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Curso de
Terapia Medicamentosa em
Pediatria

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo.
Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na
Bibliografia Consultada.

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SUMÁRIO

MÓDULO I
1- Introdução
2- Direitos legais
3- Processo de enfermagem
4- Ciclo vital e a farmacocinética
5- Amamentação e a influência da medicação da mãe para a criança
6- Administração dos medicamentos e a escolha da via adequada
7- Administração de medicamentos por via oral e GI

MÓDULO II
1-Técnicas de administração de medicamentos
2- Administração por vias bucal, lingual e translingual
3- Administração de medicamentos por via tópica
4- Administração de medicamentos por via oftálmica
5- Administração de medicamentos por via otológica
6- Administração de medicamentos por via nasal

MÓDULO III
1- Administração de medicamentos por via retal
2- Administração de medicamentos por via vaginal
3- Administração via inalatória e endotraqueal
4- Infusões especializadas

MÓDULO IV
1- Via parenteral
2- Administração de medicamentos via intradérmica
3- Administração de medicamentos via subcutânea
4- Administração de medicamentos via intramuscular
5- Administração intravenosa

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MÓDULO V
1- Administração através de cateteres especializados
2- Os cinco certos da administração de medicamentos
3- Cálculo de medicamentos
4- Cálculo de gotejamento de soro
5- Cálculo de bomba de infusão
6- Bibliografia Consultada

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MÓDULO I
INTRODUÇÃO
A abordagem sobre a Terapia Medicamentosa em Pediatria tem o intuito de
conscientizar a equipe de enfermagem sobre alguns fatores importantes e que estão
envolvidos diretamente com os efeitos benéficos ou nocivos das drogas, dependendo de
sua situação fisiológica ou fisiopatológica atual e do profissional envolvido no processo de
tratamento.
O profissional responsável pela conduta terapêutica, bem como o executor da
terapia prescrita necessitam de amplo conhecimento sobre os medicamentos a serem
administrados para o tratamento de determinada doença ou sintomas e seus efeitos
adversos sobre o organismo em formação como nos casos dos neonatos e lactentes, e
nos casos dos pacientes nas diversas faixas etárias, que se encontram fisiologicamente
debilitados pela doença como também pela própria terapêutica prolongada, necessitando
de especial atenção e cuidados na condução do seu tratamento, sem causar prejuízos
nocivos e muitas vezes irreparáveis, podendo estes serem evitados com consultas
rotineiras dos pacientes internados e avaliar cada prescrição, relacionando com os dados
obtidos na consulta e a resposta do paciente ao tratamento e fazer um planejamento
diário das intervenções de enfermagem e avaliação dos resultados baseados nas
respostas dos pacientes a determinados medicamentos e toda a equipe estar preparada
para detectar sinais e sintomas adversos e saber atuar imediatamente em situações de
risco de vida, especialmente na prevenção destes riscos, e promover, conjuntamente, o
bem-estar do paciente.
Neste trabalho será abordado, de forma sucinta, sobre os direitos legais na
administração dos medicamentos, o processo de enfermagem para avaliar o paciente
durante o tratamento e a ação do medicamento no organismo infantil (farmacocinética).
Será descrito sobre as vias de administração de medicamentos e as técnicas de
administração, respeitando as características fisiológicas do paciente no que diz respeito
às dosagens de medicamentos administrados e às ações de enfermagem durante a
terapia farmacológica.

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DIREITOS LEGAIS

A lei 7.498/86 e seu decreto regulamentador determinam que a administração de


medicamentos pode ser desenvolvida pelos profissionais habilitados e inscritos no
Conselho Regional de Enfermagem - auxiliar e técnico de enfermagem - desde que sob a
supervisão do enfermeiro. As terapias medicamentosas de alta complexidade são
atividades privativas do enfermeiro.

Quando se refere à administração de medicamentos, segundo a legislação,


espera-se do profissional responsável e executor tomar certas precauções, como:

ƒ Recuse administrar o medicamento quando a prescrição está ilegível, confusa ou


de outra maneira incerta;

ƒ Pergunte ao médico ou a outra pessoa sancionada pela instituição para esclarecer


uma prescrição confusa em vez de tentar interpretar por si mesmo;

ƒ Saiba os limites de dosagem de segurança do medicamento, indicações, contra-


indicações, o risco de toxicidade e possíveis efeitos adversos;

ƒ Saiba quais alergias medicamentosas o paciente experimentou;

ƒ Saiba que outros medicamentos o paciente está tomando, de modo a prever e


evitar interações;

ƒ Armazene e registre adequadamente as substâncias controladas.

Não administre o medicamento quando:

ƒ Você acha que a prescrição de um medicamento está errada e poderia lesionar o


paciente;

ƒ Se você acha que a dosagem prescrita está incorreta;

ƒ Se você acha que o medicamento está contra-indicado pela condição do paciente


ou por interações possivelmente perigosas com outros medicamentos ou
substâncias (como álcool);

ƒ Se você acha que a via de administração está incorreta ou não está no âmbito de
sua prática profissional.

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Em qualquer circunstância em que o profissional se recuse a efetuar uma
prescrição de medicamento, siga as seguintes etapas:

ƒ Notificar o supervisor imediato;

ƒ Notificar o médico que prescreveu, caso o supervisor não o tenha feito;

ƒ Registrar que o medicamento não foi administrado, dizer o porquê não o foi e a
quem foi notificado.

PROCESSO DE ENFERMAGEM
Para administrar medicamentos com segurança, competência técnica, com
pensamento crítico e atenção a todos os detalhes, é preciso construir um processo de
enfermagem a fim de orientar as condutas próprias e dos profissionais envolvidos na
administração de medicamentos ao paciente. Este processo se baseia na coleta do
histórico e levantamento de dados relativos ao paciente, o desenvolvimento de
diagnósticos de enfermagem apropriados a diversas situações, o planejamento, as
intervenções e a evolução diária.

Histórico
A coleta de dados, geralmente, se inicia após a admissão. As informações a serem
obtidas devem ser relativas à condição clínica e à resposta do paciente à terapia
medicamentosa, rever os resultados dos exames laboratoriais e diagnóstico médico,
quadros de alergias, o uso de medicamentos e situação sócio-econômica. Nos casos de
emergência o histórico deverá ser breve.

Avaliação da condição clínica


Realizada através do exame físico do paciente a fim de avaliar os sistemas
orgânicos que possam estar afetados por processos patológicos ou pelo tratamento
medicamentoso.

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Resposta à terapia medicamentosa
Avaliar o paciente quanto aos efeitos medicamentosos pretendidos e quais os
sinais de melhora têm apresentado após o início do tratamento, bem como investigar
junto ao paciente e acompanhante a presença de efeitos adversos do medicamento,
como a presença de náuseas, vômitos, diarréia, desconforto abdominal, queda de cabelo,
entre outras.

Verificar o histórico médico e os resultados dos exames laboratoriais


Investigar junto ao paciente ou acompanhante quais doenças ou distúrbios
clínicos atuais e pregressos apresenta e registre estas informações, bem como, a data do
diagnóstico, tratamento inicial e atual prescrito e nome do médico.
Verificar os resultados de exames laboratoriais antes, durante e depois da terapia
medicamentosa. Os dados obtidos antes vão fornecer informações basais relacionadas
ao quadro clínico do paciente (exemplo: no caso de uma infecção – o paciente apresenta
uma contagem elevada de leucócitos); os dados obtidos durante e depois servem para
avaliar a eficácia da terapia (exemplo: uso de antibióticoterapia – os mesmos exames
mostrarão uma contagem de leucócitos decrescente) e servem também para apontar os
efeitos medicamentosos adversos.

Quadros alérgico:
ƒ Pergunte ao paciente se tem alergia a algum medicamento, alimento ou outras
substâncias (exemplo: paciente com alergia grave a amendoim pode ter uma
reação anafilática ao brometo de ipratrópio fornecido através de inalação, por
conter lecitina de soja);
ƒ Para alergias medicamentosas anote o medicamento envolvido, a descrição do
paciente sobre como, quando e onde ocorreu a reação; e o que pode ter
contribuído para estimular a reação, como a alteração da dieta antes do incidente;
ƒ Peça ao paciente para descrever o que considera uma reação alérgica. Observe se
ele desenvolveu um exantema, prurido, aperto no peito ou dificuldade respiratória.
Registre cuidadosamente todas as informações;

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ƒ Pergunte sobre as alergias alimentares, pois estas podem afetar a terapia
medicamentosa. Alergia a mariscos pode afetar o uso de agentes que contenham
iodo. Alergias a ovo pode afetar o uso de vacinas.

Hábitos da vida diária


ƒ Alimentação (tipo, horário, ingestão de novos alimentos, apetite, etc.).

Tratamento medicamentoso pregresso


ƒ Faça perguntas abertas para que o paciente ou acompanhante dê o maior número
de informações possíveis sobre o uso de medicamentos;
ƒ No caso dos adolescentes pergunte sobre o uso de drogas ilícitas, álcool e cafeína;
ƒ Para o uso de medicamentos prescritos ou automedicação, pergunte sobre o
motivo do uso do medicamento, a dosagem, a via, quantas vezes ao dia e os
horários, se sabe sobre a eficácia e os efeitos adversos do medicamento, e quando
deve procurar o médico.

Tratamento medicamentoso atual


ƒ Oriente o paciente ou acompanhante sobre o medicamento e quais os efeitos
esperados, e as reações adversas inesperadas que poderão desenvolver-se;
ƒ Faça por escrito anotações sobre os horários para tomar os medicamentos quando
estiver de alta.

Diagnóstico de Enfermagem
Usando as informações obtidas durante o histórico, seu próximo passo é
escrever um ou mais diagnósticos de enfermagem para cada problema potencial ou real,
relacionado com a medicação que você tenha descoberto. Os diagnósticos de
enfermagem fornecem uma linguagem comum para conduzir o cuidado de enfermagem
de que seu paciente necessita.
Quando formula o diagnóstico de enfermagem para um paciente você o faz
analisando os dados coletados, identificando os sinais e sintomas específicos de seu
paciente (definindo as características) e determinando a causa provável desses sinais e

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sintomas (fatores correlatos ou fatores de risco).

Definição do diagnóstico de enfermagem


ƒ Definição das características (sinais e sintomas);
ƒ Fatores relacionados e fatores de risco (provável causa das características);
ƒ Diagnóstico de enfermagem.

Planejamento
Os diagnósticos de enfermagem servem de estrutura para o planejamento dos
resultados ou metas a serem alcançadas e das intervenções de enfermagem. Os
resultados devem ser mensuráveis, objetivos, concisos, realistas e passíveis de obtenção
através do cuidado de enfermagem. Eles devem expressar as expectativas do
comportamento do paciente ou cuidador, que ocorrerão durante um intervalo de tempo
específico. Exemplo: "Antes da alta, o paciente ou cuidador será capaz de explicar as
principais reações adversas que podem ser provocadas por substâncias quimioterápicas."
Após estabelecer os critérios de resultado para seu paciente, a próxima etapa é
identificar as intervenções necessárias para ajudar o paciente e cuidador a alcançar as
metas ou o resultado desejado. As intervenções de enfermagem podem ser classificadas
como dependentes, independentes ou interdependentes.

Intervenções de enfermagem dependentes: são planejadas segundo a


prescrição médica que envolva medicamentos, tratamentos, níveis de atividade, dietas e
assim por diante. Exemplo: administrar um medicamento prescrito no horário.

Intervenções de enfermagem independentes: estão baseadas no processo de


enfermagem e no julgamento profissional. Exemplo: a alteração de um esquema
medicamentoso para acomodar a rotina diária de um paciente.

Intervenções de enfermagem interdependentes: são ações empreendidas com


a colaboração dos profissionais de saúde, como fisioterapeutas, assistentes sociais,
nutricionistas e médicos. Exemplo: pedir ao médico que troque um medicamento do

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paciente para minimizar uma reação adversa.

As intervenções apropriadas podem exigir do profissional que ensine ao paciente


ou acompanhante sobre as ações do medicamento, os efeitos adversos, o horário, como
evitar ou responder a uma reação medicamentosa, e como administrar os medicamentos.

Implementação
Durante a fase de implementação, as intervenções são colocadas em prática e
são fornecidos os cuidados para o paciente, conforme fora estipulado no plano de
cuidados de enfermagem.
Na terapia medicamentosa, a implementação inclui aspectos como trabalhar com
o médico, preparar e ministrar o medicamento conforme a prescrição, calcular as
dosagens, usar as técnicas de administração apropriadas para cada paciente, além de
permanecer alerta aos erros de medicamentos. Inclui também registrar os medicamentos
ministrados, ensinar os pacientes sobre os medicamentos e avaliar a eficácia da terapia
medicamentosa. Conforme a necessidade, forneça instruções por escrito para seu
paciente levar para casa.

Evolução
Na etapa final do processo de enfermagem, avaliam-se sistematicamente as
metas terapêuticas do paciente e sua resposta à terapia medicamentosa, a fim de
determinar se os critérios de resultados foram satisfeitos ou não, e se precisa modificar as
intervenções subseqüentes.
A evolução possibilita a reavaliação contínua dos critérios de resultados e o re-
planejamento das ações até que cada diagnóstico de enfermagem seja resolvido.
Exemplo: um paciente apresenta cefaléia, uma hora depois de tomar um
analgésico (sempre que necessário), a cefaléia desaparece. Nesse caso, o critério de
resultado foi satisfeito. Quando a cefaléia se abranda ou piora, o critério de resultado não
foi satisfeito. Então, será preciso reavaliar o paciente, os novos dados resultantes podem
invalidar seu diagnóstico de enfermagem original ou podem sugerir novas intervenções de
enfermagem. Sua reavaliação pode sugerir a necessidade de reavaliar a causa da

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cefaléia do paciente ou pode sugerir que o paciente precise de uma dose mais elevada ou
de um analgésico diferente e, conseqüentemente, ser reavaliado pelo médico.
Para avaliar plenamente a eficácia da terapia medicamentosa de um paciente é
preciso saber:
ƒ Quais efeitos terapêuticos o medicamento deve produzir?
ƒ Por qual mecanismo de ação o medicamento deve atuar?
ƒ Quais são as reações adversas que o medicamento provoca?
ƒ Quais interações entre medicamentos e com o alimento são conhecidas por alterar
os efeitos terapêuticos do medicamento?
ƒ Quais reações adversas a medicamentos, quando existentes, o paciente
experimentou no passado?
ƒ Como o medicamento é administrado?
ƒ O que o paciente deve saber a respeito do medicamento?
ƒ Que condições poderiam afetar a capacidade do paciente de seguir o esquema
medicamentoso prescrito?
ƒ Quais efeitos terapêuticos o medicamento produziu para o paciente? Quando
ausentes ou quando os efeitos foram insuficientes, que problemas poderiam estar
envolvidos?
ƒ Quais intervenções de enfermagem podem ser aplicadas para resolver esses
problemas e fomentar os critérios de resultado?

CICLO VITAL E A FARMACOCINÉTICA DOS MEDICAMENTOS


A administração de medicamentos no paciente pediátrico requer cuidadoso
conhecimento e avaliação das suas características fisiológicas e fisiopatológicas.
No recém-nascido e lactente, a absorção, o metabolismo, a distribuição, a
excreção e os efeitos farmacológicos das drogas sofrem influência do grau de maturação
orgânica.
Os medicamentos existentes não foram preparados para crianças, no que diz
respeito à sua imaturidade fisiológica, sendo as doses adaptadas ou ajustadas diante de
certos fatores como idade, peso e superfície corpórea, relacionada às diversas fórmulas

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de medicamentos e selecionar a via de administração mais adequada para obter resposta
rápida e eficiente com o mínimo de reações adversas.
A farmacocinética é o estudo da ação do medicamento sobre o organismo,
compreende o que ocorre a partir do momento em que o fármaco torna-se biodisponível,
isto é, o movimento de uma substância através do corpo provocando efeitos físico-
químicos no organismo, e que ocorre através de quatro processos básicos e de forma
simultânea: a absorção, distribuição, metabolismo e a excreção dos medicamentos.
Alguns fatores podem interferir na biodisponibilidade do medicamento, como as
alterações fisiológicas, patológicas e genéticas, interações com medicamentos e
alimentos, afetando a capacidade da criança em lidar com a ação das drogas no
organismo.
Fatores que podem afetar a ação dos medicamentos no organismo:
ƒ O ph gástrico;
ƒ A motilidade gastrointestinal;
ƒ Proteínas plasmáticas;
ƒ Atividades metabólicas;
ƒ Função renal;
ƒ Compartimentos de água e gordura;
ƒ Permeabilidade das membranas;
ƒ A disfunção de um órgão.

A falha na compreensão e adaptação dessas diferenças em relação à terapia do


adulto pode levar a um tratamento ineficaz ou à toxicidade.

AMAMENTAÇÃO X INFLUÊNCIA DO MEDICAMENTO DA MÃE PARA CRIANÇA


Segundo a OMS o aleitamento materno é a melhor fonte de nutrientes para o
lactente até os seis meses de idade, além de garantir benefícios imunológicos à criança e
psicológicos à mãe e ao filho. Porém, o leite humano contém proteínas e lipídios, e o
medicamento que a mãe ingere pode se ligar às proteínas ou moléculas de lipídios e
entrar no leite materno.

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O lactente apresenta imaturidade fisiológica que pode aumentar os efeitos do
medicamento e diminuir sua depuração do corpo. No que se refere às drogas ingeridas
pela mãe, o lactente tem pequena quantidade de proteína sérica para carrear os
medicamentos e mantê-los na circulação, isto acarretaria numa maior quantidade de
medicamento livre na circulação, somando-se ao metabolismo hepático lento e o retardo
da biotransformação da droga e a filtração glomerular imprevisível, aumentando o risco de
toxicidade para a criança.
Determinados medicamentos exigem a interrupção do aleitamento durante o seu
uso, outros porém, podem ser administrados com segurança.
Para minimizar os efeitos dos medicamentos sobre o lactente é importante
conhecer quais medicamentos são incompatíveis com o aleitamento, como os citados a
seguir:
ƒ Anfetaminas (dualid S, hipofagin) – inibidor do apetite;
ƒ Antineoplásicos (leucovorina, leuprolida);
ƒ Clorafenicol (quemicetina) – antibiótico;
ƒ Cocaína;
ƒ Ergotamina (migrane, ormigrein) – antienxaquecoso;
ƒ Isoniazida (marca comecial – fluodrazin) – antituberculoso; antibacterino;
ƒ Lítio (carbonato de lítio) – antimaníaco; antidepressivo;
ƒ Nicotina (marca comercial – nicorette) auxilia no controle do tabagismo;
ƒ Sais de ouro;
ƒ Substância que contém iodo;
ƒ Substâncias que levam ao vício;
ƒ Tetraciclinas.

ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS E ESCOLHA DA VIA ADEQUADA


A administração de medicamentos exige do enfermeiro responsabilidade,
competência e conhecimento sobre as necessidades do paciente diante da terapêutica
farmacológica, suas características peculiares e informações farmacológicas, no intuito de
se obter uma melhora clínica do paciente em curto espaço de tempo, sem causar grandes
prejuízos orgânicos e emocionais ao paciente.

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Antes de administrar um medicamento, avalie o paciente e colha sua história com
relação às respostas apresentadas a determinados medicamentos, como as reações
alérgicas.
ƒ Verifique se há registro ou o deixe claramente escrito, comunicado o nome do
medicamento que causa reação alérgica no paciente;
ƒ Mantenha-se sempre próximo da bandeja de medicamentos e nunca deixe o
medicamento sobre a mesa de cabeceira quando precisar ausentar-se do quarto
do paciente, leve-a consigo para o posto enfermagem;
ƒ Avalie a condição fisiológica e psicológica do paciente antes de administrar o
medicamento;
ƒ Permaneça com o paciente até que ele tome o medicamento;
ƒ Administre apenas o medicamento preparado por você ou que tenha sido
preparado pelo farmacêutico;
ƒ Ao administrar os medicamentos orais instrua o paciente a tomar água em seguida,
para ajudar na deglutição do medicamento e na sua diluição, evitando irritação
gástrica;
ƒ Após a administração do medicamento cheque imediatamente na papeleta do
paciente, se feito tardiamente corre-se o risco de doses repetidas, e se feito antes
pode correr o risco de doses não administradas;
ƒ Registre as reações positivas e negativas do paciente. Exemplo: no caso de
pneumonia com uso de antibiótico, registrar melhora do estado geral, febre
reduzida, diminuição do escarro e respiração facilitada; ou, a piora do quadro,
reações adversas como desconforto gástrico, erupções cutâneas ou reações
graves que devem ser comunicadas imediatamente.

Escolha da via adequada


A escolha da via de administração de um fármaco depende de fatores como:
• Rapidez na ação da droga;
• Efeito local e sistêmico;
• Propriedades da droga e da forma farmacêutica;
• Idade do paciente;

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• Conveniência para o paciente;
• Quantidade administrada;
• Velocidade de absorção e distribuição;
• Pico e tempo de ação ou efeito do fármaco;
• Duração do tratamento;
• Particularidades inerentes ao paciente e cuidador (no caso de crianças).

PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO


A via de administração é o caminho pelo qual o medicamento deve percorrer para
exercer sua ação.
A escolha da via de administração é influenciada pelo volume administrado e a
velocidade de absorção e distribuição do medicamento, afetando, portanto, a ação do
medicamento e a resposta do paciente. Os medicamentos podem ser administrados pelas
vias:
• Via enteral: oral ou gástrica e retal;
• Via bucal, sublingual e translingual;
• Via tópica ou externa: cutâneo, oral, retal, vaginal, oftálmico e otológico;
• Via respiratória: inalatória e endotraqueal;
• Via parenteral: intradérmica, subcutânea, intramuscular e intravenosa;
• Infusões especializadas: epidural, intrapleural, intraperitoneal, intraarticular, intra-
óssea, intra-raquidiano, intratecal, intracárdico e implante.

ARMAZENAMENTO E PREPARO DOS MEDICAMENTOS


Alguns medicamentos devem ser armazenados em locais protegidos da luz e
umidade, e mantidos em temperatura adequada, devendo ser observadas as
especificações para cada medicamento. Siga as precauções a seguir:
ƒ Sempre mantenha as substâncias nos frascos provenientes da farmácia e com
tampas apropriadas;
ƒ Armazene as substâncias em temperatura ambiente ou refrigeradas, conforme a
orientação para cada produto;

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ƒ Mantenha narcóticos ou substâncias controladas em armários com trancas,
conforme exigido por lei;
ƒ Sempre observe a data de validade do medicamento. Nunca administre
medicamentos vencidos, com odor ou cor incomum;
ƒ Não ministre medicamentos quando a embalagem está adulterada, devolva-o para
uma investigação;
ƒ Verifique 3 vezes o rótulo do medicamento antes de administrar no paciente e
confira com a prescrição médica;
ƒ Após reconstituir um medicamento em pó e tiver que guardar as sobras para o
próximo horário, rotule o frasco com o nome do paciente, a data, a hora, o volume
usado para reconstituição, a dose aspirada e o nome do profissional;
ƒ Nunca administre um medicamento que não foi adequadamente rotulado depois da
reconstituição;
ƒ Desprezar em local apropriado os medicamentos que atingiram a data de validade
após ser reconstituído.

ADMINISTRAÇÃO POR VIA ORAL E GASTROINTESTINAL


É o modo mais natural de introdução dos medicamentos no corpo. Os
medicamentos administrados por essas vias são absorvidos diretamente pela mucosa GI
e caem na corrente sangüínea, indo em direção ao fígado através da veia porta. Podendo
ser ingeridos ou ser introduzidos diretamente no estômago ou intestino delgado através
de sonda nasogástrica, gastrostomia ou jejunostomia. A absorção dos medicamentos
através dessas vias pode ser imprevisível em recém-nascidos e lactentes.
No RN e lactentes, a absorção dos fármacos se processa por mais tempo em
relação a crianças maiores e adultos, sendo imprevisível, devido ao pH gástrico, intestino
curto, esvaziamento gástrico aumentado e peristaltismo irregular. O trânsito GI da criança,
se regulariza com o do adulto por volta dos 2 a 3 anos de idade.
Essas e outras situações podem acelerar ou reduzir o tempo de absorção dos
fármacos na mucosa gastrintestinal.
Como o pH gástrico do RN e lactente é menor, é menos ácido, favorecendo a
absorção dos medicamentos administrados por via oral. Em relação à peristalse intestinal,

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a absorção de maiores quantidades de medicamentos pode ocorrer se o peristaltismo for
lento (constipação intestinal), podendo causar toxicidade, e menor absorção se o
peristaltismo for rápido (diarréia), devido ao tempo reduzido de contato da droga com a
superfície do intestino. Certos medicamentos tomados após as refeições são absorvidos
mais lentamente, devido ao tempo prolongado do trânsito alimentar até o intestino
delgado. Outros fármacos, como o propranolol, alcançam concentração plasmática mais
elevada quando administrados após as refeições, talvez devido ao fluxo sangüíneo
aumentado no estômago. O fluxo sangüíneo esplênico encontra-se reduzido nos estados
hipovolêmicos, tornando a absorção dos fármacos mais lenta.
A forma farmacêutica denomina-se um conjunto das principais características
físico-químicas do medicamento, relacionado à sua aparência e seus aspectos ligados à
liberação do princípio ativo da droga.
Certos princípios ativos não devem ser expostos à ação dos sucos gástricos,
devendo ser liberados e absorvidos pelo intestino, estes devem receber revestimentos
entéricos.
Fatores físico-químicos relacionados às fórmulas dos medicamentos, às
interações entre fármacos e certas substâncias presentes nos alimentos também afetam a
absorção das drogas. A absorção dos medicamentos é facilitada quando o estômago está
vazio. No caso de ressecção intestinal, a absorção do medicamento poderá ser mais lenta
quando administrado pela via GI.
Lembrar que o medicamento após ser absorvido pela mucosa gastrointestinal,
passa pelo fígado através da veia porta onde será metabolizado pelas enzimas hepáticas,
ocorrendo perda parcial da droga e através da secreção biliar é excretada pelo intestino,
sendo reabsorvidas ou excretadas pelas fezes, acarretando em menor biodisponibilidade
do medicamento.
Cerca de 75% de um fármaco administrado por via oral é absorvido de 1-3 horas.

Vantagens:
• Ser de fácil compreensão pelo paciente;
• Mais seguro, conveniente e econômico;
• No caso de dose excessiva, pode ser diluído ou retirado por lavagem gástrica ou
vômito induzido.

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Desvantagens:
• Absorção variável do medicamento devido a alterações do pH do TGI, alterações
da permeabilidade da membrana intestinal, flutuações na motilidade e fluxo
sangüíneo do TGI, presença de alimentos ou outros medicamentos no TGI;
• Ser inativado pelas enzimas digestivas, intestinais ou hepáticas;
• Impossibilidade de ser administrado em casos de emergência devido à absorção
lenta e imprevisível do medicamento;
• Irritação no TGI e vômitos;
• Descolorir os dentes;
• Sabor desagradável;
• Impossibilidade de administração nos pacientes agitados ou com nível de
consciência rebaixado, pelo risco de aspiração.

Forma de apresentação dos medicamentos orais:


• Sólidos: pós, granulados, pílulas, comprimidos, cápsulas, drágeas, óleos e
pastilhas;
• Líquidos: xarope, elixir, suspensão e dispersão.
Como administrar os medicamentos:
• Comprimidos, cápsulas e drágeas são geralmente tomados com água;
• As drágeas não devem ser partidas ou mastigadas;
• As cápsulas não devem ser partidas, abertas ou mastigadas;
• Apresentações em pó devem ser preparadas antes de ser deglutidas. O pó não
deve ser colocado diretamente na boca;
• Soluções orais ou xaropes – prontas para uso, não precisam ser sacudidas antes
de se administrar o medicamento;
• Suspensão líquida ou em pó – frascos preparados em pó, com instruções do
fabricante para preparação. Antes da administração os frascos líquidos com pó em
seu conteúdo ou em pó, após o preparo deve ser sacudido para que a parte sólida
se misture com o líquido.

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Modo de administração dos medicamentos orais:
• Usar medidas plásticas próprias que acompanham o produto;
• Colocar o medicamento no copo ou colher dosificador, observando a quantidade
prescrita pelo médico;
• Tomar o medicamento ingerindo em seguida um copo de água, evitar sucos,
refrigerantes, ou outros líquidos que possam interferir na ação ou absorção do
medicamento;
• Observar que as seringas especificadas para determinados medicamentos não
servem como medidas para outro medicamento.

Medidas farmacêuticas para dosagem de medicamentos:


• Colher de café – medida igual a 2 ml (2 mililítros);
• Colher de chá – medida igual a 5 ml (5 mililítros);
• Colher de sopa – medida igual a 15 ml (15 mililítros).

OBS. Estas medidas se relacionam as que acompanham os medicamentos. Deve-se


estar atento às suas marcações de doses. As colheres domésticas não servem como
medidas de medicamentos, devido aos seus tamanhos diversos.

TÉCNICAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Administração de medicamentos por via oral


Os medicamentos administrados por via oral apresentam algumas vantagens
descritas anteriormente, porém é necessário estar atento às formas de administração e às
ações de enfermagem antes, durante e após a administração, bem como a idade e grau
de entendimento da criança e familiar. Orientações a serem fornecidas no período de
internação e preparo para alta do paciente é um requisito importante e função explícita do
médico e enfermeiro da unidade.

Avaliação de enfermagem
• Avalie o estado clínico do paciente e sua capacidade de deglutição;

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autores
• Certifique a prescrição médica e a validade do medicamento;
• Oriente o paciente ou acompanhante sobre o medicamento (nome, para que serve
e os efeitos adversos) que está sendo administrado, bem como as dosagens e
alterações de dosagens;
• Para evitar lesão ou tingimento dos dentes, forneça os medicamentos ácidos ou
que contenham ferro por meio de um canudo;
• Medicamentos de sabor desagradável quando fornecidos por canudos evitam que
entrem em contato com o menor número de papilas gustativas, melhorando o
sabor.

Técnica para administração de comprimidos

Executando a técnica
Providenciar:
• Copo para medicamento;
• Copo de água ou outro líquido como suco de frutas (que não altere a ação ou efeito
do medicamento);
• Soquete com pilão (no caso de comprimidos);
• Cortador (se for cortar o comprimido);
• Toalha de papel.

Executando a ação
• Avaliar o paciente;
• Ter a papeleta do paciente em mãos e verificar a prescrição médica;
• Lavar as mãos;
• Abrir o envoltório do medicamento e colocar no copo;
• Colocar o paciente na posição sentada;
• Oriente o paciente a colocar o medicamento na boca, ofereça água para ajudar na
deglutição do comprimido;
• Se o comprimido for mastigável, oriente o paciente a mastigá-lo completamente
antes de deglutir.

