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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E SOCIAIS

Disciplina: Contabilidade Geral e Financeira I

Tema: A Contabilidade

Discente: TNRX 850


Turma:201-Noturna A

Docente: Mestre Canjara Costa

Maputo, Junho de 2020


Índice
Introdução .................................................................................................................................... 1

Fundamentação Teórica ............................................................................................................... 2

A Evolução Da Contabilidade ..................................................................................................... 2

Evolução Histórica da Contabilidade em Moçambique .............................................................. 2

Do Sistema das Partidas Dobradas à Teoria da Contabilidade .................................................... 3

A Contabilidade ........................................................................................................................... 3

Conceito ....................................................................................................................................... 3

Objectivo ..................................................................................................................................... 3

Finalidade .................................................................................................................................... 3

Utentes da Informação Contabilística.......................................................................................... 4

O Património................................................................................................................................ 4

Equação Fundamental da Contabilidade ..................................................................................... 5

O inventário ................................................................................................................................. 5

Balanço ........................................................................................................................................ 6

A conta e os lançamentos ............................................................................................................ 8

Classificação de Contas ............................................................................................................... 9

Contas Principais e Contas Subsidiárias ...................................................................................... 9

Os Lançamentos ........................................................................................................................ 10

Sequência do Trabalho Contabilístico ....................................................................................... 11

Livros De Contabilidade ............................................................................................................ 11

Quadro Conceptual .................................................................................................................... 12

Finalidade .................................................................................................................................. 12

Âmbito ....................................................................................................................................... 12

Os Utilizadores e as Necessidades de Informação .................................................................... 12


Pressupostos subjacentes ........................................................................................................... 13

Base do acréscimo ..................................................................................................................... 13

Continuidade das operações ...................................................................................................... 13

Características Qualitativas Das Demonstrações Financeiras ................................................... 14

Princípios contabilísticos ........................................................................................................... 14

Critérios de Valorimetria ........................................................................................................... 15

Critérios de Valorização de Entradas ........................................................................................ 15

Critérios de Valorização de Saídas ............................................................................................ 15

Estudo do POC .......................................................................................................................... 16

Disponibilidades ........................................................................................................................ 16

Existências ................................................................................................................................. 16

Imobilizações ............................................................................................................................. 17

Métodos de amortização ............................................................................................................ 17

Amortização segundo o método das cotas constantes ............................................................... 18

Contas a receber, contas a pagar, acrescimos e diferimento ..................................................... 19

Capital Próprio ........................................................................................................................... 19

Capital social ............................................................................................................................. 20

Reservas ..................................................................................................................................... 20

Resultados transitados ............................................................................................................... 20

Gastos e Perdas .......................................................................................................................... 20

Proveitos e ganhos ..................................................................................................................... 21

Vendas ....................................................................................................................................... 21

Prestações de serviços ............................................................................................................... 21

Resultados .................................................................................................................................. 21

Resultados operacionais ............................................................................................................ 21


Resultados financeiros ............................................................................................................... 21

Resultados correntes .................................................................................................................. 22

Imposto sobre o rendimento do exercício.................................................................................. 22

Resultado líquido do exercício .................................................................................................. 22

Dividendos antecipados ............................................................................................................. 22

Código Das Contas .................................................................................................................... 22

Referências ................................................................................................................................ 25
Introdução
No presente trabalho irei falar da Contabilidade geral, desde a evolução histórica,
conceitos básicos, património, conta, movimentos e a respectiva sequência. A
Contabilidade é tão antiga quanto o próprio homem que pensa”. Mesmo na sociedade
antiga, o ser humano já utilizava das ferramentas contábeis para controlar seus bens, à
necessidade de o homem fazer o registro do comércio deu origem a contabilidade visto
que através dela é fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas de
decisões, tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, interpretando, registrando e
controlando o Patrimônio.

Entretanto quando se pensa nessa evolução da contabilidade, já na idade moderna,


geralmente se depara com a escola europeia. Essa escola alcançou seu momento de
glória através de suas escolas de pensamento contábil, principalmente com a Italiana.

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Fundamentação Teórica

A Evolução Da Contabilidade
Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:

Contabilidade do mundo antigo - período que se inicia com as primeiras civilizações e


vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci, da autoria Leonardo
Fibonaci, o Pisano.

Contabilidade do mundo medieval - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494,
quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas
Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil
do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que
contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.

Contabilidade do mundo moderno - período que vai de 1494 até 1840, com o
aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e
Pubbliche", da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra
marcante na história da Contabilidade.

Contabilidade do mundo científico - período que se inicia em 1840 e continua até os


dias de hoje.

Evolução Histórica da Contabilidade em Moçambique


O crescente relacionamento das empresas portuguesas com Moçambique e as
particularidades das normas e práticas contabilísticas Moçambicanas justificam a
procura de uma harmonização contabilistica.

