Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Objetivo:
Isto acontece nas farmácias – para além da medicina, existem outros cuidados pelos
quais os farmacêuticos são responsáveis → As atividades que integram os Cuidados Farmacêuticos são
eminentemente atividades clínicas, ou seja, praticadas junto do doente com o objetivo de melhorar os
resultados em saúde.
NOTA: Clínica ≠Médico → Mas ambos apresentam a filosofia na qual o utente é a peça central.
Estrutura – farmácia;
Processo – evidência científica para a prestação do cuidado;
Resultado – ver se existem resultados negativos ou não baseados neste processo com base na evidência
clínica.
1.
2.
Temos que ver se a nossa informação tem qualidade e se é boa evidência.
2
maior peso aos estudos com mais eventos
e/ou aos estudos de qualidade superior.
3. ,
5.
3
Validade = Veracidade
Terciárias: Enciclopedias.
AIM- necessário RCM. Qualquer alteração ao conteúdo do RCM requer aprovação prévia da autoridade
competente. É a partir dele que é redigido o FI.
4
EMA – European Medicines Agency → Acesso a RCM e FI dos medicamentos sujeitos a AIM por procedimento
centralizado.
1. O MEDICAMENTO É NECESSÁRIO?
Consultar:
✓ Resumo das Características do Medicamento;
✓ Fontes terciárias (medscape, drug.com);
✓ Pubmed (fontes secundárias, são bases de dados) → pode ter o uso off label (o RCM não tem) →
NOTA: As secundárias são mais demoradas em termos de pesquisa, logo ir às fontes terciarias!!
Perguntas possíveis: É para si este medicamento? (importante porque todo o processo vai ser focado naquele
paciente, e ele pode ir buscar para outra pessoa); Qual o seu problema de saúde?; De que se queixa?
NOTA: Início ação / Efeito máximo; Resultados clínicos esperados e valores normais, indicadores de
efetividade; Dose máxima.
Perguntas:
Tem alergias?
Tomas outros medicamentos?
É a primeira vez que toma?
• A dose deve ser calculada com base no peso, idade, superfície corporal e outros parâmetros.
Informação necessária: precauções com a toma, instruções utilização /manipulação, formas farmacêuticas
alternativas, medicamentos genéricos (são mais baratos, é melhor).
Exemplo:
Artrite reumatóide: aerossol aplicado com pressão do polegar, mas como tem artrite reumatoide e vive
sozinho. Ele pode não conseguir utilizar sozinho o medicamento e talvez é necessário encontrar soluções.
2.ª Fase - Informação oral e/ou escrita ao doente sobre uso correto do medicamento
5
Populações especiais:
Pediatria • Indicações não aprovadas (off- label )
• Maior risco de RAMs
• Ajuste de doses
• Forma farmacêutica não está adaptada ao
uso pediátrico.
• Instruções sobre uso colheres medida,
seringas
Geriatria Maior risco de RAMs e Interações – eles
tomam mais medicamentos logo mais
interações
• Ajuste de doses
• forma farmacêutica pode não estar
adaptada
Gravidez Teratogenicidade
• Efeitos no curso da gravidez
Lactação Passagem para o leite materno – propriedades
FQ e PK
• Efeitos na produção de leite
• Efeitos nocivos para a criança
Insuficiência renal • Propriedades PK – excreção renal?
• Ajuste de doses de acordo com ClCr
Insuficiência hepática
Quantitativo: depende da dose (quando podemos aumentar a dose e adere ou dose máxima e não adere).
1. Oferta do serviço
2. Primeira entrevista – história farmacoterapêutica; recolha de informação sobre medicamentos e problemas
de saúde
3. Estado de Situação – “fotografia” farmacoterapêutica do doente naquela data
4. Fase de Estudo – estudo dos medicamentos que o doente utiliza e dos problemas de saúde que apresenta
– precisamos de fontes de informação
5. Fase de Avaliação – identificação de RNMs
6
6. Elaboração Plano Acção – identificação de estratégias e prioridades
7. Fase de Intervenção – prevenção ou resolução dos PRMs identificados em colaboração com o doente e, se
necessário, com o médico
8. Resultado da Intervenção – aceite/não aceite; PS resolvido/não resolvido
9. Novo Estado de Situação – nova “fotografia” de acordo com a nova informação
10. Entrevistas sucessivas
Farmacoterapia
• Necessária (deve existir um problema de saúde que justifique o seu uso) para tratar doenças
• Efetiva (deve alcançar os objetivos terapêuticos)
• Segura (não deve produzir nem agravar outros problemas de saúde)
RNM podem estar associados aos medicamentos – interações, efeitos secundários – não tem de estar
associados a PRM.