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Administração de comprimido em pó e diluído:
• Colocar o comprimido fora do invólucro no soquete já limpo e com o pilão
esmague-o completamente;

• Em seguida coloque o comprimido esmagado no copo com líquido ou no alimento


do paciente;
• O comprimido pode ser esmagado dentro do próprio invólucro e em seguida
colocado completamente no recipiente para ofertar ao paciente.

Para dividir a dose de comprimido a ser administrado deve-se:


• Colocar o comprimido em uma tolha de papel;
• Observe a localização da marca do sulco no comprimido;
• Com ambas as mãos, segure o comprimido pelas bordas do sulco, empurre em
seguida para baixo para quebrar o comprimido ao longo da linha do sulco;

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• Coloque a dose correta do medicamento no copo e instrua o paciente a degluti-lo

completamente com líquido suficiente.

Técnica para administração de medicamentos líquidos

Executando a técnica
Providenciar:

• Copo medidor;
• Toalha de papel;
• Conta-gotas ou seringa com medidor próprio – no caso de crianças menores.

23
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Executando a ação:
• Avaliar o paciente;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Lavar as mãos;
• Pegue o frasco, agite-o e, em seguida, destampe-o. Coloque a tampa com a parte
interna para cima, sobre uma superfície limpa, a fim de evitar a contaminação da
parte interna;
• Segure o copo de medicação graduado na altura dos olhos, use o polegar para
marcar o nível correto do copo;
• Derrame o medicamento dentro do copo até que a parte inferior do menisco atinja
a quantidade da dose correta;
• Segure o frasco de modo que o líquido flua do lado oposto ao rótulo, evitando que
o líquido obscureça o rótulo à medida que escorre pelo frasco;

• Se derramar em excesso, não devolva no frasco, descarte-o na pia;


• Limpe os lados do frasco com toalha de papel se necessário e reposicione a
tampa;
• Colocar o paciente na posição sentada;
• Oriente o paciente a colocar o medicamento na boca, ofereça água para ajudar na
deglutição do comprimido;
• Se o comprimido for mastigável, oriente o paciente a mastigá-lo completamente
antes de deglutir.

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Administração de medicamento líquido ao lactente
• Lave as mãos;
• Coloque um babador ou toalha sob o queixo da criança;
• Tire a quantidade correta do medicamento do frasco apertando o bulbo do conta-
gotas;
• A quantidade excessiva de medicamento deve ser descartada dentro da pia ou
lixeira;
• Segure firme o lactente na dobra do seu braço e levante a cabeça do bebê em um
ângulo de 45 graus;
• Coloque o conta-gotas no canto da boca do bebê, entre a bochecha e a gengiva,
isto evita aspiração ou que a criança cuspa o medicamento;

• Lave bem o conta-gotas com água corrente antes de devolvê-lo ao frasco;


• Feche o frasco com firmeza e guarde-o no local apropriado;
• Cheque o medicamento administrado na papeleta do paciente;
• Relate qualquer alteração quanto à dificuldade de deglutição, recusa ou vômitos.

Observações de enfermagem
• O restante do medicamento, após aberto, deve ser descartado em local próprio;
• Os descartes de narcóticos devem ser testemunhados por outra enfermeira;
• Controle os sinais vitais se o medicamento for alterá-los;

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• Avalie os efeitos adversos do medicamento no paciente.

Administração de medicamentos por via Gastrointestinal


Os medicamentos são administrados diretamente para a mucosa gástrica ou
intestinal através de sonda naso ou orogástrica, sonda de gastrostomia ou jejunostomia.
Os medicamentos devem ser administrados sob a forma líquida, os comprimidos
amassados e diluídos.

Técnica de administração por sonda naso ou orogástrica


A utilização de tubos que se estende do nariz ou boca até o estômago é indicada
para os pacientes com nível de consciência alterado, dificuldade ou impossibilidade de
deglutição. Os medicamentos administrados por esta via devem estar sob a forma líquida,
para facilitar a passagem pelo tubo.

Avaliação de enfermagem
• Avalie o quadro clínico do paciente;
• Se possível, oriente o paciente ou familiar sobre o procedimento, o medicamento
usado, seu efeito e reações;
• Instrua o familiar e o paciente, quando possível, a permanecer ereto após a
administração do medicamento, a fim de evitar aspiração.

Executando a técnica:
Providencie:
• Medicamento prescrito;
• Toalha ou compressa de gazes;
• Estetoscópio;
• Luvas;
• Tecidos faciais;
• Recipiente com água;
• Seringa de 50 a 60 ml com êmbolo ou cateter na extremidade.

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Executando a ação:
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Lavar as mãos;
• Prepare o medicamento;
• Mantenha o paciente na posição semi-fowler, exceto se contra indicado;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Cubra o paciente com tolha ou um campo;
• Verificar posição adequada da sonda através da ausculta, conectando a seringa e
introduzindo 10 ml de ar dentro do tubo, enquanto ausculta pelo estetoscópio. Se
posição for correta você ouvirá um gargarejo alto quando injetar ar e pela aspiração
do suco gástrico;

• Retire a seringa da extremidade do tubo. Aspire água com a seringa (10 a 15 ml


para crianças e 30 ml para adultos) e irrigue a sonda;
• Conecte o cateter ou equipo na extremidade distal da sonda naso ou orogástrica.
Introduzir lentamente o medicamento por gavagem ou através de seringa sem o
êmbolo, mantendo-a ereta e pouco acima da altura do nariz do paciente;
• Se o líquido fluir muito rápido, abaixe a seringa. Se fluir muito lentamente, levante
um pouco a seringa;
• Não permitir a entrada de ar no circuito ou seringa. Lavar a sonda com água (10 a
15 ml para crianças e 30 a 50 ml para adultos), a fim de administrar todo o
medicamento no estômago do paciente;

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• No caso de administrar mais de um medicamento por sonda, forneça-os
separadamente, lavando a sonda com água entre as medicações;
• Em seguida, clampear a sonda e retirar a seringa ou cateter;
• Manter a sonda fechada por 30 minutos após administração do medicamento nos
casos de sondas para drenagem, mantenha informações na cabeceira do leito com
a hora do fechamento e abertura da sonda, avaliando a tolerância do paciente e
com prévio consentimento médico;
• Orientar o paciente e acompanhante, a mantê-lo em decúbito lateral esquerdo e
posição semi-fowler por no mínimo 30 minutos, para evitar refluxo gástrico;
• Descarte os materiais acessórios (copos e seringas);
• Registre na papeleta do paciente a hora do procedimento, e se verificou o
posicionamento da sonda;
• Cheque na papeleta do paciente o medicamento administrado. Registre a
quantidade, a data e o horário de administração. Anote o volume administrado no
controle hídrico do paciente. Anote as reações e tolerância do paciente ao
procedimento.

Observações de enfermagem:
• Os medicamentos para serem administrados por sonda devem estar sob a
forma líquida;
• Na incerteza se o comprimido pode ser esmagado ou a cápsula pode ser
aberta, consulte o farmacêutico. Não esmague um medicamento de liberação
gradual ou com revestimento entérico;
• Dilua os medicamentos líquidos para diminuir a osmolaridade;
• No caso da administração de mais de um medicamento no mesmo horário,
forneça-os separadamente e lave a sonda com 10 a 15 ml de água entre um e
outro, para evitar interação medicamentosa;
• Alguns medicamentos são alterados na presença de alimentação no estômago
do paciente. Avalie com o médico a possibilidade de interromper a alimentação
por sonda para o paciente de uma a duas horas, antes e/ou depois de
administrar o medicamento.

28
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos
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Técnica de administração de medicamentos por gastrostomia
O tubo de gastrostomia atravessa a parede abdominal para penetrar na cavidade
estomacal do paciente, a fim de introduzir alimentos ou medicamentos diretamente no
estômago, sem causar o inconveniente das sondagens naso ou orogástrica, além de
evitar aspiração.

Avaliação de enfermagem:
• Avalie o quadro clínico do paciente;
• Se possível, oriente o paciente ou familiar sobre o procedimento, o medicamento
usado, seu efeito e reações;
• Instrua o familiar e o paciente, quando possível a permanecer ereto após a
administração do medicamento, a fim de evitar aspiração.

Executando a técnica:
Providenciar:
• Medicamento prescrito;
• Toalha ou campo cirúrgico;
• Estetoscópio;
• Luvas;
• Tecidos faciais;
• Recipiente com água e seringas com extremidade em cateter e do tipo pistão.

Executando a ação:
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Lavar as mãos;
• Prepare o medicamento;
• Ajude o paciente a ficar na posição de semi-fowler, exceto se contra indicado;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Cubra o paciente com tolha ou um campo;

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos
autores
• Verificar posição adequada da sonda através da ausculta, introduzindo 10 ml de ar
dentro do tubo enquanto ausculta pelo estetoscópio. Se a posição for correta você
ouvirá um gargarejo alto quando injetar ar e pela aspiração do suco gástrico;
• Levante levemente o curativo ao redor do local de inserção e avalie presença de
irritação na pele provocada por secreções gástricas;
• Se o paciente estiver em uso de bombas para alimentação ou por gavagem,
interrompa a administração da dieta, clampeie o tubo de gastrostomia e
desconecte-o da bomba;
• Introduza a seringa com 30 ml (adulto) e 10 a 15 ml (criança) de água e instile pelo
tubo até o estômago do paciente, a fim de avaliar a permeabilidade do tubo e
limpar antes de medicar;
• Com a seringa em posição vertical e sem o êmbolo, derrame o medicamento até
30 ml, e deixe que o medicamento flua lentamente pelo tubo;
• Quando o medicamento fluir muito rapidamente abaixe a seringa, quando fluir
muito lentamente, eleve um pouco a seringa. Evite que seja introduzido ar na
seringa;

• Após a administração do medicamento introduza cerca de 30 ml de água a fim de


levar todo o medicamento para o estômago do paciente;
• Em seguida, retire a seringa do tubo, torne a clampear ou tamponar a abertura do
tubo;

30
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• Para manter a extremidade do tubo limpa, enrole-o com uma compressa de gaze e
em seguida aplique uma faixa crepe sobre a compressa e ao redor da barriga,
prendendo com fita adesiva;
• Troque o curativo que cobre o local da inserção, quando necessário;
• Mantenha o paciente na posição semi-fowler por no mínimo 30 minutos, a fim de
evitar refluxo gástrico;
• Descarte os materiais acessórios (copos e seringas);
• Lave o equipamento de uso e guarde o medicamento em local seguro;
• Registrar no prontuário, checar o horário de administração do medicamento e
proceder às anotações, como a tolerância do paciente ao procedimento. Anotar a
quantidade de líquido instilado no controle de balanço hídrico do paciente;
• Avaliar e comunicar ao médico a presença de náuseas, vômitos, diarréia,
desconforto gástrico ou constipação intestinal;
• Explique ao paciente ou familiar o propósito do tubo de gastrostomia;
• Oriente o paciente ou familiar sobre os possíveis efeitos adversos do medicamento;
• Registre na papeleta do paciente a hora do procedimento, se verificou o
posicionamento da sonda;
• Registre o medicamento administrado, a quantidade, a data e o horário de
instilação. Anote o volume instilado no controle hídrico do paciente;
• Anote as reações e tolerância do paciente. Cheque na prescrição médica o
medicamento administrado.

Observações de enfermagem:
• Avalie a quantidade de líquido residual no estômago do paciente, especialmente
nos intervalos da alimentação;
• A aspiração de quantidade significativa de líquido residual pelo tubo de
gastrostomia, notificar ao médico. Pode ser indício de diminuição da motilidade,
conseqüentemente não estar absorvendo os medicamentos por completo;
• Lavar o tubo antes e depois dos medicamentos para avaliar possível oclusão no
tubo;

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autores
• Certifique-se de possíveis alterações na ação de determinados medicamentos
diante de soluções de alimentação no estômago do paciente. Avalie junto ao
médico a necessidade de interromper a alimentação do paciente durante uma a
duas horas, antes ou depois de administrar o medicamento;
• Lavar e desobstruir o tubo sempre com água e avaliar os níveis residuais a cada 4
a 6 horas.

Técnica de administração de medicamentos por jejunostomia


A introdução do tubo de jejunostomia é indicada para pacientes com obstrução
gastrintestinal ou em alto risco de aspiração devido a alterações neurológicas, e que
precisam de terapia nutricional por longo prazo.
Consiste na introdução de alimentos ou medicamentos através de um tubo
inserido diretamente no jejuno através da parede abdominal ou introduzido pela narina, o
qual flui para o estômago, piloro, e chegando até o intestino delgado.

Avaliação de enfermagem:
• Avalie o quadro clínico do paciente;
• Se possível, oriente o paciente ou familiar sobre o procedimento, o medicamento
usado, seu efeito e reações;
• Instrua o familiar e o paciente, quando possível, a permanecer ereto após a
administração do medicamento, a fim de evitar aspiração.

Executando a técnica
Providenciar:
• Medicamento prescrito;
• Toalha ou campo cirúrgico;
• Estetoscópio;
• Luvas;
• Tecidos faciais;
• Recipiente com água e seringas com extremidade em cateter e do tipo com
êmbolo.

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos
autores
Executando a ação:
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Lavar as mãos;
• Prepare o medicamento;
• Ajude o paciente a ficar na posição de semi-fowler, exceto se contra indicado;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Cubra o paciente com tolha ou um campo;
• Verificar posição adequada da sonda através da ausculta, introduzindo 10 ml de ar
dentro do tubo enquanto ausculta pelo estetoscópio. Se a posição for correta você
ouvirá um gargarejo alto quando injetar ar e pela aspiração do suco gástrico.
Aspire para avaliar presença de líquido residual pelo tubo;
• Levante levemente o curativo ao redor do local de inserção e avalie presença de
irritação na pele provocada por secreções gástricas;
• Se o paciente estiver em uso de bombas para alimentação ou por gavagem,
interrompa a administração da dieta, clampeie o tubo de jejunostomia e
desconecte-o da bomba;
• Introduza a seringa com 30 ml (adulto) e 10 a 15 ml (crianças) de água e instile
pelo tubo até o jejuno do paciente, a fim de avaliar a permeabilidade do tubo e
limpar antes de medicar;
• Com a seringa em posição vertical e sem o êmbolo, derrame o medicamento até
30 ml, e deixe que o medicamento flua lentamente pelo tubo;
• Quando o medicamento fluir muito rapidamente abaixe a seringa, quando fluir
muito lentamente, eleve um pouco a seringa. Evite que seja introduzido ar na
seringa;
• Após a administração do medicamento introduza cerca de 30 ml de água a fim de
levar todo o medicamento para o jejuno do paciente;
• Em seguida, retire a seringa do tubo, torne a clampear ou tamponar a abertura do
tubo;
• Lave o equipamento de uso e guarde o medicamento em local seguro;
• Troque o curativo que cobre o local da inserção, quando necessário;

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autores
• Mantenha o paciente na posição semi-fowler por no mínimo 30 minutos ou de
acordo com o tolerado;
• Descarte os materiais acessórios (copos e seringas);
• Registrar no prontuário, checar o horário de administração do medicamento e
proceder as anotações como a tolerância do paciente ao procedimento. Anotar a
quantidade de líquido instilado no controle de balanço hídrico do paciente;
• Explique ao paciente ou familiar o propósito do tubo de jejunostomia. Oriente sobre
a importância de permanecer em decúbito semi-fowler para diminuir o risco de
aspiração;
• Oriente o paciente ou familiar sobre os possíveis efeitos adversos do medicamento;
• Faça instruções por escrito para o paciente ou cuidador de como administrar
corretamente os medicamentos em casa, de forma exata e segura;
• Registre na papeleta do paciente a hora do procedimento e se verificou o
posicionamento da sonda;
• Registre o medicamento administrado, a quantidade, a data e o horário de
instilação. Anote o volume instilado no controle hídrico do paciente;
• Anote as reações e tolerância do paciente. Cheque na prescrição médica o
medicamento administrado.

Observações de enfermagem:
• A ausência de líquido residual no jejuno é devido à rápida absorção que ocorre no
intestino delgado;
• Se ocorrer aspiração de quantidade significativa de líquido residual pelo tubo de
jejunostomia, notificar ao médico. Pode ser indício de intolerância alimentar por
sonda ou motilidade intestinal diminuída, conseqüentemente não está absorvendo
os medicamentos por completo;
• Lavar o tubo antes e depois dos medicamentos para avaliar possível oclusão no
tubo;
• Certifique-se de possíveis alterações na ação de determinados medicamentos
diante de soluções de alimentação no intestino. Avalie junto ao médico à

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necessidade de interromper a alimentação do paciente durante uma a duas horas,
antes ou depois de administrar o medicamento;
• Não administrar medicamentos como antiácidos e anti-diarreicos (absorvidos no
estômago e intestino delgado) por meio do tubo de jejunostomia;
• Lavar e desobstruir o tubo sempre com água e avaliar os níveis residuais a cada 4
a 6 horas.

------------------ FIM DO MÓDULO I ---------------------

35
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autores
Curso de
Terapia Medicamentosa em
Pediatria

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO II

TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Administração por vias bucal, sublingual ou translingual


A administração de um medicamento por meio da mucosa da boca do
paciente produz efeitos sistêmicos do medicamento com ação quase imediata e
evita os efeitos lesivos dos sucos gástricos e do metabolismo hepático.
A mucosa oral tem um epitélio fino e vasos sangüíneos abundantes, os
quais promovem a rápida absorção do medicamento na corrente sangüínea do
paciente. Os medicamentos ministrados pela mucosa oral podem aparecer no
sangue do paciente dentro de 1 minuto e alcançam os níveis sangüíneos máximos
em 10 a 15 minutos, sendo mais rápido que o medicamento ministrado pela via oral
tradicional. Podem-se administrar medicamentos por meio da mucosa oral do
paciente através das vias bucal, sublingual ou translingual.

Técnica de administração de comprimido por via bucal


Na administração via bucal o comprimido é colocado na boca do paciente
sendo, aos poucos, diluído e absorvido para a corrente sangüínea por meio da
mucosa da bochecha do paciente.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento;
• Um copo de medicação;
• Luvas.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Retire o comprimido do frasco de medicamento do paciente e coloque-o em

37
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus
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um copo de medicamento;
• Verifique o registro de medicamento do paciente para determinar em que lado
da boca o medicamento foi administrado pela última vez;
• Peça ao paciente que abra a boca. Inspecione a boca para ver se há irritação
e ulceração;
• Coloque o comprimido entre a bochecha e os dentes do paciente (conforme
mostra a figura). Coloque-o no lado que não foi utilizado para a dose anterior;

• Oriente o paciente para fechar a boca e manter o comprimido, sem mastigar,


entre a bochecha e os dentes, até que ele se dissolva;
• Anote o medicamento administrado, a localização utilizada, a dose fornecida,
a data e a hora; a reação do paciente, qualquer irritação ou ulceração que ele
apresente na boca, e quaisquer doses repetidas.

Observações de enfermagem:
• Atenção: Certifique-se de que o paciente não engoliu o comprimido. A
deglutição de um medicamento bucal pode diminuir a sua eficácia;
• Lembre-se de alternar os lados da boca do paciente quando administrar mais
de uma dose de medicamento bucal;
• Administre os medicamentos bucais depois que você ministrou todos os
medicamentos orais ao paciente;

38
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• Inspecione regularmente a mucosa oral do paciente para a irritação
provocada pela administração bucal repetida;
• Alguns medicamentos bucais levam até 1 hora para serem absorvidos por
meio da mucosa oral.

Orientação ao paciente:
• Quando o paciente é fumante, oriente-o que não fume até que o medicamento
bucal tenha se dissolvido, porque os efeitos vasoconstritores da nicotina
diminuirão a velocidade de absorção do medicamento;
• Oriente o paciente que não coma nem beba quando estiver com o comprimido
na boca, para evitar que engula o comprimido.

Técnica de administração de medicamentos por via sublingual


Na administração sublingual, o medicamento é absorvido por meio da mu-
cosa sob a língua do paciente. Sua absorção é rápida e alcança efeitos
medicamentosos máximos em poucos minutos.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito;
• Um copo de medicamento;
• Luvas.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Retire o comprimido do frasco de medicamento do paciente e coloque-o em
um copo de medicamento;
• Verifique o registro de medicamento do paciente para determinar em que lado
da boca o medicamento foi administrado pela última vez;
• Peça ao paciente que abra a boca e levante a língua;

39
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respectivos autores
• Inspecione a boca do paciente para ver se há irritação ou ulceração;
• Coloque o comprimido sob a língua do paciente (conforme mostra a
ilustração). Coloque-o no lado que não foi utilizado para a dose anterior;

o
• Peça ao paciente que feche a boca e mantenha o comprimido na posição até
que ele se dissolva;
• Checar na prescrição o medicamento e a dose administrada, anote a data, a
hora e a localização utilizada; a reação do paciente, quaisquer irritações ou
ulcerações na boca do paciente, e quaisquer doses repetidas.

Observações de Enfermagem:
• Atenção: Certifique-se de que o paciente não engoliu o comprimido destinado
à via sublingual. A deglutição do medicamento pode diminuir a sua eficácia;
• Quando o paciente tem dificuldade de abrir a boca ou levantar a língua,
coloque a extremidade de um abaixador de língua sob a língua e coloque o
comprimido na outra extremidade. O comprimido deslizará para baixo e para
dentro do espaço sublingual;
• Lembre-se de alternar os lados da boca do paciente quando tiver de
administrar mais de uma dose de um medicamento sublingual;
• Administre os medicamentos sublinguais depois que você tiver ministrado
todos os medicamentos orais ao paciente;

40
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• Inspecione regularmente a mucosa oral do paciente para ver se há irritação
provocada pela administração sublingual repetida.

Orientações ao paciente e acompanhante:


• Oriente o paciente que o comprimido sublingual deve ficar sob a língua e que
ele não deve mastigá-lo nem engoli-lo;
• Se for fumante, diga-lhe que não fume até que o medicamento sublingual
tenha se dissolvido, porque os efeitos vasoconstritores da nicotina diminuirão
a velocidade de absorção do medicamento;
• Se receber comprimidos de nitroglicerina, ensine-o a molhar o comprimido
com saliva antes de posicioná-Io embaixo da língua. Isso acelera a absorção;
• Que não coma nem beba quando estiver com o comprimido sublingual na
boca, para evitar que engula o comprimido.

Técnica de administração de medicamento por via translingual


Na administração translingual, o medicamento é aplicado na superfície
superior da língua do paciente, em geral em névoa ou spray. Essa via oferece rápida
absorção do medicamento e pode ser utilizada para liberar a nitroglicerina
(Nitrolingual).

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito;
• Luvas.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Retire o frasco de spray da gaveta de medicamentos do paciente;
• Peça ao paciente para abrir a boca;
• Inspecione a boca do paciente para ver se há irritação ou ulceração;

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• Oriente o paciente que não inspire enquanto você estiver borrifando o
medicamento em sua língua;
• Mantenha o frasco do spray em uma posição vertical, com a extremidade com
válvula para cima e a abertura de borrifação a 2,5 cm da boca do paciente;
• Borrife a dose sobre a língua do paciente apertando firme o botão da válvula
para baixo;
• Cheque na prescrição médica o medicamento, a dose e a quantidade de
borrifadas a ser administrada; anote a data, a hora e a localização utilizada; a
reação do paciente, qualquer irritação ou ulceração percebida na boca do
paciente, e quaisquer doses repetidas.

Observações de Enfermagem:
• Alguns medicamentos translinguais podem ser borrifados sob a língua do
paciente, em vez de no ápice da língua;
• Oriente o paciente, não inspirar a névoa.

Orientação ao paciente e acompanhante:


• Se o paciente for utilizar o spray à noite, estimule-o a se familiarizar com a
localização da abertura do spray na válvula do recipiente. Mostre a ele como
utilizar o suporte de dedo no ápice da válvula para identificar a direção da
abertura do spray;
• Não lavar a boca após a administração do medicamento, pois isso diminuirá a
eficácia do medicamento; e que registre a quantidade de borrifadas
administrada, de modo que preveja quando o recipiente vai estar vazio e
possa substituí-Io antes que o medicamento acabe.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA TÓPICA

A administração de medicamentos por via tópica ou externa é usada a fim de


obter efeito local ou causar efeito sistêmico, dependendo do tipo do medicamento e

42
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sua finalidade, e da região com menor ou maior vascularização. As principais vias de
administração tópica são: cutâneo, oral, oftálmico, otológico, vaginal e retal.

Técnica de administração de medicamentos por via cutânea


Consiste na aplicação de um medicamento sobre a pele do paciente.
Geralmente este método de administração irá provocar efeito local do medicamento,
o qual irá atravessar a epiderme e penetrará na derme, podendo alguns
medicamentos serem absorvidos pela corrente sangüínea e produzir efeitos
sistêmicos, como é o caso dos medicamentos trans-dérmicos (em forma de pasta ou
placas). A pele íntegra dificulta a passagem de certas substâncias que possam
causar efeitos locais ou sistêmicos, sendo que, alguns fatores fisiológicos ou não
poderão interferir e auxiliar a penetração de substâncias medicamentosas através da
pele. As drogas prescritas por esta via devem ser de fácil absorção e não irritar os
tecidos.

Fatores que podem influenciar a absorção através da pele:


• Superfície corpórea – quanto maior a superfície corpórea em contato com a
droga maior a quantidade de medicamento absorvido;
• Volume total de água – quanto maior o volume de líquido extra e intra-celular,
garante maior hidratação da pele e mais fácil se torna a passagem do
medicamento através da pele;
• Nos neonatos e lactentes é facilitada a absorção, devido à permeabilidade da
pele aumentada e maior volume de líquido corpóreo. A quantidade de
determinados medicamentos absorvidos na circulação sistêmica é 3 vezes
maior na criança nesta faixa etária do que no adulto;
• Perda da continuidade da pele – que ocorre por lesão, queimaduras leves ou
moderadas, lacerações, etc.
• Aumento da vascularização local em determinadas regiões do corpo ou em
certas circunstâncias como na gravidez, aumento de temperatura corpórea ou
local e fluxo sangüíneo aumentado devido a processos inflamatórios;

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• Áreas com maior quantidade de pêlos, a absorção ocorre até 13 vezes mais,
do que nas regiões com menor pilosidade;
• A pele umidificada por tempo prolongado pode aumentar a hidratação em até
cinco vezes mais, aumentando, conseqüentemente, a permeabilidade
cutânea e facilitando a absorção das substâncias;
• A pele seca dificulta a absorção das drogas;
• Os sabões e detergentes alteram a permeabilidade da pele, devido às
modificações que provocam no filamento da queratina, dificultando a
absorção de soluções hidrossolúveis.

Aplicação de loção
As loções contêm um pó insolúvel suspenso em água ou emulsão, deixando
uma camada uniforme de pó na pele após a aplicação.

Executando a técnica:
Providenciar:
• A loção medicamentosa prescrita;
• Campo para proteger a roupa de cama;
• Luvas.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Coloque o paciente em posição confortável. Exponha apenas a área do corpo
na qual será feita a aplicação;
• Coloque o campo sob a área afetada;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Se necessário lave e seque a região cutânea afetada, para retirar resíduos de
aplicações anteriores;
• Agite o frasco que contém a loção e derrame pequena quantidade em sua
mão;

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• Espalhe uma camada fina da loção na região afetada do paciente;
• Avalie presença de irritação na pele do paciente;
• Retire as luvas e lave as mãos;
• Registre a data e a hora em que aplicou a loção e o medicamento contido na
preparação, a condição da pele do paciente, os efeitos da loção e as
orientações dadas ao paciente e/ou acompanhante.

Observações de Enfermagem:
• Aplicar a loção medicinal apenas na região afetada da pele; se aplicado nas
áreas normais poderá provocar decomposição da pele.

Aplicação de creme
O creme é uma mistura de água e óleo de consistência semilíquida, tem a
função de lubrificar a pele e manter uma barreira protetora.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O creme medicamentoso prescrito;
• Um abaixador de língua estéril;
• Luvas;
• Compressas de gaze estéril;
• Campo ou oleado para proteger a roupa de cama.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Coloque o paciente em posição confortável. Exponha apenas a área do corpo
na qual será feita a aplicação;
• Coloque o campo sob a área afetada;
• Lave as mãos e calce as luvas;

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• Limpe a região, retirando crostas, descamações e medicamentos aplicados
anteriormente;
• Troque as luvas após retirar os detritos da pele;
• Abra o recipiente que contém o medicamento e coloque a tampa voltada para
cima, para evitar contaminação da parte interna;
• Utilizando o abaixador de língua estéril, cubra uma das suas extremidades
com o creme medicinal;
• Transfira o creme do abaixador de língua para sua mão enluvada;
• Aplique o creme medicinal na área a ser tratada, em movimentos suaves e
lentos, indo em direção do crescimento dos pêlos para evitar que o
medicamento seja forçado para dentro dos folículos pilosos, causando
irritação e foliculite;
• Retire as luvas e lave as mãos;
• Registre a data e a hora em que aplicou o creme medicinal, a condição da
pele do paciente, os efeitos do creme e as orientações dadas ao paciente
e/ou acompanhante.

Observações de Enfermagem:
• Aplicar o creme medicinal apenas na região afetada da pele; se aplicado nas
áreas normais poderá provocar decomposição da pele;
• Oriente o paciente que suspenda o uso do creme caso ocorra irritação
cutânea, úlceras, sinais de infecção ou agravamento da reação cutânea.
Procure o médico.

Aplicação de pomada
Substância semi-sólida que tem por finalidade ajudar a conservar o calor do
corpo e possibilitar o contato prolongado entre a pele e o medicamento.

Executando a técnica:
Providenciar:
• A pomada medicinal prescrita;

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• Um abaixador de língua estéril;
• Luvas;
• Compressas de gaze estéril;
• Campo ou oleado para proteger a roupa de cama.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Coloque o paciente em posição confortável. Exponha apenas a área do corpo
na qual será feita a aplicação;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Coloque o campo sob região afetada;
• Limpe a região retirando crostas, descamações e medicamentos aplicados
anteriormente. (Veja a seguir o item Retirar pomadas);
• Troque as luvas após retirar os detritos da pele;
• Abra o recipiente que contém o medicamento e coloque a tampa voltada para
cima, para evitar contaminação da parte interna;
• Utilizando o abaixador de língua estéril, cubra uma das suas extremidades
com a pomada medicinal retirada do tubo ou frasco;
• Transfira a pomada do abaixador de língua para sua mão enluvada;
• Aplique a pomada medicinal na área a ser tratada, em movimentos suaves e
lentos, indo em direção ao crescimento dos pêlos para evitar que o
medicamento seja forçado para dentro dos folículos pilosos, causando
irritação e foliculite;

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus
respectivos autores
• Retire as luvas e lave as mãos;
• Registre a data e a hora em que aplicou a pomada medicinal, a condição da
pele do paciente, os efeitos da pomada e as orientações dadas ao paciente
e/ou acompanhante.