Pouco se sabe, ou carece de uma investigação profunda, sobre a história da


contabilidade em Moçambique, assumindo-se que o seu nascimento data de 1984 com o
Plano Geral de Contabilidade (PGC), aprovado pela Resolução do Conselho de
Ministros N. 13/84 de Dezembro, o qual era de aplicação obrigatória pelas empresas
sediadas no país com excepção das que exerçam actividades nos ramos bancário e
segurador que dispõem de planos próprios. É no PGC que estão contemplados os
princípios de normalização da contabilidade, existindo outra legislação que contempla o
PGC, designadamente no que respeita a: amortizações, provisões e reavaliação dos

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activos corpóreos. O Código do Imposto Sobre os Rendimentos também contemplam
algumas disposições com impacto na contabilidade de das empresas.

Do Sistema das Partidas Dobradas à Teoria da Contabilidade


O Método das Partidas Dobradas ou Método Veneziano é o sistema-padrão usado em
empresas e outras organizações para registar transações financeiras.
Sua premissa é de que a condição financeira e os resultados das operações de uma
empresa ou organização são melhores representadas por diversas variáveis, chamadas
contas, em que cada uma reflete um aspecto em particular do negócio como um valor
monetário. Cada transação financeira é registada na forma de entradas em pelo menos
duas contas, nas quais o total de débitos deve ser igual ao total de créditos.

A Contabilidade

Conceito
Contabilidade é a ciência de natureza económica cujo objectivo é a realidade económica
passada, presente e futura de qualquer entidade pública ou privada, analisada em termos
quantitativos e por método específico com o fim de obter informação económica
financeiras indispensável a gestão dessa entidade. É um conjunto de meios organizados
que irão permitir a recolha, tratamento, classificação e síntese da informação financeira.

Objectivo
A Contabilidade tem por objectivo registar, sistematizar e documentar os actos e
fatos de natureza económico-financeira que afectam uma organização (pública ou
privada).

Finalidade
A finalidade da contabilidade é fornecer informações às pessoas ou entidades
interessadas na situação patrimonial (bens, direitos e obrigações) e económica (lucro ou
prejuízo) da entidade, bem como na aferição de sua capacidade produtiva.

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Utentes da Informação Contabilística
Sócios ou proprietários – avaliam o desempenho da administração e a rentabilidade de
seus investimentos.

Investidores – avaliam os riscos e oportunidades de negócios.

Fornecedores – avaliam as condições financeiras da empresa e, assim, podem decidir se


irão fornecer mercadorias e serviços.

Clientes – avaliam se os fornecedores poderão ser os parceiros ideais.

Empregados – avaliam a continuidade da empresa, a capacidade de pagar salários,


oportunidades e condições de negociar salários, se a participação nos lucros foi
devidamente calculada etc.

Governo – importante usuário das informações contábeis, pois verifica se a empresa


está em dia com suas obrigações tributárias.

Concorrentes – avaliam a capacidade financeira e de negócios de uma entidade


concorrente.

Administradores – são os que demandam por informações contábeis com maior


frequência e profundidade, já que elas subsidiam a tomada de decisões e permitem
avaliar as actividades da entidade.

O Património
Designa-se por património de qualquer pessoa ou organização o conjunto de bens,
direitos (dívidas a receber) e obrigações (dívidas a pagar) que esta possui. Todos os
elementos patrimoniais são susceptíveis de serem representados em unidades
monetárias e por isso todos eles são valores.

Activo - são os bens e direitos da organização em um determinado momento. É tudo o


que pode ser convertido em valores monetários. Os ativos são, por exemplo, o dinheiro

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em caixa, as duplicatas a receber, os estoques de produto, os equipamentos e os
imóveis.
Passivo - é o conjunto de obrigações e dívidas feitas para o financiamento da atividade
organizacional, considerado na contabilidade das empresas. Os valores dos passivos têm
origem nas despesas, como contas a pagar aos fornecedores ou ao governo, por
exemplo, sendo demonstrados através do balanço patrimonial.

Em termos monetários, a situação líquida ou capital próprio de um dado momento,


representa o valor que o proprietário da empresa teria direito a receber se cessasse a sua
actividade, liquidando o património (do ponto de vista contabilístico), nesse momento.
Três casos podem ocorrer em dada situação patrimonial:

O activo é superior ao passivo, havendo um excesso de valores sobre os passivos. Neste


caso a situação líquida diz-se activa. É o mais frequente e representa o capital próprio.

O activo e o passivo são iguais, não havendo, neste caso situação líquida, ou seja, ela é
nula:

O activo pode ser inferior ao passivo. Neste caso existe um excesso de valores passivos
sobre os activos (deve-se mais do que se possui e se tem a receber). Logo, a situação
líquida diz-se passiva e é considerada negativa.

