ingestão protéica entre 1,5 e 2,5 corpo ral, à custa, predominantemente, do
g de proteí na/kg de peso corporal/dia, desenvolvimento da massa muscular.
associada ao treinamento com pesos, pode Finalmente, vale ressaltar que a utilização
contribuir de forma significativa para o aumento de dietas hipercalóricas e hiperprotéicas, como
de força e massa muscular. Tais acha dos vêm as empregadas no presente estudo, com os atle
ao encontro das necessidades dos atletas de tas em período de treinamento para hipertrofia,
desacompanhadas de treinamento aeróbio regu
lar pode comprometer negativamente a aparên
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ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA:


Edilson Serpeloni Cyrino
FEF/Centro de Educação Física e Desportos – Universidade Estadual de
Londrina Caixa Postal 6001 – CEP 86051-990 – Londrina – PR
e-mail: emcyrino@sercomtel.com.br

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