Para retirar a pomada:


• Lavar as mãos e calçar as luvas;
• Embeber uma compressa de gazes com óleo de algodão ou outro solvente;
• Remova a pomada aplicada anteriormente da pele do paciente, esfregando
suavemente a compressa embebida na direção do crescimento dos pêlos;
• Após retirar a pomada, use outra compressa de gaze para retirar o excesso
do óleo;
• Em seguida, tire as luvas e lave as mãos;
• Anote a data e hora em que retirou a pomada, o solvente usado e a condição
da pele do paciente.

Observações de Enfermagem:
• Não aplique a pomada nas áreas normais da pele, para não facilitar a
decomposição da pele;

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• Não aplique pomada nas pálpebras ou no canal auditivo do paciente, tem o
risco de endurecer e obstruir o ducto lacrimal ou o canal auditivo;
• Oriente o paciente a interromper a aplicação da pomada e entrar em contato
com o médico, caso ocorra irritação cutânea, úlceras, sinais de infecção ou
agravamento da região cutânea.

Aplicação de Pasta
É uma mistura de pó e pomada, que vai proporcionar uma mistura uniforme,
que irá reduzir e evitar a umidade local.

Executando a técnica:
Providenciar:
• A pasta medicinal prescrita;
• Um abaixador de língua estéril;
• Luvas;
• Compressas de gaze estéril;
• Campo ou oleado para proteger a roupa de cama.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Coloque o paciente em posição confortável. Exponha apenas a área do corpo
na qual será feita a aplicação;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Coloque o campo ou oleado sob a região afetada;
• Limpe a região retirando crostas, descamações e medicamentos aplicados
anteriormente;
• Troque as luvas após retirar os detritos da pele;
• Abra o recipiente que contém o medicamento e coloque a tampa voltada para
cima, para evitar contaminação da parte interna;

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• Utilizando o abaixador de língua estéril, cubra uma das suas extremidades
com a pasta medicinal retirada do tubo ou frasco;
• Transfira a pasta do abaixador de língua para sua mão enluvada;
• Aplique a pasta medicinal na área a ser tratada, em movimentos suaves e
lentos, indo em direção ao crescimento dos pêlos para evitar que o
medicamento seja forçado para dentro dos folículos pilosos, causando
irritação e foliculite;
• Retire as luvas e lave as mãos;
• Registre a data e a hora em que aplicou a pasta medicinal, a condição da pele
do paciente, os efeitos da pasta e as orientações dadas ao paciente e/ou
acompanhante.

Observações de Enfermagem:
• Não aplique a pasta nas áreas normais da pele, para não facilitar a
decomposição da pele;
• Para retirar a pasta utilize sabão suave e água ou um solvente próprio;
• Oriente o paciente a interromper a aplicação da pasta e entrar em contato
com o médico, caso ocorra irritação cutânea, úlceras, sinais de infecção ou
agravamento da região cutânea.

Administração de pó
O pó medicinal é uma substância que contém um medicamento, que tem
como finalidade ajudar a secar a pele e reduzir a maceração e o atrito.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O pó medicinal prescrito;
• Campo ou oleado para proteger a roupa de cama;
• Luvas.

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Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Coloque o paciente em posição confortável. Exponha apenas a área do corpo
na qual será feita a aplicação;
• Coloque o campo sob a área afetada;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Coloque o oleado protetor ou campo sob a região afetada;
• Seque a superfície cutânea, especialmente as dobras que poderiam acumular
umidade;
• Derrame o pó em sua mão, em seguida, aplique uma fina camada na região
afetada da pele;
• Registre a data e a hora em que foi aplicado o pó com o medicamento contido
na preparação, a condição da pele do paciente, os efeitos produzidos e as
orientações fornecidas ao paciente ou acompanhante.

Observações de Enfermagem:
• A pele deve estar limpa e seca antes da aplicação do pó.

Aplicações de medicamentos em couro cabeludo


No couro cabeludo pode-se aplicar uma loção, creme ou xampu medicinal

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito ou xampu;
• Campo protetor;
• Toalhas e pente;
• Luvas.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;

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• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Coloque o paciente em posição confortável;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Molhe cuidadosamente os cabelos do paciente e esprema o excesso de água;
• Agite o frasco de xampu para misturar o conteúdo, se necessário;
• Aplique a quantidade de xampu especificado no rótulo;
• Faça espuma com o xampu. Reparta os cabelos e esfregue xampu no couro
cabeludo do paciente, sem usar as unhas;
• Deixe o xampu no couro cabeludo do paciente pelo tempo recomendado, em
geral 5 a 10 minutos. Em seguida, enxágüe cuidadosamente os cabelos do
paciente;
• Retire o excesso de água dos cabelos com a toalha;
• Penteie ou escove os cabelos para desembaraçá-los;
• Se estiver aplicando loção ou creme medicinal, use as pontas dos dedos
(enluvada), para aplicar o medicamento no couro cabeludo, espalhando-o
uniformemente;
• Quando necessário, massageie o medicamento no couro cabeludo com as
pontas dos dedos;
• Tire as luvas e lave as mãos;
• Anote a data e hora da aplicação do medicamento, a condição do couro
cabeludo do paciente e o efeito do tratamento.

Observações de Enfermagem:
• Aplicar o medicamento conforme prescrito no rótulo;
• Mantenha o medicamento longe dos olhos e mucosas do paciente;
• Saiba antecipadamente o que fazer em caso de contato acidental do
medicamento com olhos e mucosas do paciente;
• Caso o medicamento entre em contato com os olhos e mucosas do paciente,
como primeira medida, lave-os abundantemente com água.

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Aplicação de medicamento na face
Na face do paciente pode-se aplicar pomada, pasta ou loção.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito;
• Água e sabão;
• Aplicadores com ponta de algodão;
• Compressas de gaze estéril;
• Toalhas;
• Pano para lavar o rosto.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Coloque o paciente em posição confortável;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Lave ou peça para o paciente para lavar o rosto com sabão suave e água.
Retire quaisquer resíduos do medicamento ou exsudatos. Secar bem a pele;
• Use o aplicador com ponta de algodão para aplicar o medicamento na fronte,
no queixo ou abaixo dos olhos do paciente;
• Nas áreas mais amplas da face, use uma compressa de gaze para aplicar o
medicamento;
• A aplicação deve começar pela fronte do paciente e descer espalhando o
medicamento pelos dois lados da face até o maxilar. Faça movimentos na
direção do crescimento dos pêlos;
• Lave as mãos e guarde o medicamento e material;
• Anote a data e a hora da aplicação, o nome do medicamento, a condição da
face do paciente e os efeitos do tratamento.

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Observações de Enfermagem:
• Aplicar o medicamento conforme prescrito no rótulo;
• Mantenha o medicamento longe dos olhos e mucosas do paciente;
• Caso o medicamento entre em contato com os olhos e mucosas do paciente,
como primeira medida, lave-os abundantemente com água;
• Observe sinais de irritação da pele, úlceras, sinais de infecção ou
agravamento da reação cutânea.

Administração de Spray tópico


O Spray tópico possibilita a aplicação de uma película fina do medicamento.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O spray medicinal prescrito;
• Campo ou oleado protetor;
• Luvas.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Coloque o paciente em posição confortável. Exponha apenas a área do corpo
na qual será feita a aplicação;
• Coloque o campo ou oleado sob a área afetada;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Coloque o oleado protetor ou campo sob a região afetada;
• Seque a superfície da pele, especialmente as dobras que poderiam acumular
umidade;
• Caso seja indicado, agite o frasco para misturar o fármaco;
• Mantenha o frasco afastado em 15 a 30 cm da pele, ou conforme especificado
no rótulo do recipiente;

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• Borrife o medicamento de maneira uniforme na região a ser tratada, aplicando
uma fina película. Evite que o paciente inale o aerossol;
• Retire as luvas e lave as mãos;
• Registre a data e hora em que foi aplicado o spray com o medicamento
contido na preparação, a condição da pele do paciente, os efeitos produzidos
e as orientações fornecidas.

Observações de enfermagem:
Para evitar que o paciente inale o aerossol, oriente-o a virar a cabeça para o
lado e prender a respiração no momento do procedimento.

ADMINISTRAÇÃO NA MUCOSA DA BOCA OU NA GARGANTA

Pode-se administrar um antibiótico, anti-séptico ou anestésico na garganta


do paciente, em forma de spray e na boca e garganta em forma de gargarejo ou
pastilhas.

Técnica de administração de spray na garganta

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito;
• Um atomizador ou spray;
• Um abaixador de língua ou colher;
• Lenços de rosto;
• Luvas.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Ajude o paciente a colocar-se em posição confortável e ereta, se possível;

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• Atenção: A aplicação de spray na garganta do paciente deitado aumenta o
risco de aspiração;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Peça ao paciente para abrir a boca e use o abaixador de língua para melhor
visualizar a irritação na garganta do paciente e evitar que a língua adormeça;
• Mantenha o abaixador sobre a língua do paciente. Instrua-o a não inalar
enquanto você borrifa o medicamento;
• Se estiver usando uma bomba spray, coloque o bocal um pouco para fora da
boca do paciente e dirija o jato para a parte posterior da garganta;
• Se estiver usando um atomizador, introduza a ponta um pouco dentro da boca
do paciente e dirija o jato para a parte posterior da garganta;
• Esprema rápida e firmemente o recipiente, para que o medicamento atinja os
tecidos inflamados da garganta;
• Oriente o paciente a não engolir por alguns segundos, para que o
medicamento desça pela garganta e recubra as mucosas;
• Monitore o paciente e avalie risco de aspiração;
• Anote a data e hora da administração e o tipo do medicamento administrado,
o método de administração, a condição da garganta do paciente e os efeitos
do tratamento.

Observações de Enfermagem:
• Para aumentar a eficácia do medicamento, peça ao paciente que não coma
nem beba por 30 minutos, após a aplicação do spray na garganta;
• Nos casos de aplicação de anestésico, suspender a ingestão de alimentos e
líquidos por 60 minutos, para reduzir o risco de aspiração.

Técnica de administração de colutório ou gargarejo

Executando a técnica:
Providenciar:

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• A solução prescrita aquecida a 37,8 graus, mantendo o recipiente em água
morna;
• Um copo;
• Uma bacia para vômito;
• Lenços de rosto;
• Luvas;
• Termômetro para verificar a temperatura da água.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Ajude o paciente a colocar-se em posição confortável e ereta, se possível;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Para aplicação de colutório, ofereça de 30 a 120 ml da solução ao paciente, e
oriente que passe o medicamento de um lado para o outro da boca, sobre as
gengivas e os dentes e a seguir, cuspir o medicamento em uma cuba rim;
• Para aplicação de gargarejo, instrua-o a inclinar a cabeça ligeiramente para
trás e respirar fundo. Ofereça 30 ml da solução ao paciente e diga-lhe que a
mantenha na boca. Em seguida, peça-lhe para exalar lentamente pela boca,
produzindo um efeito de gargarejo. Oriente-o a não engolir a solução, e cuspi-
la em uma cuba rim quando terminar o gargarejo;
• No caso da prescrição de anestésico como o cloridrato de lidocaína (xilocaína
em gel), o paciente deverá engolir. Neste caso deverá ser suspensa a
ingestão de líquidos e alimentos por 60 minutos após a administração para
evitar aspiração, pois o paciente não conseguirá sentir a parte posterior da
garganta devido ao efeito do anestésico;
• Anote a data e hora da administração e o tipo do medicamento administrado,
o método de administração, a condição da garganta do paciente e efeitos do
tratamento.

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Observações de Enfermagem:
• Para aumentar a eficácia do medicamento, peça ao paciente que não coma
nem beba por 30 minutos, após a aplicação do spray na garganta;
• Nos casos de aplicação de anestésico, suspender a ingestão de alimentos e
líquidos por 60 minutos, para reduzir o risco de aspiração.

Técnica de administração de pastilha

Executando a técnica:
Providenciar:
• A pastilha prescrita.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Explique ao paciente para que serve a pastilha;
• Ajude o paciente a colocar-se em posição confortável e ereta, se possível;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Dê ao paciente a pastilha ou coloque-a diretamente em sua boca;
• Oriente o paciente para manter a pastilha na boca até que se dissolva. Não
deverá engolir ou mastigar, pois, anulará o efeito desejado;
• Anote a data e hora da administração da pastilha, a condição do paciente e o
efeito do tratamento.

Observações de Enfermagem:
• Nos casos de pacientes diabéticos, deve-se avisar o médico para substituir as
pastilhas que contém açúcar;
• Para aumentar a eficácia do medicamento, oriente o paciente para não comer
e beber por pelo menos 30 minutos após usar a pastilha.

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Técnica de administração da imersão
O tratamento de imersão é empregado para amolecer exsudatos, facilitar o
desbridamento, estimular a supuração, limpar as feridas ou queimaduras, reidratar
feridas, aplicar medicamento nas áreas infectadas e aumentar a irrigação sangüínea
na região afetada do braço, da perna ou do pé do paciente, que será imerso em
água morna ou solução com medicamento.
A água utilizada para imersão poderá ser de torneira e limpa, utilizando
técnica asséptica ou caso o paciente tenha uma ferida, laceração ou queimadura
deverão ser usados equipamentos e soluções estéreis para o tratamento.

Executando a técnica:
Providenciar:
• Uma bacia ou balde para braço ou pé (estéril se necessário);
• Termômetro para verificar a temperatura da água;
• Água morna de torneira ou a solução prescrita;
• Uma xícara e um jarro;
• Campo ou oleado protetor;
• Mesa de cabeceira e uma escadinha;
• Travesseiros e toalhas (campos ou compressas estéreis se necessário);
• Compressas de gaze;
• Materiais de curativo;
• Luvas.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Através da anamnese, detecte relatos de reação alérgica ao medicamento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Limpe e desinfete a bacia, cuba ou balde, ou utilize material esterilizado se
necessário;

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• Mantenha o paciente em posição confortável, com o corpo alinhado. Apóie as
outras partes do corpo com travesseiros, para evitar desconforto e distensão
muscular;
• Prepare e dilua a solução medicada, se prescrita;
• Despeje a água quente em um jarro ou aqueça a solução a 40,5 - 43,5 graus;
• Use o termômetro de banheira para medir a temperatura da água ou solução,
antes de usá-la;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Para imersão de um braço, coloque o paciente sentado em posição ereta;
• Para imersão de uma perna, mantenha-o sentado com o joelho dobrado;
• Para imersão do pé, coloque-o sentado na borda da cama ou numa cadeira.
• Coloque o campo ou oleado protetor sob a região a ser tratada, coberto com
toalha para absorver os respingos, se necessário;
• Exponha a região a ser tratada. Retire os curativos sujos e descarte-os em
local adequado. (Se estiver com crostas ou aderido à ferida, deixe-o na
imersão, e quando começar a soltar, retire-os);
• Coloque o recipiente para imersão sob a região a ser tratada, seja no leito
(esticar o lençol para evitar derramamento), na mesa de cabeceira, na
escadinha ou no chão;
• Derrame o líquido aquecido em uma bacia ou cuba de imersão e, em seguida,
coloque o braço ou a perna do paciente aos poucos, em seu interior, para
adaptação da extremidade à temperatura do líquido. A região a ser tratada
deve estar totalmente imersa na solução;
• Meça a temperatura da solução para imersão a cada 5 minutos, se a
temperatura cair abaixo da faixa prescrita, retire parte da solução resfriada.
Retire o membro do paciente da bacia e acrescente água ou solução quente.
Após misturar cuidadosamente o líquido, verifique se a temperatura está
apropriada e mergulhe novamente o membro afetado do paciente na bacia;
• Atenção: no caso de sinais de vermelhidão extrema, drenagem excessiva,
sangramento, maceração ou dor na região tratada, interromper a imersão e
chamar imediatamente o médico;

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• De acordo com a prescrição ou após 15 a 20 minutos, retire o membro da
solução de imersão;
• Seque cuidadosamente o membro com uma toalha. No caso de local com
ferida, secar a pele em volta, sem tocar na lesão;
• Avalie o aspecto geral da região tratada, a gravidade do edema, o
desbridamento e se há formação de pus, refaça o curativo, se necessário;
• Enquanto a pele estiver sob imersão, retire crostas ou descamações com
compressas de gaze;
• Retire a toalha e o oleado protetor de sob a região tratada;
• Descarte em local adequado a solução de imersão e os materiais sujos, e em
seguida limpe e desinfete a bacia. Guarde os equipamentos em local
apropriado;
• Tire as luvas e lave as mãos;
• Anote a data, hora e a duração da imersão da área tratada, a solução
utilizada e a sua temperatura, o aspecto da pele e da ferida antes, durante e
após a imersão e a tolerância da imersão pelo paciente.

Observações de Enfermagem:
Para tratar áreas extensas, principalmente queimaduras, pode-se fazer a
imersão em uma piscina de hidromassagem ou em um tanque de Hubbard.

Técnica de administração de banho de assento


Os banhos de assento são usados para relaxar a musculatura e aliviar o
desconforto, principalmente após cirurgia ou parto, pois, neste caso, facilita a
cicatrização limpando o períneo e o ânus, aumentando a circulação e reduzindo a
inflamação.
Nos banhos de assento é imersa a região pélvica do paciente em água
morna ou quente, contendo bicarbonato de sódio, sais de Epson, ou outros aditivos
medicamentosos.

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Executando a técnica:
Providenciar:
• Bacia, banheira portátil ou encaminhe o paciente a uma banheira comum;
• Capacho de banheira e um capacho de borracha;
• Termômetro para verificar a temperatura da água;
• Dois roupões;
• Toalhas;
• Um avental;
• Luvas;
• Equipamentos opcionais: aro de borracha, uma escadinha, uma mesa-de-
cabeceira, suporte de soro para segurar o reservatório de água e curativos;
• Um kit descartável (individual) para banho de assento, contendo: uma bacia
de plástico que se adapta ao assento sanitário ou tábua de vaso, e uma
bolsa-reservatório com tubos e pinça.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Limpe e desinfete a banheira comum ou bidê e os equipamentos para banho
de assento, ou use o Kit descartável para banho de assento;
• Limpe e desinfete a bacia, cuba ou balde;
• Coloque o capacho de banho perto da banheira, bidê, assento sanitário ou
tábua de vaso, para evitar quedas. Se for usar o aro de borracha, coloque-o
no fundo da banheira para que o paciente se sente sobre ele. Manter o
paciente elevado melhora a circulação da água sobre a região ferida e reduz
a pressão sobre tecidos sensíveis;
• Caso esteja usando o kit comercial, seguir as instruções do produto;
• Encha a banheira ou bidê até um terço ou metade de sua capacidade, de
modo que a água atinja o nível do umbigo do paciente sentado. Use água
morna (34 a 37 graus) para relaxamento muscular ou limpeza da ferida. Use

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água quente (43 a 46 graus) para aplicação de calor. Use o termômetro para
medir a temperatura da água, que deverá estar na temperatura desejada;
• No caso de uso de kit para banho de assento, após encher a bacia até a linha
especificada, na temperatura prescrita, coloque-a sobre o assento sanitário ou
tábua do vaso, feche o tubo com uma pinça para bloquear o fluxo da água e
encha a bolsa do reservatório com água na mesma temperatura da que
estiver na bacia. Para criar fluxo sob pressão, pendure a bolsa acima da
cabeça do paciente em um suporte de soro, um gancho ou suporte de toalha,
que estiver dentro do banheiro;
• Avalie o paciente e explique o procedimento ao paciente e acompanhante;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Peça ao paciente para esvaziar a bexiga, e em seguida ajude-o a chegar à
banheira. Manter o ambiente sem corrente de ar e preserve a privacidade do
paciente. Se necessário auxilie o paciente a despir-se;
• Tire e descarte os curativos sujos, tendo o cuidado de umedecê-lo se estiver
aderido à ferida ou deixe-o desprender-se na bacia;
• Auxilie o paciente a sentar-se na bacia, bidê ou banheira, cuide de sua
segurança oferecendo apoio, ou com o uso de barras de segurança.
Mantenha o alinhamento corporal do paciente colocando uma toalha dobrada
ou travesseiro sobre o dorso do paciente;
• Envolva os joelhos do paciente com um roupão de banho, lençol ou toalha
para evitar calafrios, que causam vasoconstrição. Cubra os ombros do
paciente, para mantê-lo aquecido;
• Se estiver usando o Kit para banho de assento, abra a pinça do tubo para
permitir o fluxo contínuo da água sobre a região ferida. Caso seja necessário,
encha novamente a bolsa do reservatório com água à temperatura adequada;
• Coloque a mesinha de cabeceira para o paciente apoiar-se confortavelmente;
• Para que o banho de assento seja eficiente, verifique a temperatura da água
em intervalos curtos, tendo o cuidado de manter a temperatura adequada
durante o tempo necessário. Se houver esfriamento da água, auxilie o
paciente a se levantar lentamente para evitar vertigem, acrescente água

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quente no recipiente usado no banho de assento, e reinicie o banho de
assento em seguida;
• Fique com o paciente durante o banho ou oriente-o a usar o botão de
chamada, caso precise deixá-lo por alguns instantes;
• Verifique a coloração e as condições gerais do paciente. Na presença de
sinais de disfunção cardiovascular, queixa de fraqueza, tonteira ou náuseas,
interrompa o banho, verifique o pulso e a pressão arterial e comunique o
médico;
• Após o tempo prescrito do banho (em geral 15 a 20 minutos), auxilie o
paciente a levantar-se lentamente, a secar e vestir-se, se necessário.
Encaminhe-o ao leito, refaça o curativo, se for preciso;
• Descarte todo o material contaminado. Esvazie, limpe e desinfete o bidê, a
banheira ou equipamento portátil para banho de assento. Mantenha-os em
local apropriado;
• Tire as luvas e lave as mãos;
• Anote a data, hora, a duração e a temperatura do banho; os medicamentos
utilizados; a condição da ferida do paciente, antes, durante e após o
tratamento (coloração, odor e quantidade de secreção); quaisquer
complicações como alterações de pulso, PA, palidez cutânea, etc.; resposta
ao tratamento e as devidas instruções.

Observações:
• Use uma banheira comum apenas se não houver possibilidade de utilizar um
bidê especial, um equipamento portátil ou kit comercial para banho de
assento;
• Caso o paciente esteja sentado em uma banheira com as pernas imersas em
água quente, verifique seu pulso antes, durante e após o banho, para detectar
quaisquer efeitos da vasodilatação. Pulso irregular ou acelerado pode indicar
disfunção cardiovascular;

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• Para que o banho de assento seja eficiente, verifique a temperatura da água a
intervalos freqüentes, ajude o paciente a vestir-se e mantenha-o aquecido
após o banho para evitar vasoconstrição.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA OFTÁLMICA

Os medicamentos de uso oftálmico podem ser usados para fins diagnósticos


ou terapêuticos e se apresentam sob a forma de pomada ou colírio. Alguns tipos de
medicamentos estão inseridos dentro de um disco, que deverá ser introduzido no
olho para absorção do medicamento. Além do uso de medicamentos, podem-se
utilizar as compressas quentes e frias para tratar algumas afecções oculares.

Técnica de administração de colírios


Para fins diagnósticos os colírios são utilizados para dilatação da pupila e
coloração da córnea, a fim de detectar abrasão ou ulceração. Os colírios também
têm a propriedade anestésica, lubrificante, e podem ser usados para tratamento de
diversas doenças como o glaucoma ou infecções oculares.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento oftálmico prescrito;
• Bolas de algodão estéril;
• Luvas;
• Água ou soro fisiológico morno;
• Compressas de gaze estéril;
• Lenços faciais;
• Tampão ocular (caso seja necessário).

Executando a ação:
• Avalie o paciente;

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• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica,
certifique-se de que o medicamento se destina para uso oftálmico;
• Verifique a data de validade no frasco do colírio e examine o conteúdo para
detectar opacificação, escurecimento e precipitados, se a solução parecer
anormal, não a utilize;
• Atenção: Alguns colírios oftálmicos são fornecidos sob a forma de suspensão
e comumente têm aspecto turvo;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Oriente o paciente e se possível e o acompanhante sobre o procedimento;
• Caso o paciente esteja usando um curativo ocular, tire-o puxando
suavemente para baixo, afastando-o da fronte;
• Se houver secreção ao redor do olho, limpe-o suavemente, com bolas de
algodão estéreis ou compressas de gaze estéril umedecida com água morna
ou soro fisiológico morno, a partir do canto interno para o externo, trocando o
algodão ou gaze para cada passagem;
• Nos casos de secreções ressecadas ao redor do olho, peça ao paciente para
fechar o olho e aplique compressas úmidas, com água morna ou soro
fisiológico morno, por 1 a 2 minutos, a fim de que possam ser retiradas sem
machucar os tecidos oculares sensíveis;
• Peça ao paciente para inclinar a cabeça para trás e em direção do olho
afetado: para a esquerda, se estiver aplicando colírio no olho esquerdo, e
para direita, se estiver aplicando colírio no olho direito, a fim de evitar que o
colírio drene para o ducto lacrimal e cause efeitos sistêmicos;
• Com o conta-gotas aspire o colírio sem contaminar;
• Peça ao paciente para olhar para cima e para fora, a fim de evitar que o
conta-gotas toque a córnea, caso o paciente pisque;
• Firme a mão que sustenta o conta-gotas ou o frasco com o colírio, pousando-
a sobre a fronte do paciente. Use a outra mão para puxar suavemente a
pálpebra inferior do paciente;

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• Instile a quantidade prescrita no saco conjuntival, não no globo ocular do
paciente. Em seguida, solte a pálpebra do paciente e peça-lhe que pisque,
para que o líquido seja distribuído uniformemente pelo olho;

• Aplique o tampão ocular se necessário;


• Anote o olho que foi tratado, a data, hora e a resposta do paciente à
instilação; o aspecto do olho do paciente, antes e após a aplicação do colírio.
Cheque na prescrição o medicamento prescrito. Anote as orientações dadas
ao paciente e aos familiares.

Observações de Enfermagem:
• Marcar a data no rótulo se estiver abrindo o frasco do colírio pela primeira
vez. O medicamento após aberto deve ser usado dentro de duas semanas, e
após este prazo deve ser descartado;
• Nunca use o mesmo frasco de colírio em mais de um paciente para evitar
contaminação;
• O paciente em uso de mais de um tipo de colírio, aguarde 5 minutos entre as
aplicações dos colírios;
• Para evitar absorção e reações sistêmicasa aplicação do colírio, como
taquicardia, palpitações, ruborização, pele seca, ataxia e confusão mental,

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peça ao paciente para pressionar o ducto lacrimal no canto interno do olho, no
momento da instilação do colírio;
• Nos casos de pacientes com alteração de sensibilidade ocular, manter o
colírio resfriado antes da aplicação.
Técnica de administração de pomada ocular
As pomadas ajudam a manter o medicamento em contato com a área dos
olhos o maior tempo possível. Usadas geralmente para tratar infecções oculares.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito;
• Bolas de algodão estéril;
• Água ou soro fisiológico morno;
• Compressas de gaze estéril;
• Lenços faciais;
• Tampão ocular.

Executando a ação:
• Avalie o paciente;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica,
certifique-se de que o medicamento se destina para uso oftálmico e a dose
exata para cada olho;
• Explique o procedimento para o paciente se possível e para o acompanhante;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Caso o paciente esteja usando um tampão ocular, tire-o puxando suavemente
para baixo e retirando-o da fronte do paciente;
• Se houver secreção ao redor do olho, limpe suavemente, com bolas de
algodão estéreis ou compressa de gaze estéril umedecida com água morna
ou soro fisiológico morno, a partir do canto interno para o externo, trocando o
algodão ou gaze para cada passagem;

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• Nos casos de secreções ressecadas ao redor do olho, peça ao paciente para
fechar o olho e aplique compressas úmidas com água morna ou soro
fisiológico morno por 1 a 2 minutos, quantas vezes forem necessárias, a fim
de que possam ser retiradas sem machucar os tecidos oculares sensíveis;
• Caso a ponta do tubo esteja endurecida, limpe-a com uma compressa de
gaze estéril para retirar a crosta;
• Peça ao paciente para olhar para cima e para fora, a fim de reduzir o risco de
tocar a córnea com a ponta do tubo da pomada, caso o paciente pisque;
• Firme a mão que sustenta o tubo da pomada apoiando-a sobre a fronte do
paciente. Use a outra mão para puxar suavemente a pálpebra inferior para
baixo;
• Esprema uma pequena fita da pomada ao longo da borda do saco conjuntival,
do canto interno ao externo, conforme ilustrado abaixo. Não deixe que a ponta
do tubo toque o olho do paciente;

• Após a administração da pomada, solte a pálpebra do paciente e peça-lhe


para virar os olhos de um lado para o outro com as pálpebras fechadas, para
ajudar a distribuir o medicamento;
• Use um lenço limpo para retirar qualquer excesso da pomada que extravasar
do olho do paciente. Use um lenço novo para cada olho, para evitar
contaminação cruzada;

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• Aplique novo curativo ou tampão ocular, caso esteja prescrito;
• Anote o olho que foi tratado, a data e hora; a resposta do paciente e o
aspecto do olho do paciente, antes e após a aplicação da pomada ocular;
• Registre as instruções dadas ao paciente e acompanhante. Cheque no
prontuário o medicamento prescrito.

Observações de Enfermagem:
• Marcar a data no rótulo se estiver abrindo o frasco da pomada pela primeira
vez. O medicamento após aberto deve ser usado dentro de duas semanas, e
após, deve ser descartado;
• Nunca use o mesmo tubo de pomada em mais de um paciente para evitar
contaminação;
• Dificilmente ocorrem reações sistêmicas com o uso de pomada oftálmicas,
pois, não drenam facilmente para o ducto lacrimal, como os colírios;
• Oriente o paciente, que a visão pode ficar embaraçada por vários minutos
após a aplicação da pomada no olho.

Técnica de aplicação de tampão ocular


O tampão ocular pode ser usado após aplicar medicamentos, para proteger
o olho após traumatismo ou cirurgia, evitar lesão do olho após anestesia, ajuda na
cicatrização, absorve secreções ou impede que o paciente toque ou esfregue o olho,
evitando irritação ocular.
O tampão compressivo (mais grosso que o convencional) deve ser aplicado
sob prescrição e supervisão médica. Seu uso está indicado para facilitar cicatrização
de uma abrasão da córnea, bem como para comprimir o edema ou controlar uma
hemorragia.