Equação Fundamental da Contabilidade


Esta expressão corresponde à Equação Fundamental da Contabilidade, que temos vindo
a estudar e que será, então:

ACTIVO + S. L. PASSIVA = PASSIVO + S. L. ACTIVA

Esta equação constitui o cerne de todo o trabalho contabilístico baseando-se nela o


princípio das partidas dobradas que já havíamos citado acima.

O inventário
O inventário consiste numa relação dos elementos patrimoniais com a indicação do seu
valor. Proceder a inventariação consiste, pois, em analisar os elementos de um dado
património, descrevê-los e atribuir-lhes um valor.

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Quanto ao âmbito e/ou extensão, os inventários podem classificar-se em gerais e
parciais.

 Um inventário diz-se geral quando abarca todos os valores que constituem um


dado património.

 Diz-se parcial quando abrange apenas alguns dos elementos patrimoniais. Ex:
inventário das existências em armazém, inventário das letras a receber, etc.

Quanto à apresentação, os inventários podem ser verticais e horizontais.

 O inventário vertical, os elementos são dispostos verticalmente.


 O inventário horizontal, os elementos são seriados em dois blocos horizontais.
Os inventários que as empresas elaboram devem ser transcritos para o livro de
Inventário e Balanços, como adiante veremos, é um dos livros obrigatórios para
qualquer comerciante.

Balanço
Segundo BORGES et al. (2007), o balanço é um quadro alfanumérico que contém
informação, reportada a determinada data, acerca dos recursos que a entidade utiliza e
da forma como estão a ser financiados (pelos titulares da entidade e por terceiros).

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De acordo com a NCRF uma entidade deve apresentar activos correntes e não correntes,
e passivos correntes e não correntes, como classificações separadas na face do balanço.
Adiante a norma determina as condições que levam a considerar um activo como
corrente:

 Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido, no


decurso normal do ciclo operacional da entidade;

 Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

 Espera-se que seja realizado num período até doze meses após a data do balanço;

 É caixa ou equivalente de caixa, a menos que lhe seja limitada a troca ou uso
para liquidar um passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

Os elementos que não se enquadram neste âmbito podem ser considerados como ativo
não corrente.

O mesmo normativo determina que um elemento deve ser considerado como passivo
corrente quando:

 Se espere que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;

 Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

 Deva ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço; ou

 A entidade não tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo


durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

Os restantes passivos devem ser entendidos como não correntes.

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A conta e os lançamentos
Define-se como um conjunto de elementos patrimoniais com características comuns.
Tem um título, em geral sintético (Caixa, Clientes, Amortizações do exercício, etc.),
um conteúdo e um valor. Os elementos que constituem a conta são:

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 O Título - identifica a natureza do elemento patrimonial, do custo e do proveito.
 A Extensão - permite identificar os valores dos registos nas respectivas contas.

Os requisitos essenciais a que a conta deve obedecer, são:

A homogeneidade - uma conta só deve conter os elementos que obedeçam à


característica comum que ela define. Assim, a dívida de um cliente à empresa, nunca
poderá ser registada numa conta que não indique uma dívida a receber, ou seja, a conta
em que aquela for registada deve incluir apenas os elementos que possuam a mesma
característica: valor que a empresa tem direito a receber.
A integralidade - a conta deve incluir todos os elementos que gozam da característica
comum por ela definida. Deste modo a conta Mercadorias, deverá incluir todos os tipos
de mercadorias transaccionadas pela empresa, assim como as suas variações.

Classificação de Contas
Contas de Balanço – são contas do Activo, Contas Passivo e Contas Capital Próprio
(contas identificativas do património liquido da empresa).
Contas de Demonstração de Resultados - contas de Custos e Perdas (contas que
identificam o consumo de recursos e utilização de factores produtivos), Contas de
Proveitos e Ganhos (contas que reflectem os rendimentos gerados pelo negócio da
empresa) e Contas Resultados (contas que identificam a natureza dos lucros e prejuízos
gerados na empresa).
Contas Colectivas e Contas Divisionárias - contas colectivas, são as contas
integradoras que reúnem os movimentos ocorridos nas contas divisionárias. Contas
Divisionárias, são subcontas cuja informação é fornecida à conta colectiva, a ultima das
contas divisionárias, chama-se Conta Elementar (não admite mais subdivisões).

Contas Principais e Contas Subsidiárias


Conta Principal - reflecte o apuramento dos diversos valores registados nas contas
subsidiárias.
Conta Subsidiária - conta informativa, ficará saldada aquando da sua transferência
para as contas principais.

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Os Lançamentos
Lançamento, corresponde ao registo dos factos patrimoniais nas contas, utilizando o
método Digráfico. Podemos classificar os lançamentos atendendo ao número de contas
movimentadas:

 Lançamentos Simples - 1 Débito corresponde a 1 Crédito;


 Lançamentos Compostos - 1 Débito implica vários Créditos, vários Débitos
implicam 1 Crédito ou vários Débitos implicam vários Créditos.