7
• Dispensação clínica / validação de prescrição – Identifica PRM
• Seguimento farmacoterapêutico – Identifica RNM
Durante a entrevista: Podemos ser passivos (responder às perguntas que ele fizer) ou atuar de forma ativa
(damos- lhes a informação que sabemos que ele vai precisar).
Exemplo: utente toma hipertensor, mas as suas medições da pressão arterial estão 16/10. O que podemos
fazer? Primeiro avaliamos do uso do medicamento, colocar a hipótese que o paciente não está a aderir a
terapêutica. Educamos para a aderir a terapêutica e dar medidas não farmacológicas. Depois reavaliar, se
não mudar, mandar para o médico.
• Avaliação da farmacoterapia e intervenção para resolver qualquer PRM detetado – Mais importante!!
• Registar e documentar as intervenções farmacêuticas realizadas. Devemos sempre registar todos os PRM.
• Todo o processo deve estar documentado e deve ser prestado por farmacêuticos.
• Uso de formulários para identificar e registar os PRM, suas causas e respetivas intervenções farmacêuticas
efetuadas para resolver ou prevenir os desvios e documentar o serviço.
8
A intervenção farmacêutica na DCM visa corrigir o PRM detetado com
base na indicação, na adequação do medicamento, na posologia prescrita e nas condições de utilização por
parte do doente.
A dispensa de um medicamento pode ser pela primeira vez, ou pode ser de um medicamento que já toma
há algum tempo:
_______________________________________________________________________________________
- Posso ter mais do que um tipo de fármaco associado á mesma receita. Posso levantar quantas quantidades
eu quiser. Neste momento, estes tipos de receitas são obrigatórias!
______________________________________________________________________________________
Pharmaceutical care network europe (PCNE): tem trabalhado sobre revisão da medicação.
Revisão (objetivo: prevenir e identificar PRM) ≠ de Seguimento (aqui percebemos qual a evolução após a
nossa intervenção).
(na Inglaterra)- Permite avisar as pessoas que deviam fazer a revisão dos
medicamentos - Pode ser feito por médicos, farmacêuticos, enfermeiro…
Temos de saber o conhecimento do utente sobre a medicação que toma por isso perguntamos para cada
medicamento:
• Como toma?
• Quem prescreveu/indicou?
9
1 – apenas baseada no historial farmacoterapêutico – exemplo: vemos interações;
✓ avaliar problemas técnicos com a prescrição, só com a prescrição medica e histórico de medicação –
FOCO NA MEDICAÇÃO;
✓ possível identificar:
o duplicações terapêuticas;
o interações fármaco-fármaco;
o alguns efeitos adversos;
o doses pouco usuais;
o algumas questões relacionadas com a adesão à terapêutica (?).
Subdivide-se me 2A ou 2B:
A: sem o médico, pelo que é feita uma entrevista ao utente! (ver tabela em baixo).
B: interação com o médico assistente e acesso à informação a que o médico tem acesso – exemplo: acesso a
diagnósticos que tenha feito.
– Revisão da medicação clínica: Histórico farmacoterapêutico + entrevista ao paciente + dados
clínicos (exemplo análises ao sangue)→ FOCO NOS MEDICAMENTOS E RESULTADOS NA SAÚDE.
✓ problemas relacionados com uso do medicamento de acordo com as suas doenças ou condições
clínicas.
10
Para ser legível
A necessidade clínica deve ser identificada e documentada como um ou mais dos seguintes:
• o médico solicitou uma revisão do medicamento,
• o paciente tem várias doenças,
• paciente tem uma doença crónica,
• o regime de medicação do paciente inclui um ou mais não sujeitos a receita
medicamentos,
• o regime de medicação do paciente inclui um ou mais produtos naturais para a saúde,
• o paciente tem um problema de gerenciamento de medicamentos,
• paciente recebeu alta hospitalar recentemente,
• o paciente tem vários médicos a prescrever
• o paciente está recebendo medicamento que requerem monitoramento laboratorial (exemplo: varfarina).
10 minutos são necessários para reduzir os efeitos do uso incorreto da medicação – melhoria da prescrição e
mais satisfação por parte dos doentes.