Executando a técnica:
Providenciar:
• Compressas oculares estéreis;
• Luvas;

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• Fita adesiva;
• Campo ocular protetor.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Oriente o paciente e familiar sobre o procedimento;
• Peça ao paciente para fechar os olhos;
• Coloque uma compressa ocular estéril sobre o olho fechado do paciente, de
modo a cobrir sua órbita, isto impedirá que o paciente abra o olho;
• Fixe a compressa com fitas paralelas de esparadrapo, que se estendem da
fronte ao maxilar do paciente. Prenda a fita primeiramente na fronte, e
posteriormente nas bochechas;
• Se caso não for possível o uso de fita, (exemplo: se tiver queimadura facial),
use um curativo envolvendo a cabeça, a fim de firmar a compressa no local;
• Se necessitar aumentar a proteção do olho, aplique um anteparo plástico
sobre a compressa, e aplique esparadrapo sobre ele;
• Anote o olho que foi coberto, a data e hora em que o tampão foi aplicado; a
condição do olho do paciente antes de ser coberto e a sua tolerância ao
procedimento. Registre as informações fornecidas ao paciente e aos
familiares.

Observações de Enfermagem:
• Para retirar o tampão, retire primeiramente o esparadrapo cuidadosamente
para evitar lesão dos tecidos ao redor do olho;
• Oriente o paciente a comunicar se ocorrer aumento de secreção, vermelhidão
ou edema. Registre e comunique o médico.

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Aplicação de compressas na região ocular
Utiliza-se compressas na região ocular para efeito terapêutico. Podendo ser
aplicadas quentes ou frias, geralmente de 4 a 6 vezes ao dia. Nos casos de infecção
ocular, usar técnica asséptica.
As compressas quentes aumentam a circulação local, facilitam a absorção,
auxiliam na drenagem de infecções superficiais e reduz a inflamação.
As compressas frias reduzem o sangramento, o edema, alivia o prurido e o
desconforto periorbitário, especialmente entre as aplicações do anestésico prescrito.

Executando a técnica:
Providenciar:
• Luvas;
• Solução de irrigação oftálmica prescrita: em geral, água ou soro fisiológico
estéril;
• Um frasco esterilizado – para as compressas quentes;
• Uma cuba rim estéril;
• Compressas de gaze estéril;
• Uma toalha;
• Um saco plástico pequeno, cubos de gelo, esparadrapo antialérgico - para as
compressas frias.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Coloque o paciente em posição confortável;
• Retire o tampão ocular, se o paciente estiver usando;
• Envolva os ombros do paciente com uma toalha;
• Lave as mãos e calce as luvas.

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Para aplicação de compressa quente:
• Para o preparo da compressa quente, coloque o frasco tampado de água
quente ou soro fisiológico estéril em um recipiente com água quente. O líquido
deve ficar morno (abaixo de 49 graus). Em seguida, derrame o líquido em
uma cuba rim estéril, atingindo o nível médio da cuba. Coloque compressas
de gaze estéril na cuba;
• Com o paciente sentado, se possível, peça para fechar os olhos;
• Pegar duas compressas de gaze da cuba, espremer o excesso da solução e
aplicar suavemente uma sobre a outra no olho afetado;
• Troque as compressas quando necessário. Examine a pele do paciente.

ADMINISTRAÇÃO OTOLÓGICA

São utilizados para fins terapêuticos com uso de medicamento para tratar
infecções e inflamação, produzir anestesia local, facilitar a retirada de um corpo
estranho, amolecer cerume para remoção posterior e irrigação do ouvido para aliviar
a inflamação e a dor, retirar secreção e um corpo estranho, amolecer e remover
cerume impactado. Os medicamentos otológicos apresentam-se em forma de gotas
ou solução para irrigação.

Posicionamento para instilação de gotas no ouvido:


• Posicione o paciente lateralmente;
• Retifique seu canal auditivo;
• Nas crianças maiores, adolescentes e adultos, puxe suavemente para baixo e
para trás;

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• Nos lactentes e crianças pequenas, puxe suavemente para baixo e para trás;

Instilação de gotas no ouvido

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito;
• Otoscópio ou uma lanterna;
• Lenços faciais;
• Aplicadores com ponta de algodão;
• Bolas de algodão;
• Cuba rim com água morna;
• Luvas.

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Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente;
• Aqueça o medicamento à temperatura do corpo, colocando o recipiente em
uma cuba rim com água morna;
• Verifique a temperatura pingando uma gota no seu punho;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Peça ao paciente para se deitar com o lado do ouvido afetado para cima;
• Retifique o canal auditivo do paciente;
• Examine com uma lanterna o canal auditivo do paciente, se há presença de
secreção, se houver, limpe o canal com um lenço de papel ou com um
aplicador com ponta de algodão;
• Mantenha o canal do ouvido do paciente retificado, instile a quantidade de
gotas prescritas, dirigindo as gotas sobre a parede lateral do canal auditivo,
não sobre a membrana timpânica;

• Mantenha o canal auditivo nesta posição, em seguida solte o ouvido. Peça ao


paciente para ficar deitado por 5 a 10 minutos, até que o medicamento desça;
• Prenda uma bola de algodão sem pressão no orifício do canal auditivo, se
prescrito;
• Limpe e seque o ouvido externo;

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• Ajude o paciente a colocar-se em posição confortável;
• Tire as luvas e lave as mãos;
• Anote o ouvido que foi tratado, a data e a hora que aplicou as gotas, o nome
do medicamento e a dose administrada; o aspecto do(s) ouvido(s) do paciente
antes e após o tratamento, e como respondeu ao procedimento.

Observações de Enfermagem:
• Não instilar gotas otológicas frias, poderá causar efeitos colaterais como
vertigens, náuseas e dor;
• Não empurre a bola de algodão para dentro do ouvido, a fim de evitar pressão
no tímpano e impedir a drenagem de secreção;
• No caso do paciente referir vertigem, levante as grades laterais do leito e
auxilie-o quando necessário; movimente-o lentamente para evitar
agravamento da vertigem;
• Para retificar o canal auditivo e facilitar a chegada na membrana timpânica,
nos adultos, puxe a orelha suavemente para cima e para trás; e na criança
pequena, puxe suavemente para baixo e para trás;
• Oriente o paciente a nunca introduzir qualquer objeto no ouvido;
• Para continuidade do tratamento em casa, oriente os pais a segurar o frasco
na mão por dois minutos para favorecer o aquecimento do medicamento;
• Não administre medicamentos otológicos no paciente com membrana
timpânica perfurada sem o consentimento do médico.

ADMINISTRAÇÃO NASAL

São usados geralmente para produzir efeitos locais. Apresentam-se sob a


forma de gotas nasais para tratar uma região nasal específica, spray e aerossóis
para difundir o medicamento pelas vias nasais. Os medicamentos nasais
administrados com maior freqüência são vasoconstritores, que recobrem e contraem
as mucosas edemaciadas. Os anestésicos locais podem ser usados durante
procedimentos como a broncoscopia. Os corticóides podem reduzir a inflamação

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causada por alergias ou pólipos nasais. A irrigação das vias nasais remove detritos,
reduz o risco de infecção e facilita a respiração.

Instilação de gotas nasais

Executando a técnica:
Providenciar:
• Medicamento prescrito;
• Uma cuba rim;
• Lenços faciais;
• Luvas;
• Um travesseiro.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente e coloque-o na posição adequada, para
garantir que as gotas cheguem ao local pretendido. Explique ao paciente que
respire pela boca durante a instilação;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Destampe o recipiente das gotas nasais e aperte o bulbo do conta-gotas para
aspirar o medicamento;
• Levante suavemente a ponta do nariz do paciente para abrir bem as narinas;
• Coloque o conta-gotas cerca de 1cm dentro da narina. Dirija a ponta do conta-
gotas ligeiramente na direção do canto interno do olho do paciente. Aperte o
bulbo para pingar a quantidade de gotas desejada em cada narina;

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• Após instilar a quantidade de gotas prescrita, peça ao paciente que mantenha
a cabeça inclinada para trás por 5 minutos. Estimule-o a expectorar resquício
de medicamento que tiver descido para sua garganta;
• Anote o nome, a quantidade do medicamento administrado, a data e hora da
administração e a narina usada; a tolerância do paciente à instilação e as
orientações fornecidas;
• Atenção: Antes de aplicar as gotas na narina do lactente, aquecê-la à
temperatura corporal;
• Segure o lactente no colo, e mantenha-o levemente inclinado.

Observações de Enfermagem:
• Fique com o paciente após a administração das gotas nasais. Peça-lhe para
respirar pela boca. Caso tenha tosse, ajude-o a sentar-se e bata suavemente

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em suas costas. Durante alguns minutos, observe cuidadosamente o paciente
para possíveis problemas respiratórios;
• Oriente o paciente a referir quaisquer alterações causadas pelo medicamento
ou pelo seu distúrbio nasal.

Administração de spray nasal


Os sprays nasais decompõem o medicamento em partículas pequenas e
distribuem-no uniformemente sobre as mucosas.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito (em um atomizador);
• Uma cuba rim;
• Lenços faciais;
• Luvas;
• Um travesseiro.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Peça ao paciente para sentar-se ereto com a cabeça voltada para cima;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Oclua uma das narinas do paciente com seu dedo indicador;
• Coloque a ponta do atomizador cerca de 1cm dentro da narina aberta. Dirija a
ponta para cima, na direção do canto interno do olho do paciente;
• Dependendo do tipo de medicamento que estiver administrando, peça ao
paciente para prender a respiração ou inalar. Em seguida, acione o
atomizador uma vez, rápida e firmemente, apenas o suficiente para que o
medicamento recubra a superfície interna do nariz. A aplicação de força
excessiva pode impelir o spray para dentro dos seios nasais e causar
cefaléia;
• Repita o procedimento na outra narina, de acordo com a prescrição;

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• Anote a data, hora em que foi aplicado o medicamento e as narinas usadas; o
nome, a quantidade do medicamento administrado e a tolerância do paciente
ao spray nasal.

Observações de Enfermagem:
Para a pulverização adequada, a ponta do atomizador deve ser colocada um
pouco, dentro da narina.

Administração de medicamento em aerossol nasal


O spray aerossol apresenta partículas menores do que o atomizador, e está
indicado para o tratamento dos pólipos nasais e áreas inflamadas. Podem ser
administradas doses pré-determinadas de medicamento usando um dispositivo
chamado turbinaire.

Executando a técnica:
Providenciar:
• Um spray de aerossol;
• Uma cuba rim;
• Lenços faciais;
• Luvas;
• Um travesseiro.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente;
• Lave as mãos;
• Demonstre como montar o dispositivo de aplicação do aerossol, colocando a
haste do cartucho com o medicamento no adaptador nasal plástico;
• Peça ao paciente para assoar o nariz suavemente, para remover o excesso
de muco. Enquanto isso agite bem o cartucho e retire a tampa de proteção da
ponta do adaptador;

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• Coloque as luvas. Em seguida, posicione a ponta do aplicador do aerossol
dentro da narina do paciente;
• Dependendo do medicamento que está sendo administrado, peça ao paciente
que prenda a respiração ou inale. Quando ele fizer isso, pressione firmemente
uma vez o cartucho e, em seguida, solte;
• Peça ao paciente que continue prendendo a respiração, ou inale por vários
segundos após a aplicação do medicamento;
• Tire a ponta do adaptador da narina do paciente e peça-lhe para exalar;
• Caso tenha sido prescrito, repita o procedimento;
• Diga ao paciente para não assoar o nariz por pelo menos dois minutos após o
procedimento;
• Lave os equipamentos, coloque a tampa de proteção e guarde o spray em um
saco plástico para mantê-lo limpo;
• Anote o nome, a quantidade do medicamento que você administrou, a data e
hora da administração e a(s) narina(s) tratada(s); a tolerância do paciente ao
aerossol e as instruções fornecidas ao paciente e aos familiares.

Observações de Enfermagem:
• Caso esteja introduzindo um cartucho de recarga, primeiramente, retire a
tampa plástica da haste;
• Lembre-se de usar luvas, principalmente se o paciente tiver secreção nasal
abundante;
• Instrua o paciente a manter a cabeça inclinada para trás por vários minutos
após a aplicação, para facilitar a permanência do medicamento no local;
• Oriente o paciente a relatar qualquer agravamento da irritação nasal,
sangramento, congestão nasal, cefaléias ou tonteira.

------------------FIM DO MÓDULO II-----------------

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respectivos autores
Curso de
Terapia Medicamentosa em
Pediatria

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO III

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA RETAL

Os medicamentos administrados pela via retal podem produzir efeitos locais


ou sistêmicos. Utiliza-se essa via nos casos dos pacientes inconscientes, vomitando
ou incapaz de deglutir; para preparo cirúrgico e diagnóstico, como também para
aliviar o intestino do conteúdo das fezes nos casos de constipação intestinal.
Os medicamentos administrados por esta via não irrita o TGI superior, como
alguns medicamentos orais. Na maioria das vezes, não são destruídos pelas
enzimas digestivas e intestinais e eles não sofrem a biotransformação no fígado, se
desviando do sistema porta, indo direto aos vasos que desembocam na veia cava
inferior. Quando penetra um pouco mais, o medicamento é absorvido por vasos que
drenam para a veia porta, sofrendo a primeira passagem pelo fígado.

Desvantagens:
ƒ Contra indicado em pacientes que apresentam distúrbios que afetam o TGI
(sangramento retal ou diarréia, devido absorção irregular ou incompleta);
ƒ A administração retal geralmente estimula o nervo vago através do esfíncter
anal, gerando um risco para os pacientes cardiopatas;
ƒ Pode irritar a mucosa retal;
ƒ Causar desconforto ou embaraço no paciente;
ƒ A absorção costuma ser irregular e incompleta.

Tipos de medicamentos mais utilizados por via retal:


ƒ Sólidos: supositórios;
ƒ Líquidos: clisteres ou enema;
Pomadas.

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Técnica de administração de supositório por via retal
Caracteriza-se por ser um objeto firme e no formato de um projétil, feito por
uma substância que se liquefaz em contato com a temperatura corporal, liberando o
medicamento no reto do paciente, sendo absorvido pela mucosa local.
Os supositórios têm tamanho variável, cerca de 4 cm para adultos ou
menos para crianças.

Contra indicação:
ƒ Não administre o medicamento em pacientes com inflamação local, nos casos
de arritmias cardíacas ou que sofreram infarto do miocárdio;
ƒ É contra indicado em paciente pós-cirurgia recente no reto, cólon ou próstata;
ƒ Não administre o medicamento em pacientes com dor abdominal não
diagnosticada. Nos quadros de apendicite, a peristalse causada pela
administração retal pode provocar o rompimento do apêndice.

Efeito local do supositório:


ƒ Alívio da dor e irritação local;
ƒ Tem ação adstringente;
ƒ Controla o prurido local;
ƒ Reduz a inflamação;
ƒ Estimula a defecação;
ƒ Lubrifica e limpa;
ƒ Alivia cólica e a flatulência;
ƒ Alivia náusea e vômitos.

Efeito sistêmico do supositório:


ƒ Reduz a febre;
ƒ Proporciona broncodilatação;
ƒ Promove sedação;
ƒ Promove tranqüilidade e relaxamento.

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Executando a técnica:
Providenciar:
ƒ O medicamento prescrito;
ƒ Várias compressas de gazes;
ƒ Luva descartável;
ƒ Um campo;
ƒ Lubrificante hidrossolúvel;
ƒ Uma comadre.

Executando a ação:
• Avalie o paciente;
• Oriente a mãe e o paciente sobre a necessidade do medicamento retal;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Proporcione privacidade;
• Coloque o paciente em decúbito lateral esquerdo na posição de Sims. Cubra-
o com lençóis, deixando expostas apenas as nádegas;
• Coloque um campo sob as nádegas para proteger as roupas de cama;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Retire o supositório da embalagem e aplique nele um lubrificante
hidrossolúvel;
• Usando a mão não-dominante, levante a nádega superior do paciente para
expor o ânus;
• Oriente o paciente a respirar várias vezes pela boca para relaxar o esfíncter
anal, reduzir a ansiedade e o desconforto durante o procedimento;
• Usando a mão dominante, introduza a extremidade afilada do supositório no
reto do paciente;
• Com o dedo indicador, direcione o supositório através da parede retal (para
que a membrana possa absorver o medicamento), por cerca de 8 cm ou no
comprimento do seu dedo, até que ultrapasse o esfíncter anal interno;

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• No caso de criança, introduza o supositório apenas até a primeira articulação
do seu dedo. Em lactentes, utilize o dedo mínimo para introduzir o
medicamento;
• Promova o conforto do paciente. Mantenha-o deitado tranqüilamente, e
oriente a retê-lo por um período de tempo;
• Em crianças menores, comprima as fáscias internas das nádegas com os
dedos, para reter o supositório no reto e ocorrer a absorção do medicamento;
• Um supositório administrado para aliviar a constipação intestinal deve ser
retido por pelo menos 20 minutos, para que seja eficaz;
• Após o período de tempo necessário ou limitado pelo paciente, coloque-o
sobre a comadre ou encaminhe ao banheiro para defecar;
• Registrar no prontuário as alterações e a resposta do paciente ao
procedimento. Checar na prescrição médica o medicamento e o horário de
administração.

Observações de Enfermagem:
Mantenha os supositórios retais no refrigerador, a fim de conservá-los firmes
e manter a eficácia do medicamento.

Aplicação de pomada anal


A aplicação de pomada anal tem como finalidade o tratamento de infecção
ou inflamação no ânus, servindo também para lubrificar e proteger a pele.

Executando a técnica:
Providenciar;
• Luvas;
• A pomada prescrita;
• Várias compressas de gaze.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;

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• Oriente a mãe e o paciente sobre o procedimento;
• Proporcione privacidade;
• Coloque o paciente em decúbito lateral, com os joelhos flexionados;
• Cubra-o com lençóis, deixando expostas apenas as nádegas;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Levante a nádega superior do paciente e inspecione o ânus;
• Aperte uma pequena quantidade de pomada sobre o seu dedo enluvado;
• Levante novamente a nádega superior do paciente e espalhe a pomada sobre
a área anal, usando o dedo ou uma compressa de gaze;
• Coloque uma compressa de gaze dobrada entre as nádegas do paciente para
absorver o excesso de pomada;
• Se necessário, aplique um curativo oclusivo para manter a pomada no local
ou para impedir que a pomada manche a roupa;
• Checar na papeleta do paciente o medicamento prescrito. Registrar a dose
fornecida, a data e a hora da administração, o aspecto do ânus antes da
aplicação da pomada.

Observações de Enfermagem:
Armazenar a pomada adequadamente.

Aplicação de pomada retal


As pomadas destinadas à aplicação no reto são consideradas de uso
interno, sendo absorvidas rapidamente, devido ao revestimento mucoso. Elas são
utilizadas para diminuir a inflamação ou tratar infecção do reto, aliviar a dor, reduzir a
febre ou tratar hemorróidas.

Executando a técnica:
Providenciar:
• Um lubrificante hidrossolúvel;
• O tubo de pomada prescrita e o aplicador;
• Luvas;

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• Várias compressas de gaze.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Oriente a mãe e o paciente sobre o procedimento;
• Proporcione privacidade;
• Coloque o paciente em decúbito lateral, com os joelhos flexionados;
• Cubra-o com lençóis, deixando expostas apenas as nádegas;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Levante a nádega superior do paciente e inspecione o ânus;
• Retire a tampa do tubo de pomada e prenda o aplicador no tubo;
• Aplique o lubrificante hidrossolúvel no aplicador;
• Com sua mão não-dominante, levante a nádega superior do paciente para
expor o ânus;
• Oriente o paciente a respirar profundamente pela boca para relaxar o
esfíncter anal e reduzir a ansiedade ou desconforto durante a inserção;
• Retire o aplicador e coloque uma compressa de gaze entre as nádegas do
paciente para absorver o excesso de pomada;
• Retire o aplicador do tubo, e tampe o tubo de pomada. Limpe o aplicador com
água e sabão;
• Checar na papeleta do paciente o medicamento prescrito. Registrar a dose
fornecida, a data e hora da administração, o aspecto do ânus antes da
aplicação da pomada.

Observações de Enfermagem:
Armazenar a pomada adequadamente.

Técnica de administração de enema retal medicamentoso


Consiste na administração de uma solução líquida no reto do paciente
durante um intervalo variável de tempo. É utilizado como preparo para

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procedimentos cirúrgicos, diagnósticos ou para aliviar a constipação intestinal, neste
caso pode ser usado um líquido não medicamentoso.
Alguns medicamentosos podem acompanhar os enemas como a lactulose,
que tem a função de acidificar o conteúdo colônico, diminuindo os níveis sangüíneos
de amônia. O medicamento prescrito pode ser administrado no líquido e ser utilizado
como enema de retenção, onde o líquido com medicamento fica retido no reto e no
cólon por 30 a 60 minutos, se possível, antes de ser eliminado. O enema de
retenção também pode ser utilizado como emoliente, a fim de aliviar o cólon
intestinal.
Os enemas distendem o cólon e estimulam os nervos das paredes retais,
aumentando a peristalse, conseqüentemente, poderá causar complicações nos
pacientes pós-cirúrgicos recentes do cólon ou do reto, infarto do miocárdio, com
arritmias cardíacas ou com dor abdominal não diagnosticada, podendo ser causada
por apendicite, com risco para rompimento do apêndice inflamado.

Efeito local do enema:


• Matam parasitas;
• Promove ação adstringente;
• Estimula a defecação;
• Limpa e lubrifica;
• Mata as bactérias;
• Reduz a inflamação.

Efeito sistêmico do enema:


• Reduz a febre;
• Promove a sedação;
• Anestesia;
• Fornece nutrição e hidratação.

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Avaliação de Enfermagem:
• Antes de iniciar o procedimento, verifique o padrão de eliminação do paciente.
O paciente com constipação intestinal pode precisar de um enema de limpeza
par evitar que as fezes interferiam na absorção do medicamento;
• Se o paciente tem fezes impactadas, o medicamento deve ser administrado
por outra via;
• Paciente com diarréia terá dificuldade para reter a solução no período
prescrito;
• Inspecione o ânus do paciente.

Técnica de administração de enema de retenção


Utilizado com o intuito de fornecer medicamentos, no qual o paciente deve
reter o líquido no reto ou no colón por 30 a 60 minutos, a fim de absorver o
medicamento. Também pode ser usado como emoliente para aliviar tecidos
colônicos irritados. A quantidade de volume de líquido empregado neste caso é
menor, utilizando um equipo menor, para criar menos pressão no reto do paciente e
tornar mais fácil a retenção do líquido.

Critérios utilizados no preparo do suprimento para enema de retenção:


• Adulto tubo retal n. 14 a 20 F. – inserir por 7,5 a 10 cm
• Escolar tubo retal n. 12 a 14 F. – inserir por 5,0 a 7,5 cm
• Pré-escolar tubo retal n. 12 a 14 F. – inserir por 3,8 a 5,0 cm
• Lactente tubo retal n. 12 F. – inserir por 2,5 a 3,8 cm

Volume de líquido administrado conforme a idade por via retal:


• Escolar 75 a 150 ml
• Adulto 150 a 200 ml

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Administração de enema de não-retenção ou lavagem intestinal:
Para o preparo do material e o procedimento a ser utilizado deve-se
considerar o medicamento prescrito, a idade, o tamanho e a condição do paciente. O
tamanho da criança supera a idade em termos de avaliação.

Critérios utilizados no preparo do suprimento para enema de não retenção:


• Adulto tubo retal n. 22 a 30 F. – inserir por 7,5 a 10 cm
• Escolar tubo retal n. 14 a 18 F. – inserir por 5,0 a 7,5 cm
• Pré-escolar tubo retal n. 12 a 14 F. – inserir por 3,8 a 5,0 cm
• Lactente tubo retal n. 12 F. – inserir por 2,5 a 3,8 cm

Volume de líquido administrado conforme a idade por via retal:


• Lactentes 150 a 250 ml
• Pré-escolar 250 a 350 ml
• Escolar 350 a 500 ml
• Adolescente 500 a 750 ml
• Adulto 750 a 1000 ml

Executando a técnica para enema medicamentoso:


Providenciar:
• Frasco de enema conforme a prescrição médica (kit de enema descartável);
• Luvas;
• Compressas de gazes 10 x 10;
• Comadre;
• Papel toalha;
• Campo;
• Lubrificante hidrossolúvel;
• Tubo adequado para idade.

Executando a ação:
• Avalie e oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento;

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• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a prescrição médica;
• Proporcione privacidade com o uso de um avental;
• Para minimizar peristalse, faça com que o paciente esvazie a bexiga e o reto
antes de começar;
• Explique ao paciente para reter o líquido no reto por um determinado intervalo
de tempo, para que o medicamento seja absorvido. Oriente para que relate
qualquer aumento nas cólicas ou na dor;
• Coloque o paciente em decúbito lateral esquerdo na posição de Sims ou,
quando necessário, em decúbito dorsal. Coloque um campo sob o paciente
para proteger as roupas de cama;
• Calce as luvas e retire a tampa do tubo retal;
• Verifique a quantidade de lubrificante no tubo e, se necessário, espalhe um
lubrificante hidrossolúvel sobre a compressa de gaze e mergulhe a
extremidade do tubo retal no lubrificante;
• Aperte suavemente o frasco do enema para expelir o ar;
• Com a mão não-dominante, levante a nádega superior do paciente para expor
o ânus;
• Diga ao paciente que respire fundo. Quando ele inspirar, introduza a ponta do
tubo dentro do reto;
• Para crianças acima de 11 anos, empurre o tubo por cerca de 10 cm. Para
crianças de 4 a 10 anos, empurre o tubo por cerca de 8 cm. Para crianças de
2 a 4 anos, avance o tubo por cerca de 5 cm. Para o lactente, avance o tubo
por cerca de 2,5 cm;
• Avance o tubo, obedecendo aos critérios mencionados acima, relacionado à
idade do paciente;
• Aperte o frasco da solução até que ele esvazie. Retire o tubo retal, jogue o
frasco, assim como os materiais descartáveis utilizados no procedimento.

Observações de Enfermagem:
• Registrar no prontuário as alterações e resposta do paciente, checar o horário
e o medicamento prescrito e o volume de líquido instilado;

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• Proceder às orientações verbais e por escrito, no caso do paciente dar
continuidade no tratamento em casa.

Auto-aplicação do enema:
• Oriente o paciente a administrar o enema pela manhã, para não precisar ir ao
banheiro à noite. Ficar próximo ao vaso sanitário;
• Lave as mãos. Abra a embalagem de enema descartável (marca prescrita
pelo médico) e leia cuidadosamente a instruções;
• Segure o frasco de enema em posição ereta, segurando a capa sulcada do
frasco com os dedos. Retire delicadamente a tampa protetora com a outra
mão;
• Deite-se na cama sobre o lado esquerdo com o joelho direito flexionado, esta
posição ajuda a solução do enema fluir para o cólon. Coloque uma toalha ou
um campo sob as nádegas, para manter a cama seca;
• Se preferir você poderá usar a posição joelho tórax;
• Introduza suavemente a extremidade do frasco do enema cerca de dez
centímetros no reto. Faça respiração lenta e profunda, à medida que você
aperta lentamente o frasco para esvaziar a solução no reto. Quando o frasco
estiver vazio retire a extremidade do reto;
• Como seu cólon está cheio, você irá sentir uma vontade imediata de defecar,
tente resistir à vontade. Mantenha a solução no reto e no colón por 2 a 5
minutos para um enema de limpeza e durante o maior intervalo de tempo
possível para um enema oleoso de retenção. Em seguida, elimine a solução
no vaso sanitário;
• Depois de defecar, limpe cuidadosamente a região anal. Depois disso,
coloque o frasco de enema usado em sua caixa individual. Descarte a caixa, o
campo e de todos os outros itens descartados.

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO VAGINAL

Os medicamentos de uso vaginal são apresentados sob a forma de cremes,


supositórios, gel, pomadas e soluções, sendo administrados através de um aplicador
que vem acompanhando o produto. Estes medicamentos são usados para tratar
infecções causadas por trichomonas vaginalis e candidíase, processo inflamatório,
ou para evitar a concepção. Em contato com a mucosa vaginal, difundem-se
rapidamente, aumentado sua eficácia quando a paciente puder permanecer deitada
a fim de reter o medicamento.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito com aplicador, se necessário;
• Lubrificante hidrossolúvel;
• Luvas;
• Um absorvente;
• Uma toalha absorvente;
• Um campo e um cobertor;
• Bolas de algodão;
• Compressas de gaze;
• Toalha de papel;
• Água e sabão.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Oriente a mãe e o paciente sobre o procedimento;
• Proporcione privacidade;
• Peça a paciente para urinar;
• Auxilie a paciente a ficar em posição de litotomia;
• Cubra suas nádegas com o campo e as pernas com a coberta, expondo
apenas o períneo;

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• Lave as mãos e calce as luvas;
• Aperte uma pequena parte do lubrificante hidrossolúvel sobre a compressa de
gaze;
• Desembale o supositório e cubra-o com o lubrificante;
• No caso do medicamento ser um gel ou espuma, encha o aplicador conforme
a prescrição e lubrifique sua extremidade com o lubrificante hidrossolúvel;
• A seguir, separe os lábios vaginais da paciente;
• Avalie a períneo da paciente, na presença de escoriação, suspenda a
aplicação e comunique o médico;
• Na presença de secreção, lave o local utilizando bolas de algodão
umedecidas com água morna e sabão, na técnica correta;
• Com os grandes lábios separados, introduza a extremidade arredondada do
supositório na vagina, empurrando-o cerca de 8 a 10 cm (ou mais) ao longo
da parede posterior da vagina;
• No caso do uso do aplicador, com a mão dominante introduza-o cerca de 5
cm na vagina da paciente, direcionando inicialmente o aplicador para baixo,
no sentido da coluna vertebral da paciente e, em seguida, para trás no sentido
do colo;
• Pressione o êmbolo até liberar por completo o medicamento no aplicador;
• Retire o aplicador e coloque-o sobre a toalha de papel para evitar
disseminação de microorganismos;
• Oriente a paciente a permanecer deitada por cerca de 5 a 10 minutos com os
joelhos flexionados, para ocorrer a absorção do medicamento e permitir que
flua até o fórnix posterior;
• No caso de supositório, a paciente deve permanecer deitada por cerca de 30
minutos, a fim de possibilitar que o supositório derreta;
• Oriente a paciente a usar um absorvente a fim de impedir que sua roupa
íntima ou roupa de cama fiquem manchadas;
• Lave o aplicador com água e sabão e guarde-o em local apropriado ou
descarte-o conforme padronização da instituição;

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• Cheque o medicamento na papeleta do paciente. Registre a data, hora e o
método de administração do medicamento; a coloração e a consistência da
secreção vaginal se houver os efeitos adversos ao medicamento, e a
tolerância do paciente ao procedimento.

Observações de Enfermagem:
ƒ Oriente a paciente a não usar tampão vaginal após a aplicação do
medicamento, para impedir a sua absorção e diminuir a eficácia do
medicamento;
ƒ Procure administrar o medicamento na hora de dormir, quando a
paciente estiver deitada;
ƒ Mantenha o gel, o supositório e a espuma de uso vaginal sob
refrigeração, para evitar que derretam.