Podemos classificar os lançamentos atendendo à sua natureza:

 Lançamento de Abertura - são os primeiros lançamentos a serem registados na


conta, correspondem ao registo na conta;
 Lançamentos Correntes - correspondem aos lançamentos que caracterizam o
negócio da empresa, sendo efectuados ao longo do exercício económico;
 Lançamentos de Regularização - são os lançamentos que ocorrem no final do
exercício económico com o intuito de rectificar as contas do balanço e as
demonstrações de resultados, inserem-se nos trabalhos de fim de exercício;
 Lançamentos de Apuramento de Resultados - correspondem à transferência
dos diversos resultados mediante a transferência dos respectivos proveitos e
custos;
 Lançamentos de Estorno - correspondem à correcção contabilística de um
lançamento anterior;
 Lançamentos de Encerramento das Contas - corresponde aos lançamentos de
fecho das contas, ocorrem no final do exercício, após elaboração do balanço;
 Lançamentos de Reabertura - correspondem à abertura dos saldos iniciais que
correspondem aos saldos transitados do período anterior.

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Sequência do Trabalho Contabilístico

Livros De Contabilidade
Razão - assemelha-se à conta, dá a conhecer a informação histórica da conta,
nomeadamente, os movimentos ocorridos, quer a débito quer a crédito, bem como o
respectivo saldo. Existem dois traçados de razão: clássico ou simplificado.

Diário - corresponde ao livro da contabilidade que regista os factos patrimoniais


segundo uma sequência cronológica, tendo como vantagem a compactação dos
documentos, facilitando assim a sua consulta.
Extracto de Conta - identifica os movimentos obtidos numa conta ao longo de um
determinado período.
Balancete - é um mapa de resumo dos movimentos ocorridos ao longo de um período.
Permite de uma forma sintética identificar os movimentos, quer a débito quer a crédito,
de todas as contas, bem como os seus respectivos saldos.

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Quadro Conceptual

Finalidade
O Quadro Conceptual estabelece os conceitos que estão na base da preparação e
apresentação de demonstrações financeiras para utilizadores externos, e tem como
finalidades:

 Ajudar aqueles que preparam demonstrações financeiras na aplicação do PGC -


NIRF;
 Ajudar os auditores a formar uma opinião sobre se as demonstrações financeiras
estão preparadas em conformidade com o PGC - NIRF;
 Ajudar os utilizadores das demonstrações financeiras na interpretação da
informação incluída nas demonstrações financeiras preparadas em conformidade
com o PGC - NIRF.

Âmbito
O Quadro Conceptual aborda os seguintes assuntos:

 Objectivo das demonstrações financeiras;

 Características qualitativas que determinam a utilidade da informação constante


das demonstrações financeiras;

 Definição, reconhecimento e mensuração dos elementos a partir dos quais são


elaboradas as demonstrações financeiras; e
 Dos conceitos de capital e de manutenção de capital.

Os Utilizadores e as Necessidades de Informação


Investidores – as sociedades de capital de risco e os seus consultores preocupam-se
com o risco inerente e com o retorno proporcionado pelos seus investimentos e
necessitam de informação que os ajude a decidir se devem comprar, manter ou vender
esses investimentos.

Empregados – os empregados e os seus grupos representativos estão interessados em


informações sobre a estabilidade e rentabilidade das entidades para quem trabalham.

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Financiadores – os financiadores estão interessados em informações que lhes permitam
determinar se os empréstimos concedidos e os respectivos juros serão pagos na data do
vencimento.

Fornecedores – os fornecedores, e outros credores comerciais, estão interessados em


informações que lhes permitam avaliar se os montantes que lhes são devidos serão
pagos na data do vencimento.

Clientes – os clientes têm interesse em informação relacionada com a continuidade de


uma entidade, especialmente quando têm um envolvimento de longo prazo com a
entidade ou estão delas dependentes.

Governos e seus departamentos – os governos e seus departamentos estão


interessados na alocação de recursos e, consequentemente, nas actividades da entidade.
Por isso, também exigem informações com o objectivo de regular as actividades das
entidades e determinar políticas fiscais, e como base para elaboração de estatísticas.

Publico em geral – As entidades afectam o público em geral de várias formas. Por


exemplo, as entidades podem ter uma contribuição significativa para a economia local
através dos empregos que criam e do suporte aos fornecedores locais.

Pressupostos subjacentes

Base do acréscimo
Para atingirem os seus objectivos, as demonstrações financeiras são preparadas na base
contabilística do acréscimo. De acordo com esta base, os efeitos das transacções e de
outros acontecimentos são reconhecidos quando ocorrem (e não quando a caixa ou seus
equivalentes são recebidos ou pagos), e são registados na contabilidade e relatados nas
demonstrações financeiras dos períodos a que dizem respeito.