1ª entrevista;
11
NOTA: A revisão da medicação é com a sua medicação atual e a reconciliação é com a sua medicação atual e
passada.
_______________________________________________________________________________________
“Intervenção farmacêutica, que consiste na comparação entre a medicação seguida pelo doente – antes da
hospitalização – e a prescrição hospitalar. Esta reconciliação é da responsabilidade do farmacêutico.
Processo formal de adequação do plano farmacoterapêutico a partir da comparação entre a lista exata e
completa de medicamentos que o paciente usava previamente e a prescrição farmacoterapêutica na
transição do atendimento (admissão hospitalar, mudança de médico prescritor, alta hospitalar).
✓ internamento hospitalar; transferência dentro do hospital para outro serviço, enfermaria ou para
outra unidade hospitalar; alta hospitalar; retorno ao atendimento ambulatorial
Ou
12
Como podemos ver a reconciliação é uma revisão, mas o objetivo é diferente. Na reconciliação é encontrar as
diferenças e eliminá-las, mas se encontrarmos outros tipo de PRM devemos eliminá-los (mas este último não
é o objetivo).
NOTA: Erros de medicação são evitáveis. Reações adversas não conseguimos prevenir uma vez que os
medicamentos não são inócuos.
Exemplo: Depois do hospital, o senhor foi para casa com langoprazole (protetor gástrico) em vez da
olanzapina (anti psicótico), mas ninguém viu e o senhor ficou mal foi para o hospital, e mesmo assim ninguém
viu. Não houve comunicação!
3
O Institute for Healtcare Improvement (IHI), recomenda que a reconciliação de medicamentos seja realizada
em três etapas:
__________________________________________________________________________________
Modelo tradicional de cuidados de saúde → O profissional decidia tudo sem ter em conta as crenças e
ideologias do paciente.
Permite:
✓ Detetar PRM;
✓ Prevenção e resolução de resultados negativos associados à medicação (RNM).
✓ Deve ser realizado de modo contínuo, sistemático e documentado.
13
de saúde do doente atribuíveis ao uso da medicação, usando e medindo variáveis clínicas: sinais, sintomas,
medições metabólicas ou fisiológicas que permitam determinar se a farmacoterapia está a ser necessária,
efetiva e/ou segura);
NOTA: não havia muita a distinção entre PRM e RNM, mas depois do consenso de granada começou a haver.
No SF, avalia-se:
• Necessidade;
• Efetividade: Inefectividade não quantitativa, Inefectividade quantitativa.
• Segurança: Inseguridade não quantitativa, Inseguridade quantitativa.
• Relação entre PRM (processo de uso) e RNM (resultados do
processo de uso).
SOAP- (subjective, objective, assessment, plan) – muito usado pelos americanos. → Recolher as informações
do paciente em duas categorias a que ele se queixa (subjetive) e o que conseguimos medir (objective) depois
avaliamos (assessment) e um plano.
14
PWDT (Pharmacist’s workup of drug therapy) – não é só avaliar o paciente, mas também avaliamos a
farmacoterapia.
Método Dáder – o que usamos, feito pelos espanhois, já temos folhas traduzidas … já tem formulários que
podemos utilizar, tem tudo para registar tudo (histórico, dados sobre o paciente …)
• Folha de rosto
• Folhas de entrevista farmacêutica (recolha de informação)
•Estado de situação (análise e avaliação)
• Folhas de plano de atuação
• Folhas de entrevistas sucessivas – processo continuado
• Folhas de intervenção (resumo das ações realizadas para melhorar ou preservar o estado de saúde do
doente; sistema de notificação do programa Dáder de SFT)
______________________________________________________________________________________________________
0)
1)
✓ Pedir para que traga todos os medicamentos (incluindo os que já tomou anteriormente).
Pergunta aberta: o que lhe preocupa mais e colocamos de acordo com a resposta → B(bastante), R(regular)
e P (pouco).
✓ Está a tomar?
✓ Quem o receitou, indicou, aconselhou?
✓ Desde quanto o toma?
✓ Quanto toma?
✓ Como toma? (comida, leite, etc)?
15
•
Vamos tentar encontrar informação complementar que o doente não nos tenha dito!
Avaliamos:
✓ Estilo de vida;
✓ Vacinas e alergias;
✓ Peso, altura, PA;
✓ Obter outras informações como: Parâmetros biológicos, hábitos sociais, glicemia, colesterol,
triglicerídeos, etc.