Realização de irrigação vaginal


Consiste na aplicação de ducha na vagina com a instilação de líquido sob
baixa pressão. Sua finalidade é lavar a vagina a fim de remover uma substância
ofensiva ou irritante, reduzir a inflamação ou evitar a infecção.
A maioria dos produtos usados para irrigação vaginal já vem preparados
comercialmente acompanhados por um bico de inserção, devendo a solução ser
aquecida a 40,0 graus para adultos e 37,0 graus para crianças antes de utilizá-la.

Executando a técnica:
Providenciar:
ƒ Um frasco de irrigação com um bico ou dispositivo de irrigação vaginal (que
inclui um bico, o equipo com um clampe e um recipiente para a solução);
ƒ Lubrificante hidrossolúvel;
ƒ Luvas;
ƒ Um absorvente;
ƒ Uma toalha absorvente;
ƒ Um campo e um cobertor;

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus
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ƒ Uma comadre;
ƒ Um suporte de soro;
ƒ Toalha de papel.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Oriente a mãe e o paciente sobre o procedimento;
• Proporcione privacidade;
• Auxilie a paciente a ficar em posição de litotomia;
• Coloque a paciente sobre a comadre com um travesseiro ou um cobertor
enrolado sustentando a região lombar da paciente;
• Prenda a extremidade do bico no frasco de irrigação, se necessário;
• Retire a capa de proteção, e aperte suavemente o frasco para verificar sua
permeabilidade;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Separe os grandes lábios da paciente e examine o períneo se há presença de
escoriação, suspenda aplicação e comunique o médico;
• Na ausência de lesão ou escoriação, introduza a extremidade do bico, cerca
de 5 cm na vagina da paciente, direcionando inicialmente, para baixo, no
sentido da coluna vertebral da paciente e, em seguida, para trás no sentido
do colo;
• Aperte o frasco para instilar a solução dentro da vagina da paciente. A
solução deve retornar livremente para a comadre;
• No caso de estar usando um dispositivo de irrigação, clampeie o equipo de
irrigação, pendure o frasco da solução em um suporte de soro à altura de 30
cm da vagina da paciente, permitindo que o líquido flua sem lesionar o
revestimento vaginal;
• Encha o frasco da solução com o volume e a solução prescrita;
• Mantenha o bico sobre a comadre, abra o clampe do equipo e preencha-o
com a solução para retirar o ar e umedecer a extremidade do bico;
• Deixe que a solução flua sobre o períneo para lavá-lo e umedecer a área;

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• Clampeie o equipo;
• Com a mão não-dominante separe os grandes lábios da paciente, e com a
mão dominante insira o bico na vagina da paciente, direcionando-o no sentido
do sacro, empurrando-o cuidadosamente por 7,5 a 10 cm na vagina;
• Abra o clampe e deixe que a solução flua livremente para a vagina da
paciente. Gire o bico várias vezes para irrigar todas as áreas da vagina;
• Retire a comadre e seque a região do períneo com uma toalha. Oriente a
paciente a usar um absorvente, a fim de evitar que suje as roupas íntimas e
de cama;
• Descarte o equipamento de irrigação em local apropriado e retire as luvas;
• Auxilie a paciente a retornar a uma posição confortável;
• Cheque o medicamento na papeleta do paciente. Registre a data e hora em
que administrou o medicamento; a coloração e a consistência da secreção
vaginal, a coloração e o odor do irrigante depois da instilação; os efeitos
adversos à irrigação e a tolerância do paciente ao procedimento.

Observações de Enfermagem:
• Oriente a paciente não usar tampão vaginal após usar a solução de irrigação,
a fim de impedir a sua absorção e diminuir a eficácia do medicamento;
• A melhor hora para fazer a irrigação seria antes de dormir, pois possibilita que
a paciente permaneça deitada;
• Refrigere os irrigantes vaginais de acordo com a indicação na embalagem;
• Se a paciente queixa-se de cólica, reduza a velocidade do fluxo do irrigante;
• No ambiente hospitalar serão usadas técnicas estéreis.

ADMINISTRAÇÃO POR VIA INALATÓRIA E ENDOTRAQUEAL

Este método utiliza o trato respiratório para transportar o medicamento


através da inalação ou da administração direta para dentro da árvore respiratória
através do tubo endotraqueal. O medicamento, depois de inalado ou infundido, se
move para dentro dos brônquios e, em seguida, atinge os alvéolos do paciente,

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sendo difundidos para os capilares pulmonares. Os medicamentos fornecidos
através da via respiratória podem produzir efeitos locais ou sistêmicos.
Os aparelhos comumente utilizados para fornecer medicamentos para o
trato respiratório incluem os inaladores manuais (com ou sem dispositivos especiais,
como as câmaras de manutenção), os nebulizadores e os aparelhos que suportam a
respiração com pressão positiva intermitente (RPPI).

Administração através de inalador com dose graduada


O medicamento é fornecido através de um inalador utilizado para disparar a
liberação de doses graduadas do medicamento em aerossol a partir de um
recipiente, que vai estar inserido dentro do inalador. Em seguida, o paciente pode
inalar a névoa fina, atingindo profundamente os seus pulmões. Os medicamentos
comumente utilizados neste método de tratamento são os broncodilatadores ou
corticóides.

Executando a técnica:
Providenciar:
• Um inalador com dose graduada;
• O medicamento prescrito e soro fisiológico normal.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Agite o recipiente do inalador;
• Retire a tampa do recipiente, vire-o de cabeça para baixo e introduza o bico
no pequeno orifício localizado na parte achatada do bocal;
• Peça ao paciente para expirar, e então introduza cerca de 2,5 cm da parte
anterior do inalador na boca do paciente;
• Peça ao paciente para inalar lentamente pela boca até que sinta o pulmão
cheio;
• Quando ele começar a inalar, comprima (apenas uma vez) o recipiente do
medicamento para dentro da estrutura plástica do inalador para liberar uma

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dose graduada do medicamento;
• Peça ao paciente para prender a respiração por alguns segundos, a seguir,
oriente-o a expirar lentamente, pelos lábios franzidos, como se estivesse
assobiando. A realização dessa conduta produz pressão retrógrada, ajudando
a manter os bronquíolos abertos, aumentando a absorção e a difusão do
medicamento;
• Oriente o paciente para lavar a boca e fazer gargarejo com soro fisiológico ou
água, a fim de remover o medicamento da boca e parte posterior da faringe.
Essa etapa ajuda a evitar infecções fúngicas orais. Após gargarejar, não deve
engolir, mas cuspir o líquido;
• Anote a data e a hora, o medicamento administrado e a resposta do paciente
ao tratamento. Registre os sinais vitais; os ruídos respiratórios antes e após o
tratamento; a quantidade, a coloração e a consistência do escarro produzido;
quaisquer complicações e as ações de enfermagem empreendidas.

Observações de Enfermagem:
• Quando o paciente não consegue coordenar os movimentos para inalar o
medicamento logo que você o libera, pode ser preciso colocar um espaçador
ou uma câmara de manutenção no inalador;
• Alguns broncodilatadores inalados podem provocar agitação, palpitações,
nervosismo e reações de hipersensibilidade, como exantema, urticária ou
broncoespasmo;
• Administre os broncodilatadores com cautela a pacientes com cardiopatia,
porque esses medicamentos podem provocar insuficiência coronariana,
arritmias cardíacas ou hipertensão. Se ocorrer o broncospasmo paradoxal,
interrompa o medicamento e chame um médico. Quando o paciente recebe
um corticosteróide inalatório, observe para evidências de rouquidão ou
infecção fúngica na boca ou na faringe;
• Ensine ao paciente como utilizar o inalador, de modo que ele possa continuar
a terapia medicamentosa em casa, se necessário. Advirta-o contra o uso do
inalador com freqüência superior àquela prescrita pelo médico; essa atitude

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pode fazer com que o medicamento perca a sua eficácia;
• Oriente o paciente a registrar a data, hora de cada dose e a sua resposta a
ela. Esse registro o ajudará saber a quantidade de doses existentes no frasco
do medicamento. Se ele não puder manter esse registro com exatidão,
ensine-o sobre como estimar a quantidade do medicamento que ainda resta
no recipiente. Alguns recipientes já vêm com um contador de doses acoplado;
• Recomende ao paciente lavar a boca após o uso do inalador, a fim de
prevenir infecção fúngica oral;
• Caso a falta de ar se agrave, o medicamento se torne menos eficiente ou se
desenvolve palpitações, nervosismo ou reações de hipersensibilidade, como
um exantema, deverá ser orientado a procurar o médico;
• No caso de tratamento com broncodilatador e corticosteróide, oriente o
paciente a inalar o broncodilatador 5 minutos antes do corticosteróide, a fim
de manter seus brônquios mais permeáveis antes de tomar o corticosteróide;
• Oriente o paciente que aguarde pelo menos 1 minuto entre as doses de um
único medicamento inalado;
• Oriente o paciente sobre a importância de trazer consigo um cartão de
identificação médica, informando a necessidade do uso de corticosteróides
suplementares durante o estresse ou uma crise asmática grave.

Administração com uso de câmara de manutenção


A câmara de manutenção, também chamada de espaçador, é afixada no
bocal do inalador, e serve para avaliar se o paciente recebeu toda a dose do
medicamento durante a inalação.

Executando a técnica:
Providenciar:
• Um inalador de dose graduada;
• A câmara de manutenção;
• O medicamento prescrito;
• Soro fisiológico normal.

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Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Agite o recipiente do inalador;
• Retire a tampa do recipiente, vire o frasco de cabeça para baixo e introduza-o
no pequeno orifício na porção achatada do bocal do inalador;
• Coloque a extremidade do bocal dentro da abertura na câmara de
manutenção e torça o dispositivo para travá-lo na posição;
• Segure o inalador diante da boca do paciente. Peça ao paciente que expire e,
em seguida, posicione os lábios firmemente ao redor do bocal da câmara de
manutenção;
• Comprima o recipiente para dentro do inalador, uma só vez, para liberar uma
borrifada do medicamento;
• Recomende ao paciente para inalar lenta e profundamente. Quando a câmara
de manutenção tem uma bolsa, ela deverá colabar por completo;
• Atenção: Se o paciente inalar muito rapidamente, o dispositivo fará um som
de assovio. Deverá inalar lenta e profundamente;
• Oriente o paciente a manter os lábios ao redor do bocal da câmara de
manutenção, prenda a respiração por 5 a 10 segundos e, em seguida, expire
lentamente para dentro da câmara de manutenção, e novamente, inspire e
expire lentamente;
• Se o médico prescreveu duas borrifadas do medicamento, aguarde 1 a 2
minutos e, em seguida, repita todo o procedimento;
• Oriente o paciente a lavar a boca e gargarejar com água ou soro fisiológico e,
em seguida, cuspir o líquido para remover o medicamento da boca e da parte
posterior da faringe, a fim de evitar infecções fúngicas orais;
• Desconecte a câmara de manutenção do inalador, e lave-a com sabão e água
quente, enxágüe-a e deixe-a secar. Guarde em local apropriado;
• Anote a data, hora, o medicamento administrado e a resposta do paciente ao
tratamento com inalador. Registre os sinais vitais e os sons respiratórios,
antes e depois do tratamento; a quantidade, a coloração e a consistência do
escarro produzido e demais complicações; as ações e orientações de

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enfermagem aplicadas.

Observações de Enfermagem:
• Alguns inaladores podem provocar agitação, palpitações, nervosismo e
reações de hipersensibilidade, como exantema, urticária ou broncospasmo;
• Administre broncodilatadores com cautela aos pacientes com cardiopatia,
porque esses medicamentos podem provocar insuficiência coronariana,
arritmias cardíacas ou hipertensão. Se ocorrer broncospasmo paradoxal,
interrompa o medicamento e chame um médico. Quando o paciente recebe
um corticosteróide inalatório, observe para evidências de rouquidão ou
infecção fúngica na boca ou na faringe;
• Advirta o paciente para não usar o inalador com freqüência superior àquela
prescrita pelo médico; essa atitude pode fazer com que o medicamento perca
a eficácia;
• Oriente o paciente a registrar a data e hora de cada dose e sua reação à
terapia. Esse registro o ajudará a manter o controle da quantidade de doses
existentes no recipiente de medicamento e saber a dose exata que lhe causa
alívio dos sintomas;
• Se ocorrer piora da falta de ar, o medicamento se tornar menos eficaz ou se
desenvolver palpitações, nervosismo ou reações de hipersensibilidade, como
um exantema, deverá comunicar o médico;
• No caso de tratamento com broncodilatador e corticosteróide, oriente o
paciente a inalar o broncodilatador 5 minutos antes do corticosteróide, a fim
de manter seus brônquios mais permeáveis antes de tomar o corticosteróide;
• Se o médico prescreveu duas borrifadas do medicamento, oriente o paciente
que aguarde 1 a 2 minutos e repita todo o procedimento;
• Oriente o paciente sobre a importância de trazer consigo um cartão de
identificação médica, informando a necessidade do uso de corticosteróides
suplementares durante o estresse ou uma crise asmática grave.

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Administração de medicamentos com uso de nebulizador
O nebulizador é um aparelho que utiliza ar comprimido para converter os
medicamentos em um fino aerossol para inalação. É comumente utilizado para
administrar medicamentos como broncodilatadores, antibióticos e mucolíticos. Se o
paciente estiver respirando por si, o mais provável é que ele utilize um nebulizador
manual, de pequeno volume. Se estiver em ventilação mecânica, será utilizado um
nebulizador em linha (grande volume - jato venturi) para fornecer-lhe o tratamento
medicamentoso.

Terapia com uso de nebulizador de pequeno volume


Este tipo de nebulizador (ultrassônico) utiliza ondas sonoras de alta
freqüência para criar uma névoa de aerossol.

Vantagens:
• Fornece umidade a 100%;
• Fluidifica as secreções;
• Cerca de 20% de suas partículas atingem as vias aéreas inferiores.

Desvantagens:
• Pode provocar broncoespasmo nos pacientes asmáticos;
• Lactentes apresentam risco aumentado de hidratação excessiva.

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Executando a técnica:
Providenciar:
• Uma fonte de ar comprimido;
• Um fluxômetro ou um compressor de ar medicinal;
• Tubo de oxigênio;
• O medicamento prescrito;
• O nebulizador com um bocal;
• Soro fisiológico.

Executando ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente e oriente-o que o nebulizador costuma
produzir sons de estalido e sopro;
• Verifique os sinais vitais do paciente e ausculte seus ruídos respiratórios;
• Oriente ou auxilie o paciente a sentar-se ereto em uma cadeira ou em posição
semi-Fowler, para promover a expansão pulmonar e a dispersão do aerossol;
• Lave as mãos;
• Coque a dose prescrita do medicamento no copo do nebulizador, acrescente
a quantidade prescrita de soro fisiológico. Prenda o bocal ou máscara;
• Prenda o nebulizador no fluxômetro ou compressor de ar. Em seguida, ajuste
o fluxo para 6 a 8 litros por minuto. (Os compressores de ar são previamente
calculados, em nível interno, para 8 litros por minuto);
• Oriente o paciente a fazer respirações uniformes e lentas até o término do
medicamento;
• A inalação dura cerca de 15 minutos, permaneça com o paciente e verifique
seus sinais vitais para detectar quaisquer reações adversas ao medicamento;
• Estimule o paciente a tossir e expectorar e, se necessário, aspire-o;
• Faça com que o paciente lave a boca e faça gargarejos com soro fisiológico
ou com água e, em seguida, cuspa o líquido a fim de remover o medicamento
da boca e da faringe a fim de prevenir infecção fúngica oral;
• Troque o copo do nebulizador e o equipo de acordo com a política da

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instituição, para evitar proliferação bacteriana.

Terapia com uso de nebulizador em linha


O nebulizador de grande volume fornece umidade fria ou aquecida a um
paciente cuja via respiratória superior foi desviada por intubação endotraqueal, por
traqueostomia ou foi recentemente extubado.

Vantagens:
• Fornece umidade a 100% com dispositivo frio ou aquecido;
• Fornece oxigênio e terapia em aerossol;
• Pode ser utilizado para terapia de longo prazo.

Desvantagens:
• As unidades reutilizáveis aumentam o risco de proliferação bacteriana;
• O condensado pode coletar-se no equipo calibroso;
• Se o nível de água não for corretamente mantido no reservatório, a respiração
do ar quente e seco pode resultar em irritação da mucosa;
• Os lactentes apresentam risco aumentado de hidratação excessiva pela
névoa.

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Executando a técnica:
Providenciar:
• Uma fonte de ar comprimido;
• Um fluxômetro ou um compressor de ar medicinal;
• Tubo de oxigênio;
• O medicamento prescrito;
• O nebulizador com um bocal;
• Soro fisiológico.

Executando a ação:
• Certifique-se de que o nebulizador esteja localizado na saída inspiratória do
circuito de ventilação, o mais próximo possível do tubo endotraqueal do
paciente;
• Providencie o medicamento e o diluente prescrito, retire o copo do
nebulizador, injete rapidamente o medicamento e, em seguida, reposicione o
copo. Ligue o nebulizador no local apropriado no ventilador;
• A nebulização dura cerca de 15 minutos, permaneça com o paciente, verifique
seus sinais vitais para detectar quaisquer reações adversas ao medicamento;
• Estimule o paciente a tossir e expectorar e aspire-o se necessário;
• Faça ausculta pulmonar, para avaliar a eficácia do tratamento;
• Anote a data, hora e a duração da terapia; o tipo e a quantidade do
medicamento administrado; a resposta do paciente ao tratamento; a fração de
oxigênio inspirada ou o fluxo de oxigênio, quando administrado. Verifique os
sinais vitais e ausculte os ruídos respiratórios do paciente antes e depois do
tratamento; a quantidade, coloração e a consistência do escarro produzido e
as ações de enfermagem empreendidas.

Observações de Enfermagem:
• Os medicamentos fornecidos por nebulizador podem causar reações
adversas, como taquicardia, hipertensão, palpitações, tremores ou reações de
hipersensibilidade, incluindo exantema e urticária. O equipamento

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contaminado pode ser veículo para germes patogênicos e causar infecção
hospitalar;
• Se o paciente vai usar um nebulizador de pequeno volume em casa, deve ser
orientado, para que não use o aparelho a uma freqüência superior àquela
prescrita pelo médico, pois, do contrário, o medicamento pode perder a
eficácia ou provocar efeitos adversos desconfortáveis.

Orientações ao paciente no caso de tratamento em casa:


• Deverá registrar a data de cada tratamento e sua resposta a ele;
• Lavar a boca após o uso do nebulizador e cuspir, em seguida, a fim de evitar
infecção fúngica oral;
• Caso a falta de ar se agrave, se o medicamento está menos eficaz, se
desenvolver palpitações, nervosismo e reações de hipersensibilidade, deverá
procurar auxílio médico;
• Se estiver recebendo mais de um medicamento, deve aguardar pelo menos 5
minutos entre uma nebulização e outra;
• No caso de tratamento com broncodilatador e corticosteróide, oriente o
paciente a inalar o broncodilatador 5 minutos antes do corticosteróide, a fim
de manter seus brônquios mais permeáveis antes de tomar o corticosteróide.

Terapia respiratória com pressão positiva intermitente (RPPI)


A RPPI é um tipo de tratamento com nebulizador, que fornece o ar ambiente
ou o oxigênio para os pulmões a uma pressão mais elevada que a pressão
atmosférica. A terapêutica cessa quando a pressão nos pulmões do paciente ou no
tubo do circuito de respiração aumenta até um nível determinado.
Há tempos atrás, muitos acreditavam que a RPPI liberava os medicamentos
aerossolizados mais profundamente nos pulmões do que outro tratamento e
diminuía o trabalho da respiração e ajudava a mobilizar secreções. Hoje, sabe-se
que a RPPI não oferece vantagem sobre um nebulizador manual em um paciente
que consegue fazer respirações profundas. Porém, é muito importante para os
pacientes que não conseguem respirar profundamente devido à dor, à fraqueza

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muscular ou doença pulmonar resistente. Podendo, este tipo de tratamento, ser
realizado em casa.
Atenção: Embora insufle facilmente os alvéolos saudáveis, a RPPI apresenta
pouco efeito sobre os alvéolos com paredes espessadas ou que estejam obstruídos
e que apresentam dificuldade de insuflar, devendo ser acompanhados por
profissionais capacitados.
Depois de colocar o medicamento no copo do nebulizador, o paciente coloca
o bocal na boca. Em seguida, liga a máquina, ajusta a taxa de fluxo apropriada e
respira lenta e profundamente pela boca. Uma válvula de expiração no bocal permite
que o ar expirado escape durante o tratamento.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O aparelho de RPPI;
• Equipo do circuito de respiração ou um bocal e grampos nasais;
• Uma fonte de ar comprimido a 50 psi, se necessário;
• O medicamento prescrito;
• Fonte de oxigênio, quando desejado;
• Tecidos faciais;
• Um copo de amostra;
• Equipamento de aspiração, quando necessário.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente e acompanhante, solicite a cooperação
de ambos. Avise que o aparelho poderá fazer ruídos de estalidos e suspiro;
• Oriente ou auxilie o paciente a sentar-se ereto, se possível, ou mantenha-o
em decúbito semi-fowler, para promover expansão pulmonar;
• Lave as mãos;

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• Verifique a pressão arterial e a freqüência cardíaca do paciente,
principalmente se estiver administrando um broncodilatador. Ausculte os sons
respiratórios do paciente, antes e depois do tratamento;
• Coloque o medicamento prescrito no copo do nebulizador e acrescente a
quantidade prescrita de soro fisiológico normal ou de água destilada. Fixe o
bocal ou máscara;
• Peça ao paciente que respire fundo e lentamente pelos lábios franzidos, como
se estivesse sugando um canudo. Advirta-o a deixar que o aparelho encha
seus pulmões de ar;
• Depois de cada inalação plena, diga ao paciente para prender a respiração
por alguns segundos. Essa atitude distribui o gás e o medicamento de
maneira mais completa. Em seguida, peça a ele que expire normalmente;
• Verifique a PA e a FC do paciente durante o tratamento, porque a RPPI
aumenta a pressão intratorácica e pode, temporariamente, diminuir o débito
cardíaco e o retomo venoso e, conseqüentemente, poderá desenvolver
taquicardia, hipotensão ou uma cefaléia;
• Avalie a reação do paciente ao broncodilatador. Se ocorrer alteração súbita
da PA e a FC aumentar em 20 ou mais batimentos por minuto, interrompa o
tratamento e notifique ao médico;
• Se o paciente estiver tolerando bem, prossiga o tratamento, até o término do
medicamento no nebulizador, em geral cerca de 15 minutos;
• Após o término do tratamento, ou se necessário, peça ao paciente para tossir
e expectorar em um pano ou copo de amostragem. Aspire-o se necessário;
• Faça a ausculta pulmonar e observe a presença de ruídos respiratórios;
• Faça com que o paciente lave a boca e gargareje com soro fisiológico ou com
água e cuspa em seguida, a fim de prevenir infecção fúngica oral;
• Sacuda o excesso de umidade do nebulizador e do bocal ou máscara. Limpe
o dispositivo de acordo com as instruções do fabricante e a política da
instituição;
• Anote a data e hora, o medicamento administrado e a resposta do paciente ao
tratamento com RPPI. Registre os sinais vitais do paciente; os ruídos

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respiratórios antes e depois do tratamento; a quantidade, a coloração e a
consistência do escarro produzido; quaisquer complicações; e as ações de
enfermagem empregadas.

Observações de Enfermagem:
• Quando possível, evite administrar um tratamento com RPPI exatamente
antes ou depois de uma refeição, pois poderia gerar náuseas no paciente;
• Se o paciente usa prótese dentária, deixe-a, se possível, no local, porque ela
ajuda a garantir uma seladura apropriada. No entanto, se ela sair da posição
durante o tratamento, você terá de retirá-Ia;
• Quando o paciente apresenta uma via respiratória artificial, use um adaptador
especial - como um equipo de ventilação mecânica - para fornecer os
tratamentos com RPPI;
• Quando se utiliza uma máscara para administrar o tratamento, proporcione ao
paciente período freqüente de repouso e avalie a presença de distensão
gástrica.

Orientações ao paciente:
• Se a falta de ar se agravar, se o medicamento se tomar menos eficaz ou se
desenvolver palpitações, nervosismo ou reação de hipersensibilidade, como
um exantema, ligar para o médico;
• No caso de tratamento com broncodilatador e corticosteróide, oriente o
paciente a inalar o broncodilatador 5 minutos antes do corticosteróide, a fim
de manter seus brônquios mais permeáveis antes de tomar o corticosteróide.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR TUBO ENDOTRAQUEAL

Este tipo de procedimento é utilizado nos casos de emergência, quando o


paciente está em risco de vida e não tem um acesso venoso puncionado, e só
devem ser realizados sob prescrição e na presença do médico. Determinados
medicamentos diluídos poderão ser administrados diretamente na árvore

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respiratória, através de um tubo endotraqueal, sendo esta via utilizada até que o
acesso venoso se tome disponível. A administração endotraqueal permite que a
reanimação prossiga sem interrupção, sendo que ela evita os riscos de
administração intracardíaca, como a laceração da artéria coronária, tamponamento
cardíaco e pneumotórax.
Os medicamentos fornecidos pelo tubo endotraqueal fazem efeito mais
rápido do que aqueles fornecidos por injeção intramuscular, pois, a árvore brônquica
proporciona uma grande área de superfície para a absorção do medicamento. A
circulação pulmonar impulsiona o sangue para o lado esquerdo do coração,
garantindo a disseminação rápida do medicamento.
A ação desses medicamentos tende a ser mais duradoura do que quando
administrados por via endovenosa, devido à absorção ser sustentada nos alvéolos,
em um fenômeno conhecido como efeito de deposição, neste caso deve ser
avaliado o ajuste das doses repetidas e das infusões contínuas para evitar reações
adversas.

Medicamentos administrados pelo tubo endotraqueal


Há quatro medicamentos que podem ser administrados através do tubo
endotraqueal e para facilitar a memorização, utilize o processo mnemônico NAVEL.
Cada letra representa a primeira letra de um medicamento que pode ser
administrado por essa via:
• Narcan, um opiáceo antagonista;
• Atropina, um antiarrítmico que acelera os batimentos cardíacos;
• Valium, um benzodiazepínico indicado para tratar convulsões;
• Epinefrina (adrenalina), um medicamento de classe I empregado para
restabelecer o ritmo cardíaco;
• Lidocaína, um antiarrítmico usado para tratar certas arritmias ventriculares,
como a taquicardia ventricular sem pulso e a fibrilação ventricular.

A American Heart Association (AHA) recomenda que a dose dessas drogas


administradas por via endotraqueal seja considerada a dose mínima da droga:

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• Atropina: 0,02 mg/kg;
• Lidocaína: 1mg/kg;
• Adrenalina: 0,1mg/kg na concentração 1:1000.

Durante a reanimação neonatal, recomenda-se o uso de uma solução de


1:10.000 de adrenalina na dose de 0,1mg/kg para administração endotraqueal.
Pode ser necessário duplicar ou triplicar a dose inicial do medicamento,
porque os níveis sangüíneos máximos da adrenalina administrada por essa via eram
menores do que o nível sangüíneo máximo atingido com a administração EV.
Uma droga administrada por essa via deve ser 2 a 2,5 vezes a dose
recomendada para via EV. Diluir o medicamento em 10 ml de água destilada ou
SF0, 9%, conforme orientação.
Os medicamentos administrados pela via endotraqueal devem alcançar a
árvore brônquica através do tubo endotraqueal, devendo as drogas ser diluídas a um
volume mínimo de 3 a 5 ml com SF0,9% e depois instilada no tubo, e em seguida
realizar várias respirações com o ventilador manual para facilitar a distribuição da
droga na árvore traqueobrônquica.
Os medicamentos fornecidos por esta via fazem efeito mais rápido do que os
fornecidos por injeção IM.
A circulação pulmonar impulsiona o sangue para o lado esquerdo do
coração, garantindo a disseminação rápida do medicamento.
Lembrar que as drogas fornecidas por essa via têm ação mais duradouras
do que na administração EV, porque a absorção é sustentada nos alvéolos
conhecidos como efeito de deposição.
Os medicamentos são administrados por médico ou enfermeira, que
conhece a técnica de administração, o medicamento e os efeitos colaterais.
Avaliar alterações de sinais vitais, saturação de O2 e do estado
hemodinâmico, após a administração do medicamento.

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Executando a técnica:
Providenciar:
• Luvas;
• Óculos de proteção;
• Um estetoscópio;
• Um ambu de reanimação manual;
• O medicamento prescrito;
• Uma seringa com agulha;
• Água destilada ou soro fisiológico normal para a injeção, conforme prescrito.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Coloque todos os equipamentos necessários ao lado do leito do paciente;
• Quando possível, explique o procedimento ao paciente;
• Calcule a dose do medicamento;
• Atenção: Uma dose de medicamento administrada por um tubo endotraqueal
deve ser 2 a 2,5 vezes a dose venosa recomendada;
• Dilua o medicamento em 10 ml de água destilada ou soro fisiológico normal
para a injeção, conforme orientação;
• Coloque o paciente em posição de decúbito dorsal, de modo que a cabeça
fique nivelada ou um pouco mais elevada que o tronco;
• Lave as mãos, calce as luvas e coloque os óculos;
• Ausculte os pulmões do paciente com um estetoscópio, enquanto você ventila
manualmente com um ventilador manual (ambu) de reanimação para verificar
o posicionamento correto do tubo endotraqueal;
• Após confirmar o posicionamento correto do tubo, faça de 3 a 5 ventilações
com o reanimador manual, a seguir, retire o ventilador do tubo endotraqueal;
• Retire a agulha da seringa e introduza a extremidade da seringa dentro do
tubo endotraqueal. Instile rapidamente o medicamento no tubo;
• Coloque o polegar sobre o tubo durante, um breve intervalo, para minimizar o
refluxo do medicamento;

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• Conecte o ventilador manual de reanimação ao tubo endotraqueal e faça de 5
a 6 ventilações rápidas no paciente, a fim de impulsionar o medicamento para
dentro dos pulmões, com isso será fornecido oxigênio adicional ao paciente e
limpará o tubo endotraqueal;
• Anote a data, a hora em que você administrou o medicamento pelo tubo
endotraqueal, o medicamento, a dose administrada, a resposta do paciente e
a necessidade de repetir a dose, quando houver indicação médica.

Observações de Enfermagem:
• Atenção: Use de extrema cautela ao administrar medicamentos por um tubo
endotraqueal. Erros de dosagem podem ser fatais;
• Quando o paciente está consciente, diga-lhe calmamente o que você está
fazendo e explique a necessidade do medicamento;
• Se o paciente não estiver plenamente consciente, converse calmamente com
ele, a fim de mantê-Io informado a respeito do cuidado e poderá ajudar a
reduzir sua ansiedade, manter a dignidade e demonstrar respeito por ele.