Continuidade das operações


As demonstrações financeiras são geralmente preparadas no pressuposto de que a
entidade tem operado continuadamente e que continuará a operar no futuro previsível.
Assim, assume-se que a entidade não tem intenção, nem necessidade, de cessar as suas
operações ou de reduzir significativamente o seu volume. Se tal intenção ou necessidade

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existir, as demonstrações financeiras podem ter que ser preparadas numa base diferente
e, nesse caso, a base usada deve ser divulgada.

Características Qualitativas Das Demonstrações Financeiras


Conjunto de conhecimentos organizados e orientados para a tomada de decisões. Possui
quatro características fundamentais:

Fiabilidade: garantia do nível de confiança das demonstrações financeiras. É, então, a


garantia que as demonstrações financeiras estão libertas de erros e/ou omissões.

Relevância: nas demonstrações financeiras estão todos os factos, são o retracto de todos
os factos patrimoniais que possam afectar a sua leitura.

Comparabilidade: permite a confrontação das demonstrações de cariz contabilístico no


espaço (com outras organizações) e no tempo (sentido evolutivo da organização).

Compreensível: deverá o utilizador da informação financeira possuir as ferramentas e


utensílios que lhe permitam extrair a informação que ele necessita para a tomada de
decisões.

Princípios contabilísticos
Princípio da continuidade - significa que no final do Exercício Económico as
organizações não terão a necessidade de alienar todos os seus activos, nem pagar todos
os seus passivos, nem distribuir o remanescente (caso exista) aos seus sócios
accionistas.

Princípio da consistência - significa que não é possível às organizações alternarem as


suas políticas e procedimentos contabilísticos durante a sua vida.

Princípio da especialização - diz-nos que os custos e proveitos deverão ser


reconhecidos independentemente da respectiva despesa e receita. Este princípio traduz-
se contabilisticamente através da conta 49 (acréscimos e deferimentos).

Princípio do custo histórico - os bens devem ser registados na contabilidade pelo seu
preço de aquisição (respectivo preço de compra acrescido de todas as despesas
suportadas com a sua aquisição).

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Princípio da Prudência - deve reflectir na contabilidade custos destinados a fazer
face a contingências futuras, cuja ocorrência embora incerta seja provável. A reflexão
do Princípio da prudência é feita através das provisões do exercício.

Princípio da substância sobre a forma - diz-nos que a realidade do facto prevalece


sobre a sua forma legal. Isto é, embora a lei diga que, por exemplo, a propriedade de um
bem adquirido em regime de locação financeira seja da locadora, a realidade diz-nos
que quem usufrui do bem é o seu locatário, pelo que deve este registá-lo na
contabilidade como sendo seu.

Princípio da Materialidade - diz-nos que deverão estar reflectidos na contabilidade


todos os factos que possam influenciar a tomada de decisões, por parte dos diversos
utilizadores a informação financeira. A materialidade está associada ao conceito de
relevância.

Critérios de Valorimetria
Correspondem a critérios de valorimetria a forma como se procede à valorização quer
das entradas quer das saídas, dos passivos e activos.

Critérios de Valorização de Entradas


Segundo o POC, os bens e os direitos deverão ser registados pelo seu preço de aquisição
e/ou pelo seu custo de produção. Preço de Aquisição, todos os valores que estão
directamente e indirectamente relacionados com o bem, no seu acto de compra. Isto
significa, que ao preço do bem deverão ser acrescidas todas as despesas suportadas com
a sua aquisição.

Custo de produção - os custos suportados e que estão associados com o processo


produtivo. Nomeadamente, o consumo de matérias-primas e subsidiárias, o consumo de
mão-de-obra directa e o consumo de gastos gerais de fabrico (energia, despesas com
conservação e manutenção dos elementos fabris, custos com o desgaste dos elementos
fabris).

Critérios de Valorização de Saídas


Os bens devem ser retirados da contabilidade pelo seu preço de aquisição e/ou pelo seu
custo de produção. No entanto no caso em que ocorram lotes de activos com diferentes
valorizações devemos atender entre outros a um dos 3 critérios seguintes:

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 FIFO (First In First Out);
 LIFO (Last In First Out); e
 CMP (Custo Médio Ponderado).

Estudo do POC

Disponibilidades
Esta classe destina-se a registar os meios financeiros líquidos, que incluem quer o
dinheiro e depósitos bancários, quer todos os ativos ou passivos financeiros mensurados
ao justo valor. À data de relato, os valores das contas de caixa e equivalentes de caixa
devem coincidir com os respetivos valores constantes da Demonstração de Fluxos de
Caixa, conforme NCP 1 - Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras.