2)
Folha de intervenção: identifica o problema, se possível identifica a causa (por exemplo a adesão) e o que
vamos fazer.
16
C – controlado;
P – preocupa (B (bastante), R (regular), P (pouco));
Cu – cumpre (B, R, M (mal));
Co – conhece (B, R, M);
N – necessidade (S, N);
E- Efetividade (S, N);
S – Segurança (S, N).
3)
4)
➢ Avaliar criticamente a necessidade, a efetividade e a seguridade da medicação que o doente faz numa
determinada data.
➢ Desenhar um plano de atuação com o doente e a equipa de saúde, que permita melhorar e/ou manter os
resultados da farmacoterapia de modo contínuo no tempo.
➢ Promover a tomada de decisões clínicas baseadas na evidência científica durante todo o processo de SFT.
Nesta fase vai ocorrer a identificação de PRM e suspeitas de RNM. A identificação de RNM realiza-se mediante
um processo sistemático de perguntas.
NOTA: Temos de ver em qual RNM devemos atuar primeiro! Às vezes não conseguimos resolver dois ao
mesmo tempo, e temos de ter em atenção aquele que é mais grave.
5)
6)
→ Comunicação ao doente do plano de atuação e seguimento.
17
1. Apresentação: Identificação do paciente, medicamentos e problemas de saúde sob tratamento.
2. Motivo do encaminhamento: Problemas de farmacoterapia identificados e manifestações clínicas
que fundamentam a suspeita (sinais, sintomas, medidas clínicas).
3. Avaliação farmacêutica: relação entre os problemas encontrados e a farmacoterapia do paciente,
incluindo possíveis causas.
Proposta de solução do problema, incluindo alternativas terapêuticas e sugestões.
4. Fechamento: despedida formal, reforçando a solicitação de avaliação do médico sobre o problema,
colocando-se à disposição e reforçando a continuidade do cuidado que será prestado.
5. Data, carimbo e assinatura do farmacêutico.
7)
→ Considera-se que se resolveu ou não um RNM.
8)
O resultado da intervenção dará lugar a um novo Estado de Situação.
9)
18
Automedicação responsável: é reconhecido pela OMS como o tratamento de sintomas e transtornos
menores, através do uso adequado e moderado de medicamentos isentos de prescrição médica.
Existem certos medicamentos (32) que só podem ser dispensados na farmácia como: ciclopirox, ibuprofeno +
cloridritato de psudoefedrina ou cloridrato de pseudoefedrina + cloridrato de triprolidina, uripristal, etc.
“Ato profissional pelo qual o farmacêutico se responsabiliza pela seleção de um MNSRM e/ou indicação de
medidas não farmacológicas com o objetivo de aliviar ou resolver um problema de saúde considerado como
um transtorno menor ou sintoma menor a pedido do doente, ou o envio do doente ao médico, quando o
problema necessite da sua atuação”.
1.
A entrevista deve ser realizada num local mais reservado.
19
Problema de saúde motivo da consulta: discernir se se trata, ou não, de um transtorno menor.
O que podemos perguntar?
✓ Duração;
✓ Descobrir se o sintoma menor está associado a uma patologia existente;
✓ Ver se os problemas de saúde interferem com outras patologias;
✓ Verificar os medicamentos que toma;
✓ Tomar uma decisão.
2.
✓ Indicar uma opção terapêutica:
▪ MNSRM (dispensação);
▪ Medidas não farmacológicas;
▪ Informação escrita (para o doente e para registo);
✓ Encaminhar para outros serviços de Cuidados Farmacêuticos:
▪ Seguimento Farmacoterapêutico;
▪ Educação para a Saúde;
✓ Encaminhar para o médico:
▪ Colaboração encaminhando doentes não diagnosticados ou inefetivamente tratados (carta
informativa ao médico).
Assim… 1ª Escolha – composição simples → 1 substância ativa para 1 sintoma. Exemplo: Pessoa tem dor de
cabeça e secreção (pingo no nariz) – desta forma, receitamos paracetamol e anti-histamínico. TER EM
ATENÇÃO AS INTERAÇÕES.
20
3.
Folha de intervenção:
✓ dados do doente: idade, sexo e nº de processo;
✓ motivo da consulta;
✓ indicação farmacêutica - qual foi a nossa intervenção?
✓ resultados da intervenção - é importante contactar o paciente para ver se ficou resolvido!!