INFUSÕES ESPECIALIZADAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Essas infusões podem ser fornecidas por meio das vias epidural,
intrapleural, intraperitoneal, intra-articular ou intra-óssea. O acesso a estas vias é
de responsabilidade do médico, devendo o enfermeiro auxiliar no procedimento e
fornecer os materiais necessários, como também prestar assistência ao paciente
antes, durante e depois do procedimento.

Via Epidural
O espaço epidural localiza-se entre a medula espinhal e o ligamento amarelo
que reveste as vértebras.
O medicamento é injetado dentro do espaço epidural, atravessa ou se
difunde pela dura-máter e mistura-se com o líquido cefalorraquidiano, atuando
diretamente sobre as terminações nervosas do SNC.

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Geralmente, esta via é utilizada para administrar drogas lipossolúveis como
os analgésicos opiáceos (bupivacaína, fentanil e sufentanil) que atravessam
facilmente a dura-máter, mistura-se com o LCR do paciente, liga-se aos receptores
opióides, que bloqueiam a transmissão dos estímulos dolorosos ao tálamo,
produzindo alívio imediato da dor.
Os medicamentos hidrossolúveis como os anestésicos locais, a morfina e
hidromorfina atravessam lentamente a dura-mater, bloqueando a transmissão dos
estímulos dolorosos entre o gânglio da raiz dorsal e a medula espinhal, conferindo o
início de uma ação analgésica lenta e de duração mais longa.
A administração simultânea de um opiáceo e um anestésico local pode
produzir os efeitos analgésicos dos dois medicamentos, em doses menores,
reduzindo os riscos de efeitos colaterais.
O cateter epidural é implantado entre a 5a e 8a vértebra torácica para
produzir analgesia do tórax e abdome superior; e entre a 2a e 4a vértebra lombar,
conferindo analgesia do abdome inferior e das pernas.

Contra indicação:
• Em pacientes com contagem reduzida de plaquetas;
• Distúrbio de coagulação;
• Infecção localizada;
• Anormalidade estrutural na coluna vertebral ou espaço epidural;
• Artrite vertebral, hipotensão, hipertensão grave ou alergia ao medicamento
prescrito.
Não administre medicamentos que contêm conservantes, pois estas drogas
podem provocar lesão nervosa.

Via Intrapleural
O espaço intrapleural está interposto entre a pleura visceral que recobre a
superfície dos pulmões e a pleura parietal que reveste a cavidade torácica.
Os medicamentos podem ser administrados por essa via para tratar
pneumotórax espontâneo, regredir derrames pleurais ou realizar quimioterapia. Em

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pacientes com derrame pleural, empiema ou pneumotórax, os medicamentos podem
ser administrados através do dreno de tórax; em pacientes com outros problemas a
administração pode ser feita por um cateter intrapleural, como os quimioterápicos,
utilizado para minimizar os efeitos sistêmicos e aumentar os efeitos do medicamento
sobre o tumor.

Contra indicação:
Não utilize esta via em pacientes portadores de fibrose, aderências,
inflamação pleural, enfisema bolhoso, sepse ou infecção na região da punção.

Via Intraperitoneal
O medicamento é injetado dentro da cavidade peritoneal, cruza a membrana
peritoneal e penetra neste espaço, atuando no local.
Esta via é utilizada para tratamento de diálise ou quimioterapia, é realizado
por meio de um cateter de curta ou de longa permanência, ou por um acesso
subcutâneo implantado.
Na diálise peritoneal, o peritônio funciona como uma membrana
semipermeável difusível, os desequilíbrios hidroeletrolíticos podem ser corrigidos e
as toxinas removidas. A excreção renal normal é facilitada com o emprego desta
via.

Via Intra-articular
O medicamento é injetado dentro da cavidade sinovial de uma articulação,
para suprimir uma inflamação, evitar as contraturas e retardar a atrofia muscular. É
usada para tratar artrite reumatóide, gota, lúpus eritematoso sistêmico, osteoartrite e
outros distúrbios articulares.
Os medicamentos comumente utilizados são os corticóides, anestésicos e
lubrificantes nas articulações do ombro, punho, dedo, joelho, tornozelo e artelhos.
Essa via é pouco utilizada devido ao risco de infecção.

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Via intra-óssea
O medicamento é injetado dentro da rica rede vascular do osso longo para
rápida absorção.
A infusão intra-óssea pode ser usada para lactentes, crianças ou adultos,
quando não for possível estabelecer um acesso de emergência. Pode ser usada
para administrar grandes volumes a fim de reparar perda hidroeletrolíticas, como nos
casos de desidratação e para fazer anestesia regional durante o tratamento de
alguns distúrbios ortopédicos, devendo a agulha intra óssea ser retirada logo que for
estabelecida via endovenosa convencional.
Os medicamentos introduzidos nesta via são absorvidos tão rapidamente
como aqueles fornecidos por via endovenosa.

Agulha para punção intra-óssea:


Deve ser usada uma agulha especial com as seguintes características:
• Diáfise curta, para evitar que se desloque acidentalmente;
• Estilete para impedir que a agulha seja obstruída pelo osso;
• Calibre grosso;
• Um cabo que firme o estilete durante a introdução.

Contra indicação:
Esta via não deve ser usada nos pacientes com uma área infectada, em um
osso onde o acesso intra-ósseo já tenha sido tentado, osso com fratura exposta ou
tumor, ou paciente com distúrbio ósseo (exemplo: osteoporose).

Regiões recomendadas para infusões intra-ósseas em crianças:


• Superfície ântero-medial da tíbia proximal (2,5cm abaixo da tuberosidade
tibial);
• Tíbia distal, preferível por ter uma cobertura fina de córtex ósseo e por ter
acesso mais fácil na região plana do osso proximal ao maléolo;
• Fêmur distal, sendo mais difícil por estar protegido por músculo e gordura;

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• 1º metatarso, na tíbia ou no fêmur distal.

Regiões recomendadas para os adultos:


• Crista ilíaca ou o esterno (com exceção do segmento ântero-posterior, com
risco da agulha penetrar por completo);
• Extremidade distal do rádio e a metáfise proximal do úmero;
• Região próxima ao maléolo lateral ou medial (3 a 4 cm antes da sua
extremidade distal);
• Processo estilóide da ulna, na epífise distal do 2o metacarpo;
• 1o metatarso, na tíbia ou no fêmur distal.

Observações importantes:
• A agulha intra-óssea pode ser obstruída por fragmentos da medula óssea ou
por coágulos de sangue, principalmente se a infusão for retardada ou por falta
de irrigação da agulha após a introdução;
• Os sinais de obstrução são incapacidade de aspirar medula óssea e a difícil
infusão do líquido no gotejamento apropriado;
• A agulha intra-óssea deve permanecer no local por 24 h, devido ao risco de
osteomielite, que aumenta se houver infecção em outra região do corpo;
• Sinais de osteomielite: febre, dor, leucocitose e diminuição da mobilidade do
membro afetado; presença de secreção, edema, eritema ou mancha na
região de inserção da agulha.

Via tubo endotraqueal


Esta via foi descrita anteriormente, sendo utilizada em situações de
emergência, se não for estabelecido acesso IV ou intra-ósseo em 3 a 5 minutos.

-------------FIM DO MÓDULO III-------------

119
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respectivos autores
Curso de
Terapia Medicamentosa em
Pediatria

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO IV

VIA PARENTERAL

Consiste na utilização de formas farmacêuticas injetáveis, em que o


medicamento não passa pelo tubo gastrintestinal. A disponibilidade é mais rápida e
mais previsível e a dose eficaz pode ser escolhida de forma mais precisa.
As formas farmacêuticas utilizadas por via parenteral podem ser soluções,
suspensões aquosas e oleosas, emulsões óleo/água. As preparações por esta via
devem ser estéreis e apirogênicas.
As principais subdivisões da via parenteral são: intramuscular, intravenosa,
subcutânea ou hipodérmica, intradérmica, intra-arterial, intracardíaca, intraperitoneal
e intratecal.

Vantagens da via parenteral:


ƒ Permite a administração de medicamentos que poderiam ser degradados ao
longo do trato gastrintestinal pelo suco gástrico, suco entérico ou fator
enzimático;
ƒ Favorece a administração de medicamentos que não são absorvidos pelo
trato gastrintestinal;
ƒ Possibilita a administração de medicamentos mesmo sem a cooperação do
paciente;
ƒ Proporciona maiores níveis sangüíneos em tempo menor;
ƒ Permite reposição rápida de líquidos, eletrólitos e outras substâncias
orgânicas, perdidos pelo paciente em casos acidentais ou patológicos.

Preparo da injeção:
Para preparar uma injeção, você precisa escolher de maneira correta a
agulha e aspirar o medicamento líquido de um frasco ou ampola. Pode ser preciso
reconstituir o medicamento ou combiná-lo em uma única seringa. Em seguida,
deverá administrar a injeção no local apropriado, aplicando as técnicas corretas.

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Técnicas para preparo de injeção:
A primeira etapa no preparo da injeção consiste na seleção adequada da
seringa e da agulha, o próximo passo é considerar a via de administração, o porte
do paciente e o local mais provável de injeção. Em seguida, aspirar o medicamento
do frasco ou ampola para dentro da seringa.

Executando a técnica:
Providenciar:
ƒ O frasco do medicamento;
ƒ Um frasco ou ampola de um diluente apropriado;
ƒ Compressas de álcool ou iodo;
ƒ Uma seringa;
ƒ Duas agulhas de tamanho apropriado e uma agulha de filtro, quando
indicado, para capturar as partículas que podem se criar durante a
reconstituição.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição na papeleta do paciente;
• Lave as mãos;
• Limpe o diafragma de borracha no alto do frasco com uma compressa de
álcool ou com uma solução iodada;
• Atenção: não friccione com muita força o diafragma, pois pode carrear
bactérias da borda não-estéril do frasco para cima do diafragma;
• Em seguida, limpe o diafragma de borracha no alto do frasco do diluente com
uma compressa de álcool ou iodada;
• Pegue a seringa apropriada, desencape a agulha, introduza-a no diafragma
de borracha e puxe para trás o embolo da seringa até que o espaço de ar
dentro da seringa se iguale a quantidade de diluente desejada;
• Enquanto segura a base do frasco para mantê-lo equilibrado, puncione o
diafragma de borracha do frasco do diluente com a agulha, e injete o ar da
seringa dentro do frasco;

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• Aspire a quantidade apropriada de diluente para dentro da seringa;
• Em seguida, volte para o frasco do medicamento. Enquanto segura a base
para manter o frasco em equilíbrio, injete o diluente dentro dele e retire a
agulha;
• Agite o frasco ou role-o entre as mãos para homogeneizar por completo a
mistura de medicamento e diluente;
• Se o frasco do medicamento contiver seu próprio compartimento de diluente,
retire a capa de proteção e use o dedo para abaixar o embolo de borracha.
Isso força o freio inferior a cair no sentido do fundo do frasco, juntamente com
o diluente;
• Quando precisar aspirar o medicamento por uma agulha com filtro , retire a
agulha original da seringa, prenda a agulha de filtro, e em seguida
desencape-a. Se você não precisa de uma agulha de filtro, apenas deixe a
agulha original na seringa;
• Puxe para trás o embolo até que a parte vazia da seringa seja preenchida
com volume de medicamento a ser administrado;
• Puncione o diafragma do frasco de medicamento e injete o ar;
• Inverta o frasco e aspire a quantidade de medicamento a ser administrada;
• Retire a agulha da seringa e substitua-a por uma nova agulha esterilizada,
pois, ao puncionar o diafragma de borracha, torna a agulha romba,
aumentando a dor da injeção, e também porque o medicamento que ficou na
parede externa da agulha usada pode irritar os tecidos do paciente;
• Rotule a seringa cheia de medicamento para finalizar o preparo da
administração.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA INTRADÉRMICA

O medicamento é aplicado entre a derme e a epiderme e sofre pouca


absorção sistêmica. Por esta via é utilizado pequenos volumes (0,5 ml ou menos),
para processos que envolvem reações imunológicas (exemplo: testes de
sensibilidade ou alergia e tuberculose), aplicação de vacinas e anestésico local.

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Locais mais comuns para injeção ID:
• Parte ventral do antebraço e ventral superior do tórax;
• Parte superior das costas;
• Parte superior dorsal dos braços.

Executando a técnica:
Providenciar:
• Seringa de teste tuberculínico com agulha 26 ou 27;
• Antígeno do teste prescrito ou medicamento;
• Luvas;
• Uma caneta marcadora;
• Compressas com álcool.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;

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• Lave as mãos;
• Explique o procedimento ao paciente, e permaneça por perto durante cerca
de 30 minutos depois da injeção, para o caso de apresentar uma reação
alérgica grave;
• Escolha o local de injeção;
• Para usar a parte ventral do antebraço, faça com que o paciente se sente e
estenda um braço. Certifique-se de que o braço esteja apoiado;
• Calce as luvas, em seguida, embeba a compressa com álcool e limpe a parte
ventral do antebraço em uma área 2 a 3 dedos distal ao espaço antecubital.
Avalie se o local está livre de pêlos e manchas. Deixe a pele secar
naturalmente;
• Segure o antebraço do paciente com a mão não-dominante e estique a pele;
• Com a mão dominante, segure a agulha em um ângulo de 10 a 15 graus com
o braço do paciente, com o bisel da agulha voltado para cima;
• Introduza a agulha por cerca de 3 mm abaixo da epiderme. Pare quando a
extremidade do bisel estiver sob a pele;
• Injete suavemente o antígeno. Você deve sentir alguma resistência e ver a
formação de uma pápula, conforme mostra a figura;

• Retire a agulha no mesmo ângulo em que a inseriu;


• Atenção: Quando não se forma pápula, é provável que você tenha injetado o
antígeno em um local muito profundo. Ministre outra dose pelo menos a 5
cm do primeiro local;
• Quando você está administrando mais de uma injeção ID, espace-as com um

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intervalo de cerca de 5 cm;
• Faça um círculo e rotule cada local do teste com uma caneta marcadora, de
modo que você possa rastrear a resposta a cada substância administrada;
• Descarte as luvas, agulhas e seringas em local apropriado;
• Anote o nome do medicamento ou antígeno administrado, a quantidade
administrada, o local ou locais utilizados, e a resposta do paciente. Ao
registrar os resultados do teste, faça-o para cada local de injeção. Notifique
imediatamente ao médico quando ocorre uma reação alérgica.

Observações de Enfermagem:
• Atenção: O paciente hipersensível ao antígeno do teste pode ter uma reação
anafilática a ele. Deve-se estar preparado para realizar o procedimento de
reanimação de emergência, preparar o material e deixar os medicamentos
(exemplo: epinefrina) disponíveis, antecipadamente;
• Não friccione o local depois que administrou uma injeção ID, pois, poderá
irritar o tecido subjacente e alterar os resultados do teste;
• Avalie a resposta do paciente ao teste cutâneo em 24 a 48 horas;
• Quando interpretar a resposta do paciente, tenha em mente que o eritema
sem induração (uma área elevada e endurecida) não é significativo. Quando a
área do teste estiver endurecida, meça o diâmetro em milímetros;
• A induração superior a 5 mm depois de um teste tuberculínico pode indicar
resultado positivo. Após os testes alérgicos, a induração e o eritema superior
a 3 mm podem indicar resultado positivo. Quanto maior for a área afetada,
mais forte será a reação alérgica.

Orientações ao paciente:
• Que não retire os rótulos da pele até que o período de teste termine e não
cubra os locais com bandagem; não arranhar os locais de injeção; quando
sentir prurido, aplique compressas frias para amenizar; não friccionar a área
enquanto seca.

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA SUBCUTÂNEA

Na administração subcutânea (SC), é injetada pequena quantidade de


medicamento líquido (0,5 a 2,0 ml) no tecido subcutâneo abaixo da pele do paciente.
Indicada para administrar anticoagulantes (heparina, clexane),
hipoglicemiantes (insulina) e vacinas (anti-rábica e anti-sarampo). O medicamento é
absorvido lentamente para dentro dos capilares próximos, conferindo efeito
prolongado do medicamento.

Vantagens:
• Provoca pouco trauma tecidual;
• Baixo risco de atingir vasos sangüíneos e nervos.

Contra indicação:
• Nas áreas que estejam inflamadas, edemaciadas, endurecidas, cicatrizadas
ou cobertas por uma mancha, marca de nascença ou outra lesão;
• Não administrar quando a pele ou tecido subjacente estiver muito adiposo;
• Pacientes com coagulação comprometida como doença vascular oclusiva e
má perfusão – retarda a absorção.

Locais recomendados para aplicação:


• Face externa do antebraço;
• Face externa ou anterior da coxa;
• Parede abdominal;
• Introduzir apenas 2/3 da agulha em pacientes magros.

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Agulhas utilizadas:
• Aspiração 25 x 7 ou 25 x 8;
• Aplicação 13 x 3,8, 13 x 4,5 ou 10 x 5.

Angulações da agulha:
• Indivíduos magros: ângulo de 30°;
• Indivíduos normais: ângulo de 45°;
• Indivíduos obesos: ângulo de 90º.

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Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento preparado com uma seringa apropriada;
• Uma agulha de tamanho apropriado;
• Luvas;
• Duas compressas de gaze com álcool.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente;
• Escolha um local de injeção apropriado. Se for administrar insulina, use os
braços, o abdome, as coxas ou as nádegas do paciente. Se for administrar
heparina, utilize a parte inferior do abdome;
• Antes de ministrar a injeção, você pode aplicar uma compressa fria no local
de injeção para minimizar a dor;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Posicione e cubra o paciente, se necessário;
• Quando estiver administrando insulina, inverta suavemente e role o frasco
para homogeneizar o medicamento. Não agite o frasco porque bolhas de ar
poderiam entrar na seringa e reduzir a dose administrada;
• Limpe o local de injeção com uma compressa com álcool, começando no
centro do local e movendo para fora, em um movimento circular. Deixe a pele
secar ao ar ambiente para evitar a sensação de ferroada;
• Se desejar, abra a segunda compressa com álcool e coloque-a entre os
dedos indicador e médio de sua mão não-dominante;
• Retire a capa de proteção da agulha;
• Com sua mão não-dominante, segure a pele ao redor do local de injeção e
eleve firmemente o tecido subcutâneo para formar uma dobra adiposa de 2,5
cm (1,25 cm para a heparina). Quando o paciente é de grande porte, você
pode afastar a pele, retesando-a, em vez de formar uma dobra;
• Com sua mão dominante, introduza a agulha de maneira rápida e suave em

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um ângulo de 45 a 90 graus com a superfície cutânea, conforme mostra a
figura, dependendo do comprimento da agulha e da quantidade de tecido
subcutâneo presente. Alguns medicamentos, como a heparina, sempre
devem ser injetados em um ângulo de 90 graus;

• Libere a pele do paciente, porque a injeção de um medicamento dentro do


tecido comprimido pode irritar as fibras nervosas. Em seguida, injete o
medicamento;
• Quando estiver injetando insulina, faça isso durante 2 a 4 segundos. A injeção
mais lenta pode obstruir a agulha e alterar a dose;
• Verifique se no local de injeção há sangramento ou equimose. Quando o
sangramento prossegue, aplique pressão. Quando se desenvolve uma
equimose, aplique gelo. Observe as reações adversas no local de injeção
durante 30 minutos;
• Descarte os materiais descartáveis em local apropriado. Não reencape a
agulha;

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• Anote a data e o horário da injeção, o medicamento e a dose administrada, o
local de injeção utilizado e a reação do paciente ao medicamento. Quando o
paciente for auto-administrar as injeções em casa, anote as instruções
oferecidas, os materiais fornecidos, a resposta do paciente ao ensino com
demonstrações de retorno fornecidas.

Observações de Enfermagem:
• Quando o paciente tem peso médio, você pode alcançar o tecido SC usando
uma agulha de 1,25 cm e inserindo-a em um ângulo de 90 graus; quando o
paciente é magro ou é uma criança, use uma agulha de 1,5 cm e introduza-a
em um ângulo de 45 graus;
• Quando estiver administrando insulina, verifique duas vezes se você tem o
tipo certo, a dose unitária e a seringa. Antes de misturar insulinas em uma
seringa, certifique-se de que elas são compatíveis e que esteja seguindo
prescrição médica. Oriente-se com o farmacêutico do hospital ou unidade de
atendimento, qual insulina aspirar em primeiro lugar. Não misture insulinas de
diferentes purezas ou origens;
• Quando estiver administrando injeções SC repetidas, faça rodízio dos locais
de injeção;
• Não administre injeções de heparina dentro de um raio de 5 cm de uma
cicatriz, de uma equimose ou do umbigo;
• Não aspire o sangue quando se administra insulina ou heparina. Isso é
desnecessário com a insulina e pode causar um hematoma com a heparina;
• Não massageie o local após a administração de insulina ou heparina.

Orientações ao paciente:
• Se o paciente faz auto-aplicação de injeções SC em casa, ensine-o sobre o
modo correto para realizar o procedimento. Quando possível, envie-o para
casa com as instruções por escrito para ajudar no ensino;
• Oriente-o que as diferentes marcas de seringas têm quantidades diferentes
do espaço entre a linha inferior e a agulha. Sugira a ele que comunique ao

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médico ou farmacêutico quando mudar a marca da seringa que ele utiliza.

Recursos auxiliares na administração de insulina


Existem no mercado algumas opções de ministrar insulina como a infusão
SC, o cateter implantável ou o sistema de insulina sem agulha.

Infusão subcutânea:
Na infusão SC contínua de insulina, o paciente leva uma bomba de infusão
portátil que contém a insulina e é programada para liberar doses precisas (dados
basais e em bolus), durante um período de 24 horas. Algumas bombas de insulina
permitem que você determine as doses diárias em bolo, revise os 12 últimos alarmes
e baixe a memória de longo prazo do aparelho.
Para liberar a infusão, use uma agulha subcutânea 25 ou 27 inserida em um
ângulo de 30 a 45 graus no abdome, na coxa ou no braço. Deve-se alternar o local
de inserção a cada 2 a 3 dias, de acordo com a padronização local. Após inserir a
agulha, cubra o local com um curativo adesivo transparente. Ensine o paciente como
reconhecer e quando relatar possíveis problemas com o aparelho ou no local de
inserção.

Cateter implantável:
É um cateter SC de permanência (cateter Insuflon). Depois de inserido, o
cateter permanece no tecido adiposo do abdome. Uma pequena compressa de
espuma adesiva protege o local de inserção e o cateter, além de permitir que o
paciente tome banho e pratique esportes ou outras atividades. Após 3 a 7 dias, o
cateter deve ser retirado e inserido no lado oposto do abdome - 2,5 a 5 cm para fora
dos locais previamente utilizados.

Sistema de insulina sem agulha:


A administração de insulina sem agulha emprega um dispositivo semelhante
a uma seringa sem agulha. Uma espiral dentro do dispositivo dispara um êmbolo
que libera uma dose prescrita de insulina por um diminuto orifício na extremidade.

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Quando o paciente segura o dispositivo contra a superfície da pele e o
descarrega, uma fina coluna de insulina penetra na pele e se dispersa no tecido SC.
Esse dispositivo é muito bem-aceito para uso domiciliar, especialmente por
pacientes (inclusive crianças) que têm medo de agulha.

ADMINISTRAÇÃO PELA VIA INTRAMUSCULAR

A via IM é utilizada para administrar suspensões aquosas ou soluções


oleosas e para fornecer medicamentos que não estão disponíveis sob a forma oral.
Através deste tipo de administração o medicamento é desviado da ação das
enzimas digestivas degradantes, provoca relativamente pouca dor (porque o tecido
muscular contém poucos nervos sensoriais) e permite o aporte de um volume
relativamente grande de medicamento com relação às outras vias parenterais,
exceto a EV.
A absorção IM depende da velocidade do fluxo sangüíneo local, podendo
ser imprevisível ou irregular em RN e lactentes devido à instabilidade vaso motora,
contração do tônus muscular insuficiente ou massa muscular imatura e oxigenação
muscular diminuída.
Em crianças maiores e nos locais com fluxo sangüíneo aumentado a
absorção é mais rápida. Crianças com baixo rendimento cardíaco, doenças
respiratórias e insuficiência circulatória, pode ter a absorção IM comprometida,
devido à baixa perfusão periférica.
Em crianças desidratadas, a via IM pode ser ineficaz, pois o volume hídrico
circulante pode ser impróprio para dissolver e transportar as substâncias para o
sistema vascular.
A dose usual é de 3 ml, podendo ser administrado até 5 ml em um músculo
de grande porte e em adultos. As crianças, os idosos e pessoas magras toleram até
2 ml da solução medicamentosa.
Através da via intramuscular os medicamentos são injetados diretamente e
profundamente no músculo e por ser ricamente vascularizado é rapidamente
absorvido para dentro da circulação sistêmica, conferindo rápido efeito. Porém, um

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medicamento administrado por esta via pode precipitar-se no músculo e reduzir sua
absorção; ocorrer má absorção no caso de hipotensão ou baixa perfusão sangüínea,
e se usar técnica incorreta, correm-se o risco de acidentalmente puncionar um vaso
sangüíneo do paciente e causar superdosagem ou reação adversa; causar dor e
irritação local, lesionar o osso, os nervos ou romper o tecido muscular.
O músculo escolhido para a injeção deve ser bem desenvolvido para
favorecer a absorção e retenção do medicamento; ter facilidade de acesso; não ter
vasos de grande calibre e nervos superficiais. Nos casos de pouca massa muscular
introduzir apenas 2/3 da agulha. A técnica e materiais utilizados devem ser estéreis.

Contra indicação:
• Pacientes com comprometimento da coagulação, com doença vascular
periférica ou choque;
• Membro com paralisia, porque o medicamento será mal absorvido, podendo
desenvolver-se um abscesso estéril;
• Não administre as injeções em locais inflamados, edemaciados ou irritados;
com manchas, marcas de nascença, tecido cicatricial ou outras lesões.

LOCAIS E TÉCNICAS PARA APLICAÇÃO DAS INJEÇÕES


IINTRAMUSCULAR

Região do deltóide:
Deve ser a via de última escolha, devido a complicações vásculo-nervosas e
devido ao risco de comprometimento da função do braço e, conseqüentemente,
paralisia dos músculos.

Contra indicado:
• Em crianças de 0 a 10 anos;
• Pacientes com pequeno desenvolvimento muscular local;
• Volume superior a 2 ml, substâncias irritantes, injeções consecutivas;

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• Membro com parestesia ou paralisia, pós mastectomia e esvaziamento
cervical.

Volume administrado:
• 0,5 ml em pacientes até 15 anos;
• 1,0 ml em pacientes acima dos 15 anos.

Técnica de administração na região deltóide


Localize a borda inferior do processo acromial e o ponto na parte lateral do
braço em linha com a axila. Introduza a agulha por 2,5 a 5 cm ou dois a três dedos
abaixo do processo acromial, em um ângulo de 90 graus com o músculo, ou um
pouco angulado no sentido do processo.

Região Dorsoglútea
Pela utilização dos seus músculos em várias atividades, a circulação é muito
estimulada nesta região, facilitando a absorção do medicamento, devido a sua vasta
vascularização. Porém, os locais para injeção devem ser criteriosamente
delimitados, por ser bastante inervada e ricamente vascularizada por grandes vasos
venosos e arteriais. Para evitar punção em nervos e causar lesões irreversíveis ou
embolias pulmonares por injeções em veias e artérias deve ser utilizado o ângulo
externo do quadrante superior do glúteo.

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Contra indicação:
Em crianças menores de 2 anos principalmente as que não andam;
pacientes com atrofia muscular, parestesia, paralisia ou lesões vasculares dos
membros inferiores.

Técnica de administração dorsoglútea


Trace uma linha imaginária desde a espinha ilíaca póstero-superior até o
grande trocânter do fêmur ou divida a nádega em quadrantes e introduza a agulha
em um ângulo de 90 graus no quadrante superior externo, cerca de 5 cm abaixo da
crista ilíaca.

Região Ventroglútea (ou de Hochstetter)


Formada pelo músculo glúteo médio e mínimo. A inervação e irrigação
desta região são mais profundas e por sua ampla atividade facilita a absorção das
drogas. Não apresenta contra indicação. É bastante segura.
As regiões ventroglútea e dorsoglútea são indicadas especialmente para
crianças acima dos 3 anos de idade e que anda há mais de 1 ano.

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Volume administrado na região Dorsoglútea e Ventroglútea:
• Administrar 1,0 ml ou menos em crianças de 18 meses a 3 anos;
• Administrar 1,5 ml ou menos em crianças de 3 a 6 anos;
• Administrar 2,0 ml ou menos em crianças de 6 a 15 anos;
• Administrar 2,5 ml ou menos em pacientes de 15 anos ou mais.

Região Antero-lateral da coxa (vasto lateral e reto femoral)


É utilizado por ser considerado desprovido de grandes vasos e nervos e ser
de fácil acesso. Ideal para crianças menores de 3 anos por ser constituído de maior
massa muscular nesta faixa etária.

Contra indicação:
Em recém-nascido de 0 a 28 dias. Em pacientes que não controlam a
movimentação dos membros inferiores, não deve ser utilizada esta região.