Existências

Inventário basicamente é uma lista de bens e materiais disponíveis em estoque que


estão armazenados na empresa ou então armazenados externamente, mas pertencentes
à empresa.

A conta de activos biológicos cobre tudo que nasce, cresce e morre, abrangendo uma
gama diversificada de actividades como a pecuária, silvicultura, culturas anuais ou
perenes, cultivo de pomares e plantações, viveiros e aquacultura (incluindo criação de
peixes). Os activos biológicos são registados pelo valor realizável líquido deduzido da
margem normal de lucro, em vez de usar o sistema de imputação de custos de
produção. Como esses bens estão sujeitos a transformação biológica, que inclui os
processos de crescimento, degeneração, produção e procriação que causam alterações
qualitativas e quantitativas no activo biológico ao longo do tempo, deve ser
constantemente avaliada. Note-se que pode haver ajustamentos negativos devido a
mudanças nos preços de mercado.
Os inventários devem ser mensurados pelo custo ou pelo valor realizável líquido, dos
dois o mais baixo. O custo dos inventários deve incluir todos os custos de compra,
custos de transformação e outros custos necessários para colocar os inventários no seu
local e condições actuais.

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Imobilizações
Investimento financeiro é uma operação de compra e venda de um ativo financeiro, tal
como ações, commodities, moeda estrangeira, etc. É uma área específica de
investimentos destinada às finanças pessoais e à educação financeira. São amplamente
buscados por pessoas físicas, mas também por empresas, em instituições como bancos e
corretoras de valores, sendo que em alguns casos o interessado também pode efetuar a
aplicação individualmente, como na compra e venda de ações e de moeda estrangeira.
Podemos classificar as Imobilizações em:

Imobilizações corpóreas – são os bens palpáveis, isto é, com expressão física,


compreendendo entre outros os terrenos e recursos naturais, os edifícios e construções
afectas à exploração, as máquinas e equipamentos básicos, os equipamentos de
transporte ou rolantes, ferramentas e utensílios e equipamentos administrativos.

Imobilizações Incorpóreas – despesas de carácter plurianual, compreendem entre


outras as despesas de instalação, isto é, despesas com a constituição da sociedade, as
despesas de investigação e desenvolvimento, as despesas com a propriedade industrial e
com a certificação da qualidade, e despesas com trespasse de estabelecimento
comerciais.

Métodos de amortização
Existem dois métodos de amortização a conhecer:

 Método Directo
 Métodos Indirecto
No Método Directo as amortizações são registadas nas respectivas contas dos bens
amortizáveis, ou seja, as amortizações são abatidas directamente no valor do bem.

No método Indirecto as amortizações acumuladas são registadas separadamente nas


próprias contas de amortizações, mantendo os valores de aquisições de activos
imobilizados inalterados durante toda a sua vida útil.

Para proceder ao cálculo da amortização é necessário conhecer as seguintes definições:

Valor amortizável: valor do bem sujeito à depreciação, valor de base de cálculo da


amortização;

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Vida útil: é o tempo ou o número de unidades de produção estimados para utilização do
bem na entidade

Taxa de depreciação: percentual mensal ou anual aplicado sobre o valor amortizável,


que varia de acordo com a vida útil estimada.

Valor residual: é o valor estimado do bem no final da sua vida útil.

Valor contabilístico: é o valor pelo qual o bem está reconhecido no balanço, ou seja,
valor de aquisição do bem menos as amortizações acumuladas.

Amortização segundo o método das cotas constantes


Método das quotas constantes (linear): é o mais recomendável para as entidades e
consiste em dividir o valor da aquisição activo amortizável pela sua vida útil estimado.
Considera-se um activo disponível para amortização depois que estiver concluído o
processo de aquisição, ou seja, depois que, todos os custos de aquisição e as suas
respectivas despesas adicionais estiverem associadas ao bem.

Formulas:

Amortização do Exercício (Ano) =

Amortização Mensal (Mês) = /12

Amortização Acumulada = Amortização do ano/mês 1+2+3……N

Valor Contabilístico = Valor de aquisição – Amortização Acumulada

Taxa de Amortização =

Vida útil estimada = x 100

Exercício de aplicação

No dia 10-05-2019 fez-se uma aquisição de um computador HP, core i3, no valor de
51.277,78 para uso no escritório. Cuja sua amortização iniciou no dia 01-06-2019.