- Observação direta (aspetos a melhorar na entrevista, tempo de espera, interrupções, lacunas de formação)
- como podemos melhorar a entrevista?
- Entrevista a doentes (perceção, pedir para voltar ou telefonar).
NOTA: As Boas Práticas de farmácia apresentam TUDO O QUE JÁ FALAMOS!
_______________________________________________________________________________________________________
21
◦ oral – superior a 37,1ºC;
◦ axilar – superior a 37,2ºC
◦ rectal – superior a 37,6ºC
Febre contínua: Temperatura que permanece elevada, com fraca flutuação diurna. Exemplo. Pneumonia;
Febre intermitente: Temperatura que normaliza durante o dia e atinge o seu pico ao anoitecer.
Febre recorrente: períodos de febre alternados com períodos de temperatura normal.
Febre renitente: Temperatura que flutua, mas não retorna ao normal.
Geral:
✓ Paracetamol
✓ AINES
MNSRM (monofármacos):
✓ Paracetamol
✓ Ácido acetilsalicílico
✓ Ibuprofeno
22
✓ ineficácia a todos antipiréticos de dispensa sem receita médica quando usados na posologia indicada;
✓ com manifestação de reações adversas aos antipiréticos de dispensa sem receita;
✓ com contraindicação para a toma de antipiréticos de dispensa sem receita.
23
Intencional (processo ativo) – é contra tomar medicamentos.
Não intencional (processo passivo) – esqueceu-se e fica triste/zangado.
3
1. : no qual o indivíduo, inicialmente, concorda com o tratamento, seguindo as
recomendações dadas pelos profissionais da saúde. Existe, frequentemente, uma boa supervisão (vai
mais vezes ao médico), assim como uma elevada eficácia do tratamento.
2. : fase de transição entre os cuidados prestados pelos profissionais de saúde e o
autocuidado, no qual, com uma vigilância limitada, o doente continua com o seu tratamento, o que
implica uma grande participação e controlo da sua parte!! – utente vai ter menos apoio e começa a
haver mais falha de adesão.
3. : quando, já sem vigilância (ou vigilância limitada), o doente incorpora o tratamento no
seu estilo de vida, possuindo um determinado nível de autocontrolo sobre os novos comportamentos.
NOTA: Doentes são considerados aderentes se tomar 80% ou mais dos medicamentos significa que há adesão.
DOENTE
• Não entende/conhece a doença
• Falta de envolvimento nas decisões
• Literacia baixa
• Crenças e atitudes relativas a saúde
• Doenças sem sintomas
• Condição socioeconómica (preço, transporte, falta de apoio familiar, depressão, etc)
• Efeitos adversos: olham para os efeitos e pensam “é melhor estar como estou”
• Complexidade do sistema posológico
• Esquecimento
• Logística: consultas, trabalhar por turnos e não conseguir tomar sempre à mesma hora …
• custos.
Assim…
24
Características extrínsecas para a não adesão (ao medicamento):
• Por esquecimento;
• Falta de recursos económicos;
• Etc.
• Efeitos secundários;
• Pensar que já não precisa de fazer o tratamento para se sentir melhor.
• Etc.
• Falta de confiança;
• Falta de entendimento por parte do paciente;
• Receio dos pacientes em fazer perguntas e pedir esclarecimentos.
_______________________________________________________________________________________
25
3ª GERAÇÃO (modelo ecológico): Educação crítica para a saúde; valorização da participação comunitária; os
indivíduos e as famílias têm responsabilidade no que diz respeito à própria saúde e da comunidade.
Desenvolvimento individual e coletivo; cultura social e democrática – alternativas de mudanças sociais para
diminuir desigualdades e potenciar a participação do indivíduo e da comunidade (meio-ambiente).
Conjunto de “competências cognitivas e sociais e a capacidade dos indivíduos para ganharem acesso a
compreenderem e a usarem informação de formas que promovam e mantenham boa saúde; possibilita o
aumento do controlo das pessoas sobre a sua saúde, a sua capacidade para procurar informação e para
assumir responsabilidades.
Informar ≠ Educar
_____________________________________________________________________________________
26
NOTA: biológico (começamos a envelhecer desde o momento que nascemos) e idade biológica (duas pessoas
com idade numérica podem ter diferente idade biológica – tem a ver com patologias por exemplo) não é a
mesma coisa.
Síndrome do ninho vazio/ invertido → acontece muito com as mães. Que estão habituadas a tomar conta dos
filhos e depois eles crescem e pensam que não tem nada para fazer.