Volume a ser administrado nesta região:


• Administrar 1.0 ml ou menos em crianças de menos de 3 anos;
• Administrar 1,5 ml ou menos em crianças de 3 a 6 anos;

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• Administrar 2 ml ou menos em crianças de 6 a 15 anos;
• Administrar 2,5 ml ou menos em pacientes de 15 anos ou mais.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito;
• Uma seringa de 3 a 5 ml;
• Uma agulha 20 a 25 cm (calibre menor para um medicamento mais viscoso)
com cerca de 2,5 a 7,5 cm de comprimento, dependendo do local utilizado e
da quantidade de tecido adiposo presente;
• Luvas;
• Compressas com álcool e uma pequena bandagem.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Verifique a coloração, a clareza e a data de validade do medicamento;
• Reconstitua o medicamento quando necessário e aspire a quantidade certa
para a seringa;
• Explique o procedimento ao paciente;
• Lave as mãos;
• Quando o paciente é adulto ou criança acima de 3 anos de idade que pode
caminhar, considere o uso dos músculos glúteos dorsal e ventral, vasto lateral
ou deltóide, como última escolha. Quando o paciente é lactente ou criança de
menos de 3 anos (ou uma criança que não caminhou pelo menos durante o 1º
ano), considere o músculo vasto lateral ou reto femoral;

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• Utilize o terço médio do vasto lateral da coxa, 12 cm acima da parte superior
do joelho e 12 cm abaixo da região inguinal;
• Se o paciente for idoso, considere o uso de uma agulha mais curta. Além
disso, como as pessoas idosas têm menos tecido SC e mais adiposidade ao
redor dos quadris, do abdome e das coxas, considere o vasto lateral ou a
área ventroglútea (glúteo médio e mínimo, mas não o glúteo máximo);
• Posicione e cubra o paciente de modo a ter fácil acesso ao local escolhido.
Localize o local de inserção específico e escolha o ângulo apropriado para a
agulha;
• Verifique o local de injeção e avalie a presença de protuberâncias,
depressões, rubor, calor ou equimose;
• Calce as luvas;
• Limpe o local com uma compressa com álcool, iniciando no centro do local e
fazendo um movimento em espiral para fora, por cerca de 5 cm. Deixe a pele
secar ao ar livre;
• Remova o protetor da agulha e elimine as bolhas de ar da seringa;
• Faça com que o paciente relaxe o músculo em que irá receber a injeção. Um
músculo tenso aumenta a dor e o sangramento;
• Com o polegar e o dedo indicador da sua mão não-dominante, estique
delicadamente a pele no local de injeção;

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• Posicione a seringa em um ângulo de 90 graus com a superfície cutânea, com
a agulha a alguns centímetros afastada da pele;
• Diga ao paciente que ele irá sentir uma espetadela e, em seguida, introduza
rapidamente a agulha no músculo;
• Segure a seringa com a mão não-dominante e utilize a mão dominante para
aspirar o sangue. Quando aparece sangue na seringa, é porque a agulha está
em um vaso sangüíneo. Retire-a, descarte-a e use outra seringa para aspirar
o medicamento;
• Se ao aspirar, não refluir sangue, injete o medicamento lentamente e de modo
contínuo no músculo, permitindo que ele se distenda e aceite gradualmente o
medicamento. Você deve sentir pouca ou nenhuma resistência;
• Após injetar o medicamento, retire rápida e delicadamente a agulha, em um
ângulo de 90 graus;
• Com a mão enluvada, cubra o local da injeção com uma compressa de álcool.
Aplique leve pressão, exceto quando contra-indicado;
• Retire a compressa de álcool e avalie se no local há sangramento ou
equimose. Se o sangramento continua, aplique pressão. Se desenvolver uma
equimose, aplique gelo. Observe as reações adversas no local durante 30
minutos depois do momento da injeção;
• Descarte todos os equipamentos de acordo com a rotina do local;
• Anote o nome do medicamento administrado, a dose fornecida, a data e o
horário da injeção, o local usado, a resposta do paciente e a condição do local
após a injeção.

Considerações de enfermagem:
• Quando o paciente se queixa de dor e ansiedade devido às injeções IM de
repetição, entorpeça o local com gelo por vários segundos antes de
administrar a injeção. As injeções com volume acima de 5 ml divida entre dois
locais diferentes;
• Quando o paciente é extremamente magro, pince delicadamente o músculo
para elevá-lo, de modo a não empurrar a agulha por completo através do

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músculo;
• Para um lactente ou infante, use uma agulha 25 a 27 com 1,25 a 2,5 cm de
comprimento. Além disso, não exceda os volumes recomendados quando
administrar a injeção;
• Quando necessário, ao administrar uma injeção IM a uma criança de menos
de 5 anos de idade, fique em pé no lado oposto ao músculo vasto lateral e
incline-se por cima dela, de modo que o seu tronco atue como uma
contenção;
• Os pacientes idosos apresentam risco mais elevado para a formação de
hematoma e podem precisar de pressão direta sobre o local de punção
durante um intervalo de tempo mais longo que o usual. Exceto quando houver
contra-indicação;
• Faça rodízio dos locais se o paciente precisar de injeções repetidas.

Orientação ao paciente:
Explique o procedimento e sua finalidade ao paciente, e que relate quaisquer
reações que se desenvolvam no local, como edema ou irritação local.

Administração de injeção com trajeto em Z:


Quando precisar administrar um medicamento irritante, como a dextrana
com ferro, ou precisar administrar uma injeção em paciente idoso com massa
muscular diminuída, use o método do trajeto em Z para administração IM. Esse
método permite deslocar os tecidos antes de inserir a agulha, em seguida, os tecidos
retornam à sua posição normal e aprisiona o medicamento dentro do músculo.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito;
• Uma seringa de tamanho apropriado;
• Duas agulhas (uma delas com uma extensão de 7,5 cm);
• Chumaço de algodão;

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• Luvas.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Verifique a coloração, a clareza e a data de validade do medicamento;
• Reconstitua o medicamento se necessário e aspire a quantidade certa para a
seringa;
• Após aspirar a dose prescrita, acrescente 0,3 a 0,5 ml de ar dentro da seringa
e substitua a agulha por uma estéril (com 8 cm de comprimento);
• Explique o procedimento ao paciente;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Escolha um local de injeção, em geral a nádega;
• Limpe o local com uma compressa de álcool, começando no centro e fazendo
movimentos em espiral de dentro para fora, por cerca de 5 cm. Deixe a pele
secar ao ar livre;
• Coloque o dedo indicador de sua mão não-dominante no local da injeção e
faça uma depressão da pele em cerca de 1,2 cm para um lado, conforme
mostra a ilustração. Esse ato irá puxar a pele e as camadas SC para fora do
alinhamento;
• Introduza a agulha em um ângulo de 90 graus para dentro do local no qual
você originalmente colocou o dedo, conforme mostra a figura a seguir;

• Injete o medicamento e retire a agulha. Em seguida, libere a pele, permitindo


que as camadas deslocadas retomem à sua posição original. Esse ato quebra
o trajeto no qual a agulha penetrou nos tecidos do paciente, aprisionando,

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assim, o medicamento dentro do músculo;

ƒ Cheque na papeleta do paciente o medicamento administrado, registre a dose


fornecida, a data, o horário da injeção, o local empregado, o método (trajeto
em Z) utilizado, a resposta do paciente e a condição do local depois da
injeção.

Observações de Enfermagem:
• Nunca injete mais de 5 ml em um único local usando este método;
• Nunca massageie um local de injeção com trajeto em Z porque você pode
causar a irritação ou deslocar o medicamento para dentro do tecido SC;
• Para aumentar a velocidade de absorção, estimule a atividade física, como
caminhar;
• Para as injeções subseqüentes, alterne as nádegas.

Orientação ao paciente:
• Recomende ao paciente não usar roupas apertadas sobre o local, isso pode
causar irritação ou deslocar o medicamento para o tecido SC;
• Que relate qualquer inchação, irritação ou outros problemas no local de
injeção.

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ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA

A via IV permite a administração de medicamentos diretamente na corrente


sangüínea, através de um acesso venoso superficial ou profundo. A solução a ser
administrada deve ser límpida, transparente, não oleosa e não deve conter cristais
visíveis em suspensão.
É utilizada quando há necessidade de concentrações sangüíneas elevadas e
efeitos imediatos do medicamento, através de uma única dose ou infusão contínua.
Pela via venosa a absorção do medicamento ou solução é imediata e
completa e a resposta do paciente é rápida, garantindo completa biodisponibilidade
e controle estrito sobre a quantidade ministrada e o nível mantido no sangue do
paciente. Esta via não apresenta o efeito da primeira passagem pelo fígado e
grandes doses de substâncias podem ser fornecidas em fluxo sangüíneo contínuo.
Por esta via são administrados medicamentos que são prejudicados pelo suco
gástrico, mal absorvido pelo trato gastrintestinal (GI) ou que são dolorosos ou
irritativos quando administrados por injeção intramuscular (IM) ou subcutânea (SC).
Deve-se ter o cuidado com as doses e volumes administrados; a toxicidade
e a sobrecarga hídrica são imprevisíveis, devendo ser monitorada e observada
atentamente. A maioria das drogas é hidrossolúvel, se distribui por todo líquido
extracelular, posteriormente atinge seus receptores com reduzido nível sangüíneo.

Distribuição do medicamento pela via endovenosa


Quando o medicamento entra na corrente sangüínea é distribuído para os
tecidos e líquidos corporais; esta distribuição é determinada pela quantidade de
líquido extracelular e proteínas plasmáticas, que se modifica com o crescimento
corpóreo.
O líquido extracelular no RN e lactentes é maior, sendo gradativamente
diminuído com o crescimento, atingindo os valores do adulto por volta dos 12 anos/
idade sendo importante solvente no corpo.

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Faixa etária Líquido corporal (%) Vol. Extracelular(%)
Neonatos ___________________85 a 90% ___________________35 a 40%
Lactentes ____________________ 75% _____________________35 a 40%
Crianças ______________________64%_____________________ 16 a 22%
Adulto________________________50%________________________16%

Com o avanço da idade, a quantidade das drogas hidrossolúveis será


calculada em doses decrescentes, em dependência do volume hídrico extracelular.
Na desidratação é necessário reduzir a dosagem do medicamento, pois será
distribuído em volume hídrico menor, neste caso priorizar a restauração do volume
de líquido circulante, o equilíbrio hidroeletrolítico e o tônus muscular.
Na Insuficiência Cardíaca Congestiva a dose de medicamento prescrito será
elevada, pois, a droga será distribuída em um volume de líquido circulante maior.
A corrente sangüínea e órgãos altamente perfundidos (cérebro, rins, fígado e
coração) recebem o medicamento antes das áreas de menor perfusão (vísceras,
músculos, pele, tecido adiposo e osso); armazenando porções das substâncias e
liberando-as à medida que diminuem os níveis plasmáticos da droga. Esta
distribuição também pode ser afetada pela sua ligação às proteínas plasmáticas,
esta ligação favorece sua distribuição pelo corpo; sendo a albumina a proteína com
maior capacidade de ligação.
A albumina sérica age como um depósito para muitas drogas, liberando-as
lentamente, como moléculas livres, sendo depuradas lentamente, possuindo meia
vida prolongada no organismo.
Somente a substância livre, produz efeito no local receptor do medicamento,
deste modo, a ligação influencia na eficácia e duração da ação do medicamento.
A concentração das proteínas plasmáticas é influenciada pela idade,
nutrição e doença. As proteínas, em especial, a albumina sérica, esta diminuída no
lactente menor, alcançando valores adultos dos 10 a 12 meses de idade, resultando
em níveis mais baixos de proteínas e volume hídrico maior nesta faixa etária,

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levando a fixação protéica diminuída da droga, podendo as substâncias livres
intensificar os efeitos e causar toxicidade no lactente.
Quando os níveis de bilirrubina sérica aumentam, pode deslocar uma droga
da albumina, elevando a concentração da droga livre, podendo causar toxicidade.
Ou, quando certas drogas competem com a bilirrubina elaborada pelo fígado, pela
sua ligação à albumina deixando a bilirrubina livre; esta pode atravessar a barreira
hematoencefálica e causar Kernícterus no recém-nascido, levando à lesão cerebral
ou à morte.
A Síndrome Nefrótica e a Desnutrição podem diminuir a quantidade de
proteínas plasmáticas e aumentar o nível de substância livre da droga administrada,
podendo levar a toxicidade.

Desvantagens da via IV:


• Pode apresentar reações adversas imediatas, devido à infusão rápida do
medicamento, quando os medicamentos são incompatíveis e por reações
anafiláticas próprias do paciente;
• Extravasamento da solução podendo causar necrose no tecido, flebite,
embolia gasosa, trombose venosa, hematomas e reações pirogênicas devido
à contaminação no preparo ou administração do medicamento.

Para evitar complicações com o uso da via EV, a administração deve ser
lenta e fracionada, em infusões rápidas, a mistura no plasma sangüíneo é mínima, e
o medicamento não se dilui no sangue, atingindo altas concentrações nos órgãos
mais irrigados, podendo ocorrer intensificação das reações adversas. Se necessário,
aumentar o volume de diluição, dependendo do quadro clínico do paciente e avaliar
constantemente o paciente antes, durante e após a infusão de soluções por via IV.
Para avaliar se a infusão está sendo feita muito rapidamente, no paciente
consciente, peça para ele relatar qualquer sensação (se muito fria na veia, irritação
ou queimação), isto indica que está passando no endotélio do vaso mais
medicamento do que sangue, o que deveria ser ao contrário, o medicamento se
misturar com o plasma sangüíneo e ser distribuído pelo corpo. Nesta condição, parar

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a infusão, sem retirar a seringa da via de acesso e, posteriormente, administrar
lentamente o medicamento, observando as reações do paciente.

LOCAIS MAIS COMUNS PARA PUNÇÃO EM CRIANÇAS

Região cefálica:
• Couro cabeludo: veias da região frontal, auricular, temporal superficial e veia
occipital;
• Região cervical - pescoço: veia jugular externa e jugular interna.

Região dos membros superiores:


• Braço: veia cefálica e basílica;
• Antebraço: veia cefálica, cefálica acessória, veia basílica e veia intermediária
do antebraço;

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• Dorso da mão: veia basílica, veia cefálica e metacarpiana dorsais.

Região dos membros inferiores:


• Perna: safena magna e tibial anterior;
• Pé: rede venosa do dorso do pé.

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Atenção: Os membros inferiores usar como vias de última escolha devido aos
riscos de estagnação do medicamento na circulação periférica, que poderia
provocar formação de coágulos, causando trombos ou flebites. Totalmente contra
indicado para pacientes com lesões neurológicas (exemplo: pacientes com
paraplegia).

Vias de acesso para infusão de soluções e medicamentos EV


O acesso venoso é feito através de punção venosa, com cateter
intermitente (scalp, abocath) ou cateter de longa duração (flebotomia, intracath, PIC).

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MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO PELA VIA ENDOVENOSA

Pela via EV os medicamentos podem ser administrados diretamente na veia,


no injetor lateral do equipo, pela bureta ou microfix, via soroterapia, scalp hidratado
ou heparinizado ou através da bomba de infusão por infusão em bolus, contínua ou
intermitente, em acesso venoso periférico, um acesso central ou uma porta de
acesso vascular implantada.

1. Forma direta:
Indicada para crianças maiores de 2 anos de idade. Desta forma, o
medicamento é injetado diretamente na veia do paciente com uso de seringa, puro

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(no caso de situação de emergência) ou diluído em água ou soro fisiológico em
tempo menor do que 5 minutos, respeitando as especificações de cada
medicamento e a necessidade do paciente.

Contra indicação
Lactentes e RN, devido ao risco de romper os vasos pela sua fragilidade,
pela imaturidade fisiológica e dependendo do medicamento intensificar as reações
adversas.

2. Bureta ou microfix:
Utilizada para crianças acima de 2.500 kg, sem clínica de ICC ou
insuficiência renal aguda, pois nesta técnica, a cada medicação, introduz-se no
mínimo 10 ml de solução para rediluir o medicamento e 10 ml para lavar a bureta ou
equipo.
Técnica: Aspirar o medicamento na dose prescrita, injetar na membrana da
bureta, adicionar 10 ml ou volume de soro preconizado para cada medicamento (SG
5% ou SF0,9%), controlar o gotejamento de acordo com o tempo estipulado para
cada droga.

Observações de enfermagem:
• O equipo e bureta devem ser lavados após cada medicação para evitar
precipitação da droga, devido interação medicamentosa;
• Comunicar e registrar as possíveis reações adversas;
• Toda medicação deve ser administrada em SG5% ou SF0,9% puro; sendo
exclusivo para este fim e trocado a cada 24hs;
• O tempo de infusão influenciará sua toxicidade, observe o tempo preconizado
para cada medicação;
• Avaliar o quadro clínico do paciente, idade, medicamento prescrito e respeitar
as especificações do fabricante;
• Importante ter o conhecimento de regras básicas para calcular o gotejamento
da medicação.

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3. Dispositivo intravenoso heparinizado ou hidratado:
É a manutenção de um dispositivo IV em uma veia periférica, através de
uma substância anticoagulante ou SF 0,9%, para evitar obstrução venosa. São
indicados para crianças em risco de convulsões ou hipoglicemia, e para as que
estão em tratamento prolongado - ou que não necessitam de soroterapia. Seu uso
deve ser prescrito pelo médico.

Vantagens:
• Evita a dor e o desconforto de várias punções;
• Facilita a movimentação e a deambulação da criança;
• Diminui o risco de sobrecarga hídrica;
• Prolonga a utilização das veias.

A infusão de medicamentos pode variar com relação ao tempo preconizado e as


necessidades do paciente, podendo ser em:
• Infusão em bolus: administração do medicamento direto na veia em um tempo
menor ou igual a 1 minuto;
• Infusão rápida: administração do medicamento em intervalo de tempo de 1 a 30
minutos;
• Infusão lenta: administração do medicamento em intervalo de tempo de 30 a 60
minutos;
• Infusão contínua: administração do medicamento em intervalo de tempo
superior a 60 minutos sem interrupção;
• Infusão intermitente: administração do medicamento em tempo superior a 60
minutos, porém não contínuo (exemplo: IV em 2horas /1x/dia).

Preparo da solução ou medicamento para infusão endovenosa


Ao preparar soluções para administração EV, siga os seguintes pontos:
• Conhecimento do sistema vascular e como se relaciona com os outros sistemas
do corpo;
• Saber se o medicamento prescrito é apropriado e se a dose, a freqüência e a via

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é adequada para a idade e a condição do paciente;
• Certifique-se se o medicamento é para uso venoso;
• Saber as indicações, as ações e os efeitos adversos do medicamento;
• Preparar corretamente o medicamento pouco antes do uso ou de acordo com a
recomendação do fabricante;
• Reconstitua o medicamento, se necessário, com a solução apropriada;
• Quando utilizar um frasco com múltiplas doses para preparar uma dose do
medicamento, anote a data e o horário no rótulo do frasco. Observe a coloração
do líquido para possível contaminação;
• Informe o paciente e a família sobre todos os aspectos da terapia que você irá
administrar;
• Não aplique um medicamento turvo ou com coloração adulterada ou qualquer
líquido que apresente partículas flutuando nele;
• Ao administrar mais de um medicamento, lave o dispositivo com SF0,9% ou água
destilada;
• Monitore cuidadosamente o local de administração;
• Inspecione qualquer administração ou dispositivos de infusão antes, durante e
depois do uso; comunique quaisquer defeitos de acordo com a política da
instituição;
• Lave as mãos antes e depois de realizar qualquer procedimento e após retirar as
luvas.

TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA

Injeção venosa em bolo


Uma injeção venosa em bolo propicia um nível de medicamento máximo
quase imediato no sangue do paciente. Em geral, você irá administrar uma injeção
em bolo em um acesso venoso periférico diretamente na veia do paciente ou por um
dispositivo de infusão intermitente; através do tubo endotraqueal para dentro da
árvore respiratória ou pela sonda retal.
O medicamento em bolo não deve ser administrado rapidamente se

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comportar risco de vida (exemplo: cloreto de potássio), ou se for preciso diluí-Io em
uma grande quantidade de líquido. A tolerância ao medicamento diminui nos
pacientes que apresentam débito cardíaco ou débito urinário diminuído, congestão
pulmonar ou edema sistêmico, nestes casos deve-se diluir o medicamento mais do
que o usual e fornecê-lo a uma velocidade mais lenta.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito;
• Uma seringa de tamanho apropriado;
• Compressas de álcool ou iodopovidona;
• Luvas;
• Quando o medicamento não é compatível com a solução venosa do paciente,
providencie também duas seringas de 3 ml com agulhas 20 ou 22 de 2,5 cm de
comprimento e preencha-as com SF0,9%.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Certifique-se de que o medicamento é compatível com a solução venosa;
• Reconstitua ou dilua o medicamento, conforme necessário;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Feche o clampe de controle de fluxo no acesso venoso existente;
• Limpe a porta em Y mais próxima do local de punção venosa com uma
compressa de álcool;
• Introduza a agulha da seringa ou o sistema sem agulha dentro da porta em Y e
injete o medicamento, conforme mostra a ilustração, à velocidade prescrita;

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• Retire a seringa da porta em Y, abra o clampe de controle de fluxo e estabeleça
a velocidade de fluxo primário, conforme prescrito;
• Atenção: Quando o medicamento em bolo não é compatível com a solução
venosa primária, pode ser necessário lavar o acesso com 2 a 3 ml de SF0,9%
antes e depois de administrar a dose em bolo. Ou pode ser preciso, usar um
conector em T para fornecer o medicamento;
• Jogue fora os itens utilizados de acordo com as precauções padronizadas;
• Cheque no prontuário do paciente o tipo e a quantidade do medicamento
administrado. Registre a data e o horário da administração. No controle hídrico,
anote as soluções usadas para diluir o medicamento e lavar o acesso venoso; a
resposta do paciente ao medicamento, a condição do local de inserção e a
monitoração contínua que você empreendeu para o paciente.

Observações de Enfermagem:
• Como um medicamento em bolo apresenta efeito rápido, é preciso monitorar o
paciente para reações adversas como hipersensibilidade, hipotensão ou arritmias
cardíacas;
• Mantenha o acesso venoso permeável após administrar o medicamento;
• Oriente o paciente se possível e o acompanhante sobre o nome do
medicamento, porque está administrando e quaisquer efeitos adversos que ele

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possa experimentar ou deva relatar. Observe a presença de dor, rubor e inchaço
no local de inserção.

-----------FIM DO MÓDULO IV-----------

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respectivos autores
Curso de
Terapia Medicamentosa em
Pediatria

MÓDULO V

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO V

ADMINISTRAÇÃO ATRAVÉS DE CATETERES VENOSOS ESPECIALIZADOS

São dispositivos utilizados para punção venosa profunda, evitando os


traumas das punções repetidas e são imprescindíveis nos casos de tratamento
medicamentoso prolongado. Para este fim, são utilizados cateter de linha média,
cateter central com inserção periférica e o cateter venoso central profundo.

Cateter de linha média


Um cateter de linha média é inserido em nível periférico dentro de uma veia
no espaço antecubital, a sua extremidade se localiza a 2,5 cm ou mais abaixo da
veia axilar, conforme mostra a figura. Feito de Silastic ou poliuretano pode ter 1 ou 2
luzes cujo tamanho varia de 2F a 6F (calibre 14 a 22). Alguns cateteres apresentam
um equipo de extensão acoplada para diminuir a colisão e a irritação do local e
podem ser abertos na extremidade, exigindo a instilação de heparina ou soro
fisiológico para manterem-se permeáveis.

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Um cateter de linha média pode permanecer posicionado por até 4 semanas.
Não é indicado nos casos de tratamento para quimioterapia vesicante contínua,
nutrição parenteral total central, soluções ou medicamentos com pH inferior a 5 ou
superior a 9, ou soluções e medicamentos com uma osmolalidade sérica acima de
500 mOsm/l, devido ao risco de ocorrer flebite, trombose ou esclerose.

Executando a técnica:
Providenciar:
ƒ Luvas estéreis (preferivelmente sem talco);
ƒ Uma máscaRa;
ƒ O medicamento ou solução a ser infundida;
ƒ Compressas com álcool ou outro anti-séptico;
ƒ Uma seringa de 5 ml e uma seringa de 10 ml com soro fisiológico;
ƒ Duas agulhas 25 de 2,5 em de comprimento;
ƒ Um campo cirúrgico estéril;
ƒ Um curativo adesivo.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente;
• Ajude o paciente a ficar em uma posição reclinada confortável, com o braço
estendido em um ângulo de 45 a 90 graus;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Posicione um campo estéril;
• Meça o comprimento do cateter estendendo-o desde o braço do paciente para
confirmar que ele não migrou desde que foi inserido;
• Localize o protetor no manúbrio do cateter. Limpe-o com três compressas
com álcool ou outro anti-séptico. Deixe secar entre cada esfregação;
• Prenda a seringa de 5 ml e aspire para verificar se esta permeável;
• Ao iniciar uma infusão, conecte o equipo venoso;
• Fixe o manúbrio com faixas de estabilização esterilizadas ou um dispositivo

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de fixação, de modo que ele não seja puxado durante a infusão;
• Atenção: Observe o braço do paciente para detectar inchação à medida que
o líquido começa a ser infundido, sugerindo extravasamento;
• Após administrar um medicamento ou solução por um cateter de linha média,
lave o cateter com 5 a 10 ml de soro fisiológico;
• Descarte o material de acordo com as precauções padrões;
• Cheque o medicamento ou solução administrada na prescrição do paciente, e
a data e hora da administração. Descreva qualquer procedimento de lavagem
administrado, a tolerância do paciente ao cateter e a condição do local de
inserção e a troca do curativo e as instruções dadas ao paciente.

Observações de Enfermagem:
• Mantenha a permeabilidade do cateter, lavando com a solução estipulada
segundo a padronização local;
• Os cateteres de linha média pediátricos são pequenos e coagulam com
facilidade. Utilize um sistema de lavagem contínua com baixo volume,
conforme especificam os protocolos pediátricos da instituição;
• Troque o curativo nos intervalos estabelecidos (48 h a 7 dias), dependendo do
curativo que está sendo usado. Avalie se há sangramento, sinais de flebite ou
outras complicações no local;
• Quando trocar o equipo ou o protetor, mantenha o manúbrio na altura do
coração do paciente ou abaixo dele, de modo a diminuir o risco de embolia
gasosa;
• Avalie regularmente presença de flebite mecânica, química ou outras
complicações;
• Não faça mensurações da pressão arterial em um braço que apresente um
cateter de linha média inserido nele;
• Não use hemostatos e pinças com dentes ou bordas afiadas no cateter;
• Não utilize uma agulha mais longa que 2,5 cm para lavar o cateter, porque ela
poderia puncionar a luz. Se possível empregue um sistema sem agulha.

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Orientação ao paciente:
• Ensine o paciente e o acompanhante sobre o cateter;
• Oriente-o a não aplicar pressão na axila nem na superfície interna do braço
(exemplo: uso de muleta), pois, pode deslocar o cateter ou irritar a veia.

Cateter central inserido em nível periférico


Este tipo de cateter, comumente chamado de PICC, é inserido em uma veia
periférica e empurrado até que a extremidade do cateter se localize na veia cava
superior, conforme mostra a figura a seguir.

Geralmente, o PICC é empregado nos pacientes que recebem


quimioterapia, hiperalimentação, transfusões sangüíneas, coleta de sangue
freqüentes, tratamento com antibióticoterapia, e outros medicamentos que requerem
terapia endovenosa de longa duração.
Pode-se utilizar o PICC para infundir soluções com osmoralidade de 600
mOsm/l ou mais e pH abaixo de 6 ou acima de 8.
Os PICCs são feitos de silicone ou de poliuretano, com uma ou duas luzes.
Os cateteres de luz única variam de 16 a 28; os modelos com luz dupla variam de 2

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a 5. Apresentam cerca de 50 a 60 cm de comprimento e os cateteres de luz única
podem ser cortados até um comprimento específico.

Executando a técnica:
Providenciar:
• O medicamento prescrito e preparado;
• 2 seringas com 3 ml de soro fisiológico;
• 1seringa com solução de heparina (conforme padronização da instituição);
• Compressa de gaze ou algodão com álcool;
• Luvas.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Confirme o posicionamento do PICC, usando uma seringa para aspirar e
observar o refluxo do sangue, e se estiver administrando a primeira dose do
medicamento por um PICC recém-implantado, certifique-se de que o paciente
tenha feito uma radiografia de tórax para confirmar o posicionamento do
cateter;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Meça o comprimento do cateter que se estende desde o braço do paciente, a
fim de confirmar que ele não migrou desde que foi inserido;
• Faça assepsia da porta de injeção com a compressa com álcool;
• Usando técnica asséptica, lave o equipo com soro fisiológico. Se observar
resistência, pare a infusão, (pode estar obstruído), comunique o médico para
avaliar a necessidade de um RX para pesquisar uma dobra no cateter,
prescrever a terapia para dissolver um coágulo, ou a administração de um
medicamento para modificar o pH de um precipitado e transformá-Io
novamente em solução;
• Se o cateter apresenta-se permeável termine o procedimento de lavagem;
• Limpe novamente a porta de injeção com uma compressa com álcool;
• Injete o medicamento conforme a prescrição;

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• Reidrate a via com soro fisiológico entre cada infusão medicamentosa;
• Descarte os materiais usados de acordo com as precauções padrões;
• Cheque na prescrição do paciente o medicamento ou solução administrada, a
data e hora em que foi administrado. Anote o volume da solução usada para
lavar o cateter, a tolerância do paciente ao cateter e às infusões através dele,
a condição do local de inserção e a troca do curativo e as instruções que
tenha fornecido ao paciente.

Observações de Enfermagem:
ƒ Sempre empregue técnica asséptica quando trabalhar com PICC;
ƒ Fixe cuidadosamente todas as uniões entre o equipo venoso e os dispositivos
acrescentados para a administração de medicamento para diminuir o risco de
complicações;
ƒ O PICC pode permanecer no local durante meses, até por um ano ou mais,
se não surgirem complicações;
ƒ Observe se advêm complicações, como fIebite mecânica, sangramento,
infecção, trombose, migração ou deslocamento do cateter, embolia gasosa,
dor e fratura do cateter.

Orientações ao paciente:
ƒ Oriente o paciente sobre a PICC e que deve relatar alterações no braço
(como dormência, formigamento, resfriamento ou sensibilidade diminuído) ou
no local de inserção (como calor, dor, inchação, rubor ou dor).

Cateter venoso central tradicional:


Um cateter venoso central pode ser utilizado para fornecer líquidos e
medicamentos pela veia cava superior (ocasionalmente pela veia cava inferior), para
se monitorar a pressão venosa central e a eficiência cardíaca, bem como para se
obterem amostras sangüíneas. Os líquidos e medicamentos se diluem rapidamente
na grande veia cava, reduzindo, assim, o risco de flebite química, sendo assim, pode
ser usada para administrar líquidos altamente osmolares ou cáusticos.

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Executando a técnica:
Providencie:
ƒ O medicamento prescrito;
ƒ Um sistema de fornecimento para o medicamento;
ƒ Luvas de procedimento e estéreis;
ƒ Uma seringa de 10 ml com soro fisiológico;
ƒ Uma seringa de I0 ml com solução de heparina;
ƒ Compressas embebidas com álcool ou iodopovidona;
ƒ Compressas de gaze de 10 x 10 cm;
ƒ Um dispositivo de fixação, se necessário.