mapa de amortização- método indirecto

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Mapa do Calculo da Amortizacao - Computador
Ano Valor de Aquisicao Amortizacao Anual Amortizacao Acumulada Valor Contabilistico
0 - - - 51 277,78
1 51 277,78 5 127,78 5 127,78 46 150,00
2 51 277,78 5 127,78 10 255,56 41 022,22
3 51 277,78 5 127,78 15 383,33 35 894,45
4 51 277,78 5 127,78 20 511,11 30 766,67
5 51 277,78 5 127,78 25 638,89 25 638,89
6 51 277,78 5 127,78 30 766,67 20 511,11
7 51 277,78 5 127,78 35 894,45 15 383,33
8 51 277,78 5 127,78 41 022,22 10 255,56
9 51 277,78 5 127,78 46 150,00 5 127,78
10 51 277,78 5 127,78 51 277,78 0,00

Contas a receber, contas a pagar, acrescimos e diferimento


As contas a receber representam um dos ativos mais importantes para as empresas. São
decorrentes de vendas a prazo de mercadorias e serviços, ou oriundos de outras
transações, que não representam o objeto principal da empresa, mas são normais e
inerentes a suas atividades.

Contas a pagar refere-se às obrigações financeiras que uma empresa assume perante
seus fornecedores. Qualquer aquisição a prazo de bens, produtos, insumos ou serviços
gera um CAP que deverá ser pago até o vencimento combinado entre as partes.

Os Acréscimos representam proveitos e/ou custos a reconhecer no próprio exercício,


cuja receita e/ou despesa se verifica no exercício económico seguinte ou seguintes.

Os Diferimentos representam receitas e/ou despesas que se verificam no exercício


económico presente, cujo proveito e/ou custo, apenas se verifica no exercício
económico seguinte ou seguintes.

Capital Próprio
A classe 5 representa os fundos aplicados pelos sócios ou proprietários e os resultados
não levantados ou distribuídos (que irá constituir as reservas e os resultados
transitados).

Esta classe destina-se a registar as operações referentes ao capital próprio da entidade,


incluindo o resultado líquido do período e outras operações que configurem alterações
no capital próprio e que se enquadrem no conceito de resultado total ou integral. Inclui,
também, as transacções com detentores de capital próprio agindo na sua capacidade de
detentores de capital próprio (tais como contribuições de capital, reaquisições de

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instrumentos de capital próprio da entidade e dividendos) e os custos de transacção
directamente relacionados com tais transacções.

Capital social
O capital social é uma massa patrimonial que integra o capital próprio e a sua
importância prende-se, fundamentalmente, com a autonomia financeira de uma
empresa.

Reservas
Reservas livres

As reservas livres, tal como as reservas legais, (embora obrigatórias) e as estatutárias


(igualmente obrigatórias, caso sejam impostas nos pactos sociais), resultam sempre de
uma decisão de aplicação dos resultados positivos obtidos no exercício ou transitados,
tomada em assembleia-geral de acordo com o Código das Sociedades Comerciais

Reserva legal

A reserva legal consiste em reservar cinco por cento dos lucros até perfazer 20 por cento
do capital social da sociedade. A constituição da reserva legal não significa que esse
montante em dinheiro tem de estar cativo numa conta da empresa. Trata-se apenas de
lucros que não podem ser distribuídos.

Resultados transitados
A rubrica resultados transitados inclui todos os resultados, lucros ou prejuízos que vão
sendo acumulados ao longo dos exercícios. No que respeita aos lucros, acumula aqueles
que não foram distribuídos aos accionistas ou sócios, podendo, contudo, vir ainda a
serem distribuídos.

Gastos e Perdas
Constituem gastos e perdas os sacrifícios ou aplicação de bens/serviços que a empresa
realize durante a sua actividade normal (operacional) com o objectivo de produzir
rendimentos (receitas). Também fazem parte desta classe, as perdas e prejuízos
eventuais que possam ter lugar durante o exercício. Tanto os gastos como as perdas
reduzem o valor do património.

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Proveitos e ganhos
Nesta classe incluem-se as contas que registam os proveitos e os ganhos imputáveis ao
período, normais ou eventuais. A sua estrutura reflecte a natureza dos proveitos e
ganhos e, em cada uma das contas, o tipo de operação que esteve na sua origem,
permitindo apurar os resultados quer pela sua natureza, quer em função da categoria de
activos ou compromissos que os originaram.

Vendas

As vendas, representadas pela facturação, devem ser deduzidas do IVA e de outros


impostos e incidências nos casos em que nela estejam incluídos.

Prestações de serviços
Esta conta respeita aos trabalhos e serviços prestados que sejam próprios dos objectivos
ou finalidades principais da empresa. Poderá integrar os materiais aplicados, no caso de
estes não serem facturados separadamente.

A contabilização a efectuar deve basear-se em facturação emitida ou em documentação


externa (caso das comissões obtidas), não deixando de registar os proveitos
relativamente aos quais não se tenham ainda recebido os correspondentes comprovantes
externos.