Idoso:
✓ A definição de idoso está associada á idade cronológica (≠ biológica).
✓ Países desenvolvidos - idade ≥ 65 anos;
✓ Em desenvolvimento - idade ≥ 60 anos
27
• ↑ do pH gástrico;
• ↓ salivação;
• Alterações da motilidade (↓);
• ↓ esvaziamento gástrico e ↑ tempo trânsito intestinal.
Por isso temos, de ter em atenção a concentração dos fármacos nos idosos!
28
✓ Dopaminergicos – estão ↓ – maior risco de doença de Parkinson.
✓ Serotoninergicos – ↓ – maior probabilidade de desenvolver depressão.
✓ Adrenergicos – ↓ da apatia.
✓ Colinergico e acetilcolina– ↓ – aumenta o risco de demência.
✓ Gabaérgico - ↓ o que vai levar hiperexcitabilidade.
1. Fraco conhecimento.
2. Diminuída resposta ao stress fisiológico:
• Regulação da PA ( aumento da hipotensão ortostática, diminuição da taquicardia reflexa);
• Regulação Temperatura (menor adaptação);
• Regulação volume corporal (menos água, menos capacidade de concentrar a urina, menos sede);
3. Elevado consumo de medicamentos;
4. Doenças crónicas;
5. Alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicos;
6. Alterações fisiológicas (exemplo de diminuição cognitiva);
7. Automedicação;
8. Medicação inapropriada;
9. Capacidade mental diminuída;
10. Apresentação atípica de vários quadros clínicos;
11. Sociais.
29
–
_______________________________________________________________________________________
→ Listas dos medicamentos a serem evitadas nos idosos independentemente do diagnóstico. Não temos de
fazer perguntas ao utente.
Exemplo:
• Critérios de Beers
• Critérios de McLeod
• Critérios STOPP/START
- informação sobre o doente e critérios de medicina baseada na evidência. Um questionário ao utente é muito
importante!
Exemplos:
BEERS
• Os medicamentos são divididos em 3 categorias de acordo com o grau de risco:
1ª categoria: Não usar em pessoas idosas, Porque:
• Elevada taxa de efeitos adversos;
• Existem alternativas;
• Efetividade limitada em idosos.
Exemplo: Anticolinérgicos, anti-histamínicos de primeira geração e antiparkinsónicos – aumentam o risco de
demência, obstipação e quedas.
30
2ª Categoria: Não usar com determinadas doenças – fármacos podem exacerbar certas patologias.
Exemplo: Falha cardíaca – não tomar AINES e inibidores da COX2.
3ª categoria: Devem ser usados com precaução (mas geralmente estão mais associados a riscos em vez de
benefícios).
Exemplo: Aspirina para a prevenção de eventos cardíacos.
Amilorida: < 30
Apixalan : < 25
Dabigatran: 30 -50
STOPP/START
65 critérios para prescrição inapropriada, agrupados por sistema fisiológico.
31
Secção G: Sistema Respiratório
Corticosteroides sistémicos em vez de corticosteroides inalados - efeitos adversos e inalados são eficazes,
por isso preferir estes.
Broncodilatadores antimuscarínicos
Secção L: Analgésicos
Uso de opióides fortes por via oral ou transdérmica
Secção N: Antimuscarínicos/Anticolinérgicos
• Uso concomitante de 2 ou mais fármacos com propriedades antimuscarínicas/anticolinérgicas.
ATENÇÃO também para os Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) e outros produtos de
saúde!
START
• Não aplicáveis a doentes em fim de vida / cuidados paliativos.
32
• Vacina trivalente da gripe: recomendada anualmente.
• Vacina pneumocócica: recomendada a administração pelo menos uma vez após os 65 anos, de acordo
com as orientações nacionais
• Vacina do tétano – de 10 em 10 anos.
_________________________________________________________________________________________________________
NOTAS:
• Tipo A: são resultado de uma ação farmacológica exagerada de um fármaco utilizado em doses terapêuticas.
São consideradas farmacologicamente previsíveis e normalmente dependem da dose, portanto podem ser
tratadas com o ajuste de dose. Por exemplo: hemorragia com os anticoagulantes, hipoglicemia com os
antidiabéticos, sonolência produzida por ansiolíticos, hipotensão com os anti-hipertensivos e flebite causada
pelo uso de cefradina.
33