Executando a ação:
ƒ Verifique a prescrição médica;
ƒ Prepare o medicamento prescrito de acordo com o ordenado;
ƒ Oriente o paciente sobre o procedimento;
ƒ Lave as mãos e calce as luvas;
ƒ Após retirar o curativo, limpe a porta do protetor com uma compressa com
álcool ou iodopovidona. Mantenha o protetor em uma das mãos e a seringa
com soro fisiológico;
ƒ Retire o protetor da agulha com a outra mão e cuidado para não tracionar o
cateter;
ƒ Introduza a agulha com a seringa dentro da porta de injeção, abra o clampe
do cateter, aspire e observe o refluxo do sangue; se refluir injete soro
fisiológico para lavar o cateter, que não deve apresentar resistência;
ƒ Caso apresente resistência, verifique se o clampe está aberto e se o cateter
não tem dobras. Se ainda assim não é possível lavá-lo, avise o médico;
ƒ Antes de terminar o soro fisiológico da seringa, feche o clampe para manter a
pressão positiva e retire a seringa do cateter;
ƒ À medida que você se aproxima da extremidade da solução de lavagcnl
enquanto ainda a está empurrando, recoloque o clampe no cateter plllll
manter a pressão positiva. Retire a seringa de lavagem;

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ƒ Limpe novamente a porta da tampa protetora de injeção com uma compressa
com álcool ou iodopovidona e a seguir introduza a seringa com medicamento
prescrito. Abra o clampe e faça a infusão do medicamento;
ƒ Limpe a porta novamente para remover resíduos do medicamento. Injete a
solução de lavagem e, em seguida, introduza a seringa com solução de
heparina e lave o cateter usando a mesma pressão contínua. À medida que
você empurra o mililitro final da solução, volte a fechar o clampe do cateter;
ƒ Coloque outro curativo no local;
ƒ Descarte os materiais usados em local apropriado;
ƒ Atenção: Quando administrar um medicamento ou um líquido que seja
incompatível com a heparina, certifique-se de lavar o acesso com soro
fisiológico antes de lavá-lo com heparina;
ƒ Cheque o medicamento e a dose prescrita na papeleta do paciente. Anote a
data e hora; a permeabilidade da via; a tolerância do paciente ao
procedimento; as complicações e as medidas adotadas para solucioná-las, o
aspecto do local de inserção e o curativo realizado e as orientações
fornecidas.

Observações de Enfermagem:
ƒ Para evitar a infecção relacionada ao dispositivo, mantenha técnica asséptica
estrita ao fornecer soluções, trocar os tubos e fazer o curativo no local de
inserção;
ƒ Lave regularmente o dispositivo quando parar uma infusão venosa, sempre
que o cateter não estiver sendo usado e depois da coleta de sangue. Quando
lavar o cateter com heparina, utilize a mais baixa concentração possível (de 1
a 10 U/ml em lactentes e de 10 a 100 U/ml em crianças e adultos);
ƒ Em geral, o volume de lavagem apropriado é igual a duas vezes a capacidade
da cânula e do dispositivo acrescentado; dessa maneira, o volume
administrado varia com o cateter que está sendo utilizado;
ƒ Atenção aos riscos de complicações que podem ocorrer com o cateter venoso
central, como pneumotórax (durante a inserção do cateter), infecção,

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tamponamento cardíaco, trombose e embolia gasosa;
ƒ Além das complicações, o cateter venoso central pode ser lesionado pela
manipulação freqüente, elevadas pressões de lavagem e uso de tesoura ou
clampe serrilhado. Uma pessoa treinada pode corrigir provisoriamente um
cateter comprometido usando uma agulha com extremidade cega.

Orientação ao paciente:
ƒ Explique ao paciente a finalidade do cateter venoso central. Se o paciente for
passar por terapia venosa central em casa, certifique-se de que ele ou o
cuidador sabe como cuidar do local, como lavar o acesso, como administrar
os medicamentos ou soluções e como reconhecer e responder às
complicações.

Portas de acesso vascular (PAV):


O PAV conhecido como portocath é um dispositivo cirurgicamente
implantável, em geral, na parede torácica, ou às vezes no espaço antecubital,
podendo permanecer na posição por longos anos. Este dispositivo proporciona
acesso venoso confiável e costuma ser utilizado para administração intermitente
(não contínua) de medicamentos.
Um PAV típico apresenta um reservatório rígido com um septo de borracha
auto-selante no ápice ou na lateral, como mostra a figura.

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A extremidade de um cateter preso libera o medicamento a partir da PAV
para dentro de uma veia central, em geral a veia cava superior, próximo ao local
onde ela penetra no átrio direito. Como mostra a figura.

Os cateteres empregados com as PAVs variam de 6F a 10F (para uma luz)


e de 10F a 13F (para duas luzes). O cateter já vem preso ao reservatório ou vem

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como um sistema de duas partes que é conectado depois da inserção. O cateter
original varia de comprimento de 50 a 75 cm, podendo ser cortado para adaptação.
Para injetar um medicamento ou soluções dentro do PAV ou mesmo coletar
sangue, o ideal é utilizar uma agulha especial, sem núcleo, a qual apresenta um
ponto defletido ou angulado que fatia o septo, dessa maneira, ao retirar a agulha, o
septo pode selar o orifício.
As agulhas sem núcleo vêm nos tamanhos 19, 20 e 22, com comprimento
de 3 a 5 cm. As grandes agulhas sem núcleo, 14 e 16, estão dispostas para infusões
de alto fluxo e líquidos viscosos. A maioria das PAVs é idealizada para suportar até
2.000 punções com uma agulha 22 sem núcleo.
Atenção: Quanto maior for a agulha utilizada, mais curta será a vida útil da
PAV. Quanto menor for a seringa utilizada, maior será a pressão criada dentro do
dispositivo - pressão que pode fraturar a PAV ou o cateter inserido.
É necessário treinamento especial para administrar com segurança os
medicamentos em uma PAV. Pode-se usar uma agulha reta sem núcleo para as
injeções em bolo e uma agulha em ângulo reto, sem núcleo, com um equipo de
extensão preso para injeções em bolo ou para infusões. Em todos os casos deve
empregar técnica asséptica estrita e manter o dispositivo permeável.

Administração em bolo por uma porta de acesso vascular

Executando a técnica:
Providencie:
ƒ O medicamento prescrito;
ƒ Uma agulha sem núcleo, de tamanho apropriado;
ƒ Três compressas com álcool;
ƒ Três compressas com iodopovidona;
ƒ Uma seringa que contenha 3 a 5 ml de solução de heparina (100 U/ml);
ƒ Uma seringa de 10 ml com soro fisiológico;
ƒ Um equipo de extensão de 11,5 cm quando necessário;
ƒ Material de curativo;

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ƒ Gaze estéril de 5 x 5 cm;
ƒ Uma máscara;
ƒ Uma toalha estéril, fita adesiva e luvas estéreis.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente;
• Lave as mãos; em seguida, palpe para avaliar a profundidade e o tamanho da
PAV;
• Se o paciente estiver ansioso ou se a PAV foi instalada recentemente, aplique
um anestésico tópico, 60 minutos antes da injeção, ou use uma compressa de
gelo por 1 a 2 minutos imediatamente antes da injeção;
• Lave as mãos novamente, posicione o equipamento sobre um campo estéril e
calce as luvas esterilizadas;
• Fixe a seringa com soro fisiológico ao equipo de extensão e, em seguida, a
agulha sem núcleo;
• Tire todo o ar do sistema;
• Faça assepsia usando as compressas com álcool, em seguida com
iodopovidona. Inicie no centro e para fora, em espiral, por cerca de 5 cm.
Deixe o iodopovidona secar ao ar livre antes de aplicar a injeção;
• Estabilize a PAV entre o polegar e o dedo indicador;
• Mantenha a agulha sem núcleo como se fosse um dardo em um ângulo de 90
graus sobre a PAV;
• Empurre a agulha em linha reta por meio da pele e do septo até que ela
colida com a trava da agulha;
• Verifique o posicionamento correto da agulha ao aspirar o sangue. Se não
refluir, peça ao paciente que tussa, se vire, levante os braços ou respire
profundo. Se ainda assim você não obtiver refluxo, retire a agulha e tente em
um local diferente. As repetidas punções da agulha no mesmo ponto podem
causar erosão da pele sobre o septo e, possivelmente, infecção;
• Injete continuamente os 5 ml de soro fisiológico. Se apresentar resistência,

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reposicione a agulha e tente injetar novamente a solução;
• Após lavar com soro fisiológico, clampeie o equipo, retire a seringa de soro
fisiológico e conecte a seringa com medicamento prescrito e injete-o;
• Lavar o equipo e a porta com 5 ml de soro fisiológico após cada medicamento
para diminuir o risco de incompatibilidade medicamentosa. Clampeie o equipo
de extensão cada vez que trocar as seringas;
• Ao término do medicamento e após ter lavado com soro fisiológico, lave o
equipo com 3 a 5 ml de solução com heparina de acordo coma padronização
local;
• Para retirar a agulha, estabilize o reservatório entre o polegar e o indicador.
Em seguida, segure firme a agulha e puxe-a reta para cima e para fora. Não
torça nem gire a agulha.

Atenção:
• Use um dispositivo de proteção e retire a agulha sem núcleo com
cautela, pois poderá encontrar resistência, aumentando o risco de
perfurar-se;
• Após retirar a agulha, poderá apresentar no local de inserção, uma
discreta secreção serossanguinolenta. Faça um curativo com assepsia no
local;
• Descarte os materiais usados de acordo com a padronização local;
• Anote como se apresenta o local e todo procedimento para acessar uma
PAV ou retirar uma agulha, os medicamentos ou líquidos infundidos o
tamanho da agulha utilizada, as trocas de curativo realizadas, a resposta
do paciente aos procedimentos; as complicações que tenha apresentado,
e as condutas de enfermagem empreendidas para controlá-Ias e a
instrução dada ao paciente.

Observações de Enfermagem:
• Estar atento às complicações, como hematoma, oclusão, infecção, embolia
gasosa, extravasamento e deslocamento da PAV e orientar o paciente e

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acompanhante quanto às mesmas;
• Determinados medicamentos como diazepan, gluconato de cálcio e fenitoína,
são propensos a precipitar no aparelho e ocluir o cateter. Algumas instituições
utilizam ácido clorídrico ou bicarbonato de sódio para quebrar o precipitado.
As oclusões por lipídios podem ser, às vezes, depuradas com álcool etílico;
• Eritema no local da PAV pode ser o primeiro sinal de infecção, para evitá-la
utilizar técnica asséptica estrita durante a inserção e os cuidados rotineiros;
• Se o paciente se queixa de queimação no local da porta, a agulha pode ter se
deslocado, gerando o extravasamento. Observe se há edema sob o braço do
paciente ou na área do pescoço. Se achar que a PAV está deslocada,
comunique o médico que avaliará a necessidade de pedir uma radiografia.

Como lavar a porta de acesso venoso:


• Primeiramente, localize a porta apalpando a área;
• Após preparar o local, introduza a agulha sem núcleo;
• Quando lavar, estabilize a agulha e mantenha a pressão positiva.

Administração de infusão por uma porta de acesso vascular


Uma PAV também pode ser usada para infusão de soluções de nutrição,
hemoderivados, reposição hídrica entre outras. Para manter o cateter fixo, será
preciso usar uma bomba de infusão com uma taxa de pressão inferior da PAV e
sempre utilize as conexões com luer-lock para evitar a embolia gasosa que pode
resultar da desconexão do equipo.

Executando a técnica:
Providencie:
• Luvas esterilizadas;
• Uma máscara;
• Três compressas com álcool e três compressas com iodopovidona;
• Uma seringa de 10 ml com soro fisiológico;
• Uma agulha sem núcleo e em ângulo reto;

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• Um equipo de extensão com luer-lock e clampe (conforme necessário);
• Uma toalha estéril;
• A solução venosa prescrita;
• Um equipo de administração;
• Um dispositivo de controle de infusão;
• Faixas adesivas esterilizadas;
• Gaze esterilizada de 5 x 5 cm;
• Um curativo com membrana semipermeável transparente esterilizado.

Executando a ação:
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente;
• Lave as mãos;
• Examine e palpe o local de acesso e o trajeto do cateter;
• Lave as mãos novamente, reúna o frasco da solução e o equipo vazio;
• Usando técnica asséptica, jogue o material sobre toalha esterilizada;
• Coloque a máscara e calce as luvas esterilizadas;
• Faça assepsia no local usando as compressas com álcool e, em seguida, com
iodopovidona, deixe secar ao ar livre;
• Empregando técnica asséptica, estabilize a porta e introduza a agulha em um
ângulo de 90 graus até que ela toque a parada de agulha na parte posterior
do reservatório da porta;
• Introduza a seringa com soro fisiológico e aspire o refluxo de sangue, se
presente, lave o cateter e feche o clampe. Mantenha pressão positiva na PAV
e no equipo;
• Atenção: Quando a aspiração e a lavagem se mostram difíceis, reposicione o
paciente e tente novamente. Notifique um médico, caso a aspiração e a
lavagem não consigam um refluxo imediato de sangue;
• Estabilize a agulha em seu manúbrio usando as faixas adesivas esterilizadas.
O ângulo reto da agulha sem núcleo deverá ficar o mais próximo possível da
pele. Coloque uma compressa de gaze esterilizada de 5 x 5 cm sob a agulha

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para apoio, se necessário. Cubra a agulha com um curativo de membrana
semipermeável transparente;
• Certifique-se de que o local esteja visível, e observe se há edema, eritema,
drenagem, sangramento ou contusão;
• Conecte o equipo venoso ao de extensão da agulha;
• Abra o clampe do equipo de administração e do equipo de extensão, comece
a infusão. Fixe firmemente o equipo e a extensão com fita adesiva para evitar
a imposição de tensão sobre ele e o deslocamento acidental da agulha;
• Durante a infusão, e pelo menos a cada 8 horas, verifique se há infiltração
especialmente quando se administra um medicamento vesicante;
• Despreze os materiais usados de acordo com a padronização local;
• Quando estiver administrando terapia de longo prazo, troque a agulha sem
núcleo e o equipo de extensão pelo menos a cada 7 dias. Troque as tampas
protetoras de injeção de um sistema sem agulha no mesmo período. Troque o
curativo oclusivo esterilizado a cada 3 a 7 dias (imediatamente, se ele estiver
frouxo, sujo ou molhado) de acordo com a padronização da instituição;
• Lave regularmente o cateter com 5 ml de soro fisiológico empregando uma
técnica de fluxo pulsátil, a fim de limpar os resíduos de fibrina da luz e
diminuir o risco de formação de uma bainha de fibrina. Em seguida, use 3 a 5
ml de solução de heparina (100 U/ml) ou de acordo com a padronização local.
(Se a porta estiver presa a um cateter Groshong, use 10 a 20 ml de soro
fisiológico);
• Quando estiver usando o lúmen de uma PAV de luz dupla, rotule as luzes
com cuidado. Lave a porta latente conforme a padronização. A rotatividade
das portas durante a terapia prolongada pode aumentar a vida útil do septo;
• Atenção: Não faça pressão excessiva ao lavar uma PA V de luz dupla porque
o cateter e a PAV podem se separar;
• Registre sua avaliação do local de acesso, as condutas empregadas para
acessar a PAV ou retirar uma agulha, os medicamentos ou líquidos
infundidos, o tamanho da agulha utilizada, as trocas de curativos, a resposta
do paciente aos procedimentos, as instruções fornecidas ao paciente e

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus
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acompanhante e as complicações percebidas e as condutas empregadas
para controlá-Ias.

Observações de Enfermagem:
• Estar atento às complicações, como hematoma, oclusão, infecção, embolia
gasosa, extravasamento e deslocamento da PAV;
• Alguns medicamentos, como diazepam, gluconato de cálcio e fenitoína, são
propensos a precipitar no dispositivo e ocluir o cateter. Algumas instituições
usam ácido clorídrico ou bicarbonato de sódio para dissolver o precipitado. As
oclusões por lipídios podem ser, às vezes, depuradas com álcool etílico;
• Eritema no local da PAV pode ser o primeiro sinal de infecção, para evitá-la
use técnica asséptica durante a inserção e os cuidados de rotina;
• Se o paciente se queixa de queimação no local da porta, avalie se a agulha
deslocou, causando extravasamento. Observe se há edema sob o braço do
paciente ou na área do pescoço. Comunique o médico, para avaliar a conduta
e se há necessidade de fazer uma radiografia.

Orientação ao paciente:
• Forneça ao paciente material por escrito sobre a PAV, incluindo o tipo, o
nome comercial, a localização, o comprimento do cateter e das agulhas de
acesso, a data da inserção, a condição na alta e o ambiente em que foi
instalada e por quem. Instrua o paciente a manter essas informações à mão e
apresentá-Ias aos profissionais de saúde quando necessário. Tranqüilize-o de
que uma PAV não irá restringir suas atividades, e que exige pouca
manutenção, exceto quando a porta estiver em uso;
• Quando a PAV é usada em casa para infusões periódicas, oriente o paciente
e o cuidador como acessá-Ia. Ressalte que ele deve sentir a agulha colidindo
com o fundo do reservatório antes de ele começar a infusão ou injeção;
• Ensine ao paciente como confirmar o posicionamento certo da agulha com um
refluxo de sangue e como trocar o curativo. Oriente-o como e quando lavar a
PAV, como reconhecer complicações locais e sistêmicas, e quando relatar

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus
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uma complicação. Há necessidade de que ele traga consigo uma identificação
de que faz uso da PAV;
• Não manipular a PAV sob a pele, pois poderá deslocar o cateter ou a própria
porta.

SIGA OS CINCO CERTOS DA ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS

Os cinco certos são um modo eficaz e seguro para evitar erros na


administração de medicamentos, e consiste em ter o medicamento certo, na dose
certa, para o paciente certo, no tempo certo e a administração na via certa.

A medicação certa:
O enfermeiro (a) precisa saber sobre:
• Sua indicação, ação, reações adversas, interação medicamentosa, tempo de
infusão, volume de diluição, via de administração;
• Conferir o rótulo da medicação quantas vezes for necessário e verificar a data
de validade.

A dose certa:
A dose correta do medicamento se obtém através do cálculo da dose
prescrita, empregando fórmulas padronizadas. Alguns medicamentos, como os
comprimidos, já vêm comercialmente preparados e estão disponíveis em inúmeros
tamanhos, diminuindo a quantidade de cálculos e evitando o risco de fornecer a
dose errada de medicamento ao paciente. Porém, quando se refere a crianças
menores, continua sendo imprescindível calcular as doses desses fármacos antes
de ministrá-los.

Para garantir a administração da dose correta, siga estas instruções:


• Avalie se a dosagem está correta em relação ao diagnóstico do paciente, a
idade e ao medicamento prescrito;

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus
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• Verifique 2 vezes o cálculo, quando este indica que você precisa de 2 vezes
ou mais unidades da dosagem para preparar uma dose prescrita;
• Verifique 2 vezes o cálculo, quando o cálculo indica que é necessário apenas
uma pequena fração da unidade da dose para preparar a dose prescrita;
• Quando o resultado do cálculo for em número decimal, coloque um zero na
frente de um ponto decimal, que não tenha outro número diante dele
(exemplo: 0,25 mg ao invés de .25 mg – para não confundir com 25 mg). E
nunca escreva um zero depois de uma dose em número decimal (exemplo:
uma dose de 0,25 mg para 0,250 mg);
• Verifique duas vezes todos os seus cálculos, e no caso de dúvidas confirme
com outro enfermeiro ou farmacêutico.

Prescrever a dose certa e administrar a dose correta:


• Em pediatria as doses são calculadas usando o peso corporal ou a área da
superfície corporal (ASC), geralmente utilizada em pacientes em tratamento
quimioterápico;
• As variações na dose de referência do adulto, em vez da dosagem em
quilograma, podem ser usadas em crianças que pesam mais de 50 kg.

Em pediatria, deve-se calcular a dose de medicação em mililitros (ml),


mediante o uso de regra de três, para se evitar doses errôneas.

Fórmula para cálculo de medicação: regra de três simples:

Concentração do frasco ____ solvente


Prescrição médica ____ X
Paciente certo:
• Identificar o paciente com uma pulseira, com seu nome e leito ou através de
seus pais no caso de bebês ou crianças menores;
• Perguntar o nome das crianças maiores, e ficar atento quando houver
crianças com o mesmo sobrenome na unidade.

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Hora certa:
O horário certo de administração de medicamentos pode ser terapêutico
e/ou prático. Para fins terapêuticos, o horário certo é aquele que mantém os níveis
equilibrados do medicamento na corrente sangüínea do paciente. O horário certo em
termos práticos é aquele que convém à equipe e ao paciente, sabendo que a
terapêutica têm preferência em relação à prática.
Os medicamentos ministrados em intervalos incorretos podem afetar os
níveis sangüíneos terapêuticos. Para que isso não ocorra, deve-se especificar
intervalos e determinar os picos e as quedas dos medicamentos ao planejar os
horários corretos, a fim de manter um nível consistente da substância na corrente
sangüínea e maximizar seu efeito, além de trazer benefícios ao paciente, como
evitar a interrupção do sono, não interferir no horário das refeições e ajudar na
memorização para dar continuidade do tratamento em casa.

Via certa:
• A escolha da via de administração é influenciada pelo volume administrado, a
velocidade de absorção e distribuição do medicamento, afetando, portanto, a
ação do medicamento e a resposta do paciente.

Sistema métrico de medidas:


Este sistema, sendo cada vez mais utilizado nas prescrições médicas,
consiste no uso da fração decimal e tem como unidade básica o litro(l), o mililitro
(ml), o grama (g), o miligrama (mg) e o micrograma (ug ou mcg).

Portanto:
Unidade básica de peso corresponde a:
1 kg = 1.000 gramas (g);
1 g = 1.000 miligramas (mg);
1 mg = 1.000 microgramas (ug ou mcg).

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Unidade básica de volume corresponde a:
1 litro (l) = 1.000 militros (ml).

Exemplo: Se a prescrição médica está em miligramas é necessário transformar


a grama do frasco de medicação em miligramas antes de calcular a dose a ser
administrada:
Prescrição médica = Keflin 750 mg - 6/6 h
Frasco contém = 1 g
Transformando: 1g ---------- 1.000 mg
1,5 g ------- X
1.X = 1,5 . 1.000
X = 1.500 mg

CÁLCULO DE GOTEJAMENTO DE SORO E MEDICAMENTOS

Os medicamentos se apresentam em gramas ou miligramas em forma de


soluto contido em ampolas (exemplo: Gentamicina – 50 mg/ml, ampola com 2 ml),
ou em frasco-ampola com pó liofilizado (exemplo: Ceftriaxona – 500 mg e de 1000g)
devendo ser diluídos em solução de água destilada ou com a solução que
acompanha o medicamento. A Penicilina Cristalina se apresenta em Unidades
Internacionais (UI), em frasco ampola e como pó liofilizado contendo líquido imerso
na solução em pó que depois de reconstituído aumenta o volume da solução da
seguinte forma:
ƒ O frasco ampola com 5.000.000 UI acresce 2 ml no final da diluição;
ƒ O frasco ampola com 10.000.000 UI acresce 4 ml no final da diluição.

CÁLCULO PARA MEDICAÇÃO ENDOVENOSA

Regra de três
Concentração do frasco ____ solvente
Prescrição médica ____ X

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Exemplo 1:
Prescrição médica: Amicacina 350 mg – EV – 1 vez ao dia. A farmácia
enviou uma ampola com 2 ml contendo 500 mg/ml, ou seja, a ampola já vem com a
solução de 500 mg diluída em 2 ml. (cada 1 ml da solução contém 250 mg de
medicamento).

Montando a regra de três:

1000 mg - 2ml = 350 x 2 = 700 = 0,7ml


350 mg - x 1000 1000
ou, então
500 mg - 1 ml = 350 x 1 = 350 = 0,7 ml
350 mg - x 500 500

Resposta: a dose a ser administrada será de 0,7 ml da solução diluída.

Exemplo 2:
Prescrição médica: Penicilina cristalina 180.000 UI – EV – 4/4h. A farmácia
enviou um frasco ampola contendo 5.000.000 UI para ser diluído em 3 ml de água
destilada + 2 ml/pó.

Calculando:

5.000.000 - 5 ml = 180.000 x 5 = 900.000 = 0,18ml


180.000 - X 5.000.000 5.000.000

Resposta: a dose a ser administrada será de 0,18 ml da solução diluída.

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Exemplo 3:
Prescrição médica: Hidrocortizona 270 mg – EV – 6/6h. A farmácia enviou
um frasco ampola contendo 500 mg para ser diluído em 4 ml de água destilada.

Calculando:

500 mg - 4 ml = 270 x 4 = 1.080 = 2,16 = 2,2ml


270 mg - x 500 500

Resposta: a dose a ser administrada será de 2,2 ml da solução diluída.

Em algumas situações, no cálculo de medicação, precisamos arredondar os


números decimais, seguindo esta regrinha:
• Se o algarismo a ser eliminado for maior ou igual a 5, deveremos substituir o
primeiro algarismo que está à sua direita pelo sucessor.
Exemplo: 4,38 ------ o número a ser eliminado (8) é maior que 5, portanto o 3
é substituído por 4. Arredondando: 4,38 = 4,4.

• Se o algarismo que vai ser eliminado for menor que 5, o primeiro algarismo que
está à sua esquerda deverá ser mantido.
Exemplo: 5,52 ----- o número a ser eliminado (2) é menor que 5, portanto, o 2
aproxima-se para menos. Arredondando: 5,52 = 5,5.

Após o cálculo da dose certa, nos casos de RN e lactentes os medicamentos


devem ser re-diluídos em SF0,9% ou SG5%, para evitar intensificação das reações
adversas, devido à imaturidade fisiológica e irritação dos vasos sangüíneos. O
volume da solução usada para re-diluição e o tempo de infusão está relacionada ao
tipo de medicação, idade e peso da criança e processos patológicos, sendo
geralmente prescrito pelo médico. O equipamento ou material a ser utilizado para
infusão deverá ser preparado pelo enfermeiro da unidade, devendo optar por bomba
de infusão ou bureta.

180
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Sendo necessário a re-diluição dos medicamentos após a sua
reconstituição, deve-se calcular o gotejamento através do cálculo de soro em
macrogotas, em microgotas ou utilizar o esquema abaixo, para as infusões em
fração de horas se caso for usar a bureta:

Tabela para infusões em fração de hora para micro-gotas:


TEMPO DE INFUSÃO CÁLCULO DO GOTEJO
60 minutos Volume x 1
30 minutos Volume x 2
20 minutos Volume x 3
15 minutos Volume x 4
10 minutos Volume x 6
5 minutos Volume x 12

Utilizando os exemplos acima:

Exemplo:
A dose de Amicacina a ser administrada será de 0,7 ml devendo ser re-
diluída em 30 ml de SF0,9% para correr em 30 minutos na bureta.

Calculando o gotejamento:

Número de gotas = V = 30,7 = 61,4 microgotas por minuto, ou então


H 0,5

Número de gotas = volume x 2 = 30,7 x 2 = 61,4 microgotas por minuto.

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CÁLCULO DE GOTEJAMENTO DO SORO

Cálculo de soro em microgotas:


Regra básica: número de microgotas prescrito é igual ao volume que se quer
infundir em 1 h.
Número de microgotas/minuto = número de ml/hora
1microgota/min. = 1 ml/h
1gota/min. = 3 microgotas / min. = 3 ml/h

Fórmula: microgotas = V
H
Exemplo 1:
Prescrição médica: SG5% 300 ml
SF0, 9% 120 ml
Nacl 19,1% 3 ml
Kcl 20% 4 ml
Correr em 6 horas

Soma-se todos os componentes do soro e calcula-se o gotejamento


usando a fórmula:
Microgotas =427 = 71,16 = 72 microgotas/min
6

Exemplo 2:
Prescrição médica: SG5% 400 ml
Glicose 25% 20 ml
Nacl 19,1% 4 ml
Kcl 20% 4 ml
Correr em 8 horas

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Soma-se todos os componentes do soro e calcula-se o gotejamento
usando a fórmula:
Microgotas = 428 = 53,5 = 54 microgotas/min.
8

Cálculo de soro em macrogotas:

Fórmula: gotas = V
Hx3

Exemplo 1:
Prescrição médica: SG5% 400 ml
SF0, 9% 100 ml
Nacl 19,1% 3 ml
Kcl 20% 4 ml
Vitamina C 6 ml
Correr em 6 horas

Soma-se todos os componentes do soro e calcula-se o gotejamento


usando a fórmula:
Gotas = 513 = 513 = 28,5 = 29 gotas por minuto
6x3 18

Exemplo 2:
Prescrição médica: SG5% 300 ml
Nacl 19,1% 4 ml
Kcl 20% 6 ml
Glicose 25% 20 ml
Correr em 8 horas

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Soma-se todos os componentes do soro e calcula-se o gotejamento
usando a fórmula:
Gotas = 330 = 330 = 13,75 = 14 gotas/ min.
8x3 24

Cálculo para bomba de infusão:

1. Prescrição Médica (PM), dividido pela hora, será o ml/h que se deve pôr na
bomba de infusão.

Exemplo 1:
Soro Fisiológico 1000 ml em 08 h
1000: 8 = 125 ml/h

Exemplo 2:
Soro Glicosado 5 %, 250 ml em 13 h
250: 13 = 19,2 ml/h

2. Prescrição Médica (PM), dividido pelo ml/h solicitado, será obtida a hora que
o soro levará para correr.

Exemplo 1:
Soro Fisiológico 500 ml, correr 25 ml/h
500: 25 = 20 horas

Exemplo 2:
Soro Glicosado 10% 1000 ml, correr 83 ml/h
1000: 83 = 12 horas

3 – Prescrição Médica em microgotas e só colocar o nº de micro pedido


direto na bomba.

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Exemplo:
Soro Fisiológico 250 ml correr 30 microgotas/minuto
Colocar 30 ml/h na bomba de infusão

4 – Caso você não tenha bomba de infusão e a PM seja dada em ml/h, divida
o ml do soro com ml/h e use a fórmula tradicional:
V = gotas
hx
Exemplo 1:
SF0, 9% 1000 ml correr em 20 ml/h = 1000: 20 = 50
V = gotas = 1000 = gotas = 1000 = gotas = 1000: 150 = 6,6 gts = 7 gts/min.
Hx3 50 x 3 150

Exemplo 2:
Soro Fisiológico 1000 ml correr 83 ml/h
1000: 83 = 12 h
V = gotas = 1000 = gotas = 1000 = gotas = 1.000: 36 = 27,7 = 28 gotas/min.
HX3 12 X 3 36

Exemplo 3:
Soro glicosado 50 ml correr 20 ml/h
50: 20 = 2,5 h
V = gotas = 50 = gotas = 50 = gts = 50: 7.5 = 6.6 gts/min.= 7gts/min.
HX3 2.5 x 3 7.

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Bibliografia Consultada

Administração de medicamentos. Reichmann & Affonso Editores. Rio de Janeiro,


2002. Editora Eletrônica: M.M. Freire. Traduzido de Nurses Clinical Guide Medication
Administration.

GIOVANI, Arlete M.M. Enfermagem. Cálculo e administração de medicamentos.


10ª edição. São Paulo, Scrinium, 2002.

H.P.Rang, M.M.Dali, J.M.Ritter. Farmacologia, 4ª edição. Editora Guanabara


Koogan, 2000.

ZANINI, Antônio Carlos e colaboradores. Farmacologia Aplicada, 5ª edição São


Paulo, Atheneu, 1994.

-----------FIM DO MÓDULO V-----------

-----------FIM DO CURSO-----------

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