Resultados
De acordo com as Notas de Enquadramento do novo Código de Contas criado pela
CNC - Comissão de Normalização Contabilística no âmbito da aplicação das Normas
Internacionais de Contabilidade, a Classe 8 (Resultados) destina-se a apurar o Resultado
Líquido do Período, podendo ser utilizada para auxiliar à determinação do resultado
extensivo, tal com consta na Demonstração das Alterações no Capital Próprio.

Resultados operacionais
Destina-se a concentrar, no fim do exercício, os custos e proveitos registados,
respectivamente, nas contas 61 a 68 e 71 a 76, bem como a variação da produção.

Resultados financeiros
Recolhe os saldos das contas 69 e 78.

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Resultados correntes
Esta conta, de utilização facultativa, agrupará os saldos das contas 81 e 82. Ainda que
não seja utilizada, tais resultados estão evidenciados nas demonstrações adoptadas.

Imposto sobre o rendimento do exercício

Considera-se nesta conta a quantia estimada para o imposto que incidira sobre os
resultados corrigidos para efeitos fiscais, por contrapartida da conta 44 Estado e outros
entes públicos - Imposto sobre o rendimento.

Resultado líquido do exercício


Esta conta recolhe os saldos das contas anteriores.

Dividendos antecipados
Esta conta é debitada, por crédito da conta Accionistas (sócios), pelos dividendos
atribuídos pelo órgão deliberativo, de acordo com os estatutos, antes do apuramento
final de resultados.

Será creditada, por contrapartida de 88 Resultado líquido do exercício, aquando da


atribuição dos resultados.

Código Das Contas


As contas no POC aparecem classificadas em categorias que se encaixam umas nas
outras. Os autores do plano adoptaram a classificação decimal a qual facilita a utilização
de processos informáticos.

Como se referiu, o conjunto de todas as contas está dividido em 10 classes, que são
designadas pelos números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0. Introduziu-se o 0 em vez de 10
porque sendo um só algarismo se torna mais fácil o trabalho informático. Estas classes
são, por sua vez, subdivididas em contas de 1.º grau representadas por um número que
vai de 1 a 9, colocado à direita do número da classe. Assim, a conta 12 designa a conta
de 1.º grau n.º 2 da classe 1.

As contas de 1.º grau são por seu turno, subdivididas em contas de 2.º grau
representadas por um terceiro algarismo de 1 a 9, colocada à direita dos precedentes.

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Assim, a conta 132 será a conta de 2.º grau n.º 2, pertencente à conta de 1.º grau n.º 3, a
qual pertence, por sua vez, à classe n.º 1.

Ainda, as contas de 2.º grau são divididas em contas em contas de 3.º grau designados
por um quarto algarismo colocado à direita dos três outros e assim sucessivamente. Por
exemplo, a classe n.º 6 compreende as contas de 1.º grau n.º 61, 62, 63, ..., 69. Na conta
63 (1.º grau) encontramos as contas 631, 632, ...de 2.º grau. Na conta 631 (de2.º grau)
encontramos as contas 6311,6312, ... de 3.º grau.

Na prática nem sempre o grau de uma conta corresponde a 1 só digito. De facto, quando
dentro de determinado grau se preveja a existência duma certa quantidade de contas,
deverão reservar se os dígitos necessários para cobertura do número máximo de contas
previstas.

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Conclusão

No presente trabalho conclui que a Contabilidade é tão antiga quanto o próprio homem
que pensa”. Mesmo na sociedade antiga, o ser humano já utilizava das ferramentas
contábeis para controlar seus bens.

O contabilista deve registar, analisar, classificar e resumir estas operações para as


colocar num estado ou balanço com informação verdadeira. Esta disciplina estuda o
património e apresenta os resultados através de documentos contabilísticos ou
financeiros com o objetivo de estudar as variações quantitativas e qualitativas ocorridas
no Patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) das entidades. Através dela é
fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas de decisões, tanto dentro
quanto fora da empresa, estudando, interpretando, registrando e controlando o
Patrimônio.

Mas, é certo que, a actividade comercial evoluiu e foi por isso que surgiu o método das
partidas dobradas, aperfeiçoado por Luca Pacioli. Chegou-se, então, a uma escrituração
qualitativa através do débito e crédito, porém, faltava ainda oferecer à contabilidade as
características de uma ciência.

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Referências

ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia Contábil, São Paulo: Atlas, 2007

ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética empresarial na prática: liderança, gestão e


responsabilidade corporativa. Curitiba: IBPEX, 2010.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Manual Prático de Interpretação Contábil da Lei
Societária. 1 ed. 2010.
Borges, A. Rodrigues, A. E Rodrigues, R – Elementos de Contabilidade
Geral, 25ed., Lisboa, 2010.

Paulo: Atlas, 2001. KAM, Vernon. Accounting theory. 2nd. ed. New York: John Wiley
& Sons, 1990.

Plano Oficial de Contabilidade, Decreto 70/2009 de 22 de Dezembro.

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